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Enterobactérias Família Enterobacteriaceae: 30 gêneros ( > 120 espécies (( propriedades bioquímicas estruturas antigênicas hibridização e sequenciamento de ácidos nucléicos Importância clínica: 10 gêneros (~25 espécies) Citrobacter sp. Proteus sp. Enterobacter sp. Salmonella sp. Escherichia sp. Serratia sp. Klebsiella sp. Shigella sp. Morganellasp. Yersinia sp. Habitat: solo, água, vegetação, microbiota intestinal Podem estar relacionados a: Infecções intestinais Infecções urinárias Septicemia Outras infecções Fisiologia e estrutura: Bacilos Gram-negativos; imóveis ou móveis com flagelos peritríquios; Não formam esporos; anaeróbios facultativos; Fermentam a glicose; reduzem o nitrato a nitrito; catalase positivos ; Oxidase negativos ( diferencia de outros BG- fermentadores e não-fermentadores; Lactose positivos (Lac +, ex.: Escherichia coli, Klebsiella) ou Lactose negativos (Lac -, ex.: Salmonella, Shigella, Yersinia) Classificação sorológica: Baseada em 3 grupos principais de antígenos: Ag O somático Ag K capsular Ag H flagelar Patogenia e imunidade: Fatores de virulência que podem ser encontrados nos membros da família Enterobacteriaceae: Endotoxina ( responsável pelo início de muitas manifestações sistêmicas em Gram-negativos, como por exemplo: ativação do Complemento; liberação de citocinas; leucocitose; trombocitopenia; CID; febre; diminuição da circulação periférica; choque e morte. Cápsula ( Ag capsulares hidrofílicos repelem a superfície celular hidrofóbica dos fagócitos; o papel protetor da cápsula diminui quando ocorre desenvolvimento de Ac anticapsulares específicos. Variação de fase antigênica ( a expressão dos Ag K e H está sob controle genético do microrganismo – cada um desses Ag pode ser expresso ou não expresso (= variação de fase) podendo proteger as bactérias da morte celular mediada por Ac. Captação dos fatores de crescimento ( são nutrientes importantes para o metabolismo bacteriano in vivo, ex.: Ferro ( ligado a proteínas hêmicas (ex.:hemoglobina, mioglobina) ou a ptns quelantes do ferro (ex.: transferrina, lactoferrina). ( Para captar o ferro, bactérias produzem compostos quelantes do ferro = sideróforos (ex.:enterobactina e aerobactina); ou liberam hemolisinas Resistência à destruição sérica ( encontrada freqüentemente em microrganismos virulentos capazes de produzir infecções sistêmicas; pode ser devido a cápsula ou outros fatores pouco definidos que impedem a ligação do Complemento às bactérias. Resistência a agentes antimicrobianos ( os microrganismos podem desenvolver resistência aos antimicrobianos rapidamente; pode ser codificada por plasmídeos transferíveis entre espécies, gêneros e ata famílias diferentes. Principais agentes infecciosos da família Enterobacteriaceae: Enterobactérias – importância em Medicina Veterinária Salmonella Reservatório: trato gastrintestinal de animais de sangue frio e quente Fontes de infecção: solo contaminado, vegetação, água e componentes de rações animais (ex.: farinha de peixe, carne e osso) especialmente aquelas que contém derivados do leite, carne, ovos e fezes de animais infectados; camas, penas Lagartos e cobras ( comumente infectados (assintomáticos) Patogenia Ingestão ( multiplicação e invasão das células M nos nódulos linfóides e células epiteliais da região de transição do intestino delgado/grosso ( diarréia (( septicemia Ex.: bezerros - pneumonia por via hematogênica; abortos (S.typhimurium, S.dublin) - Importante em ruminantes (bovinos) ( jovens e adultos - confinamento Suínos (estressados)( septicemia aguda e fulminante ou doença intestinal crônica debilitante ex.: S.typhimurium, S.cholerae-suis Cavalos adultos ( diarréia Salmonelose aviária: Pulorose: S.pullorum infecta o óvulo de perus e galinhas e o embrião já está infectado quando o ovo é incubado ( contaminação do ambiente durante a postura (morte do embrião ou estado de portador) Tifo aviário: septicemia aguda ou crônica de aves adultas (galinhas) Cães e gatos ( portadores Epidemiologia -Espécies de Salmonella ( ubíquas ( ampla gama de hospedeiros (animais silvestres e roedores = disseminação interespécies ( longos períodos de eliminação por portadores assintomáticos e convalescentes -Surtos ( relacionados com estado imune deprimido, ex.: neonatos; adultos estressados (vacas parturientes, pacientes eqüinos cirúrgicos, suínos com doenças virais sistêmicas); supressão da microbiota normal (estresse, antibióticos). -Fontes para o homem ( aves domésticas e seus ovos Tratamento, prevenção e controle Forma entérica: terapia de suporte; antimicrobianos ( uso controverso: não alteram o curso da doença – promovem o estado de portador – seleção de amostras resistentes Forma sistêmica: terapia de suporte; antimicrobianos ( ampicilina, sulfa-trimetoprim, cloranfenicol - controle rigoroso para evitar disseminação de agentes encontrado nas fezes Shigella Causam disenteria bacilar em primatas em cativeiro, relacionada a situações de estresse (transporte, superpopulação) ou deficiências imunológicas O reservatório é o intestino grosso de animais doentes, convalescentes ou assintomáticos Transmissão por via fecal-oral e fômites S.dysenteriae ( toxina shiga: pode causar síndrome hemolítico-urêmica S.flexneri ( doença periodontal em macacos Tratamento: cuidados de suporte; antimicrobianos em casos graves (sulfa-trimetoprim ou fluoroquinolônicos) Yersinia enterocolitica Associada a linfadenite mesentérica, ileíte terminal, gastroenterite aguda e septicemia em primatas e ocasionalmente em outras espécies. Reservatórios: água, alimentos, solo, frutas, vegetais e indivíduos assintomáticos Enterites que ocorrem em chinchilas, lebres e macacos podem propagar para o fígado e baço por via hematogênica Doenças diarréicas também foram observadas em suínos, caprinos, cães e gatos Importante relação epidemiológica com yersiniose em humanos Escherichia coli Doença enterotoxigênica – ETEC – acomete leitões, bezerros e cordeiros recém-nascidos e leitões desmamados; cães e cavalos -Receptores (para adesinas de ETEC) que aparecem transitoriamente nas células epiteliais durante as primeiras semanas de vida regulam a incidência etária da doença -Alta taxa de mortalidade Doença invasiva – EIEC – acomete animais recém-nascidos que receberam pouco colostro ou de qualidade ruim -Transmissão por via conjuntival, umbigo ou ingestão (colonização do intestino delgado terminal ( invasão das céls. intestinais ( linfáticos ( sangue ( multiplicação e liberação de endotoxina + escape da fagocitose e C ( infecção (letal) Diarréias não-enterotoxigênicas EPEC – diarréia em todas as espécies animais “Lesão de fixação e esfalecimento” ( perda de microvilosidades EHEC – a toxina SLT liberada é letal para as céls. endoteliais localizadas abaixo das céls. intestinais à qual EHEC está fixada e tb outras céls. endoteliais (rim e cérebro) Doença edematosa de suínos Enterotoxemia aguda frequentemente letal ( leitões desmamados Caracterizada por edema subcutâneo e subseroso causado por absorção da toxina SLT-IIe produzida por alguns sorotipos de E.coli. Ex.: O141:K85; O138:K81 Colibacilose de pintos Sorotipos invasivos (EIEC) – manifestação de acordo com idade e modo de infecção: Superfície do ovo ( contaminação durante a postura ( bactéria penetra na casca e infecta o saco vitelino ( multiplicação ( morte do embrião ou em até 3 semanas depois da postura Animal infectado pelo trato respiratório ( doença respiratória ou septicêmica ( rapidamente fatal ou crônica (debilidade, diarréia, dispnéia) Tratamento, prevenção e controle Correção do desequlíbrio hídrico e eletrolítico – viaoral ou EV (casos graves): Bicarbonato – para regular a acidose Glicose – aumenta a absorção de íons sódio que são excretados Antimicrobianos – uso controverso devido à variação nas concentrações obtidas na luz intestinal Prevenção e controle ( boas práticas de manejo
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