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Caderno de Questões Direito do Consumidor

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CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
EXAME XXIV - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Os arquitetos Everton e Joana adquiriram pacote de viagens para passar a lua de mel na Europa, 
primeira viagem internacional do casal. Ocorre que o trajeto do voo previa conexão em um país que 
exigia visto de trânsito, tendo havido impedimento do embarque dos noivos, ainda no Brasil, por não 
terem o visto exigido. O casal questionou a agência de turismo por não ter dado qualquer explicação 
prévia nesse sentido, e a fornecedora informou que não se responsabilizava pela informação de 
necessidade de visto para a realização da viagem. 
Diante do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
a) Cabe ação de reparação por danos extrapatrimoniais, em razão da insuficiência de informação 
clara e precisa, que deveria ter sido prestada pela agência de turismo, no tocante à necessidade 
de visto de trânsito para a conexão internacional prevista no trajeto. 
b) Não houve danos materiais a serem ressarcidos, já que os consumidores sequer embarcaram, 
situação muito diferente de terem de retornar, às próprias expensas, diretamente do país de 
conexão, interrompendo a viagem durante o percurso. 
c) Não ocorreram danos extrapatrimoniais por se tratar de pessoas que tinham capacidade de 
leitura e compreensão do contrato, sendo culpa exclusiva das próprias vítimas a interrupção da 
viagem por desconhecerem a necessidade de visto de trânsito para realizarem a conexão 
internacional. 
d) Houve culpa exclusiva da empresa aérea que emitiu os bilhetes de viagem, não podendo a 
agência de viagem ser culpabilizada, por ser o comerciante responsável subsidiariamente e não 
responder diretamente pelo fato do serviço. 
QUESTÃO 2 
Osvaldo adquiriu um veículo zero quilômetro e, ao chegar a casa, verificou que, no painel do 
veículo, foi acionada a indicação de problema no nível de óleo. Ao abrir o capô, constatou sujeira de óleo 
em toda a área. Osvaldo voltou imediatamente à concessionária, que realizou uma rigorosa avaliação do 
veículo e constatou que havia uma rachadura na estrutura do motor, que, por isso, deveria ser trocado. 
Oswaldo solicitou um novo veículo, aduzindo que optou pela aquisição de um zero quilômetro por buscar 
um carro que tivesse toda a sua estrutura “de fábrica”. A concessionária se negou a efetuar a troca ou 
devolver o dinheiro, alegando que isso não descaracterizaria o veículo como novo e que o custo financeiro 
de faturamento e outras medidas administrativas eram altas, não justificando, por aquele motivo, o 
desfazimento do negócio. 
No mesmo dia, Osvaldo procura você, como advogado, para orientá-lo. Assinale a opção que 
apresenta a orientação dada. 
a) Cuida-se de vício do produto, e a concessionária dispõe de até trinta dias para providenciar o 
reparo, fase que, ordinariamente, deve preceder o direito do consumidor de pleitear a troca do 
veículo. 
b) Trata-se de fato do produto, e o consumidor sempre pode exigir a imediata restituição da 
quantia paga, sem prejuízo de pleitear perdas e danos em juízo. 
c) Há evidente vício do produto, sendo subsidiária a responsabilidade da concessionária, devendo 
o consumidor ajuizar a ação de indenização por danos materiais em face do fabricante. 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
d) Trata-se de fato do produto, e o consumidor não tem interesse de agir, pois está no curso do 
prazo para o fornecedor sanar o defeito. 
EXAME XXIII - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Heitor foi surpreendido pelo recebimento de informação de anotação de seu nome no cadastro 
restritivo de crédito, em decorrência de suposta contratação de serviços de telefonia e Internet. Heitor 
não havia celebrado tal contrato, sendo o mesmo fruto de fraude, e busca orientação a respeito de como 
proceder para rescindir o contrato, cancelar o débito e ter seu nome fora do cadastro negativo, bem 
como o recebimento de reparação por danos extrapatrimoniais, já que nunca havia tido o seu nome 
inscrito em tal cadastro. Com base na hipótese apresentada, na qualidade de advogado (a) de Heitor, 
assinale a opção que apresenta o procedimento a ser adotado. 
a) Cabe o pedido de cancelamento do serviço, declaração de inexistência da dívida e 
exclusão da anotação indevida, inexistindo qualquer dever de reparação, já que à 
operadora não foi atribuído defeito ou falha do serviço digital, que seria a motivação para 
tal pleito. 
b) Trata-se de cobrança devida pelo serviço prestado, restando a Heitor pagar 
imediatamente e, somente assim, excluir a anotação de seu nome em cadastro negativo, 
e, então, ingressar com a medida judicial, comprovando que não procedeu com a 
contratação e buscando a rescisão do contrato irregular com devolução em dobro do 
valor pago. 
c) Heitor não pode ser considerado consumidor em razão da ausência de vinculação 
contratual verídica e válida que consagre a relação consumerista, afastando-se os 
elementos principiológicos e fazendo surgir a responsabilidade civil subjetiva da 
operadora de telefonia e Internet. 
d) Heitor é consumidor por equiparação, aplicando-se a teoria do risco da atividade e 
devendo a operadora suportar os riscos do contrato fruto de fraude, caso não consiga 
comprovar a regularidade da contratação e a consequente reparação pelos danos 
extrapatrimoniais in re ipsa, além da declaração de inexistência da dívida e da exclusão 
da anotação indevida. 
QUESTÃO 2 
Vera sofreu acidente doméstico e, sentindo fortes dores nas costas e redução da força dos 
membros inferiores, procurou atendimento médico-hospitalar. A equipe médica prescreveu uma análise 
neurológica que, a partir dos exames de imagem, evidenciaram uma lesão na coluna. O plano de saúde, 
entretanto, negou o procedimento e o material, aduzindo negativa de cobertura, embora a moléstia 
estivesse prevista em contrato. Vera o (a) procura como advogado (a) a fim de saber se o plano de saúde 
poderia negar, sob a justificativa de falta de cobertura contratual, algo que os médicos informaram ser 
essencial para a diagnose correta da extensão da lesão da coluna. Neste caso, à luz da norma 
consumerista e do entendimento do STJ, assinale a afirmativa correta. 
a) O contrato de plano de saúde não é regido pelo Código do Consumidor e sim, 
exclusivamente, pelas normas da Agência Nacional de Saúde, o que impede a 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
interpretação ampliativa, sob pena de comprometer a higidez econômica dos planos de 
saúde, respaldada no princípio da solidariedade. 
b) O plano de saúde pode se negar a cobrir o procedimento médico-hospitalar, desde que 
possibilite o reembolso de material indicado pelos profisisonais de medicina, ainda que 
imponha limitação de valores e o reembolso se dê de forma parcial. 
c) O contrato de plano de saúde é regido pelo Código do Consumidor e os planos de saúde 
apenas podem estabelecer para quais moléstias oferecerão cobertura, não lhes cabendo 
limitar o tipo de tratamento que será prescrito, incumbência essa que pertence ao 
profissional da medicina que assiste ao paciente. 
d) O contrato de plano de saúde é regido pelo Código do Consumidor e, resguardados os 
direitos básicos do consumidor, os planos de saúde podem estabelecer para quais 
moléstias e para que tipo de tratamento oferecerão cobertura, de acordo com a categoria 
de cada nível contratado, sem que isso viole o CDC. 
EXAME XXII - CÓDIGODE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Alvina, condômina de um edifício residencial, ingressou com ação para reparação de danos, 
aduzindo falha na prestação dos serviços de modernização dos elevadores. Narrou ser moradora do 10º 
andar e que hospedou parentes durante o período dos festejos de fim de ano. Alegou que o serviço nos 
elevadores estava previsto para ser concluído em duas semanas, mas atrasou mais de seis semanas, o 
que implicou falta de elevadores durante o período em que recebeu seus hóspedes, fazendo com que 
seus convidados, todos idosos, tivessem que utilizar as escadas, o que gerou transtornos e dificuldades, 
já que os hóspedes deixaram de fazer passeios e outras atividades turísticas diante das dificuldades de 
acesso. Sentindo-se constrangida e tendo que alterar todo o planejamento de atividades para o período, 
Alvina afirmou ter sofrido danos extrapatrimoniais decorrentes da mora do fornecedor de serviço, que, 
ainda que regularmente notificado pelo condomínio, quedou-se inerte e não apresentou qualquer 
justificativa que impedisse o cumprimento da obrigação de forma tempestiva. Diante da situação 
apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) Existe relação de consumo apenas entre o condomínio e o fornecedor de serviço, não 
tendo Alvina legitimidade para ingressar com ação indenizatória, por estar excluída da 
cadeia da relação consumerista. 
b) Inexiste relação consumerista na hipótese, e sim relação contratual regida pelo Código 
Civil, tendo a multa contratual pelo atraso na execução do serviço cunho indenizatório, 
que deve servir a todos os condôminos e não a Alvina, individualmente. 
c) Existe relação de consumo, mas não cabe ação individual, e sim a perpetrada por todos 
os condôminos, em litisconsórcio, tendo como objeto apenas a cobrança de multa 
contratual e indenização coletiva. 
d) Existe relação de consumo entre a condômina e o fornecedor, com base da teoria 
finalista, podendo Alvina ingressar individualmente com a ação indenizatória, já que é 
destinatária final e quem sofreu os danos narrados. 
QUESTÃO 2 
Mário firmou contrato de seguro de vida e acidentes pessoais, apontando como beneficiários 
sua esposa e seu filho. O negócio foi feito via telemarketing, com áudio gravado, recebendo informações 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
superficiais a respeito da cobertura completa a partir do momento da contratação, atendido pequeno 
prazo de carência em caso de morte ou invalidez parcial e total, além do envio de brindes em caso de 
contratação imediata. Mário contratou o serviço na mesma oportunidade por via telefônica, com 
posterior envio de contrato escrito para a residência do segurado. Mário veio a óbito noventa dias após 
a contratação. Os beneficiários de Mário, ao entrarem em contato com a seguradora, foram informados 
de que não poderiam receber a indenização securitária contratada, que ainda estaria no período de 
carência, ainda que a operadora de telemarketing, que vendeu o seguro para Mário, garantisse a 
cobertura. Verificando o contrato, os beneficiários perceberam o engano de compreensão da 
informação, já que estava descrito haver período de carência para o evento morte “nos termos da lei 
civil”. Com base na hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
a) A informação foi clara por estar escrita, embora mencionada superficialmente pela 
operadora de telemarketing, e o período de carência é lícito, mesmo nas relações de 
consumo. 
b) A fixação do período de carência é lícita, mesmo nas relações de consumo. Todavia, a 
informação prestada quanto ao prazo de carência, embora descrita no contrato, não foi 
clara o suficiente, evidenciando, portanto, a vulnerabilidade do consumidor. 
c) A falta de informação e o equívoco na imposição de prazo de carência não são admitidas 
nas relações de consumo, e sim nas relações genuinamente civilistas. 
d) O dever de informação do consumidor foi respeitado, na medida em que estava descrito 
no contrato, sendo o período de carência instituto ilícito, por se tratar de relação de 
consumo. 
EXAME XXI - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
 A Pizzaria X fez publicidade comparando a qualidade da sua pizza de mozarela com a da Pizzaria 
Y, descrevendo a quantidade de queijo e o crocante das bordas, detalhes que a tornariam mais saborosa 
do que a oferecida pela concorrente. Além disso, disponibiliza para os consumidores o bônus da entrega 
de pizza pelo motociclista, em até 30 minutos, ou a dispensa do pagamento pelo produto. A respeito do 
narrado, assinale a afirmativa correta. 
a) A publicidade comparativa é expressamente vedada pelo Código de Defesa do 
Consumidor, que, entretanto, nada disciplina a respeito da entrega do produto por 
motociclista em período de tempo ou dispensa do pagamento. 
b) A promessa de dispensa do pagamento pelo consumidor como forma de estímulo à 
prática de aumento da velocidade pelo motociclista é vedada por lei especial, enquanto 
a publicidade comparativa é admitida, respeitados os critérios do CDC e as proteções 
dispostas em normas especiais que tutelam marca e concorrência. 
c) A dispensa de pagamento, em caso de atraso na entrega do produto por motociclista, é 
lícita, mas a publicidade comparativa é expressamente vedada pelo Código de Defesa do 
Consumidor e pela legislação especial. 
d) A publicidade comparativa e a entrega de produto por motociclista em determinado 
prazo ou a dispensa de pagamento, por serem em benefício do consumidor, embora não 
previstos em lei, são atos lícitos, conforme entendimento pacífico da jurisprudência. 
QUESTÃO 2 
O Banco X enviou um cartão de crédito para Jeremias, com limite de R$ 10.000,00 (dez 
mil reais), para uso em território nacional e no exterior, incluindo seguro de vida e acidentes 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
pessoais, bem como seguro contra roubo e furto, no importe total de R$ 5,00 (cinco reais) na 
fatura mensal, além da anuidade de R$ 400,00 (quatrocentos reais), parcelada em cinco vezes. 
Jeremias recebeu a correspondência contendo um cartão bloqueado, o contrato e o informativo 
de benefícios e ônus. Ocorre que Jeremias não é cliente do Banco X e sequer solicitou o cartão 
de crédito. Sobre a conduta da instituição bancária, considerando a situação narrada e o 
entendimento do STJ expresso em Súmula, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Foi abusiva, sujeitando-se à aplicação de multa administrativa, que não se destina ao 
consumidor, mas não há ilícito civil indenizável, tratando-se de mero aborrecimento, 
sob pena de se permitir o enriquecimento ilícito de Jeremias. 
b) Foi abusiva, sujeita à advertência e não à multa administrativa, salvo caso de 
reincidência, bem como não gera ilícito indenizável, por não ter havido dano moral in 
re ipsa na hipótese, salvo se houvesse extravio do cartão antes de ser entregue a 
Jeremias. 
c) Foi abusiva e constitui ilícito indenizável em favor de Jeremias, mesmo sem prejuízo 
comprovado, em razão da configuração de dano moral in re ipsa na hipótese, que pode 
ser cumulada com a aplicação de multa administrativa, que não será fixada em favor do 
consumidor. 
d) Não foi abusiva, pois não houve prejuízo ao consumidor a justificar multa 
administrativa e nem constitui ilícito indenizável, na medida em que o destinatário 
pode desconsiderar a correspondência, não desbloquear o cartão e não aderir ao 
contrato. 
EXAME XX - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Marieta firmou contrato com determinada sociedade empresária de gêneros alimentícios para 
o fornecimento de produtos para a festa de 15 anos de sua filha. O pagamento deveria ter sido feito por 
meio de boleto, mas a obrigação foi inadimplida e a sociedade empresáriafornecedora de alimentos, 
observando todas as regras positivadas e sumulares cabíveis, procedeu com a anotação legítima e 
regular do nome de Marieta no cadastro negativo de crédito. Passados alguns dias, Marieta tentou 
adquirir um produto numa loja de departamentos mediante financiamento, mas o crédito lhe foi negado, 
motivo pelo qual a devedora providenciou o imediato pagamento dos valores devidos à sociedade 
empresária de gêneros alimentícios. Superada a condição de inadimplente, Marieta quer saber como 
deve proceder a fim de que seu nome seja excluído do cadastro negativo. A respeito do fato apresentado, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A consumidora deve enviar notificação à sociedade empresária de gêneros alimentícios 
informando o pagamento integral do débito e requerer que a mesma providencie a 
exclusão da negativação, o que deve ser feito em até vinte e quatro horas. 
b) A consumidora deve se dirigir diretamente ao órgão de cadastro negativo, o que pode ser 
feito por meio de procuração constituindo advogado, e solicitar a exclusão da 
negativação, ônus que compete ao consumidor. 
c) Após a quitação do débito, compete à sociedade empresária de gêneros alimentícios 
solicitar a exclusão do nome de Marieta do cadastro negativo, no prazo de cinco dias a 
contar do primeiro dia útil seguinte à disponibilização do valor necessário para a quitação 
do débito. 
d) Marieta deverá comunicar a quitação diretamente ao órgão de cadastro negativo e, caso 
não seja feita a exclusão imediata, a consumidora poderá ingressar em juízo pleiteando 
indenização apenas, pois a hipótese comporta exclusivamente sanção civil. 
QUESTÃO 2 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
Heitor agraciou cinco funcionários de uma de suas sociedades empresárias, situada no Rio 
Grande do Sul, com uma viagem para curso de treinamento profissional realizado em determinado 
sábado, de 9h às 15h, numa cidade do Uruguai, há cerca de 50 minutos de voo. Heitor custeou as 
passagens aéreas, translado e alimentação dos cinco funcionários com sua própria renda, integralmente 
desvinculada da atividade empresária. Ocorre que houve atraso no voo sem qualquer justificativa 
prestada pela companhia aérea. Às 14h, sem previsão de saída do voo, todos desistiram do embarque e 
perderam o curso de treinamento. Nesse contexto é correto afirmar que, 
a) Por se tratar de transporte aéreo internacional, para o pedido de danos extrapatrimoniais 
não há incidência do Código de Defesa do Consumidor e nem do Código Civil, que regula 
apenas Contrato de Transporte em território nacional, prevalecendo unicamente as 
Normas Internacionais. 
b) Ao caso, aplica-se a norma consumerista, sendo que apenas Heitor é consumidor por ter 
custeado a viagem com seus recursos, mas, como ele tem boas condições financeiras, 
por esse motivo, é consumidor não enquadrado em condição de vulnerabilidade, como 
tutela o Código de Defesa do Consumidor. 
c) Embora se trate de transporte aéreo internacional, há incidência plena do Código de 
Defesa do Consumidor para o pedido de danos extrapatrimoniais, em detrimento das 
normas internacionais e, apesar de Heitor ter boas condições financeiras, enquadra-se na 
condição de vulnerabilidade, assim como os seus funcionários, para o pleito de 
reparação. 
d) Por se tratar de relação de Contrato de Transporte previsto expressamente no Código 
Civil, afasta-se a incidência do Código de Defesa do Consumidor e, por ter ocorrido o 
dano em território brasileiro, afastam-se as normas internacionais, sendo, portanto, 
hipótese de responsabilidade civil pautada na comprovação de culpa da companhia aérea 
pelo evento danoso. 
EXAME XX- CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (PROVA 
REAPLICADA EM SALVADOR) 
QUESTÃO 1 
Inês, pretendendo fazer pequenos reparos e manutenção em sua residência, contrai 
empréstimo com essa finalidade. Ocorre que, desconfiando dos valores pagos nas prestações, procura 
orientação jurídica e ingressa com ação revisional de cédula de crédito bancário, questionando a 
incidência de juros remuneratórios, ao argumento de serem mais altos que a média praticada no 
mercado. Requereu a inversão do ônus da prova e, ao final, a procedência do pedido para determinar a 
declaração de nulidade da cláusula. A respeito desta situação, é correto afirmar que o Código de Defesa 
do Consumidor 
 
a) Não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual 
o questionamento deve seguir a ótica dos direitos obrigacionais previstos no Código Civil, 
o que inviabiliza a inversão do ônus da prova. 
 
b) É aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão do 
ônus da prova, se preenchidos os requisitos legais e, em caso de nulidade da cláusula, 
todo contrato será declarado nulo, tendo em vista que prática abusiva é questão de 
ordem pública. 
 
c) É aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, cabível a inversão do 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
ônus da prova caso a consumidora comprove preenchimento dos requisitos legais, sendo 
certo que a declaração de nulidade da cláusula não invalida o contrato, salvo se importar 
em ônus excessivo para o consumidor, apesar dos esforços de integração. 
 
d) Não é aplicável na relação jurídica entre Inês e a instituição financeira, motivo pelo qual 
o questionamento orienta-se pela norma especial de direito bancário, em prejuízo da 
inversão do ônus da prova pleiteado, ainda que formalmente estivessem cumpridos os 
requisitos legais. 
QUESTÃO 2 
Florinda, assistindo a um canal de TV fechada, interessou-se por um produto para exercícios 
físicos. Acompanhando a exposição de imagens, sentiu-se atraída pela forma de “pagamento sem juros, 
podendo ser parcelado em até doze vezes”. Ao telefonar para a loja virtual, foi informada de que o 
parcelamento sem juros limitava-se a duas prestações. Além disso, a ligação tarifada foi a única forma 
de Florinda obter as informações a respeito do valor do produto, já que o site da fornecedora limitava-se 
a indicar o que já estava no anúncio de TV. Sentindo-se enganada por ter sido obrigada a telefonar 
pagando a tarifa, bem como por ter sido induzida a acreditar que o pagamento poderia ser parcelado em 
doze vezes sem juros, Florinda procurou um advogado. Assinale a opção que apresenta a orientação dada 
pelo advogado. 
a) Há publicidade enganosa somente em razão da obscuridade quanto ao parcelamento 
sem juros, não havendo abusividade quanto à necessidade de ligação tarifada para 
obtenção de informação a respeito de valor e formas de pagamento. 
b) Não há publicidade enganosa na situação narrada, na medida em que essa deve se dar 
por conduta ativa do fornecedor, não havendo previsão para a modalidade omissiva. 
c) Inexiste publicidade enganosa, na medida em que as informações sobre o produto foram 
claras. Quanto ao preço e à forma de pagamento, essas somente devem ser passadas 
àqueles que se interessam pelo produto. 
d) Há publicidade enganosa por omissão quanto ao preço e à forma de pagamento, que não 
foram fornecidos de forma clara para o consumidor, bem como caracterizou-se abuso a 
imposição do ônus da ligação tarifada à consumidora que buscava obter tais 
informações. 
EXAME XIX - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Amadeu, aposentado, aderiu ao plano de saúde coletivo ofertado pelo sindicato ao qual esteve 
vinculado por força de sua atividade laborativa por mais de 30 anos. Ao completar 60 anos, o valor da 
mensalidade sofreu aumento significativo (cerca de 400%), o que foi questionado por Amadeu, a quem 
os funcionários do sindicato explicaram que o aumento decorreu da mudança de faixa etária do 
aposentado. A respeito do tema, assinalea afirmativa correta. 
a) O aumento do preço é abusivo e a norma consumerista deve ser aplicada ao caso, mesmo 
em se tratando de plano de saúde coletivo e, principalmente, que envolva interessado 
com amparo legal no Estatuto do Idoso. 
b) O aumento do preço é legítimo, tendo em vista que o idoso faz maior uso dos serviços 
cobertos e o equilíbrio contratual exige que não haja onerosidade excessiva para qualquer 
das partes, não se aplicando o CDC à hipótese, por se tratar de contrato de plano de saúde 
coletivo envolvendo pessoas idosas. 
c) O aumento do valor da mensalidade é legítimo, uma vez que a majoração de preço é 
natural e periodicamente aplicada aos contratos de trato continuado, motivo pelo qual o 
CDC autoriza que o critério faixa etária sirva como parâmetro para os reajustes 
econômicos. 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
d) O aumento do preço é abusivo, mas o microssistema consumerista não deve ser utilizado 
na hipótese, sob pena de incorrer em colisão de normas, uma vez que o Estatuto do Idoso 
estabelece a disciplina aplicável às relações jurídicas que envolvam pessoa idosa. 
QUESTÃO 2 
Antônio desenvolve há mais de 40 anos atividade de comércio no ramo de hortifrúti. Seus 
clientes chegam cedo para adquirir verduras frescas entregues pelos produtores rurais da região. Antônio 
também vende no varejo, com pesagem na hora, grãos e cereais adquiridos em sacas de 30 quilos, de 
uma marca muito conhecida e respeitada no mercado. Determinado dia, a cliente Maria desconfiou da 
pesagem e fez a conferência na sua balança caseira, que apontou suposta divergência de peso. Procedeu 
com a imediata denúncia junto ao Órgão Oficial de Fiscalização, que confirmou que o instrumento de 
medição do comerciante estava com problemas de calibragem e que não estava aferido segundo padrões 
oficiais, gerando prejuízo aos consumidores. A cliente denunciante buscou ser ressarcida pelo vício de 
quantidade dos produtos. Com base na hipótese sugerida, assinale a afirmativa correta. 
a) Trata-se de responsabilidade civil solidária, podendo Maria acionar tanto o comerciante 
quanto os produtores. 
b) Trata-se de responsabilidade civil subsidiária, pois o comerciante só responde se os 
demais fornecedores não forem identificados. 
c) Trata-se de responsabilidade civil exclusiva do comerciante, na qualidade de fornecedor 
imediato. 
d) Trata-se de responsabilidade civil objetiva, motivo pelo qual inexistem excludentes de 
responsabilidade. 
EXAME XVIII - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Dulce, cinquenta e oito anos de idade, fumante há três décadas, foi diagnosticada como 
portadora de enfisema pulmonar. Trata-se de uma doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada 
pela dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares, que causa a perda da capacidade respiratória e uma 
consequente oxigenação insuficiente. Em razão do avançado estágio da doença, foi prescrito como 
essencial o tratamento de suplementação de oxigênio. Para tanto, Joana, filha de Dulce, adquiriu para 
sua mãe um aparelho respiratório na loja Saúde e Bem-Estar. Porém, com uma semana de uso, o produto 
parou de funcionar. Joana procurou imediatamente a loja para substituição do aparelho, oportunidade 
na qual foi informada pela gerente que deveria aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto do 
produto pelo fabricante. Com base no caso narrado, em relação ao Código de Proteção e Defesa do 
Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
 
a) Está correta a orientação da vendedora. Joana deverá aguardar o prazo legal de trinta 
dias para conserto e, caso não seja sanado o vício, exigir a substituição do produto, a 
devolução do dinheiro corrigido monetariamente ou o abatimento proporcional do 
preço. 
b) Joana não é consumidora destinatária final do produto, logo tem apenas direito ao 
conserto do produto durável no prazo de noventa dias, mas não à devolução da quantia 
paga. 
c) Joana não precisa aguardar o prazo legal de trinta dias para conserto, pois tem direito de 
exigir a substituição imediata do produto, em razão de sua essencialidade. 
d) Na impossibilidade de substituição do produto por outro da mesma espécie, Joana 
poderá optar por um modelo diverso, sem direito à restituição de eventual diferença de 
preço, e, se este for de valor maior, não será devida por Joana qualquer complementação. 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
QUESTÃO 2 
Hugo colidiu com seu veículo e necessitou de reparos na lataria e na pintura. Para tanto, 
procurou, por indicação de um amigo, os serviços da Oficina Mecânica M, oportunidade na qual lhe foi 
ofertado orçamento escrito, válido por 15 (quinze) dias, com o valor da mão de obra e dos materiais a 
serem utilizados na realização do conserto do automóvel. Hugo, na certeza da boa indicação, contratou 
pela primeira vez com a Oficina. Considerando as regras do Código de Proteção e Defesa do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Segundo a lei do consumidor, o orçamento tem prazo de validade obrigatório de 10 (dez) 
dias, contados do seu recebimento pelo consumidor Hugo. Logo, no caso, somente 
durante esse período a Oficina Mecânica M estará vinculada ao valor orçado. 
b) Uma vez aprovado o orçamento pelo consumidor, os contraentes estarão vinculados, 
sendo correto afirmar que Hugo não responderá por quaisquer ônus ou acréscimos no 
valor dos materiais orçados; contudo, ele poderá vir a responder pela necessidade de 
contratação de terceiros não previstos no orçamento prévio. 
c) Se o serviço de pintura contratado por Hugo apresentar vícios de qualidade, é correto 
afirmar que ele terá tríplice opção, à sua escolha, de exigir da oficina mecânica: a 
reexecução do serviço sem custo adicional; a devolução de eventual quantia já paga, 
corrigida monetariamente, ou o abatimento do preço de forma proporcional. 
d) A lei consumerista considera prática abusiva a execução de serviços sem a prévia 
elaboração de orçamento, o que pode ser feito por qualquer meio, oral ou escrito, 
exigindose, para sua validade, o consentimento expresso ou tácito do consumidor 
EXAME XVII - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Saulo e Bianca são casados há quinze anos e, há dez, decidiram ingressar no ramo das festas de 
casamento, produzindo os chamados “bem-casados”, deliciosos doces recheados oferecidos aos 
convidados ao final da festa. Saulo e Bianca não possuem registro da atividade empresarial desenvolvida, 
sendo essa a fonte única de renda da família. No mês passado, os noivos Carla e Jair encomendaram ao 
casal uma centena de “bem-casados” no sabor doce de leite. A encomenda foi entregue conforme 
contratado, no dia do casamento. Contudo, diversos convidados que ingeriram os quitutes sofreram 
infecção gastrointestinal, já que o produto estava estragado. A impropriedade do produto para o 
consumo foi comprovada por perícia técnica. Com base no caso narrado, assinale a alternativa correta. 
a) O casal Saulo e Bianca se enquadra no conceito de fornecedor do Código do Consumidor, 
pois fornecem produtos com habitualidade e onerosidade, sendo que apenas Carla e Jair, 
na qualidade de consumidores indiretos, poderão pleitear indenização. 
b) Embora a empresa do casal Saulo e Bianca não esteja devidamente registrada na Junta 
Comercial, pode ser considerada fornecedora à luz do Código do Consumidor, e os 
convidados do casamento, na qualidade de consumidores por equiparação, poderão 
pedir indenização diretamente àqueles. 
c) O Código de Defesa do Consumidor é aplicável ao caso, sendo certo que tanto Carla e Jair 
quanto seus convidados intoxicados são consumidores por equiparação e poderão pedir 
indenização, porém a inversão do ônus da prova só se aplica em favor de Carla e Jair, 
contratantes diretos.d) A atividade desenvolvida pelo casal Saulo e Bianca não está oficialmente registrada na 
Junta Comercial e, portanto, por ser ente despersonalizado, não se enquadra no conceito 
legal de fornecedor da lei do consumidor, aplicando-se ao caso as regras atinentes aos 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
vícios redibitórios do Código Civil. 
QUESTÃO 2 
Tommy adquiriu determinado veículo junto a um revendedor de automóveis usados. Para tanto, 
fez o pagamento de 60% do valor do bem e financiou os 40% restantes com garantia de alienação 
fiduciária, junto ao banco com o qual mantém vínculo de conta-corrente. A negociação transcorreu 
normalmente e o veículo foi entregue. Ocorre que Tommy, alguns meses depois, achou que a obrigação 
assumida estava lhe sendo excessivamente onerosa. Procurou então você como advogado (a) a fim de 
saber se ainda assim seria possível questionar o negócio jurídico realizado e pedir revisão do contrato que 
Tommy sequer possuía. A esse respeito, assinale a afirmativa correta. 
a) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia que transfere ao credor o domínio 
resolúvel e a posse indireta do bem alienado, não havendo aplicabilidade do Código de 
Defesa do Consumidor e, portanto, nem o pedido de revisão na hipótese, haja vista que 
a questão jurídica está submetida unicamente à leitura da norma geral civil, sem a 
inversão do ônus da prova. 
b) A questão comporta aplicação do CDC, mas para propor ação revisional, a parte deve 
ingressar com medida cautelar preparatória de exibição de documentos, sob pena de 
extinção da medida cognitiva revisional por falta de interesse de agir. 
c) A questão versa sobre alienação fiduciária em garantia, que transfere para o devedor a 
posse direta do bem, tornando-o depositário, motivo pelo qual a questão jurídica rege-
se exclusivamente pelas regras impostas pelo Decreto-lei nº 911, de 1969, que estabelece 
normas de processo sobre alienação fiduciária. 
d) A questão comporta aplicação do CDC, e a ação revisional pode ser proposta 
independentemente de medida cautelar preparatória de exibição de documentos, já que 
o pleito de exibição do contrato poderá ser formulado incidentalmente e nos próprios 
autos. 
EXAME XVI - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
A responsabilidade civil dos fornecedores de serviços e produtos, estabelecida pelo 
Código do Consumidor, reconheceu a relação jurídica qualificada pela presença de uma parte 
vulnerável, devendo ser observados os princípios da boa-fé, lealdade contratual, dignidade da 
pessoa humana e equidade. A respeito da temática, assinale a afirmativa correta. 
a) A responsabilidade civil subjetiva dos fabricantes impõe ao consumidor a 
comprovação da existência de nexo de causalidade que o vincule ao fornecedor 
mediante comprovação da culpa, invertendo se o ônus da prova que tange ao 
resultado danoso suportado. 
b) A responsabilidade civil do fabricante é subjetiva e subsidiária quando o 
comerciante é identificado e encontrado para responder pelo vício ou fato do 
produto, cabendo ao segundo a responsabilidade civil objetiva. 
c) A responsabilidade civil objetiva do fabricante somente poderá ser imputada se 
houver demonstração dos elementos mínimos que comprovem o nexo de 
causalidade que justifique a ação proposta, ônus esse consumidor. 
d) A inversão do ônus da prova nas relações de consumo é questão de ordem 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
pública e de imputação imediata, cabendo ao fabricante a carga probatória 
frente ao consumidor, em razão da responsabilidade civil objetiva. 
QUESTÃO 2 
As negociações mercantis adotaram uma nova ordem quando o Código de Defesa do 
Consumidor foi implementado no sistema jurídico nacional. A norma visa proteger a parte mais frágil 
econômica e tecnicamente de práticas abusivas conferindo-lhe a tutela do Art. 4º, I, do CDC, que 
consagra a presunção de vulnerabilidade absoluta geral inerente a todos os consumidores. Essa nova 
ordem ainda conferiu especial atenção à Convenção Coletiva adotada em outros ramos do Direito, 
passando também a constituir forma de equacionamento de conflitos nas relações de consumo antes 
mesmo da judicialização das questões, ou mesmo se antecipando à instalação dos litígios. A respeito da 
Convenção Coletiva de Consumo, prevista no microssistema do Código de Defesa do Consumidor, 
assinale a afirmativa correta. 
a) A Convenção regularmente constituída torna obrigatória a partir da assinatura dos 
legitimados, dispensando-se o registro do instrumento em cartório de títulos e 
documentos. 
b) A Convenção não poderá regulamentar as relações de consumo no que diz respeito ao 
preço e às garantias de produtos e serviços, atribuições do Departamento de Proteção e 
Defesa do Consumidor. 
c) A Convenção regularmente constituída vincula os signatários, mas, caso o fornecedor se 
desligue da entidade celebrante à qual estava vinculado, eximir-se à do cumprimento do 
estabelecido. 
d) A Convenção firmada por entidades civis de consumidores e associações de fornecedores 
somente obrigará os filiados às entidades signatárias. 
EXAME XV- CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Carmen adquiriu veículo zero quilômetro com dispositivo de segurança denominado airbag do 
motorista, apenas para o caso de colisões frontais. Cerca de dois meses após a aquisição do bem, o 
veículo de Carmen sofreu colisão traseira, e a motorista teve seu rosto arremessado contra o volante, 
causando-lhe escoriações leves. A consumidora ingressou com medida judicial em face do fabricante, 
buscando a reparação pelos danos materiais e morais que sofrera, alegando ser o produto defeituoso, já 
que o airbag não foi acionado quando da ocorrência da colisão. A perícia constatou colisão traseira e em 
velocidade inferior à necessária para o acionamento do dispositivo de segurança. Carmen invocou a 
inversão do ônus da prova contra o fabricante, o que foi indeferido pelo juiz. Analise o caso à luz da Lei 
nº 8.078/90 e assinale a afirmativa correta. 
 
a) Cabe inversão do ônus da prova em favor da consumidora, por expressa determinação 
legal, não podendo, em qualquer hipótese, o julgador negar tal pleito. 
b) Falta legitimação, merecendo a extinção do processo sem resolução do mérito, uma vez 
que o responsável civil pela reparação é o comerciante, no caso, a concessionária de 
veículos. 
c) A responsabilidade civil do fabricante é objetiva e independe de culpa; por isso, será 
cabível indenização à vítima consumidora, mesmo que esta não tenha conseguido 
comprovar a colisão dianteira. 
d) O produto não poderá ser caracterizado como defeituoso, inexistindo obrigação do 
fabricante de indenizar a consumidora, já que, nos autos, há apenas provas de colisão 
traseira. 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
QUESTÃO 2 
Roberto, atraído pela propaganda de veículos zero quilômetro, compareceu até uma 
concessionária a fim de conhecer as condições de financiamento. Verificando que o valor das prestações 
cabia no seu orçamento mensal e que as taxas e os custos lhe pareciam justos, Roberto iniciou junto ao 
vendedor os procedimentos para a compra do veículo. Para sua surpresa, entretanto, a financeira negou 
argumento de que havia negativação do nome de Roberto nos cadastros de proteção ao crédito. 
Indignado e buscando esclarecimentos, Roberto procurou o Banco Cadastro que havia informado à 
concessionária acerca da suposta existência de negativação, sendo informado por um dos empregados 
que as informações que Roberto buscava somente poderiam ser dadas mediante ordem judicial. Sobre 
o procedimento do empregado do Banco, assinale a afirmativa correta. 
a) O empregado do Banco de Dados e Cadastrosagiu no legítimo exercício de direito ao 
negar a prestação das informações, já que o solicitado pelo consumidor somente deve 
ser dado pelo fornecedor que cabendo a Roberto buscar uma ordem judicial 
mandamental, autorizando a divulgação dos dados para ele diretamente. 
b) O procedimento do empregado, ao negar as informações que constam no Banco de 
Dados e Cadastros sobre o consumidor, configura infração penal punível com pena de 
detenção ou multa, nos termos tipificados no Código de Defesa do Consumidor. 
c) A negativa no fornecimento das informações foi indevida, mas configura mera infração 
administrativa punível com advertência e, em caso d ser aplicada ao órgão, não ao 
empregado que negou a prestação de informações. 
d) Cuida-se de infração administrativa e, somente se cometido em operações que 
envolvessem alimentos, medicamentos ou serviços essenciais, configurar penal, para fins 
de incidência da norma consumerista em seu aspecto penal. 
EXAME XIV - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
 Um homem foi submetido a cirurgia para remoção de cálculos renais em hospital privado. A 
intervenção foi realizada por equipe médica não integrante dos quadros de funcionários do referido 
hospital, apesar de ter sido indicada por esse mesmo hospital. Durante o procedimento, houve 
perfuração do fígado do paciente, verificada somente três dias após a cirurgia, motivo pelo qual o homem 
teve que se submeter a novo procedimento cirúrgico, que lhe deixou uma grande cicatriz na região 
abdominal. O paciente ingressou com ação judicial em face do hospital, visando a indenização por danos 
morais e estéticos. Partindo dessa narrativa, assinale a opção correta. 
a) O hospital responde objetivamente pelos danos morais e estéticos decorrentes do erro 
médico, tendo em vista que ele indicou a equipe médica. 
b) O hospital responderá pelos danos, mas de forma alternativa, não se acumulando os 
danos morais e estéticos, sob pena de enriquecimento ilícito do autor. 
c) O hospital não responderá pelos danos, uma vez que se trata de responsabilidade 
objetiva da equipe médica, sendo o hospital parte ilegítima na ação porque apenas 
prestou serviço de instalações e hospedagem do paciente. 
d) O hospital não responderá pelos danos, tendo em vista que não se aplica a norma 
consumerista à relação entre médico e paciente, mas, sim, o Código Civil, embora a 
responsabilidade civil dos profissionais liberais seja objetiva. 
QUESTÃO 2 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
O fornecimento de serviços e de produtos é atividade desenvolvida nas mais diversas 
modalidades, como ocorre nos serviços de crédito e financiamento, regidos pela norma especial 
consumerista, que atribuiu disciplina específica para a temática. A respeito do crédito ao consumidor, 
nos estritos termos do Código de Defesa do Consumidor, assinale a opção correta. 
 
a) A informação prévia ao consumidor, a respeito de taxa efetiva de juros, é obrigatória, 
facultando-se a discriminação dos acréscimos legais, como os tributos e taxas de 
expediente. 
b) A liquidação antecipada do débito financiado comporta a devolução ou a redução 
proporcional de encargos, mas só terá cabimento se assim optar o consumidor no 
momento da contratação do serviço. 
c) As informações sobre o preço e a apresentação do serviço de crédito devem ser, 
obrigatoriamente, apresentadas em moeda corrente nacional. 
d) A pena moratória decorrente do inadimplemento da obrigação deve respeitar teto do 
valor da prestação inadimplida, não se podendo exigir do consumidor que suporte 
cumulativamente a incidência dos juros de mora. 
EXAME XIII - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Eliane trabalha em determinada empresa para a qual uma seguradora apresentou proposta de 
seguro de vida e acidentes pessoais aos empregados. Eliane preencheu o formulário entregue pela 
seguradora e, dias depois, recebeu comunicado escrito informando, sem motivo justificado, a recusa da 
seguradora para a contratação por Eliane. Partindo da situação fática narrada, à luz da legislação vigente, 
assinale a afirmativa correta. 
a) Eliane pode exigir o cumprimento forçado da obrigação nos termos do serviço 
apresentado, já que a oferta obriga a seguradora e a negativa constituiu prática abusiva 
pela recusa infundada de prestação de serviço. 
b) Trata-se de hipótese de aplicação da legislação consumerista, mas, a despeito das 
garantias conferidas ao consumidor, em hipóteses como a narrada no caso, é facultado à 
seguradora recusar a contratação antes da assinatura do contrato. 
c) Por se tratar de contrato bilateral, a seguradora poderia ter se recusado a ser contratada 
por Eliane nos termos do Código Civil, norma aplicável ao caso, que assegura que a 
proposta não obriga o proponente. 
d) A seguradora não está obrigada a se vincular a Eliane, já que a proposta de seguro e 
acidentes pessoais dos empregados não configura oferta, nos termos do Código do 
Consumidor. 
QUESTÃO 2 
Mauro adquiriu um veículo zero quilômetro da fabricante brasileira Surreal, na 
concessionária Possante Ltda., revendedora de automóveis que comercializa habitualmente 
diversas marcas nacionais e estrangeiras. Na época em que Mauro efetuou a compra, o modelo 
adquirido ainda não era produzido com o opcional de freio ABS, o que só veio a ocorrer seis 
meses após a aquisição feita por Mauro. Tal sistema de frenagem (travagem) evita que a roda 
do veículo bloqueie quando o pedal do freio é pisado fortemente, impedindo com isso o 
descontrole e a derrapagem do veículo. Mauro, inconformado, aciona a concessionária 
postulando a substituição do seu veículo, pelo novo modelo com freio ABS. 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
 
Diante do caso narrado e das regras atinentes ao Direito do Consumidor, assinale a afirmativa 
correta. 
a) Mauro tem direito à substituição, pois o fato de o novo modelo ter sido oferecido 
com o opcional do freio ABS, de melhor qualidade, configura defeito do modelo 
anterior por ele adquirido. 
b) Se o veículo adquirido por Mauro apresentar futuro defeito no freio dentro do 
prazo de garantia, a concessionária Possante Ltda. é obrigada a assegurar a 
oferta de peças de reposição originais enquanto não cessar a fabricação do 
veículo. 
c) Somente quando cessada a produção no país do veículo adquirido por Mauro, a 
fabricante Surreal ficará exonerada do dever legal de assegurar o oferecimento 
de componentes e peças de reposição para o automóvel. 
d) Havendo necessidade de reposição de peças ou componentes no veículo de 
Mauro, a fabricante Surreal deverá, ainda que cessada a fabricação no país, 
efetuar o reparo com peças originais por um período razoável de tempo, fixado 
por lei. A reposição com peças usadas só é admitida pelo Código do Consumidor 
quando houver autorização do consumidor. 
EXAME XII - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
O Banco XYZ, com objetivo de aumentar sua clientela, enviou proposta de abertura de 
conta corrente com cartão de crédito para diversos estudantes universitários. Ocorre que, por 
desatenção de um dos encarregados pela instituição financeira da entrega das propostas, o 
conteúdo da proposta encaminhada para a estudante Bruna, de dezoito anos, foi furtado. O 
cartão de crédito foi utilizado indevidamente por terceiro, sendo Bruna surpreendida com 
boletos e ligações de cobrança por compras que não realizou. O episódio culminou com 
posterior inclusão do seu nome em um cadastro negativo de restrições ao crédito. Bruna nunca 
solicitou o envio do cartão ou da proposta de abertura de conta, e sequer celebrou contrato 
com o Banco XYZ, mas tem dúvidas acerca de eventual direito à indenização. Na qualidade de 
Advogado, diante do caso concreto, assinalea afirmativa correta. 
 
a) A conduta adotada pelo Banco XYZ é prática abusiva à luz do Código do 
Consumidor, mas como Bruna não é consumidora, haja vista a ausência de 
vínculo contratual, deverá se utilizar das regras do Código Civil para fins de 
eventual indenização. 
b) A pessoa exposta a uma prática abusiva, como na hipótese do envio de produto 
não solicitado, é equiparada a consumidor, logo Bruna pode postular indenização 
com base no Código do Consumidor. 
c) A prática bancária em questão é abusiva segundo o Código do Consumidor, mas 
o furto sofrido pelo preposto do Banco XYZ configura culpa exclusiva de terceiro, 
excludente da obrigação da instituição financeira de indenizar Bruna. 
d) O envio de produto sem solicitação do consumidor não é expressamente vedado 
pela lei consumerista, que apenas considera o produto como mera amostra 
grátis, afastando eventual obrigação do Banco XYZ de indenizar Bruna. 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
QUESTÃO 2 
Maria e Manoel, casados, pais dos gêmeos Gabriel e Thiago que têm apenas três meses de vida, 
residem há seis meses no Condomínio Vila Feliz. O fornecimento do serviço de energia elétrica na cidade 
onde moram é prestado por um única concessionária, a Companhia de Eletricidade Luz S.A. Há uma 
semana, o casal vem sofrendo com as contínuas e injustificadas interrupções na prestação do serviço pela 
concessionária, o que já acarretou a queima do aparelho de televisão e da geladeira, com a perda de 
todos os alimentos nela contidos. O casal pretende ser indenizado. Nesse caso, à luz do princípio da 
vulnerabilidade previsto no Código de Proteção e Defesa do Consumidor, assinale a afirmativa correta. 
a) Prevalece o entendimento jurisprudencial no sentido de que a vulnerabilidade no Código 
do Consumidor é sempre presumida, tanto para o consumidor pessoa física, Maria e 
Manoel, quanto para a pessoa jurídica, no caso, o Condomínio Vila Feliz, tendo ambos 
direitos básicos à indenização e à inversão judicial automática do ônus da prova. 
b) A doutrina consumerista dominante considera a vulnerabilidade um conceito jurídico 
indeterminado, plurissignificativo, sendo correto afirmar que, no caso em questão, está 
configurada a vulnerabilidade fática do casal diante da concessionária, havendo direito 
básico à indenização pela interrupção imotivada do serviço público essencial. 
c) É dominante o entendimento no sentido de que a vulnerabilidade nas relações de 
consumo é sinônimo exato de hipossuficiência econômica do consumidor. Logo, basta 
ao casal Maria e Manoel demonstrá-la para receber a integral proteção das normas 
consumeristas e o consequente direito básico à inversão automática do ônus da prova e 
a ampla indenização pelos danos sofridos. 
d) A vulnerabilidade nas relações de consumo se divide em apenas duas espécies: a jurídica 
ou científica e a técnica. Aquela representa a falta de conhecimentos jurídicos ou outros 
pertinentes à contabilidade e à economia, e esta, à ausência de conhecimentos 
específicos sobre o serviço oferecido, sendo que sua verificação é requisito legal para 
inversão do ônus da prova a favor do casal e do consequente direito à indenização. 
EXAME XI - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
O Mercado A comercializa o produto desinfetante W, fabricado por “W.Industrial”. O 
proprietário do Mercado B, que adquiriu tal produto para uso na higienização das partes comuns das suas 
instalaçãoes, verifica que o volume contido no frasco está em desacordo com as informações do rótulo 
do produto. Em razão disso, o Mercado B propõe ação judicial em face do Mercado A, invocando a Lei n. 
8.078/90 (CDC), arguindo vícios decorrentes de tal disparidade. O Mercado A, em defesa, apontou que 
se tratava de responsabilidade do fabricante e requereu a extinção do processo. A respeito do caso 
sugerido, assinale a alternativa correta. 
a) O processo merece ser extinto por ilegitimidade passiva. 
b) O caso versa sobre fato do produto, logo a responsabilidade do réu é subsidiária. 
c) O processo deve ser extinto, pois o autor não se enquadra na condição de consumidor. 
d) Trata-se de vício do produto, logo o réu e o fabricante são solidariamente responsáveis. 
QUESTÃO 2 
 Carla ajuizou ação de indenização por danos materiais, morais e estéticos em face do dentista 
Pedro, lastreada em prova pericial que constatou falha, durante um tratamento de canal, na prestação 
do serviço odontológico. O referido laudo comprovou a inadequação da terapia dentária adotada, o que 
resultou na necessidade de extração de três dentes da paciente, sendo que na execução da extração 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
ocorreu fratura da mandíbula de Carla, o que gerou redução óssea e sequelas permanentes, que incluíram 
assimetria facial. Com base no caso concreto, à luz do Código de Defesa do Consumidor, assinale a 
afirmativa correta. 
a) O dentista Pedro responderá objetivamente pelos danos causados à paciente Carla, em 
razão do comprovado fato do serviço, no prazo prescricional de cinco anos. 
b) Haverá responsabilidade de Pedro, independentemente de dolo ou culpa, diante da 
constatação do vício do serviço, no prazo decadencial de noventa dias. 
c) A obrigação de indenizar por parte de Pedro é subjetiva e fica condicionada à 
comprovação de dolo ou culpa. 
d) Inexiste relação de consumo no caso em questão, pois é uma relação privada, que encerra 
obrigação de meio pelo profissional liberal, aplicando-se o Código Civil. 
EXAME X - CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR 
QUESTÃO 1 
Aurora contratou com determinada empresa de telefonia fixa um pacote de serviços de valor 
preestabelecido que incluía ligações locais de até 100 minutos e isenção total dos valores pelo período 
de três meses, exceto os minutos que ultrapassassem os contratados, ligações interurbanas e para 
telefone móvel. Para sua surpresa, logo no primeiro mês recebeu cobrança pelo pacote de serviços no 
importe três vezes superior ao contratado, mesmo que tivesse utilizado apenas 32 minutos em ligações 
locais. A consumidora fez diversos contatos com a fornecedora do serviço para reclamar o ocorrido, mas 
não obteve solução. De posse dos números dos protocolos de reclamações, ingressou com medida 
judicial, obtendo liminar favorável para abstenção de cobrança e de negativação do nome. Considerando 
o caso acima descrito, assinale a afirmativa correta. 
a) A conversão da obrigação em perdas e danos faz-se independentemente de eventual 
aplicação de multa. 
b) A multa diária ao réu pode ser fixada na sentença, mas desde que o autor tenha requerido 
expressamente. 
c) A conversão da obrigação em perdas e danos independe de pedido do autor, em qualquer 
hipótese. 
d) A tutela liminar será concedida, desde que não implique em ordem de busca e apreensão, 
que requer medida cautelar própria e justificação prévia. 
QUESTÃO 2 
Elisabeth e Marcos, desejando passar a lua-de-mel em Paris, adquiriram junto à Operadora de 
Viagens e Turismo “X” um pacote de viagem, composto de passagens aéreas de ida e volta, hospedagem 
por sete noites, e seguro saúde e acidentes pessoais, este último prestado pela seguradora “Y”. Após 
chegar à cidade, Elisabeth sofreu os efeitos de uma gastrite severa e Marcos entrou em contato com a 
operadora de viagens a fim de que o seguro fosse acionado, sendo informado que não havia médico 
credenciado naquela localidade. O casal procurou um hospital, que manteve Elisabeth internada por 24 
horas, e retornou ao Brasil no terceiro dia de estada em Paris, tudo às suas expensas. Partindo da 
hipótese apresentada, assinale a afirmativa correta. 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
a) O casal poderá acionarjudicialmente a operadora de turismo, mesmo que a falha do 
serviço tenha sido da seguradora, em razão da responsabilidade solidária aplicável ao 
caso. 
b) O casal somente poderá acionar judicialmente a seguradora Y, já que a operadora de 
turismo responderia por falhas na organização da viagem, e não pelo seguro porque esse 
foi realizado por outra empresa. 
c) O casal terá que acionar judicialmente a operadora de turismo e a seguradora 
simultaneamente por se tratar da hipótese de litisconsórcio necessário e unitário, sob 
pena de insurgir em carência da ação. 
d) O casal não poderá acionar judicialmente a operadora de turismo já que havia liberdade 
de contratar o seguro saúde viagem com outra seguradora e, portanto, não se tratando 
de venda casada, não há responsabilidade solidária na hipótese. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
GABARITOS DAS PROVAS: 
XXIV – CDC 
1-A 2-A 
XXIII – CDC 
1-D 2-C 
XXII- CDC 
1-D 2-B 
XXI- CDC 
1-B 2-C 
XX- CDC 
1-C 2-C 
XX-CDC (PROVA REAPLICADA SA LVADOR). 
1-C 2-D 
XIX-CDC 
1-A 2-C 
XVIII – CDC 
1-C 2-C 
XVII – CDC 
1-B 2-D 
XVI- CDC 
1-C 2-D 
XV- CDC 
1-D 2-B 
 
 CADERNO DE QUESTÕES 
DIREITO DO CONSUMIDOR 
OAB 
1ª FASE 
 
XIV- CDC 
1-A 2-C 
XIII- CDC 
1-A 2-D 
XII- CDC 
1-B 2-B 
XI- CDC 
1-D 2-C 
X- CDC 
1-A 2-A

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