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Uma Globalização Perversa

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC
DEPARTAMENTO DE LETRAS E ARTES - DLA
CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS
RESUMO INFORMATIVO
POR:
MARCUS A. A. C.
ILHÉUS-BA.
2018
SANTOS, Milton. Uma globalização perversa. In: SANTOS Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 8 ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. p. 37-78.
Resumo
O texto analisa o caráter perverso da globalização, apresentando-a como uma falsa unificação mundial, surgida no século XX, caracterizada pela competitividade, geradora de novos totalitarismos, responsável pelo descaso ao bem público, pela falta de solidariedade e pobreza. Aponta como causa da perversidade, o dinheiro em estado puro, visto como fetiche e motor da vida, a informação despótica utilizada pelo Estado e por empresas para monopolizar a sociedade e, as fabulações midiáticas reguladas por países ricos, que acentuam a desigualdade, tornam a periferia do capitalismo ainda mais periférica, conformam ideias, comportamentos e privam a liberdade, o que gera os globalitarismos. Expõe que o consumismo e a competitividade atual tem a guerra como norma e justificam individualismos extremos, que sustentam discriminações, cedem o lugar ao despotismo do consumo, conduzem ao empobrecimento moral e intelectual, ao esquecimento da oposição fundamental entre o consumidor e cidadão e anula discussões em torno de ideias opostas, o que cria uma ideologia única, ancorada no marketing e no design, como ideal. Compara o capitalismo concorrencial atual com o de outrora, que mesmo sendo “imperialista”, permitia a convivência de níveis diferentes de formas técnicas e organizacionais, ideias morais e filosóficas difundidas no campo político e jurídico e, uma política que não era subordinada ao mercado, não tinha o utilitarismo como principal regra e o eleitoralismo abundante. Afirma que as violências estruturais, pilar da produção de todas as outras formas de violência, é resultado da presença e da manifestação conjunta em prol do dinheiro, da competitividade e produção em estado puro, que desumanizam questões como desemprego e fome, bem como ampliam a corrupção. Reflete que não há mais interação direta entre todos os setores da sociedade, nem a territorialidade exercida através da coletividade para o enriquecimento e democracia da mesma e sim, um sistema econômico capitalista, que tem a tecnociência e o Estado como aliados, desta forma, possui cada vez menos recursos, assim, como consequência, há o aumento da pobreza incluída, estrutural e a marginalidade. Critica os intelectuais que se omitem, os partidos de esquerda que seguem a política de direita e aponta que uma visão conjunta, com distribuição de poderes e recursos em todas as esferas cabíveis é a solução para a presente situação de países subdesenvolvidos. Conclui que as normas públicas que regem os países em desenvolvimento são externas e que a visão de soberania nacional deve ser revista, para a correção de rumos equivocados do mundo globalizado.

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