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Djaina PNE Resenha Pedro Demo

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UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL - Campus Chapecó 
Política educacional e legislação do ensino no Brasil 
Djaina Sibiani Rieger 
 
DEMO, Pedro. Plano Nacional de Educação: uma visão crítica: Papirus, 2016. 
 
Pedro Demo é graduado em Filosofia e doutorado em Sociologia, atualmente 
professor titular aposentado e professor emérito da Universidade de Brasília (UnB). 
Realizando pesquisas principalmente voltadas à aprendizagem nas escolas públicas, autor de 
inúmeros livros, produziu a obra “Plano Nacional de Educação: uma visão crítica” de 2016. 
Como trazido por Demo, olhar os índices educacionais como os Índice de 
Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e do Exame Nacional do Ensino Médio 
(ENEM) é suficiente para certificar-se do quanto o sistema atual de ensino brasileiro é 
inadequado. Ainda assim, o Plano Nacional de Educação, aprovado no Congresso 
Nacional em 2014, surgiu com a promessa de honrar o slogan “pátria educadora”, 
construindo-se a partir de falsos diagnósticos e ignorando a lamentável realidade que nos 
assombra. Assim como Demo, acredito ser importante uma visão ampla, pois a situação 
atual não ocorre apenas devido a um, mas sim, diversos fatores. Primeiramente, é 
ressaltado o quanto os estudantes estão despidos de autoria e somente acostumados a 
memorizar o conteúdo necessário para passar na prova, em que o professor assume o 
papel de repassador oficial, distanciando em muito do objetivo de construir a 
aprendizagem. Ao pontuar isto, ressalta-se a importância do professor e do aluno no 
processo de ensino. Contudo, geralmente é ao professor que culpamos quase que de 
maneira íntegra, o fracasso da educação básica. É preciso ter em mente que a construção 
de uma educação de qualidade exige o empenho não só da comunidade escolar, mas de 
uma nação inteira, para superarmos o fato de que “o país não sabe ainda o que é aprender. 
Acha, porém, que sabe ensinar”. O problema é que a educação é um “investimento” a 
longo prazo e por isso não é atrativo e recebe pouca atenção. Consequentemente os 
índices caem cada vez mais e formam-se estudantes cada vez menos preparados para 
imersão no mercado de trabalho e na sociedade, enquanto cidadãos. 
Enfim, o livro é indicado a toda sociedade, uma vez que, as mudanças devem 
ocorrer de um contexto social amplo e depende da dedicação de toda a sociedade e não 
só da comunidade escolar para afinal construirmos um “plano que cumpra minimamente 
o direito da população aprender”.

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