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AnaliseFundamentCielo_Final

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UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E EXATAS 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA: CIELO 
 
 
 
Erika Nogueira 
 Greice Kelly Aguilar 
Patrícia Gonçalves 
Rosane Lopes de Alcântara 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teófilo Otoni – MG 
2014 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DOS VALES DO JEQUITINHONHA E MUCURI 
FACULDADE DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS E EXATAS 
CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA: CIELO 
 
 
Erika Nogueira 
 Greice Kelly Silva Aguilar 
Patrícia Gonçalves 
Rosane Lopes de Alcântara 
 
 
Pesquisa solicitada pelo Prof. Ronan Pereira Capobiango ao 
8º período do curso de Ciências Contábeis da Universidade 
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, 
para obtenção parcial de créditos na disciplina Mercado de 
Capitais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Teófilo Otoni – MG 
2014 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“In the long run we are all dead”. 
John Maynard Keynes 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 4 
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA ................................................................................. 4 
2 ANÁLISE MACROECONÔMICA ....................................................................................... 6 
3 ANÁLISE SETORIAL .......................................................................................................... 8 
3.1 ESTADO GERAL DO SETOR ............................................................................................. 8 
3.1 OPORTUNIDADES ........................................................................................................... 10 
3.2 RISCOS .............................................................................................................................. 11 
4 ANÁLISE DOS FUNDAMENTOS DA EMPRESA CIELO .............................................. 13 
5 VALORIZAÇÃO DAS AÇÕES .......................................................................................... 17 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................... 20 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................... 22 
4 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O trabalho se ocupa em realizar uma análise fundamentalista da empresa Cielo, a fim de 
avaliar seu desempenho identificando o porquê seria viável ou não o investimento em ações da 
companhia. Para tanto partiu da caraterização da empresa, mas como a metodologia definida foi a 
top down, fez-se necessário uma análise macroeconômica, setorial e por fim dos fundamentos da 
empresa. 
A escolha desta companhia foi influenciada pelas discussões em sala de aula acerca do 
impacto que as informações exercem sobre a valorização das ações da empresa. A partir do 
acompanhamento de informações sobre gestão das empresas, chamou a atenção o fato da 
possibilidade da referida companhia em estudo perder o direito de usar a marca Cielo, em função 
de uma ação judicial movida pelo nadador César Cielo, contratado em 2009 para fazer 
publicidade. 
A efetivação deste evento traria consequências consideráveis. A empresa teria que obter 
outro nome comercial, fazer uma grande propaganda para que os clientes pudessem tomar 
conhecimento da nova denominação, trocar o endereço na internet, os cartões de visita dos 
empregados e as placas, tendo um volume de gastos muito alto. O simples conhecimento do fato 
e sua possível efetivação poderia aumentar o risco da empresa do ponto de vista do investidor. 
A informação supracitada despertou o interesse em perceber se tal fato, neste caso em 
particular, afetaria a cotação das ações da empresa e os possíveis investimentos. 
 
1.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
A Companhia pertence ao ramo de serviços de adquirência e meios de pagamento, sua 
sede está localizada na Alameda Grajaú na cidade de Barueri em São Paulo, e possui uma 
subsidiária no exterior na região do Vale do Silício, nos Estados Unidos. Sua constituição ocorreu 
em novembro de 1995, quando a Visa International, o Bradesco, o Banco do Brasil, o Banco 
ABN Amro Real (posteriormente incorporado pelo Santander) e o extinto Banco Nacional se 
reuniram para desenhar o que viria a ser a Companhia Brasileira de Meios de Pagamento. A 
Companhia naquela época adotou o nome fantasia “Visanet”, que era uma marca licenciada pela 
Visa International. 
5 
 
A Cielo é a adquirente líder do setor de cartões de pagamento no mercado brasileiro, em 
termos de volume financeiro de transações. A Companhia conta com aproximadamente 1,4 
milhão de clientes credenciados ativos, estando presente em mais de 99% dos municípios 
brasileiros. Em 1996, a Companhia começou a operar com uma rede afiliada de mais de 100 mil 
estabelecimentos que já mantinham relações comerciais com os bancos fundadores, oferecendo 
serviços de captura, processamento e liquidação relacionados apenas ao cartão de crédito. 
A Companhia utilizou Visanet como nome até a sua alteração para Cielo, deliberada 
durante Assembleia Geral Extraordinária realizada no dia 14 de dezembro de 2009. A alteração 
da denominação da Companhia marcou o primeiro passo para a adequação ao Cenário 
Multibandeira, que seria instituído no ano seguinte. 
As ações ordinárias da Cielo passaram a ser listada no Mercado Bovespa em 26 de junho 
de 2009 utilizando o código de negociação CIEL3. Desde então, as ações da empresa também 
passaram a pertencer à lista de ativos do Novo Mercado da principal bolsa de valores brasileira. 
As ações ordinárias que estão em circulação no mercado somam um total 665.068.406. Dentre 
os direitos que a Cielo garante ao acionista estão: o direito de tag along de 100%; o direito ao 
dividendo mínimo obrigatório sobre o lucro líquido de cada exercício social; o direito a 
voto pleno; o direito a reembolso de capital; e a restrição a circulação de ações. 
A firma oferece serviços relativos a cartões de crédito e débito e outras formas de 
pagamento, assim como também fornece serviços relacionados como a adesão de 
estabelecimentos comerciais e fornecedores de serviços, aluguel, instalação e manutenção de 
maquinetas de POS - PDV, e captura de dados e processamento de transações eletrônicas e 
manuais. 
No exterior, as ações da Cielo também são negociadas nos Estados Unidos. No mercado 
de balcão organizado de ações, o investidor pode negociar recibos de ações ordinárias da 
companhia, sob a forma de American Depositary Receipt (ADR), através dos 
códigos CIOXY e CIOXF. Entre seus principais acionistas estão sociedades dos conglomerados 
financeiros do Banco do Brasil e Bradesco que estão classificados entre os maiores bancos de 
varejo do Brasil em termos de número de agências, segundo dados do Banco Central. A 
Companhia acredita que a presença de seus principais acionistas na maior parte do território 
nacional lhe conferiu condição privilegiada naaceitação de seus serviços, o que contribuiu para a 
posição de liderança que ocupa atualmente. 
6 
 
2 ANÁLISE MACROECONÔMICA 
 
Quadro 1- Variáveis Macroeconômicas 
 Nov/ 14 Dez/14 Dez/15 
Crescimento Econômico 
(PIB Real %) 
0,50 0,2 1,1 
Inflação (IPCA acum %) 6,45 6,5 6,5 
Juros (Selic) % 11,15 11,5 12 
Desemprego % 4,7* 5,4 5,7 
 
Taxa de Câmbio 
 Compra 2,5098 
 Venda 2,5585 
 Fonte: Elaborada com base em BACEN, 2014; BRASIL, 2014; ITAÚ BBA, 2014. 
 *Dado desemprego referente mês outubro/2014. 
 
A taxa de juros base da economia conforme estimativas tende a crescer no próximo ano, 
podendo, caso se realizem causar uma queda nas cotações. A elevação nas taxas de juros torna 
mais atrativa a rentabilidade da renda fixa do ponto de vista do investidor, que em tais momentos 
tende a migrar da renda variável para esta. Se faz importante ressaltar que a taxa a que se 
descontam os fluxos futuros a receber de uma ação, para se encontrar o preço dessa ação, varia 
conforme os juros livres de risco (PINHEIRO, 2009). Em suma, um aumento na taxa de juros 
livre de risco, leva a um aumento na taxa a que se descontam os fluxos da ação, o que causa uma 
queda no preço da ação. 
A projeção de aumento para a taxa da inflação vem confirmar a alta nos juros. Não 
consiste em um alto crescimento, mas afeta a bolsa de valores ao passo que gera uma incerteza 
em relação a longo prazo e inibe os financiamentos das operações utilizando-se do mercado de 
capitais. Tal fator leva a uma desestimulação das negociações na bolsa, visto que se passa a exigir 
uma rentabilidade que cubra a inflação estimada e um interesse maior por resultados no curto 
prazo. 
7 
 
Outro agregado de desestímulo econômico é o índice de desemprego, atualmente 
apontado como baixo e que apresenta para o próximo ano uma evolução segundo avaliação, 
assinalando uma desaceleração nos negócios. 
Considerando o fato de que há influência da economia internacional no desempenho das 
companhias, em função de esta se inserir em contexto global, a taxa de câmbio é de forma similar 
uma variável econômica a ser observada. O referido agregado afeta de igual modo a bolsa de 
valores, pois esta reflete o desempenho da economia . A queda na taxa eleva as exportações, o 
que gera um aumento na produção e contratação de mão de obra (PINHEIRO, 2009), e com 
projeção de baixa da taxa de câmbio como assinalado, espera-se uma alta na bolsa. 
O estabelecimento da política cambial baseia-se na administração das taxas de câmbio, 
promovendo alterações nas transações internacionais executadas por um país, sua fixação visa 
atender as necessidades de expansão da economia e o consequente desenvolvimento econômico 
(NETO, 2007). Assim a taxa de câmbio representa a quantidade de moeda nacional necessária 
para adquirir moeda estrangeira. O Banco Central de um país deve adquirir moeda estrangeira e 
pagar em moeda nacional as exportações de bens e serviços e os devedores que tenham obtido 
empréstimos no exterior, contudo em momentos de desequilíbrio os governos se vêm obrigados a 
gastarem elevadas somas de suas reservas cambiais para manter a cotação da moeda nacional. O 
controle cambial costuma ser visto com desconfiança pelos investidores, tornando a economia 
menos atraente para os investidores estrangeiros (NETO, 2007). 
Por fim, o crescimento econômico, como o último índice a compor esta análise, sugere 
devido a sua estimativa de aumento, um consequente lucro por ação decorrente da alta nos lucros 
empresariais. Tal cenário admite de igual maneira um crescimento nos ganhos proporcionados 
pela ação e no preço desta, o que mostra de forma clara a importância do crescimento econômico 
para o mercado de capitais e bolsa de valores (PINHEIRO, 2009). O que vale aqui salientar, é que 
o momento de alta da economia, como apresentado, não se constitui como o ideal para compra, ao 
considerar que a bolsa se antecipa ao ciclo econômico. E ao comprar ações, o que se adquire são 
fluxos de lucros futuros e não passados (PINHEIRO, 2009). 
 
 
 
 
8 
 
3 ANÁLISE SETORIAL 
 
Para saber como é ou como será um período para um setor deve-se analisar três fatores: 
estado geral do setor, oportunidades e riscos (PINHEIRO, 2009). 
Para compreensão dos cenários competitivos das empresas adquirentes ou credenciadoras 
deve-se observar o mercado de cartões de crédito e debito. Justifica-se isso por que estas 
empresas são ligadas a uma bandeira de cartão. Logo, este mercado ainda é restrito com a 
presença de poucos competidores, ou seja, este setor concentra-se em sua maior parte com as 
adquirentes Cielo e Rede. 
 
3.1 ESTADO GERAL DO SETOR 
Quanto à capacidade de produção o mercado de meios de pagamento de pagamento, o 
mercado de cartões e o mercado de adquirência vem crescendo cerca de 20%. Em relação a Cielo 
ela é considerada líder do setor de cartões de pagamento no mercado em termos de volume 
financeiro de transações. 
O mercado é crescente, pois, baseia-se no aumento da importância do uso de cartões 
oriundo do consumo das famílias, e de outros fatores como: 
a) Migração de dinheiro para meios eletrônicos de pagamento 
b) Familiarização com o cartão 
c) Bancos buscam migrar transações para o cartão de modo a reduzir seus custos 
d) Aumentos de vendas pela internet 
e) Expansão do cartão para mais baixa renda. 
O setor de cartões brasileiro corresponde 26,8% do consumo das famílias e deve atingir 
36% em até cinco anos, na estimativa da Abecs. 
O setor está sendo afetado por uma circular do Banco Central que entra em vigor em 
fevereiro de 2015, onde libera os comerciantes que tem valores a receber, decorrentes de vendas 
parceladas com cartão de crédito, escolherem com qual instituição financeira deseja negociar, 
antecipando o recebimento dos recursos. 
Anteriormente, havia o chamado domicilio bancário, isto é, um vínculo bancário nesta 
transação, onde as adquirentes alegavam que não poderia fazer os pagamentos através de outras 
instituições bancárias por possuírem padrões diferentes de negociação assim não conseguindo 
9 
 
visualizar os arquivos da empresa. A circular busca a padronização das transações entre 
adquirentes e instituição financeira, para a antecipação dos recebíveis. 
Com isso, o setor facilita a entrada de novos concorrentes de menor porte e novos no 
mercado que poderão ofertar negociações com instituições financeiras bancárias com taxas e 
condições de pagamento mais atrativas. 
Como o setor esta em alta, algumas companhias internacionais buscam abocanhar uma 
fatia do mercado brasileiro, os analistas acreditam que é difícil rachar o setor em três, mas estas 
empresas podem deter uma boa fatia do mercado local. Entretanto, há certas dificuldades do 
investimento no setor nacional, como montar uma infraestrutura de grande abrangência para atuar 
aqui, pois requer investimentos e parcerias com grandes bancos o que facilita a aceitação das 
bandeiras e a emissão dos cartões. 
O cenário era de tranquilidade para Cielo, pois a Redecard sua maior concorrente foi 
fechada pelo Itaú até traçarem uma nova estratégia para a empresa. Ao se organizarem e voltarem 
ao mercado o setor é de concorrência acirrada entre Cielo e Rede (antiga Redecard) e a tendência 
é de aumento devido aos novos concorrentes nacionais e internacionais. 
Anteriormente, quando em 2011 a bolsa de valores presenciou queda de 18% das ações, 
as ações da Cielo e Rede avançaram 53,3% e 49,2%, respectivamente. Entretanto, atualmente os 
preços das ações das companhias sofreram quedas, por causa da perda de exclusividade no 
mercado brasileiro, sofrida a partir da entrada de novos competidores internacionais.No entanto, alguns analistas ainda consideram este mercado restrito e não tão competitivo, 
pois 90% da participação esta entre Rede e Cielo, estas credenciadoras estão interligadas aos 
bancos importantes do país, entretanto, os analistas não descartam a hipótese do setor está aberto 
a competição. Assim, para se mantiver firmes no mercado estas empresas deverão investir em 
novos produtos a fim aumentar o poder de barganha na negociação das taxas e fidelizar os 
estabelecimentos comerciais. 
Em relação aos consumidores, estes estão localizados em mais de 99% dos municípios 
brasileiros, correspondendo mais de 1,3 milhão de clientes ativos. Esses números podem 
aumentar através do crescimento das compras no varejo. 
Portanto, os consumidores citaram como pontos fracos do uso dos cartões: 
a) Taxa elevada 
b) Aluguel do equipamento é alto 
10 
 
c) Demora para receber da credenciadora 
d) Problemas com equipamentos 
O conhecimento dos pontos fracos faz com que as companhias trabalhem para melhorá-
los visto que se não o fizerem o setor pode ser superado pelas novas tecnologias que não tem esse 
problema e pela concorrência que pode gerenciá-los de forma mais adequada. 
As adquirentes são regulamentadas pelo Banco Central e integram o Sistema de 
Pagamento Brasileiro (SPB), a autarquia pretende criar normas que permitam ao cidadão realizar 
transações de pagamento sem a intermediação de instituições financeiras de maneira segura e 
rápida. Com isso, gerará mais conveniência e redução dos preços desse serviço. Logo, as 
adquirentes deverão seguir as mesmas regras aplicadas ao bancos, assim aumentando a 
confiabilidade, privacidade, transparência e acesso a informações do setor, além de resolver um 
problema de assimetria regulatória que há anos atrapalha o crescimento do setor. 
Portanto, para garantir o cumprimento das normas o BC, as adquirentes enviarão 
relatórios periódicos e auditorias específicas, que visam acompanhar a evolução das instituições. 
Assim o não cumprimento sofrerá as mesmas sanções aplicadas a intuições financeiras, que 
variam de multa a cassação de autorização de funcionamento. 
 
3.1 OPORTUNIDADES 
Espera-se que com a Copa de 2014 e com as Olimpíadas de 2016 o cenário tende a crescer 
mais ainda, podendo até dobrar de tamanho. Logo, novos produtos como possibilitar máquinas 
para lojas de carros e motos (que trabalham com um ticket médio alto), cartões em bancas de 
jornais (que têm um ticket médio baixíssimo) além de maquinas para os taxistas, serão opções 
que ajudam a aumentar as vendas do setor. 
Como mais da metade das receitas das adquirentes incide sobre as taxas de desconto 
cobradas dos estabelecimentos e essas são divididas com os emissores através da taxa de 
intercâmbio, os preços sofrem influencia das regras impostas pelo mercado e de quanto cabe a 
cada parte. 
Outra fonte de receita do mercado é através da antecipação dos recebíveis de cartões, 
assim realizando parcerias com os bancos que concedem crédito para as micro e pequenas 
empresas. A relação também envolve sugestões das adquirentes de ofertas de produtos bancários 
relacionados a instituição “controladora” sendo isso considerado um diferencial competitivo. 
11 
 
As companhias do setor também buscam diversificar os produtos com a emissão de 
cartões virtuais que operam da mesma forma que os cartões físicos, mas que podem ser criados 
mais rapidamente e com baixo custo. 
No tocante, outros produtos e serviços específicos que atendam as necessidades 
específicas de cada segmento devem ser estudados, tais como os interligados ao setor público, 
pois outro campo ainda a ser explorado é a aceitação de cartões para o pagamento de tributos. 
Tem-se alguns casos na Bahia onde as empresas e os próprios caminhoneiros podem pagar suas 
taxas de impostos do ICMS e no Distrito Federal as multas podem ser sanadas com cartão. 
 
3.2 RISCOS 
O setor está sendo influenciado por outras modalidades de pagamento associada às novas 
tecnologias, dentre as quais cabe destacar por meio do telefone celular, que estão sendo 
desenvolvidas com a finalidade de aumentar a facilidade, rapidez e segurança no uso de cartões 
de credito e debito. Caso as companhias do setor não consigam acompanhar as tendências elas 
poderão ser afetadas pelo aumento da concorrência de novos meios de pagamento. 
O BC com os estímulos das novas regulamentações, possibilita o incentivo ao pagamento 
através da categoria móvel, agilizando o processo de transferência financeira, evitando o 
deslocamento pessoal e reduzindo a circulação de moeda, além de ampliar a concorrência. 
Uma medida, que aumenta a competividade do setor é que as maquinetas de cartões das 
bandeiras, deverão aceitar qualquer cartão, logo neste cenário de multibandeira, o 
estabelecimento pode optar por trabalhar apenas com uma adquirente, que deverão diminuir suas 
taxas de administração cobradas dos estabelecimentos para se manter competitiva. 
Há novas modalidades de produtos e serviços como as proporcionadas pelas instituições 
não bancárias, as Cooperativas de Crédito. A Sicoob (perfil de forte experiência no mercado local 
cooperativista) e First Data (líder em serviços de pagamento eletrônicos) se uniram para oferecer 
novos produtos e serviços para associados ou não, incluindo o acesso a recursos para 
empréstimos em geral e investimentos, tanto para pessoas físicas como jurídicas, em condições 
mais acessíveis. Isso afeta o setor devido à disputa de mercado pelas credenciadoras que ligadas a 
uma bandeira específica, tendem a oferecer preços mais competitivos e melhores serviços para 
buscar exclusividade no meio cooperativista. Isso implica que os preços das adquirentes podem 
reduzir para se manterem competitivas no mercado. 
12 
 
Há riscos inerentes ao produto ficar obsoleto onde as novas tecnologias para o pagamento 
de algumas transações realizadas através do celular de forma simples e segura, podem influenciar 
no mercado de cartões de crédito. Entretanto, o setor ainda não está sendo afetado intensamente. 
Porém, o setor é afetado pelas fraudes em cartões, pois em uma pesquisa 54% das pessoas 
diminuem o uso do cartão após sofrerem alguma fraude podendo optar por utilizarem outras 
formas de pagamento ou mudarem de bandeira. Quando afetado o setor perde cerca de 10 bilhões 
anualmente e com o aumento do comércio online podem atingir 16 bilhões. Além disso para se 
precaverem o setor incorre em custos de operação relacionados a aquisição de tecnologias anti-
fraude. 
Para gerenciar os riscos operacional, de liquidez e de crédito, o BC exigirá que as 
credenciadoras criem sistemas próprios de segurança, encarecendo o operacional das 
companhias. 
No Congresso Nacional versam projetos que visam regulamentar o setor de cartões, no 
entanto, nenhum ainda foi concretizado, mas causam focos de incerteza quanto ao contexto 
regulatório, por exemplo, os referentes (CIELO, 2014): 
a) a limitação de Taxas de Administração cobradas dos Estabelecimentos e prazos de 
pagamento: 
b) a possibilidade de se estabelecer preços diferenciados na venda de bens ou na prestação 
de serviços pagos com cartões de crédito e débitos em relação a outras formas de pagamento à 
vista; e 
c) equiparação das empresas do setor de meios de pagamento à condição de instituição 
financeira, sendo que, neste caso, a Companhia estará sujeita a uma série de normas adicionais e 
diversos atos societários estarão sujeitos à aprovação ao Banco Central do Brasil. 
d) incidência do ISS sobre serviços relacionados à aceitação cartão de crédito. 
As regulamentações acabam por proporcionar uma redução dos preços e aumento da 
concorrência.13 
 
4 ANÁLISE DOS FUNDAMENTOS DA EMPRESA CIELO 
 
Na análise fundamentalista determina-se o valor intrínseco da empresa, sendo 
determinados: o potencial de crescimento da empresa; o nível de risco; a flexibilidade financeira, 
definida como habilidade de obter caixa para fazer frente aos pagamentos a curto prazo ( 
PINHEIRO, 2007). 
A análise de demonstrações contábeis tem como objetivo avaliar e examinar o 
comportamento de uma empresa sob os aspectos econômico-financeiros, tomando por base essas 
demonstrações, portanto elas representam um conjunto de informações sobre atos e fatos 
econômico-financeiros que ocorreram nos períodos retratados. Sendo assim a análise representa 
uma ferramenta relevante para a compreensão da empresa e consequentemente para a 
fundamentação da decisão de compra ou venda de suas ações, já que por meio delas podem-se 
compreender as aplicações existentes em determinado momento, bem como as fontes de 
financiamento que deram origem a tais aplicações (PINHEIRO, 2007). 
Existem várias técnicas para a análise de demonstrações contábeis, mas para a análise dos 
fundamentos da empresa Cielo serão utilizados os índices que proporcionam uma visão das 
diversas relações entre os itens que compõem esses demonstrativos, possibilitando uma melhor 
compreensão. 
As dimensões que devem ser analisadas são as relações entre a empresa e os seguintes 
pontos: mercado, fornecedores de capital, fornecedores, empregados, utilização do ativo e 
preparação para o seu futuro. A análise de um único índice não possibilita avaliar toda a empresa, 
sendo, portanto, necessária a utilização de um conjunto de índices distintos que retratariam os 
diferentes aspectos que envolvem a empresa, alguns índices podem ser interpretados 
especificadamente por meio de seu valor numérico; já outros não são de fácil interpretação, 
necessitando para isso sua comparação com outros parâmetros (PINHEIRO, 2007). 
A análise financeira da empresa refere-se a capacidade de saldar seus compromissos tanto 
no presente quanto no futuro, a situação financeira pode ser avaliada pelas relações entre os 
elementos patrimoniais que retratam sua liquidez, sua estrutura patrimonial e seu ciclo 
operacional. 
Em relação à análise de liquidez pode se interpretar a liquidez de uma empresa como 
sendo o grau de capacidade que ela possui num determinado período, de atender a seus 
14 
 
compromissos em curto prazo mediante a realização de seus Ativos Circulantes; o grau de 
liquidez de um ativo depende da rapidez com que ele pode ser transformado em dinheiro sem 
perder valor, sendo assim os índices de liquidez representam a relação entre os ativos disponíveis 
mais os realizáveis com os passivos exigíveis, de curto e longo prazo (PINHEIRO, 2007). 
 Na análise da estrutura patrimonial identifica-se comportamento evolutivo dos 
coeficientes percentuais dos diversos componentes dos ativos e passivos no total do ativo ou de 
participação dos grupos do ativo ou passivo no total desses itens, esta análise pode ser feitas por 
dois processos: estudo da proporção ou participação dos capitais na estrutura e o estudo do nível 
de comprometimento ou imobilização dos capitais (PINHEIRO, 2007). 
 A análise do ciclo operacional procura-se a determinação da rapidez com que uma 
empresa pode gerar caixa em caso desse tipo de necessidade. O ciclo operacional de uma 
empresa pode ser enfocado de duas formas distintas: como econômico ou ciclo financeiro. A 
característica do ciclo econômico é prazo entre entradas de matérias-primas por meio das 
compras e as saídas pelas vendas, o ciclo financeiro é caracterizado como o período de tempo que 
vai do desembolso de caixa para a aquisição das matérias-primas, até o recebimento dos recursos 
advindos da venda do produto acabado (PINHEIRO, 2007). No regime econômico a base é o ato 
de compra e venda, no regime financeiro as bases são os pagamentos e recebimentos da relação 
comercial já concretizada. 
No ciclo econômico utilizam-se os seguintes índices: prazo médio de armazenamento de 
materiais, prazo médio de estocagem de mercadorias, prazo médio de armazenamento total, prazo 
médio de produção, prazo médio de venda, prazo médio de pagamento, prazo médio de 
recebimento e prazo médio de desconto de duplicatas. No ciclo financeiro utilizam-se os índices: 
análise da situação econômica, análise do comprometimento do lucro e análise de retorno. 
 
 
 
 
15 
 
Tabela 1- Fundamentos da Cielo 
 
 Fonte: EXAME.com, 2014a. 
 
A Companhia tem apresentado crescimento contínuo ao longo da sua história, sendo que 
no período compreendido entre 2012 a 2013, apresentou uma taxa de crescimento de 17,1% em 
Volume Financeiro de Transações, passando de R$383,3 bilhões em 2012 para R$448,7 bilhões 
em 2013. Adicionalmente, no período compreendido entre 2012 a 2013, a Companhia apresentou 
um aumento na Margem de EBITDA de 9,49 pontos percentuais. 
O capital circulante líquido aumentou de 2011 para 2013 467%, isso significa que a Cielo 
aumentou sua folga nos ativos de curto prazo em relação aos passivos de curto prazo. Em relação 
ao índice de endividamento geral os três anos o patrimônio líquido foi suficiente para a 
liquidação do passivo. O Lucro líquido ajustado de 2013 em relação a 2011 aumentou 125,59 %, 
esse lucro é o resultado positivo depois de considerado os efeitos da inflação. No entanto o lucro 
16 
 
líquido legal de 2013 em relação a 2011 aumentou 131,74%. A maior rentabilidade do 
patrimônio líquido foi em 2012, portanto, neste ano a Cielo teve a capacidade de agregar maiores 
valores utilizando seus próprios recursos em relação aos demais anos. A rentabilidade do 
patrimônio líquido teve maior expressividade em 2012, ou seja, nesse ano obteve um lucro maior 
para o capital investido em relação aos anos de 2011 e 2013. 
Em relação ao índice de liquidez geral de 2011 a 2013 a Cielo teve recursos financeiros 
suficientes para cumprir seus compromissos, pois os índices de liquidez geral foram superiores a 
um. A liquidez corrente nos três anos foi positiva, a empresa teve recursos financeiros para pagar 
suas dívidas de curto prazo. 
O giro do ativo diminui de 2011 para 2013, isso significa que a liquidez e a rentabilidade 
diminuem de 2011 para 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
5 VALORIZAÇÃO DAS AÇÕES 
 
Os valores constantes na avaliação foram retirados das demonstrações financeiras da 
companhia no ano de referência de 2013. 
 
Valor Contábil: 33.198.250.000 
Total de Ações: 665.068.406 
Valor Patrimonial da Ação: 49,92 
 
Valor Contábil Ajustado: 31.889.610.000 
Total de Ações: 665.068.406 
Valor Patrimonial da Ação Ajustado: 47,95 
 
A ação da companhia que teve sua máxima em novembro de 2014 no valor de R$ 43,95, 
assume com base no valor contábil a importância de R$ 49,92, cerca de 11,96 % de variação. Tal 
afirmação reflete que em termos contábeis, considerando apenas o valor patrimonial a ação está 
subavaliada, o que segundo Pinheiro (2009) não se constituiria uma situação aceitável, a não ser 
que a firma tenha expectativas de geração de prejuízo que venha absorver uma parte considerável 
de seus recursos próprios. 
A valorização também pode ser feita ainda pelo método do desconto dos Fluxos de Caixa, 
onde se faz necessário os fluxos de caixa estimados e uma taxa de retorno exigida, que deverá ser 
acima da taxa livre de risco (PINHEIRO, 2009). 
Utilizando o método do desconto dos fluxos de caixa para estabelecer o valor intrínseco 
da ação da companhia Cielo, tem-se que: 
 
Dados da Companhia em 2013 (em milhares de reais) 
Lucro líquido:2.680.676 
Amortizações e Provisões: 612.808 
Ativo Circulante Líquido: 18.727 
Passivo Circulante Líquido: 1.872.071 
Redução no Ativo Circulante Líquido: 1.872.071 – 18.727= (1.853.344) 
Aumento nas dívidas de curto e longo prazo: 374.397 
Aumento no Ativo Fixo Bruto: (16.122) 
Crescimento das Vendas: 6,9% a.a 
Taxa Selic: 11,65% a.a 
Taxa de retorno exigida: 18,55% 
18 
 
(Taxa de desconto estimada a partir da taxa livre de risco e o crescimento anual de vendas da 
firma.) 
 
2013 
Fluxo de caixa disponível para o acionista: 2.680.676 + 612.808 - 1.853.344 + 374.397 - 
16.122 = 1.798.415 
 2014 
Fluxo de Caixa estimado com base no crescimento das vendas: 
1.798.415 + 1.798.415*6,9% a.a = 1.922.505,64 
2015 
Fluxo de Caixa estimado com base no crescimento das vendas: 
1.922.505,64 + 1.922.505,64*6,9% a.a = 2.055.158,52 
 
Descontando os fluxos de caixa, considerando um custo de capital de 18,65%: 
 
 
1.517.009,7 + 1.367.931,99 + 1.233.504,25 = 4.118.445,94 
 
Valor de Mercado por ação: R$ 43,95 
Fluxo de Caixa Descontado por ação: 41.184.459.400/665.068.406= R$ 61,93 
 
 
 
 
 
 
Conclui-se a partir do exemplo, que a ação está subavaliada, pois seu preço de mercado é 
menor que seu valor intrínseco, indicando uma oportunidade de compra, visto que espera-se que 
seu preço venha subir no futuro. Vale ressaltar que os valores utilizados são com base nas 
demonstrações financeiras da companhia. Entretanto a taxa de retorno foi estabelecida para fins 
Vm = R$ 43,95 
 Vm < Vi 
Vi = R$ 61,93 
19 
 
didáticos, não refletindo o valor real do risco da ação, e não deve ser utilizada com objetivo de 
investimento. Pinheiro (2009) afirma que uma variação ainda que pequena na taxa de desconto 
resulta em um valor diferente do preço da ação, sendo que será maior quanto mais riscos admitam 
os fluxos de caixa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20 
 
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A partir da análise macroeconômica o momento não seria viável para a compra de ações 
tanto pelo fato da perspectiva de crescimento econômico que já pode esta refletindo no preço da 
ação uma vez que este compreende a perspectiva de fluxos futuros. outro fator que não sugere a 
compra do ponto de vista da economia é o possível aumento da inflação que sugere uma redução 
no consumo e ainda o aumento na taxa básica de juros que incentiva o investimento na renda fixa 
em lugar da renda variável. 
Em relação ao setor este se caracteriza como crescente e concentrado no poder das 
adquirentes Cielo e Rede. Ele sofre influencias do governo e do Banco Central. Entretanto, dentre 
as oportunidades estão às relacionadas com o uso de cartões para pagamento de alguns tributos, a 
copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, dentre outras. Os riscos envolvem o uso das tecnologias 
móvel, das novas regulamentações, da entrada de novos concorrentes internacionais no mercado, 
etc. 
Portanto, para uma análise do setor infere-se que ele tem tendência de alta, mas pode ser 
afetado pelos concorrentes, que ligados a tecnologias modernas podem aprimorá-las. Com isso, 
evita-se que o uso dos cartões se tornem obsoletos futuramente, logo, novos produtos e serviços 
devem ser criados. 
Além disso, no que tange as regulamentações do BC estas tendem a estimular a 
concorrência implicando em novas estratégias de mercado das adquirentes atuais com vistas a 
evitar a diminuição dos preços e da valorização das companhias. Essa diminuição afeta todo o 
mercado, pois os “financiamentos” através dos cartões são responsáveis por impulsionar as 
vendas nos vários setores da economia. 
 Ao analisar a Cielo, a companhia foi no ano de 2013, líder pelo investimento contínuo na 
diferenciação do portfólio de produtos e serviços. Como consequência dessa liderança nos 
últimos anos apresentados ela demonstra estabilidade econômico-financeira, sendo que os lucros 
e as vendas aumentaram nos últimos anos e a empresa consegue pagar suas dívidas com seus 
próprios recursos. 
Com relação ao problema inicial que deu causa a escolha da Cielo S/A como a 
Companhia de estudo no dia 15 de outubro de 2014 a Diretoria de relações com os investidores 
entregou a CVM um relatório sobre a movimentação atípica de ações no período de 1 a 14 de 
21 
 
outubro de 2014. Neste a Companhia diz desconhecer as razões das oscilações, entretanto afirma 
ter conhecimento da reunião de um grupo de investidores para tratar dos riscos regulatórios, mas 
reconhece que na mesma nenhum fato novo foi apresentado. No mesmo documento versa ainda 
sobre o ganho em primeira instância da causa do seu direito ao nome Cielo, o mesmo da marca da 
empresa. Apesar do ganho de causa do esportista, a Companhia externa segurança acerca da 
reversão da decisão judicial em seu favor. 
Considera-se interessante ressaltar que o fato desta situação ter notificado a CVM 
demonstra sua real significância para a imagem da Companhia no mercado, pois mesmo sendo 
tratado como algo que não traga implicações, somente por ser alvo de menção permite a 
inferência de que haja preocupação por parte da Companhia de que tal informação se traduza em 
risco para o investidor e a consequente queda das ações. 
Com base na pesquisa desenvolvida e a consequente análise dos dados apreende-se que o 
conhecimento dos fundamentos em âmbito macro, setorial e da empresa possibilita melhores 
decisões daqueles que as consideram para o seu investimento. É possível que em certos casos elas 
não apontem todas para uma mesma decisão se analisadas em separado o que exige do investidor 
ou daquele que o instrui experiência e compreensão do mercado para tomar as decisões mais 
acertadas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
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