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Trabalho de Penal Legitima defesa; Estado de necessidade; antijuricidade

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Centro Universitário de João Pessoa
Disciplina: Direito Penal Prof.: Sheyla Cristina Ferreira
Discente: Thuyanne Gabriela Moreira Saraiva Turma: M
Atividade: I e II, 3° Estagio.
Atividade I
O excesso nas causas excludentes da antijuricidade só poderá ser doloso ou também poderá ser culposo. Explique.
Poderá ser tanto doloso quanto culposo, no art. 23 do CP, que o agente responderá responder pelo excesso doloso ou culposo nas descriminantes I) estado de necessidade; II) legítima defesa; III) estrito cumprimento de dever legal e exercício regular de direito. Em todas as justificativas é necessário que o agente não exceda os limites traçados pela lei. Na legítima defesa e no estado de necessidade, não deve o agente ir além da utilização do meio necessário e da necessidade da reação para repulsar a agressão e na ação para apartar o perigo.
Pode ser doloso o excesso quando, hipótese em que o sujeito, após iniciar sua conduta conforme o direito, extrapola seus limites na conduta, querendo um resultado antijurídico desnecessário ou não autorizado legalmente. Excluída a descriminante quanto a esse resultado, responderá o agente por crime doloso pelo evento causado no excesso. Assim, aquele que, podendo apenas ferir, mata a vítima, responderá por homicídio, o que podia evitar a agressão através de vias de fato e causou lesão responderá por esta, dentre outros.
É culposo o excesso quando o agente queria um resultado necessário, proporcional, autorizado e não o excessivo, que é proveniente de sua indesculpável precipitação, desatenção etc. Na realidade, há conduta dolosa, mas, por medida de política criminal, a lei determina que seja fixada a pena do crime culposo, se previsto em lei já que o sujeito atuou por um erro vencível na sua ação ou reação, diante do medo, ou emoção que o levou ao excesso. Também nesta hipótese o agente responderá apenas pelo resultado ocorrido em decorrência do excesso.
É possível a legitima defesa recíproca?
Em síntese, este tipo de legítima defesa não existe, mas pode ocorrer a agressão entre ambas as partes. Existindo a agressão entre ambas as partes e não tendo como saber quem deu início de fato a agressão, o juiz aplica então que ocorreu a legítima defesa. Contudo, quando os sujeitos principia uma briga, e não se sabe quem iniciou esta briga, o juiz, irá reconhecer a absolvição por ausência de provas, e não a oportuna legítima defesa recíproca em si.
A doutrina estabeleceu espécies de estado de necessidade, assim defina:
Estado de necessidade real e putativo (imaginário): 
 Estado de necessidade real: é a própria tipificação legal, ou seja, quando efetivamente existe a situação de perigo que descreve o "caput" do artigo 24 do CP. 
 Já estado de necessidade putativo ou imaginário, verifica-se quando a situação de risco é imaginada por erro do agente. Encontra-se regulado pelo § 1º do artigo 20 do CPB. Trata-se de causa elidente de culpa (latu sensu) ou dirimente. Se o erro advém de culpa (strictu sensu), responderá o agente pelo delito culposo.
Estado de necessidade defensivo e agressivo.
 O estado de necessidade defensivo e agressivo se dá quanto ao 3º agente que sofre a ofensa. No caso do estado de necessidade defensivo, ocorre quando o agente pratica o ato necessário descrito no tipo, contra coisa da qual emana perigo para o bem jurídico em questão. 
 Já no caso de necessidade agressivo, verifica-se quando o ato necessário se dirige contra coisa diversa daquela de que promana o perigo para o bem jurídico em defesa. Em suma, no estado de necessidade defensivo o agente, ao agir em estado de necessidade, sacrifica o bem jurídico do próprio causador do perigo. Já o estado de necessidade defensivo é aquele em que o agente pratica o fato necessitado contra bem jurídico pertencente àquele que causou o perigo.
 
Estabeleça diferença entre o estado de necessidade e a legitima defesa
No estado de necessidade é uma causa especial de exclusão de ilicitude, ou seja, uma causa que retira o caráter antijurídico de um fato tipificado como crime. Nele há conflito entre vários bens jurídicos diante de uma situação de perigo, que não pode ser prevista, em que o perigo decorre de comportamento humano, animal ou ainda por evento da natureza. Deste modo, o perigo não tem destinatário certo e os interesses em conflito são legítimos. 
 Já na legítima defesa, ocorre quando alguém repele uma agressão injusta, que seja atual ou iminente, usando os meios necessários para isto; a agressão pode ser contra o próprio, ou contra um terceiro. Nela há ameaça ou ataque por pessoa imputável, a um bem jurídico, podendo este ser de outrem. Trata-se, portanto, de agressão humana, que possui destinatário certo e os interesses do agressor são ilegítimos. Tem como requisito subjetivo o conhecimento da situação de fato justificante e como requisitos objetivos a proteção de direito próprio ou alheio, uso moderado dos meios necessários (não adiantando encontrar o meio necessário e sim usá-lo moderadamente, ou seja, de maneira suficiente a repelir a agressão), que seja injusta a agressão e que ela esteja ocorrendo ou prestes a ocorrer, conforme preceitua o Código Penal em seu artigo 25. Certo é que, na legítima defesa temos uma ação defensiva com aspectos agressivos, enquanto que no estado de necessidade a ação é agressiva com o intuito defensivo
Atividade II
Quais os elementos de culpabilidade? Explique-o. Quais suas causas excludentes? Discorra sobre elas.
A culpabilidade nos ternos da lei é pressuposto da pena. Segundo o Código Penal Brasileiro, consistem em elementos da culpabilidade: 1) Imputabilidade, 2) Potencial da consciência da ilicitude, 3)    Exigibilidade de conduta dIversa.
 	A imputabilidade é a possibilidade de atribuir a um indivíduo a responsabilidade por uma infração. O agente deve ter condições físicas, psicológicas, morais e mentais de saber que está realizando um ilícito penal. Além de capacidade plena de entendimento, deve ter condições de controle sob sua vontade. Causa de exclusão (art. 26, CP): doença mental, desenvolvimento mental incompleto, desenvolvimento mental retardado e embriaguez completa oriunda de caso fortuito ou força maior. As causas que excluem a imputabilidade, são - doença mental: é a perturbação mental ou psíquica de qualquer ordem capaz de eliminar ou afetar a capacidade de entender o caráter criminoso do fato ou a de comandar a vontade de acordo com o seu entendimento; - desenvolvimento mental incompleto: é o desenvolvimento que ainda não se concluiu, devido à recente idade cronológica do agente ou a sua falta de convivência em sociedade, ocasionando imaturidade mental e emocional; desenvolvimento mental retardado - é o incompatível com o estágio de vida em que se encontra a pessoa, estando, portanto, abaixo do desenvolvimento normal para aquela idade cronológica. 
Em relação ao potencial da consciência de ilicitude, o agente deve reconhecer da ilicitude (proibição) do seu ato, isto é, a consciência da ilicitude é o elemento da culpabilidade que determina só ser possível a punição do agente que, diante das condições fáticas na quais estava inserido, tinha a possibilidade de atingir o entendimento sobre o caráter criminoso da conduta que perpetrava. De acordo com o Artigo 21 do Código Penal "o desconhecimento da lei é inescusável" (ou seja, ninguém pode dizer que cometeu uma infração penal por não saber que se tratava de uma infração penal). A exclusão ocorre, então, por Erro de Proibição: isto é, o agente ativo da infração, diante das circunstâncias da situação, erra ao interpretar a lei, julgando não ser infração o que realiza, um exemplo claro é a tradição dos índios de matar crianças deficientes, onde o excludente é justamente o erro de proibição.
Em relação a exigibilidade de conduta diversa, são punidos apenas os atos em que o agente tenha a possibilidade de agir de acordo com a lei, mas preferiu cometer a infração.Desta forma, há duas causas de exclusão da culpabilidade neste caso: coação moral irresistível e obediência hierárquica (CP Art.22). Coação moral irresistível: é aquela em que há grave ameaça contra o agente infrator e que por isto cometeu a infração. Não está incluída aqui a coação física (já que neste caso o agente não possui a vontade de praticar o crime) e não se inclui, também, a coação moral resistível. Obediência Hierárquica: ocorre quando o agente pratica ato (não-explicitamente) ilegal por ordem formal vinda de superior. Requisitos da obediência hierárquica para que configure causa de exclusão da exigibilidade de conduta adversa são: há de haver um superior, um subordinado, uma relação de direito público entre ambos, uma ordem do primeiro para o segundo e aparente legalidade da ordem.

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