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Aula 07
Administração Pública p/ AFC/CGU - Todas as áreas
Professores: Marco Tulio Bicalho Gomes, Rodrigo Rennó
Administração Pública p/ CGU - 2015 
Teoria e exercícios comentados 
Prof. Rodrigo Rennó - Aula 07 
 
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Aula 7: Temas Correntes em Administração 
Pública 
 
Olá pessoal, tudo bem? 
Na aula de hoje iremos cobrir os seguintes itens: 
¾ Temas Correntes em Administração Pública: ética; Lei da Ficha-
Limpa; responsabilidade fiscal; responsabilidade orçamentária. 
Espero que gostem da aula! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Sumário 
Lei da Ficha-Limpa ................................................................................ 3 
Responsabilidade Fiscal e Responsabilidade Orçamentária ..................................... 5 
Transparência das Informações ................................................................ 6 
Benefícios Tributários e Expansão das Despesas Obrigatórias ............................... 7 
Despesas com Pessoal .......................................................................... 8 
Restos a Pagar ................................................................................. 10 
Ética. ............................................................................................. 11 
Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade............................................ 15 
Código de Ética do Servidor Público Federal ............................................... 17 
Conflito de interesses. Lei nº 12.813/2013 ..................................................... 37 
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. ........................................................ 75 
Gabarito .......................................................................................... 93 
Bibliografia ...................................................................................... 94 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Lei da Ficha-Limpa 
 
O Projeto da lei da Ficha Limpa foi uma das melhores iniciativas da 
sociedade civil brasileira em prol de um ambiente político mais ético. Esta 
lei só foi possível após uma grande mobilização e a proposição de um 
projeto de lei de iniciativa popular. 
Através da assinatura de mais de 1% dos eleitores nacionais, é 
possível a proposição de um projeto de lei diretamente ao Congresso 
Nacional. Por motivos óbvios, isto raramente ocorre (tente conseguir mais 
de um milhão de assinaturas!). 
Mas o tema da corrupção no Estado brasileiro já incomoda demais a 
QRVVD�SRSXODomR��$�HOHLomR�GH�SROtWLFRV�³ILFKD�VXMD´�p�FRUULTXHLUD�HP�QRVVD�
democracia. O poder econômico ainda influencia e possibilita muitas 
candidaturas em diversas regiões pelo país. 
De acordo com o entendimento anterior, o político só seria 
³LQHOHJtYHO´�FRP�R�WUkQVLWR�HP�MXOJDGR�GH�VXD�FDXVD��&RPR�QRVVR�SURFHVVR�
legal é moroso e conta com várias instâncias, dificilmente isto acabava 
ocorrendo. 
Desse modo, era frequente a postulação de cargos eletivos por 
indivíduos que respondiam a diversas ações judiciais, muitas delas em 
segunda ou terceira instância (ou seja, tinha sido considerado culpado por 
juízes monocráticos, mas estavam recorrendo para outras instâncias). 
Para tentar mudar este cenário, o Movimento de Combate à 
Corrupção Eleitoral (MCCE) lançou o projeto Ficha Limpa, que propunha a 
inelegibilidade de qualquer político que tivesse sido condenado em primeira 
instância. 
O objetivo era o de demandar uma maior probidade dos candidatos 
a cargos no país e limpar a política de indivíduos que mostrassem uma 
postura digna de representantes do povo. 
De acordo com esse movimento1, 
³2�SURMHWR�)LFKD�/LPSD�FLUFXORX�SRU�WRGR�R�SDtV��H�
foram coletadas mais de 1,3 milhões de assinaturas 
em seu favor ± o que corresponde a 1% dos 
eleitores brasileiros. No dia 29 de setembro de 2009 
foi entregue ao Congresso Nacional junto às 
assinaturas coletadas.³ 
Este projeto enfrentou inicialmente uma grande resistência da classe 
política. Poucos pensavam ser possível sua aprovação. Entretanto, o 
projeto foi ganhando popularidade e a mídia passou a noticiar diariamente 
 
1 Fonte: http://www.fichalimpa.org.br/index.php?op=o_que_e 
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D�VLWXDomR�GR�SURMHWR�H�TXDLV�HUDP�RV�SROtWLFRV�TXH�HVWDYDP�³VHJXUDQGR´�R�
projeto. 
Como estávamos em um ano eleitoral, os deputados e senadores 
consideraram, finalmente, que o custo político (de uma rejeição ao projeto) 
seria alto demais para eles e este acabou sendo aprovado. 
No dia 4 de junho de 2010, o presidente Lula acabou sancionando o 
projeto. Este se tornou a lei complementar n° 135/2010. Recomendo a 
leitura da mesma no link abaixo: 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp135.htm 
 
Esta lei revogou alguns artigos da lei complementar n° 64/1990, que 
estabeleceu critérios de inelegibilidade no processo eleitoral brasileiro. 
Entretanto, sua sanção deu-se em um ano eleitoral. Neste ano, tivemos 
eleições para presidente da república, para governadores, para deputados 
e para senadores. 
Este fato acarretou diversos questionamentos sobre a validade ou 
não da nova lei. Seus críticos argumentavam que: 
¾ Pelo princípio da anualidade, o processo eleitoral não poderia ser 
alterado dentro de um prazo menor do que um ano (assim, a lei não 
deveria valer para as eleições de 2010); 
¾ A lei alcançaria fatos que teriam ocorrido antes da sua 
vigência, inclusive ao aumentar de três para oito anos o prazo que 
o político condenado ficaria inelegível; 
¾ Além disso, alguns argumentavam que a lei era simplesmente 
inconstitucional, pois feria o princípio da presunção de inocência 
(assim, só seriam inelegíveis os candidatos condenados com o 
trânsito em julgado). 
Ao analisar a questão, o Tribunal Superior Eleitoral considerou que a 
lei poderia ser aplicada já nas eleições de 2010. Para o TSE, a nova lei não 
tinha alterado o processo eleitoral, apenas as condições de elegibilidade. 
Ou seja, o entendimento do TSE foi o de que as condições de 
elegibilidade não seriam uma pena ao candidato (pois este ainda não 
seria nem conhecido), mas uma situação a ser verificada no momento da 
proposição da candidatura. 
,QIHOL]PHQWH�� R� SURFHVVR� WHYH� XP� FDPLQKR� PDLV� ³DFLGHQWDGR´� QR�
Supremo Tribunal Federal. O STF estava com apenas dez ministros naquele 
momento e a causa acabou tendo um empate na votação de 
constitucionalidade. 
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Somente com a posse do Ministro Luiz Fux, a lei teve uma definição 
pelo STF. A lei acabou recebendo sete votos favoráveis e foi considerada 
constitucional. 
O STF considerou que a lei não violou o princípio da presunção de 
inocência. Assim, a OHL�SDVVRX�D�³EDUUDU´�TXDOTXHU�FDQGLGDWR�TXH�Mi�tivesse uma condenação por órgão colegiado (ou seja, alguma 
condenação em segunda instância). 
Além disso, a lei passou a considerar inelegível o político que 
renunciou ao seu mandato, mesmo que isso tenha ocorrido antes do 
início da validade da lei. 
Outro aspecto interessante (e que está sendo questionado por parte 
dos nossos representantes no Congresso) é a inelegibilidade dos políticos 
que tenham contas de seu mandato rejeitadas pelos órgãos de 
controle (tribunais de contas). 
Finalmente, a lei torna inelegível o candidato que tenha sido 
condenado pelo seu órgão de classe (por exemplo: a OAB no caso dos 
advogados, o CREA no caso dos engenheiros, etc.). Assim, se o indivíduo 
recebeu uma pena que o impeça de exercer sua profissão, não poderá se 
candidatar a um cargo público. 
A expectativa da sociedade é a de que esta lei sirva para imprimir um 
novo padrão de conduta ética na política brasileira e paute o 
comportamento dos agentes políticos nas próximas décadas. 
 
Responsabilidade Fiscal e Responsabilidade Orçamentária 
 
A responsabilidade fiscal e orçamentária é um dos pilares mais 
importantes de uma sociedade que deseja ter um desenvolvimento 
sustentável no longo prazo, fornecendo condições adequadas de bem estar 
para sua população. 
Nosso país nem sempre contou com governos e, naturalmente, com 
instituições e normas que prezavam por uma responsabilidade fiscal e 
orçamentária. 
Com isso, grandes dívidas públicas se formaram e nossa economia 
ILFRX�GHVHVWDELOL]DGD�SRU�GpFDGDV��RV�DQRV�³SHUGLGRV´�GD�GpFDGD�GH����VmR�
um exemplo forte deste cenário). 
Após muitas experiências dolorosas, nossa sociedade conscientizou-
se da necessidade de criar normas e instituições voltadas para a promoção 
dessa responsabilidade com os recursos públicos. 
A estabilização monetária dos anos 90, com o Plano Real, deixou 
patente alguns desequilíbrios fiscais de estados e municípios. O processo 
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de saneamento das finanças dos entes subnacionais acabou gerando um 
contexto adequado para uma nova lei que pudesse estabelecer métodos e 
práticas voltadas para o equilíbrio das contas governamentais e de uma 
maior transparência. 
Esta lei foi a Lei de Responsabilidade Fiscal ± LRF ± que foi 
sancionada em 2000. Entre outros objetivos desta lei, estão2: racionalizar 
o processo orçamentário, estimular o planejamento das ações 
governamentais de longo prazo e tentar minimizar os prejuízos que os 
interesses político-eleitorais causam ao efetivo atendimento da população 
pelo setor público. 
A LRF trouxe diversas restrições e limites em seu corpo. Os principais 
são3: 
¾ Despesa com pessoal; 
¾ Montante da dívida pública; 
¾ Concessão e ampliação de benefícios tributários; 
¾ Limitação da execução da despesa orçamentária em caso de 
frustração da arrecadação prevista; 
¾ Assunção de obrigações no final do mandato. 
Se é inegável que a nova legislação trouxe uma nova cultura de 
cuidado com os recursos públicos dentro da máquina estatal (além de ser 
vista pela população como um normativo importante), também é patente 
que a lei ainda necessita de ser aplicada em toda sua extensão, além de 
avaliarmos o que falta ser feito para que ela atinja os objetivos pretendidos 
por nossa sociedade. 
Abaixo, veremos os principais tópicos tem funcionado e quais são 
ainda as lacunas que devem ser solucionadas: 
 
 
Transparência das Informações 
 
Um dos principais objetivos da LRF é aumentar a transparência da 
gestão fiscal e orçamentária para os cidadãos. Para isso, é necessário que 
as informações fornecidas sejam facilmente compreendidas pelos 
indivíduos, com uma linguagem clara. 
 
2 (Khair, Afonso, & Oliveira, 2006) 
3 (Khair, Afonso, & Oliveira, 2006) 
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A utilização de critérios e metodologias diferentes de ente para ente, 
a mudança constante de indexadores, dentre outros fatores, pode dificultar 
a capacidade dos cidadãos de avaliar a gestão pública. 
De acordo com Khair et Al4, 
³$�GLVSRQLELOLGDGH�GH�LQIRUPDo}HV�FRPSLODGas com 
base em critérios adequados, seguidos de 
maneira uniforme por todos os entes públicos, 
é fundamental não apenas para permitir que os 
analistas estudem e divulguem a situação fiscal de 
cada ente, avaliando a gestão de prefeitos, 
governadores e presidentes, mas também para 
viabilizar a verificação das regras e limites previstos 
QD�OHL�´ 
$�IDOWD�GH�FULWpULRV�SRGH�WDPEpP�VHU�XWLOL]DGD�SDUD�³PDsFDUDU´�FHUWDV�
despesas excessivas como outras rubricas, dificultando uma avaliação 
correta. 
Para aumentar esta transparência, a LRF criou dois relatórios 
obrigatórios: o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e o Relatório 
Resumido de Execução Orçamentária (RREO). 
Entretanto, uma das mais importantes previsões da LRF não foi criado 
até o momento ± o Conselho de Gestão Fiscal ± órgão que teria como 
função acompanhar e avaliar a gestão fiscal dos entes estatais. 
Este conselho deverá ser uma instância que possa esclarecer e 
detalhar os procedimentos a serem tomados por todos os entes, facilitando 
uma padronização dos critérios de contabilização e facilitando o trabalho 
dos tribunais de contas por todo o país, além dos diversos analistas que se 
dedicam a analise da gestão fiscal dos entes públicos. 
 
 
Benefícios Tributários e Expansão das Despesas Obrigatórias 
 
A LRF criou um normativo que buscou o detalhamento e o controle 
da renúncia de receita e do comprometimento com despesas de caráter 
continuado. 
Através do seu artigo n°14, por exemplo, a LRF estabelece que a 
concessão de benefícios ou incentivos de natureza tributária deve estar 
acompanhada da estimativa do impacto orçamentário-financeiro no 
exercício em que deva iniciar sua vigência e nos dois anos seguintes e da 
 
4 (Khair, Afonso, & Oliveira, 2006) 
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demonstração de que a renúncia foi considerada na estimativa de receita 
da lei orçamentária. 
Se isso não ocorrer, a concessão deve, alternativamente, estar 
acompanhada de medidas de compensação da renúncia de receita por meio 
de aumento da receita, proveniente da elevação de alíquotas, ampliação da 
base de cálculo, majoração ou criação de tributo ou contribuição. 
Este dispositivo busca gerar um cuidado maior do gestor público com 
o planejamento fiscal e tributário, com análises mais técnicas da viabilidade 
de cada renúncia ou sua compensação com outras receitas. 
Na realidade, isto quase nunca ocorre da maneira prevista na lei. A 
medição do impacto de uma renúncia é algo bastante complexo. Como 
calcular o impacto de uma renúncia de receita que ainda não é gerada 
efetivamente? Por exemplo, um benefício fiscal para uma empresa 
fabricante de chips de computador. Isto é principalmente difícil no caso de 
novas empresas. 
Ou seja, considere uma empresa que ainda não atua no ente (vamos 
imaginar, o estado da Bahia) e passa a funcionar lá. O benefício fiscal 
começa a existir com a empresa passando a operar. Mas antes de sua 
operação, nenhuma receita existia (a empresa não estava funcionando). 
Pelo entendimento majoritárioda LRF, todo o benefício concedido 
para a empresa deveria ser estimado e compensado. Mas existem 
divergências doutrinárias sobre como isto deveria ser feito na prática. 
Muitas justificativas são dadas aos órgãos de controle, mas a 
ferramenta ainda é mal utilizada e o planejamento fiscal ainda não ocorre 
da maneira originalmente desejada. 
A própria falta de capacitação dos órgãos executores para executar 
tais análises compromete esse instrumento. Além disso, os próprios órgãos 
de controle ainda não estão suficientemente prontos para controlar esse 
processo de análises. 
 
 
Despesas com Pessoal 
 
Uma das maiores preocupações da LRF foi com a despesa de pessoal. 
Esse é um tipo de despesa que, além de ser substancial para todos os entes 
estatais, é de difícil alteração no curto prazo. Nossa legislação não permite 
que o Estado faça demissões em massa como ocorre na iniciativa privada. 
Além disso, após a contratação de um servidor este provavelmente 
SHUPDQHFHUi�QD�³IROKD´�SRU�GH]HQDV�GH�DQRV��$VVLP��D�/5)�LQVWLWXLX�OLPLWHV�
FRQVLGHUDGRV�³DGHTXDGRV´�SDUD�HVWDV�GHVSHVDV�� 
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Os principais aspectos da LRF que se relacionam com a despesa de 
pessoal são5: 
¾ A despesa de pessoal não pode exceder aos seguintes 
percentuais da receita corrente líquida: 50% para a União e 
60% para Estados e Municípios; 
¾ Fixação de limites para cada um dos Poderes e para o Ministério 
Público; 
¾ Vedação de aumento de despesa com pessoal nos 180 dias 
anteriores ao fim do mandato; 
¾ Limite prudencial: se a despesa atingir 95% do limite máximo, 
fica vedada a concessão de vantagens e reajustes salariais, as 
contratações, etc.; 
¾ Prazo de dois quadrimestres para eliminar excesso de despesa 
com pessoal; 
¾ Penalidade para o ente que não se ajustar em dois 
quadrimestres: não recebe transferência voluntária, não obtém 
garantia para empréstimos e não contrata operação de crédito. 
Estas restrições realmente serviram para um comportamento mais 
responsável de diversos entes com suas despesas de pessoal. As restrições 
da LRF condicionaram os governantes a não conceder certos aumentos 
VDODULDLV�HP�pSRFDV�GH�³DSHUWR´�ILVFDO��EHP�FRPR�D�SRVWHUJDU�FRQFXUVRV�H�
nomeações. 
Apesar de certos casos de despesas que extrapolam o limite ainda 
acontecerem, são poucos casos em comparação com o total de estados e 
municípios. 
Uma preocupação que ainda existe é a prática de alguns entes de 
ID]HU� XPD� ³FRQWDELOLGDGH� FULDWLYD´� SDUD� TXH� R� governo seja enquadrado 
dentro dos limites da lei. 
Outra contradição é o aparente conflito de interesses que existe no 
fato de que os órgãos de controle responsáveis por zelar pelo cumprimento 
dos limites da lei (Poder Judiciário, Tribunais de Contas, Ministério Públicos, 
etc.) têm o interesse, de certo modo, de que estes limites não sejam 
ultrapassados6. 
Isto decorre do fato de que, o limite do ente estatal sendo 
ultrapassado, estes próprios órgãos de controle não poderiam conceder 
aumentos de salários aos seus servidores e nem contratar outros 
funcionários. 
 
5 (Khair, Afonso, & Oliveira, 2006) 
6 (Khair, Afonso, & Oliveira, 2006) 
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Restos a Pagar 
 
De acordo com o artigo n° 42 da LRF, o governante não pode, nos 
dois últimos quadrimestres do final de seu mandato, assumir novas 
obrigações sem que tenha disponibilidade de caixa para pagá-las. 
Obviamente, este GLVSRVLWLYR�EXVFD�HYLWDU�TXH�R�JRYHUQDQWH�³HVWRXUH´�
R�FDL[D�GR�JRYHUQR�DV�YpVSHUDV�GD�HOHLomR�H�HQWUHJXH�R�JRYHUQR�³IDOLGR´�
para seu sucessor. Esta prática era bastante comum antes da LRF e foi, se 
não abolida, reduzida. 
De acordo com a STN7, 
³Essa medida produziu efeitos logo após a edição 
da LRF. Em 1999, último ano antes da entrada em 
vigor da LRF, os Municípios encerraram o ano com 
passivo financeiro líquido (conceito similar ao de 
restos a pagar) de 17,4% da receita corrente 
líquida. Em 2003, esse passivo havia caído para 
apenas 1,2% da receita corrente líquida�´ 
Entretanto, nem tudo são flores. Para evitar serem responsabilizados 
por estes restos a pagar, muitos governantes passaram a cancelar 
empenhos de serviços já prestados pelos fornecedores. 
Assim, apresentavam contas equilibradas aos órgãos de controle ao 
passar o governo para seu sucessor. O fornecedor, em posse dos 
documentos que comprovavam seu direito de receber, acaba recorrendo ao 
MXGLFLiULR�H�JDQKDQGR�D�FDXVD��(VVH�VHULD�XP�³MHLWLQKR´�para burlar a LRF. 
2XWUR�³HVTXHPD´�VHULD�VLPSOHVPHQWH�GHL[DU�GH�SUHVWDU�VHUYLoRV�SDUD�
a população nos últimos meses antes da transferência do governo. Serviços 
como limpezas de praças e ruas, seriam descontinuados. O pessoal 
terceirizado seria demitido (sendo que muitos órgãos seriam impactados 
diretamente, perdendo grande parte de seu quadro de pessoal). 
Além disso, contas de água e luz, dentre outros fornecedores 
frequentes, GHL[DP�GH�VHU�SDJRV�SDUD�TXH�DV�FRQWDV�³IHFKHP´��,VWR�DFDED�
gerando um problema pDUD�R�SUy[LPR�PDQGDWiULR��TXH�WHUi�GH�³DUUXPDU�D�
FDVD´�TXDQGR�WRPDU�SRVVH�� 
Dentro deste cenário, acredito que fica claro que a LRF é um grande 
instrumento, mas que ainda temos que aprimorar a estrutura institucional 
e legal para que tenhamos uma efetiva responsabilidade fiscal e 
orçamentária no nosso país. 
 
7 (STN, 2003) apud (Khair, Afonso, & Oliveira, 2006) 
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Ética. 
 
A Ética pode ser definida como um estudo ou uma reflexão, científica 
ou filosófica, sobre os costumes ou sobre as ações humanas8. De certa 
IRUPD��D�pWLFD�YHP�GH�³GHQWUR´�GR�VHU�KXPDQR��$VVLP�VHQGR��UHODFLRQD-se 
com os valores que cada pessoa tem. 
Já a moral, termo relacionado com a ética (mas não sinônimo, em 
sentido restrito), é relativa aos costumes e normas de comportamento 
FRQVLGHUDGRV�FRQVHQVXDLV�QD�VRFLHGDGH�QR�PRPHQWR��2�WHUPR�³PRUDO´�p�
derivado do latim (moris���-i�D�SDODYUD�³pWLFD´�p�GHULYDGD�GR�JUHJR�³ethos´�� 
Os dois conceitos, em sentido amplo, buscam apresentar os 
comportamentos considerados aceitáveis em uma determinada sociedade 
e em determinado tempo. Entretanto, em sentido mais restrito, os dois 
conceitos são distintos. 
A moral se relaciona, em sentido restrito, com os costumes 
aceitos em cada sociedade ou grupo humano. Como os costumes 
mudam, a moral também se altera com o tempo. 
Por outro lado, a ética refere-se aos conhecimentos advindos da 
análise do comportamento humano e dos valores morais, enquanto a moral 
tem por base as regras, a cultura e os costumes seguidos ordinariamente 
pelo homem, variando com o tempo. Logo, a ética depende do contexto da 
ação. 
Assim, o que era considerado imoral no Brasil dos anos 50 (por 
H[HPSOR��R�EHLMR�PDLV�³FDOLHQWH´�QD�WHOHYLVmR��DWXDOPHQWH�p�FRQVLGHUDGR�
aceitável. A mesma dinâmica ocorre quando falamos de sociedades 
diferentes. 
Algo pode ser considerado perfeitamente aceitável em uma sociedade 
e imoral em outros lugares (muitos países proíbem a venda de bebidas 
alcoólicas, por exemplo). 
Já a ética, em sentido estrito, p�FRQVLGHUDGD�FRPR�R�³HVWXGR�GD�
PRUDO´. Seria, portanto, o estudo dasrazões que levaram certos 
comportamentos a serem aceitos e quais poderiam ser os comportamentos 
universalmente aceitáveis. 
As questões éticas nos envolvem a todo o momento. Quais são os 
comportamentos aceitáveis em nossa sociedade? Como devemos nos 
 
8 (Valls, 2008) 
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portar em relação ao próximo ou em nosso trabalho? Todas estas dúvidas 
estão ligadas ao conceito de ética. 
Se a ética e a moral (em sentido amplo) estão ligados aos costumes 
e valores de uma sociedade, não deixam de se transformar quando estes 
costumes e valores mudam. Assim, a ética (ou a moral) não é uma só, algo 
universal. É derivada dos valores e costumes de cada sociedade e evolui 
com o passar do tempo. 
Por fim, de acordo com Sanchez9��³D ética é a teoria ou ciência do 
comportamento moral dos homens em sociedade". Logo, segundo o autor, 
confirma-se a relação da moral com a ética. 
Vamos ver uma questão? 
 
1 - (ESAF - ANEEL ± ANALISTA - 2006) Assinale a opção correta. 
a) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. 
Referem-se aos valores que regem a conduta humana, tendo 
caráter normativo ou prescritivo. 
b) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. 
Referem-se ao estudo dos princípios que explicam regras de 
conduta consideradas como universalmente válidas. 
c) A ética, num sentido restrito, está preocupada na construção de 
um conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida em 
comum justa e harmoniosa. 
d) A ética, num sentido restrito, diz respeito aos costumes, valores 
e normas de conduta específicas de uma sociedade ou cultura. 
e) A moral, num sentido restrito, está preocupada em detectar os 
princípios que regem a conduta humana. 
 
A letra A esti�FRUUHWD��$�SDODYUD�³pWLFD´�p�GHULYDGD�GR�WHUPR�JUHJR�
³HWKRV´��DR�SDVVR�TXH�D�SDODYUD�³PRUDO´�p�GHULYDGD�GR�WHUPR�ODWLQR�³PRULV´�� 
Esses termos são, realmente, muitas vezes utilizados como 
sinônimos e são, em sentido amplo, conceitos conexos, com uma 
característica de prescrição. Tanto a ética quanto a moral buscam 
apresentar os comportamentos considerados aceitáveis em uma sociedade. 
$� OHWUD� %� HVWi� HUUDGD�� SRLV� R� ³estudo dos princípios que explicam 
regras de conduta consideradas como universalmente válidas´ diz respeito 
ao conceito de ética, em sentido restrito. A letra C está incorreta, pois este 
é o conceito de moral em sentido restrito (e de ética no sentido amplo). Do 
mesmo modo, a letra D está incorreta. 
 
9 (Vázquez, 2002) 
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Finalmente, a letra E também está errada. É a ética, em sentido, 
restrito, que estudará e detectará os princípios que regem a conduta 
humana. O gabarito é, assim, a letra A. 
 
2 - (FESMIP-BA ± MPE-BA ± ANALISTA ± 2011) Examine as 
assertivas abaixo. 
 
,��$VVLP�FRPR�D�SDODYUD�³PRUDO´�YHP�GR�ODWLP��PRs, moris), a 
SDODYUD�³pWLFD´�YHP�GR�JUHJR��HWKRV��H�DPEDV�VH�UHIHUHP�D�
costumes, indicando as regras do comportamento, as diretrizes de 
conduta a serem seguidas. 
 
II. A moral social trata dos valores e das normas de conduta que 
são exigidas do indivíduo para realizar sua personalidade. 
 
III. As normas éticas são aquelas que prescrevem como o homem 
deve agir. 
 
IV. A norma ética possui, como uma de suas características, a 
impossibilidade de ser violada. 
 
Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas. 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) II e IV. 
 
A primeira frase está correta, pois tanto a ética quanto a moral estão 
ligadas aos costumes e aos comportamentos esperados em uma sociedade. 
Já a segunda frase está incorreta, pois a ética não está ligada a este 
REMHWLYR�GH�TXH�R�LQGLYtGXR�³UHDOL]H�VXD�SHUVRQDOLGDGH´��6H�FDGD�XP�IL]HU�R�
TXH�³GHU�QD�WHOKD´��QmR�WHUHPRV�XPD�VRFLHGDGH�pWLFD��QmR�p�PHVPR"�'HVWD�
maneira, a terceira frase está certa. 
A última frase está equivocada, pois a ética pode sim ser violada, não 
é mesmo? (essa estava de graça...). O gabarito é mesmo a letra B. 
 
3 ± (CESPE - ANTAQ ± TODOS OS CARGOS ± 2014) A ética é a ciência 
do comportamento moral dos homens em sociedade. 
 
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Vimos que, conforme Sanchez10�� ³D ética é a teoria ou ciência do 
comportamento moral dos homens em sociedade". Logo, segundo o autor, 
confirma-se a relação da moral com a ética. Gabarito, portanto, questão 
correta. 
 
4 ± (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) A ética ocupa-se, 
independentemente do contexto da ação, da melhor maneira de 
agir, garantindo os melhores resultados por meio dos princípios que 
sustentam uma justa ou correta atuação. 
 
A ética refere-se aos conhecimentos advindos da análise do 
comportamento humano e dos valores morais, logo, dependerá do 
contexto da ação para ocupar-se da melhor maneira de agir. Gabarito, 
portanto, questão errada. 
 
5 ± (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) Os valores morais são 
historicamente construídos pelas sociedades, como forma de 
organizar a convivência e garantir, tanto quanto possível, o bem-
estar do indivíduo consigo mesmo e em suas relações com as outras 
pessoas. 
 
A moral, também conhecida como um conjunto de regras que regem 
o comportamento de uma pessoa ou coletividade (regras de convívio), sofre 
alterações ao longo do tempo. 
Logo, está correto em afirmar que os valores morais são 
historicamente construídos pelas sociedades e, mesmo que a regra não seja 
obedecida, sua relevância é conhecida. Gabarito, portanto, questão correta. 
 
6 ± (CESPE - DEPEN ± AGENTE - 2013) A ética refere-se a um 
conjunto de conhecimentos advindos da análise do comportamento 
humano e dos valores morais, enquanto a moral tem por base as 
regras, a cultura e os costumes seguidos ordinariamente pelo 
homem. 
 
A ética representa uma série de conhecimentos do comportamento 
do homem. Já a moral possui relação com um conjunto de preceitos, 
culturas e costumes, sendo, portanto, variável. Gabarito, portanto, questão 
correta. 
 
10 (Vázquez, 2002) 
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Ética da Convicção e Ética da Responsabilidade 
 
Vamos ver agora a diferença entre estes dois tipos de ética: a ética 
da responsabilidade e a ética da convicção (ou do valor absoluto). 
Quem criou estes dois conceitos foi Weber. Para ele, a ética da convicção 
adotaria os valores como absolutos. 
Desse modo, se temos a vida humana como um valor absoluto, não 
poderíamos atentar contra a vida em nenhuma situação. O aborto de fetos 
anencéfalos (que nascem sem cérebro), por exemplo, seria um assassinato 
para quem se baseia neste tipo de ética. 
De acordo com o autor, este tipo de ética seria baseado em valores 
inegociáveis, que deveriam ser cegamente observados por todos os 
indivíduos. Estes valores seriam observáveis principalmente na religião e 
na política (entendida como a defesa de ideologias).De acordo com Weber11, 
"a ética absoluta simplesmente não pergunta quais 
as consequências. Esse ponto é decisivo" 
Ou seja, nesWH�WLSR�GH�pWLFD�QmR�SRGHPRV�³QHJRFLDU´�QRVVRV�YDORUHV��
Não importa que o resultado de nossas convicções nos resulte em um 
cenário catastrófico ± teremos de segui-las! 
Já a ética da responsabilidade colocaria os valores em um tipo de 
hierarquia. Nada seria absoluto. O valor da vida, como qualquer outro, teria 
de ser colocado em análise quanto aos outros valores envolvidos no caso 
em questão (por exemplo, a vida da mãe). 
Tivemos esta discussão há pouco na nossa sociedade, não é verdade? 
De um lado estavam as pessoas que acreditam que o aborto nestes casos 
não seria aceitável e de outro lado pessoas que pensavam que o melhor 
seria preservar a mãe nos casos em que a vida da criança seria impossível. 
Assim, a ética da responsabilidade seria preocupada com os 
resultados derivados das nossas escolhas. Muitas vezes, temos escolhas 
que são difíceis e teríamos de escolher visando o melhor resultado final, 
mesmo que tenhamos de tomar decisões que não nos agradam. 
A ética da responsabilidade nos levaria a tentar fazer R� ³PHOKRU�
SRVVtYHO´��EXVFDU�R�UHVXOWDGR�GH�DFRUGR�FRP�DV�FRQWLQJrQFLDV�GR�PRPHQWR��
Este seria o tipo de ética prevalente nas atividades parlamentares e no ato 
de governar. 
 
11 (Weber, 1967) 
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O político poderia ter uma convicção muito grande da importância da 
defesa do meio ambiente, por exemplo. O problema é que não deteria o 
poder de, sozinho, definir a política pública para a defesa dos seus 
interesses. 
Como depende do apoio de outros parlamentares, este político 
depende de negociações e deverá fazer concessões para que tenha pelo 
menos parte do que deseja. Essas concessões são normais no Congresso 
Nacional. Esse tipo de negociação seria baseado então na ética da 
responsabilidade. 
Muitos autores criticam a ética da responsabilidade, que consideram 
FRPR�D�pWLFD�GR�³RSRUWXQLVPR´�RX�GD�FRQYHQLrQFLD��0DV�:HEHU�HUD�PXLWR�
crítico da ética da convicção. Para ele, este tipo de ética teria causado 
diversas guerras e decisões catastróficas, pois não há preocupação com os 
resultados finais, apenas em manter vivos os valores. 
De acordo com Weber12, 
³'HYHPRV� VHU� FODURV� TXDQWR� DR� IDWR� GH� TXH� WRGD�
conduta eticamente apropriada pode ser guiada por 
uma de duas máximas fundamentalmente e 
irreconciliavelmente diferentes: a conduta pode ser 
orientada para uma "ética das últimas 
finalidades", ou para uma "ética da 
responsabilidade". Isso não é dizer que uma ética 
das últimas finalidades seja idêntica à 
irresponsabilidade, ou que a ética de 
responsabilidade seja idêntica ao oportunismo sem 
princípios. Naturalmente, ninguém afirma isso. Há, 
porém, um contraste abismal entre a conduta 
que segue a máxima de uma ética dos 
objetivos finais ± isto é, em termos religiosos, 
³R�FULVWmR�ID]�R�EHP�H�GHL[D�RV�UHVXOWDGRV�DR�
6HQKRU´�± e a conduta que segue a máxima de 
uma responsabilidade ética, quando então se 
tem de prestar contas dos resultados 
previsíveis dos atos cometidos´ 
Vamos voltar então para o caso dos políticos. De acordo com o autor, 
a ética da convicção seria seguida pelo político em sua campanha política 
± quando defende seus valores arduamente. 
Já na sua atuação governamental, ele teria de atender a diversos 
interesses, entrar em acordo com pessoas que não pensam como ele, etc. 
Assim sendo, acabaria seguindo a ética das responsabilidades. 
 
12 (Weber, 1967) 
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-i�D�EXURFUDFLD��RV�DJHQWHV�S~EOLFRV��WHULD�³HP�WHRULD´�Ge seguir a 
ética da responsabilidade. Isto decorre do fato de que a burocracia é 
baseada no caráter racional-legal. Ou seja, deveria utilizar seus recursos 
buscando os fins desejados. 
Na prática, no entanto, o que vemos é que a burocracia ± os agentes 
públicos ± se apegam demasiadamente as normas legais, aos 
regulamentos, sem preocupação com os resultados deste comportamento. 
Vamos ver algumas questões agora? 
7 - (ESAF ± TCU - AFC - 2002) A racionalização burocrática 
consolidou, entre os funcionários do Estado, a ética da convicção, 
traduzida pelo predomínio de uma visão tecnicista do processo 
legislativo; já entre os políticos prevalecia a ética das 
responsabilidades, mais afeita às negociações e soluções de 
compromisso entre demandas conflitantes. Isso dificultava as 
relações entre Executivo e Legislativo, gerando conflitos 
institucionais e paralisia decisória. 
 
$�SULPHLUD�SDUWH�GD�IUDVH�HVWi�FRUUHWD��2�SUHGRPtQLR�GH�XPD�³YLVmR�
WHFQLFLVWD�GR�SURFHVVR�OHJLVODWLYR´��RX�VHMD��D�LQWHUSUHWDomR�WpFQLFD�GDV�OHLV 
H[LVWHQWHV�OHYD�D�XPD�³REHGLrQFLD�FHJD´�DRV�UHJXODPHQWRV��(VWH�SRQWR�HVWi�
mesmo ligado a uma ética da convicção. 
 A segunda parte da questão também está correta. As negociações 
políticas no ambiente do parlamento realmente estão inseridas dentro da 
ética da responsabilidade. 
Entretanto, a frase final está incorreta. Como a burocracia segue 
³ILHOPHQWH´�D�OHJLVODomR��QmR�RFRUUHP�HVWHV�FRQIOLWRV�HQWUH�RV�SROtWLFRV�H�RV�
agentes públicos. O gabarito, portanto, é questão errada. 
 
8 - (ESAF ± TCU - AFC - 2002) O caráter racional-legal está 
diretamente relacionado à ética da convicção ou do valor absoluto. 
 
A questão está incorreta porque o caráter racional-legal está ligado a 
gestão dos recursos na busca dos fins desejados. Se existe uma 
preocupação central com os resultados, estamos nos referindo a uma ética 
da responsabilidade ± e não de uma ética da convicção. 
Dessa forma, o gabarito é questão errada. 
 
Código de Ética do Servidor Público Federal 
 
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Continuando, a maioria das questões de concurso sobre este tema se 
baseia no Decreto 1.171 de 199413. Desta forma, irei comentar o Código 
de Ética do Servidor Público Federal e algumas questões ligadas a ele, 
além do Decreto 6.029/200714. Abaixo, deixo o link para quem quiser baixar 
D�³OHL�VHFD´� 
Infelizmente, as questões ligadas a este tema são quase todas 
³GHFRUHED´��FRPR�LUmR�YHU�DEDL[R��$VVLP�VHQGR��UHFRPHQGR�XPD�OHLWXUD�GR�
decreto um pouco antes da prova, para que estes assuntos estejam na 
³PHPyULD�TXHQWH´�GH�YRFrV�� 
Seção I 
³Das Regras Deontológicas 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais 
são primados maiores que devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo 
ou função, ou fora dele, já que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. 
Seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preservação da honra e 
da tradição dos serviços públicos.´ 
 
Vejam que, para o código de ética, não basta que o servidor se 
comporte de modo ético apenas dentro do setor público onde 
trabalha. É necessário se manter ético também em sua vida privada, pois 
este representa o serviço público perante a sociedade. 
Ao dispor que um dos primados é a eficácia, o Código não está 
querendo impor fazer apenas o que deve ser feito, mas, sim, que o servidor 
não poderá praticar atos que sejam considerados errados. 
Por fim,não há hierarquia entre os primados citados. Isto é, a 
consciência dos princípios morais não se sobressai à eficácia, por exemplo, 
e vice-versa. 
 
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemento ético de sua conduta. 
Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o 
conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o 
honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37, caput, e § 4°, da 
Constituição Federal. 
 
Esta parte mostra que o servidor público sempre deve estar atento 
DRV�GHVYLRV�pWLFRV��PHVPR�TXH�YHQKDP�³UHYHVWLGRV´�GH� OHJDOLGDGH��9HMD�
como o próximo inciso confirma esta noção: 
 
 
13 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm 
14 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d1171.htm 
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III - A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, 
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio 
entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá 
consolidar a moralidade do ato administrativo. 
 
Desta forma, não basta ser legal. Deve ser legal e moral ao 
mesmo tempo. No entanto, o interesse público e o bem comum são a 
finalidade de qualquer ato administrativo. 
Por fim, procura-se alcançar o equilíbrio entre a legalidade e a 
finalidade com o intuito de gerar a consolidação da moralidade do ato 
administrativo praticado. 
 
IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta ou 
indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como contrapartida, 
que a moralidade administrativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua 
aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência em fator de legalidade. 
 
A moralidade deve ser associada integralmente à legalidade pelo 
servidor público na prática de um ato administrativo. 
 
V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade deve ser 
entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, já que, como cidadão, 
integrante da sociedade, o êxito desse trabalho pode ser considerado como seu maior 
patrimônio. 
 
O que o código tenta mostrar nesse inciso é que o servidor público 
dever prestar um bom trabalho, uma vez que ele também será beneficiado 
pela qualidade do atendimento da Administração Público, no papel de 
cidadão. 
 
VI - A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na 
vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e atos verificados na conduta 
do dia-a-dia em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom 
conceito na vida funcional. 
 
Vejam novamente este noção de que, para o servidor público, a 
conduta privada integra a vida funcional. 
Assim sendo, o servidor deve se manter ético em todas as instâncias 
de sua vida, de modo honesto e íntegro, inclusive quando estiver fora do 
horário de trabalho ou até de férias. 
 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse 
superior do Estado e da Administração Pública, a serem preservados em processo 
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato 
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administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão 
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
 
Vejam que, fora os casos em que a publicidade deve ser resguardada 
legalmente, este é um requisito de eficácia e moralidade de um ato 
administrativo. 
 
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la ou falseá-la, 
ainda que contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da 
Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder 
corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou da mentira, que sempre aniquilam até 
mesmo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
 
Neste caso, o servidor deverá preservar a verdade como forma de 
evitar qualquer tipo de conduta opressora ou mentirosa, que levaria a 
corromper a dignidade de uma pessoa ou até mesmo de um país. 
Dessa forma, nota-se que é permitido que a publicidade seja afastada 
em casos resguardados pela lei. Entretanto, não é permitido omitir a 
verdade, ok? 
 
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço público 
caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos 
direta ou indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar 
dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por descuido 
ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao equipamento e às instalações ou ao 
Estado, mas a todos os homens de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu 
tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-los. 
 
Um dos deveres de um servidor publico é o de atender com presteza, 
prestando as informações requeridas, exceto, claro, aquelas protegidas por 
sigilo, zelando pela economia de material e conservando o patrimônio 
público. 
Da mesma forma, a deterioração de bem público por descuido ou má 
vontade constitui ofensa ao equipamento e instalações, assim como ao 
Estado e a todos que se dedicaram para sua construção. Constitui-se, 
portanto, falta de ética, pois cabe, ao servidor público, zelar tanto pela 
economia do material, quanto pela conservação do patrimônio público. 
 
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que compete ao setor 
em que exerça suas funções, permitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra 
espécie de atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude contra a 
ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano moral aos usuários dos 
serviços públicos. 
 
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Como vimos, os servidores devem tratar a todos de maneira cortês. 
Deste modo, não só o descuido com a coisa pública, como os atrasos 
injustificados são considerados falta de ética. Desta forma, fica proibido o 
servidor de se ausentar no serviço, sem que o chefe imediato autorize. 
 
XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus 
superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando a 
conduta negligente Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às 
vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da 
função pública. 
 
Um dos deveres de um servidor público é o de cumprir as ordens de 
seus superiores, a não ser que se mostrem totalmente ilegais. 
 
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de 
desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à desordem nas relações 
humanas. 
 
Qualquer servidor público tem como alguns de seus deveres: a 
assiduidade e a pontualidade. 
 
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando 
seus colegas e cada concidadão, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua 
atividade pública é a grande oportunidade parao crescimento e o engrandecimento da 
Nação. 
 
Estes últimos três incisos tratam do comportamento do servidor 
perante seus chefes e colegas de trabalho. Assim sendo, deve existir 
respeito e atenção às ordens dos superiores. Além disso, o servidor não 
deve se ausentar do serviço sem justificativa, pois isto também é 
considerado uma atitude antiética. 
Vamos ver algumas questões sobre este tema? 
9 - (CESPE - INPI ± TODOS OS CARGOS ± 2013) O equilíbrio entre 
o objetivo e o orçamento previsto poderá consolidar a moralidade 
do ato administrativo na conduta do servidor público. 
 
Na verdade, o que o Decreto n° 1.171, de 1994, que aprovou o 
Código de Ética do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, dispôs 
no inciso III das Regras Deontológicas foi o seguinte: 
³,,,�- A moralidade da Administração Pública não se 
limita à distinção entre o bem e o mal, devendo ser 
acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem 
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a 
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finalidade, na conduta do servidor público, é que 
poderá consolidar a moralidade do ato 
DGPLQLVWUDWLYR´ 
Dessa forma, podemos perceber que não é o equilíbrio entre o 
objetivo e o orçamento que poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo na conduta do servidor público, mas sim, o equilíbrio entre 
a legalidade e a finalidade. O gabarito é questão errada. 
 
10 - (CESPE - INPI ± TODOS OS CARGOS ± 2013) Entre os primados 
maiores, que devem nortear o servidor público no exercício da 
função, estão o decoro e a eficácia. 
 
Pessoal, tais primados estão contidos nas regras deontológicas 
constantes no Código de Ética do Servidor Público Federal. Tais regras 
fundamentam-se nos valores morais que o servidor público civil do Poder 
Executivo Federal deva seguir. 
Além do decoro e da eficácia, os outros valores seriam: 
¾ A dignidade, 
¾ O zelo e 
¾ A consciência dos princípios morais. 
Dessa forma, o gabarito é questão correta. 
 
11 - (CESPE - TJ-AC ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 2012) A conduta do 
servidor público, no exercício do cargo ou função, ou fora dele, deve 
orientar-se por valores como dignidade, decoro, zelo, eficácia e 
consciência dos princípios morais. 
 
Essa questão também pode ser respondida com a leitura do inciso I 
das regras deontológicas do Código de Ética profissional, não vejamos: 
³Das Regras Deontológicas 
I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a 
consciência dos princípios morais são primados 
maiores que devem nortear o servidor público, 
seja no exercício do cargo ou função, ou fora 
dele, já que refletirá o exercício da vocação do 
próprio poder estatal. Seus atos, comportamentos 
e atitudes serão direcionados para a preservação da 
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honra e da tradição dos serviços públicos´. 
O gabarito, dessa forma, é questão correta. 
 
12 - (FCC ± ALESP ± CONHECIMENTOS GERAIS ± 2010) Ética é o 
conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um 
indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. A respeito de 
ética, considere: 
I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos 
princípios morais são primados maiores que devem nortear o 
servidor público. 
II. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do 
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo. 
III. A moralidade na Administração Pública se limita à distinção 
entre o bem e o mal, não devendo ser acrescida da ideia de que o 
fim é sempre o bem comum. 
IV. A função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. 
V. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a 
comunidade não deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio 
bem-estar, embora, como cidadão, seja parte integrante da 
sociedade. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II, e IV. 
b) I, III e IV. 
c) II, III e V. 
d) II, IV e V. 
e) III, IV e V. 
 
9HMDP� FRPR� HVWD� TXHVWmR� p� XP� ³FWUO-c ctrl-Y´� GR� 'HFUHWR� �������
Portanto, as duas primeiras frases estão corretas. Na terceira frase, a banca 
UHWLURX�R�³QmR´�GR�WHUFHLUR�Lnciso. De acordo com o texto legal: 
 
III - A moralidade da Administração Pública não se limita à 
distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da 
idéia de que o fim é sempre o bem comum. O 
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta 
do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do 
ato administrativo.´ 
 
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 Assim sendo, esta assertiva está incorreta. Já a quarta frase está 
correta. Entretanto, a quinta frase está errada. O trabalho desenvolvido 
pelo servidor deve sim ser entendido como acréscimo de seu próprio bem-
estar. Desta forma, o nosso gabarito é a letra A. 
 
13 - (CESPE ± STM ± ANALISTA ± 2011) A ausência de publicidade 
nos atos administrativos enseja, necessariamente, 
comprometimento ético. 
 
(VWD�TXHVWmR�WHP�XPD�³SHJDGLQKD´. O princípio da publicidade tem 
algumas exceções, como assuntos de segurança nacional. Assim, não é, 
necessariamente, antiético deixar de tornar público um ato administrativo. 
O gabarito é questão errada. 
 
14 - (FCC ± ALESP ± CONHECIMENTOS GERAIS ± 2010) Considere 
as seguintes afirmativas: 
 
O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus 
superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, 
evitando a conduta negligente 
 
PORQUE 
 
os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às 
vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência 
no desempenho da função pública. 
 
É correto concluir que 
a) as duas afirmativas são falsas. 
b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira. 
c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa. 
d) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a 
primeira. 
e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica a 
primeira. 
 
Esta questão nada mais é do que o inciso XI da primeira seção do 
Decreto 1.171. Veja abaixo o texto original: 
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³XI - 0 servidor deve prestar toda a sua atenção às 
ordens legais de seus superiores, velando atentamente 
por seu cumprimento, e, assim, evitando a conduta 
negligente. Os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de 
desvios tornam-se, às vezes, difíceis de corrigir e 
caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da 
função pública.´ 
Como as duas frases da questão estão corretamente descritas, as 
duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. Deste modo, o 
gabarito é a letra D. 
 
15 - (CESPE ± STM ± ANALISTA ± 2011) Os integrantes da comissão 
de ética deverão, durante o desempenho das atividades de membro 
da comissão, se afastar do exercício de outras funções. 
 
Questão incorreta! Não existe esta necessidade de afastamento para 
a participação em uma comissão de ética. O gabarito é questão errada.16 ± (FCC ± DNOCS ± AGENTE ADM ± 2010) No que concerne às 
Regras Deontológicas estabelecidas no Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, é correto 
afirmar que 
a) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a 
comunidade deve ser entendido como obrigação, 
independentemente do seu próprio bem-estar, já que, como 
funcionário público, integrante do Poder Executivo, o êxito desse 
trabalho é requisito essencial à manutenção de seu cargo, não 
dizendo respeito ao seu patrimônio e a sua vida particular. 
b) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos 
pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por 
isso se exige, como contrapartida, que a moralidade administrativa 
se integre no Direito, sendo dissociável de sua aplicação e de sua 
finalidade. 
c) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção 
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é 
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, 
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a 
moralidade do ato administrativo. 
d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá 
omiti-la, caso seja contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode 
crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo da opressão, que 
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sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto mais a 
de uma Nação. 
e) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução 
que compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a 
formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na 
prestação do serviço, é comum e normal e, portanto, não causa 
dano moral aos usuários dos serviços públicos e nem mesmo 
configura atitude contra a ética ou ato de desumanidade. 
 
No caso da primeira frase, o êxito de seu trabalho deverá ser 
considerado seu maior patrimônio, de acordo com o inciso n° 5. Assim 
VHQGR��D�OHWUD�$�HVWi�HUUDGD��2�HUUR�GD�OHWUD�%�HVWi�QD�SDODYUD�³GLVVRFLiYHO´��
A palavra correta é indissociável. 
Entretanto, a letra C está correta. Já a letra D é absurda, pois 
obviamente o servidor não poderá omitir uma informação se for contrária 
ao interesse do administrado. O mesmo ocorre na letra E, pois a ocorrência 
de filas e demoras não é normal nem ético. Portanto, o nosso gabarito é 
mesmo a letra C. 
Continuando nossa aula, vamos ver mais uma parte do Código de 
Ética: 
Seção II 
Dos Principais Deveres do Servidor Público 
 XIV - São deveres fundamentais do servidor público: 
 a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou emprego público de 
que seja titular; 
 b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimento, pondo fim 
ou procurando prioritariamente resolver situações procrastinatórias, principalmente diante 
de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em 
que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; 
 
O significado da palavra procrastinar nada mais é do que protelar ou 
demorar. Logo, o ato de procrastinar deve ser evitado e o servidor terá que 
agir de modo célere, agilizando o atendimento ao usuário de serviço 
público. 
 
 c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, 
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a melhor e a mais 
vantajosa para o bem comum; 
 
Prestem bastante atenção nesta última frase. Entre duas opções, 
deve ser escolhida aquela mais vantajosa para o bem comum. Portanto, 
se cair na prova que deverá ser escolhido o melhor para o Estado ou a para 
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a Administração Pública ou até mesmo para o órgão em que você trabalha, 
a questão estará errada, ok? 
 
 d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão 
dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo; 
O andamento da gestão de bens, serviços ou direitos de uma 
coletividade que esteja a cargo de um servidor não pode encontrar 
resistência que não seja justificada. O retardo no processo ou na execução 
de serviço deve ser evitado. 
 
 e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoando o processo de 
comunicação e contato com o público; 
 
Busca-se que qualquer usuário de serviço público entenda o que as 
regras da Administração. Para isso, a linguagem, os símbolos utilizados, 
devem ser de fácil compreensão por qualquer um. 
 
 f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos que se 
materializam na adequada prestação dos serviços públicos; 
 
Os valores morais e ideais do comportamento do homem 
devem ser observados durante o trabalho de um servidor para que ele se 
paute durante o exercício de sua função. 
 
 g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, respeitando a 
capacidade e as limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sem 
qualquer espécie de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, 
religião, cunho político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes dano 
moral; 
 h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de representar contra 
qualquer comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal; 
 
Vejam que, apesar de ter de respeitar a hierarquia, o servidor pode 
e deve representar contra seus superiores quando estes faltarem com a 
ética. Vejam como o próximo inciso confirma isso: 
 
 i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de contratantes, 
interessados e outros que visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens 
indevidas em decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las; 
 
O servidor deve cumprir as ordens de seu superior hierárquico, a não 
ser que estejam agindo dentro da ilegalidade. Se isso ocorrer, fica o 
servidor obrigado a representá-lo contra ilegalidade e abuso de poder, 
resistindo a qualquer pressão que venha sofrer, de qualquer um, em 
decorrência de ações aéticas. 
 
 j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências específicas da defesa 
da vida e da segurança coletiva; 
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Desta forma, mesmo que em greve, o servidor deve manter os 
serviços básicos de saúde e segurança pública funcionando 
adequadamente. 
 l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua ausência provoca 
danos ao trabalho ordenado, refletindo negativamente em todo o sistema; 
 m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qualquer ato ou fato contrário 
ao interesse público, exigindo as providências cabíveis; 
 
Cabe ao servidor público, informar, à autoridade superior, qualquer 
irregularidade que vier a tomar conhecimento em virtude do cargo em que 
ocupa. Além da denúncia, ele deverá exigir que alguma providência seja 
tomada para sanar a irregularidade. 
 
 n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, seguindo os métodos mais 
adequados à sua organização e distribuição; 
 
O servidor público tem o dever de conservar o patrimônio público e 
de zelarpela economia do material utilizado durante o expediente. 
 
 o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria do 
exercício de suas funções, tendo por escopo a realização do bem comum; 
 
O servidor público deve manter-se atualizado. Para isso, cabe a ele 
realizar cursos, participar de palestras, ler a legislação atualizada, para se 
aperfeiçoar e, assim, realizar sua função com maior eficiência. 
 
 p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao exercício da função; 
 
Até a melhoria dos processos de trabalho está relacionada com o 
comportamento ético que um servidor deve apresentar. O mesmo ocorre 
em relação ao vestuário. 
 
 q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de serviço e a 
legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções; 
 
$TXL�FDEH�R�PHVPR�FRPHQWiULR�GD�DOtQHD�³R´��$WXDOL]DU-se sempre, 
seja por meio de cursos, seja por meio de leituras sobre legislação vigente. 
 
 r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instruções superiores, as 
tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto possível, com critério, segurança e 
rapidez, mantendo tudo sempre em boa ordem. 
 s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem de direito; 
 
As atividades de um servidor podem sofrer fiscalização de outro órgão 
desvinculado ao que ele atue. Para tanto, o servidor não pode obstruir o 
trabalho do colega, devendo facilitar a fiscalização, entregando papelada e 
documentações solicitadas, permitindo acesso a salas e arquivos 
necessários para o exercício da função. 
 
 t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais que lhe sejam 
atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários 
do serviço público e dos jurisdicionados administrativos; 
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 u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com 
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as formalidades 
legais e não cometendo qualquer violação expressa à lei; 
 
O servidor, obviamente, não pode se utilizar dos poderes e benesses 
do cargo para benefício próprio. 
 
 v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência 
deste Código de Ética, estimulando o seu integral cumprimento. 
Vamos ver mais uma questão sobre o Código de Ética: 
17 - (CESPE - ANVISA ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2007) Por 
meio do exercício dos princípios e valores morais no trabalho, como 
ser probo, reto, leal e justo, entre outros, o servidor, além de 
desenvolver suas capacidades, habilidades e competências, projeta 
também seus valores éticos. 
 
Vejam que as questões da banca são tiradas do Código de Ética. Com 
a leitura do Decreto, confirmamos tudo o que foi dito no enunciado. 
Dessa forma, o servidor deverá desempenhar suas atribuições a 
tempo, com rapidez, perfeição e rendimento, sendo probo, reto, leal e 
justo, decidindo sempre pela melhor e mais vantajosa opção para o bem 
comum. O gabarito, portanto, é questão correta. 
 
18 - (CESPE - TJ-RR ± NÍVEL SUPERIOR ± 2012) O servidor público 
que age contra a injustiça, ainda que em prejuízo próprio, 
demonstra um comportamento ético. 
 
De acordo com o Decreto n° 1.171/1994, servidor público deve ser 
probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integridade do seu caráter, 
escolhendo sempre, quando estiver diante de duas opções, a 
melhor e a mais vantajosa para o bem comum. 
Logo, mesmo que em prejuízo próprio, ele demonstrará um 
comportamento ético. O gabarito, portanto, é questão correta. 
 
19 - (FCC ± MRE ± OFCHAN ± 2009) NÃO é considerada regra 
deontológica, dentre outras, destinada ao servidor público civil do 
Poder Executivo federal: 
a) A publicidade de todo e qualquer ato administrativo constitui 
requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão 
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem a 
negar. 
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b) O servidor deve prestar toda a atenção às ordens legais de seus 
superiores, velando por seu cumprimento e evitando conduta 
negligente, sendo que o descaso e o acúmulo de desvios revelam 
imprudência no desempenho funcional. 
c) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho 
é fator de desmoralização do serviço público, o que quase sempre 
conduz à desordem nas relações humanas. 
d) Toda pessoa tem direito à verdade, motivo pelo qual o servidor 
não pode omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses 
da própria pessoa interessada ou da Administração Pública. 
e) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao 
serviço público caracterizam o esforço pela disciplina, sendo que 
tratar mal uma pessoa que paga seus tributos é causa de dano 
moral. 
 
(VWD�TXHVWmR�WHP�XPD�³PDOGDGH´��1D�YHUGDGH��R�~QLFR�HUUR�p�TXH��DR�
contrário do que está escrito na letra A, não são todos os atos que devem 
ser tornados públicos. 
Como o próprio Decreto descreve, existem situações em que os atos 
devem ser mantidos em segredo (casos de segurança nacional, 
investigações policiais ou interesse superior do Estado e da Administração 
Pública). Desta forma, o gabarito é a letra A. 
Vamos continuar com os comentários ao Código de Ética: 
Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, 
para obter qualquer favorecimento, para si ou para outrem; 
 
O uso do cargo ou função, quando utilizados para obter vantagens 
para si ou para terceiros, pode ser enquadrado no crime de Corrupção 
Passiva. 
 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou de cidadãos que 
deles dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente com erro ou infração a 
este Código de Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
 
Estes primeiros incisos são bastante óbvios e por isso mesmo, não 
costumam ser muito cobrados. 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito por 
qualquer pessoa, causando-lhe dano moral ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance ou do seu 
conhecimento para atendimento do seu mister; 
 
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O inciso D se refere a atrasos injustificados. Além disso, se o servidor 
SRGH�DWHQGHU�DR�FLGDGmR�KRMH��QmR�GHYH�GHL[DU�SDUD�DPDQKm��-i�D�OHWUD�³e´ 
se mostra interessante. De acordo com ela, o servidor não pode deixar de 
utilizar os avanços científicos ao seu alcance no atendimento do seu dever. 
 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, paixões ou 
interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o público, com os jurisdicionados 
administrativos ou com colegas hierarquicamente superiores ou inferiores; 
 
Assim sendo, o servidor deve ser imparcial com todas as pessoas com 
quem se relacionar dentro do trabalho (eu sei, é mais fácil falar do que 
fazer!). 
 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer tipo de ajuda financeira, 
gratificação, prêmio, comissão, doação ou vantagem de qualquer espécie, para si, 
familiares ou qualquerpessoa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar 
outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências; 
 
O ato de modificar ou adulterar dados de um documento também é 
crime previsto penalmente. Então muito cuidado, pois, mesmo que não o 
faça diretamente, só o fato de permitir o acesso para que outro o faça, já 
é considerado crime. 
 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em 
serviços públicos; 
 
Estes três últimos itens lidam com desvios penais. Fica tranquilo em 
entender ser proibição imputada a servidor, não é mesmo? 
 
j) desviar servidor público para atendimento a interesse particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autorizado, qualquer 
documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público; 
 
Se o servidor retirar qualquer objeto ou documento ou bem móvel de 
uma repartição pública, sem autorização, estará incorrendo no crime de 
Peculato. 
 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito interno de seu serviço, em 
benefício próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
 
Se o servidor utilizar informações sigilosas ou privilegiadas que 
obteve no serviço, ou em função do cargo que ocupe, incorrerá no crime 
de Violação de sigilo funcional. Pessoal, vira e mexe, vemos denúncias de 
crimes como este na televisão, não é verdade? 
 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente; 
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o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a 
honestidade ou a dignidade da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de 
cunho duvidoso. 
 
Vejam novamente que mesmo os atos ocorridos quando o servidor 
estiver fora do seu trabalho não são permitidos e serão considerados 
infrações éticas. 
Vamos a mais algumas questões? 
20 - (CESPE - MMA ± ANALISTA AMBIENTAL II ± 2011) As 
disposições desse código não se restringem à conduta do servidor 
público no âmbito do local de trabalho e às funções precipuamente 
exercidas. Nesse código, também constam, entre as vedações que 
compreende, as que dizem respeito a servidor embriagar-se fora do 
serviço habitualmente e a ligar seu nome a empreendimentos de 
cunho duvidoso. 
 
O item XV, da seção III do Código de Ética, traz as vedações que o 
servidor público se submete. Dentre elas, temos a proibição de apresentar-
se embriagado no serviço ou fora dele habitualmente e exercer atividade 
profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho 
duvidoso. 
Dessa forma, observamos que a conduta de um servidor deve ser 
pautada pela ética, mesmo que não colida com a lei. Portanto, mesmo fora 
de horário de expediente, o servidor deve manter sua conduta de modo 
ético, com retidão e transparência. O gabarito, portanto, é questão correta. 
 
21 - (CESPE - IBAMA ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2012) É dever 
do servidor público atuar em benefício da comunidade, sem levar 
em conta interesses particulares, seus ou dos cidadãos. 
 
O servidor público deve ser impessoal, buscando o bem comum 
quando da prática de seus atos. Dentro dessa linha, ele não poderá obter 
qualquer tipo de favorecimento, mesmo que seja pra outra pessoa, em 
função do cargo que ocupe. 
Da mesma forma, fica proibido utilizar-se de informações 
privilegiadas em benefício próprio ou de terceiros, como, por exemplo, 
comprar títulos públicos, sabendo que eles terão seus valores aumentados 
por atos do governo nos dias seguinte, dando maiores rentabilidades aos 
portadores. Assim sendo, o gabarito é questão correta. 
 
CAPÍTULO II 
Das Comissões de Ética 
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XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, indireta 
autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições 
delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada 
de orientar e aconselhar sobre aética profissional do servidor, no tratamento com as 
pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de 
imputação ou de procedimento susceptível de censura. 
 
Assim sendo, todos os órgãos e entidades da Administração Federal 
e até entidades que exerçam atribuições delegadas pelo poder público 
devem ter uma comissão de ética. 
 
XVII - Cada Comissão de Ética, integrada por três servidores públicos e respectivos 
suplentes, poderá instaurar, de ofício, processo sobre ato, fato ou conduta que 
considerar passível de infringência a princípio ou norma ético-profissional, podendo ainda 
conhecer de consultas, denúncias ou representações formuladas contra o servidor público, 
a repartição ou o setor em que haja ocorrido a falta, cuja análise e deliberação forem 
recomendáveis para atender ou resguardar o exercício do cargo ou função pública, desde 
que formuladas por autoridade, servidor, jurisdicionados administrativos, 
qualquer cidadão que se identifique ou quaisquer entidades associativas 
regularmente constituídas. 
 
Portanto, a comissão pode instaurar de ofício um processo para 
averiguar infrações éticas. Qualquer cidadão, desde que seja identificado, 
pode representar para a comissão. 
 
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organismos encarregados da 
execução do quadro de carreira dos servidores, os registros sobre sua conduta Ética, para 
o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos 
próprios da carreira do servidor público. 
 
A promoção de um servidor poderá estar pautada no relato de 
conduta dele fornecido pela Comissão de Ética a quem for responsável pelos 
procedimentos de instrução do ato de promoção. 
 
XIX - Os procedimentos a serem adotados pela Comissão de Ética, para a apuração de 
fato ou ato que, em princípio, se apresente contrário à ética, em conformidade com este 
Código, terão o rito sumário, ouvidos apenas o queixoso e o servidor, ou apenas 
este, se a apuração decorrer de conhecimento de ofício, cabendo sempre recurso ao 
respectivo Ministro de Estado. 
 
Desta forma, o resultado dos processos poderá ser utilizado para 
instruir processos de promoções, entre outros. Os procedimentos da 
comissão terão o rito sumário, ou seja, acelerado. 
 
XX - Dada a eventual gravidade da conduta do servidor ou sua reincidência, poderá 
a Comissão de Ética encaminhar a sua decisão e respectivo expediente para a Comissão 
Permanente de Processo Disciplinar do respectivo órgão, se houver, e, 
cumulativamente, se for o caso, à entidade em que, por exercício profissional, o 
servidor público esteja inscrito, para as providências disciplinares cabíveis. O 
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retardamento dos procedimentos aqui prescritos implicará comprometimento ético da 
própria Comissão, cabendo à Comissão de Ética do órgão hierarquicamente superior o seu 
conhecimento e providências. 
 
Se o caso for grave ou reincidente, a comissão poderá inclusive 
encaminhar o caso à entidade de classe que o servidor seja inscrito (Por 
exemplo: o CRO no caso dos servidores que sejam dentistas). 
 
XXI - As decisões da Comissão de Ética, na análise dequalquer fato ou ato submetido à 
sua apreciação ou por ela levantado, serão resumidas em ementa e, com a omissão dos 
nomes dos interessados, divulgadas no próprio órgão, bem como remetidas às 
demais Comissões de Ética, criadas com o fito de formação da consciência ética 
na prestação de serviços públicos. Uma cópia completa de todo o expediente deverá 
ser remetida à Secretaria da Administração Federal da Presidência da República. 
 
As decisões serão publicadas no órgão e enviadas às demais 
comissões de ética, com o objetivo de aumentar a consciência ética. 
 
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de censura e sua 
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, 
com ciência do faltoso. 
 
Este é um dos itens mais cobrados em provas de concurso. A pena 
cabível nestes casos é apenas a de censura! Não ocorrem suspensões, 
exonerações ou demissões. Esta é uma pegadinha recorrente em 
concursos. 
Lembrem-se de que não é a finalidade, de qualquer Comissão de 
Ética, aplicar sanções disciplinares. O objetivo dela é justamente o de evitar 
que um servidor incorra em uma infração e venha a sofrer alguma 
penalidade, induzindo a ética nas atitudes do agente. 
 
XXIII - A Comissão de Ética não poderá se eximir de fundamentar o julgamento da falta 
de ética do servidor público ou do prestador de serviços contratado, alegando a falta de 
previsão neste Código, cabendo-lhe recorrer à analogia, aos costumes e aos princípios 
éticos e morais conhecidos em outras profissões; 
 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor 
público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, 
preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que 
sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer 
órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer 
setor onde prevaleça o interesse do Estado. 
 
A noção de servidor público é lato senso, ou seja, qualquer pessoa 
que, mesmo eventualmente e sem receber por isso, esteja exercendo 
uma função pública. 
 
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XXV - Em cada órgão do Poder Executivo Federal em que qualquer cidadão houver de 
tomar posse ou ser investido em função pública, deverá ser prestado, perante a 
respectiva Comissão de Ética, um compromisso solene de acatamento e 
observância das regras estabelecidas por este Código de Ética e de todos os 
princípios éticos e morais estabelecidos pela tradição e pelos bons costumes. 
 
Apenas um alerta. O Decreto 6.029, de 2007, que instituiu o Sistema 
de Gestão de Ética do Poder Executivo Federal, revogou os incisos XVII, 
XIX, XX, XXI, XXIII e XXV, mas o mantive, pois ninguém sabe o que se 
passa na cabeça de um examinador, ok? Falaremos sobre esse Decreto um 
pouco mais a frente. 
Bom, vamos agora a outra questão? 
22 - (CESPE - MPE-PI ± TÉCNICO MINISTERIAL ± 2012) Em cada 
órgão e entidade da administração pública federal direta, indireta 
autárquica e fundacional, deverá ser criada uma comissão de ética, 
encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do 
servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio 
público. 
 
O artigo 2º do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil 
do Poder Executivo Federal dispõe praticamente o que foi descrito no 
enunciado da questão, senão vejamos: 
 
³$UW�� 2° Os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal direta e 
indireta implementarão, em sessenta dias, as 
providências necessárias à plena vigência do Código 
de Ética, inclusive mediante a Constituição da 
respectiva Comissão de Ética, integrada por três 
servidores ou empregados titulares de cargo efetivo 
RX�HPSUHJR�SHUPDQHQWH´. 
 
Mais a frente, no item XVI do anexo do Código, quando trata sobre 
as Comissões, o legislador dispôs que: 
 
³;9,� - Em todos os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal direta, indireta 
autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou 
entidade que exerça atribuições delegadas pelo 
poder público, deverá ser criada uma Comissão 
de Ética, encarregada de orientar e aconselhar 
sobre a ética profissional do servidor, no 
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tratamento com as pessoas e com o patrimônio 
público, competindo-lhe conhecer concretamente 
de imputação ou de procedimento susceptível de 
FHQVXUD´. 
 
O gabarito, portanto, é questão correta. 
 
Decreto 6.029/07 
 
Art. 1o Fica instituído o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal com 
a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética no âmbito do 
Executivo Federal, competindo-lhe: 
I - integrar os órgãos, programas e ações relacionadas com a ética pública; 
II - contribuir para a implementação de políticas públicas tendo a transparência e o acesso 
à informação como instrumentos fundamentais para o exercício de gestão da ética pública; 
III - promover, com apoio dos segmentos pertinentes, a compatibilização e interação de 
normas, procedimentos técnicos e de gestão relativos à ética pública; 
IV - articular ações com vistas a estabelecer e efetivar procedimentos de incentivo e 
incremento ao desempenho institucional na gestão da ética pública do Estado brasileiro. 
Art. 2o Integram o Sistema de Gestão da Ética do Poder Executivo Federal: 
I - a Comissão de Ética Pública - CEP, instituída pelo Decreto de 26 de maio de 1999; 
II - as Comissões de Ética de que trata o Decreto no 1.171, de 22 de junho de 1994; e 
III - as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades e órgãos do Poder 
Executivo Federal. 
 
Assim sendo, este decreto criou um efetivo 
VLVWHPD�³KLHUiUTXLFR´��QR�TXDO�FRQJUHJD�WRGDV�DV�
Comissões de Ética dos órgãos públicos do 
Executivo Federal, sob coordenação, avaliação e 
supervisão da Comissão de Ética Pública (CEP) da 
Presidência da República! 
Esta CEP será composta de sete membros, 
todos brasileiros, com idoneidade moral, 
reputação ilibada e notória experiência em 
administração pública. 
Os membros serão designados pelo 
Presidente da República, tendo mandatos de três 
anos, que não poderão ser coincidentes (será 
permitida apenas uma recondução ao cargo). 
Apesar disso, a participação dos membros 
não gera nenhuma remuneração! Os trabalhos 
Decreto de 26 de maio de 
1999: 
Art 1º Fica criada a 
Comissão de Ética Pública, 
vinculada ao Presidente da 
República, competindo-lhe 
proceder à revisão das 
normas que dispõem sobre 
conduta ética na 
Administração Pública 
Federal, elaborar e propor a 
instituição do Código de 
Conduta das Autoridades, no 
âmbito do Poder Executivo 
Federal. 
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eventualmente prestados serão considerados como de relevante prestação 
de serviço público. 
O presidente terá o voto de qualidade nas eventuais deliberações da 
comissão. A CEP conta com uma Secretaria Executiva vinculada à Casa Civil 
da Presidência da República, que deverá prestar apoio técnico e 
administrativo aos trabalhos da Comissão. 
Conflito de interesses. Lei nº 12.813/2013No dia 16 de maio deste ano (2013), foi sancionada a Lei n° 12.813, 
que dispõe sobre o conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego 
do Poder Executivo federal e impedimentos posteriores ao exercício do 
cargo ou emprego. 
Pessoal, essa é uma lei bem recente, quentinha, saída do forno há 
pouco tempo, logo tem boa probabilidade da banca cobrar na prova. Logo, 
não deixem de ler esse dispositivo antes da prova, ok? 
Lembram quando falamos sobre conflito de interesses e 
informações privilegiadas? Pois bem, o primeiro artigo da Lei refere-se 
a essas situações. 
Conforme o artigo primeiro, as situações de conflito de interesses, 
envolvendo ocupantes de cargo ou emprego no âmbito do Poder Executivo 
Federal, além dos requisitos e restrições a ocupantes de cargo ou emprego 
que tenham acesso a informações privilegiadas serão reguladas por esta 
Lei. 
0DV� Dt� YHP� D� SHUJXQWD�� ³TXHP� VH� VXEPHWHULD� D� HVVHV� FRPDQGRV�
legais? Conforme o artigo segundo, seriam: 
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Figura 1. Agentes submetidos à Lei de Conflito de Interesses 
 
Pessoal, não devemos nos esquecer dos agentes públicos cujo 
exercício proporcione acesso a informação privilegiada capaz de trazer 
vantagem econômica ou financeira para si ou para outrem, ok? Isso está 
disposto no parágrafo único do artigo segundo da Lei em estudo. 
No entanto, todos, exceto esses últimos (agentes públicos cujo 
exercício proporcione acesso a informação privilegiada) deverão divulgar, 
diariamente, suas agendas de compromissos públicos na rede mundial de 
computadores (internet). 
O conflito de interesses deve ser prevenido ou impedido, sempre 
que possível, pelo ocupante de cargo ou emprego no Poder Executivo 
Federal. 
Percebam que, em caso de dúvidas sobre como agir, caberá uma 
consulta à Comissão de Ética Pública ou à Controladoria Geral da União, 
que são competentes pela fiscalização e avaliação do conflito de interesses, 
ok? Nessa situação, essa regra alcança qualquer agente público do Poder 
Executivo Federal e não só os listados anteriormente. 
Esses órgãos estabelecem normas, procedimentos e mecanismos 
com a finalidade de prevenir ou impedir conflito de interesses. Logo, 
fica evidente a necessidade de determinar medidas para a prevenção ou 
eliminação do conflito. 
Outra função desses órgãos é a de permitir que o ocupante de cargo 
Os ministros de Estado
Os ocupantes de cargos de natureza especial
Os presidentes de entidades da Administração Indireta, assim 
como seus vices e diretores
Aqueles que ocuparem cargos de Grupo-Direção e 
Assessoramento Superior (DAS), nos níveis 6 ou 5 ou equivalentes
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ou emprego no âmbito do Poder Executivo Federal exerça atividade 
privada, quando verificado que não existe de conflito de interesses. 
Além disso, devem ser comunicadas as alterações relevantes no 
patrimônio dos ocupantes de cargos ou empregos a aqueles órgãos, em 
conjunto com o Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. 
Serão dispostos, agora, algumas situações que são consideradas 
conflito de interesses no exercício de cargo ou emprego no âmbito do 
Poder Executivo Federal. Aqui, a regra também alcança qualquer agente 
público do Poder Executivo Federal, ok? 
Imagine que um agente divulgue para a imprensa, por exemplo, uma 
informação privilegiada que obteve por exercer certa função, por um 
motivo qualquer. Ou que outro agente preste serviços a uma empresa cuja 
atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente ao qual o 
agente público está vinculado. É bastante claro que eles estarão incorrendo 
no que se denomina de conflito de interesses. Não há como pensar 
diferente nesse caso, não é verdade? 
2XWUD�IRUPD�GH�XP�DJHQWH�³FDLU´�HP�FRQIOLWR�GH�LQWHUHVVHV�VHULD�VH�
ele estivesse exercendo papel de procurador, consultor, assessor ou 
intermediário de interesses privados nos órgãos ou entidades da 
administração pública direta ou indireta de qualquer dos Poderes. Neste 
caso, mesmo que ele atue informalmente, indicando pessoas ou orientado 
no processo, configurará conflito de interesses. 
No mesmo contexto do exemplo do parágrafo anterior, podemos citar 
o caso em que o agente atue beneficiando uma pessoa jurídica, cujo 
cônjuge, companheiro ou parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta 
ou colateral, até o terceiro grau, participe. 
Também é motivo para gerar conflito de interesses, o fato de o 
agente público receber presente de alguém que seja parte interessada 
naquilo no qual ele for decidir, assim como se ele vier a prestar serviços à 
empresa cuja atividade seja controlada, fiscalizada ou regulada pelo ente 
ao qual o agente público esteja vinculado. 
Pessoal, vimos várias situações de conflito de interesses quando o 
agente estiver em pleno exercício do cargo ou emprego público. Veremos, 
agora, como configurará o conflito de interesses após o citado exercício. 
Aqui, cabe saber o tempo em que o agente deixou o cargo ou 
emprego público. Se, em até 6 (seis) meses da dispensa, exoneração, 
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destituição, demissão ou aposentadoria, o agente fizer algumas as 
situações que serão listadas abaixo, será configurado conflito de interesses. 
Depois desse tempo (após 6 (seis) meses), só será considerado conflito, 
caso divulgue ou faça uso de informação privilegiada que obteve quando 
exercia as atividades, ok? 
Conforme inciso II do artigo 6° da Lei 12.813/2013, a Comissão de 
Ética ou a Controladoria-Geral da União considerará situação de conflito de 
interesses: 
³$UW�� �ƒ� &RQILJXUD� FRQIOLWR� GH� LQWHUHVVHV� após o 
exercício de cargo ou emprego no âmbito do 
Poder Executivo federal: 
I - a qualquer tempo, divulgar ou fazer uso de 
informação privilegiada obtida em razão das 
atividades exercidas; e 
II - no período de 6 (seis) meses, contado da data 
da dispensa, exoneração, destituição, demissão ou 
aposentadoria, salvo quando expressamente 
autorizado, conforme o caso, pela Comissão de 
Ética Pública ou pela Controladoria-Geral da União: 
a) prestar, direta ou indiretamente, qualquer tipo 
de serviço a pessoa física ou jurídica com quem 
tenha estabelecido relacionamento relevante em 
razão do exercício do cargo ou emprego; 
b) aceitar cargo de administrador ou 
conselheiro ou estabelecer vínculo 
profissional com pessoa física ou jurídica que 
desempenhe atividade relacionada à área de 
competência do cargo ou emprego ocupado; 
c) celebrar com órgãos ou entidades do Poder 
Executivo federal contratos de serviço, 
consultoria, assessoramento ou atividades 
similares, vinculados, ainda que indiretamente, ao 
órgão ou entidade em que tenha ocupado o 
cargo ou emprego; ou 
d) intervir, direta ou indiretamente, em favor de 
interesse privado perante órgão ou entidade 
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em que haja ocupado cargo ou emprego ou 
com o qual tenha estabelecido relacionamento 
relevante em razão do exercício do cargo ou 
HPSUHJR´� 
Nas situações relatadas de conflito deinteresses, tanto durante, 
quanto após o exercício do cargo, o agente público que vier a cometê-las, 
incorrerá em improbidade administrativa contra os princípios da 
Administração Pública, conforme artigo 11 da Lei 8.429, de 2 de junho de 
1992. 
Essa Lei trata das sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos 
de enriquecimento ilícito no exercício de mandato, cargo, emprego ou 
função na administração pública direta, indireta ou fundacional, conforme 
podemos observar abaixo: 
³'RV� $WRV� GH� ,PSURELGDGH� $GPLQLVWUDWLYD� TXH� $WHQWDP� &RQWUD� RV�
Princípios da Administração Pública. 
 Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que 
atenta contra os princípios da administração pública qualquer ação 
ou omissão que viole os deveres de honestidade, imparcialidade, 
legalidade, e lealdade às instituições, e notadamente: 
 I - praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou 
diverso daquele previsto, na regra de competência; 
 II - retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício; 
 III - revelar fato ou circunstância de que tem ciência em razão 
das atribuições e que deva permanecer em segredo; 
 IV - negar publicidade aos atos oficiais; 
 V - frustrar a licitude de concurso público; 
 VI - deixar de prestar contas quando esteja obrigado a fazê-lo; 
 VII - revelar ou permitir que chegue ao conhecimento de 
terceiro, antes da respectiva divulgação oficial, teor de medida política ou 
HFRQ{PLFD�FDSD]�GH�DIHWDU�R�SUHoR�GH�PHUFDGRULD��EHP�RX�VHUYLoR´� 
Continuando, temos que, o agente público que se encontrar em 
situação de conflito de interesses, além de incorrer em improbidade 
administrativa, sob pena de sofrer sanções cabíveis, dispostas em outros 
instrumentos, como a Lei 8.112, de 1990, se sujeitará à penalidade de 
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demissão. 
Os agentes públicos que se submetem ao regime desta Lei, isto é, 
mesmo que estejam em período de afastamento ou em gozo de licença, 
serão obrigados a enviar uma declaração sobre a sua situação patrimonial, 
assim como de seu cônjuge, companheiro ou parente, por consanguinidade 
ou afinidade, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau, todo o ano. 
Eles também ficam obrigados a comunicar qualquer atividade na 
iniciativa privada que venham a exercer ou, então, contrato ou negócio a 
ser firmado, pelo período de até 6 (seis) meses após o exercício de cargo 
ou emprego público no âmbito do Poder Executivo Federal. A comunicação 
deve ser feita por escrito à Comissão de Ética Pública ou à unidade de 
recursos humanos do órgão ou entidade respectivo 
Fiquem atentos a um detalhe: o agente tem a obrigação não apenas 
de comunicar atividade que possam trazer potencial conflito de interesses 
entre a atividade pública e a privada, mas, inclusive, alguma proposta de 
trabalho, nesses parâmetros, a qual pretenda aceitar, caso venha a 
receber. 
Vamos ver algumas questões sobre a aula? 
23 - (ESAF ± MPOG / EPPGG - 2009) No exercício da função, o 
servidor público civil do Poder Executivo Federal afronta o Código 
de Ética Profissional quando: 
a) diante de duas opções, escolhe sempre a melhor e a mais 
vantajosa para o bem comum. 
b) exige de seus superiores as providências cabíveis contra ato ou 
fato contrário ao interesse público de que lhes tenha dado ciência. 
c) representa contra superior hierárquico, no caso de 
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder 
Estatal. 
d)apresenta-se ao trabalho com vestimentas inadequadas. 
e) facilita a fiscalização, por quem de direito, de seus atos ou 
serviços. 
 
(VWD�TXHVWmR�p�EHP�IiFLO��%DVLFDPHQWH��D�(VDI�IH]�XP�³FWUO-c ctrl-Y´�
do artigo XIV do Decreto 1.171/94. Entretanto, não precisava nem se 
lembrar do texto legal. 
Vejam que a única opção que nos apresenta um comportamento 
reprovável é a letra D. De acordo com o Decreto 1.171/94, artigo XIV, todo 
servidor deve: 
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³S�� DSUHVHQWDU-se ao trabalho com vestimentas 
DGHTXDGDV�DR�H[HUFtFLR�GD�IXQomR�´ 
Obviamente, ninguém pode aparecer de calção de banho no órgão 
público para trabalhar, não é mesmo? Desse modo, o gabarito é mesmo a 
letra D. 
 
24 - (ESAF ± MPOG / EPPGG - 2005) De acordo com o Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal: 
I. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito 
de eficácia e moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer 
o sigilo. 
II. atenta contra a ética o administrador que não adota as medidas 
necessárias a evitar a formação de longas filas na repartição 
pública. 
III. todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato 
jurídico, preste serviços de natureza temporária, ainda que sem 
retribuição financeira, mas desde que ligado direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, é considerado 
servidor público. 
IV. o servidor não deve deixar que simpatias ou antipatias 
influenciem os seus atos funcionais. 
V. incide em infração de natureza ética o servidor que deixar de 
utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu alcance. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V. 
c) apenas as afirmativas I, II, III e IV. 
d) apenas as afirmativas III, IV e V. 
e) apenas as afirmativas I, III e IV. 
 
Esta questão é baseada no Decreto 1.171/94. Todas as alternativas 
estão corretas. De acordo com o Código de Ética: 
VII - Salvo os casos de segurança nacional, 
investigações policiais ou interesse superior do 
Estado e da Administração Pública, a serem 
preservados em processo previamente declarado 
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de 
qualquer ato administrativo constitui 
requisito de eficácia e moralidade, ensejando 
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sua omissão comprometimento ético contra o bem 
comum, imputável a quem a negar. 
Vejam que a primeira afirmativa é corretíssima! Vamos a mais uma: 
³;� - Deixar o servidor público qualquer pessoa à 
espera de solução que compete ao setor em que 
exerça suas funções, permitindo a formação de 
longas filas, ou qualquer outra espécie de 
atraso na prestação do serviço, não caracteriza 
apenas atitude contra a ética ou ato de 
desumanidade, mas principalmente grave dano 
moral aos XVXiULRV�GRV�VHUYLoRV�S~EOLFRV�´ 
2X�VHMD��GHL[DU�R�SRYR�HVSHUDQGR�KRUDV�HQTXDQWR�YRFr�³EDWH�SDSR´�
com o pessoal do setor atenta contra a ética, certo? A segunda afirmativa 
está ok! Vamos para mais uma: 
³XXIV - Para fins de apuração do comprometimento 
ético, entende-se por servidor público todo 
aquele que, por força de lei, contrato ou de 
qualquer ato jurídico, preste serviços de 
natureza permanente, temporária ou 
excepcional, ainda que sem retribuição 
financeira, desde que ligado direta ou 
indiretamente a qualquer órgão do poder 
estatal, como as autarquias, as fundações 
públicas, as entidades paraestatais, as empresas 
públicas e as sociedades de economia mista, ou em 
qualquer setor onde prevaleça o interesse do 
Estado.´ 
Assim sendo, de acordo com o Código de Ética não são só os 
servidores estatutários os que devem seguir os princípios de ética doDecreto. A terceira afirmativa também está certa. Vamos para a próxima? 
³XV - É vedado ao servidor público; 
f) permitir que perseguições, simpatias, 
antipatias, caprichos, paixões ou interesses 
de ordem pessoal interfiram no trato com o 
público, com os jurisdicionados administrativos ou 
com colegas hierarquicamente superiores ou 
inferiores;´ 
Desse modo, os servidores públicos não podem deixar as emoções 
influenciarem em seu trabalho. A quarta frase está perfeita. Finalmente, a 
quinta frase também está certa, de acordo com o texto abaixo: 
³XV - É vedado ao servidor público; 
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e) deixar de utilizar os avanços técnicos e 
científicos ao seu alcance ou do seu 
conhecimento para atendimento do seu mister´ 
Portanto, o gabarito é mesmo a letra A. 
 
25 - (ESAF ± MPOG / EPPGG - 2005) De acordo com o Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, são deveres fundamentais do servidor público: 
I. quando estiver diante de mais de uma opção, escolher aquela que 
melhor atenda aos interesses do governo. 
II. exigir de seus superiores hierárquicos as providências cabíveis 
relativas a ato ou fato contrário ao interesse público que tenha 
levado ao conhecimento deles. 
III. zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da 
segurança coletiva, quando no exercício do direito de greve. 
IV. materializar os princípios éticos mediante a adequada prestação 
dos serviços públicos. 
V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciá-las, mesmo que 
os interessados sejam seus superiores hierárquicos. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas II, III, IV e V. 
c) apenas as afirmativas I, II e V. 
d) apenas as afirmativas I, IV e V. 
e) apenas as afirmativas I, III e IV. 
 
4XHVWmR]LQKD� PDOGRVD�� $� (VDI� QHVVD� TXLV� ³SHJDU´� RV� candidatos 
desavisados. Todas as alternativas estão corretas, menos a primeira frase. 
O decreto 1.171/94 diz que todo servidor público deve: 
³c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda 
a integridade do seu caráter, escolhendo sempre, 
quando estiver diante de duas opções, a melhor e 
D�PDLV�YDQWDMRVD�SDUD�R�EHP�FRPXP�´ 
 Assim, entre duas alternativas o servidor deve escolher o que for 
melhor para o bem comum, não o que for melhor para o governo! Vejam 
que a finalidade é melhorar a vida do povo, da coletividade. 
Os governos entram e saem, mas o Estado se mantém ok? As demais 
alternativas estão corretas e o gabarito é a letra B. 
 
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26 - (ESAF ± RFB / AFRF - 2003) De acordo com o Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, 
³D�PRUDOLGDGH�GD�$GPLQLVWUDomR�3~EOLFD�QmR se limita à distinção 
entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de que o fim é 
sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, 
na conduta do servidor, é que poderá consolidar a moralidade do 
DWR�DGPLQLVWUDWLYR´��(VVH�HQXQFLDGR expressa: 
a) o sentido do princípio da legalidade na Administração Pública. 
b) que o estrito cumprimento da lei conduz à moralidade na 
Administração Pública. 
c) que o ato administrativo praticado de acordo com a lei não pode 
ser impugnado sob o aspecto da moralidade. 
d) que todo ato legal é também moral. 
e) um valor ético que deve nortear a prática dos atos 
administrativos. 
 
Esta questão busca mostrar as conexões e diferenças entre a moral 
e a legalidade. Como estamos acostumados a ver no Brasil, muitas leis são 
imorais. Assim, um comportamento pode ser legal (por estar de acordo 
com a norma legal), mas ser considerado pela sociedade como imoral (a 
aposentadoria integral de governadores após apenas quatro anos de 
contribuição foi um caso que evidenciou isto). 
Assim sendo, a letra B está errada, pois algo pode ser legal e imoral 
ao mesmo tempo. A letra A está igualmente incorreta, pois o enunciado 
expressa o conceito de moralidade, e não de legalidade. 
A letra C está também errada, pois um ato dentro da legalidade pode 
sim ser impugnado sob o aspecto da moralidade. Do mesmo modo que a 
letra B, a letra D está errada. Já a letra E está perfeita (a ética aqui está 
sendo avaliada em seu sentido amplo ± igual ao da moral) e é o gabarito 
da banca. 
 
27 - (FCC ± DNOCS ± AGENTE ADM ± 2010) Com relação às 
Comissões de Ética dispostas no Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, considere: 
I. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal 
direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou 
entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, 
deverá ser criada uma Comissão de Ética. 
II. Incumbe ao servidor fornecer seu registro da sua conduta ética 
para a Comissão de Ética, encarregada da execução do quadro de 
carreira dos servidores, para o efeito de instruir e fundamentar 
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promoções e para todos os demais procedimentos próprios da 
carreira do servidor público. 
III. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a 
de censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, 
assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. 
IV. Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se 
por servidor público, exclusivamente, a pessoa que, por força de lei, 
preste serviços de natureza permanente condicionada ao 
recebimento de salário e esteja ligado direta ou indiretamente a 
qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias e as fundações 
públicas. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) I e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
A primeira e a terceira frase estão corretas. Já a segunda frase inverte 
o processo, pois é a comissão que deve enviar o registro de conduta para 
o seu órgão. 
Em relação à quarta frase, é considerado servidor público mesmo 
quem eventualmente ou excepcionalmente exerça uma função pública. 
Desta forma, o gabarito é a letra A. 
 
28 - (CESPE - ANCINE ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2012) 
Embora toda pessoa tenha o direito à verdade, é facultado ao 
servidor público omiti-la, desde que o faça no interesse da própria 
pessoa ou da administração pública. 
 
Toda pessoa tem o direito à verdade. Dessa forma, o servidor público 
não poderá omiti-la ou falseá-la, mesmo que contrária aos interesses da 
própria pessoa interessada ou da Administração Pública. 
Entretanto, nos casos de segurança nacional, por exemplo, poderá 
ser permitido o sigilo, desde que seja nos termos da lei. Assim sendo, o 
gabarito é questão errada. 
 
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29 ± (ESAF - CVM - ANALISTA ± 2010) O Decreto n. 1.171, de 22 de 
junho de 1994, aprovou o Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal e, entre outras 
providências, determinou que os órgãos e entidades da 
Administração Pública Federal direta e indireta constituíssem as 
respectivasComissões de Ética. A respeito dos termos desse 
Código, assinale a opção incorreta. 
a) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto, se integra na vida particular de cada servidor público. 
Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia a dia em sua 
vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na 
vida funcional. 
b) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a 
censura. 
c) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que 
necessite do atendimento em serviços públicos. 
d) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma 
absoluta, de exercer sua função, poder ou autoridade com 
finalidade estranha ao interesse público, mesmo que observando as 
formalidades legais e não cometendo qualquer violação expressa à 
lei. 
e) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor 
público. 
 
A banca pede a alternativa incorreta, então vamos direto a ela. A 
letra E fala sobre deveres negativos. Mas, o que seriam esses deveres 
negativos? E qual a diferença para deveres positivos? 
Ambos os conceitos relacionam-se diretamente com o aspecto moral. 
No dever positivo, você teria o dever moral de agir. No dever negativo, 
você teria o dever moral de não agir. 
O Código de Ética apresenta tantos deveres positivos, quantos 
negativos do servidor público, o que confirma o gabarito ser letra E. 
 
30 - (ESAF - CGU - AFC ± 2004) Não têm a obrigação de constituir 
as comissões de ética previstas no Decreto nº 1.171/1994 (Código 
de Conduta do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal): 
a) as autarquias federais. 
b) as empresas públicas federais. 
c) as sociedades de economia mista. 
d) os órgãos do Poder Judiciário. 
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e) os órgãos e entidades que exerçam atribuições delegadas pelo 
poder público. 
 
O Decreto nº 1.171, de 1994, aprovou o Código de Ética (ou Conduta) 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
Dessa forma, essa norma alcança apenas o Poder Executivo, 
deixando o Poder Legislativo e o Judiciário de fora. Vale ressaltar que o 
Decreto abrange apenas o Poder Executivo Federal, logo não é correto 
afirmar que as outras esferas (estadual e municipal) devam observá-lo, ok? 
Dessa forma, a única alternativa que não faz parte do Poder Executivo 
Federal é a letra D, sendo o gabarito da questão. 
 
31 ± (ESAF ± MIN. TURISMO ± ANALISTA ± 2014) De acordo com o 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal, conforme Decreto n. 1.171/1994, é vedado ao 
servidor público, exceto: 
a) o uso do cargo ou função para obter qualquer favorecimento, 
para si ou para outrem. 
b) retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da 
gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo. 
c) permitir que perseguições, antipatias, ou interesses de ordem 
pessoal interfiram no trato com o público. 
d) adulterar o teor de documentos que deva encaminhar para 
providências. 
e) solicitar ao subordinado atendimento a interesse particular. 
 
As vedações ao servidor público estão dispostas na Seção III do 
Decreto nº 1.171, de 1994, senão vejamos: 
³XV - É vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, 
amizades, tempo, posição e influências, para 
obter qualquer favorecimento, para si ou para 
outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de 
outros servidores ou de cidadãos que deles 
dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, 
conivente com erro ou infração a este Código de 
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
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d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o 
exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos 
ao seu alcance ou do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, 
antipatias, caprichos, paixões ou interesses 
de ordem pessoal interfiram no trato com o 
público, com os jurisdicionados 
administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber 
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, 
prêmio, comissão, doação ou vantagem de 
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer 
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para 
influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos 
que deva encaminhar para providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que 
necessite do atendimento em serviços públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a 
interesse particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar 
legalmente autorizado, qualquer documento, livro 
ou bem pertencente ao patrimônio público; 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas 
no âmbito interno de seu serviço, em benefício 
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora 
dele habitualmente; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que 
atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade 
da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o 
VHX�QRPH�D�HPSUHHQGLPHQWRV�GH�FXQKR�GXYLGRVR´. 
 
Percebam que de todas as alternativas da questão, a única que não 
conta nesse dispositivo é a letra B, que é o gabarito. Um dos deveres 
fundamentais do servidor público é não permitir qualquer retardo nas 
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prestações de contas, sendo uma condição essencial para a gestão dos 
bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo. Dessa forma, o 
gabarito é letra B. 
 
32 ± (ESAF ± MIN. TURISMO ± ANALISTA ± 2014) As comissões de 
ética pública, dispostas no Decreto n. 1.171/1994, constituem-se 
de: 
I. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta. 
II. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e 
indireta. 
III. autarquias e fundações. 
IV. qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas 
pelo poder público. 
V. órgãos e entidades da Administração Pública e Poder Judiciário. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e II apenas. 
b) II e IV apenas. 
c) IV e V apenas. 
d) I, II, III e IV apenas. 
e) Todas estão corretas. 
 
De acordo com o Decreto nº 1.171, de 1994, os órgãos e entidades 
da Administração Pública Federal direta e indireta autárquica e 
fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça 
atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma 
Comissão de Ética. 
Percebam que o Decreto não menciona o Poder Judiciário, logo 
apenas o item V está errado. O gabarito, portanto, é letra D. 
 
33 ± (ESAF ± MIN. TURISMO ± ANALISTA ± 2014) De acordo com o 
Código de Ética, conforme Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 
1994, assinale a opção incorreta. 
a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos 
princípios morais devem nortear o servidor público, seja no 
exercício do cargo ou função, ou fora dele. 
b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, 
portanto,não se integra na vida particular de cada servidor público. 
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c) A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção 
entre o bem e o mal. 
d) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou 
indiretamente significa causar-lhe dano moral. 
e) A ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é 
fator de desmoralização do serviço público. 
 
A letra A está correta, pois a dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia 
e a consciência dos princípios morais devem nortear o servidor público e os 
seus atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a 
preservação da honra e da tradição dos serviços públicos. 
Pessoal, a letra B está errada e é o nosso gabarito. A função pública 
deve ser tida como exercício profissional e, portanto, se integra na vida 
particular de cada servidor público. Diante disso, os fatos e atos 
verificados em sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom 
conceito na vida funcional, ok? 
A letra C está correta. Deve-se atentar ao fato de que o bem comum 
é sempre o fim buscado, logo o equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, 
na conduta do servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do 
ato administrativo. 
A letra D está correta, pois é inadmissível tratar mal qualquer um que 
pague os seus tributos. Da mesma forma, não é permitido causar dano a 
qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, por 
descuido ou má vontade. Isso constitui ofensa ao equipamento, às 
instalações, ao Estado, e a todos os homens de boa vontade que dedicaram 
sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e seus esforços para construí-
los. 
A letra E está correta. Vale apenas lembrar de que essa 
desmoralização quase sempre conduz à desordem nas relações humanas. 
Dessa maneira, o gabarito é letra B. 
 
34 ± (ESAF ± MIN. TURISMO ± ANALISTA ± 2014) Julgue os itens a 
seguir e assinale a opção correta. 
I. A Comissão de Ética Pública será integrada por cinco brasileiros 
que preencham os requisitos de idoneidade moral e reputação 
ilibada e notória experiência, designados pelo Presidente da 
República, para mandatos de três anos, permitida uma única 
recondução. 
II. A atuação na Comissão de Ética Pública enseja remuneração 
para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos são 
considerados prestação de relevante serviço público. 
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III. Compete à Comissão de Ética Pública apurar condutas em 
desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas pelas 
autoridades a ele submetidas. 
IV. A Comissão de Ética Pública contará com uma Secretaria-
Executiva, vinculada à Casa Civil da Presidência da República, à 
qual competirá prestar o apoio técnico e administrativo aos 
trabalhos da Comissão. 
V. À pessoa que esteja sendo investigada, é assegurado o direito de 
ter vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética, somente 
após ter sido notificada da existência do procedimento 
investigatório. 
a) apenas I e IV estão corretos. 
b) apenas II, III e IV estão corretos. 
c) apenas III e IV estão corretos. 
d) apenas I, II e III estão corretos. 
e) Todos estão corretos. 
 
O item I está errado, pois a Comissão de Ética Pública será integrada 
por sete brasileiros e não cinco como afirmam. 
O item II está errado, pois a atuação não enseja qualquer 
remuneração para seus membros. 
O item V está errado, pois o direito de ter vista dos autos pode se dar 
mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do procedimento 
investigatório. 
Dessa forma, o gabarito é letra C, pois apenas os itens III e IV estão 
corretos. 
 
35 - (FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - ANALISTA ± 2013) Quando se 
determina ao servidor público que ele exerça com zelo e dedicação 
as atribuições de seu cargo e atenda com presteza o público, está-
se diante de: 
a) obrigação legal implícita, na medida em que são decorrentes da 
interpretação dos direitos e deveres dos servidores que constam na 
legislação vigente. 
b) deveres morais, que somente podem ser utilizados para punição 
disciplinar na hipótese de haver positivação da regra na unidade de 
classificação do servidor. 
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c) recomendação disciplinar implícita, punível, na reiteração, com 
demissão. 
d) recomendação moral a todos os servidores públicos, não 
havendo possibilidade de punição disciplinar em decorrência do 
desatendimento, a não ser pela análise de desempenho. 
e) deveres legalmente expressos, de modo que o desatendimento 
possibilita a adoção de providências por parte da Administração 
pública. 
 
O comando da questão traz um dever do servidor público civil 
expresso na Lei nº 8.027, de 1990, que dispõe sobre as normas de conduta 
dos servidores públicos civis da União, das Autarquias e das Fundações 
Públicas. 
Esse dever também está expresso na Lei nº 8.112, no inciso I, artigo 
116, senão vejamos: 
³$UW��������6mR�GHYHUHV�GR�VHUYLGRU� 
I - exercer com zelo e dedicação as atribuições 
do cargo; 
II - ser leal às instituições a que servir; 
III - observar as normas legais e regulamentares; 
IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; 
V - atender com presteza: 
a) ao público em geral, prestando as informações 
requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; 
b) à expedição de certidões requeridas para defesa 
de direito ou esclarecimento de situações de 
interesse pessoal; 
c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. 
VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em 
razão do cargo ao conhecimento da autoridade 
superior ou, quando houver suspeita de 
envolvimento desta, ao conhecimento de outra 
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autoridade competente para apuração; 
VII - zelar pela economia do material e a 
conservação do patrimônio público; 
VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; 
IX - manter conduta compatível com a moralidade 
administrativa; 
X - ser assíduo e pontual ao serviço; 
XI - tratar com urbanidade as pessoas; 
XII - representar contra ilegalidade, omissão ou 
DEXVR�GH�SRGHU´� 
 
Pessoal, o zelo, assim como a dignidade, o decoro, a eficácia e a 
consciência dos princípios morais estão expressos, também, no Código de 
Ética como um primado maior que deva nortear o servidor público, tanto 
no exercício do cargo, quanto fora dele. Dessa forma, o item E está correto 
e é o gabarito da questão. 
 
36 - (FCC - INSS ± PERITO ± 2012) Tratar com urbanidade as 
pessoas constitui: 
a) regra de trato social, mas cujo descumprimento impede o 
servidor de ocupar cargo de provimento em comissão. 
b) regra de trato social, cujo descumprimento não acarreta sanção 
administrativa para o servidor público. 
c) dever legal do servidor público, cuja violação sempre acarretará 
a pena de suspensão, mas não a de demissão. 
d) dever legal do servidor público, cuja violação pode acarretar a 
pena de advertência. 
e) conduta irrelevante no serviço público, não constituindoseu 
descumprimento infração legal, nem de regra de trato social. 
 
Tratar com urbanidade está explícito no Código de Ética do Servidor 
Público Civil como um dever fundamental. Entretanto, no inciso XXII do 
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Anexo do Decreto nº 1.171, de 1994, dispõe que caberá a pena de censura 
ao servidor que não cumprir com esse dever. 
Ao ler o artigo 129 da Lei 8.112/90, notamos que a pena que poderá 
ser aplicada ao servidor que descumprir o dever de ter urbanidade é a de 
advertência por escrito. 
A letra D está correta, uma vez que a urbanidade é um dever previsto 
QD�OHJLVODomR��4XDQGR�R�H[DPLQDGRU�FRORFRX�TXH�³SRGH�DFDUUHWDU´�VLJQLILFD�
que não obrigatoriamente a pena será a de advertência. Até mesmo porque 
vimos que a pena poderá ser outra. Dessa forma, o gabarito é mesmo a 
letra D. 
 
37 - (FCC - INSS ± TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL ± 2012) João, 
servidor público federal, é membro de Comissão de Ética de 
determinado órgão do Poder Executivo Federal e foi acusado do 
cometimento de infração de natureza ética. Nesta hipótese, a 
infração ética será apurada: 
a) pelo Ministério da Justiça. 
b) pelo Presidente da República. 
c) pelo Ministro Chefe da Casa Civil. 
d) pela Comissão de Ética Pública. 
e) pela própria Autarquia Federal a que está vinculado. 
 
Questão tranquila desde que conheçamos o teor do artigo 2º da 
Resolução nº 4, de 2001, que aprovou o Regimento Interno da Comissão 
de Ética Pública. 
De acordo com a Resolução, compete à Comissão de Ética Pública 
o seguinte: 
³Art. 2º. 
(...) 
I - assegurar a observância do Código de 
Conduta da Alta Administração Federal, aprovado 
pelo Presidente da República em 21 de agosto de 
2000, pelas autoridades públicas federais por 
ele abrangidas; 
II - submeter ao Presidente da República 
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sugestões de aprimoramento do Código de Conduta 
e resoluções de caráter interpretativo de suas 
normas; 
III - dar subsídios ao Presidente da República 
e aos Ministros de Estado na tomada de 
decisão concernente a atos de autoridade que 
possam implicar descumprimento das normas do 
Código de Conduta; 
IV - apurar, de ofício ou em razão de denúncia, 
condutas que possam configurar violação do 
Código de Conduta, e, se for o caso, adotar as 
providências nele previstas; 
V - dirimir dúvidas a respeito da aplicação do 
Código de Conduta e deliberar sobre os casos 
omissos; 
VI - colaborar, quando solicitado, com órgãos e 
entidades da administração federal, estadual e 
municipal, ou dos Poderes Legislativo e Judiciário; 
e 
VII - dar ampla divulgação ao Código de 
Conduta´� 
 
O caso, em questão, enquadra-se no inciso IV do artigo citado acima, 
como vocês devem ter percebido. 
Só mais uma observação sobre essa Comissão. Ela está vinculada à 
Casa Civil da Presidência da República, a qual deverá prestar suporte 
técnico e administrativo. O gabarito, portanto, é letra D. 
 
38 - (FCC - INFRAERO ± ANALISTA ± 2011) João, servidor público 
civil do Poder Executivo Federal, retirou da repartição pública, sem 
estar legalmente autorizado, documento pertencente ao patrimônio 
público. Já Maria, também servidora pública civil do Poder 
Executivo Federal, deixou de utilizar avanços técnicos e científicos 
do seu conhecimento para atendimento do seu mister. Sobre os 
fatos narrados, é correto afirmar que: 
a) nenhuma das condutas narradas constitui vedação prevista no 
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Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal. 
b) apenas João cometeu conduta vedada pelo Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
c) apenas Maria cometeu conduta vedada pelo Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
d) ambos praticaram condutas vedadas pelo Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
e) João e Maria não estão sujeitos a Código de Ética; portanto, suas 
condutas, ainda que eventualmente irregulares, deverão ser 
apreciadas na seara própria. 
 
As condutas dos dois servidores estão previstas, como vedações ao 
Servidor Público, no Código de Ética Profissional do Poder Executivo 
Federal, senão vejamos: 
³Seção III 
Das Vedações ao Servidor Público 
XV - E vedado ao servidor público; 
a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, 
tempo, posição e influências, para obter qualquer 
favorecimento, para si ou para outrem; 
b) prejudicar deliberadamente a reputação de 
outros servidores ou de cidadãos que deles 
dependam; 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, 
conivente com erro ou infração a este Código de 
Ética ou ao Código de Ética de sua profissão; 
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o 
exercício regular de direito por qualquer pessoa, 
causando-lhe dano moral ou material; 
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e 
científicos ao seu alcance ou do seu 
conhecimento para atendimento do seu 
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mister; 
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, 
caprichos, paixões ou interesses de ordem pessoal 
interfiram no trato com o público, com os 
jurisdicionados administrativos ou com colegas 
hierarquicamente superiores ou inferiores; 
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber 
qualquer tipo de ajuda financeira, gratificação, 
prêmio, comissão, doação ou vantagem de 
qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer 
pessoa, para o cumprimento da sua missão ou para 
influenciar outro servidor para o mesmo fim; 
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que 
deva encaminhar para providências; 
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que 
necessite do atendimento em serviços públicos; 
j) desviar servidor público para atendimento a 
interesse particular; 
l) retirar da repartição pública, sem estar 
legalmente autorizado, qualquer documento, 
livro ou bem pertencente ao patrimônio 
público; 
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas 
n) âmbito interno de seu serviço, em benefício 
próprio, de parentes, de amigos ou de terceiros; 
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora 
dele habitualmente; 
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que 
atente contra a moral, a honestidade ou a dignidade 
da pessoa humana; 
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o 
VHX�QRPH�D�HPSUHHQGLPHQWRV�GH�FXQKR�GXYLGRVR´. 
 
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Vimos que ambos praticaram condutas vedadas pelo Decreto nº 
1.171, de 1994, logo o gabarito é letra D. 
 
39 - (FCC - DPE-SP ± ADMINISTRADOR ± 2010) O servidor público 
quando instado pela legislação a atuar de forma ética, não tem que 
decidir somente entre o que é legal e ilegal, mas, acima de tudoentre o que é: 
a) oportuno e inoportuno. 
b) conveniente e inconveniente. 
c) honesto e desonesto. 
d) público e privado. 
e) bom e ruim. 
 
Questão tranquila demais, não é verdade? Já vimos diversas vezes 
as regras deontológicas previstas no Código de Ética do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal. 
Umas das regras é que o servidor público não desprezará o elemento 
ético de sua conduta. Tendo que decidir não somente entre o legal e o 
ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o 
inoportuno, mas, principalmente, entre o honesto e o desonesto. 
O Gabarito, portanto, é letra C. 
 
40 - (FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) ± AUXILIAR JUDICIÁRIO ± 2006) 
O Auxiliar Judiciário de Serviços Gerais não está feliz. Nunca foi sua 
vontade exercer essa função, pois quer outros cargos e funções no 
Tribunal. Por isso não se empenha no que faz, realiza suas tarefas 
superficialmente e sempre procura fugir do trabalho mais pesado, 
alegando problemas de saúde. A atitude desse funcionário é: 
a) compreensível, pois desejar melhores funções é sempre positivo. 
b) normal, pois acredita que tudo na vida é transitório. 
c) eficiente, pois poderá despertar o interesse de seus superiores 
para uma promoção. 
d) leal, pois não gosta do que faz e demonstra publicamente seu 
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desinteresse. 
e) errada, pois um de seus deveres é exercer com dedicação as 
atribuições de seu cargo. 
 
Pessoal, mesmo que nunca tenhamos lido o Código de Ética do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, por um bom senso, 
conseguiríamos resolver essa questão, não é verdade? 
É claro que é dever de um servidor público exercer seu cargo com 
dedicação. O usuário do serviço público não tem nada a ver com os 
problemas do servidor. 
Mesmo que ele não goste do seu serviço, deverá prestá-lo com 
dedicação, dignidade, zelo, entre outros. O gabarito, dessa forma, é a letra 
E. 
 
41 ± (CESPE - ANATEL - ANALISTA ± 2014) Toda ausência 
injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de 
desmoralização do serviço público, podendo conduzir à desordem 
nas relações humanas. 
 
Está escrito no Decreto nº 1.171/94, dentre as regras deontológicas 
TXH�³WRGD�DXVrQFLD�LQMXVWLILFDGD�GR�VHUYLGRU�GH�VHX�ORFDO�GH�WUDEDOKR�p�IDWRU�
de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à 
GHVRUGHP�QDV�UHODo}HV�KXPDQDV´� 
Logo, todo servidor público tem como deveres: a assiduidade e a 
pontualidade. Gabarito, portanto, questão correta. 
 
42 ± (CESPE - CADE ± NÍVEL MÉDIO ± 2014) A divulgação dos 
valores insculpidos no Código de Ética é dever exclusivo da 
administração pública, não havendo obrigação do servidor público 
de fazê-la. 
 
Um dos principais deveres dos servidores públicos é divulgar e 
informar a todos os integrantes da sua classe sobre a existência do Código 
de Ética, além de estimular o seu cumprimento de forma integral. 
Logo, não os servidores públicos têm a incumbência de divulgar os 
valores insculpidos no código de ética. Gabarito, portanto, questão errada. 
 
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43 ± (CESPE - CNJ - TÉCNICO ± 2013) Estimular a observância do 
Código de Ética do Serviço Público é um dever de todo e qualquer 
servidor público. 
 
Já vimos que isto se trata de um dever dos servidores públicos, 
dentre outros, claro. Gabarito, portanto, questão correta. 
 
44 ± (CESPE - CADE ± NÍVEL MÉDIO ± 2014) A deterioração de bem 
público por descuido de servidor, embora seja socialmente 
condenável e passível de punição administrativa, não constitui falta 
ética. 
 
8PD� GDV� UHJUDV� GHRQWROyJLFDV� p�� ³$� FRUWHVLD�� D� ERD� YRQWDGH�� R�
cuidado e o tempo dedicados ao serviço público caracterizam o esforço pela 
disciplina. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou 
indiretamente significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar 
dano a qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-
o, por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao 
equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens de boa 
vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas esperanças e 
seus esforços para construí-ORV�´ 
Logo, a deterioração de bem público por descuido ou má vontade 
constitui uma ofensa ao Estado e a todos que se dedicaram para sua 
construção, constituindo, portanto, falta de ética. Gabarito, dessa forma, 
questão errada. 
 
45 ± (CESPE - ANAC - TÉCNICO ± 2012) É dever do servidor público 
zelar pela economia do material e pela conservação do patrimônio 
público. 
 
Cabe ao servidor público cuidar de qualquer bem pertencente ao 
patrimônio público, sendo proibido deteriorá-lo, por descuido ou má 
vontade. 
Da mesma forma, não é razoável o uso indiscriminado de material 
pelo servidor, o qual deve zelar pela sua economia, ok? Gabarito, portanto, 
questão correta. 
 
46 ± (CESPE - CADE ± NÍVEL MÉDIO ± 2014) De acordo com as 
regras deontológicas estabelecidas no Código de Ética, a 
consolidação da moralidade do ato administrativo ocorrerá a partir 
do equilíbrio entre a legalidade e a finalidade. 
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(VWi�HVFULWR�QR�LQFLVR�,,,�GDV�UHJUDV�GHRQWROyJLFDV��³A moralidade da 
Administração Pública não se limita à distinção entre o bem e o mal, 
devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem comum. O 
equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor 
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo´� 
Logo, deve haver o equilíbrio entre a legalidade e a finalidade na 
tentativa de proporcionar a consolidação da moralidade do ato 
administrativo praticado. Gabarito, portanto, questão correta. 
 
47 ± (CESPE - CADE ± NÍVEL MÉDIO ± 2014) O servidor público está 
autorizado a omitir a verdade se o interesse do Estado o exigir. 
 
Salvo os casos de segurança nacional, investigações policiais ou 
interesse superior do Estado e da Administração Pública, a serem 
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos termos 
da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de 
eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético 
contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode omiti-la 
ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou 
estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito do erro, da opressão, ou 
da mentira, que sempre aniquilam até mesmo a dignidade humana quanto 
mais a de uma Nação. 
Esse dois parágrafos anteriores estão dispostos dentre as regras 
deontológicas do código de ética. Logo, percebe-se que se pode afastar a 
publicidade de algum ato administrativo, no entanto, nunca pode-se omitir 
a verdade como afirma o enunciado da questão. Gabarito, portanto, 
questão errada. 
 
48 ± (CESPE - MDIC - ANALISTA ± 2014) Em uma sociedade de 
economia mista que desenvolve atividade de prevalente interesse 
do Estado, determinado empregado falta ao trabalho 
frequentemente, sem justificativas. Nessa situação, a conduta do 
empregado constitui falta apenasem relação à Consolidação das 
Leis do Trabalho e ele não está sujeito ao Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo. 
 
Um dos deveres fundamentais dos servidores públicos elencado no 
FyGLJR�GH�pWLFD�p��³ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que 
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sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo 
negativamente em todo o sistema´� 
Dessa maneira, como os órgãos e entidades da Administração 
Pública Federal direta e indireta devem seguir o Código de Ética 
implementado, o empregado da sociedade de economia mista está sujeito 
ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo. 
Gabarito, portanto, questão errada. 
 
49 ± (CESPE - ANATEL - ANALISTA ± 2014) É vedado ao servidor 
público manter-se habitualmente embriagado, ainda que fora do 
serviço. 
 
Essa questão é muito tranquila, não é verdade? Mesmo que não 
conhecesse o código de ética, você responderia corretamente, pois é 
evidente que é proibido apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele 
habitualmente. Gabarito, portanto, questão correta. 
 
50 ± (CESPE - MDIC - ANALISTA ± 2014) Em uma repartição onde 
há atendimento ao público para fornecimento de certidões, a 
emissão de documentos foi interrompida em virtude de problemas 
técnicos, quando ainda havia tempo razoável de expediente de 
trabalho. Entretanto, um servidor público, sem buscar informações 
junto aos profissionais técnicos, exigiu que todos os cidadãos se 
retirassem das instalações do órgão e voltassem no dia seguinte, 
sem prestar qualquer informação sobre os motivos da decisão ou 
da interrupção do serviço. Nessa situação, o servidor público 
cometeu infração ética, uma vez que compete a ele informar aos 
usuários os motivos da paralisação do serviço, pois o 
aperfeiçoamento da comunicação e do contato com o público é um 
dever ético-funcional. 
 
Cabe, aos servidores públicos, tratar cuidadosamente os usuários dos 
serviços, aperfeiçoando o processo de comunicação e contato com o 
público. 
Logo, o servidor realmente cometeu infração ética, pois ele deveria 
informar ao público o motivo da paralisação do serviço. Gabarito, portanto, 
questão correta. 
 
51 ± (CESPE - ANTAQ ± CONHECIMENTOS BÁSICOS ± 2014) A 
comissão de ética poderá aplicar ao servidor público que 
descumprir dever ético pena de advertência e, no caso de 
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reincidência, censura ética, sendo necessário parecer assinado pelo 
presidente da comissão. 
 
As bancas sempre tentarão fazer pegadinha com o tipo de pena que 
cabe à comissão de ética aplicar ao servidor público. 
Segundo o código de ética, a pena aplicável ao servidor público pela 
Comissão de Ética é a de censura e sua fundamentação constará do 
respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do 
faltoso. 
Logo, não pode aplicar pena de advertência, nem suspenção, nem 
outra que não seja a de censura. Gabarito, portanto, questão errada. 
 
52 - (CESPE - ANTAQ ± CONHECOMENTOS BÁSICOS ± 2014) É dever 
do servidor público respeitar a hierarquia, não podendo representar 
em hipótese alguma, contra qualquer comprometimento indevido 
da estrutura em que se funda o poder estatal. 
 
Realmente é dever do servidor ter respeito à hierarquia. No entanto, 
isso não significa dizer que não possa representar contra qualquer 
comprometimento indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal. 
Em consequência disso, o servidor deve resistir a todas as pressões 
de superiores hierárquicos, de contratantes, interessados e outros que 
visem obter quaisquer favores, benesses ou vantagens indevidas em 
decorrência de ações imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las. Gabarito, 
portanto, questão errada. 
 
53 ± (CESPE - ANTAQ ± CONHECIMENTOS BÁSICOS ± 2014) Ser 
assíduo e frequente ao serviço não é um dos principais deveres do 
servidor público, caso este desempenhe bem e a tempo as 
atribuições do cargo, função ou emprego público de que seja titular. 
 
Trata-se de um dever fundamental do servidor público elencado no 
código de ética. Logo, ele deve ser assíduo e frequente ao serviço, na 
certeza de que sua ausência provoca danos ao trabalho ordenado, 
refletindo negativamente em todo o sistema. Gabarito, portanto, questão 
errada. 
 
54 ± (CESPE - MDIC ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2014) O Decreto 
n. o 1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público 
Civil do Poder Executivo Federal) impõe aos servidores públicos o 
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dever de, em suas atividades, privilegiar a perfeição em detrimento 
da rapidez. 
 
Questão pode ser resolvida com a leitura de dois deveres 
fundamentais dos servidores públicos: 
¾ desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou 
emprego público de que seja titular; 
¾ exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e 
rendimento, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver 
situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de 
qualquer outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo 
setor em que exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano 
moral ao usuário. 
 
Logo, para evitar qualquer dano moral ao usuário, o servidor público 
deve exercer suas atividades com rapidez, perfeição e rendimento; sem 
detrimento de nenhuma dessas características. Dessa forma, o gabarito é 
questão errada. 
 
55 ± (CESPE - MTE - CONTADOR ± 2014) No que tange aos princípios 
morais, o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal trata dos primados da dignidade e da 
consciência como normas hierarquicamente superiores aos 
primados da eficácia e do zelo, visto que estes representam 
princípios técnicos de caráter secundário. 
 
Não há hierarquia entre os primados maiores que norteiam os 
servidores públicos apontada no código de ética. Logo, a dignidade, o 
decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios morais estão em 
³Sp�GH�LJXDOGDGH´��*DEDULWR��SRUWDQWR��TXHVWmR�HUUDGD� 
 
56 ± (CESPE ± PF ± NÍVEL SUPERIOR ± 2014) De acordo com o 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal, tratar mal um cidadão significa causar-lhe dano 
moral. 
 
Pessoal, está explícito no código de ética que tratar mal uma pessoa 
que paga seus tributos direta ou indiretamente significa causar-lhe dano 
moral. 
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Ora, qualquer pessoa que paga seus tributos de forma direta ou 
indireta sofre dano moral caso seja tratado mal, incluindo-se aí, o cidadão. 
Dessa forma, o gabarito é questão correta. 
 
57 ± (CESPE ± PF - AGENTE ± 2014) Ocorrerá desvio ético na 
conduta de servidor público que se recuse a utilizar um eficiente 
sistema de gestão de almoxarifado, sob a alegação de maior 
confiabilidade do seu controle manual de entrada e saída de 
materiais. 
 
É vedado ao servidor público deixar de utilizar os avanços técnicos e 
científicos ao seu alcance ou do seu conhecimentopara atendimento do seu 
mister. 
Logo, haverá desvio ético se houver recusa em utilizar um eficiente 
sistema de gestão de almoxarifado, sob a alegação de maior confiabilidade 
do seu controle manual de entrada e saída de materiais. Gabarito, portanto, 
questão correta. 
 
58 ± (CESPE ± PF - AGENTE ± 2014) Se uma autoridade 
administrativa proibir o uso de bermudas ou shorts nas 
dependências de determinada repartição pública e essa vedação 
causar indignação entre seus subordinados, constatar-se-ão, nessa 
hipótese, indícios de desvio ético na conduta do gestor. 
 
O servidor público deve se apresentar ao trabalho com vestimentas 
adequadas ao exercício da função. 
Dessa forma, uma autoridade administrativa pode proibir o uso de 
vestimentas inadequadas nas dependências de uma repartição pública, 
sem causar indignação aos subordinados. Gabarito, portanto, questão 
errada. 
 
59 - (CESPE - INPI ± TODOS OS CARGOS ± 2013) A função pública 
está relacionada ao exercício profissional e, portanto, não se 
integra à vida particular de cada servidor público. 
 
A função pública que deve ser tida como exercício profissional, se 
integra na vida particular de cada servidor público, uma vez que os atos e 
fatos observados diariamente na sua vida pessoal poderão influenciar na 
vida profissional. 
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Dessa forma, ele deve agir de modo reto e honesto, inclusive durante 
suas férias. O gabarito, portanto, é questão errada. 
 
60 - (CESPE - MTE - ADMINISTRADOR ± 2008) As ordens de 
superiores hierárquicos devem ser sempre atendidas, sem 
questionamento, em respeito à hierarquia nas relações de trabalho. 
 
O servidor realmente deve prestar atenção às ordens legais de seus 
superiores, devendo cumpri-las, evitando negligência. Entretanto, ele 
deverá resistir a pressões de superiores hierárquicos quando cometerem 
ações imorais, ilegais ou aéticas. 
O Código de Ética ainda dispõe que o servidor tem o dever 
fundamental de denunciar esse tipo de pressão ao servidor. O gabarito, 
portanto, é questão errada. 
 
61 - (CESPE - PRF ± TODOS OS CARGOS ± 2012) A moralidade da 
administração pública norteia-se pela distinção entre o bem e o mal 
e pela noção de que sua finalidade é o bem comum. 
 
Questão tirada do inciso III das Regras Deontológicas do Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, 
senão vejamos: 
³,,,�- A moralidade da Administração Pública não 
se limita à distinção entre o bem e o mal, devendo 
ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem 
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a 
finalidade, na conduta do servidor público, é que 
poderá consolidar a moralidade do ato 
DGPLQLVWUDWLYR´� 
 
&RQIRUPH�SRGHPRV�REVHUYDU��R�&yGLJR�IDOD�TXH�D�PRUDOLGDGH�³QmR�VH�
limita à distinção entre o bem e o mal´��ORJo ela é um indicativo. 
E mais, qualquer ato praticado por um servidor possui como 
finalidade o bem comum, sem se esquecer do interesse público, ok? O 
gabarito, portanto, é questão correta. 
 
62 - (CESPE - MPU ± TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO - 
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SEGURANÇA ± 2010) Os códigos de ética expressam a filosofia de 
ação profissional, o que confere verdadeiro sentido à profissão. 
 
Quando a banca dispôs que os códigos de ética expressam a filosofia 
de ação profissional, significa que tais normas não se limitam a ditar regras. 
Conforme as Regras Deontológicas do Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, o código apresenta 
princípios e valores morais a serem observados. 
Dessa forma, há expresso uma filosofia de conduta do profissional, 
conferindo algum sentido no desempenho da profissão. O gabarito, 
portanto, é questão correta. 
 
63 - (CESPE - MEC ± TODOS OS CARGOS ± 2011) Para fins de 
aplicação do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil 
do Poder Executivo Federal, entende-se por funcionário público 
somente o servidor efetivo ou comissionado vinculado à 
administração pública direta. 
 
Veja o que diz o inciso XXIV do Código de Ética: 
 
³'DV�&RPLVV}HV�GH�eWLFD 
(...) 
XXIV - Para fins de apuração do comprometimento 
ético, entende-se por servidor público todo 
aquele que, por força de lei, contrato ou de 
qualquer ato jurídico, preste serviços de 
natureza permanente, temporária ou 
excepcional, ainda que sem retribuição financeira, 
desde que ligado direta ou indiretamente a 
qualquer órgão do poder estatal, como as 
autarquias, as fundações públicas, as entidades 
paraestatais, as empresas públicas e as sociedades 
de economia mista, ou em qualquer setor onde 
SUHYDOHoD�R�LQWHUHVVH�GR�(VWDGR�´ 
 
'HVVD� IRUPD�� R� SULPHLUR� HUUR� REVHUYDGR� p� R� GH� WURFDU� ³VHUYLGRU�
S~EOLFR��SRU�³IXQFLRQiULR�S~EOLFR´��$�&)����DGRWRX�D�H[SUHVVmR�³VHUYLGRU�
S~EOLFR´��QmR�PDLV�VHQGR�XWLOL]DGR�R�WHUPR�µIXQFLRQiULR´��H[FHWR�QR�&yGLJR�
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Penal Brasileiro. 
O segundo erro está em limitar a aplicação da expressão servidor 
público apenas aos servidores efetivos e comissionados. Qualquer um que 
preste serviço de natureza permanente, temporária ou excepcional, mesmo 
que não tenha retribuição financeira. O gabarito, portanto, é questão 
errada. 
 
64 - (CESPE - 2007 - ANVISA ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2007) 
O servidor público jamais pode desprezar o elemento ético de sua 
conduta, embora, em algumas situações, tenha de decidir entre o 
que é legal e ilegal. 
 
O servidor público, segundo as regras deontológicas do Código de 
Ética, não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. 
No entanto, ele poderá decidir não somente entre o legal e o ilegal, 
mas também entre o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o 
oportuno e o inoportuno e, por fim, entre o honesto e o desonesto. Assim 
sendo, o gabarito é questão correta. 
 
65 - (CESPE - PRF ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2012) Veda-se ao 
servidor público a participação em movimentos político-partidários, 
dado o caráter apolítico do serviço público. 
 
A banca não retirou essa questão do Código de Ética, mas, sim, da 
Constituição Federal de 1988. Lá, está autorizado ao servidor tirar licença 
para exercer atividade política. 
Ela também autoriza que qualquer brasileiro possa participar de 
associação para fins lícitos, como profissional ou sindical. O gabarito, 
portanto, é questão errada. 
 
66 - (CESPE - ANAC ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2012) A 
alteração do teor de documentos é falta ética grave, caso ocorra 
sem autorização legal anterior. 
 
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Uma das vedações ao servidor é o de alterar ou deturpar o teor de 
documentos. Mesmo que venha com autorização de superior, fica vedada 
essa atitude. O Decreto não menciona ser permitido alterar documentos 
com autorização legal, já que se trata, neste item, de falsificar documento. 
Lei alguma autorizaria isso, não é verdade? 
Outro erro na questão é classificar falta de grave. O Código de Ética 
não faz gradaçõespara faltas de servidor. Ela só trata do que é proibido ou 
não fazer, aplicando um único tipo de pena que é a de censura. O gabarito, 
portanto, é questão errada. 
 
67 - (CESPE - TCU ± AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO ± 
AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS ± 2011) A recusa sistemática do 
servidor em participar de programas de atualização profissional 
promovidos pelo próprio TCU, incluindo-se os ministrados por 
outras instituições, à falta de justificativas plausíveis, fere o Código 
de Ética, configurando descumprimento de dever funcional. 
 
Vimos que um dos principais deveres do servidor público é 
exatamente o de participar de movimentos e estudos e manter-se 
atualizado com as normas pertinentes ao cargo que exerce e ao órgão em 
que atua. 
Diante disso, o gabarito é questão correta. 
 
68 - (CESPE - IBAMA ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2012) Uma 
psicóloga, funcionária concursada e contratada em um órgão 
público, que, após atender uma servidora do órgão, sugerir que 
essa servidora faça acompanhamento terapêutico em seu 
consultório particular, por achar que atender nas dependências do 
órgão é impróprio, estará agindo de maneira ética, já que se 
prontifica a ajudar a servidora. 
 
Pessoal, essa atitude da psicóloga é considerada um ato de 
improbidade administrativa, uma vez que atenta contra princípios da 
Administração Pública, como a imparcialidade e a legalidade. 
A forma como a psicóloga agiu, mesmo tentando ser legal ao se 
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prontificar a ajudar a servidora, é vedada, já que é proibido usar do cargo 
ou função, facilidades, amizades, tempo, posição e influências, para obter 
qualquer favorecimento, para si ou para outrem. Deste modo, o gabarito é 
questão errada. 
 
69 - (CESPE - TRE-RJ ± TÉCNICO JUDICIÁRIO ± OPERAÇÃO DE 
COMPUTADOR ± 2012) O servidor público pode subverter e (ou) 
desconsiderar a hierarquia entre cargos em situações em que 
sejam comprometidos o seu bem-estar e o efetivo exercício de suas 
atividades. 
 
Um dos deveres de um servidor público é o de respeitar a 
hierarquia. No entanto, ele não deve temer se tiver que representar contra 
qualquer tipo de comprometimento indevido, mesmo que comprometa o 
seu bem-estar ou o efetivo exercício de suas atividades. 
Diante disso, ele não poderá subverter e/ou desconsiderar a 
hierarquia. Entretanto, se for pressionado por qualquer um, superior, ou 
não, a obter favores, benesses ou vantagens indevidas, obriga-se a 
denunciar as ações imorais, ilegais ou aéticas. O gabarito, portanto, é 
questão errada. 
 
70 - (CESPE - MPE-PI ± TÉCNICO MINISTERIAL ± 2012) A pena 
aplicável ao servidor público por uma comissão de ética poderá ser 
a de censura e, possivelmente, a de demissão, sendo que sua 
fundamentação deverá constar do respectivo parecer, assinado por 
todos os seus integrantes, com ciência do servidor. 
 
Questão estaria correta, se não fosse a inclusão da pena de demissão 
como aplicada pela Comissão. Todos os integrantes de uma Comissão de 
Ética deverão assinar o parecer que indicará a pena de censura e, constará, 
também, a assinatura do servidor faltoso, dando ciência. 
Dessa forma, a Comissão de Ética só aplicará pena de censura, e não 
de demissão, como dispõe o comando da questão. O gabarito, portanto, é 
questão errada. 
 
71 - (CESPE - MPE-PI ± TÉCNICO MINISTERIAL ± 2012) É vedado 
ao servidor público, ainda que imbuído do espírito de solidariedade, 
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ser conivente com erro ou infração a qualquer norma do referido 
código. 
 
Questão também expressa no anexo do Código de Ética: 
 
³;V - E vedado ao servidor público; 
(...) 
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, 
conivente com erro ou infração a este Código de 
eWLFD�RX�DR�&yGLJR�GH�eWLFD�GH�VXD�SURILVVmR´� 
 
O servidor deve tomar cuidado para não incorrer no crime de 
corrupçmR�� /RJR�� HOH� QmR� SRGH� QHP� ID]HU� ´YLVWD� JURVVD´� D� XP� HUUR� RX�
infração que alguém cometa e ele tome ciência. Dessa forma, o gabarito é 
questão errada. 
 
72 - (CESPE - EBC ± TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO ± 2011) Fatos e 
atos relativos à conduta do servidor no dia a dia de sua vida privada 
não podem ser considerados para acrescer ou diminuir o seu bom 
conceito na vida funcional, em razão de terem ocorrido ou sido 
praticados fora do local de trabalho. 
 
Percebam que a banca repete muito esse tema nas provas. Os 
candidatos costumam confundir, mesmo, pelo fato de acharem que a vida 
particular de um servidor não diz respeito a mais ninguém. 
Pelo contrário, pois conforme o Código de Ética, a função pública se 
integra na vida particular de cada servidor. Logo, os atos e fatos praticados 
em sua vida privada poderão influenciar a sua vida funcional. O gabarito, 
dessa forma, é questão errada. 
 
73 - (CESPE - EBC ± TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO ± 2011) O servidor 
que, por desconhecimento das atualizações legais, pratica ato de 
acordo com normas e legislações já alteradas não age em 
desacordo com o referido código de ética. 
 
Pessoal, é lógico que qualquer servidor deva manter-se atualizado 
com a legislação. Não cabe, nem na esfera penal, nem na civil, nem em 
nenhuma outra, alegar desconhecimento de uma lei como desculpa para 
não praticar o que o comando dela impôs. 
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Aliás, no ordenamento jurídico brasileiro, essa obrigação de 
conhecimento da lei cabe a qualquer cidadão, independente de ser servidor 
público ou não. Assim sendo, o gabarito é questão errada, pois se 
mantendo desatualizado, estará agindo em desacordo com o código de 
ética. 
 
74 - (CESPE - MS ± TÉCNICO DE CONTABILIDADE ± 2010) A pena 
aplicável ao servidor público pela comissão de ética é a de censura 
e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por 
todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. 
 
Essa questão pode ser solucionada com a leitura do item XXII do 
Decreto 1.171/94, senão vejamos: 
³;;,,� - A pena aplicável ao servidor público pela 
Comissão de Ética é a de censura e sua 
fundamentação constará do respectivo parecer, 
assinado por todos os seus integrantes, com ciência 
GR�IDOWRVR´� 
 
Como podemos observar, a banca copiou o que foi disposto no Código 
de Ética. O gabarito, portanto, e questão correta. 
 
75 - (CESPE - ABIN ± OFICIAL DE INTELIGÊNCIA ± 2008) Salvo os 
casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse 
superior do Estado e da administração pública, a serem 
preservados em processo previamente declarado sigiloso, nos 
termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo 
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão 
um comprometimento ético contra o bem comum, imputável a 
quem a negar. 
 
Questão copiada do item VII do Decreto n° 1.171/1914, que aprovou 
o código de ético profissional do servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, senão vejamos: 
³9,,� - Salvo os casos de segurança nacional, 
investigações policiais ou interesse superior do 
Estado e da Administração Pública, a serem 
preservados em processo previamente declarado 
sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de 
qualquer ato administrativo constitui requisito de 
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eficácia e moralidade, ensejando sua omissão 
comprometimento ético contra o bem comum, 
LPSXWiYHO�D�TXHP�D�QHJDU�´ 
 
Essa questão trata do princípio da publicidade, que prevê que os atos 
administrativos sejam publicados, em meios oficiais, como forma de 
requisito a produção de seus efeitos. Mais um CTRL+C, CTRL+V do texto 
legal pela banca. O gabarito, portanto, é questão correta. 
 
76 - (CESPE - ABIN ± AGENTE DE INTELIGÊNCIA ± 2008) Os fatos e 
atos verificados na conduta do dia-a-dia do servidor em sua vida 
privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida 
funcional, podendo caracterizar, inclusive, violação ao Código de 
Ética, o que será passível de censura. 
 
Com já foi observado em vários momentos, a banca gosta de cobrar 
esse assunto em suas provas. Lembrem-se de que os atos e fatos 
observados diariamente na sua vida pessoal poderão influenciar na vida 
profissional. De modo que a função pública será tida como exercício 
profissional, e se integrará na vida particular de cada servidor público. 
De acordo com o inciso XXII do Código de Ética, caberá a pena de 
censura a ser aplicada pela Comissão de Ética, fundamentada em parecer, 
e ciência do faltoso. Dessa forma, o gabarito é questão correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Lista de Questões Trabalhadas na Aula. 
 
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1 - (ESAF - ANEEL ± ANALISTA - 2006) Assinale a opção correta. 
a) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-se 
aos valores que regem a conduta humana, tendo caráter normativo ou 
prescritivo. 
b) Ética e moral, num sentido amplo, são palavras sinônimas. Referem-se 
ao estudo dos princípios que explicam regras de conduta consideradas 
como universalmente válidas. 
c) A ética, num sentido restrito, está preocupada na construção de um 
conjunto de prescrições destinadas a assegurar uma vida em comum justa 
e harmoniosa. 
d) A ética, num sentido restrito, diz respeito aos costumes, valores e 
normas de conduta específicas de uma sociedade ou cultura. 
e) A moral, num sentido restrito, está preocupada em detectar os princípios 
que regem a conduta humana. 
 
2 - (FESMIP-BA ± MPE-BA ± ANALISTA ± 2011) Examine as assertivas 
abaixo. 
 
,�� $VVLP� FRPR� D� SDODYUD� ³PRUDO´� YHP�GR� ODWLP� �mos, moris), a palavra 
³pWLFD´�YHP�GR�JUHJR��ethos) e ambas se referem a costumes, indicando as 
regras do comportamento, as diretrizes de conduta a serem seguidas. 
 
II. A moral social trata dos valores e das normas de conduta que são 
exigidas do indivíduo para realizar sua personalidade. 
 
III. As normas éticas são aquelas que prescrevem como o homem deve 
agir. 
 
IV. A norma ética possui, como uma de suas características, a 
impossibilidade de ser violada. 
 
Assinale a alternativa que contém as assertivas corretas. 
a) I e II. 
b) I e III. 
c) I e IV. 
d) II e III. 
e) II e IV. 
 
3 ± (CESPE - ANTAQ ± TODOS OS CARGOS ± 2014) A ética é a ciência do 
comportamento moral dos homens em sociedade. 
 
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4 ± (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) A ética ocupa-se, 
independentemente do contexto da ação, da melhor maneira de agir, 
garantindo os melhores resultados por meio dos princípios que sustentam 
uma justa ou correta atuação. 
 
5 ± (CESPE - TC-DF - TÉCNICO ± 2014) Os valores morais são 
historicamente construídos pelas sociedades, como forma de organizar a 
convivência e garantir, tanto quanto possível, o bem-estar do indivíduo 
consigo mesmo e em suas relações com as outras pessoas. 
 
6 ± (CESPE - DEPEN ± AGENTE - 2013) A ética refere-se a um conjunto de 
conhecimentos advindos da análise do comportamento humano e dos 
valores morais, enquanto a moral tem por base as regras, a cultura e os 
costumes seguidos ordinariamente pelo homem. 
 
7 - (ESAF ± TCU - AFC - 2002) A racionalização burocrática consolidou, 
entre os funcionários do Estado, a ética da convicção, traduzida pelo 
predomínio de uma visão tecnicista do processo legislativo; já entre os 
políticos prevalecia a ética das responsabilidades, mais afeita às 
negociações e soluções de compromisso entre demandas conflitantes. Isso 
dificultava as relações entre Executivo e Legislativo, gerando conflitos 
institucionais e paralisia decisória. 
 
8 - (ESAF ± TCU - AFC - 2002) O caráter racional-legal está diretamente 
relacionado à ética da convicção ou do valor absoluto. 
 
9 - (CESPE - INPI ± TODOS OS CARGOS ± 2013) O equilíbrio entre o 
objetivo e o orçamento previsto poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo na conduta do servidor público. 
 
10 - (CESPE - INPI ± TODOS OS CARGOS ± 2013) Entre os primados 
maiores, que devem nortear o servidor público no exercício da função, 
estão o decoro e a eficácia. 
 
11 - (CESPE - TJ-AC ± ANALISTA JUDICIÁRIO ± 2012) A conduta do 
servidor público, no exercício do cargo ou função, ou fora dele, deve 
orientar-se por valores como dignidade, decoro, zelo, eficácia e consciência 
dos princípios morais. 
 
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12 - (FCC ± ALESP ± CONHECIMENTOS GERAIS ± 2010) Ética é o conjunto 
de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um 
grupo social ou de uma sociedade. A respeito de ética, considere: 
I. A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios 
morais são primados maiores que devem nortear o servidor público. 
II. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do servidor 
público, é que poderá consolidar a moralidade do ato administrativo. 
III. A moralidade na Administração Pública se limita à distinção entre o bem 
e o mal, não devendo ser acrescida da ideia de que o fim é sempre o bem 
comum. 
IV. A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, 
se integra na vida particular de cada servidor público. 
V. O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade não 
deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio bem-estar, embora, 
como cidadão, seja parte integrante da sociedade. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I, II, e IV. 
b) I, III e IV. 
c) II, III e V. 
d) II, IV e V. 
e) III, IV e V. 
 
13 - (CESPE ± STM ± ANALISTA ± 2011) A ausência de publicidade nos atos 
administrativos enseja, necessariamente, comprometimento ético. 
 
14 - (FCC ± ALESP ± CONHECIMENTOS GERAIS ± 2010) Considere as 
seguintes afirmativas: 
 
O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens legais de seus 
superiores, velando atentamente por seu cumprimento, e, assim, evitando 
a conduta negligente 
 
PORQUE 
 
os repetidos erros, o descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, 
difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho 
da função pública. 
 
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É correto concluir que 
(a) as duas afirmativas são falsas. 
b) a primeira afirmativa é falsa e a segunda verdadeira. 
c) a primeira afirmativa é verdadeira e a segunda é falsa. 
d) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. 
e) as duas afirmativas são verdadeiras e a segunda não justifica a primeira. 
 
15 - (CESPE ± STM ± ANALISTA ± 2011) Os integrantes da comissão de 
ética deverão, durante o desempenho das atividades de membro da 
comissão, se afastar do exercício de outras funções. 
 
16 ± (FCC ± DNOCS ± AGENTE ADM ± 2010) No que concerne às Regras 
Deontológicas estabelecidas no Código de Ética Profissional do Servidor 
Público Civil do Poder Executivo Federal, é correto afirmar que 
a) o trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a comunidade 
deve ser entendido como obrigação, independentemente do seu próprio 
bem-estar, já que, como funcionário público, integrante do Poder 
Executivo, o êxito desse trabalho é requisito essencial à manutenção de 
seu cargo, não dizendo respeito ao seu patrimônio e a sua vida particular. 
b) a remuneração do servidor público é custeada pelos tributos pagos direta 
ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e por isso se exige, como 
contrapartida, que a moralidade administrativa se integre no Direito, sendo 
dissociável de sua aplicação e de sua finalidade. 
c) a moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o 
bem e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem 
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do 
servidor público, é que poderá consolidar a moralidade do ato 
administrativo. 
d) toda pessoa tem direito à verdade, sendo que o servidor poderá omiti-
la, caso seja contrária aos interesses da própria pessoa interessada ou da 
Administração Pública. Nenhum Estado pode crescer ou estabilizar-se sobre 
o poder corruptivo da opressão, que sempre aniquilam até mesmo a 
dignidade humana quanto mais a de uma Nação. 
e) deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução que 
compete ao setor em que exerça suas funções, permitindo a formação de 
longas filas, ou qualquer outra espécie de atraso na prestação do serviço, 
é comum e normal e, portanto, não causa dano moral aos usuários dos 
serviços públicos e nem mesmo configura atitude contra a ética ou ato de 
desumanidade. 
 
17 - (CESPE - ANVISA ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2007) Por meio do 
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exercício dos princípios e valores morais no trabalho, como ser probo, reto, 
leal e justo, entre outros, o servidor, além de desenvolver suas 
capacidades, habilidades e competências, projeta também seus valores 
éticos. 
 
18 - (CESPE - TJ-RR ± NÍVEL SUPERIOR ± 2012) O servidor público que age 
contra a injustiça, ainda que em prejuízo próprio, demonstra um 
comportamento ético. 
 
19 - (FCC ± MRE ± OFCHAN ± 2009) NÃO é considerada regra deontológica, 
dentre outras, destinada ao servidor público civil do Poder Executivo 
federal: 
a) A publicidade de todo e qualquer ato administrativo constitui requisito 
de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético 
contra o bem comum, imputável a quem a negar. 
b) O servidor deve prestar toda a atenção às ordens legais de seus 
superiores, velando por seu cumprimento e evitando conduta negligente, 
sendo que o descaso e o acúmulo de desvios revelam imprudência no 
desempenho funcional. 
c) Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator 
de desmoralização do serviço público, o que quase sempre conduz à 
desordem nas relações humanas. 
d) Toda pessoa tem direito à verdade, motivo pelo qual o servidor não pode 
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria pessoa 
interessada ou da Administração Pública. 
e) A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados ao serviço 
público caracterizam o esforço pela disciplina, sendo que tratar mal uma 
pessoa que paga seus tributos é causa de dano moral. 
 
20 - (CESPE - MMA ± ANALISTA AMBIENTAL II ± 2011) As disposições desse 
código não se restringem à conduta do servidor público no âmbito do local 
de trabalho e às funções precipuamente exercidas. Nesse código, também 
constam, entre as vedações que compreende, as que dizem respeito a 
servidor embriagar-se fora do serviço habitualmente e a ligar seu nome a 
empreendimentos de cunho duvidoso. 
 
21 - (CESPE - IBAMA ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2012) É dever do 
servidor público atuar em benefício da comunidade, sem levar em conta 
interesses particulares, seus ou dos cidadãos. 
 
22 - (CESPE - MPE-PI ± TÉCNICO MINISTERIAL ± 2012) Em cada órgão e 
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entidade da administração pública federal direta, indireta autárquica e 
fundacional, deverá ser criada uma comissão de ética, encarregada de 
orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento 
com as pessoas e com o patrimônio público. 
 
23 - (ESAF ± MPOG / EPPGG - 2009) No exercício da função, o servidor 
público civil do Poder Executivo Federal afronta o Código de Ética 
Profissional quando: 
a) diante de duas opções, escolhe sempre a melhor e a mais vantajosa para 
o bem comum. 
b) exige de seus superiores as providências cabíveis contra ato ou fato 
contrário ao interesse público de que lhes tenha dado ciência. 
c) representa contra superior hierárquico, no caso de comprometimento 
indevido da estrutura em que se funda o Poder Estatal. 
d)apresenta-se ao trabalho com vestimentas inadequadas. 
e) facilita a fiscalização, por quem de direito, de seus atos ou serviços. 
 
24 - (ESAF ± MPOG / EPPGG - 2005) De acordo com o Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal: 
I. a publicidade de qualquer ato administrativo constitui requisito de 
eficácia e moralidade, salvo nos casos em que a lei estabelecer o sigilo. 
II. atenta contra a ética o administrador que não adota as medidas 
necessárias a evitar a formação de longas filas na repartição pública. 
III. todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, 
preste serviços de natureza temporária, ainda que sem retribuição 
financeira, mas desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão 
do poder estatal, é considerado servidor público. 
IV. o servidor não deve deixar que simpatias ou antipatias influenciem os 
seus atos funcionais. 
V. incide em infração de natureza ética o servidor que deixar de utilizar os 
avanços técnicos e científicos ao seu alcance. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas I, III, IV e V. 
c) apenas as afirmativas I, II, III e IV. 
d) apenas as afirmativas III, IV e V. 
e) apenas as afirmativas I, III e IV. 
 
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25 - (ESAF ± MPOG / EPPGG - 2005) De acordo com o Código de Ética 
Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, são 
deveres fundamentais do servidor público: 
I. quando estiver diante de mais de uma opção, escolher aquela que melhor 
atenda aos interesses do governo. 
II. exigir de seus superiores hierárquicos as providências cabíveis relativas 
a ato ou fato contrário ao interessepúblico que tenha levado ao 
conhecimento deles. 
III. zelar pelas exigências específicas da defesa da vida e da segurança 
coletiva, quando no exercício do direito de greve. 
IV. materializar os princípios éticos mediante a adequada prestação dos 
serviços públicos. 
V. resistir às pressões ilegais ou aéticas e denunciá-las, mesmo que os 
interessados sejam seus superiores hierárquicos. 
Estão corretas: 
a) as afirmativas I, II, III, IV e V. 
b) apenas as afirmativas II, III, IV e V. 
c) apenas as afirmativas I, II e V. 
d) apenas as afirmativas I, IV e V. 
e) apenas as afirmativas I, III e IV. 
 
26 - (ESAF ± RFB / AFRF - 2003) De acordo com o Código de Ética 
3URILVVLRQDO� GR� 6HUYLGRU� 3~EOLFR� &LYLO� GR� 3RGHU� ([HFXWLYR� )HGHUDO�� ³D�
moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o bem 
e o mal, devendo ser acrescida da idéia de que o fim é sempre o bem 
comum. O equilíbrio entre a legalidade e a finalidade, na conduta do 
VHUYLGRU��p�TXH�SRGHUi�FRQVROLGDU�D�PRUDOLGDGH�GR�DWR�DGPLQLVWUDWLYR´��(VVH�
enunciado expressa: 
a) o sentido do princípio da legalidade na Administração Pública. 
b) que o estrito cumprimento da lei conduz à moralidade na Administração 
Pública. 
c) que o ato administrativo praticado de acordo com a lei não pode ser 
impugnado sob o aspecto da moralidade. 
d) que todo ato legal é também moral. 
e) um valor ético que deve nortear a prática dos atos administrativos. 
 
27 - (FCC ± DNOCS ± AGENTE ADM ± 2010) Com relação às Comissões de 
Ética dispostas no Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal, considere: 
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I. Em todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta, 
indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que 
exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma 
Comissão de Ética. 
II. Incumbe ao servidor fornecer seu registro da sua conduta ética para a 
Comissão de Ética, encarregada da execução do quadro de carreira dos 
servidores, para o efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos 
os demais procedimentos próprios da carreira do servidor público. 
III. A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a de 
censura e sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por 
todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. 
IV. Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por 
servidor público, exclusivamente, a pessoa que, por força de lei, preste 
serviços de natureza permanente condicionada ao recebimento de salário 
e esteja ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, 
como as autarquias e as fundações públicas. 
Está correto o que consta APENAS em 
a) I e III. 
b) I e II. 
c) II e III. 
d) II e IV. 
e) III e IV. 
 
28 - (CESPE - ANCINE ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2012) Embora toda 
pessoa tenha o direito à verdade, é facultado ao servidor público omiti-la, 
desde que o faça no interesse da própria pessoa ou da administração 
pública. 
 
29 ± (ESAF - CVM - ANALISTA ± 2010) O Decreto n. 1.171, de 22 de junho 
de 1994, aprovou o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do 
Poder Executivo Federal e, entre outras providências, determinou que os 
órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta 
constituíssem as respectivas Comissões de Ética. A respeito dos termos 
desse Código, assinale a opção incorreta. 
a) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, 
se integra na vida particular de cada servidor público. Assim, os fatos e 
atos verificados na conduta do dia a dia em sua vida privada poderão 
acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional. 
b) A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de Ética é a censura. 
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c) É vedado ao servidor iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite 
do atendimento em serviços públicos. 
d) É dever fundamental do servidor público abster-se, de forma absoluta, 
de exercer sua função, poder ou autoridade com finalidade estranha ao 
interesse público, mesmo que observando as formalidades legais e não 
cometendo qualquer violação expressa à lei. 
e) O Código de Ética elenca apenas deveres negativos do servidor público. 
 
30 - (ESAF - CGU - AFC ± 2004) Não têm a obrigação de constituir as 
comissões de ética previstas no Decreto nº 1.171/1994 (Código de Conduta 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal): 
a) as autarquias federais. 
b) as empresas públicas federais. 
c) as sociedades de economia mista. 
d) os órgãos do Poder Judiciário. 
e) os órgãos e entidades que exerçam atribuições delegadas pelo poder 
público. 
 
31 ± (ESAF ± MIN. TURISMO ± ANALISTA ± 2014) De acordo com o Código 
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, 
conforme Decreto n. 1.171/1994, é vedado ao servidor público, exceto: 
a) o uso do cargo ou função para obter qualquer favorecimento, para si ou 
para outrem. 
b) retardar qualquer prestação de contas, condição essencial da gestão dos 
bens, direitos e serviços da coletividade a seu cargo. 
c) permitir que perseguições, antipatias, ou interesses de ordem pessoal 
interfiram no trato com o público. 
d) adulterar o teor de documentos que deva encaminhar para providências. 
e) solicitar ao subordinado atendimento a interesse particular. 
 
32 ± (ESAF ± MIN. TURISMO ± ANALISTA ± 2014) As comissões de ética 
pública, dispostas no Decreto n. 1.171/1994, constituem-se de: 
I. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta. 
II. órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta. 
III. autarquias e fundações. 
IV. qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo 
poder público. 
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V. órgãos e entidades da Administração Pública e Poder Judiciário. 
Está correto o que se afirma em: 
a) I e II apenas. 
b) II e IV apenas. 
c) IV e V apenas. 
d) I, II, III e IV apenas. 
e) Todas estão corretas. 
 
33 ± (ESAF ± MIN. TURISMO ± ANALISTA ± 2014) De acordo com o Código 
de Ética, conforme Decreto n. 1.171, de 22 de junho de 1994, assinale a 
opção incorreta. 
a) A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos princípios 
morais devem nortear o servidor público, seja no exercício do cargo ou 
função, ou fora dele. 
b) A função pública deve ser tida como exercício profissional e, portanto, 
não se integra na vida particular de cada servidor público. 
c) A moralidade da Administração Pública não se limita à distinção entre o 
bem e o mal. 
d) Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente 
significa causar-lhe dano moral. 
e) A ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho é fator de 
desmoralização do serviço público. 
 
34 ± (ESAF ± MIN. TURISMO ± ANALISTA ± 2014) Julgue os itens a seguir 
e assinale a opção correta. 
I. A Comissão de Ética Pública será integrada por cinco brasileiros que 
preencham os requisitos de idoneidade moral e reputação ilibada e notória 
experiência, designados pelo Presidente da República, paramandatos de 
três anos, permitida uma única recondução. 
II. A atuação na Comissão de Ética Pública enseja remuneração para seus 
membros e os trabalhos nela desenvolvidos são considerados prestação de 
relevante serviço público. 
III. Compete à Comissão de Ética Pública apurar condutas em desacordo 
com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele 
submetidas. 
IV. A Comissão de Ética Pública contará com uma Secretaria-Executiva, 
vinculada à Casa Civil da Presidência da República, à qual competirá prestar 
o apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão. 
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V. À pessoa que esteja sendo investigada, é assegurado o direito de ter 
vista dos autos, no recinto das Comissões de Ética, somente após ter sido 
notificada da existência do procedimento investigatório. 
a) apenas I e IV estão corretos. 
b) apenas II, III e IV estão corretos. 
c) apenas III e IV estão corretos. 
d) apenas I, II e III estão corretos. 
e) Todos estão corretos. 
 
35 - (FCC - TRT - 1ª REGIÃO (RJ) - ANALISTA ± 2013) Quando se determina 
ao servidor público que ele exerça com zelo e dedicação as atribuições de 
seu cargo e atenda com presteza o público, está-se diante de: 
a) obrigação legal implícita, na medida em que são decorrentes da 
interpretação dos direitos e deveres dos servidores que constam na 
legislação vigente. 
b) deveres morais, que somente podem ser utilizados para punição 
disciplinar na hipótese de haver positivação da regra na unidade de 
classificação do servidor. 
c) recomendação disciplinar implícita, punível, na reiteração, com 
demissão. 
d) recomendação moral a todos os servidores públicos, não havendo 
possibilidade de punição disciplinar em decorrência do desatendimento, a 
não ser pela análise de desempenho. 
e) deveres legalmente expressos, de modo que o desatendimento 
possibilita a adoção de providências por parte da Administração pública. 
 
36 - (FCC - INSS ± PERITO ± 2012) Tratar com urbanidade as pessoas 
constitui: 
a) regra de trato social, mas cujo descumprimento impede o servidor de 
ocupar cargo de provimento em comissão. 
b) regra de trato social, cujo descumprimento não acarreta sanção 
administrativa para o servidor público. 
c) dever legal do servidor público, cuja violação sempre acarretará a pena 
de suspensão, mas não a de demissão. 
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d) dever legal do servidor público, cuja violação pode acarretar a pena de 
advertência. 
e) conduta irrelevante no serviço público, não constituindo seu 
descumprimento infração legal, nem de regra de trato social. 
 
37 - (FCC - INSS ± TÉCNICO DO SEGURO SOCIAL ± 2012) João, servidor 
público federal, é membro de Comissão de Ética de determinado órgão do 
Poder Executivo Federal e foi acusado do cometimento de infração de 
natureza ética. Nesta hipótese, a infração ética será apurada: 
a) pelo Ministério da Justiça. 
b) pelo Presidente da República. 
c) pelo Ministro Chefe da Casa Civil. 
d) pela Comissão de Ética Pública. 
e) pela própria Autarquia Federal a que está vinculado. 
 
38 - (FCC - INFRAERO ± ANALISTA ± 2011) João, servidor público civil do 
Poder Executivo Federal, retirou da repartição pública, sem estar 
legalmente autorizado, documento pertencente ao patrimônio público. Já 
Maria, também servidora pública civil do Poder Executivo Federal, deixou 
de utilizar avanços técnicos e científicos do seu conhecimento para 
atendimento do seu mister. Sobre os fatos narrados, é correto afirmar que: 
a) nenhuma das condutas narradas constitui vedação prevista no Código 
de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
b) apenas João cometeu conduta vedada pelo Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
c) apenas Maria cometeu conduta vedada pelo Código de Ética Profissional 
do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
d) ambos praticaram condutas vedadas pelo Código de Ética Profissional do 
Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal. 
e) João e Maria não estão sujeitos a Código de Ética; portanto, suas 
condutas, ainda que eventualmente irregulares, deverão ser apreciadas na 
seara própria. 
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39 - (FCC - DPE-SP ± ADMINISTRADOR ± 2010) O servidor público quando 
instado pela legislação a atuar de forma ética, não tem que decidir somente 
entre o que é legal e ilegal, mas, acima de tudo entre o que é: 
a) oportuno e inoportuno. 
b) conveniente e inconveniente. 
c) honesto e desonesto. 
d) público e privado. 
e) bom e ruim. 
 
40 - (FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) ± AUXILIAR JUDICIÁRIO ± 2006) O 
Auxiliar Judiciário de Serviços Gerais não está feliz. Nunca foi sua vontade 
exercer essa função, pois quer outros cargos e funções no Tribunal. Por isso 
não se empenha no que faz, realiza suas tarefas superficialmente e sempre 
procura fugir do trabalho mais pesado, alegando problemas de saúde. A 
atitude desse funcionário é: 
a) compreensível, pois desejar melhores funções é sempre positivo. 
b) normal, pois acredita que tudo na vida é transitório. 
c) eficiente, pois poderá despertar o interesse de seus superiores para uma 
promoção. 
d) leal, pois não gosta do que faz e demonstra publicamente seu 
desinteresse. 
e) errada, pois um de seus deveres é exercer com dedicação as atribuições 
de seu cargo. 
 
41 ± (CESPE - ANATEL - ANALISTA ± 2014) Toda ausência injustificada do 
servidor de seu local de trabalho é fator de desmoralização do serviço 
público, podendo conduzir à desordem nas relações humanas. 
 
42 ± (CESPE - CADE ± NÍVEL MÉDIO ± 2014) A divulgação dos valores 
insculpidos no Código de Ética é dever exclusivo da administração pública, 
não havendo obrigação do servidor público de fazê-la. 
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43 ± (CESPE - CNJ - TÉCNICO ± 2013) Estimular a observância do Código 
de Ética do Serviço Público é um dever de todo e qualquer servidor público. 
 
44 ± (CESPE - CADE ± NÍVEL MÉDIO ± 2014) A deterioração de bem público 
por descuido de servidor, embora seja socialmente condenável e passível 
de punição administrativa, não constitui falta ética. 
 
45 ± (CESPE - ANAC - TÉCNICO ± 2012) É dever do servidor público zelar 
pela economia do material e pela conservação do patrimônio público. 
 
46 ± (CESPE - CADE ± NÍVEL MÉDIO ± 2014) De acordo com as regras 
deontológicas estabelecidas no Código de Ética, a consolidação da 
moralidade do ato administrativo ocorrerá a partir do equilíbrio entre a 
legalidade e a finalidade. 
 
47 ± (CESPE - CADE ± NÍVEL MÉDIO ± 2014) O servidor público está 
autorizado a omitir a verdade se o interesse do Estado o exigir. 
 
48 ± (CESPE - MDIC - ANALISTA ± 2014) Em uma sociedade de economia 
mista que desenvolve atividade de prevalente interesse do Estado, 
determinado empregado falta ao trabalho frequentemente, sem 
justificativas. Nessa situação, a conduta do empregado constitui falta 
apenasem relação à Consolidação das Leis do Trabalho e ele não está 
sujeito ao Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo. 
 
49 ± (CESPE - ANATEL - ANALISTA ± 2014) É vedado ao servidor público 
manter-se habitualmente embriagado, ainda que fora do serviço. 
 
50 ± (CESPE - MDIC - ANALISTA ± 2014) Em uma repartição onde há 
atendimento ao público para fornecimento de certidões, a emissão de 
documentos foi interrompida em virtude de problemas técnicos, quando 
ainda havia tempo razoável de expediente de trabalho. Entretanto, um 
servidor público, sem buscar informações junto aos profissionais técnicos, 
exigiu que todos os cidadãos se retirassem das instalações do órgão e 
voltassem no dia seguinte, sem prestar qualquer informação sobre os 
motivos da decisão ou da interrupção do serviço. Nessa situação, o servidor 
público cometeu infração ética, uma vez que compete a ele informar aos 
usuários os motivos da paralisação do serviço, pois o aperfeiçoamento da 
comunicação e do contato com o público é um dever ético-funcional. 
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51 ± (CESPE - ANTAQ ± CONHECIMENTOS BÁSICOS ± 2014) A comissão 
de ética poderá aplicar ao servidor público que descumprir dever ético pena 
de advertência e, no caso de reincidência, censura ética, sendo necessário 
parecer assinado pelo presidente da comissão. 
 
52 - (CESPE - ANTAQ ± CONHECOMENTOS BÁSICOS ± 2014) É dever do 
servidor público respeitar a hierarquia, não podendo representar em 
hipótese alguma, contra qualquer comprometimento indevido da estrutura 
em que se funda o poder estatal. 
 
53 ± (CESPE - ANTAQ ± CONHECIMENTOS BÁSICOS ± 2014) Ser assíduo e 
frequente ao serviço não é um dos principais deveres do servidor público, 
caso este desempenhe bem e a tempo as atribuições do cargo, função ou 
emprego público de que seja titular. 
 
54 ± (CESPE - MDIC ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2014) O Decreto n. o 
1.171/1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal) impõe aos servidores públicos o dever de, em suas 
atividades, privilegiar a perfeição em detrimento da rapidez. 
 
55 ± (CESPE - MTE - CONTADOR ± 2014) No que tange aos princípios 
morais, o Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder 
Executivo Federal trata dos primados da dignidade e da consciência como 
normas hierarquicamente superiores aos primados da eficácia e do zelo, 
visto que estes representam princípios técnicos de caráter secundário. 
 
56 ± (CESPE ± PF ± NÍVEL SUPERIOR ± 2014) De acordo com o Código de 
Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal, 
tratar mal um cidadão significa causar-lhe dano moral. 
 
57 ± (CESPE ± PF - AGENTE ± 2014) Ocorrerá desvio ético na conduta de 
servidor público que se recuse a utilizar um eficiente sistema de gestão de 
almoxarifado, sob a alegação de maior confiabilidade do seu controle 
manual de entrada e saída de materiais. 
 
58 ± (CESPE ± PF - AGENTE ± 2014) Se uma autoridade administrativa 
proibir o uso de bermudas ou shorts nas dependências de determinada 
repartição pública e essa vedação causar indignação entre seus 
subordinados, constatar-se-ão, nessa hipótese, indícios de desvio ético na 
conduta do gestor. 
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59 - (CESPE - INPI ± TODOS OS CARGOS ± 2013) A função pública está 
relacionada ao exercício profissional e, portanto, não se integra à vida 
particular de cada servidor público. 
 
60 - (CESPE - MTE - ADMINISTRADOR ± 2008) As ordens de superiores 
hierárquicos devem ser sempre atendidas, sem questionamento, em 
respeito à hierarquia nas relações de trabalho. 
 
61 - (CESPE - PRF ± TODOS OS CARGOS ± 2012) A moralidade da 
administração pública norteia-se pela distinção entre o bem e o mal e pela 
noção de que sua finalidade é o bem comum. 
 
62 - (CESPE - MPU ± TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO - SEGURANÇA ± 
2010) Os códigos de ética expressam a filosofia de ação profissional, o que 
confere verdadeiro sentido à profissão. 
 
63 - (CESPE - MEC ± TODOS OS CARGOS ± 2011) Para fins de aplicação do 
Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo 
Federal, entende-se por funcionário público somente o servidor efetivo ou 
comissionado vinculado à administração pública direta. 
 
64 - (CESPE - 2007 - ANVISA ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2007) O 
servidor público jamais pode desprezar o elemento ético de sua conduta, 
embora, em algumas situações, tenha de decidir entre o que é legal e ilegal. 
 
65 - (CESPE - PRF ± AGENTE ADMINISTRATIVO ± 2012) Veda-se ao 
servidor público a participação em movimentos político-partidários, dado o 
caráter apolítico do serviço público. 
 
66 - (CESPE - ANAC ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2012) A alteração do 
teor de documentos é falta ética grave, caso ocorra sem autorização legal 
anterior. 
 
67 - (CESPE - TCU ± AUDITOR FEDERAL DE CONTROLE EXTERNO ± 
AUDITORIA DE OBRAS PÚBLICAS ± 2011) A recusa sistemática do servidor 
em participar de programas de atualização profissional promovidos pelo 
próprio TCU, incluindo-se os ministrados por outras instituições, à falta de 
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justificativas plausíveis, fere o Código de Ética, configurando 
descumprimento de dever funcional. 
 
68 - (CESPE - IBAMA ± TÉCNICO ADMINISTRATIVO ± 2012) Uma psicóloga, 
funcionária concursada e contratada em um órgão público, que, após 
atender uma servidora do órgão, sugerir que essa servidora faça 
acompanhamento terapêutico em seu consultório particular, por achar que 
atender nas dependências do órgão é impróprio, estará agindo de maneira 
ética, já que se prontifica a ajudar a servidora. 
 
69 - (CESPE - TRE-RJ ± TÉCNICO JUDICIÁRIO ± OPERAÇÃO DE 
COMPUTADOR ± 2012) O servidor público pode subverter e (ou) 
desconsiderar a hierarquia entre cargos em situações em que sejam 
comprometidos o seu bem-estar e o efetivo exercício de suas atividades. 
 
70 - (CESPE - MPE-PI ± TÉCNICO MINISTERIAL ± 2012) A pena aplicável 
ao servidor público por uma comissão de ética poderá ser a de censura e, 
possivelmente, a de demissão, sendo que sua fundamentação deverá 
constar do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com 
ciência do servidor. 
 
71 - (CESPE - MPE-PI ± TÉCNICO MINISTERIAL ± 2012) É vedado ao 
servidor público, ainda que imbuído do espírito de solidariedade, ser 
conivente com erro ou infração a qualquer norma do referido código. 
 
72 - (CESPE - EBC ± TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO ± 2011) Fatos e atos 
relativos à conduta do servidor no dia a dia de sua vida privada não podem 
ser considerados para acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida 
funcional, em razão de terem ocorrido ou sido praticados fora do local de 
trabalho. 
 
73 - (CESPE - EBC ± TÉCNICO - ADMINISTRAÇÃO ± 2011) O servidor que, 
por desconhecimento das atualizações legais, pratica ato de acordo com 
normas e legislações já alteradas não age em desacordo com o referido 
código de ética. 
 
74 - (CESPE - MS ± TÉCNICO DE CONTABILIDADE ± 2010) A pena aplicável 
ao servidor público pela comissão de ética é a de censura e sua 
fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus 
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integrantes, com ciência do faltoso. 
 
75 - (CESPE - ABIN ± OFICIAL DE INTELIGÊNCIA ± 2008) Salvo os casos 
de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior do 
Estado e da administração pública, a serem preservados em processo 
previamente declarado sigiloso, nos termos da lei, a publicidade de 
qualquer ato administrativo constitui requisito de eficácia e moralidade, 
ensejando sua omissão um comprometimento ético contra o bem comum, 
imputável a quem a negar. 
 
76 - (CESPE - ABIN ± AGENTE DE INTELIGÊNCIA ± 2008) Os fatos e atos 
verificados na conduta do dia-a-dia do servidor em sua vida privada 
poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional, 
podendo caracterizar, inclusive, violação ao Código de Ética, o que será 
passível de censura. 
 
 
 
Gabarito 
 
1. A 
2. B 
3. C 
4. E 
5. C 
6. C 
7. E 
8. E 
9. E 
10. C 
11. C 
12. A 
13. E 
14. D 
15. E 
16. C 
17. C 
18. C 
19. A 
20. C 
21. C 
22. C 
23. D 
24. A 
25. B 
26. E 
27. A 
28. E 
29. E 
30. D 
31. B 
32. D 
33. B 
34. C 
35. E 
36. D 
37. D 
38. D 
39. C 
40. E 
41. C 
42. E 
43. C 
44. E 
45. C 
46. C 
47. E 
48. E 
49. C 
50. C 
51. E 
52. E 
53. E 
54. E 
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55. E 
56. C 
57. C 
58. E 
59. E 
60. E 
61. C 
62. C 
63. E 
64. C 
65. E 
66. E 
67. C 
68. E 
69. E 
70. E 
71. E 
72. E 
73. E 
74. C 
75. C 
76. C 
 
 
 
 
Bibliografia 
Azambuja, D. (2008). Introdução à Ciência Política. São Paulo: Globo. 
Carneiro, J. G. (Jul-Set de 1998). O aprimoramento da conduta ética no 
serviço público federal. Revista do Serviço Público, v.1(n.1). 
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Gaspardo, M. (2009). O Parlamento e o Controle do Poder Político. São 
Paulo: Universidade de São Paulo. 
Khair, A., Afonso, J., & Oliveira, W. (2006). Lei de Responsabilidade Fiscal: 
os avanços e os aperfeiçoamentos necessários. In: M. Mendes, Gasto 
Público Eficiente: 91 propostas para o desenvolvimento do Brasil (pp. 
275-318). Rio de Janeiro: Topbooks. 
Limongi, F. (Nov de 2006). A Democracia no Brasil: Presidencialismo, 
coalizão partidária e processo decisório. Novos Estudos, 17-41. 
Magalhães, J. F. (2005). Ciência Política. Brasília: Vestcon. 
Valls, Á. L. (2008). O que é ética (9° Ed. ed.). São Paulo: Brasiliense. 
 
 
 
 
 
 
 
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