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EDUCAÇÃO FÍSICA NAS UNIDADES E PROGRAMAS DE SAÚDE Aula 1: Conceito de educação e saúde Dia 1 Atividades diárias: Ele inicia seu dia, caminha na praça próxima à sua residência durante 50 minutos, vai para o trabalho, encontra os amigos após o expediente e retorna à sua casa no final do dia. Dia 2 Atividades diárias: Ele teve uma noite de insônia, corre perto de casa por 1h, está cheio de trabalho, não conseguiu sair para almoçar, por isso. Para Serge e Ferraz (1997, p. 539) a definição da OMS é irreal porque, aludindo ao “perfeito bem-estar”, coloca uma utopia. O que é “perfeito bem-estar?” É por acaso possível caracterizar-se a “perfeição”? Não restam dúvidas de que não devemos nos prender a considerações radicalizantes, ou com tendência positivista dos conceitos de saúde. É importante mantermos uma visão ampliada do tema. Vamos discutir agora o conceito de educação em saúde e promoção da saúde. Para isso, podemos recorrer a duas das definições operacionais mais amplamente aceitas por especialistas que atuam nessas áreas, ambas propostas por Green e Kreuter (1991): Acesse o artigo em: http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v31n2/2249.pdf Aula 2: Estudo das Cartas da Promoção da Saúde Introdução Durante a década de 60, dois acontecimentos estabeleceram as bases para importantes movimentos de convergência na conformação de um novo paradigma em relação à saúde (até então com orientação centrada no controle da enfermidade): Novos fundamentos da saúde Os novos fundamentos se estabelecem no conceito de "campo da saúde" e introduzem os chamados "determinantes de saúde", baseados em quatros amplos componentes: Realizada em Ottawa, Canadá, em novembro de 1986: • Focalizou, principalmente, as necessidades de saúde nos países industrializados, embora tenham levado em conta necessidades semelhantes de outras regiões do globo. • Definiu “promoção da saúde” como o processo de capacitação da comunidade para atuar na melhoria de sua qualidade de vida e saúde, incluindo uma maior participação no controle deste processo: empowerment. • A escolha do estilo de vida dependia da classe social. • Dois novos conceitos: política pública saudável e o de cidade ou comunidade saudável. • Estabeleceu como pré-requisitos para a saúde: • Paz; • Habitação; • Educação; • Alimentação; • Renda; • Ecossistema estável; • Recursos sustentáveis; • Justiça social e equidade. • Pressupôs a intersetorialidade: a promoção está além do setor da saúde. Enfatiza a atribuição da promoção de fazer com que todos os setores assumam a saúde como meta. • Estabeleceu ao setor sanitário um papel mediador. • A participação ativa da população foi destacada como um meio essencial para operacionalizar a promoção de saúde. • Reordenação dos serviços de saúde. É uma nova maneira de interpretar as necessidades e ações de saúde, não mais numa perspectiva unicamente biológica, mecanicista, individual, específica, mas numa perspectiva contextual, histórica, coletiva, ampla. Aula 3: Estudo da Educação Popular e práticas de cuidado humanizado Aula 4: Promoção da Saúde e Qualidade de Vida Aula 5: Saúde, meio ambiente e sociedade Se considerarmos que a definição de saúde mais difundida é a encontrada no preâmbulo da Constituição da Organização Mundial da Saúde – “estado de completo bem-estar físico, mental e social” –, devemos estudar suas relações com processos biológicos, ecológicos, culturais, econômicos, sociais e ambientais. A seguir, podemos visualizar fatores que podem afetar a saúde humana: Saúde e sociedade Devido às transformações na sociedade que vimos até agora nesta aula, novas doenças passaram a existir e consequentemente tornou-se necessário que o governo pensasse em medidas de prevenção para esses novos cenários. Sendo assim, é necessário o conhecimento de estudos epidemiológicos. Você sabe o que é Epidemiologia? “Ciência que estuda o processo-saúde-doença em coletividades humanas, analisando a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde”. (PITANGA, 2007) Distribuição e fatores determinantes das enfermidades Para entendermos a distribuição e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, devemos estudar as medidas de ocorrência (ou frequência) e as medidas de associação. Estas irão fornecer dados para a análise e determinação do planejamento em saúde pública, mostrando evidências necessárias para a tomada de decisão. Medidas de ocorrência (ou frequência) Representam o momento quantitativo da epidemiologia descritiva (inicia a investigação do fenômeno de saúde em evidência). Descrevem o estado de saúde das populações, de modo a identificar os grupos mais afetados e traçar seu perfil em saúde (MACHADO, 2006). São elas: • Mortalidade: A taxa de mortalidade (ou coeficiente de mortalidade) é um dado demográfico do número de óbitos, geralmente para cada mil habitantes em uma dada região em um período de tempo. • Morbidade: Indicador estatístico epidemiológico que define as relações normais e anormais de ocorrência de uma doença em uma determinada população, estabelecido pelos coeficientes de incidência e prevalência, aferindo o comportamento de uma doença em um grupamento populacional. • Prevalência: Quantifica a proporção de indivíduos que têm a doença em um instante específico do tempo, em determinado grupo populacional. É calculada dividindo-se o número de casos existentes da doença pela população total a um dado instante do tempo. • Incidência: Quantifica o número de novos casos da doença desenvolvidos pela população de indivíduos sob risco, durante um intervalo específico de tempo. É calculada dividindo-se o número de casos em certo período de tempo pelo número de pessoas expostas no referido período. Medidas de Associação Quantificam a relação entre uma dada exposição e uma consequência. São elas: • Risco Relativo: Estima a magnitude da associação entre exposição e doença e indica a probabilidade de desenvolvimento da doença no grupo exposto, relativo ao grupo de não expostos. Calcula-se dividindo a incidência da doença no grupo exposto pela incidência no grupo não exposto. • Odds Ratio: É calculado pela razão da diferença da exposição entre os casos para aquelas entre os controles. Utilizada nos estudos de caso-controle, onde os participantes são selecionados sob as bases da doença, normalmente não sendo possível calcular as taxas de desenvolvimento da doença dada a presença ou ausência da exposição. • Risco atribuível: É a parcela do risco a que está exposto um grupo da população, atribuível exclusivamente ao fator estudado. Resulta da subtração dos coeficientes de incidência entre os expostos. Estudos epidemiológicos Para se conhecer melhor a saúde de uma população, os fatores que a determinam, a evolução do processo da doença e o impacto das ações propostas para alterar o seu curso, a Ciência desenvolveuvárias maneiras de investigação e abordagem. Dentre eles, os estudos epidemiológicos analíticos, que são utilizados para estudar questões científicas (hipóteses) de causa/efeito: se uma suposta exposição leva a uma dada doença.
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