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Clínica de Pequenos animais 3 ª Prova – Sistema Digestório, Hepático, Pancreático e Endócrino
Intestino Delgado
Relembrando a anatomia o intestino delgado é dividido e:
- duodeno (é a primeira porção)
- jejuno (é a porção maior) 
 - íleo (é a junção entre o intestino delgado é o grosso)
As principais funções são de barreira e superfície de absorção. Na mucosa do intestino tem as vilosidades (como se fosse dobras para dentro do intestino, na muscular) e nas dobras tem vilosidades que são chamadas de criptas. 
A primeira parte do intestino serve para a digestão enzimática, o jejuno e o ílio digestão de nutrientes além de exclusão de antígeno e bactérias maléficas principalmente por causas daqueles surtos explicados na primeira aula, e na eliminação dos detritos no final da digestão. 
 
A motilidade intestinal é composta por dois tipos de movimentos, as contrações segmentares que serve para misturar os nutrientes do intestino e os movimentos peristálticos que serve para propelir a ingesta para o final do tubo digestivo.
A reabsorção de água, esta relacionada com a absorção de Na, glicose e aminoácidos, a reidratação oral no caso, serve também quando chega no intestino ele vai absorver água, sódio e glicose. 
Concentração de bicarbonato, em diarreia o animal pode ter acidose porque tem muito bicarbonato sendo liberado no intestino delgado, principalmente para alcalinizar, então quanto mais bicarbonato ele liberar para alcalinizar, e se o animal diarreico ele vai liberar bicarbonato e o animal vai defecar esse bicarbonato e o animal vai ficar acidotico. Então as diarreias do intestino delgado da primeira porção geralmente levam o animal à acidose metabólica. 
Flora bacteriana passa do duodeno até o cólon, ela geralmente é composta por bactérias benéficas, elas ajudam na motilidade intestinal, se tiver mais microbiota maléfica essa motilidade intestinal pode ser um pouquinho aumentada pode dar cólica (contração), depende da disponibilidade de substrato da alimentação e um controle das secreções bacteriostáticas e bactericidas. Existe também os tecidos linfóide associado à mucosa que são as placas de Peyer para a exclusão e depuração de antígenos. Então lá na mucosa do intestino existem pequenas placas brancas identificadas no histopatológico ao olho nu também dá para ver algumas placas quando está bem ativo, essas placas então servem para exclusão e depuração de antígenos, tecido de defesa.
Mecanismos da doença intestinal, vai acometer com distúrbios luminais dentro intestino, além de atrofia da vilosidade causando uma disfunção dos enterócitos que são as células ativas do intestino por causa de lesão da membrana do microvilo ou lesão da borda em escova que é aquela borda de absorção. Tem a ruptura da barreira mucosa que dão as ulceras, hipersensibilidade alimentar e inflamação da mucosa com casos de infecção, isquemia, trauma, toxina e neoplasias. Essas são os principais mecanismos de doenças intestinal.
A diarreia, é um sinal cardinal do mau funcionamento do intestino delgado, é o aumento na frequência de defecação, aumento da fluidez, aumento da concentração de água e de volume das fezes. Por causa de diarreia existe uma perda de fluidos isotônicos (desidratação isotônica) e o animal perde Na, Cl, K, ânions inorgânicos, existe uma redução do volume circulante, este animal está em hipovolemia, além da ativação do sistema renina-angiostensina – piora a perda de K principalmente para repor a volemia, e esse animal pode entrar em acidose metabólica leve e hipocalemia.
As diarreias são classificadas em:
- osmótica (má absorção)
- secretória
- exsudativa (por permeabilidade)
- dismotilidade
- mista (associando dois ou mais dessas classificações).
As diarreias osmóticas por má absorção, ela geralmente está presente nas enterites virais e enterites crônicas, são chamadas de doença da mucosa e submucosa (causa lesões na mucosa e submucosa) que impede a absorção de substâncias que são muito osmóticas, essas substâncias ficam na luz, ficam na ingesta e reduz reabsorção do sódio e água que ficam presos nas substancias que são mais osmóticas e traz um pouco mais de substância do vaso para a parede da luz e reduz reabsorção de carboidratos, aumenta a osmolaridade (pela não absorção de água) e as fezes ficam com o pH ácido, com alimentos não digeridos. 
Geralmente as diarreias secretórias está presente em enterites alimentares (alimentos estragados que contem toxinas), nesse caso as enterotoxinas bacterianas e a própria secreção fluidos intestinais onde vai acontecer pouca lesão tecidual e terá um mal funcionamento do intestino, quando essa secreção de fluido é aumentada ocorre uma desidratação grave com perda fluidos e íons, e esse animal também entra em um quadro de acidose metabólica.
As diarreias exsudativas estão presentes em enterites virais e hemorrágicas, que também ocorre uma lesão da mucosa intestinal com inflamação, perda de água, eletrólitos, proteínas, sangue, nesse caso não há alimentos digeridos, então essa diarreia é liquida mesmo somente água e pode vim sangue diarreias hemorrágicas, não tem nada de gradil de osmolaridade, e também alterações dos mecanismos de transporte de Na. 
E as diarreias por dismotilidade é pouco comum, e mediada por fármacos pró-cinéticos que aumentam o trânsito do intestino. A maioria das diarreias em animais concorre com redução da motilidade. Medicamentos para redução da motilidade como os anticolinérgicos e antidiarreico são contraindicados nesses casos pois faz mais estase no intestino. 
Na abordagem diagnóstica é perguntado para o proprietário para caracterizar os sinais clínicos dessa diarreia coloração, odor, se tem muco, se tem sangue, qual a consistência dessas fezes, qual a qual a frequência de defecação diária, qual o ambiente, a natureza e a gravidade dessas lesões, se já tem história pregressa, se isso é recorrente ou é a primeira vez, se o animal é vacinado ou não.
O sinais clínicos, é avaliado através de todos os critérios, condição física do animal se é caquético ou não, se tem apetite normal ou se tem hiporexia, se tem sede ou não, se apresenta halitose pois pode ser um achado de IR, vômito, desconforto ou dor abdominal, ascite ou edema pois em casos dessas diarreias o animal perde muita proteína no caso muita albumina por não absorção. No exame físico, vamos avaliar a hidratação, orofaringe para identificar se tem corpo estranho ou não, realizar a palpação abdominal, auscultação abdominal, fazer exame retal e aferir a temperatura retal desse animal. 
Nos exames complementares, pode ser solicitado o exame coproparasitológico, imunoensaios fecais testes rápidos cinomose, parvovirose (snap testes), hemograma, hemogasometria para identificar se o animal está com acidose, qual a perda de eletrólitos para corrigir na fluidoterapia, bioquímica sérica (sódio e potássio, albumina e globulina, enzimas hepáticas), fazer endoscopia e coletar amostra para biopsia, ultrassonografia principalmente em casos de corpos estranhos, saber o tamanho e radiografias. 
De considerações terapêuticas, de tratamento basicamente vamos fazer fluidoterapia intravenosa e sempre corrigindo com o fluido que o animal necessita, podendo ser utilizado o ringer com lactato ou fisiológico 0,9%, reposição de potássio, reposição de glicose por que em animais filhotes com diarreia eles tem tendência a hipoglicemia. 
Enterites virais agudas em cães principalmente em cinomose, parvovirose e coronavirus eles têm lesões variáveis na mucosa intestinal, no caso de parvovirus ele vai lesionar as criptas dos vilos, o coronavirus vai lesionar mais o corpo do vilos, enquanto a cinomose ela tem atuação nas placas de defesa. Nos gatos ocorre na panleucopenia, coronavirus, FIV e FeLV, ocorre também lesão variável na mucosa intestinal em alguns casos eles colonizam uma parte e não outra, existe exsudação, má absorção e secreção que são três características da diarreia por vírus. Esse animal pode apresentar hemorragia e hipoproteinemia e predispõem
a infecções bacterianas secundárias e o animal pode entrar em sepse devido a deficiência de barreira.
Os sinais clínicos, no início geralmente é agudo então logo após a infecção de 3 até 7 dias, essa diarreia pode ser sanguinolenta principalmente em parvovirose, o animal pode presentar ou não vômitos em casos graves o animal apresenta, no pico da viremia apresenta febre, desidratação devido a perda de água e eletrólitos, anorexia e depressão.
O diagnóstico vamos associar a epidemiologia, se esse animal não é vacinado, se ele é filhote, se ele teve algum contato com animal doente, se estiver defecando sangue podem suspeitar que o animal possa ter parvovirose, animais imunossuprimidos que estejam passando por quimioterapias, animais idosos. Podemos associar também pela detecção do vírus nas fezes com aqueles testes rápidos para parvovirus e cinomose que são os principais ELISA, no leucograma pode ser variável pois alguns animais pode não apresentar leucopenia por linfopenia e neutropenia, mais a maioria principalmente diagnosticado com parvovirose vai encontrar esse tipo de achado laboratorial, a não ser que tenha uma infecção bacteriana muito alta que aumentam um pouco os leucócitos, mais sempre eles vão ser leucopênicos por linfopenia. 
O tratamento é feito a correção da desidratação, da hipocalemia vamos aferir a quantidade necessária para repor com a fluiterapia, e corrigir e da hipoglicemia. Entrar com o uso de antibióticos para evitar o aparecimento de doenças secundárias, é um tratamento profilático muitas vezes quando pegamos um animal em um estado muito grave ela já entra como uma medida terapêutica, usamos antibióticos para bactérias aeróbios e anaeróbios que são principalmente associados a penicilinas e cefalosporinas com aminoglicosídeos e quinolonas mais o metronidazol. A transfusão de plasma pode ser indicada principalmente quando esse animal tem hipoproteinemia, então fazemos uma reposição de proteína pelo plasma e esse plasma for de um animal que estava vacinado e bem de saúde ele pode passar também parte da imunidade passiva, apesar dessas imunoglobulinas serem degradadas muito rápidas, então quando for feito de forma rápida a colheita e a transfusão no animal, consegue transferir imunidade passiva ao animal. 
O prognóstico é reservado a favorável dependendo do quadro que o animal apresenta, ele é reversado principalmente em animais de raça (Pinsher e Doberman são muito susceptíveis a parvorvirose e são muito raros conseguir se salvar e em outras raça é mais tranquilo), se o filhote tem uma hipoglicemia contaste e não conseguimos controlar o prognostico e desfavorável, o animal que apresenta hipoproteinemia também tem prognostico desfavorável, se o animal tem anemia temos que avaliar se faz ou não a transfusão pois em muitos casos que a anemia é grave ela é desfavorável, esses animais podem apresentar intussuscepção devido o aumento da motilidade do intestino, e em infecções secundarias bacterianas ou virais o animal pode entrar em sepse e vir ao óbito. A prevenção é feita através da vacinação das doenças que tem vacinação e com o controle ambiental para diminuir a carga do vírus no ambiente com o uso de desinfetantes destinado para cada vírus. 
Enterites parasitárias os principais parasitas do intestino é Ancylostoma spp., Toxocara canis e T. cati., Dipylidium spp., Isospora spp. e a Giardia duodenalis. Ancylostoma causa uma anemia mais grave pois possui dentes, se adapta a mucosa e ingere as substâncias da mucosa e o animal pode ficar com hipoproteinemia, os outros são parasitas do intestino mesmo não causa problemas mais grave.
Os sinais clínicos, os animais podem apresentar diarreia com ou sem verme quando tem uma grande quantidade, perda de peso, pelagem sem brilho, abdômen abaulado podendo ser por causa de ascite, pode causar ocasionalmente obstrução e perfuração intestinal principalmente quando há muita presença de verme, podendo ter isquemia e necrose com isso tendo a perfuração, vômito com ou sem verme quando tem uma grande quantidade, baixo crescimento, mucosas hipocoradas devido anemia. 
Os sinais clínicos de Dipylidium caninum, eles podem ter além dos outros sinais apresentados podem ter proglotes na área perineal e nas fezes visíveis e o animal tem muito incomodo a região fica avermelhada e eles arrastam o ânus no chão, diarréia e perda de peso. 
O ciclo do Ancylostoma spp vocês não precisam saber por que não vai cair na prova. Eles vão ingerir a larva, e a larva passa pelos pulmões então o animal ingere novamente (ciclo pulmonar) no intestino ele vai desenvolver e soltar os ovos e pode passar por via mamaria e placentária também. 
O ciclo da Giardia duodenalis o animal vai ingerir o cisto da Giardia spp. que soltou nas fezes por alimentos, água contaminada ou até contato direto de animal com animal. É uma zoonose, e quando um animal for positivo temos que avisar o proprietário e pedir para ele procurar um médico ou fazer a vermifugação dele em casa, acomete pessoas imunossuprimidas principalmente crianças e idosos, pessoas que estejam passando por quimioterapia. Os veterinários também devem ter cuidado ao ter contato com esses animais. 
O diagnóstico, é feito por exame coproparasitológico, para giardíase ela tem excreção intermitente (oculto) como eu falei lá na primeira aula, é feito três exames de flotação em sulfato de zinco durante cinco a sete dias, isso daqui ninguém entende, ninguém sabe, então sempre que o animal com diagnóstico de giardíase vamos fazer o exame coproparasitológico sempre vai ser negativo, repetir dois a três dias depois, e repetir depois dessa segunda repetição outra vez, três vezes pois pode ser que pegamos lá na terceira ou pode ser que não pegamos em nenhuma das três. 
O tratamento para filhotes é feito a desverminação a cada quinze dias até três meses, e mensal dos três até os seis meses de idade, depois dos seis meses vamos fazer a cada três ou quatros meses dependendo do desafio do animal em relação a animais que moram em fazendas, convivem com mais animais, ou animais que moram em apartamentos. Para Ancilostomíase, Toxacara e Dipylidium vamos fazer o controle de pulgas e a utilização de praziquantel, pirantel e febantel, a maioria dos vermífugos possui essa associação. E na giardíase vamos utilizar praziquantel, pirantel e febantel por três dias sequenciadas durantes quinze dias e mais três dias sequenciadas, esse tratamento com vermífugo demora para fazer efeito e pode causar diarreia recorrente no animal, então eu prefiro fazer um tratamento com metronidazol e sulfadimetoxina de cinco a sete dias, e no segundo dia com a sulfa o animal não apresenta mais diarreia porem o tratamento deve continuar por cinco a sete dias, também tema a associação de metronidazol e fembendazol por cinco dias. 
As enterites fúngicas a principal e a pitiose causada por Phytium insidiosum, essa pitiose causa grânulos no intestino e é possível palpar essas massas abdominais, esses grânulos vai impedir, vai fazer uma barreira na luz intestinal e vai causar um espessamento na parede intestinal, esse animal começa a não absorver nada e o intestino fica cheio de massa, é uma doença bem triste, com tratamento complicado e geralmente tem-se que fazer a eutanásia desses animais, é rara, só não é muito comum pois muitos não diagnostica. Ela é causada pela ingestão de água contaminada, esse animal vai apresentar diarréia crônica intratável, vômito, anorexia e perda de peso constante, muita dor abdominal, massas abdominais palpáveis, espessamento da parede intestinal. 
O diagnóstico é feito por histopatológico e pode ser feito uma biopsia, geralmente já de achados de necropsia pois o animal vem ao óbito muito rápido, podemos fazer cultivo e posterior indução da zoosporogênese mais demora muito esse tipo de diagnóstico, PCR mais também demora muito, note que as técnicas para o diagnóstico dessa doença são muito avançadas, são técnicas que demoram no mínimo de cinco até quinze dias para ficarem prontas e nesse período os animais podem
vir ao óbito. Nas radiografias contratadas podemos ver a mucosa pregueada, abaulada, como se tivesse nódulos dentro do intestino, com nódulos bem pequenos. 
O tratamento é feito com anfotericina B, cetoconazol, miconazol, fluconazol e itraconazol, além dos compostos iodínicos como iodeto de potássio, porém todos esses são ineficientes, não tem ação muito eficiente e não ser que seja no começo da doença, podem retirar a porção que está acometida com cirurgia se for pequena associada como tratamento de antifúngicos e imunoterapia vacina (Pitium Vac) que podemos aumentar a imunidade desse animal, porém o prognostico é ruim até depois da cirurgia por que ele sempre tem recidivas, ai geralmente é feita a eutanásia desses animais. 
Enterite alimentar, o animal que tem indiscrição alimentar que come qualquer coisa, ingestão de alimentos deteriorados que tem toxinas. A patogenia, sobrecarga osmótica então tem a sobrecarga osmótica dentro da luz do vaso ele vai puxar liquido e vai acumular o liquido e não vai deixar os enterócitos absorver o liquido por causa do gradiente de osmolaridade, as toxinas bacterianas pré-formadas também vão agir e ajudar na formação da diarreia, e esse animal vai apresentar vômito e diarreia aguda. 
O diagnóstico, com o relato da ingestão pelo proprietário se revirou o lixo, se comeu comida contaminada, e é feita a exclusão de diagnósticos diferencias quando não se tem muito o que saber se é ou se não é, e o diagnóstico terapêutico quando não se tem certeza do que é.
O tratamento é feito com fluidoterapia corrigindo a perda desse animal, antieméticos para evitar o vômito, antibioticoterapia profilática em alguns casos não é indicados mais mesmo assim é prescrito, pois nesse caso quando se tem um ambiente muito adverso as bactérias maléficas crescem mais que as benéficas assim podem predispor um ambiente para infecção secundarias, adsorventes carvão ativado, reintrodução de dieta leve aos poucos. 
As obstruções agudas intestinais, elas podem ser causadas por corpos estranhos pode ser redondo, abaulado e pode ser linear (o intestino fica todo pregueado por que a linha vai passando e o intestino forma pregas para acompanhar o formato da linha, na ultrassonografia parece uma couve flor), intussuscepção por aumento de motilidade, ou por lesões constritoras (vólvulo ou hérnias), tumores. 
Em todos em casos de qualquer corpo estranho na luz intestinal vai ter um aumento da pressão intraluminal, principalmente no caso de liberação de compostos e de líquido nessa luz, quando tem um objeto causando uma intussuscepção a região cranial omde fica as lesões que aumenta a quantidade de líquido que vai ocorrer a congestão e comprometimento da irrigação e essas partes vai começar a ter isquemia e necrose, aumento da permeabilidade intestinal, as bactérias que estão ali proliferando elas podem já entrar nos vasos sanguíneos e entrar até no abdômen causando uma bacteremia e peritonite, extravasamento de líquido e proteínas para o lúmen e também para o abdômen. 
Os sinais clínicos, o animal apresenta dor abdominal, se a obstrução for mais proximal o animal apresenta vômitos, se for obstrução distal o animal tem diarreia, constipação, hipovolemia, hiponatremia, hipocloremia. 
O diagnóstico, pela palpação abdominal podemos sentir o objeto ou a intussuscepção, radiografia simples e contrastada, ultrassonografia também é indicada nesses casos, e a abdominocentese, citologia do fluido peritoneal e verificar se esse animal já está apresentando peritonite ou não, pois se demorar muito para operar ou se pegar em um estagio muito avançado esse animal já vai apresenta peritonite. 
O tratamento, laparotomia emergencial para a retirada desse objeto desfazer a intussuscepção, exploração da cavidade abdominal desde o estomago até o final do intestino, enterectomia dos pontos necróticos, em casos de peritonite séptica fazer a lavagem da cavidade abdominal com solução norma. 
Enteropatias crônicas os sinais clínicos eles vão estar presentes por mais de duas a três semanas, então quando começa o tratamento e ele não tem eficácia ou o animal está defecando e está demorando para parar, então o animal fica apresentando durante três semanas vômitos recorrentes ou diarreias recorrentes. O animal vai apresenta diarreia e perda de peso, sem resposta à terapia convencional os medicamentos usados de rotina não são uteis, vômitos, borborigmo, e flatulência, dor abdominal, e edemas e efusões, ascite e edema de membros devido a hipoproteinemia. 
As enteropatias crônicas, todas elas estão relacionadas a má digestão desses alimentos, existe uma síndrome que é a síndrome da má digestão que vocês vão ver quando for falado de pâncreas com a prof. Aline que é a insuficiência pancreática exócrina, as outras duas que eu vou comentar a doença inflamatória intestinal e o linfoma alimentar elas concorrem com má absorção por isso ele tem diarreia recorrente. 
Considerações diagnósticas, a imunorreatividade semelhante à tripsina IST vocês vão ver com a Aline, para a gente o que vai ser interessante o exame coproparasitológico para descartar diarreias por causa de verme, geralmente no hemograma o animal pode apresentar leucocitose por eosinofilia e anemia, a albumina sempre vamos pedir para invertigar hipoproteinemia e vamos pedir também testes de função e lesão renal e hepática por que podemos estar perdendo proteínas devido a lesões renais e por causa de não formação de albumina no fígado, podemos pedir ultrassonografia pra verificar espessamento, todos os linfonodos que podem estar reativos, e as biopsias vão ser indicadas para todas as doenças que serão faladas que pode ser tanto por endoscopia como por laparotomia exploratória. 
Doença inflamatória intestinal, geralmente ela tem causa idiopática não tem uma causa definida, e é uma resposta imune exagerada contra bactérias, então esse animal que teve uma enterite bacteriana tem uma resposta muito exagerada e prolongada, ou pode ser também por antígenos alimentares, esse animal que tem alergia alimentar ele tem mais predisposição a ter uma doença inflamatória intestinal, então podemos fazer uma dieta de exclusão nesses animais e geralmente essas enterites são classificadas como linfocíticas-plasmocíticas então tem um infiltrado linfocitário e plasmocitário na mucosa desse intestino. 
Para fazer o diagnóstico é feito as exclusões de outras causas de diarreias, por que essas causas de doenças inflamatórias intestinal é a ultima coisa que vamos pensar, vamos fazer a exclusão de outras causas de perda proteica, a histopatologia para termos um diagnóstico, e no hemograma podemos ter neutrofilia e eosinofilia. 
O tratamento dessa doença, é feita uma dieta que tem proteínas que ele nunca teve contato para tentar diminuir a quantidade de antígenos desse alimento, para diminuir essa inflamação, metronidazol para evitar a proliferação de bactérias secundarias, e a utilização de imunossupressores e corticoides o mais utilizado é o prednisolona. O prognóstico é bom, se ainda não houver emaciação que a perca muito grande de musculo e hipoalbuminemia grave. 
Linfoma alimentar ele tem uma etiologia não muito explicada, ele é uma proliferação neoplásica de linfócitos, são nódulos, massas, espessamento, que podem causar dilatação e obstrução do intestino. Nos cães como eu falei não tem uma etiologia muito explicada, já nos gatos pode ser explicada pelo vírus FeLV, nos cães geralmente as inflamações podem predispor ao linfoma mais também não é uma informação muito concreta, e é mais comum em gatos.
Os sinais clínicos, o animal vai apresentar perda de peso progressiva e crônica, diarreia recorrente, vômito as vezes e anorexia, massas e espessamento de alças podemos sentir na palpação, na ultrassonografia podemos identificar linfadenopatia mesentérica, todos os linfonodos mesentéricos aumentados.
O diagnóstico, e feito por histopatologia geralmente do íleo, em alguns casos que tem efusão abdominal podemos fazer a citologia da efusão e do linfonodo
periférico, em cães é mais comum o multissemico aquele que da a linfadenopatia generalizada dos linfonodos. 
O tratamento, é quimioterápico para cães e gatos, e em gatos podemos fazer a pesquisa da FeLV.
O prognóstico de ambas são ruins, uma vez que esse tumores estão aderidos a mucosa e a quimioterapia diminui muito pouco o tamanho desses
Intestino Grosso
O intestino grosso é dividido em três partes:
- ceco (primeira parte)
- colón (é composto pelo colón ascendente parte que sobre cranialmente, transverso e descendente 
- reto (parte final que desemboca em um orifício chamado ânus que possui dois esfíncteres um interno e outro externo).
A principal fisiologia do intestino grosso é a reabsorção de água para que no final do bolo fecal ele reabsorva para dar consistência as fezes, reabsorção e secreção de eletrólitos Na, Cl, K, H+, HCO3-, basicamente serve para o armazenamento das fezes e para a defecação.
Histologia, como eu já havia falado antes, ele não tem os vilos só tem as criptas, essa parte de vilosidades é só na parte de intestino delgado. É composto por submucosa, muscular e serosa, sendo que na mucosa ela deve ter criptas secretoras muco, e na submucosa possui nódulos linfóides (placas de Peyer, tecidos associados as mucosas) e nervos também. 
No intestino grosso é onde possui a maior quantidade de microflora de microflora (anaeróbios e aeróbios) esses microrganismos vão ajudar na degradação de carboidratos, proteínas, lipídeos que não foram degradados em todo resto do trato gastrointestinal. Esses microrganismos vão utilizar esses materiais residuais para conduz de alimentos para ele e no final das contas os pequenos animais acabam absorvendo parte dessa degradação. Porem tem a produção de butirato, metano, CO2 que são gazes da digestão desses microrganismos, e ocorre também a proteção contra microrganismos patogênicos, os microrganismos benéficos tem uma tendência de coordenar a superploriferação de microrganismos patogênicos. 
Consideração diagnósticas, nessa parte temos a diferença de constipação e diarreia, onde:
- diarreia volume aumentado, aumenta a frequência, aumenta a quantidade de líquido - constipação é o endurecimento das fezes, geralmente são ressecadas, são volumosas também podem ter tamanho aumentado, e essas fezes endurecidas ficam paradas no intestino grosso. 
As diarreias são mais causadas por causa das colites, que são as inflamações do intestino grosso que podem ser por causa infecciosa, parasitária, dieta e substâncias abrasivas no caso de corpo estranho, o animal pode ter uma colite por abrasão. As constipações, podem ser por causas dietéticas o animal como uma dieta pobre em fibra uma ração que não é tão boa, comportamentais animal está em um ambiente estranho não está feliz ali, obstruções, distúrbios anorretais são distúrbios ligados a anatomia, doenças neuromusculares. 
Diarreia apresenta catarro, um tecido como se fosse catarro mesmo de nariz, esbranquiçado, pode ter uma característica esverdeada, o animal apresenta tenesmo que é esforço improdutivo a dificuldade de defecação (tenta defecar e não consegue) e a disquezia que é a defecação dolorosa o animal sente dor ao defecar, e a hematoquezia que são as rajes de sangue vivo nas fezes. 
Os sinais de como vamos diferenciar intestino delgado de intestino grosso, a perda de peso, no intestino delgado tem a perda de peso pois é a maior parte do intestino e é onde tem a maior concentração de água e de eletrólitos e de outros minerais, então quando tem uma diarreia que começa no intestino delgado o animal perde peso e perde bastante nutrientes pelas fezes. Enquanto no intestino grosso não geralmente a frequência de defecação do intestino delgado é de normal ou aumentada então esse animal não tem uma perca considerada de defecação já no intestino grosso que é a parte final então esse animal tende a ter mais frequência de defecação, então toda hora ele fica defecando podendo ser uma colite infecção do intestino grosso. A urgência em defecar está associada a frequência de defecação, é aquele animal não consegue segurar a diarreia (parou e defecou) presente também no intestino grosso e não no intestino delgado. O animal apresenta tenesmo que é a dificuldade de defecação, hematoquezia, presença de muco presente no intestino grosso e não no intestino delgado. E esteatorreia que são aquelas vezes muito volumosas, com gordura parece que tem óleo em cima dela presentes em animais que tem má digestão que vcs vão ver com a prof Aline, presente no intestino delgado e raramente no intestino grosso. E o animal que tem melema, que eu esqueci de colocar aqui é característica de intestino delgado e de estômago, não é característica de intestino grosso pois não dá tempo de o sangue ficar expressivo. 
No exame físico esse animal pode estar sem anormalidades, geralmente o proprietário pode relatar que o animal não tem nenhuma anormalidade, tem febre principalmente quando o animal tem perfuração de intestino, por objetos estanhos ou por micoses infecções secundarias por fungos. O animal pode apresentar dor abdominal a palpação abdominal, pode sentir alguma massa abdominal ou na região de linfonodos podem fazer uma obstrução do intestino grosso, ou mesmo a massa do intestino grosso consegue palpar no animal na região mais pélvica, quando o animal tem fecaloma a gente consegue sentir, palpar esse fecaloma. A palpação prostática e sempre feita pelo exame fetal por exame retal. É preciso fazer o exame retal nesses animais que tem tenesmo, dificuldade de defecação para a gente descobrir a causa, e essa causa pode estar ali no final da palpação do intestino grosso, pode também fazer a palpação da próstata para ver se ela está aumentada, pois quando ela está aumentada dificulta a defecação dos animais. E a linfadenopatia mesentérica podem também sentir alguns linfonodos na palpação abdominal.
Nesses animais nos vamos precisar para o diagnostico a hematologia, cropoparasitológico, as sorologias para saber algumas causas, citologia, histopatologias, radiografias, ultrassonografiae a colonoscopia (endoscopia via retal). 
As doenças que cursam com a diarreia no intestino grosso, as colites podem ter várias causas abrasivas por partículas ósseas, corpos estranhos ou qualquer objeto que o animal possa ter ingerido, por parasitas principalmente Trichuris vulpi, por bactérias principalmente Clostridium perfringens que precisa de um ambiente anaeróbio para a produção das toxinas, o intestino grosso tem o ambiente ideal para fazer suas toxinas, os fungos Hitoplasma capsulatum é o mais comum apesar de não ser tão comum as colites fúngicas, protozoários Entamoeba histolytica, o vírus da FIV, FeLV e da peritonite infecciosa felina (PIF) que é o coronavírus geneticamente modificado, pode ser inflamatória no caso de linfocítica plasmocítica que só saberá com o histopatológico da mucosa deste intestino, e ela pode ser idiopática sem causa definida.
Vou falar das principais colites.
Colite abrasiva geralmente é por partículas ósseas ingeridas, mas ela também pode ser por brinquedos, pedras, pelos, plantas então objetos que passa por todo trato gastrointestinal e na parte final do intestino ele vai causar uma abrasão. Os sinais podem ser autolimitantes geralmente eles variam de 2 a 3 dias depois da saída desse objeto. O animal tem uma diarreia intermitente que varia de 2 a 3 dias que pode apresentar sangue e não deve perdurar depois que retira a causa. Se a causa persistir esse animal vai ter um quadro de impactação, de obstrução do trato gastrointestinal, o que não é comum pois o intestino grosso é maior que o intestino delgado então todo objeto que passa pelo delgado ele tende a sair no intestino grosso, é muito incomum os objetos ficarem presos no intestino grosso então geralmente quando o objeto passa pelo o intestino o animal consegue defecar ele, só que nesse ato de defecar o animal sofre algumas consequências de abrasão e pode causar uma diarreia intermitente. 
O diagnóstico então, o proprietário vai
falar que o animal comeu o objeto ou alguma coisa assim, ou que ele viu o pedaço de osso que saiu nas fezes, e pode também verificar as características fecais muitas vezes relatado pelos proprietários. 
A colite parasitária geralmente é pelo Trichuris vulpis o animal pode ser assintomático ou ele pode apresentar a diarreia do intestino grosso, com presença de fezes. Ela pode ser de curso aguda ou crônica, o animal que tem cronicidade nessas infecções parasitárias geralmente nunca é uma só, está sempre associada com outras infecções, então ele pode apresentar perda de peso progressiva, pelagem feia, sem brilho, o animal pode defecar o verme. O exame coproparasitológico vai ser essencial para descartar outros vermes, apesar que o tratamento é o mesmo das outras doenças por verme que é o uso de fenbendazol, pirantel, e aqui também pode ser usado a moxidectina, e os vermífugos comuns pegam o Trichuris vulpis. 
A colite clostridial, pelo Clostridium perfrigens é a mais comum quando o animal apresenta clostridiose. Ela é ingerida, o animal pode ingerir a toxina do Clostidium ou ela pode ser produzida in loco no intestino grosso, porque la o ambiente adequado, ótimo para a fermentação, e os esporos desenvolve e essa bactéria produz a toxina. Dependendo da dieta o animal também pode desenvolver colite pela ingestão da toxina na dieta, uso de antibióticos, imunossupressão, quando o animal está imunossuprimido ou quando tem infecções concomitantes pode apresentar também a clostridiose. Os sinais também variam de agudos a crônicos, dependendo da forma que o animal vai produzir a doença, se o animal ingere a toxina pronta ele vai ter sinais agudos, mais se esse animal ingere o esporo e o esporo produz a toxina esse animal vai ter sinais característicos agudo crônico, por que o animal demora mais para produzir a doença. Como forma de diagnóstico, a gente pode verificar a presença de esporos nas fezes através do exame cropoparasitológico, também a citologia das fezes conseguimos ver os esporos de Clostridium nas fezes, e um ELISA fecal para detecção da toxina. O tratamento ele é feito com a associação de ampicilina, amoxicilina, clindamicina por via oral durante 7 dias, e também a acidificação por que o ambiente mais básico vai ser próprio para produção das toxinas por Clostridium, então colocamos dietas ricas em fibras, pode adicionar vitamina C também para acidificar essas fezes. 
A colite fúngica, geralmente ela é causada pela Histoplasma capsulatum elas passam por todo trato gastrointestinal e lá elas começam a desenvolver. Geralmente a diarreia é crônica, então o animal tem histórico frequente de diarreia, e não sabemos qual a causa e pode ser por Histoplasma capsulatum, o animal apresenta picos de febre, não apresenta febre toda fez, (então principalmente quando está sendo colonizado na primeira semana esse animal apresenta pico de febre) e pode apresentar vômitos durante a colonização do fungo, só que quando esse fungo ele já perdurou no sistema o animal pode perder peso, apresentar anorexia e não apresentar mais febre e nem vômito. Então de acordo com a cronicidade ela vai ser instalada, e esse animal pode mudar os sinais clínicos dele. Como vamos chegar ao diagnóstico? Através da citologia retal do colón, colocar em um suab retal e pelo suab umidificado com solução salina, coletar essa parte da mucosa fazer um in print na lâmina e tentar identificar o Histoplasma capsulatum ou pode também colocar uma sonda até o reto e coletar as fezes desse reto para colocar também na lâmina e verificar se tem a presença do Histoplasma capsulatum. O tratamento e com itraconazol pode ser utilizado cetoconazol também mais o principal é o itraconazol na dose de segurança 5mg/kg BID de 4 a 6 meses. 
As abordagens diagnósticas para diarreias do intestino grosso, então sempre fazemos a exclusão dietética, fazer a anamnese e inspeção fecal (sempre tem que inspecionar essas fezes para saber se não tem vermes, objetos), a exclusão de parasitas, o exame coproparasitológico nesse caso ele é essencial para identificar se tem presença de formas jovens, de esporos ou de larvas, fazer o tratamento dos vermes, e realizar a exclusão de outros agentes infecciosos. Pode fazer a citologia fecal para ver os esporos no caso dos Clostridium ou imunodiagnóstico para ver se tem a toxina do Clostridium. Sempre também depois de todas as exclusões podemos investigar colite inflamatória idiopática e vamos fazer isso através do histopatológico, a biopsia por colonoscopia. 
Agora vamos falar sobre as doenças que cursam com constipação no intestino grosso, é ao contrário da diarreia, na constipação as fezes ficam endurecidas, rígidas, elas vão ter dificuldade de sair (dificuldade de trânsito). Pode ser por causa de ingestão de material estranho, gato que come bastante pelo ou ossos que podem parar ali no intestino. Os fatores ambientais, em ambiente estranho esse animal pode ficar acanhado, ele está sempre acostumado a ficar no mesmo lugar e se mudar ele de lugar ele pode reter essas fezes, mais por fator psicólogo dele. Pode ser por afecções anorretais então saculite anal, as infecções no saco anal, tudo pode acontecer tenesmo, pode ocasionar esses sinais fazendo com que o animal segure essas fezes. Distúrbios ortopédicos principalmente por fraturas pélvicas podem causar muita dor nesse animal e ele não defeca por causa de dor, obstruções aumento prostático quando a próstata aumenta ela impede a passagem das fezes do intestino grosso para o reto. Doenças neuromusculares disautonomia principalmente em gatos, desequilíbrios hidroeletrolíticos o animal que está desidratado essas fezes ficam bastante ressecadas, reduz a capacidade de produção de muco para a passagem das fezes do reto para o ânus, e a diminuição de K, esse desequilíbrio diminui a contração do intestino, e os fármacos opioides também podem diminuir essa contração do intestino.
Os sinais que são associados à constipação, o animal pode apresentar falha para defecar durante vários dias, então geralmente o que consideramos uma constipação? Quando o animal não defeca em até 48hs, então mais de 48hs podem já considerar que o animal está constipado, o animal que apresenta tenesmo tem muita dificuldade para defecar, ele faz o movimento de defecação mais não consegue defecar, tem disquezia e defeca fezes duras e ressecadas e sente dor durante a defecação, o animal pode apresentar postura arqueada para diminuir o desconforto abdominal que ele apresenta, podendo apresentar anorexia, letargia, vômito em casos mais crônicos da doença, pois ele come e nada passa então o alimento volta e ele vomita (tem comida bastante digerida e bem fétido) e perde peso.
O diagnóstico vamos associar a anamnese com as informações passadas pelo proprietário mais a palpação abdominal e a palpação retal, com isso vamos ver as características mais endurecidas das fezes através da palpação do conteúdo do intestino. Vamos investigar se houve mudança na dieta, no ambiente, no comportamento, se teve o uso de medicações. 
No exame físico vamos investigar doenças ortopédicas, se tem dor ou obstrução retal, se existe uma lesão neurológica, se à sinais de disautonomia principalmente em gatos. E na patologia clínica, investigar se possui doença renal, hipotireoidismo, desiquilíbrio eletrolíticos secundários ao vômito (anorexia). Alguns exames que podem ser feitos, uma radiografia simples e contrastadas que podemos ver a extensão da impactação principalmente na radiografia simples pois as fezes ficam bastante radiopacas por que elas perdem bastante água, ficam bastante ressecadas e conseguimos ver toda a intensão do fecaloma, observar se esse animal tem megacolon, corpo estranho que é radiopaco conseguimos identificar em radiografia simples, lesões ósseas quando o animal tem fratura de pelve, e as obstruções que geralmente quando elas são por objetos radioluscentes conseguimos avaliar com radiografias contrastadas. As alterações prostáticas e neo abdominais elas são melhores avaliadas por ultrassonografia, e podemos utilizar
a radiografia simples também mais as vezes não consegue ver muita coisa. 
O tratamento vai de leve a moderado quando não tem vômito e nem desidratação podemos utilizar os laxantes orais e retais, nesse caso é um animal que está com pouco tempo sem defecar, então fazemos a palpação para ver se tem umidade das fezes e o animal tem tenesmo e tem a possibilidade de defecar, então usamos esses laxantes quando temos a certeza de que não tem nenhum objeto obstruindo, nenhum corpo estranho, nada que tenha que ser retirado de forma cirúrgica. E na constipação grave os enemas e a extração manual das fezes já é mais indicada, muitas vezes temos que sedar esse animal as vezes até anestesiar ele para fazer a correta remoção das fezes, e sempre fazer a correção das desordens hidroeletrolítica, por que geralmente esses animais que tem essas constipações graves eles estão desidratados. E sempre vamos eliminar ou controlar essas causas de constipação. 
Os laxativos orais para constipação leve, que sã os formadores de volume que são fibras insolúveis que se utiliza na dieta desses animais, aqui eu coloquei o Metamucil® para vocês lembrarem. Os lubrificantes então o petrolatobranco flavorizado o Nujol® é utilizado por via oral e não por via retal, nós podemos usar por via retal com solução salina mais para fazer uma limpeza, o enema desses animais. Tem laxativos emolientes que eles aumentam a quantidade de água dentro do bolo fecal, ficando um pouco mais mole, aí usamos docusatode sódio o Humectol®. Os laxativos osmóticos que trazem água para a luz do intestino, nos casos do uso desses osmóticos nos podemos causar diarreia no animal despois da utilização de uma dose errada ou uma dose muito prolongada, lactulose o Lactulona®. E estimulantes também que aumentam a motilidade, o bisacodil Lactopurga® ou a cisaprida a Prepulsid®. E pode ser utilizado os supositórios pediátricos de glicerina que aumentam o gradiente osmótico somente na região do colón descendente. No tratamento da constipação grave nós sempre fazemos uma fluidoterapia para corrigir as desordens hidroeletrolíticas no animal. Evacuação colônica geralmente sob sedação ou até mesmo anestesia, onde se produz uma solução salina norma para a lavagem, pode utilizar óleo mineral ou fosfato de sódio* que é o enema comercial e a extração manual da massa fecal, nos injetamos essa solução dentro do reto do animal, esperamos um tempo até essas fezes amolecerem, colocamos o dedo e retiramos manualmente principalmente as que estão mais ressecada que fica na parte final do reto, e geralmente o animal defeca depois do procedimento. 
Como prevenção da constipação, eliminamos os fatores predisponente, ingestão de corpos estranhos o animal tem o habito de ingerir objetos estranhos então é solicitado para o proprietário eliminar esses objetos da casa, realizar um manejo para evitar que esse animal ingira esses objetos, uma escovação diária dos gatos, uma rotina de exercícios para distrair esses animais, criar oportunidades para defecar no caso de animais que desce somente uma vez para defecar, limpeza das caixas sanitárias de gatos por que geralmente quando essas caixas estão sujas esses animais seguram as fezes, ter no mínimo mais de uma caixa sanitária pois eles gostam de ambientes diferentes, aporte adequado de água tanto para cães como para gatos. Fazer a correção e controle de doenças prostáticas que em alguns casos podemos até retirar a próstata, endócrinas, medulares, ortopédicas, e as obstruções anorretais para o animal ter uma defecação normal.
Afecções do ânus a principal é a impactação/abscedação/neoplasia dos sacos anais, os sacos anais são dois que desembocam para dentro da cavidade do reto e dentro desses sacos possui várias glândulas que produz um muco que o animal vai liberar umidificar e regular a passagem das fezes pelo ânus. Se tiver uma infecção secundaria ou uma inflamação, ou até mesmo uma obstrução onde esse animal fica muito tempo sem defecar esse muco vai ficando espesso, rígido e esses canalículos são obstruídos, ou até mesmo neoplasias dessas glândulas paranais/adanais podem causar a doença. 
Os sinais clínicos que esse animal vai apresentar, disquezia, tenesmo, dor, podem apresentar prurido anal principalmente na fase inflamatória e o animal fica arrastando o ânus no chão e podemos pensar que é verme, pois isso que sempre que o animal faz isso devemos fazer uma observação na região perianal do animal para ver se não possui nenhuma anormalidade desses sacos anais.
O diagnóstico é feito pelo exame físico onde é observado a anormalidade e também pode ser feito uma citologia ou histopatológico onde na citologia é possível identificar se tem inflamação, se o liquido está diferente e o histopatológico é possível identificar se tem alguma neoplasia, onde esses tumores são considerados de células hepatoides pois essas células dessas glândulas são muitos similares com as células do parênquima hepático.
O tratamento é feito com antibioticoterapia, com o uso de anti-inflamatórios que podem ser usados tanto os AINE’s como os AIE’s e a retirada cirúrgica em caso de obstruções, tumores é feita a retirada desses sacos anais. 
Afecções do peritônio está no livro classificada como a parte final dos distúrbios gastrointestinal, então vou só comentar essa parte mais que não vai cair na prova, mais é só para a gente finalizar o capitulo do livro. O peritônio é uma camada serosa, a camada que envolve externamente os órgãos e a parede abdominal, onde tem o peritônio parietal e o peritônio visceral que envolve as vísceras que é composto por células mesoteliais. O que pode causar essas afecções, pode ser por agentes virais (exemplo clássico PIF), bacterianos (perfuração ou extravasamento de liquido gastrointestinal, no abdômen vai causar peritonite bacteriana, abcessos prostáticos ou hepáticos também podem causar peritonites bacterianas), químicos (o trato urinário rompimento de bexiga, biliar rompimento da vesícula biliar ou trato gastrointestinal, a formação de quilo o abdômen vai causar peritonite química, a pancreatite sendo séptica também causa), traumáticos (chutes rompe o peritônio e forma uma peritonite focal), iatrogênicas (causada por nós no caso de esquecimento de gazes, compressas na cavidade abdominal nas cirurgias), entre outras. 
Elas podem ser classificadas como peritonite local ou difusa. A local vai está localizada em uma parte do abdômen, geralmente o omento e o mesentério encapsula esses processos inflamatórios granulomatoso (no caso de esquecimento de gazes), pode ocorrer a produção de fibrina com a formação desse granulo e com o passar do tempo essa peritonite tende a virar difusa principalmente devido a presença de líquidos, esse animal pode apresentar aumento de fibrina desse líquido que vai isolar as bactérias e outros resíduos, e a principal sequela dessas peritonites focais são as aderências. Já na peritonite difusa vai está no abdômen todo, será generalizada e necessita de uma terapia agressiva, pois é uma afecção muito grave que pode levar o animal ao óbito muito rápido, os fatores que são agravantes principalmente quando se tem fluido peritoneal que leva a uma disseminação bacteriana muito rápida, e em uma peeritonite química mais associação de bactéria, onde essas enzimas tem uma ação maior proteolíticas mais associadas com as enzimas proteolíticas das bactérias dão um quando de uma necrose quanto de peritônio como de outras vísceras. 
Esse animal vai apresentar dor, relutância em se mover, taquicardia e taquipneia, posição de prece, febre, vômito, desidratação, choque.
Considerações diagnósticas vamos associara a anamnese, mais histórico se houve traumas, cirurgias abdominais, além disso perguntar sobre a ingesta desse animal, se ele tem o habito de ingerir corpos estranhos, se ele possui algum sinal de ulcerações gástricas, hematoêmese, melena pois pode ser suspeita de uma perfuração intestinal. No exame físico realizar a palpação abdominal suspeita de perfuração intestinal e a temperatura retal. Geralmente esses animais
apresentam uma exsudação abdominal e temos que fazer uma abdominocentese para a retirada desse líquido e fazer a citologia coloração de gram (para identificação de bactérias gram positivas ou gram negativas), ou se vai apresentar neutrófilos que é um sinal de peritonite. Podem usar também a lavagem peritoneal diagnóstica que é a introdução de líquidos, solução salina norma nessa cavidade e a retirada dessa solução para avaliação e aparência do fluido e mandar para a citologia para verificar a celularidade, se o líquido está de coloração normal . em hematologia podemos encontrar casos de neutrofilia, anemia e hiperproteinemia. Podemos utilizar a radiografia simples só que quando esses animal está com bastante efusão abdominal podemos ter dificuldade na observação desses órgãos devido o fluido livre, por isso podemos usar as radiografias contrastadas e em casos de perfuração podem utilizar o contrate iodado que causa menos danos que o contraste bário, e na ultrassonografia é a mais ideal onde pode-se fazer a drenagem desse liquido livre e avaliar massas e abscesso, até o limite que dá pra ver no ultrassom, por que na ultrassonografia quando se tem muito liquido livre e difícil a avaliação desses órgãos.
Peritonite séptica que é a doenças inflamatórias do peritônio, tem de etiologia perfuração intestinal ou a desvitalização do trato gastrointestinal como neoplasia linfoma intestinal pode causar, o animal tem intussuscepção as paredes do intestino fica bastante friável e as bactérias passam facilmente par a o peritônio, o animal apresenta corpo estranho que pode ter rompido, deiscência de suturas de cirurgias recentes, traumas perfurantes abdominais, cirurgias abdominais ou por via hematógena. 
Os sinais clínicos o animal vai apresentar depressão, febre, vômito, dor abdominal, efusão abdominal, choque séptico (síndrome da resposta inflamatória sistêmica - SRIS) podendo levar ao óbito, em felinos não apresenta sinais, alguns podendo apresentar bradicardicos no começo da doença. 
O diagnóstico é através da avaliação do fluido abdominal mandado para a citologia, radiografia, ultrassonografia, abdominocentese, cultura para diferenciar de pancreatite estéril que pode apresentar os mesmos sinais só que não vai causar peritonite. 
O tratamento faz a laparotomia exploratória desses animais, retirada de tecidos do trato gastrointestinal lesionados, biopsia da parede abdominal, na cavidade abdominal lavar com sol fisiológica morna, usar drenos abdominais, drenagem peritoneal aberta em alguns casos, antibioticoterapia com combinações (beta lactâmico, metronidazol e aminoglicosídeo ou beta lactâmico, metronidazol e enrofloxacina) e fluidoterapia severa para evitar que esse animal apresente SID. 
O prognóstico depende da causa que vai ser de reservado a ruim, se ele apresentar alguma melhora durante a internação pode ser considerado bom, avaliar se há perfurações, como está o estado geral do animal, será ruim se o animal apresentar SRIS ou CID. 
Ou síndrome é o hemoabdome que é o sangue vivo no abdômen geralmente caudados pelos hemangiossarcomas ou hemangiomas que se rompem. São originários do baço, com uma disseminação de micro pontos para o peritônio que podem sangrar facilmente. É mais característico em cães idoso, e esse animal vai apresentar anemia severa, efusão abdominal sanguinolenta, fraqueza. O diagnóstico é feito por ultrassonografia para identificar a presença de líquido livre, citologia desse livre para identificar a presença de células neoplásicas compatíveis com hemangioma ou hemangiossarcoma, radiografia, abdomecentese para a drenagem, realizar uma biopsia com agulha fina ou incisional nesse baço. O tratamento é feito através da retirada cirúrgica e em alguns casos a quimioterapia. O prognóstico é ruim.
Mesotelioma que é neoplasia muito rara de causa desconhecida, que causa efusões bicavitárias (efusão abominais ou efusão torácicas) as neoplasias têm aparência de coágulos aderidos ao peritônio podem estar presentes na metástase de omento. O diagnóstico é feito com a radiografia e a ultrassonografia, pode ser feita a laparotomia para avaliar, a biopsia incisional. O prognostico é sempre ruim, eles não respondem muito bem a quimioterapia e vão ao óbito em dois a três meses depois do diagnóstico. 
A PIF (peritonite infecciosa felina) é de causa viral coronavírus entérico felino, pode causar efusão abdominal e piogranulomatosa, na citologia do liquido é observado vários macrófagos e neutrófilos e algumas bactérias também.
Hepatopatias
Nos vamos falar das principais hepatopatias que acometem cães e gatos, onde lipidose e colangite são muito mais comuns em gatos, hepatite aguda e crônica mais comum em cães, juntamente com a insuficiência hepática que pode acometer os cães com hepatite aguda e crônica e os gatos com lipidose. E os desvios portasistemicos que podem acometer as duas especias embora a gente veja mais na espécie canina. Então so relembrando a anatomia e fisiologia do fígado pra gente começar a compreender o pq que acontece algumas alterações clinicas e laboratorias que acontecem nesses animais com doença hepática.
Então o fígado pode ser estudado conforme sua unidade conhecida como lóbulo hepática. Então o parênquima do fígado é formado basicamente por hepatocitos e entre cada hepatocito nos temos canalículos biliares por onde acontece o fluxo biliar e existe vasos que levam o sangue ao fígado e que drenam o sangue. Quais são esses vasos que levam sangue ao fígado? Artéria hepática e a veia porta. E o vaso que drena o sangue do fígado? Veia hepática. Qual a principal característica do sangue que chega pela veia porta? Esse sangue vem de vísceras abdominais né então esse sangue vem com uma carga diferente de sangue arterial, então já é um sangue que não era tão rico em oxigênio pq o objetivo de levar oxigênio aos hepatocitos é da artéria hepática mas é um sangue riquíssimo em nutrientes e que possibilita que o fígado tenha sua função de metabolismo. Primeiro que ele demanda muita energia pq as ações dos hepatocitos requer muita energia e fora que ele vai utilizar esse nutrientes para fazer armazenamento de glicose, produção de trigliceris, então assim é importante esse conteúdo que chega da veia porta ate o fígado.
Nós temos aqui o lóbulo, os hepatocitos organizados em forma linear, os ductor biliares entre os hepa. Nós temos nos espaços entre os hepatocitos que chamam sinusoides hepáticos, centralmente nos temos a veia centro lobular que vai levar a formação da veia hepática. E nós temos na periferia a tríade portal, pela artéria hepática em vermelho, a veia porta em azul e o canalículo biliar em verde. E como acontece o fluxo de sangue? Então o sangue chega pela veia e pela artéria na tríade portal, e esse sangue vai caminhando entre os hepatocitos via sinusoides. Tanto rico em oxigênio quanto rico em nutrientes. E toxinas também se formos pensar nas produzidas na luz intestinal, as vezes pode cair bactérias que passou batida pela barreira. Esse é o fluxo do sangue. E esse sangue depois de banhar os hepatocitos ele cai na veia centro lobular e vai embora pela veia hepática. O caminho inverso faz a bile,produzida nos hepatocitos cai nos canalículos biliares e de forma contraria desemboca no ducto biliar para sair e ser liberada na vesícula biliar.
A gente também pode estudar o fígado através do assido hepático, ele é considerado a unidade funcional e tem como estrutura central a tríade portal.
Outra coisa interessante aqui são os macrófagos que ficam nos sinusoides hepáticos, são chamados de células de kupffer. E eles tem uma função de resposta imune, então uma primeira resposta inume mais mediata e tem muita importância, como eu falei pode chegar microorganismos, bactérias, e essa primeira resposta é importante pra proteger contra uma disseminação bactéria, contra uma sepse.
Entao a gente tem que lembrar disso pq quando animais perdem uma grande quantidade de parênquima hepático como numa hepatite crônica, ou um animal com cirrose, ele perde muito dessa proteção das células
de kupffer e são animais que tem maior predisposição a infecções. Como as cel. De kupffer participam dessa primeira resposta imunológica os animais que perdem o parenquimica hepático devido a alguma doença renal crônica são animais que tem essa maior predisposição, pq deixou de ter essa primeira linha de defesa. A mesma coisa são animais que tem Desvio Portasistemio, então o sangue não chega como deve chegar pela veia porta acontece um desvio do sangue da porta pra outro lugar então esse animal perde a oportunidade de ter essa primeira linha de defesa tendo maior predisposição a infecçoes. 
Se a gente for relembrar funções do fígado da pra ficar 3 dias sem parar falando, muitas funções bem importantes, dentre elas o metabolismo de carboidrato, produção de colesterol, produção de proteínas, fatores de coagulação, de vitaminas e minerais, armazenamento de ferro, produção de vitamina K, além disos função digestiva com a produção da bile, função de metabolismo de fármacos, transformação de amônia em uréia essa amônia cai na corrente sanguinea vai pra circulação portal chega ao fígado e ele tem essa oportunidade de fazer essa desintoxicação. E alem disso como comentei com vocês a função imunológica por meio das células de kupffer, então gente não tem duvida que dependemos muito desse órgão. Entao se todo esse fígado sobre uma doença ele não entra em insuficiência e a gente não percebe alterações nessas funções, o animal não tem distúrbios de glicemia, distúrbios na produção de proteína, quando o fígado sobre doença mas não insuficiência, então o animal pode apresentar sinais inespecíficos, pode ficar “velado” pra gente, mas quando ele sofre uma insuficiência hepática o fígado perde a capacidade de funcionamento de grande parte dos hepatocitos ai sim temos alterações associadas a essas funções. Então uma doença pode levar a insuficiência desde que ocorra uma perda muito grande das células funcionais do fígado. Então vamos fazer uma breve revisão da patologia clinica quando formos avaliar fígado pq dependemos muito de exames laboratorias pra avaliar lesões hepáticas, no exame físico o Maximo que podemos perceber é um aumenta a palpação, dor, uma sensibilidade, e a gente depende muito de exames de imagem e mais ainda de exames relacionados a achados laboratorias pra investigar se existe lesão hepática, qual o grau da lesão, localização, e se já existe insuficiência hepática além da clinica, pq a insuficiência hepática ela gera sinais clínicos bem evidentes, enquanto que a doença hepática não.
Entao so pra relembrar nos temos hepatocitos, enzimas que estão localizadas no citoplasma, nas membranas mitocondriais ( não fui aluna da Daniele, então se quiserem falar podem falar ), enzimas que estão na parede do ducto biliar (a membrana de dois hepatocitos juntos formam um canalículo biliar). Então lembrando que ALT e AST então presentes no citoplasma. Quando a lesão dos hepatócitos há o extravasamento, logo aumentará ALT e AST. Havendo aumento de alt e aumento de ast, caracteriza lesão de hepatocito. Mesmo se o animal não estiver apresentando clinica de lesão hepática, vc pede os exames e percebe ALT aumentada, vc sabe que esta havendo leaso hepática. São enzimas de extravasamento, sendo que ALT mais especifica para pequenos animais. Em pequenos animais quando a associação de ALT e AST aumentada, pode indicar uma lesão mais grave de hepatocito.
Tem enzimas que nos indicam outra coisa ao invés de lesão de hepatocito, então nos cães e nos gatos nos temos a FA que indica lesão ducto biliar mas por um período curto nos felinos, e mais usada para os cães. GGT para colestase, ou seja estase biliar, indica lesão no ducto biliar mais usada em gatos. Não são enzimas de extravasamento mas são enzimas de indução, logo há o acumulo de fluido biliar, acontece uma compressão e o aumento da produção dessas enzimas, aumentando sua concentração na corrente sanguínea. E é por isso que elas indicam colestase. Aumento de bile no canalículo e a indução dessas enzimas. A bilirrubina também é uma molécula que é utilizada pra marcadora de colestase mas por outros mecanismo que depois vamos comentar um pouquinho mais. Mas o que que acontece, a bilirrubina é presente na bile e quando vc tem colestase vc tem uma maior reabsorção da bile pra corrente sanguinea. Pq nos temos duas situação, vcs lembram que tem colestase intra hepática e extra hepática? Então a gente tem um monte de canalículos biliares dentro do paranquima hepática, pode acontecer aqui, dificuldade do fluxo biliar dentro do paranquima. Tem situações que o problema esta na vesícula biliar, com um calculo ou uma parasitose levando uma obstrução, nesse caso temos um aumento da bilirrubina transformada que fica retida e que será reabsorvida.
Então eu coloquei aqui exames para avaliar lesão de hepatocito essa lesão ela pode ser com perda do hepático ou não. Exames laboratorias que podem ser utilizados pra verificar se tem estase biliar ou não e tem exames laboratoriais que nos ajudam a perceber se o hepatocifo esta funcionando ou não, função hepática. Então assim eu posso ter aumento de ALT e não ter nenhum tipo de desfunção, pq so tenho um grupo de hepatocitos que esta lesado, o resto esta funcionando. Agora quando eu tenho uma perda de função de muuuitos hepatocitos ai esse animal já pode começar a manifestar o que eu falei, a insuficiência hepática. Tem exames laboratorias que nos vão indicar desfunção hepática. Quais são então? Glicemia? Contração de colesterol? Concentração de albumina? São esses testes, associados as funções hepáticas. Albumina: tem uma redução com há insuficiência. Uréia: diminui quando há insuficiência hepática, pois ele não consegue transformar amônia em uréia. Colesterol: tende a diminui. Glicose: pode ter hipoglicemia. O que a gente pode perceber em urinálise: bilirrubinúria, e também percebemos que animais com insuficiência ou doença crônica podem ter densidade urinaria diminuída. Hemostasia: verificar os fatores de coagulação, tempo de coagulação. Adianta fazer contagem de plaquetas? Não, pq não esta associado a quadros hepáticos. Outro exame é a Avaliação do fluido abdominal tendo ascite pela diminuição da albumina no sangue. E também pode ter indícios desse fluido, quando é hepática ele tem TRANSUDATO verdadeiro ou modificado.
 LIPIDOSE HEPATICA ( GATOS ) 
Ué, o cachorro não pode ter lipidose? Pode, claro! Pq o que é lipidose? É o acumulo de gordura nos hepatócitos, que PERDEM SUA FUNÇAO devido ao excesso de gordura no citoplasma do hepatocito, de forma AGUDA. Isso determina insuficiência hepática. Isso não quer dizer que ela seja irreversível, esse é um quadro reversível pq não houve a morte dos hepatocitos ou fibrose hepática, mas o parênquima não ta funcionando. Nos cães chamamos de esteatose. Mas o gato tem maior dificuldade em eliminar essa gordura, adquirindo o quadro clinico de forma aguda. Ele não consegue administrar esse acumulo de gordura. Pode ter origem primaria ou secundário. O que significa? Que pra ter o acumulo de gordura no hepatocito geralmente acontece uma mobilização da gordura periférica, vai para o hepatocito pra gerar energia para o individuo. Entao na grande maioria das vezes, nos felinos, ela é secundária, alguma coisa aconteceu e esse animal parou de se alimentar. Se ele parou de se alimentar o metabolismo entende: ‘ vou mobilizar gordura da periferia e mandar para o figado’ pq ele precisa de energia. Essa é a principal causa para esse acumulo. Ao invés de resolver o problema, o hepatocito não consegue lidar com aquela grande quantidade de gordura que chegou. Qualquer doença que leva a anorexia no gato pode ser causa de lipidose.
Primária x Secundária
Sem doença de base qualquer doença que leve à anorexia
Baixo teor de proteína na dieta DM, doença inflamatória intestinal, neoplasia
Deficiência de metionina, carnitina e taurina
gatos não necessariamente obesos
Anorexia/estresse em gatos com doença de base
Diabetes melitos, mobiliza muita gordura e manda para o fígado. Doença inflamtoria tem dificuldade na má absorção. Neoplasia: síndrome para neoplásica, desenvolvendo caquexia. Então nesse caso não precisa ser um gato obeso, pode ser um gato de peso normal.
Na primaria é mais comum em gatos obesos. Então acredita-se que quando estão submetidos a estresse eles param de comer, e podem desenvolver. Alem de animais com baixo teor de proteína na dieta e com deficiência de metionina, carnitina e taurina. Cerca de 2 dias sem comer pode começar a desenvolver a doença, logo gente, gato não pode ficar sem comer.
Em gatos internados, se faz sonda nasogastrica, pois o animal não pode ficar sem alimentação.
 
- Fisiopatogenia
Perda reversível da função dos hepatocitos mas é uma perda reversivel, alem disso terá colestase intra-hepática devido ao aumento de volume do hepatócito.
- Sinais clínicos: vamos pensa sobre as manifestações clinicas:
Icterícia e sinais de insuficiência hepática ( não necessariamente vai chegar amarelo pra vc, pode chegar a icterícia ate depois de internado). Anorexia,vomito pode ou não ter e esse vomito trata-se um vomito intermitente. Desidratação, hepatomegalia, coagulapatias, vai ter hemorragias espontâneas/sufusões. E sinais de Encefalopatia hepática, distúrbio neurológico provocado pelo aumento de amônia no sangue. Como ela pode se manifestar: no gato depressão e ptialismo=excesso de salivação. 
Obs: ptialismo: excesso na produção de salivação e sialorreia: extravasamento de saliva da cavidade oral. 
Tratamento principal: alimentação forçada pra esses animais com sonda nasogastrica.
- Diagnóstico
Aumento de ALT (pq esta tendo lesão de hepatocitos), FA, GGT (aumentadas pq tem colestase), Bilirrubina (também aumentada em relação a colestase); Diminuiçao de uréia; Aumento do Tempo de Coagulação.
Imagenologia= US mais utilizado e nos da muitas informações, principalmente pra aquele animal que a doença hepática não é evidente:nesse caso percebe-se uma hepatomegalia e uma hiperecogenicidade. Pode ser que seja preciso fazer outros teste: Testes Adicionais ( doenças concomitantes )
Todos esses sinais e requerindo esses exames já é o suficiente pra diagnostico lipidose hepática. Gente não é difícil diagnostico lipidose pq o felino faz lipidose hepático se não comer, pode se fazer através do diagnostico presuntivo. Mas agora se quiser a confirmação, provar que é lipidose é por meio de citologia. Hepatocitos com gordura.
- Tratamento 
Lembra que eu falei que o tratamento é alimentar? A alimentação deve ser feita preococe, com sonda e uma alimentação intesa com duração de 4 a 6 semanas. Mas a sonda nasogastrica não pode ficar todo esse tempo, então se faz sonda esofágica mas necessita de anestesia.
Ai a gente precisa fazer um tratamento Suporte também, o animal ta desidratado, desturbio eletrolitico: correção hídrica/eletrolítica/acido-basica
Antieméticos ( se o animal apresentar vomito )
Vit K
Antioxidantes (metionina) – dão substrato para que aconteça o processo de regeneração dos hepatocitos. Não existe “protetor hepático”, apenas disponibiliza esse substrato.
Então aqui falando sobre a comparação da sonda nasogastrica com a esofágica ( colocada diretamente no esôfago).
Nasogastrica= Vantagem para colocação imediata em gatos com anorexia, não requer sedação, rx vemos se ta bem posicionada, e duração de uso menor que 2 semanas.
Esofagica= requer anestesia, é para muitos dias, de semanas a meses.
Prognostico é favorável se for rápido e relacionado a alimentação, não adianta colocar o gato na fluido, precisa-se sonda e fazer a alimentação forçada. Se isso não acontecer, existe uma alta mortalidade.
COLANGITE (GATOS)
Inflamação do trato biliar. Pode envolver canalículos biliares e ter extensão para o parênquima hepático próximo ( Colangiohepatite ), não necessariamente uma inflamação difusa mas tem lesão hepática associada.
Pode ser classficada por=
Aguda= decorrente de uma infecção bacteriana ascendente do ID; 
enterite/pancreatite concomitante/colangite = compõe a TRIADE FELINA ( so vai ser a tríade quando acontecer os 3 de uma vez, vc não pode diagnosticar tríade se tiver só uma das doenças )
- Sinais clínicos
 estase biliar. Sinal de estase biliar? ICTERICIA; 
anorexia, letargia, febre é um processo infeccioso, bacteriano então ele vai manifestar sinais de um processo infeccioso, ta?
E pode chegar a um quadro mais grave como sepse, como qualquer infecção bacterina.
Então o que a gente observa nesse gato? Ele tem a clinica, apresenta febre, lrtargia, anorexia, ictericia, então dentro do diagnostico diferencial está Colangite Neutrofilica.
-Diagnostico
A gente vai solicitar hemograma e vai observar um leucograma relacionada a infecção bacteriana nesse caso: Neutrofilia com desvio a esquerda; ALT e bilirrubina aumentada; Não coloquei aqui mas poderia solicitar GGT nesse caso desse gato, certamente. Na US é possível verificar uma textura hepática grosseira que é sugestiva de colangite; 
Assim fechar o diagnostico somente com Citologia e cultura da bile ( DEFINITIVO ). Que ai podemos identificar o crescimento de microorganismo. Não é muito comum a gente fazer isso. Quando isso é comum? Normalmente é feito com há suspeita de tríade. É feito por laparotomia. 
Temos o diagnostico presuntivo, e provamos com a cultura.
-Tratamento
Ai a gente parte pro tratamento que é o que? Antibioticoterapia (4 a 6 semanas ). Qual antibiótico? Qual as bactérias? Bacterias do trato intestinal. Então aquela mesma regra, escolher antibiótico com ação de MO anaeróbios. Cefalosporina, Metronidazol.
 E o tratamento suporte: alimentação e fluidoterapia
Colangite linfocítica
Crônica e a causa desconhecida e os Sinais clínicos: ictérica, perda de peso, ascite é por hipertensão portal. Pq a hipertensão portal causa ascite? Aumento de pressão na veia porta. O que pode levar a esse aumento da pressão hidrostática? Obstrução. Mas como pode acontecer essa obstrução? Lembra que a veia porta vai chegar na tríade e dar origem aos sinusoides. É necessário um fluxo bom. Quando se tem uma dificuldade de fluxo, há congestão de sangue na veia porta, levando a um aumento de pressão hidrostática provocando a hipertensão portal. Isso pode justificar o extravasamento de liquido da porta para a cavidade abdominal. Então esse é o motivo pelo qual a ascite pode ser secundaria a hipertensão portal. Fibrose que a marcela comentou também pode. Se esse tecido hepático pode ter sido lesionado a ponto de ser substituído por fibrose, pode também ter aumento da pressão e levar ao extravasamento de liquido.
Nesse caso aqui Associado principalmente com processo INFLAMATÓRIO.
E nesse caso, toda vez que temos gatos com ascite qual o primeiro Diagnostico difernecial que queremos fazer? PIF. Que é uma peritonite infecciosa felina, portanto é uma doença infecciosa, que tem também características imunomediadas, uma doença que tem um índice de mortalidade muito alto, não vou falar que é 100% pq tem sempre aquele que fala ai teve um caso de PIF que sobreviveu mas eu nunca vou esquecer, é a professora, fez o ultrassom deu ascite e aquele moente de fibrina junto, ela olhou e falou assim: vc sabe ne “ pif paf pum não vai a lugar nenhum” praaticamente mortalidade 100%.
- Diagnostico definitivo:
Só pode ser feito por Histopatologia (DEFINITIVO). Mas não é comum se fazer, a gente tem o diag presuntivo e a Patologia clinica ( FA, GGT, bilirrubina AUMENTADAS, análise do liquido ascitico. Agora nesse caso aqui, que tipo de liquido ascitico a gente vai ter? transudato modificado. 
-Tratamento
Suporte e não responde á imunissupressão ou a atbs
NÃO É PROGRESSIVA E NÃO DETERMINA CIRROSE
HEPATITE AGUDA
Na hepatite aguda e a lipidose são quadros agudos que podem ser revertidos. A gente pode ate manejar a insuficiência hepática naquele momento,
dar alimento, dar suporte o animal fica bem, vai pra casa. Agora na hepatite crônica, quando ela chega na insuficiência hepática, só o transplante de fígado, ai essa vai ter que ser manejado a vida toda pra controlar ou evitar crises de insuficiência da simdrome da insuficiência hepática. 
A literatura comenta que a hepatite aguda é MENOS COMUM em relação a hepatite crônica. Ai eu fico pensando ‘será que é menos comum? Pq as vezes ele morre não da tempo nem de fazer o diagnostico, já chega na emergência morrendo.’ Então na maioria das vezes não se fecha o diagnostico, pq é um quadro muito agudo, fuminante. Hepatite Fuminante.
- Quais são as etiologias?
*Infecciosa: Adenovirus canino tipo 1 – qual a doença que provoca? Hepatite Infecciosa Canina
*Leptospirose, pode ser causa de hepatite aguda. – ZOONOSE
*Enterotoxemias, então, infecções intestinais que leva a produção de toxina que chega ao fígado e leva a lesão hepática aguda grave.
*Causas Toxicas Exogenas: Paracetamol/tilenol ( no cão também pode provocar, mas por outros mecanismos, causando hepatite aguda. Pro gato contra indicado.
*Carpromefeno????: AINE, muito utilizado em cães. Em qual enfermidade? Pq podemos utiliza-lo por um tempo mais longo. Doença Ortopedica, gente. Doença do Disco intervertebral. Tratamento que precisa de um uso mais prolongado. Ele pode provocar hepatite aguda. Tomar muito cuidado com a dose. E existe situação que são sensibilidade individual, mesmo em doses normais do fármaco, pode desenvolver uma hepatite aguda. Não vamos deixar de usar o carpro.
*Fenobarbital: usa-se muito e tem uma relativa segurança. Pergunta ao professor Adilson quantos pacientes dele desenvolveu hepatite aguda? Talvez ele nunca tenha visto mas tem relatos.
*Alimento contaminado com toxina fungica. Ração vendida a granel, fora da embalagem, com umidade. Já tem pessoas que fazem a própria ração. Compra soja, milho, arroz, moi e da pro animal, ração umidade desse jeito pode ocorrer/levar a hepatite aguda.
Bem gente, então nós temos 2 situações: vai desenvolver uma hepatite aguda fuminante e os que vão desenvolver sinais clínicos possibilitando uma investigação.
No caso da fuminante: ele tem uma perda de função aguda hepática. Mas não é so a perda da função aguda, pq se formos pensar na perda de função aguda o gato tem lipidose e tem perda de função aguda. Ele chega mal mas ele não chega já nas ultimas. Agora o problema é que como se estabelece um processo de lesão, não é um acumulo de gordura, é lesão celular levando a um processo inflamatório. Mais de 70% dos hepatocitos lesados. Agora imagina imagina a intensidade da resposta inflamatória que vai acontecer nesse órgão. Então ele vai desenvolver Resposta Inflamatoria Sistemia, morrendo de choque ou CID. Vai ter um processo inflamatório tão grave que a produção de citocinas exacerbadas, vão pra correr sanguinea levando ao choque.
Quando da tempo, a gente tem sinais de hipertensão portal aguda, a ascite. 
Então assim, quando esses animais chegam já em choque, a gente pode identificar: anorexia, vomito, sinais de desidratação, icterícia, febre, dor abdominal, alteração de coagulação, ascite, esplenomegalia, sinais de encefalopatia hepática ( mesma historia da lipidose + a inflamação ) e insuficiência renal isquêmica devido a desidratação.
O diagnostico se baseia nos sinais clínicos e a anamnese é muito importante, pq se a gente tem o relato que o proprietário deu tilenol, em doses altas, ai vc já presume a hepatite aguda.
Nos exames laboratorias, vcs acham que tem oq gente? ALT e AST aumentadas muito, bilirrubina também aumentada, pode ter hipoglicemia ( associada ao processo de sepse ), hipocalemia, aumento do TPC, CID ( redução numero de plaquetas, redução fatores de coagulação ). 
O Diagnostico definitivo: necropsia ou biopsia histopatológico. Não se aguanta resultado e não é o bjetivo. Nos fazemos o diagnostico presuntivo de acordo com os sinais e anamnese como o gistorio de ingestão de tilenol.
- Tratamento
Causar a causa primaria: suspender medicamentos, alimentos suspeitos.
Fluido terapia, Vit k que é um fator de coagulação pra auxiliar, transfusão de plasma pois tem proteína, fatores de coagulação; Tratar a lesão e ulceração gástrica que é conseqüência da hipertensao portal.. tratar a ulceração não só gástrica, mas intestinal também. Fazer uso de antibiótico.
Hepatopatias
Na aula passada falei sobre as doenças hepáticas: Lipidose hepática do felino, Colangite no feline (tanto neutrofílica quanto linfocítica), hepatite aguda em cães e agora falaremos da hepatite crônica.
A hepatite crônica é mais comum em cães do que hepatite aguda, embora tenhamos comentado na aula passada que alguns casos de hep aguda são tão agudos, acontecem tão rápido, que às vezes não diagnosticamos antes q o óbito aconteça, porque a doença é fulminante. 
Então é óbvio que a crônica seja + diagnosticada do q a aguda, porque o animal passa anos e anos desenvolvendo a doença hepática e fica mais fácil de diagnosticarmos em algum momento da vida desse paciente a doença.
Com relação à etiologia, temos várias possibilidades como causa de hepatite crônica, mas tb temos a mais destacada: IDIOPÁTICA.
Quantas vezes fazemos exames bioquímicos sem que os animais apresentem nenhum sintoma, e acabamos encontrando aumento de ALT, FA e na US aumento de textura, ecotextura, ecogenicidade e não sabemos de onde veio nem o q está mantendo esse processo.
Aí a gente faz alguns testes para doenças infecciosas, teste para Leishmaniose, teste para hemoparasitose e não encontramos nada.
Então muitas vezes temos doença hepática, mas não sabemos o q causou.
Podemos ter como etiologia, as doenças de armazenamento de cobre (de origem genética).
Temos que fazer as investigações básicas pensando na etiologia, mas saber tb q muitas vezes não vamos encontrar.
Essa doença leva à lesão progressiva de hepatócitos, com perda progressiva de hepatócitos (a massa hepática é lesionada).
Em determinado momento, ao longo da ocorrência dessa lesão, pode ser gerada a insuficiência hepática que é a perda da função hepática.
Doença hep é diferente de insuficiência hep. A hepatite é uma doença hep, q por si só não caracteriza uma insuficiência, mas em determinado momento pode causar a insuficiência.
Leva tanto à perda da função ao longo do tempo, quanto tb à hipertensão portal e nós comentaremos como isso acontece. 
Cibelle pergunta: Mas profª, o fígado não se regenera?
Resposta: Essa capacidade regenerativa pode ser comprometida por certas doenças.  Na cirrose, por exemplo, algumas células morrem, enquanto outras, que se mantêm vivas, regeneram-se e tentam compensar as perdas sofridas. Infelizmente, essa regeneração é bloqueada pelas cicatrizes fibrosas que se formaram no fígado, tornando-o menor e mais rígido. Nessa tentativa frustrada de recuperação, as células formam nódulos. 
Os sinais clínicos só aparecem em pctes que já apresentam insuficiência. Então por ex em uma OSH eletiva, se vc acha alterações nos exames pré-operatórios em animais sem sinais clínicos, não significa às vezes uma doença importante.
Os sinais clínicos só aparecem em pctes com mais de 75% de perda dos hepatócitos funcionais e da função. Essa perda não é reversível como no caso da hepatite aguda (onde tem hep aguda, insuficiência hepática, mas pode haver reversão do processo). No caso da crônica, isso não acontece porque não temos só uma da membrana e uma alteração da função do hepatócito, a gente tem morte de hepatócito. E esse tecido que vai se perdendo por causa de morte da célula, vai sendo substituído por tecido fibroso. Muito do parênquima hepático vai sendo substituído por uma coloração diferente, mais clara, superfície enrugada e irregular. O fígado tende com a cronicidade a diminuir de tamanho porque temos mais tecido fibroso substituindo o parênquima. Isso é cirrose hepática. E quais são os sinais clínicos que esse paciente já apresenta? Sinais inespecíficos como:
Vômito
Anorexia
Polidipsia e poliúria (lembram q comentei q qd acontece

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