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Variacoes_linguisticas

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Joalêde Bandeira
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qualquer forma de comunicação, isto é, qualquer meio utilizado para interagirmos com o outro é linguagem.
Gestos, imagens, sons, gritos, olhares ou expressões representam linguagem, pois significam.
É a linguagem não verbal.
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Linguagem em sentido restrito 	Língua.
“Nosso pensamento, a forma de entendermos as coisas, o mundo, começa, então, a ter por primordial, as palavras, a linguagem, o nome das coisas existentes no mundo.”
É a linguagem verbal
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É um sistema de representação socialmente construído, constituído por signos linguísticos
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" A língua que cada um ser humano fala, é um elemento importantíssimo de sua identidade física, individual, além de ser um poderoso fator de união dos grupos humanos , das classes sociais, das comunidades, mas é também um fator de desunião, de luta entre os grupos, de conflitos pelo poder.“ 
Marcos Bagno. 
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NORMA CULTA E LÍNGUA COLOQUIAL
A Norma ou Língua Culta é um tipo de variação linguística que se caracteriza por seguir as normas estabelecidas de acordo com a gramática normativa. Ela é falada e escrita em situações que exigem formalidade.
A Língua Coloquial é a variação linguística utilizada em situações informais. É a língua do cotidiano.
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DIALETOS SOCIAIS
Comum
Padrão Linguístico
Maior Prestígio
Situações mais formais
Falantes cultos
Literatura e linguagem escrita
Sintaxe mais complexa
Vocabulário mais amplo
Vocabulário técnico
Maior ligação com a gramática e com a língua dos escritores
etc.
Popular
Culto
Subpadrão linguístico
Menor prestígio
Situações menos formais
Falantes do povo menos culto
Linguagem escrita popular
Simplificação sintática
Vocabulário mais restrito
Gíria, linguagem obscena
Fora dos padrões da gramática tradicional
etc.
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DISTINÇÕES ENTRE A NORMA CULTA E A LÍNGUA COLOQUIAL
USO COLOQUIAL
USO CULTO
Pronúncia descuidada de certas palavras
Maior cuidado com a pronúncia
Uso de a gente 
Uso de nós
Né, aí, pois é...
Uso de gírias e palavrões
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USO COLOQUIAL
USO CULTO
Não utilização das marcas de concordância
Utilização das marcas de concordância
Indevida colocação pronominal segundo a gramática
Devida colocação pronominal segundo a gramática
Repetições 
Uso excessivo de gerúndio e estrangeirismos
Uso moderado de gerúndio e estrangeirismos
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é tudo que se pode representar 
 união indissolúvel de um significante e um significado. Verbais e não verbais
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Significante - é a coisa mesma, a materialidade daquilo que foi representado (literalmente)
Rosa (português)
Rose (inglês)
羅莎 (chinês)
steg (dinamarquês)
Significado - é sua representação - existe no plano das idéias . É sua conotação, como este foi entendido. Imagem.
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 O modo de falar característico de um determinado grupo social recebe na sociolinguística, o nome de variedade.
Toda língua possui variações linguísticas. 
Elas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). 
 
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Variações linguísticas
Em um único sistema linguístico podemos encontrar variações no que se refere ao modo como ele é utilizado pelos falantes. É isso que caracteriza as variações linguísticas.
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 As línguas naturais são sistemas dinâmicos e extremamente sensíveis a fatores como a região geográfica, o sexo, a idade, a classe social dos falantes e o grau de formalidade do contexto. 
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 " Quase me apetece dizer que não há uma língua portuguesa, há línguas em português." ( José Saramago, escritor português)
 A variação e a norma padrão: escolher e excluir. 
Precisamos estar atentos aos conceitos de “certo” e “errado” no que se refere à língua. 
 O preconceito linguístico é uma forma de discriminação que deve ser enfaticamente combatida.
 
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A piada chamará a atenção e todos a acharão engraçada. Entretanto, o que produz este efeito de humor? 
Percebeu????
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Variedades 
do
 Português 
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A língua sofre transformações ao longo do tempo.
Pharmacia – Farmácia
 
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 “ANTIGAMENTE, os pirralhos dobravam a língua diante dos pais, e se um se esquecia de arear os dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era capaz de entrar no couro. Não devia também se esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. Nada de bater na cacunda do padrinho, nem de debicar os mais velhos, pois levava tunda.(... ) " 
 Carlos Drummond de Andrade 
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GERAÇÃO, ÉPOCA 
“Exmo. Sr.
Unicamente a necessidade me sujerio a publicação deste punhado de rimas (...) Eu e minha esposa, moça igualmente enferma, desde que entramos no hospital, há quasi dois annos que, por exclusiva injustiça, estamos privados das quotas dos donativos feitos pela caridade aos que, como nós, vieram esconder seu infortúnio sob o tecto hospitalar. E nem roupa nem um lençol recebemos do estabelecimento estipendiado pela municipalidade, cujo prefeito Dr. Miguel Penteado não se dignou prestar attenção às minhas queixas. Resumindo, somos víctimas de vezano pouco caso pelo direito dos fracos (...)”
Firmo Anônio. Argueiros, 1924. 
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VARIAÇÕES DIALETAIS
IDADE 
Dois bons filhos Paulo Mendes Campos
Outro dia um senhor de cinquenta anos me falava da mãe dele mais ou menos assim:
- Se há alguém que eu adoro neste mundo é minha mãezinha. Ela vai fazer 73 anos no dia 19 de maio. Está forte, graças a Deus e muito lúcida. Há 41 anos que está viúva, papai, coitado, faleceu muito moço, com uma espinha de peixe atravessada no esôfago: pois não há dia em que mãezinha não se lembre dele com um amor tão bonito, com um respeito...
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Deu-se que no mesmo dia encontrei um rapaz de dezoito anos, que me contou mais ou menos assim:
- Velha bacaninha é a minha. Quando ela está meio adernada, mais pra lá do que pra cá, ela ainda me dá uma broncazinha. Bronca de mãe não pega, meu chapa. Eu manjo ela todinha: lá em casa só tem bronca quando ela encheu a cara demais. A velha toma pra valer! Ou então foi um troço em que eu não meto a cara. Que é que eu tenho com a vida da velha? Pensa que eu me manco. Quando ela tá de bronca, o titio aqui já sabe: taco-lhe três equanil. É batata. Daí a pouco ela fica macia e vai soltando o tutu...
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SEXO 
Homem: - Cara, preciso te contar o que aconteceu ontem na festa...
Mulher: - Ai, menino! Preciso te contar o que aconteceu ontem na festa...
Homem: - Comprei uma camisa legal.
Mulher: - Comprei uma blusinha linda!
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São os chamados dialetos, que são as marcas determinantes referentes a diferentes regiões.
 Mandioca - macaxeira - aipim.
Os sotaques, ligados às características orais da linguagem. 
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Uma língua não é falada de maneira igual pelos seus usuários. 
 Essas variações são principalmente de natureza fonética 
 sotaque
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REGIÃO 
Entre Brasil e Portugal:
“(...) numa revista portuguesa, vê-se um anúncio de um refrigerante, mundialmente conhecido (...) Ao lado da famosa marca, a única frase da peça publicitária: “A vida sabe bem”. Que se entende disso? Em português e em outras línguas latinas, o verbo “saber” (que vem do latim “sapere”, que significa justamente “ter sabor”) pode ser usado com a ideia de “ter gosto”, “ter saber” (...) Esse uso é vivíssimo no italiano, no espanhol, no português de Portugal. No do Brasil, parece que se restringiu aos textos literários.”
Pasquale Cipro Neto: “A vida sabe bem”. Revista Cult, nº 56.
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Variedades devidas ao falante/ grupos culturais;
O jargão;
A gíria
O falar caipira
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Ligadas aos grupos sociais de uma maneira geral e também ao grau de instrução de uma determinada pessoa. 
Exemplo: as gírias, os jargões e o linguajar caipira. 
 Os jargões estão relacionados ao profissionalismo, caracterizando
um linguajar técnico. Representando a classe, podemos citar os médicos, advogados, profissionais da área de informática, dentre outros. 
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SÓCIO-ECONÔMICA
VÁRIAS IDÉIAS FERRÉZ
Acordou cedo, gritou: “Zica maldita!”. Rapaz, o vocabulário do tranca-ruas é ziquizira. “Rapaz, num vacila de madruga, entendeu?” “Entendi, os P.M. sobe o gás. Então vamos sumariar. Quantos de nóis cê quer matar? Grota, granja, boca, biqueira, movimento, verme, milho a vida inteira. Mil grau, frenético, qual que é a urucubaca? Que cê faz se não tiver que voltar para casa? Quem te deu um sorriso hoje, pique pá alguém de longe (...) Muitos sofre, eta que sofre, mas poucos lembra. Povo gado, voto mal dado, fila quilométrica para encher prato de deputado. Picha os muro, xinga os putos, mete a boca, depois cheira dentro da goma. (...)
Caros Amigos nº 89.
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'Colé, meu brodi'! 'E aí pai'? – 
'Fala nigrinha
'Colé miserê'! 
'Digái Negão'! 
'Ô véi' - Olá amigo!
'Colé de mermo?‘
'Aonde'! 
JARGÃO
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SOUZA, Maurício de. [Chico Bento]. O Globo, Rio de Janeiro, Segundo Caderno, 19 dez. 2008, p.7.
O personagem Chico Bento pode ser considerado um típico habitante da zona rural, comumente chamado de “roceiro” ou “caipira”. Considerando a sua fala, essa tipicidade é confirmada primordialmente pelo distanciamento da língua denominada culta.
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CHOPIS CENTIS 
Eu “di” um beijo nela 
E chamei pra passear. 
A gente fomos no shopping 
Pra “mode” a gente lanchar. 
Comi uns bicho estranho, com um tal de gergelim. 
Até que “tava” gostoso, mas eu prefiro aipim. 
VÍCIO NA FALA 
Para dizerem milho dizem mio 
Para melhor dizem mió 
Para pior pió 
Para telha dizem teia 
Para telhado dizem teiado 
E vão fazendo telhados. 
Oswald de Andrade 
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