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RELATÓRIO DO EXPERIMENTO DE BIOQUÍMICA : TESTE DE GLICOSE 1. INTRODUÇÃO Os testes de glicose são importantes para o cotidiano das pessoas e ao cuidado da saúde, esta premissa se faz ainda mais importante quando pessoas com diabetes mellitos e outras doenças relacionadas ao grupo de doenças metabólicas em que se verificam níveis elevados de glicose no sangue durante um longo intervalo de tempo. A diabetes é o resultado quer de produção de quantidade insuficiente de insulina pelo pâncreas, quer pelas células do corpo que não respondem apropriadamente à insulina que é produzida [1,2]. Existem três tipos principais de diabetes: A diabetes mellitus tipo 1 resulta da produção de quantidade insuficiente de insulina pelo pâncreas. Este tipo era anteriormente denominado "diabetes insulino-dependente". As causas são desconhecidas. A diabetes mellitus tipo 2 tem origem na resistência à insulina, uma condição em que as células do corpo não respondem à insulina de forma adequada. À medida que a doença avança, pode também desenvolver-se insuficiência na produção de insulina. Este tipo era anteriormente denominado "diabetes não insulino-dependente". A principal causa é peso excessivo e falta de exercício físico [4]. A diabetes gestacional é a condição em que uma mulher sem diabetes apresenta níveis elevados de glicose no sangue durante a gravidez. [5] Estas doenças também são relacionadas aos níveis de glicose no sangue. A glicose é uma dextrose monossacarídeo cristalina, denominada D-glicose. A importância de se manter uma concentração constante no sangue deve-se ao fato de que é a principal fonte de energia química para a manutenção e o funcionamento dos diversos tecidos do organismo, sendo que células, como os neurônios, a utilizam como fonte exclusiva. A glicose pode ser advinda da nutrição exógena ou do metabolismo glicolítico endógeno, o qual converterá o glicogênio, novamente em glicose, e esta entrará na corrente sanguínea e será novamente utilizada [1,2]. Os valores de glicose fora do padrão, principalmente em processos crônicos, trazem consequências negativas como degeneração progressiva e falência de órgãos importantes [3]. A melhor maneira de reduzir as complicações associadas às alterações na glicemia é tentando manter seu nível em concentrações normais [3,4] e para isso se faz necessário realizar medições da sua quantidade. Desta forma se justifica este experimento. 2. OBJETIVO Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi a construção de um experimento em amostras para avaliar os níveis de glicose e identificar nas amostras se os níveis estão adequados ou sujeitos a hipoglicemia ou hiperglicemia. 3. MATERIAIS UTILIZADOS Espectrofotômetro Centrífuga Banho-maria a 37°C Tubo de ensaio Água destilada Frasco plástico Pipetador e ponteira 3. METODOS E EXPERIMENTO Com a vestimenta adequada (jaleco e luvas) o experimento foi iniciado. As amostras foram coletadas mediante a utilização de duas pipetas uma de 10μL e outra de 20 μL que foram testadas antes da coleta das amostras recolhendo a água destilada e descartando-a. As amostras são compostas de plasma e soro. As amostras iniciais foram coletadas com a pipeta de 10μL e inseridas no tubo A3. Foi utilizada a pipeta de 20μL para coletar outras amostras diferentes contendo um reagente. O tubo foi agitado para observação das reações e colocado em uma centrifuga. As amostras foram colocadas em repouso e incubadas por 10 minutos. Após este tempo, as amostras foram inseridas em um cubo colocado no espectrofotômetro para realizar a fotometria. Este processo revelou o valor do teste em . A equação 1 denota calculo teste de glicemia. [Eq. 1] Onde o VT é o valor (em módulo) obtido no teste, e VP é o valor (em módulo) padrão correspondente à 0.337. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO Após a análise pelo espectrofotômetro obteve-se o valor de 0.241 no teste de glicose. Os outros grupos também obtiveram resultados referentes a sua amostra, a tabela 1 indica estes resultados. Tabela 1 – Resultados dos testes dos grupos. GRUPO Valor do Teste [VT] Concentração de Glicose[] 1 0.206 61.12 2 0.203 60.23 3 0.201 59.64 4 0.207 61.42 5 0.180 53.41 6 0.213 63.20 7 0.183 54.30 8 0.154 45.69 9 0.202 59.94 10 0.213 63.20 11 0.189 56.08 12 0.241 51.71 Observando os resultados obtidos os índices abaixo de 60[] são considerados perigosos, pois caracterizam a hipoglicemia. A baixa glicemia ocorre mediante a má alimentação e atividades excessivas sem a reposição e/ou alimentação, também pode ser causada pelo uso de remédios que controlam a glicemia. Para os valores acima do índice 60[] é considerado o caso de hiperglicemia, quando a glicose está em níveis mais altos que o normal. Os efeitos disto são: boca seca, sede, vontade frequente de urinar, cansaço e visão turva. As razões para glicemia elevada incluem comer exageradamente, ser menos ativo que o comum, entre outros. Para o teste realizado pelo grupo 12 o teste indicou o caso de hipoglicemia. 5. REFERÊNCIAS [1] Sartorelli, D. S., & Franco, L. J. (2003). Tendências do diabetes mellitus no Brasil: o papel da transição nutricional. Cad Saúde Pública, 19(1), 29-36. [2] Lyra, R., Oliveira, M., Lins, D., & Cavalcanti, N. (2006). Prevenção do diabetes mellitus tipo 2. Arq. bras. endocrinol. metab, 50(2), 239-249. [3] Maia, F. F. R., & Araújo, L. R. (2008). A hipoglicemia silenciosa é parte do controle glicêmico ideal em pacientes com DM1?: tempo de hipoglicemia pelo CGMS versus média glicêmica. Arq Bras Endocrinol Metabol, 994-1000. [4] Maia, F. F., & Araújo, L. R. (2004). Aspectos psicológicos e controle glicêmico de um grupo de pacientes com diabetes mellitus tipo 1 em Minas Gerais. Arq Bras Endocrinol Metabol, 261-266. [5] Rudge, M. V. C., Calderon, I. D. M. P., Ramos, M. D., Brasil, M. A. M., Rugolo, L. M. S. S., Bossolan, G., & Odland, J. O. (2005). Hiperglicemia materna diária diagnosticada pelo perfil glicêmico: um problema de saúde pública materno e perinatal. Rev Bras Ginecol Obstet, 27(11), 691-7.
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