Prévia do material em texto
1 UNIVERSIDADE CEUMA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE CURSO DE FARMÁCIA RELATÓRIOS AULA PRÁTICA DISCIPLINA: BIOQUÍMICA, Prof. Paulo de Tarso Elaborado por: Jesse Jacoby Pessoa de Souza, Ageu Tavares, Érina Gislana, Márcio Batalha, Kauane Haryadna SÃO LUÍS 2021 2 RELATÓRIO #1 – CONHECENDO O LABORATÓRIO DE BIOQUÍMICA E MICROPIPETAGEM 1. INTRODUÇÂO A execução de qualquer experimento na Bioquímica envolve geralmente a utilização de uma variedade de equipamentos de laboratório, na maioria muito simples, porém com finalidade específica. A pratica mais comum em um laboratório é medir volumes. Existem inúmeros instrumentos para esta finalidade: balão volumétrico, béquer, mas os mais usados e que exigem maior técnica são as pipetas e micropipetas. As micropipetas são utilizadas para volumes pequenos, em torno de 1 a 1000ul (microlitros). Existem micropipetas para diversas faixas de volume e usam ponteiras descartáveis para cada pipetagem. Existem dois estágios no embolo da micropipeta que dependendo da modalidade de pipetagem (direta ou reversa) é usado: ➢ Pipetagem direta É o modo padrão de pipetagem, usada para amostras com viscosidade normal. Na pipetagem direta, primeiro esvazia-se o ar da ponteira apertando o êmbolo até o 1º estágio e leva-se a ponteira, com o embolo ainda apertado, até metade do líquido que será pipetado. Em seguida se solta lentamente o êmbolo até o preenchimento da ponteira. Para transferir, com o recipiente receptor inclinado, colocar a ponteira até o meio do tubo e apertar o embolo até o final (2º estágio), dispensando lentamente todo o líquido e só quando estiver fora do líquido, solta o embolo. ➢ Pipetagem reversa Esta modalidade de pipetagem é utilizada mais frequentemente para amostras densas, difíceis de pipetar. Antes de imergir a ponteira no líquido aperta-se o embolo até o 2º estágio e então, dentro do líquido, solta-se o embolo totalmente. Colocar em seguida a ponteira dentro do recipiente de transferência ligeiramente inclinado e soltar o embolo até o 1º estágio, lentamente. 3 2. OBJETIVO ➢ Entender as regras de biossegurança; ➢ Reconhecer e manipular o equipamento frequentemente utilizado em laboratório de Bioquímica; ➢ Reconhecer as principais partes da micropipeta; ➢ Aprender a manuseá-lo corretamente; ➢ Entender a diferença entre mililitros e microlitros. 3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL a. Reagente e materiais: ➢ Micropipetas (deslocamento positivo e deslocamento de ar); ➢ Ponteiras (azul e amarela); ➢ Tubos de ensaio; ➢ Becker; ➢ Água para medição de volumes. b. Procedimento experimental: ➢ Separar duas estantes com cinco tubos de ensaio; ➢ Enumerar tubos de 1 a 5 e micropipetar os seguintes volumes: (1) 20 microlitros, (2) 40μl, (3) 100μl, (4) 150μl e (5) 200μl; ➢ Utilizar a ponteira amarela (10 a 200 μl) para os três primeiros tubos de ensaio, e a ponteira azul (100μl a 200μl) para as duas restantes; ➢ Despejar o liquido com destreza para não arrastar a ponteira nos lados do tubo; ➢ Remover a ponteira após completa dispensação; ➢ Comparar os volumes medidos. c. Tratamento de resíduos: descarte do líquido utilizado para medição de volumes e retorno de vidrarias aos seus recipientes. 4. CONCLUSÃO Pode-se entender as funcionalidades da micropipeta, assim como padrões de micropipetagem, ângulo correto para dispensação constante, ponteiras corretas, além da velocidade e pressão necessárias para os êmbolos da micropipeta, visando resultados reprodutíveis e mais precisos. 4 5. RESULTADOS Figura 01 – reconhecendo materiais do laboratório e tipos de micropipeta para comparação de volumes. Figura 02 – Técnica de pipetagem direta: 5 RELATÓRIO #2 – GLICEMIA CAPILAR 1. INTRODUÇÂO O teste da glicemia capilar é feito com objetivo de verificar os níveis de açúcar no sangue em determinado momento do dia e para isso deve ser utilizado um aparelho de glicemia que realiza a análise de uma pequena gota de sangue que é retirada da ponta do dedo. A dosagem da glicemia capilar é mais indicada para pessoas que possuem hipoglicemia, pré-diabetes e diabetes, sendo nesse caso recomendado que a dosagem seja feita antes e após as refeições para que se possa fazer um controle dos níveis de glicose e, assim, possam ser feitos ajustes na dieta ou mudança na dose do medicamento caso haja necessidade. Apesar da dosagem ser mais indicada antes e após as refeições, o endocrinologista pode recomendar a dosagem em outros momentos do dia, como antes de dormir e assim que acordar, por exemplo, pois assim é possível verificar o comportamento do organismo em períodos de jejum, sendo importante no tratamento do paciente diabético. 2. OBJETIVO ➢ Entender as concentrações de glicose no sangue em estado de jejum, 2h após 75g de glicose e casual. ➢ Reconhecer e manipular o equipamento utilizado em laboratório para medição de glicemia capilar e correlacionar valores de glicose plasmática para diagnóstico de diabetes mellitus e seus estágios pré-clínicos. 3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL a. Reagente e materiais: ➢ Álcool 70%; ➢ Algodão; ➢ Lancetas; ➢ Fita Reagente para glicosímetro; ➢ Glicosímetro. 6 b. Procedimento experimental: Antes de realizar a coleta de material do paciente, é necessário fazer algumas perguntas de cunho informativo para possibilitar o diagnóstico correto: ➢ Qual o nome do paciente; ➢ Quando foi sua última refeição; ➢ Se possui histórico familiar de casos de diabetes; ➢ Se utiliza/tomou algum medicamento. Após o questionário, realizou-se o método demonstrativo: ➢ Preparar lanceta e algodão com álcool 70%; ➢ Higienizar um dos dedos do paciente com o algodão; ➢ Retirar a fita reagente do frasco com cuidado para não tocar na parte do chip (segurando na parte azul do meio) e logo em seguida inserir no glicosímetro; ➢ Perfurar com lanceta o dedo do paciente e aplicar leve pressão para saída de gotícula sanguínea; ➢ Encostar a fita de teste à gota de sangue até preencher o depósito da fita de teste; ➢ Esperar alguns segundos até que o valor de glicemia apareça no monitor do aparelho. c. Tratamento de resíduos: descarte das lancetas e fita no Descartex Coletor de Material Perfurante e Cortante. Os materiais infectantes ou resíduos biológicos (algodão com sangue) foram descartados em caixas coletoras próprias para o material infectante. 4. CONCLUSÃO Pudemos assimilar o método de teste de glicemia capilar, tais como os procedimentos corretos para medição, correlacionar com concentrações de glicose e quais medidas a serem tomadas a partir das concentrações. 7 5. RESULTADOS No laboratório pudemos fazer vários testes entre os próprios alunos, dos quais tivemos os seguintes resultados: Ageu: ➢ Afirmou ter sua última refeição às 6h do dia em questão ➢ Com histórico de diabetes na família ➢ Não usa medicamentos ➢ Glicosímetro: 98 mg/dl ➢ Resultado: teste casual, valor < 200, classificação: normoglicêmico ➢ Diagnóstico: não-diabético Márcio: ➢ Afirmou ter sua última refeição às 23h do dia anterior ➢ Sem histórico de diabetes na família ➢ Não usa medicamentos ➢ Glicosímetro: 81 mg/dl ➢ Resultado: teste em jejum, valores > 70 e < 99, classificação: normoglicêmico ➢ Diagnóstico: não-diabético Jesse: ➢ Afirmou ter sua última refeição às 6:30h do dia em questão ➢ Com histórico de diabetes na família ➢ Usa medicamentos benzodiazepínicos ➢ Glicosímetro: 96 mg/dl ➢ Resultado: teste casual, valor < 200, classificação: normoglicêmico ➢ Diagnóstico: não-diabético 8 RELATÓRIO #3 – COLETA SANGUÍNEA E CENTRIFUGAÇÃO 1. INTRODUÇÂO A coleta de sangue é fundamental para fins de diagnóstico simples até mais sérios.É importante ter praticidade e rapidez, mas com todos os cuidados necessários para ter um resultado efetivo. É feita somente por profissionais capacitados que dominam a técnica prática e teórica, além de ter ciência do processo de análise do sangue para colher as amostras de forma adequada, pois, para cada tipo exame é necessária uma amostra diferente. A coleta de sangue é amplamente praticada e continua sendo de inestimável valor para o diagnóstico e tratamento de vários processos patológicos. O teste de laboratório é parte integrante do processo de tomada de decisão do médico e os resultados influenciam diretamente a qualidade de vida do paciente. Os testes de laboratório são divididos três fases: pré-analítica, analítica e pós-analítica: ➢ Fase pré-analítica: A fase pré-analítica compreende todos os processos a partir do momento em que um médico solicita o exame até que a amostra seja enviada para análise no laboratório. Inclui a indicação do exame, instruções de preparo do paciente, procedimentos de coleta de sangue, armazenamento, preservação e transporte da amostra. É a fase onde ocorre a maior quantidade de erros. ➢ Fase analítica: fase dedicada à análise do material coletado e execução do exame propriamente dito. ➢ Fase pós-analítica: última etapa dos exames laboratoriais, inclui a verificação das análises realizadas na fase analítica, o envio dos resultados ao médico e, por fim, a tomada de decisão. 2. OBJETIVO O objetivo desta aula prática foi compreender os passos para coleta e análise de amostras de sangue, bem como à importância do entendimento das boas práticas de coleta sanguínea, para uma atenção farmacêutica de qualidade. 9 3. METODOLOGIA EXPERIMENTAL a. Materiais: ➢ Seringa; ➢ Algodão; ➢ Agulha; ➢ Tubo de coleta amarelo (Ativador de Coágulo + Gel); ➢ Garrote; ➢ Álcool 70%. b. Procedimento experimental: Coleta de sangue em um dos alunos seguindo os seguintes passos: ➢ Apalpar a veia para punção venosa; ➢ Fazer assepsia do local e garrotear o braço do paciente pedindo para ele feche a mão; ➢ Montar o sistema de coleta (seringa + agulha); ➢ Tirar a capa da agulha, realizar a punção, soltar o garrote e pedir para o paciente abrir a mão; ➢ Coletar a quantidade de sangue necessária; ➢ Retirar a agulha e pedir ao paciente que faça pressão por três minutos em média no local; ➢ Descartar a agulha e colocar o sangue em tubo de coleta; c. Tratamento de resíduos: descarte da agulha e seringa no Descartex Coletor de Material Perfurante e Cortante. Os materiais infectantes ou resíduos biológicos (algodão com sangue e luvas) foram descartados em caixas coletoras próprias para o material infectante. 4. CONCLUSÃO O cuidado com a amostra biológica é de suma importância não somente na coleta de sangue, mas em qualquer exame laboratorial. Os produtos utilizados para efetuar a coleta do sangue são de extrema importância, pois além de auxiliar em um melhor resultado dos exames, podem reduzir a ocorrência de erros na coleta e os fatores de interferência na fase pré- analítica. 10 5. RESULTADOS No laboratório pudemos compreender as boas praticas para coleta de sangue, as variáveis pré-analíticas de cada paciente que podem influenciar no exame, como preparar o paciente, como realizar a coleta de sangue, armazenamento e transporte dessas amostras. Figura 01 e 02 – preparação do material para punção venosa 11 Figura 03 – Tubo amarelo que contém ativador de coágulo jateado na parede do tubo que faz com que o processo de coagulação seja acelerado e gel separador, para obtenção de um soro com melhor qualidade. Figura 04 – Realização da punção venosa em aluno voluntário. Pode-se observar também a sequencia correta dos tubos de coleta para evitar contaminação cruzada de aditivos entre os tubos. A ordem correta para coleta de sangue por tubos a vácuo é: 1. Azul (citrato de sódio) 2. Amarelo/vermelho (ativador de coágulo) 3. Verde (heparina) 4. Lilás/roxo (EDTA) 5. Cinza (fluoreto de sódio/EDTA)