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fontes utilizadas Thrall, Mary Anna. Weiser, Glade. Alisson W., Robin. Campbell W., Terry. Hematologia e Bioquímica Veterinária . 2ª edição. Grupo Editorial Nacional GEN. ➔ disponível em https://drive.google.com/drive/folders/1g240KbQFjnNoERL5WV13ld-e_lEvm5 z2 ➔ (acesso em 15:55 24/09/2021) Vaden L., Shelly. Knoll, S. Joyce. Jr Smith, Francis. Tilley, Larry. Exames Laboratoriais e Procedimentos Diagnósticos em Cães e Gatos. ➔ disponível em https://drive.google.com/drive/folders/1g240KbQFjnNoERL5WV13ld-e_lEvm5z2 - (acesso em 18:44 24/09/2021) Achados normais ou variações Cães: 70 a 120 mg/dl (3,89 a 6,66 mmol/l) Gatos: 70 a 130 mg/dl (3,89 a 7,22 mmol/l) Pode haver variação nos intervalos de referência, dependendo do laboratório e do teste utilizado. Pode ocorrer alteração do estado mental ou coma quando o teor de glicose é ≤ 40 mg/dl, de modo que isto requer tratamento imediato Teor de glicose > 1.000 mg/dl também pode alterar o estado mental ou provocar coma em consequência da condição de hiperosmose. O valor obtido no ambulatório tende a ser menor do que o determinado pelos laboratórios de referência porque os teores plasmáticos de glicose tendem a ser ≈10 a 15% mais elevados do que a concentração sanguínea de glicose. Técnicas de coleta ou manuseio que podem alterar os resultados Demora na separação das células do soro ou do plasma pode reduzir falsamente o teor de glicose. A taxa de consumo de glicose varia de acordo com a concentração de glicose, temperatura, contagem de leucócitos e outros fatores. Leucocitose extrema ou contaminação bacteriana da amostra acelera o consumo de glicose Pacientes que se debatem e apresentam muito medo durante a coleta da amostra, em particular os gatos, podem apresentar hiperglicemia transitória por causa da estimulação da gliconeogênese decorrente da secreção de catecolaminas Nas amostras pós prandiais pode haver aumento da concentração de glicose. Influência das características físicas Espécie Cães: diabetes melito em geral é provocado por deficiência de insulina ocasionada pela destruição de célula β do pâncreas Gatos: diabetes melito com frequência é causado por uma combinação de anormalidade na secreção de insulina e defeito nos receptores de insulina. https://drive.google.com/drive/folders/1g240KbQFjnNoERL5WV13ld-e_lEvm5z2 https://drive.google.com/drive/folders/1g240KbQFjnNoERL5WV13ld-e_lEvm5z2 https://drive.google.com/drive/folders/1g240KbQFjnNoERL5WV13ld-e_lEvm5z2 Raça Cães de raça de caça podem desenvolver hipoglicemia após atividades de campo, talvez por ocasião do maior uso de glicose Doença do armazenamento de glicogênio é uma causa rara de hipoglicemia. Há relato de doença do armazenamento de glicogênio do tipo III em cães da raça German Shepherd Algumas famílias de Keeshond apresentam predisposição a diabetes melito. Idade Animais neonatos ou juvenis, em especial os cães de raças miniaturas, podem ser propensos ao desenvolvimento de hipoglicemia, talvez em razão da insuficiente gliconeogênese em relação à taxa metabólica. Gênero Em cadelas, o diestro está associado à hiperglicemia quando causado pela secreção de GH pela glândula mamária estimulada por progesterona. Cadelas em final de gestação podem desenvolver hipoglicemia cetogênica, embora o mecanismo etiológico não tenha sido definido com clareza. introdução A ingestão proporciona o consumo dos alimentos e, posteriormente, sua catálise a fim de que seus nutrientes possam ser utilizados a nível molecular pelo organismo. A glicose é a estrutura molecular monossacarídica de componentes como massas, pães e frutas sendo, também, o principal agente energético utilizado pelas células para realização da respiração celular. Sua admissão na célula ocorre através de proteínas transportadoras localizadas na superfície da membrana plasmática, sendo denominadas GLUTs. Algumas dessas proteínas se encontram difundidas pelo organismo, enquanto uma porção atua somente em órgãos específicos ou sob influência de hormônios pancreáticos como a insulina, já outras apenas em casos de aumento da taxa glicêmica. Os hormônios pancreáticos realizam função fundamental na manutenção da glicemia uma vez que a insulina, realizada nas beta pancreáticas, é capaz de causar a diminuição da glicose no organismo por induzir sua captação nos tecidos e células. Já o glucagon, produzido nas alfa pancreáticas, possui função inversa: reduz a absorção celular, causando aumento glicêmico. Portanto, ao realizar o teste de glicemia é possível avaliar as condições metabólicas do paciente junto de análises hepática e endócrina. objetivo A aula prática de dosagem de glicemia possui como objetivo principal a aplicação dos conhecimentos adquiridos na teoria obtida em classe sobre o ciclo da glicólise e de seu trajeto de entrada à célula até sua catálise e posterior utilização, fazendo com que, dessa forma, haja melhor assimilação no desenvolvimento de técnicas laboratoriais importantes como a dosagem glicêmica de soro ou plasma e entendimento de diagnósticos de pacientes com patologias glicêmicas. material ➔ Estante para tubos de ensaio ➔ 5 tubos de ensaio ➔ Pipetas automáticas para 1,0 mL e 10 μL ➔ Ponteiras ➔ Reagente 1 (contém tampão fenol/fosfato pH 7,4, glicose oxidase, peroxidase e 4- aminoantipirina). ➔ Solução padrão de glicose na concentração de 100 mg/dL ➔ Amostra de plasma ou soro. ➔ Espectrofotômetro métodos Com a coleta do material adequado para realização do exame (plasma ou soro), utiliza-se um cálculo de absorbância da amostra sob a absorbância da amostra padrão multiplicada pela concentração da amostra padrão, em mg/dL. resultados ➔ Amostra I: 307 mg/dL ➢ paciente felino ➢ atendimento em ambulatório ➔ Amostra II: 43 mg/dL ➢ paciente cão ➢ atendimento em consultório ➢ atividade: cão de caça - 10 anos ➔ Amostra III: 105 mg/dL ➢ paciente equino discussão A amostra de número 1 advinda do paciente felino mostra-se alterada dos padrões da taxa normativa de glicemia, em resultado hiperglicêmico. No entanto é correto avaliar que ao adentrar o ambulatório, a amostra coletada fora de plasma e, em adição, as condições emocionais do paciente se encontravam alteradas uma vez que o mesmo permaneceu agitado, impedindo que a coleta seja realizada de maneira tranquila sem necessidade de contenção por parte da equipe, portanto, o resultado sofreu influência de ambas condições; do tipo de material coletado e da condição do paciente que se encontrava agitado e estressado fazendo com que houvesse maior consumo consumo de glicose por ação hormonal somado a necessidade celular, além da patologia primária, fazendo com que houvesse, de fato, uma hiperglicemia transitória. Dessa forma, o resultado do exame de dosagem de glicemia não pode ser considerado se fazendo necessário nova mensuração. A amostra de número 2 realizada por um cão demonstra alteração, sendo esta do tipo hipoglicêmica. Na realização da coleta, o paciente permaneceu em estado prostrado, porém permitindo a realização do exame. Na anamnese, foi relatado que o cão é de atividade de caça, dessa forma, realizando grande esforço físico e, pouco antes da ida à clínica, havia feito atividade física no qual o tutor alega que o animal, após realização da atividade, permanece em estado prostrado. Dessa forma, o resultado da hipoglicemia pode ser atribuído ao esforço intenso pelo cão já idoso e, consequentemente, maior utilização de glicose, além da baixa natural em sua atividade metabólica devido à elevada idade, sendo, portanto, recomendado alimentação adequada antes dos exercícios e corridas moderadas. No entanto, caso episódios voltem a ocorrer, será necessário nova bateria de exames a fim de checar condições endócrinas, pancreáticas, presença de neoplasias ou defeitos nas proteínas transportadoras. A amostra de número 3 pelo paciente equino demonstrou estar dentro da faixa normativa, portanto, estando associada a normatividade das ações metabólicas, hormonais, hepáticas e pancreáticas do paciente.
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