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INICIANTES TEORIA CANTO CORAL

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Prévia do material em texto

Alberto Merchede 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE MÚSICA 
 
PARA INICIANTES NO CANTO CORAL 
 
 
 
 
(Noções teóricas e exercícios práticos de ritmos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 Merchede 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE MÚSICA 
 
PARA INICIANTES NO CANTO CORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Alberto Merchede 
 
 
 3 Merchede 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOÇÕES DE MÚSICA 
 
PARA INICIANTES NO CANTO CORAL 
 
 
 
 
(Noções teóricas e exercícios práticos de ritmos) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA-DF, novembro de 2014 
 4 Merchede 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reconhecimento especial ao Regente Fernando 
de Almeida Barros, graduado em música pela Uni-
versidade Estadual Paulista-UNESP com vasta 
experiência no canto coral, e ao estudante de re-
gência da UnB, Mauricio Doff Sotta, que me honra-
ram com suas prestimosas contribuições, ao parti-
ciparem da revisão deste trabalho na sua fase 
preparatória 
 
 
 
 
Agradeço a Deus e a minha mãe, ao meu pai (in me-
moriam) à minha esposa, filhos, noras, genros, netos e 
bisneta, a quem dedico este trabalho. 
 
 
De nada ou quase nada vale o talento se não 
usado a serviço do próximo, em causa agra-
dável a Deus. É recomendado que “O dom 
que cada um recebeu ponha-o a serviço dos 
outros, como bons administradores da tão di-
versificada graça de Deus” (1 Pdr 4,10) 
 
 
 5 Merchede 
 
 
Sumário 
 
APRESENTAÇÃO 7 
PARTE I - NOÇÕES ELEMENTARES 8 
1. SOM - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES (ALTURA, DURAÇÃO, 
INTENSIDADE E TIMBRE) 8 
2. MÚSICA – DEFINIÇÃO E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 11 
3. NOTAÇÃO MUSICAL 12 
4. NOTAS MUSICAIS 13 
5. ESCALAS - ASCENDENTE E DESCENDENTE 14 
6. PAUTAS OU PENTAGRAMA - LINHAS COMPLEMENTARES SUPERIORES E INFERIORES15 
7. CLAVES 18 
8. VALORES 23 
9. PROPORCIONALIDADE ENTRE OS VALORES 25 
10. LIGADURA - PONTO DE AUMENTO 27 
11. COMPASSO - ANDAMENTO - METRÔNOMO 29 
11.1. COMPASSO E TEMPO 29 
11.2. GRUPOS ALTERADOS (QUIÁLTERAS) 35 
11.3. ANDAMENTO 37 
11.4. METRÔNOMO 38 
12. TOM E SEMITOM 39 
13. SINAIS DE ALTERAÇÃO 40 
14. FERMATA OU SUSPENSÃO - LINHA DE OITAVA 41 
14.1. FERMATA 41 
14.2. LINHA DE OITAVA 41 
15. SINAIS DE ARTICULAÇÃO - “LEGATO” e “STACCATO” 42 
16. SINAIS DE REPETIÇÃO: “DA CAPO”, “RITORNELLO”, etc 43 
17. ABREVIATURA 44 
18. SINAIS DE INTENSIDADE 46 
19. VOZES 47 
PARTE II - PRÁTICA DE RITMO 50 
20. MOVIMENTOS RÍTMICOS 50 
21. MOVIMENTOS COMBINADOS COM EMISSÃO DE SOM 51 
22. USO DE FIGURAS DE SOM 53 
23. USO DE FIGURAS DE SILÊNCIO (PAUSAS) 55 
24. USO DE FIGURAS PONTUADAS 56 
25. USO DE FIGURAS DE VALORES MENORES 58 
26. USO DA BARRA DE DIVISÃO, FÓRMULA DE COMPASSO E BARRA DUPLA FINAL 62 
27. MARCAÇÃO RÍTMICA COMBINADA COM TEXTO ( COM A LETRA DA MÚSICA) 65 
APÊNDICES 68 
APÊNDICE Nº 1 68 
 6 Merchede 
 
 
APÊNDICE Nº 2 69 
APÊNDICE Nº 3 71 
Bibliografia 72 
 7 Merchede 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
Este trabalho destina-se a oferecer aos principiantes do canto 
coral conhecimentos teóricos elementares e variadas formas de exerc í-
cios práticos de marcação de ritmo, para que possam exercitar suas hab i-
l idades com maior segurança e compreensão. Ao f inal de cada cap ítulo ou 
de cada tópico, são oferecidas para resolução algumas tarefas, visa ndo à 
avaliação do conhecimento obtido. 
O trabalho foi organizado a partir do material disponível, acum u-
lado ao longo da experiência do autor como auxiliar de regente no Coral 
da Paróquia de São Francisco de Assis, na Asa Norte, em Brasília -DF. Em 
face da diversidade de níveis culturais e de escolaridade dos participa n-
tes do coral, a obra foi preparada em forma de manual, numa lingu agem e 
forma de expressão e organização tal que permita atender a todos, facil i-
tando-lhes a compreensão. 
O manual encontra-se dividido basicamente em três assuntos: 
noções elementares, prática de ritmo e tópicos complementares. Este ú l-
t imo destina-se a quem deseja aprofundar-se um pouco mais. 
Há também seção específ ica (em forma de apêndice) contendo 
informações complementares e interessantes, tais como comparação das 
claves, mensuração do andamento e extensão das vozes humanas. 
Esperamos que o trabalho venha a constituir-se num instrumento 
útil para a capacitação do coralista, fortalecimento do seu desempenho e 
participação consciente no conjunto coral. 
 
 
 
 
 8 Merchede 
 
 
PARTE I - NOÇÕES ELEMENTARES 
 
1. SOM - DEFINIÇÃO, CARACTERÍSTICAS E PROPRIEDADES (ALTURA, DU-
RAÇÃO, INTENSIDADE E TIMBRE) 
 
O som é definido como a vibração capaz de impressionar o órgão auditivo (o 
ouvido). É transmitido no ar, ou em outro meio condutor, por ondas sonoras em todas 
as direções, em forma de círculos concêntricos, semelhantemente ao que ocorre na 
água tranqüila quando uma pedra é atirada. A parte da Física que trata dos sons é a 
acústica (do grego: acuo=ouço) . A velocidade do som, no ar, à temperatura de 15º C, 
é de 340 metros por segundo (m/s); À temperatura de 0º C, é de 333 m/s; Na água, a 
velocidade é de 1.450 m/s; em ferro, 4.900 m/s; e em vidro, 5.600 m/s. (ELLME-
RICH,1977, p.17) 
Como se vê, o som é transmitido no ar ou em outro meio condutor (água, ferro 
etc.). Para produção e percepção do som é necessário: um corpo sonoro (o instrumen-
to ou a voz, no caso da música); um meio excitador das vibrações (o arco, no caso do 
violino); um meio transmissor (geralmente o ar) e um órgão de audição. 
O som é uma forma de comunicação: a comunicação sonora. Ele pode ser mani-
festado sob forma de ruído e som musical. O som musical se expressa por meio de 
instrumentos musicais; da voz etc. Já o ruído varia de acordo com a procedência, co-
mo por exemplo, provindo da Natureza (trovão, cachoeira etc.); animal (miado do gato); 
humano (palmas) etc. A diferença é que o som musical é agradável ao ouvido. 
As quatro propriedades do som são: altura, duração, intensidade e timbre. 
Estamos tratando da altura quando costumamos dizer que o som está grave 
(grosso) ou agudo (fino) e não, quando dizemos que está em maior ou menor volume. 
A altura diz respeito ao número de oscilações ou vibrações do corpo sonoro. Quanto à 
altura, o som pode ser grave, médio ou agudo. O ouvido humano percebe sons na 
faixa aproximada de 16 a 30.000 vibrações duplas por segundo. Segundo Priolli(1978, 
p.62), são considerados musicais os sons que se situam na faixa de 16 a 4.224 vibra-
ções duplas, ou 32 a 8448 vibrações simples. Acima ou abaixo dessa faixa os sons 
perdem sua qualidade musical e são considerados ruídos. 
A altura varia de acordo com o número de vibrações e com a dimensão do corpo 
sonoro. Quanto maior for o número de vibrações, mais agudoé o som; quanto menor, 
mais grave é o som. Por outro lado, quanto mais volumoso ou denso for o corpo sono-
ro, mais grave será o som, e vice-versa. 
Assim, tomemos, para exemplo, duas cordas esticadas com a mesma tensão, 
tendo diâmetros iguais e feitas com o mesmo material. Se a primeira tiver a metade do 
tamanho da segunda, a menor produzirá o dobro de vibrações da maior. Agora, se 
tensão, material e tamanho foram iguais, e uma delas tiver a metade do diâmetro da 
outra, a mais fina produzirá o dobro de vibrações da mais grossa. Esta é, portanto, a 
influência da dimensão do corpo sonoro na altura do som. O número de vibrações de 
uma corda varia ainda em função da densidade do material e, também, de acordo com 
a tensão com que é esticada. Uma vez que as notas musicais guardam entre si pro-
porcionalidade quanto ao número de vibrações, esse princípio é utilizado na fabricação 
de instrumentos e na produção de música por meio do computador. 
 9 Merchede 
 
 
Duração é o tempo durante o qual a produção do som se prolonga. Na música, 
conforme veremos mais adiante, a duração relativa de cada nota é determinada de 
acordo com a figura que a representa (breve, semibreve, colcheia etc.) 
Intensidade é o “volume” do som. Estamos tratando de intensidade quando di-
zemos que o som está forte ou fraco. A intensidade depende da energia contida na 
onda sonora. Varia também em função da distância. 
A intensidade do som, segundo ELLMERICH (1977, p. 19), é medida em “phon” 
(na Alemanha) ou “decibel” (Estados Unidos). O decibel – décima parte do bel – tem 
essa denominação em homenagem a Alexander Graham Bell, inventor do telefone 
(1876). A escala de intensidade é a seguinte: 
 0 limite mínimo de audição; 
 10 conversa em voz baixa; 
 20 jardim tranquilo; 
 30 rua sem tráfego; 
 60 intensidade média em grandes armazéns; 
 70 tráfego intenso em grandes cidades; 
 90 ruido de pneumático estourado ( a 3,5 m de distância); 
120 motor de avião a 6 m de distância 
130 limite máximo de audição. 
O timbre, por sua vez, diz respeito à natureza do copo sonoro (apito, tipo de ins-
trumento, buzina etc.). Os corpos sonoros produzem certo número de vibrações cha-
madas “harmônios”. Cada corpo tem seus “harmônios” característicos, cuja combina-
ção forma o timbre, que é a cor do som, seu colorido. O timbre é a personalidade do 
som; é a propriedade que permite distinguir dois sons produzidos por diferentes ins-
trumentos ou vozes, mesmo que tenham idêntica altura e mesma intensidade. É a ca-
racterística individual do som; é a “caixa de ressonância” da fonte produtora do som.. 
 
Exercícios propostos 
1. Preencha os espaços pontilhados: 
a) Som é a ............................... capaz de impressionar o .......................................... 
b) A parte da Física que trata dos sons é a .................................................. 
c) O som é transmitido em meios condutores, tais como ........................................, 
 .........................., ............................., .............................. 
2. Diga qual a principal diferença entre ruído e som musical. 
3. Quais são as propriedades do som? 
4. Quando dizemos que o som está muito forte (barulhento), estamos tratando da al-
tura ou do volume(intensidade)? 
 
 
5. Relacione as colunas: 
 ( ) Som forte, volumoso ( 1 ) Timbre 
 ( ) Cor do som, seu colorido ( 2 ) Intensidade do som 
 10 Merchede 
 
 
 ( ) Som alto, fino, agudo ( 3 ) Altura do som 
 ( ) Natureza da fonte sonora 
 (voz, instrumento etc) 
 ( ) Som fraco, com pouco volume 
 ( ) Som grosso 
6. O que é decibel e para que serve? 
 
 
 11 Merchede 
 
 
2. MÚSICA – DEFINIÇÃO E ELEMENTOS CONSTITUTIVOS 
 
Entre as mais variadas definições de música ao longo da história – algumas bas-
tante pitorescas – destacamos a de ELLMERICH (1977; p.20), que se utiliza de dois 
fatores “o primeiro é de ordem artística porque a música é a arte na manifestação do 
belo por meio dos sons. O segundo, é científico, porque a produção e combinação dos 
sons são regulados por leis científicas”. Dentro dessa dicotomia, abordaremos inicial-
mente conceitos da música como arte, para depois aprofundarmo-nos nos aspectos 
científicos de sua produção. 
Os quatro elementos fundamentais da música são: melodia, harmonia, ritmo e 
timbre. 
A melodia consiste na sucessão de sons, formando o sentido musical. É como 
um assobio. Ela é horizontal. A harmonia compreende a execução de variados sons 
ouvidos ao mesmo tempo, observadas as leis que regem os agrupamentos de sons 
simultâneos. O ritmo é o movimento dos sons regulados pela sua maior ou menor du-
ração. O timbre, conforme já foi definido, está ligado à natureza do corpo sonoro. Re-
presenta o colorido do som. 
 
Exercícios propostos 
 
1. Quais as duas abordagens de música adotadas por ELLMERICH? 
2. Assinale (f) para a proposição falsa e (v) para a verdadeira: 
 ( ) A harmonia representa a cor do som 
 ( ) O ritmo compreende a execução de variados sons ouvidos ao mesmo tempo 
 ( ) A melodia compreende a sucessão de sons 
 ( ) A harmonia é horizontal, como um assobio 
 
 
 
 
 12 Merchede 
 
 
3. NOTAÇÃO MUSICAL 
Para se reter a música, de modo a reproduzi-la posteriormente, pode-se fazer is-
so por meio sonoro (gravando seus sons), ou gráfico (escrevendo-a). Para escrevê-la 
usam-se diversos sinais. O conjunto de sinais gráficos que servem para escrever a 
música é chamado notação musical. Os principais sinais gráficos são: 
- as notas; 
- a pauta; 
- as claves; 
- as figuras; 
- os compassos; e 
- as alterações. 
Cada um desses sinais será objeto de abordagem específica. 
 
 
Exercícios propostos 
1. A “memorização” da música pode ocorrer por meio............ ou .............. 
2. Assinale (v) para sentença verdadeira e (f) para falsa 
( ) Para se escrever a música não usados meios sonoros 
( ) Notas, claves, figuras e timbre são alguns sinais gráficos usados para escrever 
a música 
( ) Compassos, figuras, claves e notas são alguns dos sinais gráficos empregados 
na escrita musical. 
3. O que você entende por notação musical? 
 13 Merchede 
 
 
4. NOTAS MUSICAIS 
Para representação dos sons musicais são utilizados monossílabos chamados 
notas musicais. As notas musicais são: DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI, assim dispostas 
segundo a ordem de altura, ou seja, da mais grave, que é a nota DO, para a mais 
aguda, que é a nota SI. 
Esses monossílabos, segundo consta, foram extraídos do Hino de São João Ba-
tista, mediante aproveitamento da primeira sílaba de cada verso, por Guido D’Arezzo, 
monge beneditino e musicista da província de Ferrara (Itália), na primeira metade do 
Século XI. 
Os versos são os seguintes: 
 
 Em latim Tradução 
1
 
 
UT queant laxis Para que teus servos 
REsonare fibris Possam cantar em plena voz 
MIra gestorum O maravilhoso dos 
FAmuli tuorum Teus feitos 
SOLve poluti Purificai-lhes 
LAbili reatum Os lábios poluidos 
Sancte IoanesÓ São João 
 
A primeira sílaba UT, como era difícil de ser cantada, foi substituída pelo DO, por 
Giovanni Batista Doni, em 1640, utilizando a primeira sílaba do seu sobrenome 
Observe-se que o SI é formado pelas iniciais das palavras do último verso Sancte 
Ioannes. 
 
 
Exercícios propostos 
1. Escreva os monossílabos representativos das notas musicais, na ordem de altura, 
ou seja, da mais grave para a mais aguda. 
2. Qual a origem dos monossílabos? 
3. Desde o início sempre foram esses os monossílabos ou ouve alguma modificação? 
4. Complete: Os monossílabos foram extraídos da ________ sílaba dos versos em la-
tim. Inicialmente, começavam com o monossílabo _______, que, por dificuldade de 
ser cantado, foi modificado para ____, palavra extraída das iniciais do nome de 
______________. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1
 Belmira Cardoso e Mário Mascarenhas, Curso Completo de Teoria Musical e Solfejo, 5ª ed. Irmãos Vitale, s/d. 
Vol I, pag 185. 
 14 Merchede 
 
 
5. ESCALAS - ASCENDENTE E DESCENDENTE 
 Repetindo-se o primeiro dos monossílabos representativos das notas musicais, 
que é o DO, completam-se as oito notas que constituem a escala natural: 
DO - RE - MI - FA - SOL - LA - SI - DO 
Essa escala, na forma como está escrita, está também disposta de acordo com a 
altura das notas, partindo da mais grave para a mais aguda, ou seja, da mais baixa 
para a mais alta, num movimento de “subida”. É a escala ascendente. 
Quando as notas estão dispostas em ordem inversa, isto é, da mais aguda para a 
mais grave, assim: DO-SI-LA-SOL-FA-MI-RE-DO, num movimento de descida, 
recebe o nome de escala descendente. Esquematicamente essas escalas seriam re-
presentadas da seguinte maneira: 
 
 DO 
 SI SI 
 LA LA 
 SOL SOL 
 FA FA 
 MI MI 
 RE RE 
 DO DO 
 
Na prática, cada uma dessas notas pode ser alterada para cima ou para baixo, 
mediante a colocação do sinal de alteração, sobre o qual adiante será comentado. 
 
 
Exercícios propostos 
1. Escreva as notas que formam a escala natural 
2. Assinale (v) para a sentença verdadeira e (f) para a falsa 
 ( ) A escala ascendente é composta de oito notas sucessivas, começando na mais 
grave e terminando na mais aguda 
 ( ) A escala ascendente é composta de sete notas sucessivas (DO-RE-MI-FA-SOL-
LA-SI), começando na mais grave e terminando na mais aguda 
 ( ) A escala descendente é composta de sete notas sucessivas, começando na 
mais grave e terminando na mais aguda 
 ( ) A escala descendente é composta pelas seguintes notas SI-LA-SOL-FA-MI-RE-
DO 
 ( ) A escala descendente é composta por oito notas sucessivas, começando na 
mais aguda e terminando na mais grave 
 
 15 Merchede 
 
 
6. PAUTAS OU PENTAGRAMA - LINHAS COMPLEMENTARES SUPERIORES E 
INFERIORES 
A música moderna é escrita em um conjunto de cinco linhas paralelas e eqüi-
distantes, formando entre si quatro espaços. Essas cinco linhas são chamadas pauta 
ou pentagrama. As notas são escritas tanto nas linhas como nos espaços. 
 
As linhas e espaços são contados de baixo para cima. Exemplo: 
 
 
A pauta às vezes é insuficiente para comportar todos os sons que o ouvido hu-
mano é capaz de captar. Ela não comporta sons mais agudos nem os mais graves. Por 
isso, para representar esses sons que ultrapassam o limite das cinco linhas, acrescen-
tam-se pequenas linhas na parte superior e na inferior, como prolongamento da pauta. 
Essas linhas adicionais são chamadas linhas complementares superiores e linhas 
complemenares inferiores. As notas são escritas nessas linhas complementares e 
também nos espaços por elas formados. As linhas e os espaços complementares su-
periores são contados de baixo para cima e os inferiores, de cima para baixo, confor-
me mostra o exemplo a seguir. A quantidade de linhas complementares não é limitada, 
mas na prática não é comum ultrapassar cinco. 
 
Exemplo de linhas complementares: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16 Merchede 
 
 
 
Exercícios propostos 
 
1. Numerar a segunda coluna de acordo com a primeira: 
 
1 DO-SI-LA-SOL-FA-MI-RE-DO ( ) Pentagrama ou pauta 
2 Notas, pautas, claves, figuras, etc. ( ) Escala descendente 
3 
Conjunto de cinco linhas paralelas e 
eqüidistantes 
( ) 
São os monossílabos que repre-
sentam os sons musicais: DO-RE-
MI-FA-SOL-LA-SI 
4 Notas musicais ( ) Escala ascendente 
5 DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI-DO ( ) Sinais gráficos: notação musical 
 
2. Nos exercícios a seguir, preencha o parêntese com um “V”, se achar que a afirmati-
va é verdadeira; Se achar que é falsa, preencha com um “F” e, neste caso, mostre 
qual seria a situação correta. 
 
( ) Escala ascendente: DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI 
 
( ) Escala descendente: DO-SI-LA-SOL-MI-FA-RE-DO 
 
( ) Exemplo nº 1 de pentagrama ( ) Exemplo nº 2 de pentagrama 
 
 
 
( ) Designação das linhas e espaços 
 
 
 
( ) Linhas e espaços complementares - exemplo nº 1: 
 
 
 
( ) Linhas e espaços complementares - exemplo nº 2: 
 17 Merchede 
 
 
 
( ) As notas representativas dos sons musicais são expressas por meio de mo-
nossílabos 
 
( ) A escrita musical é feita somente nas linhas do pentagrama 
 
( ) A pauta ou pentagrama é um dos sinais gráficos que constituem a notação 
musical. 
 
 18 Merchede 
 
 
7. CLAVES 
 
 
A pauta por si só não é suficiente para identificar a nota que nela figura, como 
também não é suficiente para se saber a posição, ou seja, a altura onde determinada 
nota deve ser escrita. Não é possível, por exemplo, dizer o nome da nota que está 
escrita na pauta a seguir, se ela é um DO ou SOL ou qualquer outra nota, tampouco se 
pode determinar, por exemplo, em que posição deve ser escrita a nota RE. 
 
 
A identificação das notas na pauta só é possível, pois, com a presença da CLA-
VE, que é o sinal colocado no princípio da pauta e serve para dar nome às notas e de-
terminar sua altura na escala. 
 
Há 3 tipos de clave, que são: 
 
 
Clave de Sol. 
 
 
 
 
Clave de Fa 
 
 
 
 
Clave de Do. 
 
A clave não é escrita em qualquer linha da pauta. Ela é escrita somente em linhas 
específicas. Diz-se que a clave assina-se em determinada linha da pauta. 
 
A clave de SOL é escrita unicamente na segunda linha; 
A clave de FA é escrita na 3ª e na 4ª linhas; 
A clave de DO é escrita na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linhas. 
Os dois pontinhos que aparecem nas claves de FA e de DO servem para indicar 
a linha da pauta a que elas se referem, já que podem ser assinadas em mais de uma 
linha. No caso da clave de SOL, que atualmente só é assinada na 2ª linha, não há ne-
cessidade dos pontinhos identificadores. 
 
Vejamos como é que se dá nome às notas. No caso da clave de sol, como ela é 
assinada na 2ª linha, isso indica que as notas que estiverem escritas na segunda 
linha recebem o nome de SOL. 
 
 
 
Partindo dessa nota é que se pode identificar a posição das demais, consideran-do que as notas ocupam linhas e espaços na pauta. Por exemplo, de acordo com a 
escala ascendente, a nota seguinte ao SOL (subindo), ou seja, aquela que vem logo 
depois do SOL, é o LA. Então, na pauta, a posição do LA também vem logo depois da 
posição do SOL. Portanto, a posição seguinte à da linha onde está o SOL, subindo, é 
 19 Merchede 
 
 
segundo espaço. Então, é aí que deve ser escrita a nota LA, conforme mostra o dese-
nho a seguir: 
 
 
Da mesma forma, as notas ascendentes depois do LA, que são SI-DO-RE-
MI, etc. escrevem-se da seguinte maneira: 
 
 
De modo semelhante, as notas descendentes, após o SOL, ou seja, FA-MI-
RE-DO etc., são assim representadas: 
 
  
Vejamos exemplo de outras notas que formando duas escalas (ascendente e 
descendente): 
 
 
 
Do mesmo modo, a clave de FA na quarta linha indica que toda nota coloca-
da na 4ª linha é FA. 
 
 
 
Como no caso anterior, também aqui é a partir dessa nota, que se identificam as 
demais. Por exemplo, a nota SOL que, na escala ascendente, vem logo depois desse 
FA, é escrita na pauta na posição subseqüente, que é o quarto espaço, conforme 
mostrado a seguir: 
 
 
 
 
Outro exemplo de uso da clave de FA contendo duas escalas (ascendente e des-
cendente): 
 
 20 Merchede 
 
 
 
Geralmente a clave de SOL é empregada para indicar as notas mais agudas da 
música e a clave de FA, as notas mais graves. Essas duas claves, a de SOL e a de FA 
(na quarta linha) são as mais usadas. São empregadas para as vozes e para a maior 
parte dos instrumentos. Por exemplo, no canto coral, os cantos das vozes femininas, 
que são vozes mais agudas, são escritos na clave de SOL e o das vozes masculinas, 
geralmente na de FA. 
Para termos idéia da posição comparativa dessas duas claves, com relação à al-
tura das notas, vejamos o exemplo a seguir, que parte de uma nota DO profundamente 
grave para a voz humana e, cobrindo 3 escalas, vai até um DO extremamente agudo: 
 
 
 
 Igual procedimento exemplificado para as claves de SOL e de FA são adotados 
para a clave de DO, que é escrita na 1ª, 2ª, 3ª e 4ª linhas 
Outros exemplos: 
 
Clave de FA na terceira linha: 
 
 
 
Clave de DO na primeira linha: 
 
 
 
Clave de DO na terceira linha: 
 
 
No Apêndice nº 1 são apresentados esquemas comparativos de todas es-
sas claves. 
 
 21 Merchede 
 
 
 
 
 
Exercícios propostos 
 
1. Escreva o nome das seguintes notas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Escreva, nas pautas a seguir (sem incluir linhas complementares), as no-
tas indicadas: 
 22 Merchede 
 
 
 a) DO, MI, RE, SI e FA 
 
 
 b) DO, SI, LA, MI (mais grave) e MI(mais aguda) e SOL 
 
 c) RE, MI, SOL(mais grave), SOL(mais aguda) e FA 
 
 
 
 
 
 
 23 Merchede 
 
 
8. VALORES 
 
Sabemos que as notas têm durações diferentes. Utilizemos o exemplo de uma 
música bem conhecida, o Hino Nacional Brasileiro: “Ouviram do Ipiranga as margens 
plácidas...”. Observe-se que a nota representativa da sílaba “plá” tem duração maior do 
que a da sílaba “ci”. Experimente cantar e confira. Esta última nota (“ci”), portanto, é 
pronunciada mais rapidamente do que a outra. 
Para representar as diferentes durações dos sons musicais é necessário que as 
notas sejam escritas de diferentes formas. Essas formas diversificadas são chamadas 
figuras ou valores. Há duas espécies de figuras: aquelas que indicam a duração do 
som e as que indicam a duração do silêncio. As mais usadas figuras representativas 
da duração do som são: 
Figuras de som 
 
Nomes  Semibreve mínima semínima colcheia semicolcheia fusa 
Além dessas figuras existem outras pouco usadas, tanto de maior como de me-
nor duração. É o caso da breve, máxima, longa, semifusa e quartifulsa ou tremifusa. As 
três primeiras foram pouco a pouco deixadas de ser usadas. Segundo PRIOLLI 
(1978;p.14), essas figuras só aparecem em trechos de autores antigos, pois os moder-
nos não as usam mais. São assim representadas. 
. 
Figuras de som 
 
 
Nomes  Máxima Longa Breve 
As partes que compõem um figura são: 
 
De um modo geral, abaixo da terceira linha as figuras são desenhadas com as 
hastes para cima; quando estiverem colocadas acima da terceira linha, as hastes ficam 
para baixo. Desenhadas na terceira linha, as figuras podem ter as hastes para cima ou 
para baixo. 
As notas com bandeirola, quando juntas, são ligadas por traço, que é a barra de 
união, usada em vez da bandeirola conforme a seguir ilustrado: 
 
Da mesma maneira, as pausas, que são figuras indicativas do silêncio, também 
são representadas de acordo com sua duração, por diferentes sinais. Vejamos: 
 
 
 
 24 Merchede 
 
 
 
A pausa , escrita sob a quarta linha da pauta, equivale à 
 
A pausa , escrita acima da terceira linha da pauta, equivale à 
 
A pausa equivale à 
A pausa equivale à 
A pausa equivale à 
A pausa equivale à 
 
 
Exercícios propostos 
 
1. Diga, com as suas palavras, o que entende por figuras ou valores. 
2. Complete: as figuras indicam a duração do ______________ ou do ___________ 
3. Preencha as linhas em branco com o nome da respectiva figura de som: 
Figuras de som 
 
 
 
Nomes  ______ ____ _____ _____ ______ ____ 
4. Complete, desenhando na linha em branco a figura de som correspondente: 
A pausa equivale à ____ 
A pausa , escrita acima da terceira linha da pauta, equivale à _____ 
A pausa equivale à _____ 
A pausa equivale à _____ 
A pausa , escrita sob a quarta linha da pauta, equivale à _____ 
A pausa equivale à ______ 
 25 Merchede 
 
 
9. PROPORCIONALIDADE ENTRE OS VALORES 
Conforme foi mencionado, as maneiras com que são escritas as notas musicais é 
que representam a maior ou menor duração do som ou do silêncio. As figuras com que 
são representados os sons mantêm entre si relação de proporcionalidade. 
É a seguinte a relação de proporcionalidade: cada figura dura o dobro da subse-
qüente. Entre as notas mais usadas, a de maior duração é a semibreve, que é tida 
como unidade. De acordo com a relação de proporcionalidade ela vale o dobro da sub-
seqüente, que é a mínima, ou seja: 
 
= 
 
+ 
 
Para melhor compreensão da proporcionalidade, admitamos, a título meramente 
didático, que em determinado trecho musical executado sem mudar de velocidade, a 
semibreve dure 4 segundos; então nesse mesmo tempo durarão duas mínimas, pois 
cada uma será executada em 2 segundos. A semínima, por sua vez, duraria 1 segun-
do; a colcheia, meio segundo, e assim por diante. 
A mínima,por sua vez, dura o dobro da semínima; a semínima dura o dobro da 
colcheia; a colcheia, o dobro da semicolcheia e assim sucessivamente: 
 
= + 
 
 = + 
 
 
= 
 
+ 
 
 
 
= 
 
+ 
 
 
 
Qu
an
tid
ad
e 
 1 Semibreve
2 Mínima
4 Semínima
8 Colcheia
16 Semicolcheia
32 Fusa
Desenho da figura Nome
Quadro comparativo da proporcionalidade entre as figuras
 
 
 26 Merchede 
 
 
As pausas guardam igualmente a mesma relação de proporcionalidade na sua 
duração. Por exemplo 
 
 = + 
Uma pausa de semínima equivale a duas de col-
cheia 
 
 = + 
Uma pausa de colcheia equivale a duas de semi-
colcheia 
 
 
= 
 
+ 
 
Uma pausa de semicolcheia equivale a duas de 
fusa 
 
Alguns autores chamam as figuras de som de figuras positivas ou valores positi-
vos e as pausas de figuras negativas ou valores negativos. Entretanto essas designa-
ções são contestadas por outros. Preferindo não entrar nessa polêmica, continuare-
mos utilizando os termos figura, figura de som, valor e pausa ou figura de pausa ou de 
silêncio. 
 
Exercícios propostos 
 
1. Preencha a linha em branco 
 
 
+ 
 
=_______ 
 
 + =_______ 
 
 
+ 
 
=_______ 
 
 + = ______ 
 
 
+ 
 
=_______ 
 
2. Preencha as linhas em banco com o desenho da figura correspondente 
 
 + = _______ 
 
 + = _______ 
 
 + = _______ 
 
 + + _______ 
 
 
+ 
 
+ _______ 
 
3. Diga o que você entende por figura positiva e figura negativa. 
 
 27 Merchede 
 
 
10. LIGADURA - PONTO DE AUMENTO 
 
LIGADURA 
A ligadura é uma linha curva (semicircular) colocada por cima ou por baixo das fi-
guras de nota. Quando essas notas forem de mesma altura elas fundem-se como se 
fossem uma só, ou seja, os sons ligados não devem ser pronunciados ou executados 
nota por nota. Neste caso, apenas a primeira nota é emitida; as demais são seu pro-
longamento, formando um só valor. Por exemplo: 
 
 
 
A ligadura pode também abranger notas de alturas diferentes. Neste caso, é so-
mente para efeito de execução instrumental ou vocal. As notas compreendidas dentro 
da ligadura devem ser pronunciadas sem interrupção. Por exemplo: 
 
 
 
PONTO DE AUMENTO 
Ponto de aumento é o ponto colocado à direita da figura, para indicar o aumento 
de metade de sua duração. Ou seja, o ponto representa a metade do valor da nota. 
Aritmeticamente, se a figura tem duração de quatro segundos, por exemplo, o ponto 
acrescer-lhe-á dois, passando a figura pontuada a durar 6 segundos ( 4 + 2). 
 
No exemplo acima o ponto acrescenta à figura a metade do valor desta. Como a 
metade da mínima é a semínima, então a figura pontuada passaria a valer a mínima 
ligada a uma semínima, ou seja: 
 
 
 
 
 = 
 
 
 
Outros exemplos: 
 
 
 = 
 
 
 
 
 
= 
 
 
As pausas também podem ser pontuadas: 
 
 
 28 Merchede 
 
 
 
 
 = 
 
 
 
 
 
 
 
 = 
 
 
 
Podem ser colocados dois ou mais pontos à direita da figura. Nesse caso, 
cada ponto adicional vale a metade do antecedente. No exemplo aritmético anterior, se 
a duração da nota é de quatro segundos, o primeiro ponto valerá dois e o segundo 
ponto valerá um. Então a nota com os dois pontos passará a durar 7 segundos 
(4+2+1). 
Exemplo: 
 
 
 
 = 
 
Os exemplos mostram que tanto podem ser usadas figuras de som pontuadas 
como figuras ligadas, desde que a soma dos valores seja a mesma. 
 
Exercícios propostos 
 
Usando a ligadura, preencha os espaços da direita com as figuras equivalentes à figu-
ra pontuada da esquerda. 
 _______________________________ 
 
 
 
___________________________________________ 
 
 
 
___________________________________________ 
 
 
 
___________________________________________ 
 
 
 
___________________________________________ 
 
 
 
___________________________________________ 
 
 
 
___________________________________________ 
 
 29 Merchede 
 
 
11. COMPASSO - ANDAMENTO - METRÔNOMO 
 
11.1. COMPASSO E TEMPO 
 
 
O trecho musical é dividido em partes que são chamadas compassos. Essas 
partes são separadas por linhas verticais que cortam a pauta. Essas linhas são cha-
madas barras ou travessão. Exemplo: 
 Barra ou travessão 
 
 
 
 
Para separar trecho musical é utilizado travessão duplo. Quando colocado no fi-
nal da peça, chama-se pausa final. 
 
 
Cada compasso é dividido em partes ou movimentos chamados tempos. Trata-
se daquilo que na execução musical costuma-se chamar de pulsação. Os tempos têm 
acentuação forte e fraca. 
Embora as figuras guardem relação de proporcionalidade entre elas, sua duração 
no entanto é indeterminada. Ou seja, a mínima dura o dobro da semínima; esta, por 
sua vez, dura o dobro da colcheia, e assim por diante. Mas quanto tempo efetivamente 
(segundos, minutos, etc.) duram? Esse espaço de duração é determinado por meio 
do tempo, e medido pela fixação da “velocidade” da música, que é o andamento. Esse 
assunto será objeto de tratamento mais adiante (Capítulo 11.3-ANDAMENTO). 
Assim, se for estabelecido que a semínima tenha duração de 1 tempo, por exem-
plo; então a mínima valerá dois tempos, já que proporcionalmente a mínima ( ) vale o 
dobro da semínima ( ). Neste exemplo, ainda, a semibreve ( ) duraria 4 tempos, já 
que equivale a quatro semínimas, e assim por diante. 
Os compassos formados por dois tempos (duas pulsações) são chamados biná-
rios; formados por três tempos, são ternários; e por quatro tempos, quaternários. 
A figura cuja duração preenche todo o compasso é chamada unidade de com-
passo. Semelhantemente, aquela figura que sozinha preenche o tempo é camada 
unidade de tempo. 
Os símbolos indicativos da quantidade e dos valores que devem preencher cada 
compasso denominam-se signos de compasso. São colocados no início da pauta e 
podem ser representados por uma fração ordinária; por letra; por um número ou por 
número e figura, conforme será exemplificado adiante. No caso da fração, mais co-
mumente utilizada, o numerador indica a quantidade de tempos de cada compasso. 
Exemplo: 
 
 
 30 Merchede 
 
 
 
 
 Compasso binário 
 
 
 
 Compasso ternário 
 
 
 
 Compasso quaternário 
 
E o denominador indica qual é a figura que será contada para preencher cada 
tempo. Por exemplo, o compasso indicado pela fração 2/4 significa que será preenchi-
do por duas figuras nº 4, que é a semínima (conforme será relembrado adiante) 
Quando essa figura é simples (não pontuada), trata-se do compasso simples. 
Quando pontuada,trata-se do compasso composto. 
 
 
 
COMPASSO SIMPLES 
 
Foi mencionado, quanto à figura indicativa do compasso que a semibreve é tida 
como unidade, ou seja, é a número 1. Ela é subdividida em 2 mínimas; estas, portanto 
são nº 2. A mínima, por sua vez, é subdividida em 2 colcheias e assim por diante. Re-
lembrando: 
 
 
 
 Porque 
 
 
000
 
 Porque 
 
 
 
 Porque 
 
0 
 
 Porque 
 
 
 
 Porque 
 
 
 
 Porque 
 
Portanto, vejamos nos exemplos abaixo como são preenchidos os compassos 
com as unidades de tempo indicadas: 
 
 
 
 31 Merchede 
 
 
Os compassos a seguir podem também ser indicados da seguinte maneira: 
 
 
 
 = 
 
 
= 
 
 
 
 
= 
 
 
= 
 
 
 
 
= 
 
 
Às vezes, no denominador, em vez de número coloca-se a própria figura: 
 
 
Na prática raramente ocorre que cada compasso seja preenchido exclusivamente 
com figuras que representam unidade de tempo. Elas podem ser diferentes, desde que 
sua soma obedeça o que indica a fração ordinária.Exemplificando: 
 
 
Já que 
 
 
 
, o compasso 
 
 
pode ser assim preenchido: 
 
 
Outro exemplo: 
 
 
 
 
QUADRO DE COMPASSOS SIMPLES 
 
a) Compassos Binários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade de 
tempo (UT) 
Unidade de 
compasso (UC) 
 32 Merchede 
 
 
b) Compassos Ternários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
c) Compassos Quaternários 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARCAÇÃO DE COMPASSO SIMPLES 
Marcar o compasso é indicar os tempos por meio de movimento, geralmente ba-
tendo com as mãos ou com o pé, de maneira a manter a uniformidade do andamento 
da música. Os movimentos de marcação do compasso simples de um modo geral são 
feitos nos sentidos indicados pelas setas abaixo: 
 
 
Compasso binário Compasso ternário Compasso quaternário 
 
 
 2º tempo 3º tempo 4º tempo 
 
 3º tempo 
 2º tempo 
 2º tempo 
 1º tempo 1º tempo 1º tempo 
 
 
 
 
COMPASSO COMPOSTO 
 
Os compassos compostos são representados por unidade de tempo expressas 
por meio de uma figura pontuada. As frações indicativas desses compassos têm como 
numerados 6, 9 e 12. No compasso composto, diferentemente do simples, o numera-
Unidade de 
tempo (UT) 
Unidade de 
compasso (UC) 
Unidade de 
tempo (UT) 
Unidade de 
compasso (UC) 
 33 Merchede 
 
 
dor não indica a quantidade de figuras que representam o tempo. Ele indica a quanti-
dade de terços do tempo. Vejamos o que isso quer dizer. 
Tomemos como exemplo o compasso 6/4 a seguir, que pode ser preenchido por 
6 semínimas ou 2 mínimas pontuadas: 
 
 
 
ou 
 
 
Embora ambas as formas estejam corretas, no entanto, como se trata de um 
compasso composto, a unidade de tempo não é a figura simples (semínima), mas a 
pontuada ( a mínima pontuada). Observe que a quantidade de figuras pontuadas (du-
as) é igual ao numerador da fração dividido por 3 (2 = 6: 3). 
 
No compasso composto o numerador, portanto, indica a quantidade de terços 
que entram em cada compasso. Para achar essa quantidade de terços, ou seja, a 
quantidade de tempos representados por figuras pontuadas, divide-se o numerador 
por 3, como foi mostrado. 
 
 6 ÷: 3 = 2 Compasso binário 
 4 
 
 9 ÷ 3 = 3 Compasso ternário 
 8 
 
 12 ÷: 3 = 4 Compasso quaternário 
 4 
 
E qual é a figura pontuada que irá preencher cada tempo? é só dividir o denomi-
nador por 2. Assim, por exemplo, no compasso 6/8, a figura será a semínima (4),pois 
8:2 = 4. Voltando o exemplo anterior, calculemos: 
 
 6 ÷ 3 = 2 Compasso binário 
 4 ÷ 2 = 2 Mínima (unidade de tempo pontuada) 
 
Portanto, a fração 6/4 indica um compasso que deve ser preenchido por duas 
unidades de tempo iguais à mínima pontuada: 
 
O compasso composto 12/8 é um compasso quaternário (12: 3 = 4) cuja unidade 
de tempo é a semínima pontuada ( 8 : 2 = 4) 
 
 
 
 
 
 
 
QUADRO DE COMPASSOS COMPOSTOS 
 34 Merchede 
 
 
 
Compassos Binários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compassos Ternários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 . 
 
Compassos Quaternários 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Unidade de 
tempo (UT) 
Unidade de 
compasso (UC) 
Unidade de 
tempo (UT) 
Unidade de 
som(UC) * * Unidade de som e não unidade 
de compasso, porque inexiste fi-
gura única que preencha o com-
passo 
Unidade de 
tempo (UT) 
Unidade de 
compasso (UC) 
 35 Merchede 
 
 
Os compassos compostos são marcados de forma idêntica aos simples, podendo 
se subdividir cada tempo em 3 movimentos: 
Os compassos compostos são marcados de forma idêntica aos simples, poden-
do, ser facilitada marcando-se também os terços de tempo (PRIOLLI; 1978a, p.98) 
 
Compasso binário Compasso ternário Compasso quaternário 
 
 
 2º tempo 3º tempo 4º te mpo 
 
 3º tempo 
 2º tempo 
1º tempo 1º tempo 2º tempo 1º tempoCOMPASSOS CORRESPONDENTES - Exemplos 
 
Pelo que foi mostrado, temos, por exemplo, o compasso binário simples, re-
presentado pela fração 2/4, em que a unidade de tempo é a e temos o compasso 
 Essa correspondên-
cia é estabelecida multiplicando ou dividindo o numerador por 3 e o denominador por 
2. Seguem exemplos de transformação de compasso simples em composto e vice-
versa. 
 
Partindo do compasso simples para chegar ao composto 
 
Compasso 
Simples 
Unidade 
de tempo 
Multiplica-
ção por 3/2 
Compasso compos-
to correspondente 
Unidade 
de tempo 
 
 3  3 
 4  2 
9 
8 
 
 
 2  3 
 8  2 
 6 
 16 
 
 4  3 
 2  2 
 12 
 4 
 
 
 Partindo do compasso composto para chegar ao simples 
 
Compasso 
Simples 
Unidade 
de tempo 
Multiplica-
ção por 3/2 
Compasso compos-
to correspondente 
Unidade 
de tempo 
9 
8 
 
 9 ÷ 3 
 8 ÷ 2 
 6 
 16 
 6 ÷ 3 
 16 ÷ 2 
 
 
 12 
 4 
 
 12 ÷ 3 
 4 ÷ 2 
 
 
11.2. GRUPOS ALTERADOS (QUIÁLTERAS) 
 
 36 Merchede 
 
 
Quiálteras são grupos de figuras que aparecem em maior ou em menor número 
do que deviam, com relação à unidade de tempo ou de compasso estabelecidas no 
signo de compasso. Sobre os valores alterados coloca-se, para destacá-los, um núme-
ro indicando a quantidade de figuras sob um arco, sob uma chave ou somente o núme-
ro. Por exemplo: 
 
 
 
 
Observe que, em vez de duas colcheias necessárias para preencher o compasso, 
há três, que estão indicadas pelo correspondente número representativo da quantidade 
de figuras. Isto quer dizer, no caso do exemplo, que deverão ser executadas três notas 
no mesmo espaço de tempo em que seriam executadas duas. 
As quiálteras podem ser aumentativas e diminutivas. Aumentativas, quando apa-
rece nota a mais do que deveria; diminutiva, quando aparece nota a menos. Por 
exemplo: 
 
 Situação normal Situação alterada por 
 quiáltera aumentativa 
 
 
 
 
 
 
 Situação normal Situação alterada por 
 quiáltera diminutiva 
 
 Note que, no caso da quiáltera diminutiva, deverão ser executadas duas notas no 
mesmo espaço de tempo em que seriam executadas três. 
Outro exemplo de quiáltera diminutiva:. 
 
 
 
 37 Merchede 
 
 
11.3. ANDAMENTO 
Andamento é o grau de velocidade da execução musical, ou seja, é o movimento 
rápido ou lento dos sons. É expresso por palavras, em geral em italiano, colocadas no 
inicio do trecho nusical. A velocidade exata por minuto é determinada por meio do uso 
de um aparelho de medição chamado metrônomo, sobre o qual será mais adiante 
abordado. Também podem ser empregados softwares desenvolvidos para a operar 
com música. 
Os andamentos são classificados em três grupos: lentos, moderados e rápidos. 
1 - LENTOS: 
- Grave 
- Largo 
 - Lento 
-Adágio 
- Larghetto 
2 - MODERADOS: 
- Moderado 
- Andante 
- Andantino 
- Allegretto 
3 - RÁPIDOS 
- Allegro 
- Vivace 
- Vivo 
- Presto 
- Prestíssimo 
Essas expressões às vezes aparecem seguidas de outros termos (também italia-
nos), que as modifica ou esclarece, tais como: assai (bastante); molto (muito), piu 
(mais), meno (menos), animato (animado), non troppo ( não muito). 
No decorrer da execução os movimentos podem ser momentaneamente modifi-
cados. Essas modificações são expressas pelas palavras: 
 
1. Para apressar o andamento: 
Accellerando .........................accel. 
Afretando ...............................affret. 
Stretto......................................stret 
Stringendo...............................string. 
Incalzando...............................incalz. 
Animando...............................ani. 
 
2. Para retardar o andamento: 
Allargando ..............................allarg. 
Rallentando............................ rall. 
Ritenuto...................................rit. 
Ritardando...............................ritard. 
 38 Merchede 
 
 
São utilizados ainda outros termos, com os seguintes significados: 
À vontade 
Ad libitum andamento à vontade do executante 
A Piacere 
Comodamente 
 
Rubato - indica inexatidão de movimento, caracterizado pela alternância entre 
apressado e vagaroso. Andamento à vontade do executante; 
A tempo - para retornar ao andamento anterior; 
Come prima - como no começo; 
Vuota - pausa geral; 
Attacca subito - continua sem interrupção; 
Tenendo ou tenuto - a nota deve ser bem sustentada 
 
Tempo primo 
1º tempo volta ao 1º andamento 
In tempo 
 
 
11.4. METRÔNOMO 
 
METRÔNOMO ( do grego metron= medidor e nomos= lei) é o aparelho que per-
mite determinar matematicamente o andamento da música. Geralmente, tem a forma 
de uma pirâmide e contém em sua base um mecanismo que faz oscilar um pêndulo. 
Essa oscilação é graduável, podendo aumentar ou diminuir de velocidade. Para medir 
a quantidade de oscilações por minuto o aparelho é dotado de uma escala graduada. 
O metrônomo foi inventado por Winkel e mais tarde aperfeiçoado por Mäelzel (1816), 
daí a freqüente citação M.M. ( Metrônomo Mäelzel). 
A indicação quantitativa da velocidade vem colocada no início da peça musical e, 
às vezes, no seu decorrer. É feita da seguinte maneira: 
 = 120  indica que a peça deve ser executada com a velocidade de 120 se-
mínimas por minuto. O metrônomo, portanto, deve ser ajustado para essa veloci-
dade, de modo que a cada oscilação do pêndulo seja executada uma semínima. 
Neste caso, com base na proporcionalidade entre as figuras, a mínima ( ) deve-
rá corresponder a duas oscilações, pois dura o dobro da semínima. Quanto às 
colcheias, devem ser executadas duas, a cada oscilação, já que a colcheia dura a 
metade da semínima. E assim por diante. 
O andamento “allegro”, por exemplo, vai de 132 a 138 oscilações por minuto. A 
quantidade de oscilações correspondentes a cada uma das expressões indicativas do 
andamento está exposta no Apêndice nº 2.De acordo com os três grupos os anda-
mentos podem ser assim expressos: 
- Lentos - de mais ou menos 40 tempos por minuto a 72; 
- Moderados - de mais ou menos 72 tempos por minuto a 120; e 
- Rápidos - de mais ou menos 120 tempos por minuto a 208. 
Tratamento mais detalhado sobre o uso do metrônomo será dispensado 
mais adiante, na parte prática. 
 39 Merchede 
 
 
12. TOM E SEMITOM 
 
 SEMITOM é o menor intervalo entre dois sons sucessivos, usado na músi-
ca ocidental. Diz-se que o semitom é o menor intervalo de som perceptível ao ouvido 
humano. 
TOM é o intervalo entre dois sons sucessivos formado por dois semitons. Repre-
senta, portanto, a "soma" de dois semitons. 
Essas distâncias de tom e semitom, na escala natural são as seguintes. Entre as 
notas MIe FÁ e entre as notas SI e DO a distância é de um semitom (conforme mos-
tram as setas a seguir). As demais notas sucessivas guardam entre si distância de um 
tom, conforme mostra o gráfico abaixo 
 
 
 DO 1 tom RE 1 tom MI 1 semitom FA 1 tom SOL 1 tom LA 1 tom SI 1 semitom DO 
 
 
 
 40 Merchede 
 
 
13. SINAIS DE ALTERAÇÃO 
Mesmo sem mudarem de nome, as notas podem sofrer alterações ascenden-
tes ou descendentes, tornando-se, assim, mais agudas ou mais graves. 
Essas alterações, que podem ser de tom ou de semitom, são indicadas pelos si-
nais de alteração ou acidentes. São cinco os sinais de alteração, cujas funções são 
as seguintes: 
 (sustenido) - eleva um semitom; 
 
 
(sustenido) - eleva dois semitom; 
 
 (bemol) - abaixa um semitom; 
 
 (dobrado bemol) - abaixa dois semitons e 
 
 
(bequadro) - anula qualquer dos quatro acidentes anterio-
res, fazendo a nota voltar à altura primitiva. 
Exemplos: o FA# representa a elevação da nota FA em um semitom, tornando-
a, portanto, mais aguda; O LAb representa o abaixamento da nota LA em um semi-
tom, tornando-a mais grave. 
Utilizando as alterações ascendentes e descendentes de semitom (# e b) na es-
cala natural, pode-se observar que as suas notas musicais compreendem intervalos 
de doze semitons, conforme mostrado no Capítulo “31 Escalas cromática e diatônica” 
 
 
 
 41 Merchede 
 
 
14. FERMATA OU SUSPENSÃO - LINHA DE OITAVA 
 
14.1. FERMATA 
 
Fermata é um sinal constituído por uma curva com um ponto ( ou 
colocado acima ou abaixo de uma nota prolonga sua duração mais tempo do que o 
valor estabelecido . A fermata, portanto, não tem duração determinada, depende da 
interpretação do executante ou do regente. 
Pode-se indicar a maior ou menor sustentação do som assinalando mediante 
anotação das as palavras “curta” ou “longa”. Exemplo: 
 
 curta 
 
 longa 
 
Suspensão é o sinal de fermata colocado sobre uma pausa. Exemplo: 
 
 
 
 
 
14.2. LINHA DE OITAVA 
 
A linha de 8ª serve para evitar que se escrevam linhas complementares. É colo-
cada acima ou abaixo da pauta, para indicar que a nota ou grupo de notas por ela 
abrangidos deve ser executado uma oitava acima ou abaixo do que está escrito. Para 
indicar a abrangência da linha de 8ª, é colocada na última nota a ser “oitavada” uma 
linha vertical, ou então, a expressão “in loco”. Por exemplo: 
 
Em cima: 
 Como se escreve: Como deve ser executado 
 
 
Em baixo: 
 Como se escreve: Como deve ser executado: 
 
 
 
 42 Merchede 
 
 
15. SINAIS DE ARTICULAÇÃO - “LEGATO” e “STACCATO” 
 
Articulação é a maneira de atacar os sons, refere-se à sua emissão e encadea-
mento. São sinais de articulação o “legato” e o “staccato”. 
O “legato” (palavra italiana que significa “ligado”) indica que se deve passar de um 
som para o seguinte sem interrupção alguma, pronunciando (ou executando) a nota 
em toda a sua duração. É indicado pela ligadura, que é uma linha curva colocada aci-
ma ou abaixo das notas abrangidas ou pela grafia da palavra “legato”. Exemplo: 
 
O “staccato” (palavra também italiana que significa ”destacado”) indica que as no-
tas devem ser executadas destacadamente, isto é, separadamente. Há 3 espécies de 
“staccato”empregados com mais freqüência: o simples; o brando ; e o seco ou marte-
lado. 
a) O “staccato”simples é representado por um ponto colocado em cima ou embai-
xo das notas e retira-lhes a metade do valor. Exemplo: 
 
 Como é escrito: Como deve ser executado: 
 
] 
b) O “staccato” brando ou “meio-staccato” (chamado também de destacado doce 
ou portato) , além do ponto contém uma ligadura. Retira da nota apenas um quarto do 
seu valor, ou seja, cada nota é executada de forma um pouco mais longa do que o 
“staccatto” simples, embora ainda com sua duração incompleta. Exemplo: 
 
 Como é escrito: Como deve ser executado: 
 
c) O “staccato” seco ou martelado é indicado por um ponto prolongado que retira 
três quartos do valor da nota, ou seja, a nota dura apenas um quarto do seu valor nor-
mal. Por exemplo: 
 
 Como é escrito: Como deve ser executado: 
 
O ponto indicativo do “staccato” é chamado ponto de diminuição, porque retira da 
nota parte do seu valor. 
O traço horizontal colocado acima ou abaixo da nota indica que ela deve ser sus-
tentada com maior intensidade. Exemplo: 
 
 
 
 43 Merchede 
 
 
16. SINAIS DE REPETIÇÃO: “DA CAPO”, “RITORNELLO”, etc 
 
Para evitar o trabalho de se escrever diversas vezes o mesmo trecho, utilizam-se 
sinais de repetição, de modo a permitir que o trecho, escrito uma só vez, seja executa-
do repetidamente. Os principais sinais utilizados para se repetir um trecho ou parte 
dele são: a expressão “Da capo” ou “DC”; o sinal “ritornello”; as expressões “1ª vez “ e 
“2ª vez”; o sinal ou a expressão “al segno” e o sinal . 
O “da capo” – expressão italiana que significa “da cabeça”, “do início” – é coloca-
do no fim do trecho ou parte dele para indicar que se deve voltar ao início. Pode ser 
indicada abreviadamente D.C. Às vezes vem seguido do sinal ou da expressão “al 
segno”. Neste caso, o “da capo al segno” indica que se deve voltar ao início e continuar 
até o lugar onde se encontra o sinal pulando, em seguida, para onde o composi-
tor indicar, normalmente a “Coda” ou onde estiver a palavra “fim”. 
O sinal “ritornello” consiste em duas barras ou barra dupla com dois pontos e 
indica que ao chegar nele deve-se repetir o trecho desde o início ou desde o ponto em 
que se encontra outro sinal de “ritornello” em posição contrária, conforme mostram as 
ilustrações sucintas a seguir. 
 
 
 
 
Ritornello: repetir desde o início 
 
 
 
Ritornello: repetir somente os dois 
compassos indicados 
As expressões “1ª vez” e “2ª vez” são utilizadas quando, ao se executar um tre-
cho pela 2ª vez, o final difere do que foi executado na 1ª vez. Observe o exemplo a 
seguir: 
Como é escrito: 
 
Deve ser executado na ordem em que se lê a frase: “Pedro foi apóstolo de Cristo. 
João foi também”. 
O sinal (também chamado sinal de volta, sinal de salto ou sinal de pulo) é co-
locado onde há uma barra dupla ou travessão dobrado e é utilizado quase sempre em 
combinação com o “da capo”. Serve para indicar o saldo ou pulo para o lugar onde se 
acha outro sinal igual. Exemplo: 
Como se escreve: 
 
Deve ser executado na ordem em que se lê a frase: “O sinal de salto indica um 
pulo para o outro sinal igual” 
 44 Merchede 
 
 
17. ABREVIATURA 
 
Para economizar tempo e evitar as inúmeras repetições, principalmente no caso 
da música manuscrita, foram criados os sinais de abreviatura que representam repeti-
ção de idéias ouprocessos gráficos musicais, como repetição de notas, de grupos de 
notas, compassos e compassos em silêncio. Alguns autores incluem entre eles a linha 
de oitava, os sinais de repetição, a forma alternativa de exprimir os compassos (em 
vez da fração ordinária), quais sejam , , 4, etc. Serão aqui tratados os se-
guintes sinais de abreviatura: 
a) abreviatura de compasso, que é representada por duas linhas inclinadas com 
dois pontos e indica a repetição do compasso anterior. Quando a repetição ocorre mui-
tas vezes costuma-se numerá-los, para facilitar a execução. Por exemplo: 
 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
 
 
Como é escrito : 
 
 
 ou assim : 
 
 
Como deve ser executado: 
 
b) A abreviatura de compasso de silêncio, que é representada por um traço na 
forma a seguir mostrada e com número indicando a quantidade de compassos de si-
lêncio (compassos de espera) : 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
c) O compasso “vuoto” ou compasso vago, que é indicado pela expressão 
“vouto”, colocada acima ou abaixo da figura de pausa. Usa-se também uma fermata, 
acompanhada da referida expressão. Por exemplo: 
 
 
 
ou 
 
d) abreviatura de notas ou de movimentos, em que se utiliza um, dois, três, 
etc. traços oblíquos. Por exemplo: 
 
 45 Merchede 
 
 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
e) A abreviatura representada por pequeno (s) traço (s) sob a nota ou cor-
tando a haste. Indica que a nota deve ser repetida para completar o compasso com 
figuras cuja quantidade de colchetes corresponde ao número traços, ou seja, se for um 
traço é a colcheia; dois traços a semicolcheia, e assim por diante. 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
 
e) Abreviatura em que se empregam pontinhos ou números, que servem para 
indicar a quantidade de notas a serem repetidas: 
. 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
 
 
 46 Merchede 
 
 
f) A abreviatura por meio da expressão “simile”, que indica repetição do movimen-
to. Por exemplo: 
 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
 
 
Como é escrito: 
 
 
Como deve ser executado: 
 
 
Na abreviatura de quálteras coloca-se sobre a figura a indicação do número de 
vezes que ela deve ser repetida: 
 
 
. 
 
 
 
18. SINAIS DE INTENSIDADE 
Sinais de intensidade expressam a dinâmica da música, seu colorido, compreen-
dendo os sons fortes e fracos. Quase sempre a intensidade é indicada por palavras 
italianas, às vezes abreviadas, e por sinais gráficos, como por exemplo: 
Por palavras: 
Piano (p) - suave 
Mezzo piano (mp) – meio suave 
Pianíssimo (pp) – suavíssimo 
Forte (f ) – Forte 
Mezzo forte (mf) – Meio forte 
Morendo – Desaparecendo o som 
Smorzando (smorz.) – Extinguindo o som 
Diminuendo (dim) - Decrescendo o som 
Rinforçando (rinf.) – reforçando o som 
Crescendo (cresc.) 
 
Por sinais gráficos 
O crescendo pode ser indicado pelo sinal e o diminuendo pelo si-
nal 
 
Para acentuar-se o som de determinada nota coloca-se, sobre ela, o sinal , 
ou – . 
 
 47 Merchede 
 
 
 
 
19. VOZES 
 
Voz é o som produzido pelas vibrações das cordas vocais. O órgão vocal funcio-
na como um instrumento de sopro mecânico, em que os pulmões e a traquéia repre-
sentam o fole. 
Na respiração ocorre a entrada de ar para os pulmões, enchendo-os. No movi-
mento respiratório entram também em ação o diafragma e o peito com toda sua mus-
culatura. Na expiração, ocorre a saída de ar dos pulmões ( do fole). Esse ar é em-
purrado para fora, atravessando a laringe, onde se situam duas pregas cartilaginosas 
chamadas “cordas vocais”. Nessa passagem é que, ao comando do cérebro, ocorrem 
as vibrações das cordas, produzindo o som. Entram também os órgãos de articulação 
da linguagem, como a faringe, os lábios, os dentes, o véu palatino e as fossas nasais – 
cavidades orais e nasais – que constituem a caixa de ressonância superior e o peito, 
que é a caixa de ressonância inferior. Essas caixas de ressonância formam o timbre, 
que é a qualidade que caracteriza cada voz. É pelo timbre que se pode distinguir a voz 
de uma pessoa no meio de outras. 
O conjunto de sons (do mais grave ao mais agudo) que um cantor pode emitir 
sem esforço é chamado extensão. Normalmente uma pessoa tem a extensão de 13 ou 
14 tons. 
Tessitura ou registro é o conjunto de sons que mais convém a uma voz. É a parte 
central da extensão em que o cantor consegue, sem muito esforço, o máximo de efei-
to. 
As vozes humanas são divididas em três categorias: infantis (ou brancas); femini-
nas e masculinas (ambas, vozes adultas). 
As vozes infantis (ou brancas) podem ser: 
 
 
Femininas { 
 
- Sopranino 
- Contraltino 
 
Masculinas { 
 
-Tenorino 
- Contraltino 
 
As vozes adultas (femininas e masculinas) subdividem-se em: 
 
 
Femininas { 
- Soprano 
-Meio-soprano 
-Contralto 
 
Masculinas { 
-Tenor 
-Barítono 
-Baixo 
Diapasão é a altura da voz na escala musical. O diapasão pode ser grave, médio 
e agudo. 
Grave 
- contralto 
- baixo 
 Médio 
- meio-soprano 
- barítono 
 Agudo 
- soprano 
- tenor 
Esses pares são chamados vozes correspondentes. A distância entre cada voz e 
sua correspondente é de uma oitava. Ou seja, a distância entre o contralto e o baixo, 
entre o meio-soprano e o barítono e entre o soprano e tenor é de uma oitava. 
Quarteto vocal é o conjunto de 4 vozes cantando a um só tempo. O quarteto pode 
ser formado por vozes iguais: só femininas ou só masculinas. Pode também ser quar-
 48 Merchede 
 
 
teto misto, constituído por vozes masculinas e femininas, ao mesmo tempo. O quarteto 
vocal clássico é composto por soprano, contralto, tenor e baixo. 
 
Na escrita musical moderna, de um modo geral, são utilizadas apenas duas cla-
ves para todas as vozes: a de sol, para as vozes femininas; e a de fá na quarta linha, 
para as vozes masculinas. Em algumas peças a parte do tenor é escrita na clave de 
sol e cantada uma oitava abaixo. 
Os limites dos registros vocais não são absolutos. Dependem de cada pessoa. 
Algumas vozes normalmente desenvolvidas pelo estudo de canto, são capazes de ul-
trapassar o limite tido como normal. São as vozes solistas. A caracterização de cada 
uma dessas vozes, bem como a ilustração de sua tessitura encontra-se adiante expos-
tas. 
Soprano 
- ligeiro 
- lírico 
- dramático 
 Tenor 
- ligeiro 
- lírico 
- dramático 
 Barítono 
- brilhante 
- dramático 
 Baixo
2
 
- cantante 
- profundo 
 
O Apêndice .nº 3 mostra a escala geral da extensão das vozes, desde a masculi-
na mais grave até a feminina mais aguda, abrangendo três oitavas e meia. Observe 
que a distância entre cada voz consecutiva (baixo e barítono, por exemplo) é de dois 
tons ou de um tom e meio. 
A seguir estão expostas as tessitura de cada uma das vozes de acordo ELLME-
RICH (1977; p.197-198): 
 
TIMBRE CARACTERÍSTICA TESSITURA 
 
Soprano ligeiro 
(do italiano: sopra = 
por cima; linha do 
canto superior) 
Voz agudíssima; timbre fra-
co, porém de grande agili-
dade. Ex.:“Rosina”no “Bar-
beiro de Sevilha”. 
 
 
 
Soprano lírico 
 
Voz mais forte; timbre doce. 
Ex.: “Butterfly” da “Madame 
Butterfly”. 
 
 
 
Soprano dramático Voz forte; timbre metálico. 
Ex.: “Tosca” da ópera do 
mesmo nome. 
 
 
 
Meio-soprano Voz intermediária entre o 
agudo e o grave. Ex.: “Car-
men” da ópera do mesmo 
nome. 
 
 
 
Contralto Voz feminina mais grave; 
timbre escuro.Ex.: “Azucena” 
de “II Trovatore”. 
 
 
 
2
 Há autores p.ex. CARDOSOe MASCARENHAS(1974;p.97) que incluem entre o cantante e o profundo 
a classificação baixo cômico 
 49 Merchede 
 
 
Tenor ligeiro 
(do italiano: tenere = 
sustentar o canto 
firme) 
Voz pouco forte; alcança no-
tas agudas. Ex.: “Almaviva”, 
no “Barbeiro de Sevilha”. 
 
 ( soa 1 oitava abaixo) 
 
 
Tenor lírico 
 
 
Voz mais forte; timbre suave. 
Ex.: “Rodolfo”, em “La 
Boème”. 
 
 ( soa 1 oitava abaixo) 
 
Tenor dramático 
 
Voz forte; timbre metálico. 
Ex.: “Turiddu”, em “Caval-
leria Rusticana”. 
 ( soa 1 oitava abaixo) 
 
Barítono Lírico 
( do grego baris e do 
latim tonus = voz in-
termediária) 
Voz intermediária entre o 
agudo e grave. Ex.: “Esca-
millo”, na “Carmen”. 
 
 
 
Barítono dramático Voz mais forte e timbre metá-
lico. Ex.: “Rigoletto”, da ópera 
do mesmo nome. 
 
 
 
Baixo cantante 
 
Voz grave, timbre suave. Ex.: 
“Salvador Rosa”, da ópera do 
mesmo nome. 
 
 
 
Baixo profundo Voz bem grave e mais forte 
que a anterior. Ex.: “Zaras-
tro”, de “Flauta Mágica” 
 
 
 
 50 Merchede 
 
 
PARTE II - PRÁTICA DE RITMO 
 
 
20. MOVIMENTOS RÍTMICOS 
 
Nos exercícios de treinamento rítmicos aqui apresentados, os movimentos de 
marcação podem ser feitos batendo-se com a mão sobre a carteira ou sobre a mesa 
ou batendo os pés no chão de forma alternada (pé direito - pé esquerdo - pé direito - 
pé esquerdo) tanto sentado como em pé. Pode-se também marcar o ritmo andando 
em passos regulares. 
 A trajetória da “batida” da mão, para marcação do ritmo, pode ser representada 
na forma do gráfico a seguir. Observe o percurso do movimento da mão indicado pela 
linha pontilhada, no sentido das setas. A mão desce; toca na superfície da carteira, 
que é indicada pela linha horizontal. Depois, conforme mostram as setas, a mão sobe 
novamente. Esse movimento é repetido de maneira uniforme e rítmica, conforme mos-
tra a outra figura. 
 
 superfície 
 toca 
O gráfico a seguir mostra a repetição do movimento de tocar na superfície, para 
marcação do ritmo. Estão representadas, como se vê, quatro toques ou batidas. Con-
vém alertar para o fato de que, embora pareça que as “batidas” estão se movimentan-
do horizontalmente, na verdade elas ocorrem sempre no mesmo lugar. O movimento é 
tão somente vertical, ou seja, a mão sobe e desce, tocando à superfície em um mesmo 
lugar. A apresentação, no gráfico a seguir, é feita de forma horizontal para facilitar a 
visualização. 
 
 
 
 
 
 
 1ª batida 2ªbatida 3ª batida 4ª batida 
 
 
Outra forma de representação dessas quatro batidas seria a seguinte, onde o 
contato da seta com a linha pontilhada representa o momento da batida 
 
 1ª 2ª 3ª 4ª 
 batida batida batida batida 
 
 superfície 
 
 51 Merchede 
 
 
Pode-se, no lugar da seta, simplesmente representar cada movimento por um 
traço, da seguinte maneira: 
 
 
 
 1ª 2ª 3ª 4ª 
 batida batida batida batida 
 
 
Exercício nº 1 
 
Marcar 12 batidas rítmicas, na forma indicada, ou seja, batendo com a mão so-
bre a carteira, sobre a mesa ou sobre a perna ou então, marcar com os pés, parado ou 
andando, mas sempre em intervalos iguais. Repetir diversas vezes, até acostumar-se 
com a regularidade dos movimentos. 
 
 
 
 
 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 
 
 
21. MOVIMENTOS COMBINADOS COM EMISSÃO DE SOM 
 
 
Exercício nº 2 
 
Agora vamos introduzir, junto com a batida, a emissão de um som, conforme 
mostra o gráfico a seguir, onde a linha horizontal representa o som. Por ser contínua, 
ela indica emissão ininterrupta do som, que pode ser um assobio, ou a pronúncia de 
qualquer vogal: “aaaaaa...”; “iiiiiii.....”: “uuuuu....” , etc. Procurar manter sempre a 
mesma altura do som. 
 
som 
batida 
 
Exercícios nº 3 
 
As batidas continuam sendo feitas uniformemente, como nos exercícios anterio-
res. O som, no entanto deverá ser emitido apenas durante as batidas unidas por traço. 
Observe que a duração do som é representada pelos espaços entre os traços. 
 
a) O som dura desde a primeira batida até antes da segunda, ou seja, a segunda 
batida é feita em silêncio. E a terceira também. Observe-se que o som dura apenas 
um espaço. 
 
 
 
 
 1ª 2ª 3ª 
batida batida batida 
 
 52 Merchede 
 
 
b) O som dura dois espaços, vai desde a segunda batida até antes da quarta, ou 
seja, a quarta batida é feita em silêncio. E a quinta também 
 
 
 
c) O som dura três espaços, vai desde a primeira batida até antes da quarta e 
depois dura mais dois espaços, indo desde a sétima batida até antes da nona 
 
 
 
 
Nos exemplos seguintes continuar procedendo da mesma maneira: 
 
d) 
 
 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª 8ª 9ª 10ª 11ª 12ª 
 
 
e) 
 
 
 
 f) 
 
 
 g) 
 
 
 h) 
 
 
 i) 
 
 
 j) 
 
 
 k) 
 
 
 l) 
 
 
 
 m) 
 
 
 n) 
 
 
 o) 
 
 
 53 Merchede 
 
 
22. USO DE FIGURAS DE SOM 
 
Passemos a representar as batidas e o som por figuras, em vez de traços. Antes, 
recordemos a proporcionalidade entre a duração das figuras de som. 
 
A igualdade = + 
 
Significa que o tempo utilizado para se pro-
nunciar uma semibreve ( ) daria para pro-
nunciar duas mínimas( ). Em outras 
palavras, a semibreve dura mais que a mí-
nima, o dobro dela. 
 
 Essa proporcionalidade ocorre, conforme já foi estudado, com relação às 
outras figuras. Por exemplo: 
 
 
 = + 
 
 
 
= + 
 
 
 
= + 
 
 
= + 
 
De acordo com essa proporcionalidade, o número de batidas correspondentes a 
cada figura passa a ser o seguinte: 
 
 
 
 = 
 
 
 
 Duração = 1 batida 
 
 
= 
 
 Duração = 2 batidas 
 
 =

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