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Resumo de previdenciário

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Resumo de previdenciário
 DIREITO DA S E G U R I D A D E SOCIAL
 Direito Previdenciário é ramo de Direito Público disciplinador de relações jurídicas substantivas e adjetivas estabelecidas no bojo da Previdência Social pública ou privada, em matéria de custeio e prestações, objetivando a realização dessa técnica de proteção social.
Dessa maneira entende-se por Direito da Seguridade Social o conjunto de princípios, de normas e instituições destinado a assegurar um sistema de proteção social aos indivíduos contra as contingências que os impeçam de prover as suas necessidades pessoais básicas e de sua família, integrado por ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade.
 Breve histórico
 O Direito da Seguridade Social, ou Direito Previdenciário segundo alguns autores, teve início quando a legislação, tanto na Europa quanto no Brasil, se destacou das demais e teve de ser aplicada, integrada e interpretada, consoante princípios típicos.
Tem-se como marco da criação do ramo jurídico, apesar de grande controvérsia doutrinária, o Decreto Legislativo n. 3.724/1919 (seguro de acidentes do trabalho).
Natureza Jurídica
O Direito da Seguridade Social é um ramo jurídico de direito público regulador da seguridade social. Seu principal escopo, exata e precisamente, aduz-se, é regulamentar; em termos formais, essa técnica é protetiva.
Características
Caráter publicista: Tal aspecto deflui da própria técnica protetiva; ela sujeita-se, assinaladamente, às normas públicas (vontade do legislador) e onde pouco expressivas são as regras de caráter privado (vontade da pessoa);
Direito protetivo: A norma sob enfoque tem por escopo regrar institutos propiciadores das condições de vida à pessoa humana;
 Independência (institutos e princípios típicos);
Ramo emergente não consolidado (direito novo); 
Excessiva juridicidade; 
Complexidade substantiva; 
interpretação típica.
Autonomia jurídica
O Direito da Seguridade Social assumiu independência científica desde o seu nascimento pelo fato de apresentar institutos técnicos, regras, praxes e procedimentos singulares.
Os ramos jurídicos com os quais o Direito Previdenciário mais se relaciona substantivamente são o Direito Constitucional, do Trabalho, Tributário, Empresarial e Civil.
O Direito da Seguridade Social, assim como os demais ramos do Direito, tem suas bases assentadas na Constituição Federal.
são fontes normativas: a Constituição Federal, a Emenda Constitucional, a Lei Complementar, a Lei Ordinária, a Lei Delegada, a Medida Provisória, o Decreto Legislativo, a Resolução do Senado Federal, os Atos Administrativos Normativos Etc.
Aplicação no tempo
Em matéria previdenciária aplica-se o princípio segundo o qual tempus regit actum : aplica-se a lei vigente na data da ocorrência do fato, isto é, da contingência geradora da necessidade com cobertura pela seguridade social.
Exemplo: pelo princípio segundo o qual tempus regit actum, a pensão é concedida de acordo com as normas vigentes na data do óbito do segurado, porque o óbito é a contingência geradora de necessidade com cobertura previdenciária. Pode ocorrer que as normas relativas à pensão por morte sejam modificadas após o óbito, trazendo benefícios para os pensionistas. Os pensionistas, então, pedem a revisão do valor do benefício ao fundamento de que a lei nova é mais vantajosa. (A JURISPRUDÊNCIA AFIRMA QUE NÃO PODE HAVER ESTA TROCA)
Aplicação no espaço
As normas previdenciárias se aplicam a todos que vivem no território nacional, Há situações, entretanto, em que a lei prevê proteção previdenciária no Brasil para pessoas que estão fora do território nacional. (EXEMPLO: São segurados empregados o brasileiro ou o estrangeiro domiciliado e contratado no Brasil para trabalhar como empregado em sucursal ou agência de empresa nacional no exterior). 
Justiça competente: Justiça Federal.
 Evolução histórica da Seguridade Social
 Pode ser dividida em três etapas: assistência pública, seguro social e seguridade social.
 
Assistência pública
A primeira etapa da proteção social, denominada assistência pública, surgiu a partir do reconhecimento pela lei da necessidade do Estado amparar os comprovadamente necessitados.
O seguro social
As desigualdades sociais marcantes levaram à criação de mecanismos de proteção, que não se baseavam na generosidade, e que não submetiam o indivíduo a comprovações vexatórias de suas necessidades. A necessidade de proteção dos economicamente mais frágeis impôs a criação de um seguro de natureza obrigatória prestado pelo Estado, no final do século XX.
O seguro social era organizado e administrado pelo Estado. O custeio era dos empregadores, dos empregados e do próprio Estado. 
O seguro social atuava como instrumento de redistribuição de renda, que permitia o consumo.
A seguridade social
Esta política determinava uma maior intervenção do Estado na economia, inclusive com a responsabilidade de organizar os setores sociais com investimentos na saúde pública, na assistência social e na previdência social.
NO BRASIL
O seguro social brasileiro iniciou-se com a organização privada, sendo que, aos poucos, o Estado foi apropriando-se do sistema por meio de políticas intervencionistas. 
Neste sentido, as primeiras entidades a atuarem na seguridade social foram as santas casas da misericórdia, como a de Santos, que, em 1553, prestava serviços no ramo da assistência social.
A Constituição de 1824 tratou, dos socorros públicos, sendo este o primeiro ato securitário com previsão constitucional. A Constituição de 1891 estabeleceu a aposentadoria por invalidez para os servidores públicos, custeada pela nação.
PRINCIPIOS
Solidariedade: O princípio da solidariedade é o pilar de sustentação do regime previdenciário. Pode-se defini-lo como o espírito que deve orientar a seguridade social de forma que não haja, necessariamente, paridade entre contribuições e contraprestações securitárias. Através dele, tem-se em vista, não a proteção de indivíduos isolados, mas de toda a coletividade. 
Este princípio pode ser analisado sob a ótica horizontal ou vertical. Horizontalmente, representa a redistribuição de renda entre as populações (pacto intrageracional) e, verticalmente, significa que uma geração deve trabalhar para pagar os benefícios das gerações passadas.
Universalidade da cobertura e do atendimento:
O princípio da universalidade do atendimento prega que todos devem estar cobertos pela proteção social. A saúde e a assistência social estão disponíveis a todos que necessitem dos seus serviços. A previdência é regime contributivo de filiação obrigatória para os que exercem atividade remunerada lícita.
Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços entre as populações urbanas e rurais:
A própria Constituição Federal traz algumas diferenças em relação aos benefícios e serviços previdenciários das populações urbanas e rurais, sempre com o objetivo de adequar a prestação às características de cada atividade.
Assim, a própria Carta Magna prevê que os trabalhadores rurais podem aposentar-se por idade, com redução de 5 anos. Desta forma, enquanto o trabalhador urbano se aposenta com 65 anos, se homem, e 60 anos, se mulher, os rurais aposentam-se com 60 anos, se homem, e 55 anos, se mulher. Por outro lado, os benefícios do segurado especial - espécie de trabalhador rural- são limitados a um salário mínimo e independem de comprovação de contribuição.
Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços:
Seletividade na prestação dos benefícios e serviços implica que tais prestações sejamfornecidas apenas a quem realmente necessitar desde que se enquadre nas situações que a lei definir: somente poderão usufruir do auxílio-doença, por exemplo, os segurados que se encontrarem em situação de incapacidade temporária para o trabalho. Em outra análise, a seletividade serve de contrapeso ao princípio da universalidade da cobertura, pois, se, de um lado, a previdência precisa cobrir todos os riscos sociais existentes, por outro, os recursos nãosão ilimitados, impondo à administração pública a seleção dos benefícios e serviços a serem prestados É o chamado princípio da reserva do possível.
O princípio da distributividade é melhor aplicável à previdência e à assistência social. O Poder Público vale-se da seguridade social para distribuir renda entre a população. Isso porque as contribuições são cobradas de acordo com a capacidade econômica dos contribuintes. Assim, uma vez nos cofres previdenciários, os recursos captados são distribuídos para quem precise de proteção.
Irredutibilidade do valor dos benefícios:
De acordo com este princípio não pode o benefício sofrer redução.
Equidade na forma de participação do custeio:
Equidade, em bem apertada síntese, significa justiça no caso concreto. Logo, deve-se cobrar mais contribuições de quem tem maior capacidade de pagamento para que se possa beneficiar os que não possuem as mesmas condições.
Diversidade da base de financiamento:
Os legisladores devem buscar diversas bases de financiamento ao instituir as contribuições para a seguridade social. O objetivo deste ordenamento é diminuir o risco financeiro do sistema protetivo. Quanto maior o número de fontes de recursos, menor será o risco de a seguridade sofrer, inesperadamente, grande perda financeira.
Caráter democrático e descentralizado da administração:
A Constituição estabelece o caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
 a) Governo - responsável direto pela administração do sistema; 
b) Trabalhadores - têm interesse em manter o sistema sólido e sustentável para dele se beneficiar, futuramente; 
c) Empregadores - vertem boa parte das suas receitas para o financiamento do sistema e desejam saber como seus recursos estão sendo aplicados; 
d) Aposentados - têm interesse em manter o sistema sólido e perene, pois são por ele sustentados.
A regra da contrapartida:
“nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total”.
A relação jurídica de seguridade social:
Estando a seguridade social assentada no tripé Previdência Social, Assistência Social e direito à saúde, engloba três tipos diferentes de relações jurídicas: relação jurídica de previdência social, relação jurídica de assistência social e relação jurídica de assistência à saúde.
São sujeitos da relação jurídica de seguridade social:
a) sujeito ativo: quem dela necessitar; 
b) sujeito passivo: os poderes públicos (União, Estados e Municípios) e a sociedade.
 Financiamento da seguridade social 
 Regimes previdenciários
 A Constituição Federal prevê sistema previdenciário que tem dois regimes: regime público e regime privado.
 Tríplice custeio
 A seguridade social é financiada pelo Governo, empresas e trabalhadores. A Constituição dispõe que a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada, na forma da lei;
do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social;
sobre a receita de concursos de prognósticos;
do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem a lei a ele equiparar. 
Dessa maneira, o constituinte atendeu ao princípio da diversidade da base de financiamento da seguridade social, definindo diversas fontes de custeio (lucro, faturamento, remuneração dos segurados etc.).
Compete à União instituir as contribuições
Anterioridade:
O princípio da anterioridade tributária, disciplina que a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios estão proibidos de cobrar tributo no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que o instituiu ou aumentou.
O princípio não se aplica às contribuições sociais, que podem ser cobradas no mesmo exercício financeiro em que instituídas ou modificadas, desde que respeitado o decurso de 90 dias após a publicação da lei.
Imunidade
A CF, com frequência, faz referência à isenção em situações que configuram imunidade.
Imunidade é uma hipótese de não-incidência tributária constitucionalmente qualificada, ou seja, prevista na Constituição, limitando os poderes das pessoas políticas de tributar. As hipóteses de imunidade em relação às contribuições para o custeio da seguridade social são apenas as enumeradas na CF. Porém, não são impostos, de forma que não se lhes aplica o disposto no art. 150, VI, da CF(imunidade recíproca).
Imunidade das aposentadorias e pensões do RGPS
Ao prever a contribuição “do trabalhador e dos demais segurados da previdência social”, o art. 195, II, dispõe que não incide contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas pelo regime geral de previdência social de que trata o art. 201.
As aposentadorias e pensões dos servidores públicos não têm imunidade.
A CF (art. 195, § 11) proíbe a concessão de remissão ou anistia das contribuições devidas pelo empregador, pela empresa e pela entidade a ela equiparada e pelos segurados da previdência, quando se tratar de débito superior ao previsto em lei complementar.
Prescrição e decadência
O prazo para que a Administração Tributária, por meio da autoridade competente, promova o lançamento édecadencial. O prazo para que se ajuíze a ação de execução fiscal éprescricional. Assim, operada a decadência, tem-se por extinto o direito de lançar. Verificada a prescrição, tem-se impossibilitado o manejo da ação de execução fiscal.
A relação jurídica de custeio
O sujeito ativo - As contribuições sociais para o financiamento da seguridade social que não fossem da espécie previdenciária tinham como sujeito ativo a União que, por intermédio da Secretaria da Receita Federal, deveria arrecadar, fiscalizar, lançar e normatizar o recolhimento.
O sujeito passivo - O sujeito passivo é o devedor, isto é, o que tem a obrigação
de pagar. O sujeito passivo das contribuições previstas no inc. I, a, b, e c do art.
195 da CF é o empregador, a empresa ou a entidade a ela equiparada. O
trabalhador é o sujeito passivo da contribuição prevista no inc. II do art. 195 daCF.
Contribuições sociais previdenciárias - folha de pagamento
Chamam-se contribuições sociais previdenciárias aquelas destinadas exclusivamente ao custeio dos benefícios previdenciários. São as contribuições do empregador, da empresa e entidades a ela equiparadas sobre a folha de pagamento e as contribuições do trabalhador e demais segurados sobre a “remuneração” recebida. 
As demais contribuições sociais não se destinam à previdência social, sendo, então, direcionadas à saúde e à assistência social e arrecadadas, fiscalizadas e cobradas, também, pela Secretaria da Receita Federal do Brasil.
Das empresas sobre a receita ou faturamento
As contribuições do empregador, da empresa e das entidades a ela equiparadas incidentes sobre a receita ou o faturamento são o PIS - Programa de Integração Social e a COFINS - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social.
Essas contribuições incidem sobre a receita ou o faturamento. Receita é todo ganho obtido, seja ele decorrente da venda de produtos, da aplicação financeira, dos contratos de aluguéis, entre outros. Faturamento está ligado à emissão de faturas (notas fiscais), podendo significar apenas as receitas sobre as vendas.
Das empresas sobre o lucro
A contribuição do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada incidente sobre o lucro é a CSLL - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido. As alíquotas são aplicadas diretamente sobre o lucro das empresas, seja ele o real ou o presumido, a depender da forma de tributação.
Da receita de concursos de prognósticosConsidera-se concurso de prognóstico todo e qualquer concurso de sorteio de números ou quaisquer outros símbolos, loterias e apostas de qualquer natureza, no âmbito federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal, promovidos por órgãos do Poder Público ou por sociedades comerciais ou civis.
A contribuição incidente sobre a receita de concursos de prognósticos é:
I - a renda líquida dos concursos de prognósticos realizados pelos órgãos do Poder Público, destinada à seguridade social de sua esfera de governo; 
II - 5% sobre o movimento global de apostas em prado de corridas, assim entendido o total das importâncias relativas às várias modalidades de jogos, inclusive o de acumulada, apregoadas para o público no prado de corrida, subsede ou outra dependência da entidade;
III - 5% sobre o movimento global de sorteio de números ou de quaisquer modalidades de símbolos, assim entendido o total da receita . bruta, apurada com a venda de carteias, cartões ou quaisquer outras- modalidades, para sorteio realizado em qualquer condição.
 SEGURADOS E TOMADORES
Regimes previdenciários - A Constituição Federal prevê sistema previdenciário que tem dois regimes: regime público e regime privado. São regimes públicos o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), o regime previdenciários próprio dos servidores públicos civis e o regime previdenciário próprio dos militares. Esses regimes previdenciários são de caráter obrigatório, isto é, a filiação independe da vontade do segurado. É regime privado a previdência complementar, prevista no art. 202 da CF. É regime de caráter facultativo, no qual se ingressa por manifestação expressa da vontade do interessado.
Segurados e dependentes
Segurados e dependentes são sujeitos ativos da relação jurídica cujo objeto seja o recebimento de prestação de natureza previdenciária. São diferentes as relações jurídicas que se estabelecem entre segurado e Previdência Social e entre dependente e Previdência Social. A relação jurídica entre segurado e Previdência Social se inicia com seu ingresso no sistema, e se estenderá enquanto estiver filiado. A relação jurídica entre dependente e Previdência Social só se formaliza se não houver mais a possibilidade de se instalar a relação jurídica com o segurado porque não há, no sistema previdenciário, nenhuma hipótese de cobertura concomitante para segurado e dependente.
Definição de segurados
Os segurados do Regime Geral de Previdência Social dividem-se em dois grupos: segurados obrigatórios e facultativos.
Os segurados obrigatórios são os maiores de 16 anos, salvo na condição de aprendiz (que se permite o início das atividades a partir dos 14), que exercem qualquer tipo de atividade remunerada lícita que o vinculem, obrigatoriamente, ao sistema previdenciário.
A legislação previdenciária subdivide os segurados obrigatórios em cinco categorias: 
Empregado; 
Empregado Doméstico; 
Contribuinte Individual; 
Trabalhador Avulso; 
Segurado Especial. 
O segurado facultativo é o que, mesmo não estando vinculado obrigatoriamente à previdência social, por não exercer atividade remunerada, opta pela sua inclusão no sistema protetivo. Ele deve ter, no mínimo, 16 anos.
Tomadores de serviço
Os tomadores de serviço são as empresas e entidades a ela equiparadas e os empregadores domésticos.
Empresas e equiparadas
Empresa é a firma individual ou sociedade que assume o risco de atividade econômica urbana ou rural, com fins lucrativos ou não, note-se que até mesmo um órgão público é considerado empresa para a legislação previdenciária.
Equiparam-se à empresa, para fins previdenciários: 
I - o contribuinte individual, em relação a segurado que lhe presta serviço; 
II - a cooperativa, a associação ou a entidade de qualquer natureza ou finalidade,
inclusive a missão diplomática e a repartição consular de carreiras estrangeiras; 
III- o operador portuário e o órgão gestor de mão-de-obra; 
IV - o proprietário ou dono de obra de construção civil, quando pessoa física, em
relação a segurado que lhe presta serviço;
Logo, para a legislação previdenciária, toda pessoa jurídica, seja ela de direito público ou privado, é considerada empresa.
Existem ainda dois casos de pessoas físicas que podem equiparar-se à empresa - o contribuinte individual em relação aos segurados por ele contratados e o proprietário de obra de construção civil.
Empregador doméstico
O empregador doméstico não é segurado obrigatório do RGPS. Participa do sistema apenas como contribuinte por contratar serviço de trabalhador filiado ao sistema. Pode, no entanto, ser filiado ao Regime Geral em função da sua atividade profissional, ou, no caso de não a exercer, na qualidade de facultativo, desde que assim deseje.
 CONTRIBUIÇÕES SOCIAS
 SALÁRIO-DE-CONTRIBUIÇÃO - As contribuições dos trabalhadores e dos tomadores de serviços para o Regime Geral da Previdência Social incidem sobre uma base denominada salário de contribuição, o qual possui a seguinte definição:
 - para empregado e trabalhador avulso a remuneração recebida em uma ou mais empresas, assim entendida a totalidade dos rendimentos pagos, devidos ou creditados a qualquer titulo, durante o mês, destinados a retri¬buir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidade e os adiantamentos.
II-para o empregado doméstico - a remuneração registrada na CTPS - Car¬teira de Trabalho e Previdência Social;
III- para o contribuinte individual - a remuneração recebida, durante o mês, pelo exercício de atividade por conta própria prestada a pessoas físicas ou a empresas;
IV- para o segurado facultativo - o valor por ele declarado. 
Limites para o salário-de-contribuição
O limite mínimo corresponde ao piso normativo da categoria ou, na inexistência deste, ao salário-mínimo. 
O teto do salário-de-contribuição é atualizado, em regra, anualmente, embora, o Ministério da Previdência possa revisá-lo quando julgar conveniente.
Parcelas integrantes e não integrantes do salário-de-contribuição
o que não está presente nesta lista pode ser considerado salário-de-contribuição.
Férias - não integra o salário de contribuição.
13º Salário - não integra o salário de contribuição.
Benefícios da Previdência Social - Com exceção do salário-maternidade, nenhum outro beneficio integra o salário-de-contribuição.
Despesas de Viagem - não integra o salário de contribuição.
Comissões e Percentagens – integram o salário de contribuição.
Gratificação - Incide contribuição, se forem pagas com habitualidade pela empresa.
Adicionais de Periculosidade, de Insalubridade, de Trabalho Noturno e de Tempo de Serviço - Sobre estes adicionais há incidência de contribuição previdenciária, por serem valores pagos em decorrência do trabalho.
Alimentação - não integra o salário de contribuição.
Transporte - não integra o salário de contribuição.
Plano de Saúde Médico-Odontológico - não integra o salário de contribuição.
Reembolso-Creche - não integra o salário de contribuição.
Reembolso-Babá - não integra o salário de contribuição.
Seguro de Vida em Grupo - não integra o salário de contribuição.
Plano de Previdência Complementar - não integra o salário de contribuição.
Participação nos Lucros e Resultados - não integra o salário de contribuição.
Contribuições
Segurado especial
A Constituição ordena que este segurado contribua com um percentual incidente sobre a comercialização da sua produção rural. A contribuição, ao contrário dos outros segurados, não é mensal. Somente há contribuição quando houver venda da produção. 2,3%.
. 
5.2.4 Segurado facultativo
Para o segurado facultativo, a alíquota de contribuição é sempre de 20% sobre o salário-de-contribuição que foi declarado no mês.
É de 11% sobre o salário mínimo o valor da contribuição mensal do segurado facultativo que optar pela exclusão do direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição.
CONTRIBUIÇÃO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO
O empregador doméstico deve efetuaro recolhimento de sua contribuição com a alíquota de 12%, incidente sobre o salário-de-contribuição do empregado doméstico a seu serviço.
CONTRIBUIÇÃO DA EMPRESA
Contribuição sobre a remuneração de empregados e avulsos
As empresas financeiras, bancos, seguradoras, corretoras de valores e outras em¬presas do setor contribuem com alíquota adicional de 2,5%, totalizando 22,5%.
Contribuição sobre a remuneração de contribuintes individuais
A alíquota de contribuição das empresas incidente sobre a remuneração paga ou creditada, durante o mês, a segurados contribuintes individuais é de 20 %. As empresas financeiras, bancos, seguradoras, corretoras de valores e outras do gênero contribuem com alíquota adicional de 2,5%, totalizando 22,5%.
Contribuição sobre serviços prestados por cooperativas de trabalho
A empresa que contratar cooperativas de trabalho deve verter ao INSS contribuição de 15% incidente sobre o valor da nota fiscal de serviço da cooperativa
As empresas que contratam profissionais filiados a cooperativas de trabalho para exercerem suas atividades, sob condições especiais que prejudiquem a saúde e a inte¬gridade física destes segurados, contribuem, adicionalmente, com as alíquotas de 5%, 7% ou 9%, nos casos em que o agente nocivo enseje direito à aposentadoria especial de 25, 20 ou 15 anos.
 Manutenção e perda da qualidade de segurado
 O sistema permite que o segurado possa passar algum tempo sem efetuar os seus recolhimentos e, mesmo assim, continuar filiado. É o chamado “período de graça”, que objetiva dar, por algum tempo, proteção ao trabalhador que se encontra em condição desfavorável, sem possibilidade de efetuar pagamento ao INSS, como, por exemplo, os casos de desemprego.
 Deste modo, mantém a qualidade de segurado:
sem limite de prazo, quem estiver em gozo de benefício, mesmo que esta situação se prolongue por vários anos.
até doze meses após a cessação de benefício por incapacidade (auxílio-doença ou aposentadoria por invalidez) ou até doze meses, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pelo RGPS ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração.
até doze meses após a cessação da segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória;
até doze meses após o livramento ou fuga, o segurado detido ou recluso;
até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar;
até seis meses após a interrupção das contribuições, o segurado facultativo.
Durante o “período de graça”, o segurado pode obter todos os benefícios previdenciários, exceto salário-família e salário-maternidade.
Dependentes da Previdência Social
Terão prioridade, na inscrição como dependente, constituindo a 1ª classe: 
1)O cônjuge, que pode ser o marido ou a mulher; 
2)A companheira e o companheiro, que, embora não casados oficialmente, vivam juntos, com a intenção de constituir família, tendo os mesmos direitos dos cônjuges; 
3)A ex-mulher e o ex-marido que recebam pensão alimentícia.
4) Os filhos e irmãos, de qualquer condição, com deficiência intelectual ou mental: pelo levantamento da interdição. 
5)Para os dependentes em geral, pela cessação da invalidez ou pelo próprio falecimento. 
Carência
Carência é o número de contribuições mensais necessárias para efetivar o direito a um beneficio.
Os benefícios sujeitos à carência são os seguintes:
auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 contribuições mensais.
aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e especial: 180 contribuições mensais;
salário-maternidade: para as seguradas contribuinte individual, especial e facultativa: 10 contribuições mensais.
Salário-de-benefício
Salário-de-benefício (SB) é o valor usado para cálculo da renda mensal dos benefícios de prestação continuada, exceto salário-família, salário-maternidade, pensão por morte e demais benefícios de legislação especial.
Renda mensal do benefício
A renda mensal do benefício é o valor que efetivamente “entra no bolso” do beneficiário. Ele é calculado a partir de um percentual do salário-de-benefício.
Os percentuais da Renda Mensal do Benefício são: 
I- auxílio-doença - 91% do salário-de-benefício; 
II- aposentadoria por invalidez - 100% do salário-de-benefício; 
III- aposentadoria por idade - 70% do salário-de-benefício, mais 1 % deste por grupo de doze contribuições mensais, até o máximo de trinta por cento; 
IV- aposentadoria por tempo de contribuição: 
a)para a mulher - 100% do salário-de-benefício, aos trinta anos de contribuição; 
b)para o homem - 100% do salário-de-benefício, aos trinta e cinco anos de contribuição; 
c)100% do salário-de-benefício, para o professor, aos trinta anos, e, para a professora, aos vinte e cinco anos de contribuição de efetivo exercício, em função de magistério, na educação infantil, no ensino fundamental ou no ensino médio; 
V- aposentadoria especial - 100% do salário-de-benefício; 
VI - auxílio-acidente - 50% do salário-de-benefício
BENEFÍCIOS E SERVIÇOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
BENEFÍCIOS
Aposentadoria por invalidez 
Aposentadoria por invalidez é o beneficio devido ao segurado que for considerado incapaz para o trabalho e insuscetível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, independentemente do recebimento prévio de auxílio-doença.
Aposentadoria por idade
Aposentadoria por idade é o benefício devido ao segurado trabalhador urbano que completar 65 anos, se homem, e 60 anos se mulher. Essas idades serão reduzidas em cinco anos para os trabalhadores rurais e para os segurados garimpeiros (que é contribuinte individual) que tenham trabalhado, comprovadamente, em regime de economia familiar.
Aposentadoria por tempo de contribuição
Aposentadoria por tempo de contribuição é o beneficio devido a todos os segura¬dos, exceto o especial que não contribua como contribuinte individual, que tiver efetu¬ado 35 anos de contribuição, se homem, e 30 de contribuição, se mulher. Esses limites serão reduzidos em cinco anos, para o professor que comprove exclu¬sivamente tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio.
Aposentadoria especial
Aposentadoria especial é o benefício devido ao segurado empregado, exceto o do¬méstico, ao trabalhador avulso ou, ainda, ao segurado contribuinte individual filiado à cooperativa, que tenha trabalhado durante 15,20 ou 25 anos, exposto habitual e conti¬nuamente a agentes nocivos prejudiciais â saúde ou à integridade física, a depender da nocividade do agente.
Salário-família
Salário-família é benefício com valor fixo, concedido, mensalmente, ao trabalha¬dor avulso e ao segurado empregado, exceto doméstico, de baixa renda (que tenha salário-de-contribuição inferior ou igual a RS 682,50, atualmente).
Os aposentados por idade e os demais aposentados com 65 anos ou mais de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos ou mais, se do feminino, terão direito ao salário-família, pago juntamente com a aposentadoria.
Salário-maternidade
garante licença à gestante, sem prejuízo do emprego ou do salário, com a duração de 120 dias.
Auxílio-doença
Auxílio-doença é o benefício devido a todos os segurados que ficarem incapacitados para o trabalho ou atividade habitual, por mais de quinze dias consecutivos. O auxílio-doença pode ser de dois tipos: acidentário ou ordinário. Auxílio-doença acidentário é o decorrente de acidentes do trabalho e seus equiparados, doença profissional e doença do trabalho. O auxílio-doença ordinário é o concedido em relação aos demais casos, de origem não-ocupacional.
Auxílio-acidente
Auxílio-acidente é o benefício concedido como indenização ao segurado emprega¬do, exceto o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial, quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar seqüela definitiva:
I - que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmenteexerciam; 
II - que implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e que exija maior esforço para o desempenho da mesma atividade que exerciam à época do acidente;
 III - que implique impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam à época do acidente, porém permita o desempenho de outra, após processo de reabilitação profissional.
O auxílio-acidente será devido, a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença.
Pensão por morte
Pensão por morte é o beneficio devido ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não. Havendo mais de um pensionista dentro da mesma classe, a pensão será rateada entre todos, em partes iguais.
A pensão por morte é devida: 
I- do óbito, quando requerida até 30 dias depois deste: 
II- do requerimento, quando buscada após o prazo previsto no inciso I;
 III- da decisão judicial, no caso de morte presumida.
Auxílio-reclusão
Auxílio-reclusão é o benefício devido, nas mesmas condições da pensão por morte, aos dependentes de qualquer espécie de segurado de baixa renda, recolhido à prisão, sob regime fechado ou semi-aberto, que não receber remuneração da empresa, nem estiver em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço, desde que o seu último salário-de-contribuição seja inferior ou igual a R$ 862,60, atualmente.
SERVIÇOS
Serviço social
O serviço social tem como objetivo suprir a necessidade de esclarecimento aos beneficiários sobre seus direitos sociais e os meios de exercê-los. Deve promover a intermediação do relacionamento entre os beneficiários e a Previdência Social.
Perícia médica
A perícia médica é o serviço da Previdência Social que busca assessorar o INSS na concessão de benefícios, principalmente por incapacidade, e no encaminhamento para o serviço de habilitação/reabilitação profissional.
Habilitação e reabilitação profissional
A habilitação e reabilitação profissional visam proporcionar aos beneficiários com incapacidade total ou parcial tratamento que possibilite o retorno ao mercado de trabalho.
DECADÊNCIA E PRESCRIÇÃO DOS BENEFÍCIOS PREVIDENCIÁRIOS
Decadência e prescrição para o segurado ou beneficiário
Decadência
É de 10 anos o prazo para o segurado ou beneficiário requerer a revisão do ato de concessão do benefício.
Prescrição
O segurado ou beneficiário tem o prazo de 5 anos para o ajuizamento de ação para cobrar prestações vencidas ou quaisquer restituições ou diferenças devidas pela Previdência Social.
CUMULAÇÃO DE BENEFÍCIOS
Não será permitida ao segurado a percepção conjunta de:
auxílio-doença com aposentadoria de qualquer natureza;
 auxílio-doença e abono de retorno à atividade;
auxílio-natalidade quando o pai e a mãe forem segurados.
Em relação aos benefícios de que trata a Previdência Social Urbana, não será permitida a percepção conjunta, salvo direito adquirido, de:
auxílios-natalidade, quando o pai e a mãe forem segurados;
 aposentadoria e auxílio-doença;
aposentadoria e abono de permanência em serviço;
duas ou mais aposentadorias.
A Súmula 63 do Tribunal Federal de Recursos assentou entendimento no sentido de ser permitido o recebimento conjunto de pensão por morte de servidor público e de segurado do Regime Geral.
 
 PROCESSO ADMINISTRATIVO PREVIDENCIÁRIO
PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL - RELATIVO AOS CONTRIBUINTES
O julgamento administrativo compete:
I - em primeira instância, às Delegacias da Receita Federal do Brasil de Julgamento órgãos de deliberação interna e natureza colegiada da Secretaria da Receita Federal do Brasil.
em instância única, quanto aos processos relativos a penalidade por descumprimento de obrigação acessória e a restituição, a ressarcimento, a compensação, a redução, a isenção, e a imunidade de tributos e contribuições, bem como ao Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte - e aos processos de exigência de crédito tributário de valor inferior a R$ 50.000,00.
em primeira instância, quanto aos demais processos.
II - em segunda instância, ao Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, órgão colegiado, paritário, integrante da estrutura do Ministério da Fazenda, com atribuição de julgar recursos de ofício e voluntários de decisão de primeira instância, bem como recursos de natureza especial.
A partir do Auto de Infração, abre-se o prazo de 30 dias para que a empresa, o empregador doméstico ou o segurado efetue o pagamento ou apresente a defesa. Decorrido esse prazo, será automaticamente declarada a revelia, considerando-se procedente o lançamento.
PROCESSO ADMINISTRATIVO - RELATIVO AOS BENEFICIÁRIOS
É garantido o prazo de 30 dias para interposição de recurso às Juntas de Recursos do CRPS. 
O INSS deve analisar o processo antes de enviá-lo à Junta, podendo, inclusive, reformular totalmente a decisão em favor do recorrente.
ESTRUTURA DO CONSELHO DE RECURSOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL - PROCESSO ADMINISTRATIVO DE BENEFÍCIOS
O Conselho de Recursos da Previdência Social compreende os seguintes órgãos: 
I - vinte e nove Juntas de Recursos, com competência para julgar, em primeira instância, os recursos interpostos contra as decisões prolatadas pelos órgãos regionais do INSS, em matéria de benefícios a cargo desta Autarquia; 
II - quatro Câmaras de Julgamento - CAJ, com sede em Brasília, com competência para julgar, em segunda instância, os recursos interpostos contra as decisões proferidas pelas Juntas de Recursos que infringirem lei, regulamento, enunciado ou ato normativo ministerial; 
III - Conselho Pleno, com competência para uniformizar a jurisprudência previdenciária mediante a emissão de enunciados, ad referendum do Ministro de Estado da Previdência Social.
O mandato dos membros do Conselho de Recursos da Previdência Social é de dois anos, permitida a recondução, atendidas às seguintes condições:
I - os representantes do Governo são escolhidos entre servidores federais, preferencialmente do Ministério da Previdência Social ou do INSS, com curso superior em nível de graduação concluído e notório conhecimento da legislação previdenciária, que prestarão serviços exclusivos ao Conselho de Recursos da Previdência Social, sem prejuízo dos direitos e vantagens do respectivo cargo de origem; 
II - os representantes classistas, que deverão ter escolaridade de nível superior, exceto representantes dos trabalhadores rurais, que deverão ter nível médio, são escolhidos dentre os indicados, em lista tríplice, pelas entidades de classe ou sindicais das respectivas jurisdições, e manterão a condição de segurados do Regime Geral de Previdência Social; e 
III - o afastamento do representante dos trabalhadores da empresa empregadora não constitui motivo para alteração ou rescisão contratual.
ESTRUTURA DO CONSELHO DE RECURSOS FISCAIS - PROCESSO ADMINISTRATIVO FISCAL
O Conselho Administrativo de Recursos Fiscais será constituído por seções e pela Câmara Superior de Recursos Fiscais. As seções serão especializadas por matéria e constituídas por câmaras. A Câmara Superior de Recursos Fiscais será constituída por turmas, compostas pelos Presidentes e Vice-Presidentes das câmaras.
PROCESSO JUDICIAL PREVIDENCIÁRIO
COMPETÊNCIA PARA O PROCESSAMENTO DAS AÇÕES PREVIDENCIÁRIAS.
No Regime Geral de Previdência Social (RGPS), o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deve integrar a relação processual, porque é o gestor desse regime previdenciário.
O INSS é autarquia federal.
As ações previdenciárias movidas por segurados ou dependentes do RGPS terão como réu o INSS e, por isso, de acordo com a Constituição, deverão ser ajuizadas na Justiça Federal.
Competência delegada
A Justiça Federal ainda não está instalada em todos os polos do país. Mas respeitou-se a garantia constitucional do acesso à justiça, permitindo que as causas previdenciárias, em certas situações, sejam julgadas pela Justiça Estadual. Trata-se de competência delegada.
“Compete à justiça estadual processare julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho”.
Os pedidos de revisão desses benefícios previdenciários também devem ser julgados pela Justiça Estadual.
Mandados de segurança
O mandado de segurança em matéria previdenciária tem por objeto atacar ato administrativo praticado pelo INSS causador de lesão aos interesses do segurado ou beneficiário.
As ações movidas por segurado ou beneficiário contra o INSS seguem o procedimento ordinário.
A análise da prova deve ser feita sempre com vistas à redução das desigualdades sociais, prescindindo-se, algumas vezes, das formas em benefício da efetivação do direito. 
De toda forma, apesar de ser desaconselhável o rigorismo formal na apreciação das provas, de outro lado, não se deve perder de vista que o benefício previdenciário, ao contrário da assistência social, decorre do pagamento de contribuições sociais, que sustentam o sistema. Por isso, a análise parcimoniosa da prova não pode levar à concessão de cobertura previdenciária a quem não tenha vertido contribuições para o custeio do RGPS.
A regra básica sobre a prova do tempo de serviço está no art. 55, § 3°, da Lei n. 8.213/91

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