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UNIVERSIDADE PAULISTA CAMPUS ARARAQUARA SISTEMAS DE CONTROLE E SERVOMECANISMOS Sistemas de 1ª e 2ª Ordem: Função de Transferência, Resposta e Identificação 3. ANÁLISE DA RESPOSTA DE SISTEMAS A resposta temporal de um sistema consiste de duas partes: a resposta transitória e a resposta em regime permanente (estacionária). Resposta Transitória ® parte da resposta que vai do estado inicial até o estado final. Resposta Estacionária ® maneira com a saída se comporta quando t tente a infinito. 3.1 RESPOSTA TRANSITÓRIA 3.1.1- SISTEMAS DE PRIMEIRA ORDEM Considere a seguinte equação diferencial de 1a ordem )t(dr)t(bc)t(ca =+ · a ¹ 0 onde c(t) é a saída do sistema e r(t) é a entrada do sistema. Definindo a b T= (constante de tempo do sistema ) e d b K= (ganho do sistema) temos )t(Kr)t(c)t(Tc =+ · Assim a função de transferência é: 1Ts K)s(G )s(R )s(C + == K 1 sT R(s) C(s)+ - E(s) Considerando K=1, 1Ts 1)s(G + = · Resposta ao Degrau Unitário T/1s 1 s 1 s 1 1sT 1)s(C + -= + = T/te1)t(c --= · Resposta a Rampa Unitária 1Ts T s T s 1 1Ts 1 s 1)s(C 2 22 + +-= + = T/tTeTt)t(c -+-= ( )T/te1T)t(c)t(r)t(e --=-= Logo e T( )¥ = · Resposta ao Impulso Seja um impulso unitário . Aplicando a transformada de Laplace temos R(s) = 1; que substituído na equação de sistemas de primeira ordem fornece: Aplicando a transformada inversa de Laplace, obtemos: A figura a seguir mostra a resposta ao impulso unitário. Exemplos de sistemas de 1a ordem: circuito RC, reservatório com válvula, sistema de temperatura, etc. 3.1.2- SISTEMAS DE PRIMEIRA ORDEM COM TEMPO MORTO O modelo de um sistema de primeira ordem com tempo morto (ou atraso de transporte) pode ser representado pela seguinte função de transferência: )( )( )1( )( sU sYe s K sG sp = + = -q t Note-se que é necessário determinar 3 parâmetros: o ganho estático, Kp, a constante de tempo t e o atraso por transporte, q. A resposta a entrada degrau desse sistema é dada pela figura abaixo. 3.1.3- SISTEMAS DE SEGUNDA ORDEM Considere a seguinte equação diferencial de segunda ordem: )t(er)t(dc)t(cb)t(ca =++ ··· Definindo K a e ; a d ; 2 a b 2 nn =w=xw= onde x é o fator de amortecimento w n é a freqüência natural K é o ganho do sistema Assim, temos: )t(Kr)t(c)t(c2)t(c 2nn =w+xw+ ··· Aplicando Laplace com C.I. nulas: 2 nn 2 s2s K )s(R )s(C w+xw+ = K R(s) C(s)+ - E(s) 1 s(s+2 )xwn Considerando 2nK w= 2 nn 2 2 n s2s)s(R )s(C w+xw+ w = Pólos do sistema: 1s 0s2s 2nn 2 nn 2 -xw±xw-=Þ=w+xw+ Exemplos de sistemas de 2a ordem: circuito RLC, sistema massa-mola-atrito, servomecanismo de posição. Temos três casos: a) 0 1< <x Caso SUBAMORTECIDO. O sistema tem dois pólos complexos conjugados e apresenta oscilações b) x = 1 Caso CRITICAMENTE AMORTECIDO. Dois pólos reais e iguais. A partir deste valor de x o sistema passa a não ter mais oscilações. c) x > 1 Caso SOBREAMORTECIDO. Dois pólos reais e distintos. A medida que x aumenta, o comportamento do sistema se aproxima do comportamento de um sistema de 1a ordem. · Resposta ao Degrau Unitário a) Caso Subamortecido onde 2d 1 x-=w é a freqüência natural amortecida. Se x=0 O erro do sistema e(t) ao seguir a entrada degrau é então: b) Caso criticamente amortecido c) Caso sobreamortecido A figura abaixo mostra as curvas de resposta ao degrau unitário de um sistema de 2a ordem em função do fator de amortecimento x (Z) · Resposta a Rampa Unitária a) Caso Subamortecido onde 2d 1 x-=w é a freqüência natural amortecida. Se x=0 O erro do sistema e(t) ao seguir a entrada rampa é então: b) Caso criticamente amortecido c) Caso sobreamortecido A figura abaixo mostra as curvas de resposta a rampa unitária de um sistema de 2a ordem em função do fator de amortecimento x (Z) · Resposta ao Impulso · a) Caso Subamortecido b) Caso criticamente amortecido c) Caso sobreamortecido A figura abaixo mostra as curvas de resposta ao impulso unitário de um sistema de 2a ordem em função do fator de amortecimento x (Z) 3.2 IDENTIFICAÇÃO DE FUNÇÃO DE TRANSFERÊNCIA DE SISTEMAS Existem muitas razões para usar dados experimentais para obter um modelo do sistema dinâmico a ser controlado. Em primeiro lugar, a construção teórica do modelo através de equações é somente uma aproximação da realidade. Algumas vezes, como no caso de foguetes, o modelo teórico é extremamente bom. Por outro lado, alguns processos químicos, o modelo teórico é muito aproximado. Em todos os casos, antes do projeto final de controle é importante e prudente verificar o modelo teórico com dados experimentais. Em segundo lugar, em situações onde o modelo teórico é muito complicado ou o comportamento do processo é pouco compreendido, a única forma de projetar o controle são os dados experimentais. Por ultimo, algumas vezes os sistemas são submetidos a mudanças. Por exemplo, a velocidade de uma máquina de papel para diferentes composições da fibra, ou um sistema não-linear que se desloca para um novo ponto de operação. Nestas ocasiões é necessário reajustar o controlador, isso requer remodelar para acrescentar as mudanças inseridas no processo, e dados experimentais são freqüentemente são mais efetivos para acrescentar as informações necessárias no novo modelo. A dinâmica de muitos processos industriais pode ser satisfatoriamente aproximada por funções de primeira ou segunda ordem com tempo morto. Existem diversos métodos para realizar essa identificação de parâmetros. Geralmente esses métodos utilizam um sinal genérico de entrada. A seguir alguns exemplos de como obter esses parâmetros a partir da resposta a uma perturbação degrau. O processo de identificação pode ser feito de suas maneiras: (a) Identificação direta ou em malha aberta Neste tipo de identificação, o sinal de entrada u(t) mais utilizado, é um degrau de amplitude U. (b) Identificação Indireta ou em malha fechada Seja G(s) o sistema a ser identificado. Este tipo de identificação é feito em dois passos. Primeiramente realimentamos G(s) com um ganho Kc onde r(t) é o sinal de referência. Usando para referência um degrau de amplitude R, medimos y(t) e identificamos o sistema realimentado: A função de transferência desejada é obtida da equação acima: 3.2.1- SISTEMAS DE PRIMEIRA ORDEM (Malha Aberta) O modelo de um sistema de primeira ordem pode ser representado pela seguinte função de transferência: )( )( )1( )( sU sYe s K sG sp = + = -q t Note-se que é necessário determinar 3 parâmetros: o ganho estático Kp a constante de tempo t e o atraso por transporte q (para sistemas com tempo morto) (a) Método de Ziegler-Nichols e de Hagglund Nestes métodosos parâmetros Kp,t e q são calculados conforme é ilustrado na figura abaixo, onde a reta traçada corresponde à tangente no ponto de máxima inclinação da curva de reação. Os parâmetros Kp e q são calculados da mesma forma nos dois métodos, somente a constante de tempo são obtidas de forma diferente. (b) Método de Smith Neste método, os parâmetros são obtidos conforme as equações e a figura apresentada a seguir: U YKp D ¥D = )( )(5,1 12 tt -=t tq -= 2t 3.2.1- SISTEMAS DE SEGUNDA ORDEM (Malha Aberta) O modelo de um sistema de segunda ordem é: onde x é o amortecimento e w n é a freqüência natural. Os parâmetros Ks, x e wn podem ser obtidos através de y(∞), de U, do sobressinal Maximo, yp, que corresponde a amplitude do primeiro sobressinal, e de tp, que é o instante de tempo em que ocorre o sobressinal máximo: Observe que yp = y(tp).
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