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* * * Malassezia (Ptyrosporum) pachydermatis * * * Gênero Malassezia : superior a 100 leveduras Basidiomiceto Habitat: microflora pele de humanos e de muitos animais de sangue quente Crescimento: leveduriforme ou miceliar (comum em peles afetadas) dependente de lipídios x diferenciação espécies x auxonograma CHO’s Leveduras oportunistas de crescente importância: doenças nos homens e animais Parede celular em várias camadas Urease : positiva 1889 Classificação do gênero por Baillon : M. furfur : fungos filamentosos: ptiríase versicolor alternartivamente: Ptyrosporum M. furfur (lipofílica x lipidiodependente) e M. pachydermatis (lipofílica x lipidioindependente) * * * Brotamentos celulares de M. pachydermatis pela ME e M. furfur em campo luminoso !Malassezia sp. ME * * * Em 1995 - [ 11] Sequência 28S-rDNA – revelou 7 entidades genéticas diferentes : M. furfur M. sympodialis M. obtusa M. pachydermatis M. globosa M. restricta - 1996 [10] M. slooffiae Posteriormente mais 5 espécies descritas: necessita de caracterização bioquímica e molecular M. dermatis [12] M. equi [13] M. japonica [14] M. Nana [15] M. yamatoensis [16] * * * Tabela 1- Características principais das espécies de Malassezia – Ocorrência e morfologia das células AD: dermatite atópica; AN: animais; HS: pele humana sadia; OE: otite externa; P: psoríases; PV: ptiríase versicolor; S: séptica; SD: dermatite seborréica; SD/AN: dermatite seborréica em animais; SD/D: dermatite seborréica/caspas. * * * Tabela 2- Características principais das espécies de Malassezia W: fraca; ( ) raro desvio do padrão; v: variável * * * ESPÉCIES DE MALASSEZIA M. furfur 2 cariótipos direrentes, com altas porcentagens de reassociação de DNA/DNA e alta similaridade de RNA ribossomal algumas cepas produzem filamentos vários hospedeiros e partes do corpo e doenças Não tem sido observada recentemente em peles saudáveis, pacientes com ptitiríase versicolor (PV) e dermatite seborréica (DS) ou somente PV Isolada: urina, vagina, unha; cães (otite externa); chão quarto de hospital* M. furfur * * * M. slooffiae Diferenciar de M. furfur : cremophor EL Isolada : comum : pele humana; com : M. sympodialis ou M. globosa Mais adaptada em animais : suínos M. obtusa Espécie rara Isolamento :pele humana sadia Recentemente: isolada de cabras, equinos e cães (otite externa) [26,27 2002] M. sympodialis Sorovar precedente A de M. furfur Células leveduriformes pequenas e ovóides Isolamento: pele humana sadia e doente (M. globosa), pele de gatos sadios (gatos com otite externa) pele afetada de equinos * * * M. globosa Corresponde ao sorovar B de M. furfur Células e brotações esféricas, que emergem da levedura mãe através de um sítio estreito, contrário ao modelo visto em outras Malassezias spp. Produção de filamentos Patologias: caspa e dermatite seborréica: M. globosa com M. restricta Ptiríase versicolor: com ou sem a M. sympodialis Isolamento: humanos, gatos [36] M. restricta Sorovar C Isolamento: cabeça, couro cabeludo, nuca e face Não produz filamento, fastidiosa Não é conhecida em animais Precisa-se estudar sua implicação nas doenças associadas à Malassezia: caspa e dermatite seborréica * * * Ptiríase versicolor por Malassezia sp. Imagem clínica de Ptiríase versicolor – leveduras e filamentos de M. globosa * * * M. pachydermatis lipofílica, única não lipídeo dependente Algumas culturas primárias mostram uma certa dependência de lipídeos Rara em humanos; [31-1994;32-1998] – epidemias sépticas neonatos – suplementação intravenosa de lipídios Habitante cutâneo normal: numerosos animais : dermatite seborréica e otite (cães): gatos, ursos, raposas, lobo-guará, focas, doninhas Otite bovinos: infestação de nematódeos rabiditóides, nematóideos do solo associados com Malassezia Células de Malassezia pachydermatis mostrando brotamento único em base larga. * * * M. pachydermatis : Dermatites e otites em cães * * * Espécies recentemente isoladas: 2002 - [12] M. dermatis Isolamento: pele de pacientes com dermatite atópica Estreitamente relacionada à M. sympodialis: 1,2% de divergência na base de r DNA M. equi - Nell et al. 2002 [13] – pele normal de equinos M. nana Hirai et al. (2004) [15] descargas otológicas de animais Podem ser cepas atípicas de M. sympodialis descritas por Duarte et. al. 2002 [39] 2005 [ 41] : presença de M. sympodialis em otite externa de gatos : Seq. D1/D2 e ITS : idênticas à M. nana M. japonica Significativa divergência na sequência 26 S D1/D2- 4,6% com M. furfur e 6,9% com M. obtusa * * * M. yamatoensis – paciente japonês com dermatite seborréica [2004- 16] Próxima da M. furfur e M. dermatis , foi inserida no grupo da M. furfur, M. obtusa e M. japonica com 93% de suporte na seq. 26 S rDNA, seq. ITS : 40% de diferença 9,7% pacientes com DS 14% com dermatite atópica 55% em pessoas saudáveis DETECÇÃO E IDENTIFICAÇÃO M. furfur : mais robusta em cultivos, frequentemente isolada M. restricta e M. obtusa : crescimento difícil M. globosa : cresce bem no agar Dixon a 30-350C como cultura primária, pode sofrer competição com a M. furfur a 370C MÉTODOS DE DIFERENCIAÇÃO DAS ESPÉCIES Baseados em mol% guanina + citosina Valores de reassociação de DNA Morfologia celular * * * M. sympodialis M. restricta Crescimento em diferentes Tween Crescimento seletivo em Cremophor EL Assimilação de Tween 20, 40, 60 e 80 e Cremophor EL (centro) Assimilação de Cremophor EL * * * Presença de catalase Requerimentos de temperatura Presença de ß-glicosidase – esculina MÉTODOS MOLECULARES PFGE: eletroforese em gel de campo pulsante RAPD : amplificação aleatória do DNA polimórfico Análise da sequência de DNA Análise de restrição dos amplicons de PCR das sequências ribossomais AFLP: amplificação quanto ao comprimento do fragmento polimórfico DGGE: gradiente de desnaturação em gel de eletroforese t FLP: polimorfismo do comprimento do fragmento terminal * * * REQUERIMENTOS GERAIS DE LIPÍDIOS TODAS AS ESPÉCIES DE MALASSEZIA, EXCETO A M. pachydermatis, SÃO LIPIDEODEPENDENTES 1960s e 70: M. furfur – acidos graxos saturados > 12 < 20 carbonos [60] : crescimento estimulado quando AG saturados presentes (nanomolar) AG puro: alto custo Ex: ácido oléico: 74% ácido oléico; 8% ácido esteárico; restante mistura de C14; C16 e C18 saturados e ácidos monoinsaturados Cremophor EL: extrato de planta: parcialmente purificado, contém ácido rinoléico, mas não exlusivamente Ésteres TWEEN: produzidos de fontes enriquecidas mas não purificadas de ácidos graxos. * * * * * * Entre as leveduras a Malassezia pachydermatis é a mais freqüentemente responsável pela perpetuação da otite externa. Este organismo é isolado em 36% dos ouvidos normais. É a complicação mais comum em casos de otite alérgica e pode surgir como uma superinfecção após antibioticoterapia. O mecanismo patológico é ainda desconhecido, mas acredita-se estar relacionado a sub-produtos metabólicos do crescimento e morte das leveduras. * * * * * * Otomicose * * * * * * * * * * * * Malassezia furfur e outros * * * Malassezia furfur é caracterizada por células leveduriformes globosas, oblongo-elipsoidal a cilindricas. Reprodução por brotamento (budding) em uma base larga e do mesmo lado em um polo (unipolar). M. furfur é uma levedura lipofílica, dessa forma seu crescimento in vitro deve ser estimulado por óleos naturais ou outras substâncias gordurosas. Cultivo: o método mais comum é semear agar Sabouraud dextrose contendo cicloheximida (actidiona) com óleo de oliva ou alternativamente utilizar agar de Dixon que contém glicerol mono-oleato. Neste meio, colônias são cremosas a amareladas, lisas ou levemente rugosas, brilhantes ou opacas, com margens inteiras ou lobadas. Temperatura ótima para o crescimento é 35-370C; ocorre crescimento fraco a 250C. Fermentação não ocorre e devido requerimento de lipídios para o seu cresimento não é possível realizar os testes de fermentação de açúcares usuais. * * * Significado Clínico Malassezia furfur é o causador de Pityriasis versicolor e dermatite seborréica e caspa. Foi recuperado de hemocultura de neonatos e adultos que se submeteram terapia de reposição lipídica. Diagnóstico requer cultivo especial e o cultivo de amostra de sangue de cateter é amostra preferencial. Cultivo de ponta de catéter também é recomendada. Malassezia paquidermatis Grupo Clínico: micoses superficiais Micose: Infecções por Malassezia * * * Exame direto de pitiriasis versicolor. Imagem típica: blastosporos globosos e pseudomicelio. KOH+Tinta Parker X 1000. * * * Cultivo de pitiriasis versicolor: Colonias de Malassezia globosa. Arriba una colonia de Malassezia synpodialis. Dixon modificado. * * * Exame direto de dermatite seborreica: blastosporos de forma variável. KOH+Tinta Parker X1000. * * * Cultivo de dermatitis seborreica: Colonias de Malassezia globosa, Malassezia restricta y Malassezia sympodialis. Dixon modificado * * * Afeltra, J., Verweij, P.E. (in press) Antifungal activity of nonantifungal drugs. European Journal of Clinical Microbiology & Infectious Diseases Potential targets of nonantifungal agents in fungi
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