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Capítulo I

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO – UFOP
FIAMA VITÓRIA DE SOUZA ASSIS 
2ª prova de DIREITO TRIBUTÁRIO
Capítulo I
Direito financeiro e direito tributário
Direito financeiro, como sistema normatizador de toda atividade financeira do Estado, abarca, por compreensão, as prestações pecuniárias exigidas pelo Estado, abrangidas no conceito de tributo. Tem por objeto a disciplina do orçamento público, das receitas públicas (entre as quais se incluem as receitas tributárias), da despesa pública e da dívida pública. (Título VI da Const/88 “Da Tributação e do Orçamento” arts. 163 a 169)
 
Direito tributário, ramo do direito que compreende a disciplina de determinadas relações jurídicas que têm por objeto o dever de prestar tributo. Ramo autônomo da ciência jurídica que possui o conjunto de regras e princípios que disciplinam a parcela do direito financeiro que se refere aos tributos. (Título VI da Const/88 “Da Tributação e do Orçamento” arts. 145 a 162). Algumas definições de direito tributário insistem que o objeto deste setor são as relações entre o Estado e os Particulares- Rubens Gomes de Souza:” Direito tributário é o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre o Estado e os particulares, decorrentes da atividade financeira do Estado no que se refere a obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos”. Porém, às vezes o produto da atividade financeira do Estado não é uma receita efetiva. As definições que incorporam essas especificações pecam por não mostrar, na sua exata amplitude, os domínios desse ramo jurídico. Há também a possibilidade de entes públicos figurarem no polo passivo, pois a Const obriga submissão ao mesmo regime tributário das empresas privadas empresas públicas, sociedade de economia mista e outras entidades públicas que explorem atividade econômica.
Tributos parafiscais: espécies tributárias que são arrecadadas por entidades as quais a lei (após criar o tributo) atribui capacidade tributária. Não se destinam ao Tesouro Público (ao Fisco). São atribuídos a entidades não estatais de que são exemplos os sindicatos e os conselhos de fiscalização e de disciplina profissional.
O direito tributário não cuida só de efetivas receitas, pois o empréstimo compulsório, embora configure ingresso ou entrada financeira, abrangido na noção de tributo, não é uma receita no sentido de recurso financeiro que acresça ao patrimônio público sem contrapartida do dever de devolução.
Integram o direito tributário todos os dispositivos que versem matérias de natureza instrumental, que não tem um fim em si mesmo, atinente aos tributos. 
Denominação do Direito Tributário
No plano do direito positivo brasileiro, a expressão direito tributário firmou-se com a emenda n 18 de 1995, que estruturou “ sistema tributário nacional”. A partir daí, a denominação direito tributário cristalizou-se também no plano da doutrina e da jurisprudência.
Direito tributário como ramo do direito público
A classificação do direito tributário como ramo do direito público não se questiona. A preponderância do interesse coletivo no direito dos tributos é evidente, daí derivando o caráter cogente de suas normas, inderrogáveis pela vontade dos sujeitos da relação jurídico tributária. Prepondera o interesse da coletividade.
Autonomia do direito tributário
Em razão do extraordinário desenvolvimento da disciplina jurídica dos tributos, o direito tributário acabou ganhando foros de autonomia. 
Debate-se a questão geral sobre se se pode ou não falar em autonomia dos ramos do direito, o que abrange a questão específica consistente em poder sustentar que o direito tributário seja autônomo
Cuida-se de perquirir se a aplicação do direito tributário deve ou não seguir, diante de fatos disciplinados noutros setores do direito, uma principiologia especifica, uma exegese diferente, ou uma especial valorização fática.
Autonomia e Especialização
Se se quer dizer que o direito tributário goza de autonomia legislativa (por ser objeto de conjuntos de normas dirigidas especificamente à disciplina dos tributos), ou que possui autonomia científica (por abrigar princípios e institutos não comuns a outros ramos do direito) e que desfruta, ademais, de autonomia didática (por ser ensinado em cadeiras autônomas nos cursos jurídicos), é preciso sublinhar que, em todos esses aspectos, a autonomia é sempre relativa.
Autonomia, modificação de conceitos de direito privado e interpretação do direito tributário
A polêmica, centra-se na discussão sobre a subserviência do direito fiscal ao direito privada, não apenas quanto à possibilidade de a lei fiscal poder, expressamente, modificar conceitos do direito privado, mas, sobretudo, quanto à possibilidade de o intérprete da lei fiscal desconsiderar os conceitos do direito privado (mesmo quando referidos na lei fiscal sem modificação expressa) para o efeito de determinar a obrigação tributária.
Relações do direito tributário com outros ramos do direito
Direito Const- A Const contém as bases do ordenamento jurídico, é nela que se encontra o próprio fundamento de validade do tributo. É a Const que define os lineamentos básicos do sistema tributário nacional.
Direito Financeiro- Resulta de uma especialização de um setor do direito tributário. Os conceitos que permanecem na seara do direito financeiro são objeto de cogitações de relevo para o direito tributário.
Direito Econômico- Vários princípios em comum
Direito Privado- o direito tributário utiliza-se de construções próprias do direito privado, importando-as e nacionalizando-as, sem retoques ou adaptações 
Direito Civil- Fornece farta matéria prima para o direito fiscal
Direito comercial: sociedades mercantis, títulos de participação societária, as demonstrações financeiras, os atos de comercio.
Direito do Trabalho- salário, aviso prévio, indenização por tempo de serviço.
Direito penal- sanciona os ilícitos tributários, infração fiscal
Direito internacional- acordos com vistas a facilitar o comercio internacional de bens, serviços e capitais.
Capitulo II
Noção de tributo
No EDD, a divida de tributo estruturou-se como uma relação jurídica, em que a imposição é estritamente regrada pela lei.
Devedor da obrigação tributária: contribuinte, aquele que juntamente com outro tributa, presta um tributo ou contribui entregando a contribuição ao Estado.
Contribuição: partilha entre os indivíduos dos ônus comuns.
Imposto: é algo que se faz realizar forçadamente, expressando, assim, a velha conotação das prestações tributárias, que eram exigidas de modo forçado (impostas)ao súdito, sem buscar anuência do devedor.
Tributo: resulta de uma exigência do Estado que, nos primórdios da história fiscal, decorria da vontade do soberano, então identificada como a lei, e hoje se funda na lei, como expressão da vontade coletiva.
Taxa: espécie de tributo, exatamente a figura na qual está presente, de acordo com o sentido etimológico da expressão, a ideia de contraprestação, dado que a taxa se caracteriza pela conexão a um serviço ou utilidade que o Estado propicia ao contribuinte.
Os tributos apresentam-se como receitas derivadas, vem de contribuições dos patrimônios dos terceiros, arrecadadas pelo estado para financiar a despesa pública, seja com a guerra, a defesa contra o inimigo externo e a segurança interna, seja com o bem estar dos cidadãos. O devedor do tributo é, em geral, chamado de contribuinte.
Conceito de Tributo
“É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada”
Caráter pecuniário da prestação tributária (como prestação em moeda)
Compulsoriedade dessa prestação, ideia com a qual o CTN buscou evidenciar que o dever jurídico de prestar tributo é imposto pela lei, abstraída a vontade das partes que vão ocupar os polos ativo e passivo da obrigação tributária, opondo-se,dessa forma, a compulsoriedade do tributo à voluntariedade de outras prestações pecuniárias
A natureza não sancionatória de ilicitude, o que afasta da noção de tributo certas prestações também criadas por lei.
A origem legal do tributo, repetindo a ideia de que o tributo é determinado por lei e não pela vontade das partes que irão figurar como credor e devedor da obrigação tributária
A natureza vinculada da atividade administrativa mediante a qual se cobra tributo
Para melhorar o conceito de tributo, poderíamos dizer que:
“Tributo é a prestação pecuniária, não sancionatória de ato ilícito, instituída por lei e devida ao estado ou a entidades não estaduais de fins de interesse público. “
Figuras tributárias
A constituição atribui a lei complementar a função de conceituar tributo e as suas espécies. Art 146, III, a
 Rol de tributos na constituição
a . Impostos: instituíveis pela União, Estados, DF e municípios art 145, I, conforme a partilha constante dos art 153 e 154 (União) 155 (Estados e DF) e 156 (Municípios e também DF)
b. Taxas: instituíveis por essas mesmas pessoas ´políticas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial de serviços públicos específicos e divisíveis prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição. Art 145, II
 c. Contribuição de melhoria: decorrente de obra política também intituiveis pelas mesmas pessoas políticas
d. pedágio: instituiveis igualmente pelas pessoas políticas mencionadas, em razão da utilização de vias por elas conservadas
e. empréstimos compulsórios: instituíveis pela União, nas hipóteses arroladas no 148
f. contribuições sociais: instituiveis pela união art 149
G. contribuição de intervenção no domínio econômico: instituiveis pela União art 149
h. contribuição de interesse das categorias profissionais: instituiveis pela União
i. contribuição para custeio de regime previdenciário : Art 40, em beneficio dos servidores do Estado, DF e Municípios instituíveis por essas e cobrados aos devidos funcionários
j. contribuição de custeio de iluminação publica: intigáviis ao Município e pelo DF
art .147. CF Competem a União, em Território Federal, os impostos Estaduais e, se o território não for divido em municípios, cumulativamente, os impostos municipais; ao DF cabem os impostos municipais. 
Assim, o art 147 atribui a União a responsabilidade pelos impostos estaduais e , se o território não for dividido em municípios, também os impostos municipais.
Ao DF cabem os impostos outorgados aos estados e aos municípios
A Const arrola na competência da Uniião os impostos sobre importação de produtos estrangeiros, sobre exportação, para o exterior, de produtos nacionaisou nacionalizados, sobre renda e proventos de qualquer natureza, sobre os produtos industriaçizados; sobre as operações de crédito, cambio e seguros ou relativas a títulos e valores mobiliários. Art 153. E os impostos extraordinários de gerra. Art 154, II.
Na competência dos Estados e DF são listados os impostos pela transmissão causa mortis e doação sobre qualquer bem ou direito, sobre as operações relativas a circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de comunicação, e sobre a propriedade de veículos automotores.
Aos Municípios e o DF (art 147) são outorgados os impostos sobre a propriedade territorial e predial urbana, sobre a transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso de bens imóveis e séricos de qualquer natureza. (art 156)
Espécies tributárias no CTN- O IMPOSTO
 Art. 16. Imposto é o tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte.
O fato gerador do imposto é uma situação que não supõe nem conecta nenhuma atividade do Estado especificamente dirigida ao contribuinte. Para exigir imposto de um certo individuo não é preciso que o Estado lhe preste algo determinado. A atuação do Estado dirigida a promover o bem comum beneficia o contribuinte, mas este frui das atividades que o Estado fornece porque é membro da comunidade e não por ser contribuinte.
Se o fato gerador não é um ato do Estado, ele deve configurar uma situação a qual o contribuinte se vincula. O legislador deve escolher algumas situações materiais evidenciadoras de capacidade contributiva, tipificando-as como fatos geradores de obrigação tributária. As pessoas que vinculam a essas situações assumem o dever jurídico de pagar imposto em favor do Estado.
3.3 Espécies tributárias no CTN – AS TAXAS
Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato gerador o exercício regular do poder de polícia; ou a utilização, efetiva ou potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte ou posto à sua disposição.
Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função do capital das empresas.
As taxas têm como fato gerador uma atuação estatal específica, referível ao contribuinte, que pode consistir em 1. Exercício regular do poder de polícia ou 2. Na prestação ao contribuinte, ou colocação a disposição deste, de serviço público específico e divisível. É um fato do Estado., pois este exerce determinada atividade e por isso cobra a taxa da pessoa a quem aproveita esta atividade.
Impostos e taxas: as atividades gerais do Estado devem ser financiadas com os impostos, arrecadados de toda a coletividade, há outras atividades estatais que, dada a sua divisibilidade e referibilidade a um individuo ou a um grupo de indivíduos determinável podem ser financiadas por tributos pagos pelos indivíduos a que essas atividades estatais se dirigem.
Imposto- serviços indivisíveis. Taxas- serviços divisíveis.
O contribuinte da taxa será a pessoa que provoca o exercício estatal caracterizada pelo exercício do poder de polícia, ou a pessoa a quem seja prestada a atuação do estado traduzida num serviço público divisível. 
3.1 Taxas de polícia
Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da administração pública que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos. 
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso ou desvio de poder.
A taxa de policia é cobrada em razão da atividade do estado, que verifica o cumprimento das exigências legais pertinentes e concede a licença, a autorização, o alvará etc. 
As taxas de policia são instituíveis pelo ente público a que couber atribuição a qual se atrele a criação da taxa
Art. 80. Para efeito de instituição e cobrança de taxas, consideram-se compreendidas no âmbito das atribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios aquelas que, segundo a Constituição Federal, as Constituições dos Estados, as Leis Orgânicas do Distrito Federal e dos Municípios e a legislação com elas compatível, competem a cada uma dessas pessoas de direito público.
3.3.2 Taxas de serviço
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: 
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição
A s taxas de serviço têm por fato geradoruma atuação estatal consistente na execução de um serviço público, específico e divisível, efetivamente prestado ou posto a disposição do contribuinte.
Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o art. 77 consideram-se: 
I - utilizados pelo contribuinte: 
a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título; 
b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo funcionamento;
II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade ou de necessidade públicas; 
III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de cada um dos seus usuários.
Serviços divisíveis: são aqueles suscetíveis de ser fruídos isoladamente por cada usuário
Serviços indivisíveis: não comportam taxação
O que importa, para a classificação é a divisibilidade e não a especificidade.
Ao tratar de taxas de serviço o CTN tributa tanto a fruição efetiva como a fruição potencial de serviços.
A taxa só pode ser cobrada de quem efetivamente utilize o serviço
3.3.3 Taxa e preço público
Taxa
exercício do poder de polícia;
utilização efetiva ou potencial do serviço público;
remuneração por serviços públicos essências ou cuja atividade econômica não compete originariamente à iniciativa privada.
- tributo, compulsório
- obrigação legal
Preço público
remunera serviços que não têm natureza de públicos;
atividade monopolizada, sujeita- se ao preço público;
pressupõe contratação;
serviços não essenciais, que admitem concessão.
- Obrigação contratual, depende da adesão do indivíduo
- obrigação contratual
Espécies tributárias no CTN: a contribuição de melhoria
Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
 
 III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas
Esse tributo, assim como as taxas, conecta-se a determinada atuação estatal, qual seja, a realização de uma obra pública de que decorra, para os proprietários de imóveis adjacentes, uma valorização de suas propriedades.
O tributo não se legitima pela simples valorização da obra, mas pela melhoria, pela valorização.
CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA 
Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada imóvel beneficiado.
Art. 82. A lei relativa à contribuição de melhoria observará os seguintes requisitos mínimos: 
I - publicação prévia dos seguintes elementos: 
a) memorial descritivo do projeto; 
b) orçamento do custo da obra; 
c) determinação da parcela do custo da obra a ser financiada pela contribuição; 
d) delimitação da zona beneficiada;
e) determinação do fator de absorção do benefício da valorização para toda a zona ou para cada uma das áreas diferenciadas, nela contidas; 
II - fixação de prazo não inferior a 30 (trinta) dias, para impugnação, pelos interessados, de qualquer dos elementos referidos no inciso anterior; 
III - regulamentação do processo administrativo de instrução e julgamento da impugnação a que se refere o inciso anterior, sem prejuízo da sua apreciação judicial.
§ 1° A contribuição relativa a cada imóvel será determinada pelo rateio da parcela do custo da obra a que se refere a alínea c, do inciso I, pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos fatores individuais de valorização. 
§ 2° Por ocasião do respectivo lançamento, cada contribuinte deverá ser notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu pagamento e dos elementos que integraram o respectivo cálculo.
3.5 Outras figuras tributárias
Pedágio
Art 150, V : “cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo poder publico”
Essa disposição deu legitimação constitucional expressa ao pedágio. Além disso, reconheceu-lhe natureza tributária (por oposição a ideia de que ele traduziria um preço público), pois esta figura está referida num dispositivo que cuida de tributos, e como exceção a um principio que limita a criação de tributos. Fato gerador: utilização de vias conservadas pelo poder público.
O fundamento da exigência do pedágio é a atuação estatal que possa ser referida a um individuo ou grupo de indivíduos deve ser cobrada por tributos desses indivíduos e não de toda coletividade.
Empréstimo Compulsório
É um ingresso de recursos temporários nos cofres do Estado, pois a arrecadação acarreta para o Estado a obrigação de restituir a importância que foi emprestada.
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, b.
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.
Exceção a regra de que os tributos são instituídos por lei ordinária, já que os empréstimos compulsórios são instituídos mediante lei complementar. 
A const não define os fatos geradores, apenas define situações que condicionam o exercício da competência tributária e direcionam a aplicação do produto da arrecadação. Cabe a lei que instituir o empréstimo compulsório definir o seu fato gerador.
Contribuições sociais, econômicas e corporativas
Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo
§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
§ 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001
Contribuições sociais:Como regra, a atuação do Estado no campo da ordem social é financiada com recursos orçamentários dos diferentes entes políticos da Federação, por vezes de aplicação compulsória. Somente a União pode instituir contribuições sociais, como instrumento de sua atuação no campo da ordem social.
A Const caracteriza as contribuições sociais pela sua destinação, são ingressos necessariamente direcionados a instrumento (ou financiar) a atuação da União (ou dos demais entes políticos) no setor da ordem social.
Contribuições para intervenção no domínio econômico: só podem destinar-se a instrumentar a atuação da união no domínio econômico, financiando os custos e encargos pertinentes.
Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas: são tributos destinados ao custeio das atividades das instituições fiscalizadoras e representativas de categorias econômicas ou profissionais, que exercem funções legalmente reputadas como de interesse público. O fato gerador reside no exercício pelo contribuinte de determinada atividade profissional ou econômica a que se atrelam funções exercidas pela entidade credora das contribuições.
Contribuição para iluminação pública
Iluminação publica não é serviço a que se pudesse ser atrelado a figura detaxa, dado que não é divisível.
Classificação das espécies tributárias
Os tributos dizem-se federais, estaduais ou municipais, conforme se conectem com a competência tributária da União (ex.: o imposto de importação), dos Estados (ex.: ICMS) ou dos Municípios (ex.: ISS).
Os tributos estaduais e municipais são conferidos ao DF e nos Territórios Federais, à União.
Tributo fiscal, extrafiscal e parafiscal
Tributo fiscal: finalidade arrecadatória, visa abastecer de recursos os cofres públicos (ex.: IR)
Tributo parafiscal: finalidade arrecadatória para entidades (ex.: a contribuição sindical e a contribuição à OAB)
Tributo extrafiscal: finalidade regulatória, induzir comportamentos estimulando-os ou desestimulando-os, por razões sociais, econômicas, de saúde, etc.
Tributo pessoal ou real
Pessoal: se o tributo leva em consideração aspectos pessoais do contribuinte (nível de renda, estado civil, família, etc.).
Real se ignore esses aspectos
Tributo direto ou indireto
Direto: são tributos devidos, “de direito”, pelas mesmas pessoas que “de fato”, suportam o ônus do tributo; no Imposto de Renda da pessoa física assalariada, por exemplo, é o empregado quem suporta a obrigação, não havendo condições de ocorrer a repercussão (transferência do ônus tributário para outrem).
Indireto: são devidos, “de direito”, por uma pessoa (dita “contribuinte de direito”), mas suportados por outra (“contribuinte de fato”): o “contribuinte de direito” recolhe o tributo, mas repassa o respectivo encargo financeiro para o “contribuinte de fato”; os imposto que gravam o consumo de bens ou serviços (IPI, ICMS, ISS) estariam aqui incluídos. Nem sempre o contribuinte que paga é, efetivamente, quem suporta em definitivo a carga tributária. Assim temos: Contribuinte de direito: pessoa designada pela lei para pagar o imposto. Contribuinte de fato: pessoa que de fato suporta o ônus fiscal.
Tributo fixo ou variável
Fixo: tributos cujo montante independe da maior ou menor dimensão econômica do fato gerador. Paga-se certa quantia (fixa), por exemplo, em diversas hipóteses de incidência do ISS, sem verificar o volume ou o preço dos serviços prestados.
Variável: o montante varia de acordo com o maior ou menor valor da operação tributada. Ex.: IPI.
Tributo progressivo ou não-progressivo (regressivo)
Regressivos: quando sua onerosidade relativa cresce na razão inversa do crescimento da renda do contribuinte. Tanto os impostos fixos quanto os variáveis (como IPI e ICMS) são, em geral, regressivos.
Progressivos: se a onerosidade relativa aumenta na razão direta do crescimento da renda. Não são meramente variáveis ou proporcionais, são progressivos.
Tributo seletivo e não seletivo
Seletivo: alíquotas graduadas para onerar mais gravosamente os bens menos essenciais, atentam, pois, para a maior ou menor essencialidade do bem. É p caso do IPI.
Não seletivos: abstraem, em regra, essa preocupação. É o que se da com o ICMS, por exemplo, embora ele possa, por exceção atuar seletivamente.
Tributo monofásico e plurifásico
Monofásicos: oneram apenas uma das fases do processo produtivo – IOF s/ ouro
Plurifásicos: oneram o processo produtivo em mais de uma fase (ICMS)
Cumulativo: incide em várias fases de circulação do bem, sem se computar ou sem se deduzir o valor que já incidiu nas fases anteriores.
Não-cumulativo: em cada fase, incide apenas sobre o valor que nela se agregou, ou grava todo o valor acumulado do bem, descontando-se o valor que já gravou as fases anteriores (por exemplo, IPI e o ICMS).

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