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AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS E AS TABELAS DE USOS E RECURSOS AULA 4 CONTABILIDADE NACIONAL ALGUMAS DEFINIÇÕES Classificação por atividade econômica (funcional): as unidades (produtivas) são definidas de acordo com seu perfil tecnológico. Classificação por setor institucional: as unidades são definidas de acordo com seu comportamento, função e objetivos econômicos, como a renda é obtida e distribuída, como o capital é gerado e como é financiado. RESIDÊNCIA E ECONOMIA TOTAL Residência: território econômico no qual tem sua mais forte conexão ou o centro de predominância de seu interesse econômico. Economia total: conjunto completo das unidades institucionais residentes. Essas unidades são agrupadas em cinco setores institucionais mutuamente exclusivos. UNIDADE INSTITUCIONAL (SETOR INSTITUCIONAL) Têm capacidade de possuir ativos, contrair passivos e realizar atividades econômicas com outras unidades Agregadas para formar os setores institucionais, pelas similaridades das funções e objetivos. Unidades legais ou sociais: entidades cuja existência é reconhecida pela lei ou pela sociedade independente das pessoas ou de outras entidades que as controlam. EMPRESAS NÃO-FINANCEIRAS Produção de bens e serviços não financeiros de mercado. Preços economicamente significativos quando têm grande influência nos montantes de oferta e demanda. Os resultados do setor institucional empresas não financeiras, são apresentados desagregados nos subsetores: empresas públicas não financeiras e empresas privadas não financeiras. EMPRESAS FINANCEIRAS Produção de serviços financeiros: intermediação financeira, gestão de risco financeiro, transformação da liquidez ou atividades financeiras auxiliares. O setor institucional empresas financeiras é subdividido em nove subsetores, tendo em conta sua atividade no mercado e a liquidez de seus passivos. GOVERNO GERAL Função principal: produzir serviços não mercantis destinados à coletividade e/ou efetuar operações de repartição de renda e de patrimônio. Os serviços são prestados de forma gratuita ou semigratuita. A principal fonte de recursos é o pagamento obrigatório efetuado pelas demais unidades institucionais na forma de impostos, taxas e contribuições sociais. FAMÍLIAS Famílias como unidades de consumo e as famílias produtoras (trabalhadores autônomos). Produção das famílias: o aluguel imputado, o aluguel efetivo recebido por pessoas físicas e o serviço doméstico remunerado. Faz parte do setor famílias o grupo denominado microempreendedor individual, cujos proprietários não tenham participação em outras empresas e tenham um empregado contratado que receba o salário mínimo ou o piso da categoria. INSTITUIÇÕES SEM FINS DE LUCRO A SERVIÇO DAS FAMÍLIAS Instituições sem fins de lucro residentes, exceto aquelas controladas pelo governo e pelas empresas, com produção não mercantil de bens e serviços destinados principalmente aos cidadãos. Os serviços se financiam mediante contribuições ou cotas regulares. Exemplos: associações profissionais ou científicas, partidos políticos, sindicatos, associações de consumidores, igrejas ou associações religiosas, clubes sociais, culturais, recreativos e desportivos. CEI – CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS CEI - AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS • Apresentadas por setores institucionais (empresas financeiras e não financeiras, famílias, administrações púlbicas, instituições sem fins lucrativos); • São formadas por um conjunto de contas de operações e contas de ativos e passivos dos setores institucionais e do resto do mundo. CEI - AS CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS • Constituídas em torno de uma sequência de contas de fluxos inter-relacionadas com as contas de patrimônio. • Contas de fluxo: descrevem como ocorrem diferentes tipos de atividades econômicas num determinado período de tempo • Contas de patrimônio: registram os valores de ativos e passivos detidos pelos setores institucionais no início e no fim de um período. CEI • Não se utiliza débito e crédito, mas usos e recursos. • Usos: operações que reduzem o montante do valor econômico de um setor; • Recursos: é usado para operações que aumentam o valor econômico de um setor (Ex: uma receita) • Os saldos das contas são a diferença entre recursos e usos = resultado líquido das atividades= agregados econômicos • A sequência de contas se articula por meio dos saldos. CEI • Formadas pelas seguintes subcontas: • Contas-correntes • Contas de acumulação • Contas de patrimônio CONTAS-CORRENTES: PRODUÇÃO, DISTRIBUIÇÃO E UTILIZAÇÃO DA RENDA • Apresentam a atividade de produção de bens e serviços, a geração de renda na produção e a subsequente distribuição dos rendimentos pelas unidades institucionais e a alocação final entre consumo e poupança. • Última conta: poupança CONTAS-CORRENTES CONTAS-CORRENTES – CONTA DE PRODUÇÃO • Conta 1 • Objetivo da conta é obter-se o Valor Adicionado Bruto • Quando estamos tratando da economia como um todo, teremos o PIB • Ao avaliarmos os setores institucionais, a soma do valor adicionado de cada um não será o PIB de cada setor, pois ainda faltariam os impostos líquidos de subsídios CONTAS-CORRENTES – CONTA DE PRODUÇÃO • Podemos escrever: (VPpb+IP)-Cipc=PIB VPpb: Valor bruto da produção a preços básicos IP: impostos sobre produtos líquidos de subsídios Cipc:Consumo intermediário a preço de consumidor CONTAS-CORRENTES – CONTA DE PRODUÇÃO CONTAS-CORRENTES – CONTA DE RENDA • Conta 2 • Apresentam em várias etapas como sistematizar a geração da renda: • 2.1 Distribuição primária da renda • 2.1.1 Conta de geração da renda • 2.1.2 Conta de alocação da renda • 2.2 Distribuição secundária da renda • 2.3 Conta de uso da renda CONTA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA DA RENDA - CONTA DE GERAÇÃO DE RENDA • Conta 2.1.1 • Saldo: EOB e rendimento misto bruto • A Conta de geração da renda mostra como se distribui o valor adicionado entre os fatores de produção e as administrações públicas. • São discriminados os componentes do PIB na ótica da remuneração dos fatores; • PIB é lançado como recurso, o uso são as remunerações pagas a residentes e não residentes • A conta de geração de renda é uma conta de articulação entre as duas partes do SCN: CEI (contas por setores institucionais) e TRU (contas por setores de atividade) CONTA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA DA RENDA - CONTA DE GERAÇÃO DE RENDA • Podemos escrever: PIB-[(W+Wnr)+Im]=EOB W+Wnr soma das remunerações dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagas a residentes e não residentes Im impostos sobre produção e importação, líquidos de subsídios EOB excedente operacional bruto O EOB para as é uma proxy para o lucro operacional bruto CONTA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA DA RENDA - CONTA DE GERAÇÃO DE RENDA CONTA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA DA RENDA - CONTA DE ALOCAÇÃO DA RENDA • Conta 2.1.2 • Saldo: rendas primárias brutas, no caso de uma economia nacional é representada pela RNB • Nessa conta, são consideradas a remuneração dos fatores de produção e as operações de redistribuição da renda associada a remuneraçãodo capital (RLP) • As rubricas são consideradas do ponto de vista do recebedor de renda primária, assim os lançamentos são feitos no lado dos recursos • A RNB = distribuição dos pagamentos aos fatores de produção a residentes durante o ano CONTA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA DA RENDA - CONTA DE ALOCAÇÃO DA RENDA • Podemos escrever: EOB+(W+Wr)+Im+RLP=RNB (W+Wr) Total da remuneração dos empregados, inclusive encargos sociais e contribuições parafiscais, pagas a residentes. Wr é a remuneração recebida por residentes pagas por não residentes RLP remuneração líquida (recursos - usos) dos fatores de produção de propriedade, formadas por rendas de capitais (juros, lucros e dividendos e outros serviços de fatores como royalties, patentes e direitos autorias) CONTA DE DISTRIBUIÇÃO PRIMÁRIA DA RENDA - CONTA DE ALOCAÇÃO DA RENDA CONTA DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA DA RENDA • Conta 2.2 • Registra as transferências correntes que não tenham contrapartida no processo produtivo. • Saldo RDB • Temos: RNB+TUR=RDB RNB renda nacional bruta TUR transferências líquidas correntes RDB renda disponível bruta CONTA DE DISTRIBUIÇÃO SECUNDÁRIA DA RENDA CONTA DE USO DA RENDA • Conta 2.3 • Saldo é a poupança bruta • Temos: RDB-Cpc=SD RDB renda disponível bruta Cpc despesa com consumo final (famílias e administração pública) SD poupança bruta CONTA DE USO DA RENDA CONTAS DE ACUMULAÇÃO • Primeira conta: poupança • Registram os “fluxos de transações” e “outros fluxos”: representam as mudanças no ativo, passivo e no PL. • Apresentam a aquisição e a cessão de ativos e passaivos financeiros e não financeiros por unidade institucional por meio de transações econômicas (fluxos de trasações) ou como resultado de valorizações do capital (outros fluxos). CONTAS DE ACUMULAÇÃO • São subdivididas em: conta capital, conta financeira, conta de outras variações no volume de ativos e conta de reavialiação. • Conta capital e conta financeira: saldo contábil de capacidade/ necessidade de finaciamento • Outras variações no volume de ativos e conta de reavaliação: registram-se as variações de ativos, passivos e PL resultantes de operações não registradas no grupo anterior • As informações dos dois grupos de contas são utilizadas na construção das contas de patrimônio para registrar a variação patrimonial. CONTAS DE ACUMULAÇÃO CONTAS DE ACUMULAÇÃO – CONTA DE CAPITAL • Conta 3.1 • Temos: SD-(FBKFpc+VE)+Trc= +-Sext FBKFpc Formação bruta de capital fixo a preço de consumidor VE variação de estoque Trc transferências líquidas de capital, correspondem a variação de patrimônio líquido resultante de operações financeiras Sext capacidade ou necessidade de financiamento da economia • O saldo da conta de capital equivale ao saldo em transações correntes do BP CONTAS DE ACUMULAÇÃO – CONTA DE CAPITAL CONTAS DE OPERAÇÕES CORRENTES COM O RM • Apresenta as operações das transações correntes do BP • É apresentada sob a ótica do resto do mundo, assim, as M são recursos e as X são usos • Temos: (MCIF-XFOB)+(Wnr-Wr)+RPL+TUR+Trc=+-Sext (MCIF-XFOB) importações líquidas de bens (Wnr-Wr) saldo das remunerações a não residentes e residentes CONTAS DE OPERAÇÕES CORRENTES COM O RM CONTAS DE PATRIMÔNIO: ESTOQUES DE ATIVOS E PASSIVOS E PATRIMÔNIO LÍQUIDO • Mostram os valores de balanço dos ativos e passivos dos setores institucionais no início e no fim de um período contábil. • São subdivididas em: conta de patrimônio inicial, conta de variação de patrimônio de conta de patrimônio final. • Patrimônio em CN engloba os ativos: • Tangíveis: bens patrimoniais físicos, exclui os bens duráveis possuídos pelas famílias; • Intangíveis: ex: marcas e patentes; • Financeiros: moeda, ações e títulos. CONTAS DE PATRIMÔNIO RESUMO DA IDENTIDADES CONTÁBEIS DAS CEI EXEMPLO 1 Utilizando as Contas Econômicas Integradas, faça os seguintes lançamentos nas contas corretas: a) Produção mercantil = 500 b) Produção não mercantil = 100 c) Consumo intermediário = 50 d) Impostos líquidos de subsídios sobre produtos =20 EXEMPLO 1 - RESOLUÇÃO Conta 1- Conta de Produção Usos Operações e saldos Recursos Produção 600 a 500 b 100 50 c d 20 PIB 570 EXEMPLO 2 Utilizando as Contas Econômicas Integradas, faça os seguintes lançamentos nas contas corretas: a) Remuneração dos empregados residentes(W)= 200 b) Remuneração dos empregados não residentes(Wnr) = 100 c) Encargos trabalhistas = 20 d) Impostos sobre a produção e de importação, líquido de subsídios= 40 EXEMPLO 2 - RESOLUÇÃO Usos Operações e saldos Recursos PIB 570 200 a 100 b 20 c 40 d EOB 210 Conta 2.1.1 - Conta de geração da renda EXEMPLO 3 Utilizando as Contas Econômicas Integradas, faça os seguintes lançamentos nas contas corretas: a) Remuneração dos empregados residentes(W) = 200 b) Remunera a residentes, pagas por não residentes(Wr) = 30 c) Encargos= 20 d) Impostos sobre a produção e de importação, líquido de subsídios= 40 e) Rendas de Propriedade enviadas para o RM = 20 f) Rendas de Propriedade recebidas do RM = 30 EXEMPLO 3 - RESOLUÇÃO Usos Operações e saldos Recursos EOB 210 a 200 b 30 c 20 d 40 20 e f 30 RNB 510 Conta 2.1.1 - Conta de Alocação da Renda EXEMPLO 4 Utilizando as Contas Econômicas Integradas, faça os seguintes lançamentos nas contas corretas: a) Outras transferências correntes recebidas = 40 b) Outras transferências correntes enviadas =20 EXEMPLO 4 - RESOLUÇÃO Usos Operações e saldos Recursos RNB 500 a 40 20 b RDB 520 Conta 2.1.1 - Conta de Distribuição Secundária da Renda EXEMPLO 5 Utilizando as Contas Econômicas Integradas, faça os seguintes lançamentos nas contas corretas: a) Despesas de consumo final (famílias + administração pública)=300 EXEMPLO 5 - RESOLUÇÃO Usos Operações e saldos Recursos RDB 520 300 a SD 220 Conta 2.1.1 - Conta de uso da renda TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS • Integra as informações de produção e de geração de renda por setores de atividade produtiva, apresentando os resultados dos agregados macroeconômicoa por setor de atividade econômica; • Base para a contrução da matriz de insumo-produto; • Apresentam as operações da conta de bens e serviços, da conta de produção e da geração da renda (distribuição operacional da renda) => Permitem estimar o PIB pelas três óticas • Como informação complementar, apresenta também o total de empregos em cada atividade econômica TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS • São divididas em: • Tabela de recursos de bens e serviços: apresenta a oferta total de bens e serviços da economia (produção e importação); • Tabela de usos de bens e serviços: apresenta o consumo intermediário e demanda final (X, C,FBKF), totalizando a demanda da economia; • Componentes do valor adicionado por setor de atividade econômica. TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS • As TRU são apresentadas em 4 quadrantes:• A Mostra a oferta total a preços de consumidor e a preços básicos, as margens de comércio e transporte e os impostos e subsídios associados a cada produto • B demanda total • B1 insumos utilizados na produção de cada atividade • B2 bens e serviços que se destinam a demanda final (consumo das famílias, das adm públicas e das instituições privadas sem fins lucrativos, FBKF, VE e as X) • C demais custos de produção TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS TRU NO BRASIL • O nível de detalhamento da divulgação do calculo das TRU no Brasil: • 56 classes de atividades econômicas • 110 grupos de produtos • As atividade são agregadas em 12 setores: • Agropecuária • Indústria extrativa • Indústria de transformação • Produção e distribuição de eletricidade, gás, água, esgoto e limpeza urbana • Construção civil • Comércio • Transporte, armazenamento e correio • Serviços de informação • Intermediação financeira, seguros e previdência complementar • Atividades imbinárias e aluguéis • Outros serviços • Administração, saúde e educação públicas e seguridade social TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS TRU - TABELAS DE RECURSOS E USOS TRU NO BRASIL Como são calculados os valores dos produtos? • Princípio que orienta as estimativas do valor da produção dos setores de atividade: • Valor das receitas de venda dos bens e serviços, acrescido da variação dos estoques a preços médios do ano, quando aplicável. • Tratamentos especiais: • Tratamento das margens de comércio e transporte (são considerados na transformação de preços básicos a preços ao consumidor); • Estimativa de valor da produção e de consumo intermediário das instituições financeiras (a maior parte da produção é estimada de forma indireta pelo diferencial de juros, ou juros imputado); • Estimavita de produção do setor de aluguéis (imóveis são bens de capital e por convenção todas os bens de capital geram renda, por isso quando imóveis residênciais são ocupados pelos proprietários, para fins de cálculo é imputado um valor de aluguél). TRU NO BRASIL Blocos de conta das TRU Exemplo: Economia brasileira ano 2008 TRU NO BRASIL CONTA DE OPERAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS • É apresentada separada das CEI • Conta 0 no SCN • Retrata a produção e o destino da produção pelas categorias de demanda final • Os recursos e usos se igualam • Pode ser entendida como um resumo dos resultados das TRU CONTA DE OPERAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS • Objetivo da conta: apresentar o total da oferta de bens e serviços e a demanda para essa oferta • Oferta total de bens e serviços: • Produção doméstica • Importações • Demanda: • Consumo intermediário • Consumo final • FBKF • VE • X CONTA DE OPERAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS PIB=VPpb-Cipc+ IP (1) PIB=Cpc +FBKFpc+VE+XFOB-MCIF (2) Igualando (1) e (2), temos: VPpb-Cipc+ IP = Cpc +FBKFpc+VE+XFOB-MCIF VPpb + MCIF +IP= Cipc+ Cpc +FBKFpc+VE+XFOB Chegamos a identidade entre recursos e usos, oferta total e demanda total. VPpb Valor da produção MCIF Importações de bens e serviços de não fatores IP Impostos sobre produtos líquidos de subsídios CipcConsumo intermediário CpcConsumo final FBKFpc Formação bruta de capital fixo VEVariação de estoque XFOB Exportação de bens e serviços de não fatores CONTA DE OPERAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS – NO BRASIL • Produção: • Produção mercantil (intenção de venda) • Produção por conta própria para uso final (Ex: autoconsumo na agricultura, empregados domésticos, aluguéis imputados a imóveis próprios) • Produção de não mercado (produzidos pelo governo ou instituições sem fins lucrativos, serviços médicos e medicamentos pagos pelo governo) • Consumo intermediário: • Todo o consumo de bens e serviços mercantis utilizados na produção de outros bens e serviços • Consumo final: • Bens e serviços de uso privado ou coletivo (administração pública) destinados a satisfação das necessidade da população. CONTA DE OPERAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS – NO BRASIL • Formação bruta de capital fixo: • Investimentos em ativos de capital (ativos fixos), ou seja, ampliação da capacidade produtiva • Variação de estoque: • Variação líquida nos estoques de bens acabados ou em elaboração ou de matérias primas utilizadas no processo de produção • Desejados x não desejados • Por convenção, famílias não formam estoques (consomem todos os bens no período de aquisição, inclusive os duráveis) • São valorados a preços de mercado CONTA DE OPERAÇÕES DE BENS E SERVIÇOS – NO BRASIL • Exportação FOB: • Bens e serviços cujo destino é o RM • FOB: free on board, exclui seguros e fretes • Importações CIF: • Bens e serviços que entram no país vindos do RM • CIF: cost, insurance and freight, inclui seguros e fretes até o porto nacional • IP: • Impostos líquidos que recaem sobre o valor de bens e serviços mercantis VARIAÇÃO DOS ESTOQUE EM CONTAS NACIONAIS • A VE em um ano é calculada considerando as entradas e saídas nos estoques nesse período; • Preço para a sua valoração: preço do momento da operação. • É a escolha do preço para valoração dos estoques que produz diferenças entre as contas nacionais e a contabilidade gerencial. • Nas contas nacionais o valor da VE depende de: • Variação econômica dos estoques ou variação real (associada a atividade produtiva): • Rotação dos estoques • Ganhos/perdas gerados pela movimentação dos preços= ganhos de detenção ou ganhos deretenção (não associada a atividade produtiva) FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO: MUDANÇAS DO SNA (2008) • FBKF É chamado de investimento de forma geral • Diferenças teóricas entre Investimento e FBKF • Investimento: uma variável de demanda, seu comportamento é explicado pelos condicionantes (juros, câmbio…) que motivam o agente a gastar em bens e serviços de investimento (investimento a priori) • FBKF: mede efetivamento o que foi gasto com bens e serviços de investimento (investimento a posteriori) FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO: MUDANÇAS DO SNA (2008) FBKF (definição): • é um fluxo na TRU, utilizada para medir a veriação de estoque de ativo fixo na conta Patrimonial. • É uma categoria particular dos ativos fixos consistindo no valor das aquisições pelas unidades produtoras de produtos novos menos o valor de suas cessões de ativos fixos do mesmo tipo. FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO: MUDANÇAS DO SNA (2008) Ativos fixos são subdivididos em 7 categorias: • Residências; • Outras edificações e estruturas (melhorias fundiárias,…); • Máquinas e equipamentos; • Equipamentos bélicos (gastos militares do governo,...); • Recursos biológicos cultivados; • Custos de transferências de propriedades e de ativos não produzidos; • Produtos de propriedade intelectual (softwares, bancos de dados e Pesquisa e Desenvolvimento,...). FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO: MUDANÇAS DO SNA (2008) RESUMO FORMAÇÃO BRUTA DE CAPITAL FIXO: MUDANÇAS DO SNA (2008) Observação: Nem todo ativo fixo produzido vai necessariamente compor a FBKF, pois muitos deles são utilizados na produção de outros bens de capital, e é o valor final que deve ser contabilizado na FBKF. Ex: elevador usado na construção de um edifício.FONTE DE DADOS • Empresas não financeiras: • No caso tanto das empresas públicas não financeiras, como das empresas privadas não financeiras, a fonte de informação são os dados fiscais provenientes da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ). • Empresas financeiras: • A fonte básica de informação são os balancetes semestrais analíticos das instituições financeiras, sob a forma do Plano Contábil das Instituições Financeiras (COSIF) e o Plano Geral de Contas do Banco Central (PGC), ambos consolidados por esta Instituição. Além dessa fonte, para os segmentos não cobertos pelo COSIF, mas considerados nas contas nacionais como atividade financeira, foram utilizadas as informações provenientes da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ. FONTE DE DADOS • Famílias: • Para as estimativas do setor Famílias, são utilizadas informações da Pesquisa Nacional de Amostra de Domicílios – PNAD, da Pesquisa de Orçamento familiar – POF, da Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Física, da Declaração de Informações Econômico- Fiscais da Pessoa Jurídica, da Pesquisa de Economia Informal Urbana (ECINF) e de Relação Anual de Informações Sociais - RAIS - do Ministério do Trabalho. FONTE DE DADOS • Instituições sem fim de lucro a serviço das famílias: • A fonte de informação básica para a estimativa desse setor é a Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica (DIPJ), das entidades imunes ou isentas. CONTAS NACIONAIS – REF. 2000 Tem como referência inicial o ano de 2000. Incorpora as informações anuais da Declaração de Informações Econômicas-Fiscais da Pessoa Jurídica, Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2003, o Censo Agropecuário. Adota uma classificação de atividades e produtos compatíveis com a Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE). CONTAS NACIONAIS – REF. 2000 Maior detalhamento de atividades e produtos para as Tabelas de Recursos e Usos e de setores para as Contas Econômicas Integradas. Atualização dos pesos das atividades econômicas adotados no cálculo do PIB e de seus componentes a preços constantes. Incorpora uma nova classificação de bens e serviços, novas fontes de dados. SCN – BRASIL REF. 2010 A SÉRIE SCN – REFERENCIA 2010 SERÁ APERFEIÇOADA NOS SEGUINTES PONTOS: i) Adoção de nova classificação de produtos e atividades integrada com a CNAE 2.0. ii) Introdução dos resultados do Censo Agropecuário de 2006, da Pesquisa de Orçamentos Familiares de 2008/9 e do Censo Demográfico de 2010. iii) Atualização da matriz de consumo intermediário com dados da Pesquisa de Consumo Intermediário de 2010 para as atividades econômicas da: extrativa mineral, indústria de transformação, construção civil e serviços. A atualização do consumo intermediário das atividades agropecuárias será feita com base no Censo Agropecuário 2006. iv) Atualização das margens de comércio e de transporte com base em pesquisas específicas e na Pesquisa Anual de Serviços. v) Atualização das estruturas de impostos. vi) Utilização dos dados da declaração de Imposto de Renda Pessoa Física aperfeiçoando os resultados do setor institucional Famílias na Conta Econômica Integrada. vii) Adoção das recomendações e modificações apresentadas no manual internacional SNA 2008. SCN – BRASIL REF. 2010 A SÉRIE SCN – REFERENCIA 2010 SERÁ APERFEIÇOADA NOS SEGUINTES PONTOS: • A divulgação dos primeiros resultados da série SCN – Referencia 2010 está prevista para o final de 2014. Nessa data serão divulgados os resultados detalhados para os anos de 2010, 2011 e 2012 já com as modificações previstas; serão também republicados os resultados da série SCN referentes ao período de 1995 até 2009 e as séries trimestrais com os novos marcos anuais. SCN – BRASIL REF. 2010
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