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Prof. Natália França 
Aula 00 
 
 
 
Macroeconomia para Anpec 
 
 
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Aula 00 
Contabilidade Nacional 
Macroeconomia para Anpec 
Prof. Natália França 
 Prof. Natália França 
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Macroeconomia para Anpec 
 
 
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Sumário 
APRESENTAÇÃO .......................................................................................................................................... 4 
COMO ESTE CURSO ESTÁ ORGANIZADO ....................................................................................................... 5 
DIREÇÃO INICIAL ......................................................................................................................................... 6 
CONTABILIDADE NACIONAL ......................................................................................................................... 7 
PRODUTO INTERNO BRUTO (PIB) ................................................................................................................................. 7 
Ótica do Produto.................................................................................................................................................. 9 
Ótica da Renda .................................................................................................................................................. 11 
Ótica da Despesa ............................................................................................................................................... 11 
Identidade Contábil Básica ................................................................................................................................. 11 
Fluxo Circular da Renda ...................................................................................................................................... 12 
ECONOMIA FECHADA E SEM GOVERNO ........................................................................................................................ 13 
Consumo ........................................................................................................................................................... 13 
Poupança .......................................................................................................................................................... 13 
Investimento ..................................................................................................................................................... 14 
Produto Bruto e Produto Líquido ......................................................................................................................... 14 
Despesa Agregada ............................................................................................................................................. 14 
Renda Agregada ................................................................................................................................................ 15 
Identidade entre Poupança e Investimento ......................................................................................................... 15 
ECONOMIA FECHADA E COM GOVERNO ........................................................................................................................ 16 
Produto a Preços de Mercado e Produto a Custo de Fatores ................................................................................. 16 
Gastos do Governo ............................................................................................................................................ 17 
Consumo ........................................................................................................................................................... 17 
Investimento ..................................................................................................................................................... 17 
Poupança .......................................................................................................................................................... 17 
Déficit Público .................................................................................................................................................... 18 
Despesa Agregada ............................................................................................................................................. 18 
Renda Agregada ................................................................................................................................................ 18 
Identidade entre Poupança e Investimento ......................................................................................................... 18 
ECONOMIA ABERTA E COM GOVERNO .......................................................................................................................... 19 
Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Nacional Bruto (PNB) ............................................................................... 20 
Poupança .......................................................................................................................................................... 21 
Despesa Agregada ............................................................................................................................................. 22 
Renda Agregada ................................................................................................................................................ 22 
Identidade entre Poupança e Investimento ......................................................................................................... 22 
ABSORÇÃO INTERNA ................................................................................................................................................. 23 
MEDIDAS DE RENDA ................................................................................................................................................. 24 
Renda Interna Bruta .......................................................................................................................................... 24 
Renda Interna .................................................................................................................................................... 24 
Renda Nacional Bruta ........................................................................................................................................ 24 
Renda Nacional ................................................................................................................................................. 24 
 Prof. Natália França 
Aula 00 
 
 
 
Macroeconomia para Anpec 
 
 
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Renda Pessoal (RP) ............................................................................................................................................ 24 
Renda Pessoal Disponível (RPD) ......................................................................................................................... 25 
PIB NOMINAL E PIB REAL .......................................................................................................................................... 25 
Deflator Implícito do PIB .................................................................................................................................... 27 
Índice de Preços ao Consumidor .......................................................................................................................... 28 
MATRIZ INSUMO-PRODUTO ....................................................................................................................................... 29 
CONTAS ECONÔMICAS INTEGRADAS ............................................................................................................................30 
BALANÇO DE PAGAMENTOS....................................................................................................................... 32 
ESTRUTURA DO BALANÇO DE PAGAMENTOS (BPM6) .................................................................................................... 32 
Conta Corrente .................................................................................................................................................. 34 
Conta Capital .................................................................................................................................................... 37 
Conta Financeira ................................................................................................................................................ 37 
Estrutura Resumida do Balanço de Pagamentos ................................................................................................. 40 
Exemplos de Lançamentos Contábeis ................................................................................................................. 41 
Ajuste do Balanço de Pagamentos ...................................................................................................................... 45 
POSIÇÃO INTERNACIONAL DE INVESTIMENTOS (PII) .................................................................................. 47 
LISTA DE QUESTÕES ..................................................................................................................................49 
GABARITO .................................................................................................................................................. 61 
QUESTÕES DE PROVA COMENTADAS ......................................................................................................... 62 
RESUMO DIRECIONADO ........................................................................................................................... 111 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................................................ 116 
 
 Prof. Natália França 
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Macroeconomia para Anpec 
 
 
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Apresentação 
Olá! Tudo joia? Meu nome é Natália França e é excelente ter você por aqui! 
A preparação para o exame da Associação Nacional dos Centros de Pós-
Graduação em Economia (Anpec) requer esforço e dedicação, e irei te ajudar nessa 
caminhada. Antes, vou falar um pouco sobre mim. 
Formei-me com excelência em Economia pelo Ibmec Minas em 2011. No final 
daquele ano, fiz a prova da Anpec e ingressei no mestrado do programa de Pós-
Graduação em Economia da Universidade Federal do Ceará (CAEN/UFC) em 2012. 
Finalizei o doutorado em 2019 no CAEN/UFC, com sanduíche na Rice University no 
Texas, EUA. 
Concomitante a minha carreira acadêmica, ingressei no mundo dos concursos públicos. Fui aprovada para 
o cargo de Analista Administrativo (Economia) na Ebserh em 2018 e para o cargo de Auditor de Controle Interno 
na Controladoria e Ouvidoria Geral do Estado do Ceará (CGE/CE) em 2019. Atualmente estou como professora 
substituta no Departamento de Economia Aplicada na UFC. 
Não existe fórmula mágica para aprovação em concursos e provas. Temos que ter foco, disciplina, 
persistência, além de fazer revisões e resolver muitas questões! Nesse sentido, materiais de qualidade são 
essenciais para potencializar nossos resultados positivos. E aqui está a chave para o seu sucesso, pode contar 
comigo! 
Nesse curso de MACROECONOMIA que estamos iniciando agora, você verá, ao longo de vários materiais 
escritos (PDFs), teoria combinada com a resolução de várias questões de provas passadas da Anpec. Minha meta 
é lhe fornecer um material objetivo, focado e de alta qualidade, de forma a lhe auxiliar na sua conquista em 
ingressar na Pós-Graduação em Economia. 
Ah.... Você pode acompanhar minha rede social: 
 
@professoranataliafranca 
 
 
 
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Macroeconomia para Anpec 
 
 
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Como este curso está organizado 
Para cobrir os pontos em Macroeconomia cobrados no edital da Anpec, o nosso curso está organizado da 
seguinte forma: 
Número 
da aula 
Data de 
disponibilização 
Assunto da aula 
00 24/01/2022 
Contas Nacionais - Os conceitos de renda e produto. Produto e renda das 
empresas e das famílias. Gastos e receitas do governo. Balanço de 
pagamentos (sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo 
Monetário Internacional - BPM6): a conta de transações correntes, a conta 
capital, a conta financeira, o conceito de déficit e superávit. Contas 
Nacionais do Brasil. Conceito de deflator implícito da renda. Números 
índices, tabela de relações insumo-produto. 
01 28/02/2022 
Economia Monetária - Funções da moeda. Criação e distribuição de moeda 
pelos bancos comerciais. Controle dos meios de pagamentos: taxa de 
redesconto, reservas obrigatórias, gerências da dívida pública. Procura da 
moeda: motivos determinantes da retenção de ativos líquidos. Papel do 
Banco Central. Equivalência Ricardiana. Dinâmica da Dívida e sua Relação 
com o Superávit Primário. Conceitos alternativos de déficit público. 
02 29/03/2022 
Modelo IS x LM x BP - Equilíbrio no mercado de bens. Equilíbrio no mercado 
Monetário. Análise IS x LM. Impactos de Políticas fiscal e Monetária. 
Modelo Mundell-Fleming. Regimes Cambiais. 
03 28/04/2022 
Economia Aberta - Noção de taxa de câmbio real e nominal. Equação de 
Paridade de juros e de preços. 
04 30/05/2022 
Investimento e Consumo - Q de Tobin. Teoria da Renda Permanente. Ciclo 
de Vida. Restrição de Crédito. Papel das expectativas. 
05 27/06/2022 
Crescimento - Modelo de Solow. Crescimento endógeno. Decomposição 
(contabilidade) do crescimento. Instituições e crescimento. Capital 
Humano. 
06 29/07/2022 
Oferta e Demanda agregadas e Curva de Phillips - Modelo AS x AD (curto e 
longo prazo). Curva de Phillips: Expectativas Adaptativas e Racionais; 
Rigidez de Preços e Salários; Teoria dos Ciclos Reais e Modelos Novos 
Keynesianos. Equação de Fisher. 
 
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Macroeconomia para Anpec 
 
 
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Direção Inicial 
Estamos iniciando hoje nosso curso de Macroeconomia para auxiliar na sua preparação para a Anpec . Mas 
afinal, o que vem a ser Macroeconomia? 
A Macroeconomia se encarrega do estudo sobre o comportamento dos grandes agregados econômicos como produto, 
renda, preços, emprego, estoque de moeda, taxa de juros, taxa de câmbio, entre outros. 
 
Com o intuito de averiguar esses grandes agregados, a Macroeconomia, em geral, divide a economia em 
cinco mercados: 
 
Vale dizer que esse ramo da Teoria Econômica ganhou mais destaque com a publicação, em 1936, do livro 
de Keynes: A teoria geral do emprego, do juro e da moeda. 
Iremos começar nosso curso pela Contabilidade Nacional e pelo Balanço de Pagamentos, assuntos incluídos 
no primeiro ponto abordado pela prova da Anpec. 
Nessa primeira aula, vamos ver os seguintes temas: 
Os conceitos de renda e produto. Produto e renda das empresas e das famílias. Gastos e receitas do governo. Balanço de 
pagamentos (sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional - BPM6): a conta de 
transações correntes, a conta capital, a conta financeira, o conceito de déficit e superávit. Contas Nacionais do Brasil. Conceito 
de deflator implícito da renda. Números índices, tabela de relações insumo-produto. 
Então vamos começar logo, não é mesmo? Bons estudos e deixe sua garrafinha cheia de água perto de você! 
Microeconomia
Estuda a economia em menor escala,
focando no comportamento de agentes
como indivíduos e firmas.
Macroeconomia
Estuda a economia em um contexto amplo,
dando atenção a questões agregadas.
Macroeconomia
Mercado de bens 
e serviçosMercado de 
trabalho
Mercado 
monetário
Mercado de 
títulos 
Mercado cambial
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Macroeconomia para Anpec 
 
 
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Contabilidade Nacional 
Vejamos, em primeiro lugar, o objetivo da Contabilidade Nacional, também denominada Contabilidade 
Social: 
“O objetivo da contabilidade nacional é fornecer uma aferição macroscópica do desempenho real de uma 
economia em determinado período de tempo: quanto ela produz, quanto consome, quanto investe, como 
o investimento é financiado, quais as remunerações dos fatores de produção etc.” (SIMONSEN & CYSNE, 
2009) 
As contas nacionais fornecem informações relevantes sobre a situação de determinado país, possibilitando 
a comparação entre diferentes nações. No Brasil, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é o órgão 
responsável pelas contas nacionais. 
A Contabilidade Nacional engloba o estudo dos agregados macroeconômicos a seguir: 
 
Ao longo dos próximos tópicos, veremos em mais detalhes cada um deles. 
Antes de avançarmos na matéria, saiba que os agregados macroeconômicos que veremos são expressos em 
valores monetários. Isso ocorre dada a inviabilidade de se agregar quantidades de uma infinidade de bens e 
serviços (imagine só a dificuldade de se agregar toneladas de pão de queijo, com milhares de automóveis, com 
litros de leite, etc.). 
Produto Interno Bruto (PIB) 
Vamos começar estudando um dos mais importantes agregados de uma economia: o Produto Interno Bruto 
(você provavelmente já ouviu falar dele nos jornais). 
O Produto Interno Bruto (PIB) “de um país ou região representa a produção de todas as unidades produtoras da 
economia (empresas públicas e privadas produtoras de bens e prestadoras de serviços, trabalhadores autônomos, 
governo etc.) num dado período (ano ou trimestre, em geral) a preços de mercado” (FEIJÓ et al, 2017). 
 Quando você escutar PIB, significa PIB a preços de mercado (mais adiante veremos o PIB a custo de fatores). 
O PIB é contabilizado em um dado período de tempo, logo é uma variável fluxo. 
 
Produto Renda Despesa Consumo Poupança Investimento Absorção
Variáveis fluxo
Mensuradas ao longo de determinado
período de tempo. Exemplos: PIB,
investimento, consumo, déficit público,
exportação, importação, poupança, renda.
Variáveis estoque
Mensuradas em um certo instante do
tempo. Exemplos: riqueza, capital,
população, dívida pública, reservas.
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Vamos ver como isso já foi cobrado em prova. 
ANPEC – 2002 – Questão 1 
Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras: 
(4) O consumo, o PIB e a riqueza pessoal são variáveis de fluxo. 
RESOLUÇÃO: 
(4) Conforme vimos, consumo e PIB são variáveis de fluxo. Por sua vez, a riqueza é uma variável de estoque. 
Resposta: FALSO 
De um modo geral, o cálculo do PIB engloba transações de compra e venda (de bens e serviços). No entanto, 
em alguns casos, ou essas transações não ocorrem, ou são de difícil mensuração. Assim, algumas considerações 
acerca do cálculo do PIB devem ser feitas: 
 O PIB mede o valor de bens e serviços finais produzidos em uma economia em determinado período do 
tempo. Dessa forma, um bem produzido no período t, mas vendido no período t + 1, entra no PIB do período 
t (período em que foi produzido), não tendo efeito algum no PIB em t + 1. 
Bens e serviços usados (que foram produzidos em outro ano) NÃO influenciam em nada o PIB. 
 Serviços providos pelo poder público não envolvem transações de compra e venda e são considerados no 
cálculo do PIB com base em seu custo. 
 Se uma pessoa faz uso de um imóvel alugado, há uma transação: o indivíduo usufrui dos serviços 
habitacionais e paga uma remuneração ao proprietário do imóvel por isso. No entanto, no caso de uma 
pessoa usufruindo de um imóvel próprio, não há a transação, mas o serviço habitacional ainda existe. Nesse 
caso, é calculado um aluguel implícito, ou seja, qual seria o aluguel do imóvel (com base em outros similares) 
e esse valor é imputado no cálculo do PIB. 
A habitação de pessoas que habitam em casa própria entra no PIB. 
 Se alguém aluga um carro (ou outros bens duráveis), existe uma transação envolvendo um serviço, que entra 
no PIB. No entanto, se a pessoa compra o carro, embora o serviço continue existindo, ele deixa de ser 
contabilizado no cálculo do PIB. 
 Uma refeição num restaurante é contabilizada no PIB, mas se a comida é feita em casa não entra no PIB 
(embora o serviço de fazer o alimento continue a existir). 
Atividades informais e ilegais ficam de fora do cálculo do PIB. 
Bora fazer uma questão de prova! 
ANPEC – 2014 – Questão 1 
Classifique as afirmativas como Verdadeiras (V) ou Falsas (F): 
(1) Por não pagarem aluguel, a habitação de pessoas que habitam em casa própria não é computada no cálculo do 
PIB brasileiro. 
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RESOLUÇÃO: 
(1) Se alguém mora em uma casa e paga aluguel, há uma transação cujo valor faz parte do cálculo do PIB. 
Caso a moradia seja própria, a transação não existe (não há um aluguel sendo efetivamente pago). Mas quem mora 
na residência continua usufruindo dos serviços habitacionais, de forma que isso deva ser levado em consideração 
no PIB. Nesse caso, por não haver um preço de mercado, deve-se estimar seu valor para imputá-lo no PIB. 
Assim, o PIB inclui o valor do aluguel implícito que os proprietários de imóveis próprios pagam a si mesmos. 
Resposta: FALSO 
O Produto Interno Bruto reflete o desempenho econômico e, em certa medida, o bem-estar em 
determinada sociedade. Outra medida utilizada nesse sentido, é o PIB per capita. 
O PIB per capita corresponde ao PIB do período dividido pela população do local no mesmo período. 
Tanto o PIB quanto o PIB per capita têm certas limitações em mensurar o bem-estar de uma população: 
existem variáveis que não são contabilizadas no cálculo, como lazer; a desigualdade na distribuição de renda não 
é refletida; etc. 
A seguir veremos três óticas de mensuração do produto: ótica do produto, ótica da renda e ótica da despesa. 
Ótica do Produto 
Segundo a ótica do produto, o PIB a preços de mercado, 𝑷𝑰𝑩 ou 𝑷𝑰𝑩𝒑𝒎, equivale à soma do valor monetário de todos 
os bens e serviços finais produzidos na economia durante determinado período de tempo (produto agregado). 
Algebricamente: 
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 = 𝑃𝐼𝐵 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑏𝑒𝑛𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠 
Supondo que existem n bens e serviços finais na economia: 
𝑃𝐼𝐵𝑡 = ∑ 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑡
𝑖
𝑛
𝑖=1
 
Em que 𝑃𝑡
𝑖 é o preço do bem/serviço final i no período t; 𝑄𝑡
𝑖 é a quantidade do bem/serviço final i no período 
t; 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑡
𝑖 é o valor da produção no setor do bem/serviço i em t. 
São considerados apenas bens e serviços finais para evitar a dupla contagem dos bens intermediários. 
Um bem ou serviço ser considerado final ou não, relaciona-se ao fato de ele ter sido ou não utilizado na 
produção de outro bem. Dessa forma, a farinha de trigo que nós compramos no supermercado é um bem final 
(sendo contabilizada no PIB); ao passo que a farinha utilizada na produção do pão comercializado pelas padarias é 
um bem intermediário (não entra no cálculo do PIB, pois o valor da farinha já foi embutido no valor do pão). 
 
 
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Valor Adicionado 
Vejamos, por meio de um exemplo extraído de Lopes e Vasconcellos (2008), uma outra forma de medir o 
PIB pela ótica do produto. Suponha que a cadeia produtiva do pão (bem final) seja composta apenas pelos 
produtos trigo, farinha e pão. O trigo é insumo na produção de farinha, que é insumo na produção de pão.Produto Valor Bruto da Produção Valor dos Insumos Valor Adicionado 
Trigo 10 0 10 
Farinha 15 10 5 
Pão 20 15 5 
Total 45 25 20 
Fonte: Lopes e Vasconcellos (2008). 
A segunda coluna da tabela apresenta o valor bruto da produção de cada bem, totalizando 45 unidades 
monetárias. 
O valor bruto da produção (VBP) da economia é o total do valor bruto da produção de todas as unidades produtivas. 
Perceba que o valor do trigo e da farinha foram contabilizados duas vezes (pois são insumos no processo 
produtivo), de modo que o PIB não seja igual ao valor bruto da produção, $45. Temos, portanto, de descontar o 
valor dos bens e serviços intermediários, de modo que a rubrica que realmente nos interessa é o valor que cada 
empresa adiciona no seu processo produtivo. 
O valor adicionado, também denominado valor agregado, em cada etapa corresponde à diferença entre o valor bruto da 
produção e o gasto com insumos adquiridos de outras empresas. 
Podemos dizer, então: 
O PIB é dado pela soma dos valores adicionados de todas as unidades produtoras da economia. 
Algebricamente: 
𝑃𝐼𝐵 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 
Escrevendo de outra forma: 
𝑃𝐼𝐵 = 𝑉𝐵𝑃 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 
Quando consideramos a presença do governo na economia, o valor bruto da produção corresponde ao 
valor do que foi produzido mais os impostos sobre o produto: 
𝑉𝐵𝑃 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 
Assim, podemos escrever o PIB como: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 
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Ótica da Renda 
A Renda Agregada representa a remuneração de todos os fatores de produção de determinada economia. 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎 𝑟𝑒𝑚𝑢𝑛𝑒𝑟𝑎çã𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 
Salários são a remuneração do trabalho, juros são a remuneração do capital monetário, aluguéis são a 
remuneração do capital físico e os lucros são a remuneração do empresariado. Assim, podemos escrever a renda 
agregada como: 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑎 = 𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜𝑠 + 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑎𝑙𝑢𝑔𝑢é𝑖𝑠 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 
A soma de juros, lucros e aluguéis é conhecida como Excedente Operacional Bruto (EOB): 
𝐸𝑂𝐵 = 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑎𝑙𝑢𝑔𝑢é𝑖𝑠 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 
A renda interna bruta a preços de mercado (𝑅𝐼𝐵𝑝𝑚) é dada por: 
𝑅𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜𝑠 + 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑎𝑙𝑢𝑔𝑢é𝑖𝑠 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 + 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 − 𝑠𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 + 𝑑𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Ótica da Despesa 
A Despesa Agregada (DA) indica a soma dos gastos com as possíveis destinações do produto. 
Veremos mais adiante algumas identidades básicas acerca dessas destinações em três situações possíveis: 
(1) economia fechada e sem governo; (2) economia fechada e com governo; e (3) economia aberta e com governo. 
Já adianto que em uma economia aberta e com governo: 
𝐷𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) 
Em que C representa os gastos com consumo; I, investimento agregado; G, gastos do governo; X, 
exportação de bens e serviços; e M, importação de bens e serviços. 
A despesa interna bruta a preços de mercado (𝐷𝐼𝐵𝑝𝑚) é: 
𝐷𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) 
Identidade Contábil Básica 
Por meio das três óticas de mensuração do produto, chegamos a um resultado extremamente importante, 
a identidade contábil básica. 
 
ATENÇÃO! 
 A identidade contábil básica retrata a igualdade entre produto, renda e despesa: 
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 ≡ 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 ≡ 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 
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Para que essa identidade seja válida, todos os valores devem ser medidos aos mesmos preços. Em termos 
dos agregados vistos até aqui: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝑅𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝐷𝐼𝐵𝑝𝑚 
Fluxo Circular da Renda 
Nesse tópico vamos estudar o fluxo circular da renda, considerando uma economia fechada e sem governo. 
Ou seja, iremos ver como famílias e empresas interagem entre si, fazendo a renda circular na economia. Esse 
instrumental é útil para visualizarmos a identidade contábil básica. 
As famílias compram bens e serviços finais para consumo, que são produzidos e vendidos pelas empresas. 
“ao produzir os bens e serviços a serem fornecidos às famílias, as empresas utilizam os fatores de produção 
fornecidos por essas famílias. Ao serem utilizados, os fatores são remunerados, permitindo às famílias 
auferir uma renda que é, inicialmente, destinada a aquisição dos bens e serviços produzidos pelas 
empresas.” (LOPES & VASCONCELLOS, 2008) 
A figura abaixo é uma representação do fluxo circular da renda para uma economia fechada e sem governo, 
refletindo as transações entre famílias e empresas. As setas em cor laranja representam fluxos reais, que medem 
quantidades, e as setas em preto indicam fluxos monetários, que mensuram valores. 
 
Fonte: Adaptado de Lopes e Vasconcellos (2008) e Feijó (2017). 
Há uma equivalência entre os fluxos reais e monetários, refletindo-se na identidade contábil básica. 
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À medida em que mais setores (como governo e o resto do mundo) são inseridos na economia, o fluxo 
circular da renda vai se tornando mais rebuscado, com várias inter-relações entre os agentes econômicos. 
A seguir, veremos algumas identidades contábeis importantes. 
Um detalhe interessante, o termo identidade contábil é empregado, pois não se trata de uma relação de causalidade. 
Economia Fechada e sem Governo 
Vamos começar vendo como ficam os agregados macroeconômicos no caso de uma economia fechada e 
sem governo. 
Consumo 
Consumo é algo presente em nossa vida em diversos momentos: quando compramos comida, quando 
tomamos açaí, quando vamos ao cinema, etc. Veja, então, como podemos definir o consumo, denotado por 𝐶: 
“O consumo é o valor dos bens e serviços absorvidos pelos indivíduos para a satisfação dos seus desejos.” (SIMONSEN 
& CYSNE, 2009) 
Mais adiante você verá que a inclusão do governo na economia tem impacto na mensuração desse 
agregado. 
Poupança 
Em alguns momentos, nós podemos optar por não gastar toda a nossa renda com consumo. Nesse contexto, 
surge um novo agregado macroeconômico: a poupança, 𝑆. 
A poupança é o montante de renda não consumida em um dado período. 
Denotando a renda agregada por 𝑌, a poupança do setor privado (𝑆𝑃) é dada por: 
𝑆𝑃 = 𝑌 − 𝐶 
𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐 = 𝑹𝒆𝒏𝒅𝒂
A produção das firmas se
converte em remuneração dos
insumos (as firmas pagam para
utilizar os fatores de produção).
𝑹𝒆𝒏𝒅𝒂 = 𝑫𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒂
A renda dos detentores dos
fatores de produção se converte
em despesa (as pessoas gastam a
renda de diferentes formas).
𝑷𝒓𝒐𝒅𝒖𝒕𝒐 = 𝑹𝒆𝒏𝒅𝒂 = 𝑫𝒆𝒔𝒑𝒆𝒔𝒂
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A inserção do governo e do setor externo tem impactos na poupança agregada (você vai aprender isso mais 
a frente em nossa aula). 
 
Investimento 
Os investimentos são gastos realizados com o intuito de aumentar a capacidade produtiva, sendo compostos pela 
formação bruta de capital fixo (compra de máquinas, equipamentos, edifícios, etc.), 𝑭𝑩𝑲𝑭, e pela acumulação de 
estoques (são considerados os estoques de bens finais e de bens intermediários). 
𝑰 = 𝑭𝑩𝑲𝑭 + 𝚫𝑬𝒔𝒕𝒐𝒒𝒖𝒆𝒔 
Investimento Líquido 
Os bens de capital se desgastam ao longo do tempo como consequência natural de um fenômeno 
denominado depreciação. Dessa forma, nem todos os gastos com investimento contribuem para a ampliação do 
estoque de capital (parte desses gastos são realizados para repor o capitaldepreciado). 
Nesse sentido, podemos falar do investimento líquido (𝐼𝐿), que corresponde ao investimento bruto (𝐼) 
menos a depreciação: 
𝐼𝐿 = 𝐼 − 𝑑𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
A partir da definição do investimento bruto, podemos escrever o investimento líquido como: 
𝐼𝐿 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 − 𝑑𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Produto Bruto e Produto Líquido 
Diante dessa distinção entre investimento bruto e líquido, podemos falar em Produto Interno Líquido (𝑃𝐼𝐿), 
que corresponde ao Produto Interno Bruto descontado da depreciação: 
𝑃𝐼𝐿 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Em termos mais gerais: 
𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Despesa Agregada 
No caso de uma economia fechada (sem relação com o resto do mundo) e sem governo, as possíveis 
destinações do produto são os gastos com consumo das famílias e investimentos agregados das empresas: 
𝐷𝐴 = 𝐶 + 𝐼 
• Poupança agregada é dada pela poupança privada 𝑆𝑃 :
• S = 𝑆𝑃
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Renda Agregada 
Nesse contexto de uma economia fechada e sem governo, as pessoas podem destinar sua renda para 
consumo e poupança privada: 
𝑌 = 𝐶 + 𝑆𝑝 
Identidade entre Poupança e Investimento 
Fazendo uso da identidade contábil básica, que postula a igualdade entre produto, renda e despesa: 
𝑌 = 𝐷𝐴 → 𝐶 + 𝑆𝑝 = 𝐶 + 𝐼 → 𝑆𝑝 = 𝐼 
 
Em uma economia fechada e sem governo, os gastos com investimento são financiados pela poupança das 
famílias. 
Vamos fazer uma questão de prova! 
ANPEC – 2004 – Questão 2 
Com base nos princípios da contabilidade nacional, julgue as afirmativas: 
(1) A poupança bruta, em uma economia fechada e sem governo, é idêntica à soma da formação bruta de capital 
fixo mais a variação de estoques. 
RESOLUÇÃO: 
(1) Sabemos que o investimento agregado é dado pela formação bruta de capital fixo e pela acumulação de 
estoques: 
𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 
A poupança agregada é dada pela poupança privada no caso de uma economia fechada e sem governo: 
𝑆 = 𝑆𝑃 
Da igualdade entre investimento e poupança: 
𝐼 = 𝑆 → 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 = 𝑆𝑃 
Ou seja, a poupança bruta (dada pela poupança privada) é idêntica à soma da formação bruta de capital fixo mais 
a variação de estoques. 
Resposta: VERDADEIRO 
ATENÇÃO! 
 A poupança privada é igual ao investimento. 
𝑆𝑝 = 𝐼 
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Economia Fechada e com Governo 
Vamos, agora, inserir o governo na economia e verificar quais as mudanças que isso acarreta. 
Por governo entende-se apenas as funções típicas de Estado (administração direta, legislativo, executivo, etc.), que 
dependem de dotação orçamentária. As empresas estatais são consideradas juntamente com as empresas privadas. 
Produto a Preços de Mercado e Produto a Custo de Fatores 
O governo pode adotar algumas políticas que alteram o preço dos produtos, como a cobrança de impostos 
ou o fornecimento de subsídios. Isso faz com que a receita de vendas não seja igual à remuneração dos fatores de 
produção. Nesse sentido, a presença desse agente na economia permite que falemos em produto a preços de 
mercado e produto a custos de fatores. 
 
Veja a definição de impostos diretos, impostos indiretos e subsídios. 
 
Os impostos indiretos, ao incidir sobre a produção, elevam o preço dos produtos, tornando o preço mais 
alto que o custo de produção. Nessa situação, parte das receitas é destinada ao pagamento desses impostos, de 
tal forma que nem toda a receita de vendas remunera os fatores de produção. Por outro lado, os subsídios também 
afetam os preços dos produtos, mas reduzindo-os. Assim, a incidência de subsídios faz com que o preço seja 
inferior à remuneração dos fatores de produção. 
O produto a preços de mercado inclui os impostos indiretos e exclui os subsídios, pois está relacionado aos 
preços finais pagos pelos consumidores. Como, então, migrar do produto a preços de , 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚, para o produto a 
custo de fatores, 𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓? 
Produto a preços de mercado
Considera os preços vigentes no mercado
de bens e serviços, ou seja, retrata os
preços finais pagos pelo consumidor.
Produto a custo de fatores
É o produto mensurado em termos da
soma da remuneração dos fatores de
produção, indicando o custo da produção.
• Incidem diretamente sobre a RENDA oriunda da propriedade de
alguns fatores de produção.
• Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF), Imposto sobre a
Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto Predial
Territorial Urbano (IPTU).
Impostos diretos
• Incidem sobre o PRODUTO e não sobre a renda. Dessa forma,
esses impostos reduzem indiretamente a renda das pessoas.
• Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),
Imposto sobre Serviços (ISS), Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI).
Impostos indiretos
• O governo concede dinheiro para alguma atividade, algum
produto, etc., na intenção de fornecer estímulos.
• Podem ser considerados impostos negativos.
Subsídios
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Quando excluímos os impostos indiretos e incluímos os subsídios no produto a preços de mercado, 
obtemos o produto a custo de fatores. 
 
Em termos gerais: 
𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 = 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝑝𝑟𝑒ç𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 
Gastos do Governo 
Os gastos do governo com aquisição de bens e serviços são representados pela letra 𝐺. Representam os 
gastos desse agente com bens públicos colocados à disposição da população (como defesa nacional, saúde e 
educação pública, entre outros). 
Consumo 
Em uma economia com governo, o consumo total é dado pela soma entre o consumo privado e o consumo 
do governo: 
𝐶𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝐶 + 𝐺 
Investimento 
Embora normalmente os investimentos do governo sejam considerados dentro do agregado 𝐺, em alguns 
momentos pode ser que o investimento agregado seja desmembrado entre investimento privado (𝐼𝑃) e 
investimento do governo (𝐼𝐺𝑜𝑣): 
𝐼 = 𝐼𝑃 + 𝐼𝐺𝑜𝑣 
Poupança 
Vejamos como é definida a poupança do governo (𝑆𝐺𝑜𝑣), lembrando que poupança se refere a uma parte 
da renda que não é consumida. 
Já sabemos que o consumo do governo é dado por 𝐺. Para obtermos a poupança desse agente, devemos 
conhecer a sua renda líquida. 
A renda líquida do governo (𝑹𝑳𝑮) é dada pela diferença entre o que ele arrecada menos o que é gasto com subsídios e 
transferências governamentais: 
𝑹𝑳𝑮 = 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔 𝑫𝒊𝒓𝒆𝒕𝒐𝒔 + 𝑰𝒎𝒑𝒐𝒔𝒕𝒐𝒔 𝑰𝒏𝒅𝒊𝒓𝒆𝒕𝒐𝒔 + 𝑪𝒐𝒏𝒕𝒓𝒊𝒃𝒖𝒊çõ𝒆𝒔 𝑺𝒐𝒄𝒊𝒂𝒊𝒔 + 𝑻𝒂𝒙𝒂𝒔
+ 𝑶𝒖𝒕𝒓𝒂𝒔 𝑹𝒆𝒄𝒆𝒊𝒕𝒂𝒔 𝒅𝒐 𝑮𝒐𝒗𝒆𝒓𝒏𝒐 − 𝑺𝒖𝒃𝒔í𝒅𝒊𝒐𝒔 − 𝑻𝒓𝒂𝒏𝒔𝒇𝒆𝒓ê𝒏𝒄𝒊𝒂𝒔 
ATENÇÃO! 
 Relação entre Produto Interno Bruto a custo de fatores e a preços de mercado: 
𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 
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Dessa forma, a poupança do governo corresponde à diferença entre sua receita líquida e seus gastos 
correntes: 
𝑆𝐺𝑜𝑣 = 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 
 
Déficit Público 
O déficit público (situação em que o governo gasta mais do que arrecada) é o negativo da poupança do governo. 
Algebricamente: 
𝐷é𝑓𝑖𝑐𝑖𝑡 𝑃ú𝑏𝑙𝑖𝑐𝑜 = −𝑆𝐺𝑜𝑣 
Em aula posterior você verá em mais detalhes outros conceitos de déficit do governo. 
Despesa Agregada 
Pelo lado da despesa, temos uma nova destinação para o produto, os gastos do governo: 
𝐷𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 
Renda Agregada 
A inclusão desse agente econômico cria um novo destino para a renda das famílias, a renda líquida do 
governo (querepresenta o que as famílias pagam em tributos, descontados os subsídios e transferências 
recebidas): 
𝑌 = 𝐶 + 𝑆𝑝 + 𝑅𝐿𝐺 
No caso de uma economia fechada e com governo, a poupança privada é dada pela renda excedente após as famílias 
terem realizado seus gastos de consumo e pago os tributos (com os devidos abatimentos): 
𝑆𝑝 = 𝑌 − 𝐶 − 𝑅𝐿𝐺 
Identidade entre Poupança e Investimento 
Da identidade contábil básica, já sabemos que renda se iguala a despesa: 
𝑌 = 𝐷𝐴 → 𝐶 + 𝑆𝑝 + 𝑅𝐿𝐺 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 → 𝑆𝑝 + 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 = 𝐼 → 𝑆𝑝 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 = 𝐼 
 
 
 
• Poupança agregada é dada pela soma das poupanças privada 
𝑆𝑃 e do governo 𝑆𝐺𝑜𝑣 :
• S = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣
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ATENÇÃO! 
 A identidade entre poupança e investimento (economia fechada e com governo): 
𝑆𝑝 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 = 𝐼 
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Financiamento do Déficit 
Novamente, usando a identidade contábil básica: 
𝑌 = 𝐷𝐴 → 𝐶 + 𝑆𝑝 + 𝑅𝐿𝐺 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 → 𝑆𝑝 + 𝑅𝐿𝐺 = 𝐼 + 𝐺 → 𝑆𝑝 − 𝐼 = 𝐺 − 𝑅𝐿𝐺 
Se o governo apresenta um déficit público, ou seja, gasta mais do que arrecada (𝐺 > 𝑅𝐿𝐺), é preciso que 
haja um excesso de poupança no setor privado (𝑆𝑝 > 𝐼) para financiar o governo. 
Economia Aberta e com Governo 
Uma economia aberta realiza transações com agentes econômicos do resto do mundo. Tais transações 
podem envolver bens e serviços (esses serviços também podem ser denominados serviços não fatores), bem como 
fatores de produção (serviços fatores). 
As exportações de bens e serviços, denotadas por X, são uma parte da produção interna vendida para o resto do mundo 
(ou seja, são um elemento da demanda pela produção interna). 
As importações de bens e serviços, representada por M, são compras da produção de outros países feitas pelos residentes 
do país. 
Em contas nacionais, o que distingue residentes dos não residentes é o centro de interesse econômico: 
 “a residência de determinado agente econômico deve corresponder ao país onde esteja localizado o seu 
“centro de interesse”, ou seja, onde se espera que ocorra, em termos não apenas temporários, a sua 
participação na produção e absorção de bens e serviços.” (SIMONSEN & CYSNE, 2009) 
Assim, são considerados residentes: 
 
Residentes
Indivíduos que vivem permanentemente no país
(incluindo os estrangeiros com residência fixa).
Funcionários em serviço no exterior.
Pessoas que se encontram transitoriamente fora do
país em viagens de turismo, negócios, educação, etc.
Pessoas jurídicas de direito público ou privado
sediadas no país, inclusive sucursais ou filiais de
empresas estrangeiras.
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Produto Interno Bruto (PIB) e Produto Nacional Bruto (PNB) 
Quando estamos analisando uma economia aberta, “há fatores de produção estrangeira (capital e trabalho) 
produzindo no país e fatores de produção de propriedade de residentes no país produzindo fora do país” (FEIJÓ, 
2017). E isso gera um fluxo de renda entre a nação e o resto do mundo. 
A Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE) é a diferença entre a renda enviada ao exterior e a renda recebida do 
exterior. 
Ou seja, “é a diferença entre o que é pago por fatores de produção externos utilizados internamente e o que 
é recebido do exterior por fatores de produção nacionais empregados em outros países” (LOPES & 
VASCONCELLOS, 2008). 
𝑅𝐿𝐸𝐸 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐸𝑛𝑣𝑖𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑜 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 − 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 
Nesse contexto, surge a distinção entre produto interno e produto nacional. 
 
Para ilustrar a diferença entre os dois conceitos, saiba que a produção de estrangeiros no Brasil entra no 
produto interno brasileiro, mas não no produto nacional. Já a produção de brasileiros no exterior é contabilizada 
no PIB do país estrangeiro e no produto nacional do Brasil. 
O que diferencia o PIB do PNB é exatamente esse fluxo de rendas realizado com o resto do mundo. 
Algebricamente, o Produto Nacional Bruto corresponde ao Produto Interno Bruto menos a Renda Líquida Enviada 
ao Exterior: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
 
O hiato entre o PIB e o PNB pode ser grande em economias com alto grau de endividamento externo e com 
presença de muitas multinacionais (dado o grande fluxo de rendas com o exterior). 
Produto Interno Bruto (PIB)
O PIB engloba a produção de bens e
serviços finais realizada dentro das
fronteiras de determinado território,
independentemente da origem do capital.
Produto Nacional Bruto (PNB)
O PNB diz respeito ao valor adicionado
gerado por fatores de produção de
propriedade de residentes, não
importando se estão dentro ou fora do
território.
𝑅𝐿𝐸𝐸 > 0
País envia mais renda ao exterior do
que recebe.
Produto nacional é menor que o
produto interno:
𝑃𝑁𝐵 < 𝑃𝐼𝐵
𝑅𝐿𝐸𝐸 < 0
País recebe mais renda do exterior do
que envia.
Produto nacional é maior que o
produto interno:
𝑃𝑁𝐵 > 𝑃𝐼𝐵
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Generalizando: 
𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
O conceito de Renda Líquida Recebida do Exterior (RLRE) é o inverso positivo da RLEE: 
𝑅𝐿𝑅𝐸 = −𝑅𝐿𝐸𝐸 
Analogamente: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 + 𝑅𝐿𝑅𝐸 
Bora fazer uma questão de prova. 
ANPEC – 2002 – Questão 1 
Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras: 
(1) Em uma economia fechada, o Produto Interno Bruto coincide com o Produto Nacional Bruto. 
RESOLUÇÃO: 
(1) A diferença entre PNB e PIB é o fluxo de rendas com o exterior: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Em uma economia fechada, a renda líquida enviada ao exterior é nula, de modo que o Produto Interno Bruto 
coincide com o Produto Nacional Bruto. 
Resposta: VERDADEIRO 
Poupança 
A inclusão do setor externo cria mais um componente para a poupança agregada: a poupança externa. Tal 
rubrica é influenciada pelas transações que geram um fluxo de renda do país com o resto do mundo, quais sejam, 
as exportações, as importações e a renda líquida enviada ao exterior. 
 
Exportação
• Quando um país exporta, ele recebe recursos em troca dos bens/serviços vendidos. Assim, entram
divisas no país (logo, sai dinheiro do resto do mundo), reduzindo a poupança externa.
Importação
• Quando um país importa, ele dá ao resto do mundo renda em troca dos bens/serviços comprados. 
Como há um aumento da renda do setor externo, teremos uma expansão da poupança externa.
RLEE
• A renda líquida enviada ao exterior contribui para o aumento da poupança externa.
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Algebricamente, a poupança externa é dada por: 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝑀 − 𝑋 + 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Vale adiantar que a poupança externa (𝑆𝐸𝑥𝑡) equivale ao déficit do Balanço de Pagamentos em transações 
correntes (TC): 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 
 
Despesa Agregada 
A inclusão do setor externo dá origem a duas novas destinações para a demanda agregada: as exportações 
e as importações. Assim: 
𝐷𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) 
O termo (𝑋 − 𝑀) é denominado gastos líquidos do setor externo ou transferência líquida de recursos ao 
exterior (TLRE). Conforme veremos na parte da aula sobre Balanço de Pagamentos, a transferência líquida de 
recursos ao exterior inclui as balanças comercial (bens) e de serviços (serviços não fatores). 
Renda Agregada 
Continuamos tendo consumo, poupança privada e os recursos líquidos que vão para o governo como 
destinações da renda. A inserção do setor externo cria um novo destino para a renda agregada, que é a renda 
líquida enviada ao exterior: 
𝑌 = 𝐶 + 𝑆𝑝 + 𝑅𝐿𝐺 + 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Identidade entre Poupança e Investimento 
Da igualdade entre renda e despesa, temos: 
𝐶 + 𝑆𝑝 + 𝑅𝐿𝐺+ 𝑅𝐿𝐸𝐸 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) → 𝑆𝑝 + 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 + 𝑅𝐿𝐸𝐸 − (𝑋 − 𝑀) = 𝐼 → 
𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝐼 
• Poupança agregada é dada pela soma das poupanças privada 
𝑆𝑃 , do governo 𝑆𝐺𝑜𝑣 e do setor externo 𝑆𝐸𝑥𝑡 : 
• S = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡
Economia aberta e com governo
ATENÇÃO! 
 A identidade entre poupança e investimento (economia aberta e com governo): 
𝑆𝑝 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝐼 
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Se denominarmos a soma das poupança privada e do governo por poupança interna (𝑆𝐷𝑜𝑚): 
𝑆𝐷𝑜𝑚 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝐼 
Ou seja, o investimento agregado pode ser financiado via poupança interna e/ou poupança externa. 
Chegou a hora de fazer mais uma questão . 
ANPEC – 2002 – Questão 1 
Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras: 
(3) Quando os investimentos superam a poupança privada, as exportações líquidas do país são negativas. 
RESOLUÇÃO: 
(3) Primeiramente, vamos nos lembrar da relação entre poupança externa e o saldo em transações correntes: 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 
Dessa forma, dizer que as exportações líquidas do país são negativas, implica dizer que a poupança externa é 
positiva. 
A partir da identidade contábil que postula a igualdade entre poupança e investimento, temos: 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 → 𝐼 − 𝑆𝑃 = 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
O item afirma que os investimentos superam a poupança privada, então: 
𝐼 − 𝑆𝑃 > 0 → 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 
Podemos apenas afirmar que a soma entre a poupança do governo e a poupança externa será positiva (a depender 
do sinal da poupança do governo, a poupança externa pode ser positiva ou negativa, desde que a soma de ambas 
continue sendo positiva). Como o item afirmou categoricamente que somente a poupança externa será positiva, 
a afirmação se torna falsa. 
Resposta: FALSO 
Absorção Interna 
A absorção interna se refere ao valor da produção de bens e serviços que a sociedade absorve internamente. 
Em uma economia com a presença do governo, a absorção interna (𝐴) corresponde à soma do consumo 
mais investimento mais gastos do governo: 
𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 
 
Economia fechada
A absorção coincide com o produto:
𝑌 = 𝐴
Economia aberta
Esses dois agregados podem ser
diferentes, a depender do saldo externo,
𝑋 − 𝑀 :
𝑌 = 𝐴 + 𝑋 − 𝑀
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Conforme destacado por Simonsen e Cysne (2009): 
“Se a economia exporta mais bens ou serviços do que importa, parte da produção total não é absorvida 
pelo país, mas pelo exterior, ou seja, o produto é superior à absorção, e vice-versa. O excesso (positivo ou 
negativo) do produto sobre a absorção coincide com o saldo das exportações sobre as importações de bens 
e serviços”. (SIMONSEN & CYSNE, 2009) 
Medidas de Renda 
Renda Interna Bruta 
A Renda Interna Bruta é igual ao PIB a custo dos fatores. 
𝑅𝐼𝐵 = 𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 
Renda Interna 
A Renda Interna (RI) é dada pelo Produto Interno Líquido a custo de fatores, e representa a remuneração dos fatores de 
produção (independente da origem destes, se interna ou externa). 
𝑅𝐼 = 𝑃𝐼𝐿𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 = 𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜𝑠 + 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑎𝑙𝑢𝑔𝑢é𝑖𝑠 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 
Renda Nacional Bruta 
A renda nacional bruta é igual ao PNB a custo de fatores: 
𝑅𝑁𝐵 = 𝑃𝑁𝐵𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Renda Nacional 
A Renda Nacional (RN) equivale ao Produto Nacional Líquido a custo de fatores, e indica a remuneração dos fatores de 
produção que são propriedade dos residentes. 
𝑅𝑁 = 𝑃𝑁𝐿𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐿𝑐𝑓 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
A relação entre os conceitos de Renda Interna e de Renda Nacional é tal que: 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Renda Pessoal (RP) 
A Renda Pessoal (RP) representa a renda total (como salários, juros, lucros, aluguéis, transferências governamentais 
recebidas) de todos os indivíduos descontados os lucros retidos pelas empresas, os impostos diretos sobre as empresas 
e outras receitas do governo (contribuições sociais/previdenciárias, FGTS, etc.). 
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𝑅𝑃 = 𝑅𝑁 − 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠 – 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝐽𝑢𝑟í𝑑𝑖𝑐𝑎𝑠 – 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çõ𝑒𝑠 𝑆𝑜𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠
/𝑃𝑟𝑒𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑐𝑖á𝑟𝑖𝑎𝑠 + 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝐺𝑜𝑣𝑒𝑟𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑖𝑠 
Renda Pessoal Disponível (RPD) 
A Renda Pessoal Disponível (RPD), também denominada Renda Disponível (RD), representa a renda que efetivamente 
sobra para as famílias, ou seja, é a Renda Pessoal menos os impostos diretos sobre as famílias. 
𝑅𝑃𝐷 = 𝑅𝑃 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝐹í𝑠𝑖𝑐𝑎𝑠 
Vamos resolver uma questão de prova para encerrarmos esse tópico. 
ANPEC – 2002 – Questão 1 
Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras: 
(0) Renda disponível é aquela que sobra para a pessoa depois de descontados os impostos diretos e a poupança. 
RESOLUÇÃO: 
(0) A Renda Pessoal Disponível (RPD), também denominada Renda Disponível (RD), representa a renda que 
efetivamente sobra para as famílias, ou seja, é a Renda Pessoal menos os impostos diretos sobre as famílias: 
𝑅𝑃𝐷 = 𝑅𝑃 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑎𝑠 𝐹𝑎𝑚í𝑙𝑖𝑎𝑠 
A Renda Disponível representa a renda obtida sob a forma de salários, aluguéis, lucros, benefícios sociais. 
Resposta: FALSO 
PIB Nominal e PIB Real 
Ao longo da aula de hoje, estamos vendo diversos agregados macroeconômicos. Quando estamos 
avaliando o comportamento desses agregados ao longo do tempo (o PIB, por exemplo), cabe indagarmos o que 
causa as variações no decorrer de determinado período. Claramente, o PIB se altera em virtude de mudanças nas 
quantidades produzidas ou nos preços dos bens e serviços. Dessa forma, surge a necessidade de distinguirmos os 
conceitos nominal e real. 
O PIB nominal (PIB a preços correntes) é definido como a soma das quantidades de bens e serviços finais multiplicadas 
por seus preços correntes. 
Algebricamente, o PIB nominal no período t é dado por: 
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 = ∑ 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑡
𝑖
𝑛
𝑖=1
 
Quando queremos analisar apenas as alterações no volume produzido, devemos isolar o efeito de mudanças 
nos preços (manter os preços fixos). Para isso, fazemos uso do conceito em termos reais. 
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O PIB real (PIB a preços constantes) corresponde à soma das quantidades de bens e serviços finais no período corrente 
multiplicada por preços constantes (de um período base). 
O PIB real em um período t expresso em unidades monetárias do período b é dado por: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 = ∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑡
𝑖
𝑛
𝑖=1
 
Ao expressar o PIB real, devemos indicar qual o período considerado referência. Por exemplo, o PIB de 2020 
a preços de 2014 representa as quantidades transacionadas em 2020 valoradas aos preços de 2014. 
 
Bora fazer uma questão de prova sobre esse assunto! 
ANPEC – 2022 – Questão 12 
Assinale como verdadeiras ou falsas as seguintes assertivas com base nas informações contidas na tabela abaixo, 
sobre um país hipotético, para os anos de 2018 a 2020. Assuma que sejam produzidos apenas os bens finais A e B. 
A unidade de medida de cada variável está entre parêntesis. 
 
(0) O PIB nominal per capita em 2020 foi de $1.500. 
(1) O PIB real contraiu 10% entre os anos de 2019 e 2020, a preços de 2018. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Nosso primeiro passo para responder esse item será encontrar o PIB nominal em 2020 (avaliado a preços 
correntes). 
𝑃𝐼𝐵20 = 𝑃20
𝐴 𝑄20
𝐴 + 𝑃20
𝐵 𝑄20
𝐵 = 10.000(15) + 5.000(15) = 225.000 
Para chegarmosao PIB per capita, devemos dividir o PIB pelo número de habitantes. 
PIB nominal
PIB a preços correntes, considera variações
tanto na quantidade quanto nos preços.
PIB real
PIB a preços constantes, considera apenas
variações nas quantidades.
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𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐20 =
𝑃𝐼𝐵20
𝑁20
 
Em que 𝑁20 é o total de habitantes em 2020. Assim: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐20 =
225.000
150
= 1.500 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) Vamos calcular o PIB real de 2019 e 2020, a preços de 2018. 
𝑃𝐼𝐵19
18 = 𝑃18
𝐴 𝑄19
𝐴 + 𝑃18
𝐵 𝑄19
𝐵 = 5.000(10) + 10.000(20) = 250.000 
𝑃𝐼𝐵20
18 = 𝑃18
𝐴 𝑄20
𝐴 + 𝑃18
𝐵 𝑄20
𝐵 = 5.000(15) + 10.000(15) = 225.000 
A taxa de variação entre os dois períodos é dada por: 
Δ%𝑃𝐼𝐵 𝑟𝑒𝑎𝑙 =
𝑃𝐼𝐵20
18 − 𝑃𝐼𝐵19
18
𝑃𝐼𝐵19
18 =
225.000 − 250.000
250.000
= −0,1 𝑜𝑢 − 10% 
Resposta: VERDADEIRO 
Deflator Implícito do PIB 
No tópico anterior vimos que as alterações no PIB nominal ao longo do tempo podem decorrer de mudanças 
no volume produzido ou nos preços. O PIB real capta as alterações decorrentes das modificações nas quantidades 
produzidas (pois os preços são mantidos constantes). Conforme destacado em Blanchard (2017), “se o PIB nominal 
aumenta mais rapidamente que o PIB real, a diferença resulta de um aumento nos preços”. Nessa parte da aula 
veremos as mudanças que decorrem de alterações nos níveis de preços. 
Primeiramente, é importante você saber que a inflação representa um aumento sustentado dos preços da 
economia, enquanto que a deflação (fenômeno mais raro) está ligada à uma queda generalizada desses preços. 
Assim, é importante definir meios de mensurar os preços na economia. A seguir veremos dois índices de preços: o 
deflator implícito do PIB e o Índice de Preços ao Consumidor (IPC). 
O deflator implícito do PIB no período t é definido como a razão entre o PIB nominal em t e o PIB real em t (tendo um 
período como base, b), e mensura a evolução dos preços ao longo do período. 
Algebricamente: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖. 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 . 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
 
O deflator implícito do PIB é um índice de preços de Paasche, ou seja, analisa as variações nos preços e 
utiliza as quantidades no período atual (corrente) como fator de ponderação. Nesse sentido, à medida que o 
período corrente muda, a cesta considerada no cálculo do deflator se altera. E quando avaliado no período base, o 
deflator assume valor 1 (ou 100). 
A taxa de variação do deflator do PIB pode ser escrita como: 
Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
(𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 − 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡−1)
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡−1
 
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Ela mede a taxa de inflação (ou deflação), isto é, a taxa em que o nível geral de preços aumenta (diminui) ao 
longo do tempo. 
A partir da definição do deflator, temos que o PIB nominal corresponde à multiplicação entre o PIB real e o 
deflator do PIB: 
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 = 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡(𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏) 
Nesse sentido, a taxa de crescimento do PIB nominal é aproximadamente a taxa de crescimento do deflator 
mais a taxa de crescimento do PIB real. 
(1 + Δ𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡) = (1 + Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡)(1 + Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏) 
Δ𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 ≈ Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 + Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 
De um modo mais geral, podemos escrever a relação entre PIB nominal e PIB real da seguinte forma: 
𝑃𝐼𝐵 𝑟𝑒𝑎𝑙 =
𝑃𝐼𝐵 𝑛𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
Í𝑛𝑑𝑖𝑐𝑒 𝑑𝑒 𝑝𝑟𝑒ç𝑜𝑠
 
Vamos resolver uma questão de prova. 
ANPEC – 2002 – Questão 1 
Indique se as proposições são falsas ou verdadeiras: 
(2) Por deflator do PNB entende-se a razão entre o PNB e o PIB. 
RESOLUÇÃO: 
(2) O deflator implícito do PIB é a razão entre o PIB nominal e o PIB real: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼B Realt
𝑏 
Resposta: FALSO 
Índice de Preços ao Consumidor 
 “O deflator do PIB fornece o preço médio do produto — os bens finais produzidos na economia. Entretanto, 
os consumidores se preocupam com o preço médio do consumo — os bens que eles consomem.” 
(BLANCHARD, 2017) 
A cesta de bens que os indivíduos consomem não necessariamente é igual a cesta com todos os bens 
produzidos na economia. Isso porque nem tudo que é produzido em um país é comprado pelos consumidores finais 
e alguns bens que as pessoas consomem são importados (bens importados entram no cálculo do índice de preços 
ao consumidor, mas não são considerados no deflator do PIB). 
O índice de preços ao consumidor (IPC) mensura o preço médio de uma cesta fixa de um consumidor típico, e sua taxa 
de variação é uma outra forma de medir a taxa de inflação. 
Algebricamente: 
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𝐼𝑃𝐶 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑏
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑏
𝑖𝑛
𝑖=1
 
O IPC é um índice de preços de Laspeyres, ou seja, avalia a mudança de preços ao longo do tempo e utiliza 
as quantidades do período base como fator de ponderação (por isso a cesta considerada é fixa). 
Em geral, a taxa de inflação medida pelo deflator do PIB ou pelo IPC são bem próximas uma da outra. 
 
Matriz Insumo-Produto 
Tudo bem até agora? Pausa para beber uma água... E vamos continuar! 
Ainda no âmbito da Contabilidade Social, temos a Matriz de Insumo-Produto, também conhecida como 
Matriz de Relações Intersetoriais ou Matriz de Leontief, que mostra “uma visão detalhada da estrutura produtiva 
brasileira e [permite] avaliar o grau de interligação setorial da economia e também os impactos de variações na 
demanda final dos produtos, mediante a identificação dos diversos fluxos de produção de bens e serviços”1. 
Vejamos, de maneira breve (dado que não é um assunto muito recorrente na prova da Anpec), a Matriz 
Insumo-Produto. Esse é um modelo proposto por Leontief, que leva em consideração os fluxos entre as diferentes 
atividades econômicas. Conforme vemos em Feijó (2017), “Leontief desenvolveu seu modelo admitindo que a 
relação entre os insumos consumidos em cada atividade e a produção total dessa atividade é constante e medida 
no que chamou de coeficiente técnico de produção”. Esse coeficiente técnico de produção, 𝑎𝑖𝑗, é definido como: 
𝑎𝑖𝑗 =
𝑔𝑖𝑗
𝑔𝑗
 
Em que: 𝑎𝑖𝑗 é o valor produzido na atividade i e consumido pela atividade j para produzir uma unidade 
monetária; 𝑔𝑖𝑗 é o valor da produção da atividade i consumido na atividade j; e 𝑔𝑗 é o valor total da produção da 
atividade j. 
Ao montar uma Matriz Leontief, a base de dados deve descrever as relações dessas atividades entre si e com 
a demanda final – Formação Bruta de Capital Fixo (FBKF), Exportações (X), Variação de Estoques (VE), Consumo 
do Governo (G) e Consumo Pessoal (C) –, sua conta de renda e as importações. Consoante o que está apresentado 
 
 
 
 
 
1 https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/9085-matriz-de-insumo-produto.html?=&t=o-que-e. 
Acesso em 13 de dezembro de 2020. 
Em momentos nos quais os bens importados ficam mais caros em comparação com os bens produzidos
internamente, o IPC aumenta mais rapidamente do que o deflator do PIB.
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em Feijó (2017), a “visualização desses fluxos é facilitada por uma tabela, chamada Tabela de Transações, 
construída de acordo com as seguintes identidades econômicas”: 
1) Produção ≡ consumo intermediário + valor adicionado 
2) Produção ≡ consumo intermediário + consumo final – importações 
3) Valor adicionado ≡ soma das rendas primárias 
Na matriz insumo-produto, as linhas indicam os setores do destino da produção, ao passo que as colunas 
correspondemaos setores de onde vêm os insumos utilizados. Esse modelo é bem mais complexo, pois necessita 
de informações tanto do consumo final quanto do consumo intermediário para os setores da economia. No Brasil, 
é o IBGE o responsável pela construção dessa matriz. 
Contas Econômicas Integradas 
As Contas Econômicas Integradas (CEIs), que são a estrutura central do Sistema de Contas Nacionais, 
possuem quatro contas principais: Conta de Produção, Conta de Apropriação, Conta de Acumulação, Conta do 
Resto do Mundo (Setor Externo). Elas registram as transações ocorridas entre famílias, empresas, governo e resto 
do mundo, sendo uma outra forma de visualizar os agregados macroeconômicos. 
Estas contas são apresentadas no formato de um balancete, tendo os débitos do lado direito e os créditos 
do lado esquerdo. Os registros seguem a técnica das partidas dobradas. 
De acordo com a técnica das partidas dobradas, para cada registro a débito em uma conta há um a crédito 
correspondente (mesmo saldo) em alguma outra e vice-versa. 
Em linhas gerais, as CEIs indicam como ocorrem diferentes tipos de atividades econômicas num 
determinado período de tempo, sendo registrados os valores de ativos e passivos dos diferentes setores 
institucionais no início e no fim de um período. É utilizada a nomenclatura usos e recursos, no lugar de débito e 
crédito. Conforme destaca Feijó (2017): 
 “O termo usos se refere às operações que reduzem o montante do valor econômico de um setor, e por 
convenção são lançados do lado esquerdo das contas-correntes. As remunerações, por exemplo, são um 
recurso para quem recebe, porém, um uso para o setor que as paga, um gasto. O termo recursos é usado 
para designar o lado das contas-correntes em que figuram operações que aumentam o valor econômico de 
um setor, uma receita, por exemplo. Por convenção, são lançados no lado direito. Os saldos são obtidos 
pela diferença entre recursos e usos. Representam o resultado líquido das atividades. É por meio dos saldos, 
como já dissemos, que a sequência de contas se articula. Os saldos se constituem em agregados 
econômicos de interesse, como o PIB, renda nacional, renda disponível bruta, poupança bruta etc.” (FEIJÓ, 
2017) 
A seguir, vemos de forma resumida a estruturação dos três subconjuntos das CEIs: contas correntes, contas 
de acumulação e contas de patrimônio. 
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Contas Correntes Saldo da Conta 
1. Conta de Produção PIB 
2. Conta de Renda 
2.1 Conta de Distribuição Primária da Renda 
2.1.1 Conta de Geração da Renda Excedente Operacional Bruto 
2.1.2 Conta de Alocação da Renda Renda Nacional 
2.2 Conta de Distribuição Secundária da Renda Renda Disponível Bruta 
2.3 Conta de uso da Renda Poupança 
Fonte: Feijó et al (2017). 
 
3. Conta de Acumulação Saldo da Conta 
3.1 Conta de Capital Capacidade ou necessidade de financiamento 
3.2 Conta Financeira Igual ao da conta de capital com sinal trocado 
3.3 Conta de outras variações no volume de ativos 
e contas de reavaliação 
 
3.3.1 Conta de outras variações nos ativos 
financeiros 
Mudanças no patrimônio líquido resultantes de 
outras variações no volume dos ativos 
3.3.2 Conta de reavaliação Mudanças no patrimônio líquido resultantes de 
ganhos/perdas de detenção nominais 
Fonte: Feijó et al (2017). 
 
4. Conta de Patrimônio Saldo da Conta 
4.1 Conta de patrimônio inicial Patrimônio líquido 
4.2 Conta de variação do 
patrimônio 
Variação do patrimônio líquido total. Registra saldos das contas de 
capital (variações do patrimônio líquido resultante de poupança e 
transferência líquida de capital) e conta de outras variações no 
volume dos ativos e conta de reavaliação (3.3.1 e 3.3.2) 
4.3 Conta de patrimônio final Patrimônio líquido 
Fonte: Feijó et al (2017). 
 
Tudo bem até aqui? Sei que já vimos várias identidades contábeis, mas a boa notícia é que estamos 
caminhando para a parte final da aula. Então força aí, hein! 
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Balanço de Pagamentos 
Quando falamos de economias abertas, estamos dizendo que as nações realizam transações com o resto do 
mundo. Por exemplo, o Brasil exporta bens e serviços para outros países, da mesma forma como também efetua 
importações. Nesse sentido, estudaremos o Balanço de Pagamentos (BP) nessa parte da aula. 
O Balanço de Pagamentos é o registro das transações entre residentes e não residentes de um país ao longo de 
determinado período de tempo. 
Relembre que a definição dos residentes de um país está ligada ao “centro de interesse” dos indivíduos. 
 
O Banco Central do Brasil (BCB) é responsável pela divulgação de nosso BP e de 2016 em diante, passou a 
publicar as estatísticas do BP e da Posição Internacional de Investimento – PII (veremos esse demonstrativo mais 
adiante) em conformidade com a sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário 
Internacional (FMI), o BPM6, publicado em 2009. Desde 2001, essas estatísticas eram divulgadas pelo BCB de 
acordo com a 5ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos (BPM5), de 1993. 
A publicação dos Manuais do Balanço de Pagamentos, feita pelo FMI, tem como objetivo auxiliar na 
padronização dos BP nos diferentes países, viabilizando uma melhor comparação internacional. A utilização desse 
registro contábil gera informações relevantes sobre a situação das finanças internacionais de um país. 
A seguir, veremos a estrutura do BP segundo a versão BPM6, que tem uma maior integração com o Sistema 
de Contas Nacionais. 
Estrutura do Balanço de Pagamentos (BPM6) 
Em primeiro lugar, saiba que a contabilização dos registros no BP segue a técnica das partidas dobradas. 
Quando vamos fazer os lançamentos contábeis das transações ocorridas, seguimos a lógica: 
Residentes
Indivíduos que vivem permanentemente no país
(incluindo os estrangeiros com residência fixa).
Funcionários em serviço no exterior.
Pessoas que se encontram transitoriamente fora do
país em viagens de turismo, negócios, educação, etc.
Pessoas jurídicas de direito público ou privado
sediadas no país, inclusive sucursais ou filiais de
empresas estrangeiras.
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Em geral, o registro dessas transações segue o critério de competência, ou seja, são registradas no 
momento em que o valor econômico é criado, transformado, trocado ou extinto. 
Abaixo você vê duas considerações sobre o BP: 
 
De acordo com a edição BPM6, o Balanço de Pagamentos compreende as contas a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crédito
Quando ENTRAM recursos no país, temos
um lançamento a crédito.
Débito
Quando SAEM recursos do país, temos um
lançamento a débito.
A compra ou venda de ativo externo entre dois residentes NÃO é registrada como transação do BP (não
ocorre entre residente e não residente).
A transferência de migrante (a mudança de residência de pessoa física ou empresa, e a consequente
mudança do seu conjunto de ativos e passivos de uma economia para outra), que antes era contabilizada no
BP, deixa de ser transação de BP. Isso porque, apesar de ser possível identificar residente e não residente, é
a mesma pessoa ou empresa, ferindo o conceito de transação.
ATENÇÃO! 
Em virtude da técnica das partidas dobradas, o saldo do sistema como um todo é 
sempre zerado (no BPM6): 
𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 + 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 + 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 + 𝐸𝑟𝑟𝑜𝑠 𝑒 𝑜𝑚𝑖𝑠𝑠õ𝑒𝑠 = 0 
Balanço de 
Pagamentos 
(BPM6)
Conta corrente
Registra o comércio de bens e serviços, os fluxos de rendas de capital
e trabalho e as transferências de renda entre o país e o resto do
mundo.
Conta capital
Registra as transferências de ativos reais e financeiros e as
transações deativos não financeiros não produzidos entre residentes
e não residentes.
Conta financeira
Registra os fluxos de capitais entre o país e o resto do mundo, e a
variação das reservas internacionais.
Erros e omissões
Uma conta de natureza residual e engloba as transações não
registradas pela autoridade monetária, mas que acarretam uma
variação das reservas internacionais do país.
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 “O sentido intuitivo desse resultado é que quando um país tem um déficit em conta-corrente, deve haver 
um superávit no mesmo valor na soma das contas Capital e Financeira. Um déficit em conta-corrente 
significa que o país tem uma necessidade de financiamento externo, e isso é necessariamente coberto via 
transferências de ativos (Conta Capital) ou investimentos e financiamentos (Conta Financeira) por parte 
do resto do mundo. Por analogia, o oposto ocorre no caso de um superávit em conta-corrente.” (FEIJÓ, 
2017) 
Nossa próxima tarefa é ver em maiores detalhes os três principais grupos de contas que constituem o BP . 
Conta Corrente 
A Conta Corrente (também conhecida como Transações Correntes) é constituída por quatro contas, 
conforme você vê no esquema abaixo: 
 
Balança Comercial 
A balança comercial registra as transações de compra (importação) e venda (exportação) de BENS tangíveis entre 
residentes e não residentes. 
Exportações e importações são registradas no BP no momento em que ocorre a mudança de propriedade 
econômica entre residente e não residente. A propriedade econômica é atribuída ao agente que detém os riscos, 
responsabilidades, direitos e benefícios do bem ou ativo. 
As transações são registradas pelo seu valor free on board (FOB), ou seja, incluem somente os valores dos 
bens transacionados sem os custos de fretes, comissões, seguros e outros serviços acessórios ao comércio (estes 
entram na balança de serviços). 
 
 
 
Balança de Serviços 
A balança de serviços registra as receitas e pagamentos referentes à prestação de serviços (intangíveis) entre residentes 
e não residentes. 
Inserem-se aqui: 
Conta corrente
Balança comercial;
Balança de serviços;
Balança de rendas primárias;
Balança de rendas secundárias.
Lançamentos
Crédito: exportações (entram recursos no país)
Débito: importações (saem recursos do país)
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Balança de Rendas Primárias 
A balança de rendas primárias (antiga balança de rendas no BPM5) registra as receitas e pagamentos relacionados à 
remuneração dos fatores de produção, em transações entre residentes e não residentes. 
 
Também insere-se na balança de rendas primárias, a renda (recebida ou enviada) associada aos seguintes 
investimentos: 
 investimento direto; 
 investimento em carteira; 
 outros investimentos; 
 ativos de reserva. 
 
 
serviços de 
manufatura
serviços de 
manutenção e 
reparo
serviços 
relacionados a 
transportes
receitas e despesas 
com a aquisição de 
bens e serviços por 
viajantes
serviços de 
construção
seguros
serviços 
financeiros
serviços de 
propriedade 
intelectual
telecomunicação, 
computação e 
informação
aluguel de 
equipamentos
serviços culturais, 
pessoais e 
recreativos
outros serviços de 
negócios
serviços 
governamentais
Lançamentos
Crédito: recebimentos por residentes (entram recursos no país)
Débito: pagamentos a não residentes (saem recursos do país)
Salários, 
ordenados
Renda do 
trabalho
Lucros, 
dividendos, juros
Renda do 
capital
Lançamentos
Crédito: recebimentos por residentes (entram recursos no país)
Débito: pagamentos a não residentes (saem recursos do país)
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Balança de Rendas Secundárias 
A balança de rendas secundárias, antes denominada “transferências unilaterais” no BPM5, registra as transações que 
correspondem à transferência unilateral de renda de residentes para não residentes, e vice-versa. 
Assim sendo, as rendas secundárias incluem as receitas e as despesas que não têm como contrapartida a 
aquisição de um bem, a prestação de um serviço ou a utilização de um fator de produção. 
Entram aqui transferências pessoais de renda (quando pessoas enviam dinheiro de um país para outro), 
ajudas humanitárias, contribuições e benefícios sociais, impostos e prêmios de seguro. 
 
Conta Corrente e Contas Nacionais 
 Transferências Líquidas de Recursos ao Exterior 
O saldo da Balança Comercial e da Balança de Serviços é conhecido como Transferências Líquidas de 
Recursos ao Exterior (TLRE): 
𝑇𝐿𝑅𝐸 = 𝑋 − 𝑀 
Em que X e M incluem bens e serviços não fatores. 
 Hiato de Recursos 
O hiato de recursos é o simétrico negativo da transferência líquida de recursos: 
𝐻𝑖𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 = −𝑇𝐿𝑅𝐸 = 𝑀 − 𝑋 
 Renda Líquida Enviada ao Exterior 
A soma dos saldos da Balança de Rendas Primárias e de Rendas Secundárias representa a renda líquida 
enviada/recebida do exterior, e é o que diferencia o produto interno do produto nacional. Recapitulando: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
 Saldo em Transações Correntes 
O saldo do BP em transações correntes pode ser escrito como: 
𝑇𝐶 = 𝑋 − 𝑀 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Lembrando que X e M incluem bens e serviços não fatores (balanças comercial e de serviços). 
 Poupança Externa 
A poupança externa equivale ao saldo do BP em transações correntes com sinal trocado: 
𝑆𝑬𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 
Lançamentos
Crédito: recebimentos por residentes (entram recursos no país)
Débito: pagamentos a não residentes (saem recursos do país)
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Conta Capital 
A Conta Capital registra as transferências de ativos reais, financeiros e intangíveis entre residentes e não residentes. 
 
Note a principal diferença entre transações registradas na conta capital e na conta corrente (balança de 
renda primária): 
 
Conta Financeira 
A Conta Financeira registra os fluxos de investimentos entre residentes e não residentes. 
A conta financeira se divide em cinco contas: 
 
Um saldo positivo em transações correntes indica que o país exporta capitais para o resto do mundo
(poupança externa negativa), ou seja, parte da poupança interna financia gastos de investimento no
exterior.
Um déficit em transações correntes indica uma poupança externa positiva (poupança do resto do mundo
financiando investimentos internos), isto é, o país importa capitais em quantia equivalente ao déficit em
transações correntes.
Conta Capital
Transferências de capital
Incluem ativos reais e
financeiros.
Transferências de bens não 
financeiros não produzidos
Incluem cessão de patentes
e direitos autorais, receitas
e despesas relacionadas
com passes de atletas.
Conta Capital
Transferências envolvem direitos de
propriedade sobre ATIVOS.
Conta Corrente
Transferências envolvem direitos de
propriedade sobre RENDA.
Conta financeira
Investimento direto, 
Investimento em carteira, 
Derivativos,
Outros investimentos;
Ativos de reserva.
𝑇𝐶 > 0 
𝑆𝐸𝑥𝑡 < 0 
𝑇𝐶 < 0 
𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 
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Investimento Direto 
Dentro dos investimentos diretos, são considerados: 
 Abertura de filiais de empresas nacionais no exterior e a abertura de filiais de empresas estrangeiras no país; 
 Empréstimos entre matrizes e filiais; 
 Aquisição do controle de companhias estrangeiras por parte de investidores nacionais, ou de companhias 
nacionais por parte de investidores estrangeiros; 
 Reinvestimento dos lucros obtidos pelo investimento direto no país onde se localiza tal investimento. 
Veja uma diferença entre investimentodireto e o conceito de investimento visto lá em Contas Nacionais: 
 “Cabe ressaltar que, em termos econômicos, o investimento direto não implica necessariamente o 
aumento do estoque de capital, uma vez que a transação pode envolver simplesmente a compra e venda 
de ativos já existentes.” (FEIJÓ, 2017) 
Investimento em Carteira 
Na conta investimentos em carteira estão inseridas receitas e despesas relacionadas com investimentos em 
ações, debêntures e outros títulos de renda fixa ou variável. 
Derivativos 
A conta derivativos engloba “variações de capital associadas a instrumentos financeiros cujo valor depende 
do valor de outros instrumentos financeiros, e sobre o qual não há pagamento de juros nem adiantamento ou 
repagamento de capital” (FEIJÓ, 2017). 
Outros Investimentos 
Aqui entram outros investimentos que não se enquadram nas categorias anteriores: 
 Créditos comerciais: financiamentos de operações de exportação ou de importação de bens e serviços. 
 Empréstimos: inclui também amortizações, desembolsos e refinanciamentos. 
 Moeda e depósitos: disponibilidades monetárias de não residentes no país e de residentes no exterior, como 
moeda em espécie e depósitos bancários, que não se enquadram em ativos de reserva da autoridade 
monetária. 
 Outras operações: todas as operações que não se enquadram nas definições anteriores. 
Ativos De Reserva 
A variação dos ativos de reserva funciona como uma conta de caixa do balanço de pagamentos, na qual são feitas as 
contrapartidas de todas as transações liquidadas em moeda estrangeira. (FEIJÓ, 2017) 
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Os ativos de reserva internacional são organizados em quatro categorias: 
 
 
O BP registra somente as variações de reservas internacionais decorrentes das transações entre residentes 
e não residentes. No entanto, essa não é a única fonte de variações nas reservas internacionais. 
Pode haver variações de reservas oriundas de monetização ou desmonetização de ouro, alocação ou cancelamento de direitos 
especiais de saque e/ou valorizações ou desvalorizações monetárias (e isso NÃO é registrado no BP). 
 Mudança em relação ao BPM5 
Na versão BPM5, a conta Variação das Reservas Internacionais estava inserida no saldo da conta Capitais 
Compensatórios. Agora, no BPM6, a conta ativos de reserva passa a ser contabilizada dentro da conta financeira. 
No BPM5, o saldo da conta Capitais Compensatórios tem o mesmo valor, mas com sinal trocado, que o saldo 
total do BP (isso por causa da técnica das partidas dobradas, que garante que o saldo do sistema como um todo 
seja nulo): 
𝐾𝐶 = −𝐵𝑃 
BPM5
A conta variação das reservas
internacionais fazia parte dos capitais
compensatórios.
BPM6
A conta ativos de reserva faz parte da conta
financeira, garantindo que o saldo total do
sistema seja nulo.
Ativos de 
Reserva
Ouro 
monetário
Ouro em espécie que pode ser diretamente utilizado como
meio de pagamento em transações domésticas ou
internacionais.
Direitos 
especiais de 
saque
Ativos de reserva emitidos pelo FMI, para funcionar como um
substituto do dólar e do ouro em transações internacionais.
Posições de 
reserva no FMI
Ativos que os países membros do FMI transferiram ao FMI, em
moedas ou ativos de reserva internacional.
Outros ativos
Todos os outros ativos de alta liquidez em moeda estrangeira,
de posse da autoridade monetária, que não se enquadram nas
definições anteriores.
≠ 
ATENÇÃO! 
 Os lançamentos na conta ativos de reserva seguem a lógica da contabilidade: 
- Aumentos em ativos de reserva: lançamentos a débito. 
- Reduções em ativos de reserva: lançamentos a crédito. 
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Estrutura Resumida do Balanço de Pagamentos 
A tabela a seguir mostra a estrutura resumida do Balanço de Pagamentos de acordo com a versão BPM6. 
Balanço de Pagamentos (BPM6) 
I) Transações Correntes ou Conta Corrente: 
TC = Balança Comercial + Balança de Serviços + Renda Primária + Renda Secundária 
I.A. Balança Comercial 
Exportação de Mercadorias 
Importação de Mercadorias 
I.B. Balança de Serviços 
Serviços de manufatura 
Serviços de manutenção e reparo 
Transportes 
Viagens 
Construção 
Seguros 
Serviços financeiros 
Serviços de propriedade intelectual (royalties) 
Telecomunicação, computação e informações 
Aluguel de equipamento 
Outros serviços de negócio 
Serviços culturais, pessoais e recreativos 
Serviços governamentais 
I.C. Renda primária 
Remuneração de trabalhadores 
Renda de investimento (Investimento direto (Lucros e dividendos, Juros), Investimento em carteira, Outros 
investimentos, Ativos de reserva) 
I.D. Renda secundária 
II. Conta capital 
III. Conta financeira 
Investimento direto no exterior (Participação no capital e cotas em fundos, Dívida intercompanhia) 
Investimento direto no país (Participação no capital e cotas em fundos, Dívida intercompanhia) 
Investimento em carteira - Ativos (Ações e cotas em fundos, Títulos de renda fixa) 
Investimento em carteira - Passivos (Ações e cotas em fundos, Títulos de renda fixa) 
Derivativos – Ativos 
Derivativos - Passivos 
Outros investimentos - Ativos (Moedas e depósitos, Empréstimos, Créditos comerciais e adiantamentos, Amortizações, 
Demais) 
Outros investimentos - Passivos (Moedas e depósitos, Empréstimos, Créditos comerciais e adiantamentos, 
Amortizações, Demais) 
Ativos de reserva 
IV) Erros e Omissões 
Fonte: Nota metodológica 1 do Banco Central do Brasil. https://www.bcb.gov.br/ftp/infecon/nm1bpm6p.pdf. Acesso em 
20 de dezembro de 2020. 
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Exemplos de Lançamentos Contábeis 
Ao fazermos os lançamentos contábeis no BP utilizamos o método das partidas dobradas (um lançamento 
a crédito está associado a um a débito de mesmo valor e vice-versa). 
Assim, conforme vimos anteriormente, o sistema total estará sempre zerado. 
Para que esse saldo total seja nulo, a conta de ativos de reserva tem um papel fundamental. 
“A Conta de Ativos de Reserva ganha importância exatamente neste quesito, uma vez que transações 
entre residentes e não residente saldadas via remessas de recursos têm como contrapartida um 
lançamento, a débito ou a crédito, na Conta de Ativos de Reserva.” (FEIJÓ, 2017) 
Nesse tópico você vai ver uma série de exemplos de lançamentos contábeis, retirados de Feijó (2017), para 
você praticar e se garantir na hora da prova . 
 Exportação de bens no valor de $ 100, com remessa integral de moeda estrangeira para o exportador, 
que por sua vez internaliza os recursos no país. 
 
 Importação de $ 230, sendo $ 130 pago em dinheiro e $ 100 financiado pelo produtor da mercadoria 
importada. 
 
 Doação de medicamentos para o exterior no valor de $ 50. 
 
Crédito
- A exportação de bens gera entrada de divisas
no país, logo teremos um crédito de $100 na
conta exportações (balança comercial - conta
corrente).
Débito
- Como o exportador recebeu o pagamento em
dinheiro, teremos um débito de $100 indicando
um aumento nos ativos de reserva (conta
financeira).
Crédito
- O pagamento em dinheiro gera uma redução
em ativos de reserva (reduz a crédito): crédito
de $130 em (conta financeira).
- O financiamento da mercadoria importada é
lançado como crédito de $100 em outros
investimentos, subconta crédito comercial
(conta financeira).
Débito
- A importação de bens gera uma saída de
divisas do país, ocasionando um débito de $230
na conta importações (balança comercial -
conta corrente).
Crédito
- Como foi uma doação de mercadorias para o
exterior (saíram produtos do país), teremos um
crédito de $ 50 em exportações (balança
comercial - conta corrente).
Débito
- A doação enviada para o exterior representa
umasaída de divisas do país, de modo que seja
feito um lançamento a débito de $ 50 em
rendas secundárias (conta-corrente).
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 Despesa total de $ 70 por parte de turistas brasileiros em viagens internacionais, sendo $ 30 referentes 
a passagens compradas em companhias aéreas estrangeiras, e $ 40 de gastos com hotéis e compras no 
exterior. 
 
 Pagamento de $ 400 em dividendos para não residentes, sendo $ 130 reinvestidos no Brasil. 
 
 Transferências de $ 35 de trabalhadores brasileiros no exterior para suas famílias no Brasil. 
 
Bora fazer uma questão de prova para consolidarmos o que acabamos de aprender! 
ANPEC – 2022 – Questão 1 
No Balanço de Pagamentos de um país, no ano t, foram contabilizadas as seguintes operações: 
a) Uma empresa estrangeira realizou um investimento direto em uma subsidiária no país, em forma de máquinas 
e equipamentos, no valor de $10 bilhões. 
b) O país exportou alimentos no valor de $20 bilhões. 
c) Organizações Não Governamentais do país receberam donativos, em mercadorias, no valor de $1 bilhão. 
d) Subsidiárias nacionais no exterior enviaram lucros para suas matrizes no país no valor de $15 bilhões. 
e) O país importou petróleo no valor de $10 bilhões. 
f) Houve uma saída líquida de capitais para investimentos em carteira no valor de $25 bilhões. 
Crédito
- Essa transação causa uma diminuição nos
ativos de reserva (conta financeira). Como os
ativos de reserva diminuem a crédito, teremos
um crédito de $70 nessa conta.
Débito
- Despesa com passagens gera um débito de
$30 em transportes (balança de serviços -
conta corrente).
- Despesa com hotéis e compras no exterior
dão origem a um débito de $40 em viagens
(balança de serviços - conta corrente).
Crédito
- Essa transação causa uma diminuição nos
ativos de reserva (conta financeira). Como os
ativos de reserva diminuem a crédito, teremos
um crédito de $270 nessa conta.
- A parte que é reinvestida no Brasil dá origem
a um crédito de $ 130 em investimento direto
(conta financeira).
Débito
- O pagamento dos dividendos para não
residentes gera um débito de $400 em rendas
primárias (conta corrente).
Crédito
- O recebimento dessas transferências
configura uma entrada de divisas no país. Ou
seja, há um crédito de $35 em rendas primárias,
em transferências pessoais (conta corrente).
Débito
- Essa transação causa um aumento nos ativos
de reserva (conta financeira). Como os ativos
de reserva aumentam a débito, teremos um
débito de $35 nessa conta.
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Com base nas informações acima, avalie as seguintes afirmativas como verdadeiras ou falsas: 
(0) Os donativos recebidos tiveram um impacto positivo sobre o saldo em transações correntes no valor de $1 
bilhão. 
(1) O investimento direto realizado pela empresa estrangeira teve um impacto negativo sobre o saldo em 
transações correntes no valor de $10 bilhões. 
(2) O país teve um superávit na balança comercial. 
(3) O PIB foi maior do que o PNB. 
(4) Não houve variação nas reservas internacionais. 
RESOLUÇÃO: 
Antes de respondermos cada item, vamos fazer os lançamentos contábeis referentes a cada operação. 
a) Uma empresa estrangeira realizou um investimento direto em uma subsidiária no país, em forma de máquinas 
e equipamentos, no valor de $10 bilhões. 
 
b) O país exportou alimentos no valor de $20 bilhões. 
 
c) Organizações Não Governamentais do país receberam donativos, em mercadorias, no valor de $1 bilhão. 
 
d) Subsidiárias nacionais no exterior enviaram lucros para suas matrizes no país no valor de $15 bilhões. 
 
Crédito
- Quando a empresa estrangeira realiza um
investimento direto na subsidiária no país,
temos um crédito de $10 bilhões na conta
investimento direto (conta financeira).
Débito
- Como o investimento foi realizado na forma
de máquinas e equipamentos (esses itens
entraram no país), temos um débito na conta
importações no valor de $10 bilhões (balança
comercial - conta corrente).
Crédito
- Quando o país exporta alimentos, há uma
entrada de divisas. Portanto, teremos um
crédito de $20 bilhões na conta exportações
(balança comercial - conta corrente).
Débito
- Essa entrada de divisas provoca um aumento
nos ativos de reserva. Como essa conta
aumenta a débito, teremos um débito de $20
bilhões na conta ativos de reserva (conta
financeira).
Crédito
- O recebimento de donativos configura uma
entrada de divisas no país, de tal forma que seja
lançado um crédito de $1 bilhão em rendas
secundárias (conta corrente).
Débito
- Como a doação foi realizada em mercadorias
(esses itens entraram no país), temos um débito
na conta importações no valor de $1 bilhão
(balança comercial - conta corrente).
Crédito
- O recebimento dos lucros pelas matrizes no
país gera uma entrada de divisas, sendo
lançado um crédito no valor de $15 bilhões em
renda primária (conta corrente).
Débito
- Essa entrada de divisas provoca um aumento
nos ativos de reserva. Como essa conta
aumenta a débito, teremos um débito de $15
bilhões na conta ativos de reserva (conta
financeira).
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e) O país importou petróleo no valor de $10 bilhões. 
 
f) Houve uma saída líquida de capitais para investimentos em carteira no valor de $25 bilhões. 
 
A seguir, veja a estrutura resumida do BP com base nessas transações realizadas. 
 
Crédito
- A saída de divisas para pagamento da
importação provoca uma queda nos ativos de
reserva. Como essa conta diminui a crédito,
teremos um crédito de $10 bilhões na conta
ativos de reserva (conta financeira).
Débito
- A importação de petróleo origina uma saída
de divisas do país. Logo, temos um débito na
conta importações no valor de $10 bilhões
(balança comercial - conta corrente).
Crédito
- A saída de divisas provoca uma queda nos
ativos de reserva. Como essa conta diminui a
crédito, teremos um crédito de $25 bilhões na
conta ativos de reserva (conta financeira).
Débito
- A saída líquida de capitais para investimentos
em carteira é registrada como um débito na
conta investimento em carteira no valor de $25
bilhões (conta financeira).
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(0) Os donativos (transação c) foram recebidos sob a forma de mercadorias, configurando um débito de $1 bilhão 
nas importações (conta corrente). 
Logo, os donativos recebidos tiveram um impacto NEGATIVO sobre o saldo em transações correntes no valor de 
$1 bilhão. 
Resposta: FALSO 
(1) O investimento direto realizado pela empresa estrangeira (transação a) foi realizado sob a forma de máquinas 
e equipamentos, dando origem a um débito em importações no valor de $10 bilhões (conta corrente). 
De fato houve um impacto negativo sobre o saldo em transações correntes no valor de $10 bilhões. 
Resposta: VERDADEIRO 
(2) O saldo da balança comercial é dado pela soma dos saldos das contas de exportação (crédito de $20 bilhões) e 
de importação (débito de $21 bilhões). Logo, o saldo da balança comercial é um débito de $1 bilhão. 
Consequentemente, o país teve um DÉFICIT na balança comercial. 
Resposta: FALSO 
(3) Em primeiro lugar, relembre os conceitos de PIB e PNB que vimos em contas nacionais. 
 - O PIB engloba a produção de bens e serviços finais realizada dentro das fronteiras de determinado território, 
independentemente da origem do capital. 
 - O Produto Nacional Bruto (PNB) diz respeito ao valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade 
de residentes, não importando se estão dentro ou fora do território. 
Para partir do conceito interno e chegarmos no conceito nacional, devemos somar as rendaslíquidas recebidas do 
exterior, 𝑅𝐿𝑅𝐸 (que são as rendas recebidas menos as rendas enviadas). Algebricamente, a relação é expressa da 
seguinte forma: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 + 𝑅𝐿𝑅𝐸 
Com base nas transações realizadas, o saldo agregado de rendas primárias e rendas secundárias é um crédito no 
valor de $16 bilhões. Ou seja, há uma entrada líquida de rendas recebidas do exterior, 𝑅𝐿𝑅𝐸 > 0. 
Assim, o PNB é maior que o PIB (oposto ao que o item afirma). 
Resposta: FALSO 
(4) Os lançamentos contábeis feitos na conta ativos de reserva totalizaram um crédito de $35 bilhões e um débito 
no mesmo valor. Isso dá um saldo nulo para a referida conta, de forma que não houve variação nas reservas 
internacionais. 
Resposta: VERDADEIRO 
Ajuste do Balanço de Pagamentos 
De um modo geral, é muito raro o Balanço de Pagamentos de um país se equilibrar (a não ser em um regime 
de taxas de câmbio puramente flutuantes). Não há problemas em sucessivos superávits, ao passo que os déficits 
só podem ocorrer se o país tiver reservas internacionais ou outros capitais compensatórios que os financiem. 
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Simonsen e Cysne (2009) destacam algumas medidas a serem adotadas no intuito de corrigir déficits permanentes 
no BP: 
i) desvalorizações reais da taxa de câmbio; 
ii) redução do nível de atividade econômica; 
iii) restrições tarifárias ou quantitativas às importações; 
iv) subsídios às exportações; 
v) aumento da taxa interna de juros; 
vi) controle da saída de capitais e de rendimentos para o exterior. 
As quatro primeiras medidas visam corrigir o problema do déficit em transações correntes. Uma 
desvalorização da taxa de câmbio faz com que a produção interna fique mais barata em comparação ao resto do 
mundo, dessa forma favorece as exportações em detrimento das importações. A redução do nível de atividade 
econômica também contribui para uma diminuição das importações (dado que diminui a renda da economia). Por 
sua vez, “as duas últimas medidas procuram melhorar o balanço de pagamentos ou atraindo ou evitando a fuga 
de capitais autônomos. Elas são mais eficazes a curto do que a longo prazo” (SIMONSEN & CYSNE, 2009). 
 
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Posição Internacional de Investimentos (PII) 
Vamos ver nessa parte da aula outro importante balanço contábil, que também faz parte do conjunto de 
contas externas de determinado país. 
A Posição Internacional de Investimento (PII) é definida como o demonstrativo estatístico que apresenta, em 
determinado momento, o valor dos ativos financeiros de residentes de uma economia, que compõem direitos contra 
não residentes, e os passivos de residentes de uma economia, que constituem obrigações junto a não residentes. 
 
A PII apresenta os estoques de ativos e de passivos externos de uma determinada economia, e a diferença 
entre eles é o valor líquido da PII e pode representar tanto um direito líquido quanto uma obrigação líquida com o 
resto do mundo. 
A Posição Internacional de Investimentos Líquida (PIIL), também denominada Ativos Externos 
Líquidos (AEL), corresponde ao estoque de ativos financeiros externos (são ativos financeiros emitidos por 
não residentes e em poder de residentes em determinada economia) menos o estoque de passivos financeiros 
externos. 
O simétrico (com sinal trocado) da PIIL é chamado de Passivo Externo Líquido (PEL), e indica o estoque de 
passivos financeiros externos menos o estoque de ativos financeiros externos (excedente econômico do resto do 
mundo em posse dos residentes). Algebricamente: 
𝑃𝐸𝐿 = −𝑃𝐼𝐼𝐿 
Nos países em desenvolvimento, a maior parte do passivo externo líquido corresponde à sua dívida externa líquida, que é a 
dívida bruta menos as reservas. 
A variação do Passivo Externo Líquido durante um certo período de tempo pode ser aproximada pelo déficit 
do balanço de Transações Correntes ocorrido no período: 
Δ𝑃𝐸𝐿 = −𝑇𝐶 
“O saldo do balanço de pagamentos em conta-corrente é geralmente associado à variação da posição 
internacional de investimento, uma vez que um superávit em conta-corrente significa que um país está 
acumulando ativos externos e/ou reduzindo o seu passivo externo. No mesmo sentido, um déficit em conta-
corrente significa que o país está reduzindo seus ativos externos ou aumentando seu passivo externo. (...) 
o saldo em conta-corrente é apenas um dos determinantes da variação da posição internacional de 
investimento da economia. Mesmo que o saldo em conta-corrente seja zero, a posição internacional de 
investimento pode variar devido a ganhos ou perdas de capital.” (FEIJÓ, 2017) 
Balanço de Pagamentos
- Contabiliza fluxos.
- São efetuados apenas lançamentos que
refletem alguma transação entre
residentes e não residentes.
Posição Internacional de Investimento
- Contabiliza estoques.
- Também são consideradas variações nos
preços de ativos e passivos.
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Uma vez que a poupança externa corresponde ao déficit do balanço em Transações Correntes, temos: 
Δ𝑃𝐸𝐿 = −𝑇𝐶 = 𝑆𝑒𝑥𝑡 
De maneira simétrica, a variação nos ativos externos líquidos é aproximada pelo saldo em transações 
correntes: 
Δ𝐴𝐸𝐿 = 𝑇𝐶 
No BPM6, a PII concilia os estoques de abertura e fechamento de ativos e passivos em cada período com os 
fluxos da conta financeira (transações do BP) e outras variações (cambial, de preços e outras variações de volume). 
A seguir vemos um exemplo de demonstrativo integrado da PII. 
US$ milhões 
 Estoque 
em 2012 
Transações (conta 
financeira do BP) 
Variações de 
preço e paridades 
Demais 
variações 
Estoque 
em 2013 
Posição Internacional de Investimento 
Ativos 
Investimento direto no exterior 
Investimento em carteira 
Derivativos 
Outros investimentos 
Ativos de reserva 
 
Passivos 
Investimento direto no país 
Investimento em carteira 
Derivativos 
Outros investimentos 
 
Fonte: Nota metodológica 1 do BCB. 
www.bcb.gov.br/content/estatisticas/Documents/notas_metodologicas/balanco_pagamentos/bpm6/nm1bpm6p.pdf. 
Acesso em 20 de dezembro de 2020. 
Chegamos ao fim da parte teórica da nossa aula de hoje ! Chegou a hora de treinar resolvendo questões 
de provas passadas da Anpec. Mãos à obra!!! 
 
 
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Lista de questões 
1. ANPEC – 2004 – Questão 2 
Com base nos princípios da contabilidade nacional, julgue as afirmativas: 
(0) Em uma economia aberta, a absorção coincidirá com o produto, independente do sinal do saldo comercial do 
país. 
(1) A poupança bruta, em uma economia fechada e sem governo, é idêntica à soma da formação bruta de capital 
fixo mais a variação de estoques. 
(2) Em uma economia aberta e sem governo, são registradas como importações apenas as aquisições de bens e 
serviços que não correspondam ao pagamento de fatores de produção. Este último é computado no cálculo da 
renda líquida enviada ao exterior. 
(3) O total dos créditos da conta de produção, em uma economia aberta e com governo, é a soma do consumo 
total, investimento bruto e importações. Portanto, o total dos créditos representa a soma da despesa interna bruta 
mais exportações. 
(4) Na apuração da renda nacional, são incluídos os ganhos auferidos na revenda de ações de empresas e na 
especulação imobiliária. 
2. ANPEC – 2005 – Questão 1 
Sobre contas nacionais, avalie as proposições: 
(0) Quando crescem as remessas de juros ao exterior, aumenta-se o déficit na conta de capitais, ceteris paribus. 
(1) Quando em um país operam um grande número de empresas estrangeiras, ao mesmo tempo em que poucas 
empresas e residentes deste paísoperam em outras economias, o PIB será maior que o PNB. 
(3) A variação do PIB real será sempre igual ou menor que sua variação nominal. 
(4) A soma das remunerações dos fatores de produção é igual à soma dos gastos em bens e serviços finais 
produzidos internamente. 
3. ANPEC – 2005 – Questão 2 
Com base nas identidades das contas nacionais, avalie as proposições que se seguem, para uma economia aberta: 
(0) Um aumento do déficit público leva a igual elevação do déficit externo. 
(1) Se a poupança externa for igual ao déficit público, a poupança do setor privado será idêntica ao investimento. 
(2) A conta de capitais será negativa quando a poupança doméstica for menor que o investimento. 
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(3) Um déficit do balanço de pagamentos pode ser financiado com a perda de reservas, cujo lançamento contábil 
terá sinal negativo. 
(4) A igualdade entre poupança e investimento é equivalente ao equilíbrio do mercado de bens. 
4. ANPEC – 2006 – Questão 1 
Sobre as contas nacionais, avalie as proposições: 
(0) A remessa de dinheiro de brasileiros que residem no exterior a familiares no Brasil aumenta a Renda Nacional 
Bruta. 
(1) O PIB corresponde ao valor adicionado de todos os bens e serviços produzidos em um país, sendo que, por valor 
adicionado, entende-se o valor da produção mais o consumo dos bens intermediários. 
(2) Em geral, países com alto grau de endividamento externo têm, ceteris paribus, o PIB maior que o PNB. 
(3) Havendo equilíbrio nas contas do governo, um déficit em transações correntes do balanço de pagamentos 
implica um excesso de investimentos. 
(4) O deflator implícito do PIB corresponde à razão entre o PIB nominal e o PIB real. 
5. ANPEC – 2006 – Questão 2 
Avalie as proposições: 
(0) O balanço de pagamentos registra as transferências, os pagamentos internacionais e o comércio de bens e 
serviços entre um país e o resto do mundo. 
(3) Numa economia aberta, o Produto Nacional Bruto é determinado pelos gastos em produtos domésticos 
efetuados por residentes e não residentes do país. 
(4) O acúmulo de estoques indesejados é contabilizado como investimento nas contas nacionais. 
6. ANPEC – 2007 – Questão 13 
De acordo com o sistema de contas nacionais, calcule o consumo final do governo com base nas seguintes 
informações: 
Descrição Valores em R$ 
Formação bruta de capital fixo 40 
Transferências do governo 15 
Déficit em transações correntes 10 
Subsídios 25 
Impostos diretos 20 
Impostos indiretos 50 
Poupança do setor privado 20 
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Variação dos estoques 10 
Outras receitas líquidas do governo 60 
7. ANPEC – 2008 – Questão 2 
Julgue as afirmativas. 
(0) Um bem é produzido em 2000 e vendido em 2001. Este bem contribui para o PIB de 2000, não para o PIB de 
2001. 
8. ANPEC – 2008 – Questão 11 
Uma economia é constituída por uma única empresa, cujos proprietários são não residentes no país: uma fábrica 
de automóveis. Em 2007, a produção da fábrica foi de $ 100, dos quais $ 60 referem-se a vendas a consumidores 
residentes no país e $ 40 a não residentes. A fábrica gasta $ 30 em aço importado e paga $ 60 em salários a 
residentes no país. Os lucros são integralmente remetidos aos proprietários da empresa, no exterior. Calcule o 
saldo em transações correntes dessa economia no ano 2007. 
9. ANPEC – 2009 – Questão 1 
Considere os seguintes dados para uma economia, expressos em unidades monetárias: 
Descrição Valores em R$ 
Produto nacional líquido 1.700 
Exportações de bens e serviços não fatores 300 
Importações de bens e serviços não fatores 400 
Impostos diretos 350 
Impostos indiretos 400 
Depreciação 250 
Subsídios 60 
Investimento do governo 80 
Transferências unilaterais correntes 0 
Saldo do balanço de pagamentos em conta-corrente –50 
Indique se as afirmações são falsas ou verdadeiras: 
(0) A renda nacional é de 1.350. 
(1) A renda líquida enviada ao exterior é igual a 50. 
(2) O PIB é igual a 1.900. 
(3) A poupança interna é menor do que o investimento. 
(4) A absorção interna é igual a 2.000. 
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10. ANPEC – 2010 – Questão 1 
Julgue as seguintes afirmativas. 
(0) Certo país mantém o saldo em transações correntes sempre igual a zero. Entre os anos 1 e 2, os gastos de 
consumo e investimento do governo aumentaram, enquanto os gastos privados de consumo e investimento se 
mantiveram constantes. Logo, podemos concluir que o PIB necessariamente aumentou. 
(1) Entre os anos 1 e 2, a poupança do setor privado se manteve constante e a poupança do governo diminuiu, mas 
o investimento bruto aumentou. Logo, podemos concluir que o saldo em transações correntes necessariamente 
diminuiu. 
(2) O pagamento de maiores salários aos servidores públicos e o aumento das transferências de assistência social, 
como o Bolsa-Família, têm impacto semelhante sobre o consumo do governo, nas contas nacionais. 
(3) O PIB, a preços correntes, foi de $ 200 no ano 1 e de $246 no ano 2; a preços do ano anterior, o PIB do ano 2 foi 
de $ 205. Logo, conclui-se que a variação do deflator do PIB, entre os anos 1 e 2, foi de 23%. 
(4) No caso de uma economia aberta e sem governo, a diferença entre o Produto Interno Bruto e a renda nacional 
líquida é a renda líquida enviada para o exterior mais depreciações. 
11. ANPEC – 2010 – Questão 3 
Julgue as seguintes afirmações: 
Considere as informações contidas na tabela a seguir, sobre um país hipotético, para os anos de 2006 a 2008. 
Assuma que sejam produzidos apenas 2 bens finais, chamados X e Y. O preço de cada bem é expresso em unidades 
monetárias ($). A unidade de medida de cada variável está entre parênteses. Com base nas informações da tabela, 
julgue as afirmativas a seguir: 
Ano População 
(habitantes) 
Bem Final Quantidade 
(unidades) 
Preço ($) 
2006 100 X 5 10.000,00 
Y 10 20.000,00 
2007 125 X 10 5.000,00 
Y 20 10.000,00 
2008 150 X 15 4.000,00 
Y 15 10.000,00 
Observação: Para o cálculo do PIB real, não utilize encadeamento. 
(0) Houve uma redução de 10% no PIB real, a preços de 2006, entre os anos de 2007 e 2008. 
(1) O PIB real para o ano de 2008, a preços de 2006, é igual a $210.000,00. 
(2) O PIB real per capita, a preços de 2006, cresceu 40%, entre os anos de 2006 e 2007. 
(3) O deflator do PIB, a preços de 2006, sofreu uma queda de 50%, entre 2006 e 2007. 
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(4) A taxa de crescimento anual do PIB real per capita independe da escolha do ano-base para os preços. 
12. ANPEC – 2011 – Questão 1 
No ano de 2009, um país hipotético apresentou os seguintes dados em suas contas nacionais (em unidades 
monetárias): 
Produto interno líquido a custo de fatores 3.500 
Formação bruta de capital fixo (do setor privado) 600 
Variação de estoques (do setor privado) 50 
Impostos diretos 350 
Impostos indiretos 150 
Outras receitas correntes do governo (líquidas) 50 
Consumo do governo 350 
Subsídios 100 
Transferências 150 
Depreciação 150 
Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes 200 
Com base nessas informações, julgue as seguintes afirmativas: 
(0) O PIB a preços de mercado é igual a 3.900. 
(1) Considerando que o déficit publico é igual a 150, então o investimento publico é de 200. 
(2) A poupança do setor privado é igual a 600. 
(3) O investimento total líquido é de 500. 
(4) O país em questão absorve poupança externa em 2009. 
13. ANPEC – 2013 – Questão 6 
Classifique as afirmativas abaixo como Verdadeiras (V) ou Falsas (F): 
(0) Em uma economia aberta, podemos afirmar que o aumento do gasto governamental implica reduçãoequivalente no saldo em transações correntes. 
(1) Em uma economia aberta, se o investimento é superior à poupança doméstica, o saldo total do balanço de 
pagamentos é necessariamente negativo. 
(2) O deflator implícito de preços do PIB mede o preço da produção corrente relativo ao preço desta mesma 
produção no ano-base. 
(3) O PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços produzidos dentro de uma economia, em determinado 
período. 
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(4) Os exportadores de um país são beneficiados quando a moeda do seu país aprecia-se em termos reais, em 
relação às moedas estrangeiras. 
14. ANPEC – 2014 – Questão 1 
Classifique as afirmativas como Verdadeiras (V) ou Falsas (F): 
(0) Países com a renda líquida enviada ao exterior negativa possuem um PNB maior do que o PIB. 
(1) Por não pagarem aluguel, a habitação de pessoas que habitam em casa própria não é computada no cálculo do 
PIB brasileiro. 
(2) A renda nacional de um país é calculada subtraindo-se a depreciação e os impostos indiretos do Produto Interno 
Bruto. 
(3) Um país tem uma balança comercial superavitária em US$ 50 bilhões, um déficit na conta Rendas em US$ 10 
bilhões e um déficit de serviços em US$ 25 bilhões. Dado que o superávit em conta-corrente é de US$ 10 bilhões, 
podemos concluir que o valor das transferências unilaterais será deficitário em US$ 5 bilhões. 
(4) O deflator implícito da renda reflete a variação do custo de aquisição de uma cesta fixa de bens e serviços. 
15. ANPEC – 2015 – Questão 9 
Classifique as afirmativas como Verdadeiras (V) ou Falsas (F): 
(0) Se numa economia o investimento é superior à poupança doméstica, o saldo das transações correntes do 
balanço de pagamentos é negativo. 
(1) Quando as pessoas habitam em casa própria, a habitação não é computada no cálculo do PIB. 
(3) A cesta de bens incluída no deflator implícito da renda muda de ano em ano dependendo daquilo que estiver 
sendo produzido na economia. 
(4) O deflator implícito da renda mede os preços de um grupo menor de bens do que o índice de preços ao 
consumidor. 
16. ANPEC – 2016 – Questão 1 
Um país realizou, em determinado ano t, as seguintes transações com o exterior, com todos os pagamentos sendo 
feitos em US$ milhões e à vista: 
a) Exportações: 800; 
b) Importações: 600; 
c) Fretes pagos ao exterior: 250; 
d) Investimento estrangeiro direto recebido do exterior em equipamentos: 100; 
e) Donativos recebidos em mercadorias: 20; 
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f) Empréstimos recebidos de bancos estrangeiros: 300; 
g) Amortizações de empréstimos pagos a bancos estrangeiros: 80; 
h) Juros pagos ao exterior: 70. 
Com base nas informações acima, classifique as afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F) para o ano t: 
(0) O superávit da balança comercial foi de US$ 200 milhões; 
(1) O país teve um déficit na conta de transações correntes do balanço de pagamentos de US$ 200 milhões; 
(2) A renda líquida enviada ao exterior foi de US$ 50 milhões; 
(3) O saldo da conta financeira do balanço de pagamentos foi superavitário em US$ 320 bilhões; 
(4) As reservas internacionais aumentaram em US$ 100 milhões. 
17. ANPEC – 2017 – Questão 1 
Classifique as seguintes afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F): 
(0) Em uma economia fechada, o PIB coincide com o PNB. 
(1) O deflator implícito do PIB corresponde à razão entre o PNB e o PIB. 
(2) A remessa de dinheiro de brasileiros residentes no exterior a familiares no Brasil não altera a Renda Nacional 
Bruta. 
(3) Um bem que foi produzido no ano t e vendido no ano t+1 é computado no PIB do ano t e não entra no cálculo 
do PIB do ano t+1. 
(4) Supondo que o orçamento do governo esteja equilibrado, um excesso de investimentos em relação à poupança 
privada implica um déficit em transações correntes do balanço de pagamentos. 
18. ANPEC – 2017 – Questão 2 
Avalie as assertivas abaixo: 
(0) No sistema de contas nacionais, a formação de estoques não afeta a renda. 
(1) Se, em 2014, foram vendidas 120 unidades de um bem A a R$ 30,00 cada e 60 unidades de um bem B a R$ 15,00 
cada, e, em 2015, foram vendidas 120 unidades de A a R$ 35,00 cada e 80 unidades de B a R$ 15,00 cada, então, 
tomando-se apenas esses dois bens, o índice de preços de Paasche em 2015 (2014 como base) foi de 1,125. 
(2) Se a relação entre o preço dos bens finais importados e o preço dos bens finais produzidos no país aumenta, a 
relação entre o deflator do PIB e o índice de preços ao consumidor também aumenta. 
(3) Se, em determinado ano, foi registrado um déficit de US$ 800 bilhões nas transações correntes dos EUA, as 
reservas internacionais mantidas por seu Banco Central caíram em US$ 5 bilhões e os Bancos Centrais do resto do 
mundo compraram US$ 440 bilhões para serem adicionados às suas próprias reservas, então o saldo de US$ 435 
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bilhões foi a medida da contribuição de todos os Bancos Centrais para cobrir o déficit em transações correntes dos 
EUA naquele ano. 
(4) Quando uma cafeteria localizada nos EUA compra um lote de grãos de café do Brasil, registram-se, no balanço 
de pagamentos brasileiro, um crédito nas transações correntes e um débito na conta capital. 
19. ANPEC – 2018 – Questão 1 
Suponha que as seguintes operações foram registradas para a economia brasileira durante o ano t: 
• Uma firma exporta um bem por 300 mil dólares e o pagamento será feito daqui a 90 dias; 
• Um importador compra vinho de uma empresa chilena por 500 mil dólares e o pagamento será feito daqui a 30 
dias; 
• Um investidor local investe 1 milhão de dólares no Paraguai num projeto de exploração de gás natural; 
• Uma firma paga 200 mil dólares a um banco irlandês por serviços financeiros (comissões e juros); 
• O governo efetua uma doação de 300 mil dólares à Bolívia; 
• Um fundo de investimento da Inglaterra investe 500 mil dólares na bolsa de valores brasileira; 
• Um fundo de investimento brasileiro investe 300 mil dólares em bônus internacionais. 
Com base nas informações acima, classifique as seguintes afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F) para o 
ano t: 
(0) O saldo da balança comercial foi deficitário em 200 mil dólares. 
(1) O saldo da conta de transações correntes do balanço de pagamentos foi deficitário em 400 mil dólares. 
(2) O saldo total do balanço de pagamentos foi deficitário em 1,3 milhão de dólares. 
(3) O saldo da conta capital e financeira do balanço de pagamentos foi deficitário em 600 mil dólares. 
(4) As reservas internacionais reduziram 300 mil dólares. 
20. ANPEC – 2019 – Questão 1 
Avalie como verdadeiras ou falsas as seguintes afirmativas: 
(0) O PIB real refere-se à contabilização do valor de mercado, ao preço de um período base, de tudo o que foi 
produzido de bens e serviços finais dentro de um território. 
(1) Os rendimentos pagos aos empregados domésticos não são contabilizados no sistema de Contas Nacionais. 
(2) Se o PIB nominal cresceu 50% e o PIB real cresceu 20%, então o deflator implícito do PIB é de 30%. 
(3) Os estoques indesejados são contabilizados como investimento nas Contas Nacionais. 
(4) Os pagamentos de juros de empréstimos realizados por empresas privadas nacionais junto a instituições 
financeiras estrangeiras fazem parte da conta de transações correntes do balanço de pagamentos. 
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21. ANPEC – 2019 – Questão 1 
Um país realizou durante um ano as seguintes transações com o exterior: 
•Recebimento de doações humanitárias, na forma de alimentos, no valor de 1 bilhão. 
•Importações de mercadorias no valor FOBde 7 bilhões. 
•Pagamento de 13 bilhões em amortizações da dívida externa. 
•Pagamentos de juros da dívida externa no valor de 5 bilhões. 
•Exportações de mercadorias no valor FOB de 15 bilhões. 
•Recebimento de novos empréstimos e financiamento do exterior no valor de 16 bilhões. 
•Pagamentos de fretes internacionais no valor de 3 bilhões. 
Com base nestas informações e supondo a inexistência de erros e omissões, avalie como verdadeiras ou falsas as 
assertivas abaixo: 
(0) O saldo da balança comercial foi superavitário em 8 bilhões. 
(1) O saldo da conta de transações correntes foi zero. 
(2) O PNB foi menor que o PIB. 
(3) Houve uma saída líquida de 2 bilhões pela conta financeira do balanço de pagamentos. 
(4) Houve acumulação líquida de 3 bilhões de reservas internacionais pelo Banco Central. 
22. ANPEC – 2020 – Questão 1 
Com base na sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (BPM6), avalie 
as seguintes afirmativas como verdadeiras ou falsas: 
(0) As variações nas reservas internacionais são contabilizadas na Conta Financeira como Ativos de Reserva. 
(1) Os salários recebidos por trabalhadores residentes, quando trabalham para uma empresa não residente no país, 
são contabilizados na Conta de Serviços. 
(2) As remessas de dinheiro de imigrantes no exterior para seus países de origem são contabilizadas na Conta 
Capital. 
(3) A amortização de um passivo externo é contabilizada na Conta de Rendas Primárias. 
(4) O saldo da Conta Financeira é calculado pela diferença entre a aquisição líquida de Ativos Financeiros e a 
incidência líquida de Passivos Financeiros. 
23. ANPEC – 2020 – Questão 3 
Avalie as seguintes afirmativas: 
(0) Para fins de registro nas Contas Nacionais, o investimento é qualquer gasto em bem ou serviço final que 
aumenta a capacidade da economia de produzir mais no futuro. 
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(1) O Produto Nacional Bruto de um país é a soma de todos os pagamentos a fatores de produção empregados 
dentro de suas fronteiras. 
(2) A diferença entre Produto Interno Bruto e Produto Nacional Bruto de um país deve-se exclusivamente ao 
pagamento de fatores de produção empregados nesse país que são propriedade de não residentes. 
(3) Nas Contas Nacionais, o investimento das famílias em capital humano é contabilizado como gasto de consumo. 
(4) A melhora da qualidade dos produtos enviesa o PIB para cima. 
24. ANPEC – 2020 – Questão 11 
Considere uma economia hipotética fechada que produz e consome apenas três tipos de bens finais: X, Y e Z. 
Segundo a tabela a seguir para o ano-base e o ano corrente, avalie as afirmativas como verdadeiras ou falsas. O 
preço de cada bem é expresso em unidades monetárias ($). 
Ano Bens Quantidade (Unidades) Preço ($) 
Base 
X 3.000 2 
Y 6.000 3 
Z 8.000 4 
Corrente 
X 4.000 3 
Y 14.000 2 
Z 32.000 5 
(0) O PIB real para o ano corrente foi de $ 178.000. 
(1) O PIB real cresceu mais do que 250% entre o ano-base e o ano corrente. 
(2) O deflator do PNB entre o ano-base e o ano corrente foi inferior a 10%. 
(3) A mudança percentual no nível de preços entre o ano-base e o ano corrente medida pelo deflator do PNB foi 
superior à medida por um índice de preços ao consumidor do tipo Laspeyres. 
(4) Os bens Y e Z são complementares. 
25. ANPEC – 2021 – Questão 1 
Avalie as assertivas abaixo: 
(1) Despesas com pagamentos de juros, lucros e dividendos a não residentes elevam o déficit na Conta Financeira 
do Balanço de Pagamentos. 
(2) Em uma economia aberta, o Produto Interno Bruto (PIB) é determinado pelos gastos com bens e serviços 
domésticos realizados apenas por residentes do país. 
(3) Se pensarmos no mundo com apenas dois países, Brasil e Resto do Mundo, um aumento da poupança do Resto 
do Mundo levará a um aumento no déficit comercial brasileiro. 
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26. ANPEC – 2021 – Questão 10 
Assinale como verdadeiras ou falsas as assertivas abaixo: 
(0) Se uma firma localizada no Brasil é de propriedade de residentes na China, a remuneração de tais residentes 
por conta dessa propriedade não entra no cômputo do PIB do Brasil. 
(1) Se uma firma localizada no Brasil é de propriedade de residentes na China, a remuneração de tais residentes 
por conta dessa propriedade não entra no cômputo do PNB da China. 
(4) Por definição, a Renda Nacional deve ser igual ao Produto Nacional Líquido a Custo de Fatores. 
27. ANPEC – 2021 – Questão 12 
Com base nas seguintes informações do Sistema de Contas Nacionais, calcule a poupança do setor privado: 
Transações....................................................Valores em R$ 
Consumo do governo .....................................................100 
Transferências do governo................................................20 
Subsídios do governo .......................................................20 
Impostos diretos ................................................................30 
Impostos indiretos .............................................................40 
Déficit em transações correntes ........................................10 
Formação Bruta de Capital Fixo ........................................30 
Variação de estoques ........................................................20 
Outras receitas líquidas do governo ..................................60 
28. ANPEC – 2022 – Questão 1 
No Balanço de Pagamentos de um país, no ano t, foram contabilizadas as seguintes operações: 
a) Uma empresa estrangeira realizou um investimento direto em uma subsidiária no país, em forma de máquinas 
e equipamentos, no valor de $10 bilhões. 
b) O país exportou alimentos no valor de $20 bilhões. 
c) Organizações Não Governamentais do país receberam donativos, em mercadorias, no valor de $1 bilhão. 
d) Subsidiárias nacionais no exterior enviaram lucros para suas matrizes no país no valor de $15 bilhões. 
e) O país importou petróleo no valor de $10 bilhões. 
f) Houve uma saída líquida de capitais para investimentos em carteira no valor de $25 bilhões. 
Com base nas informações acima, avalie as seguintes afirmativas como verdadeiras ou falsas: 
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(0) Os donativos recebidos tiveram um impacto positivo sobre o saldo em transações correntes no valor de $1 
bilhão. 
(1) O investimento direto realizado pela empresa estrangeira teve um impacto negativo sobre o saldo em 
transações correntes no valor de $10 bilhões. 
(2) O país teve um superávit na balança comercial. 
(3) O PIB foi maior do que o PNB. 
(4) Não houve variação nas reservas internacionais. 
29. ANPEC – 2022 – Questão 12 
Assinale como verdadeiras ou falsas as seguintes assertivas com base nas informações contidas na tabela abaixo, 
sobre um país hipotético, para os anos de 2018 a 2020. Assuma que sejam produzidos apenas os bens finais A e B. 
A unidade de medida de cada variável está entre parêntesis. 
Ano População 
(habitantes) 
Bem final Quantidade 
(unidades) 
Preço ($) 
2018 100 A 
B 
5 
10 
5.000 
10.000 
2019 125 A 
B 
10 
20 
10.000 
5.000 
2020 150 A 
B 
15 
15 
10.000 
5.000 
(0) O PIB nominal per capita em 2020 foi de $1.500. 
(1) O PIB real contraiu 10% entre os anos de 2019 e 2020, a preços de 2018. 
(2) A taxa de crescimento anual do PIB real depende da escolha do ano-base para os preços. 
(3) O PIB real per capita cresceu 100% entre os anos de 2018 e 2019, a preços de 2018. 
(4) O deflator do PIB foi maior que zero entre os anos de 2019 e 2020. 
 
 
 
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Gabarito 
 
1. FVVFF 
2. FVFF 
3. FVFFV4. VFVVV 
5. VFV 
6. 70 
7. V 
8. 00 
9. FFVVV 
10. FVFFV 
11. VFFVF 
12. FFVFV 
13. FFVFF 
14. VFFVF 
15. VFVF 
16. FFVVV 
17. VFFVV 
18. FVFFF 
19. VFVVF 
20. VFFVV 
21. FVVFV 
22. VFFFV 
23. FFFVF 
24. VFFVF 
25. FFF 
26. FFV 
27. 50 
28. FVFFV 
29. VVVFF 
 
 
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Questões de prova comentadas 
1. ANPEC – 2004 – Questão 2 
Com base nos princípios da contabilidade nacional, julgue as afirmativas: 
(0) Em uma economia aberta, a absorção coincidirá com o produto, independente do sinal do saldo comercial do 
país. 
(1) A poupança bruta, em uma economia fechada e sem governo, é idêntica à soma da formação bruta de capital 
fixo mais a variação de estoques. 
(2) Em uma economia aberta e sem governo, são registradas como importações apenas as aquisições de bens e 
serviços que não correspondam ao pagamento de fatores de produção. Este último é computado no cálculo da 
renda líquida enviada ao exterior. 
(3) O total dos créditos da conta de produção, em uma economia aberta e com governo, é a soma do consumo 
total, investimento bruto e importações. Portanto, o total dos créditos representa a soma da despesa interna bruta 
mais exportações. 
(4) Na apuração da renda nacional, são incluídos os ganhos auferidos na revenda de ações de empresas e na 
especulação imobiliária. 
RESOLUÇÃO: 
(0) A absorção corresponde ao valor dos bens e serviços (produzidos internamente) que são absorvidos pela 
sociedade. Ou seja: 
𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 
A absorção corresponde aos gastos com consumo, com investimento e gastos do governo. 
No caso de uma economia aberta, pela ótica da despesa: 
𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) → 𝑌 = 𝐴 + (𝑋 − 𝑀) → 𝑌 − 𝐴 = 𝑋 − 𝑀 
Em uma economia aberta, a absorção irá coincidir com o produto (𝑌 − 𝐴 = 0) somente quando o saldo comercial 
for nulo (𝑋 − 𝑀 = 0). Lembrando que esse saldo comercial inclui bens e serviços não fatores. 
Resposta: FALSO 
(1) O investimento agregado é dado pela formação bruta de capital fixo e pela acumulação de estoques: 
𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 
Outra coisa que nós sabemos é que a poupança agregada corresponde à soma das poupanças privada, do governo 
e externa: 
𝑆 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Da igualdade entre investimento e poupança: 
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𝐼 = 𝑆 → 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Supondo uma economia fechada (𝑆𝐸𝑥𝑡 = 0) e sem governo (𝑆𝐺𝑜𝑣 = 0): 
𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 = 𝑆𝑃 
Ou seja, a poupança bruta (dada pela poupança privada) é idêntica à soma da formação bruta de capital fixo mais 
a variação de estoques. 
Resposta: VERDADEIRO 
(2) De fato, sob a ótica da despesa, em que temos 𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀), a rubrica importações inclui as 
aquisições de bens e serviços não fatores, ou seja, engloba componentes da balança comercial e da balança de 
serviços do Balanço de Pagamentos. 
A remuneração de fatores de produção entra na balança de rendas primárias (serviços fatores), que faz parte do 
cálculo da renda líquida enviada ao exterior. 
Resposta: VERDADEIRO 
(3) No contexto das Contas Econômicas Integradas, o saldo da conta de produção é dado pelo PIB, que em uma 
economia aberta e com governo é expresso por: 
𝑃𝐼𝐵 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 − 𝑀 → 𝑃𝐼𝐵 + 𝑀 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑋 
Dessa forma, os créditos dessa conta (valores que aumentam seu saldo) são dados pela soma do consumo total 
(consumo privado mais consumo do governo), investimento bruto e exportações. Portanto, o total dos créditos 
representa a soma da despesa interna bruta (PIB) mais importações. 
Repare que o item inverteu as palavras importações e exportações, e por isso é falso. 
Resposta: FALSO 
(4) A revenda de ações e a especulação imobiliária não representam produção de bens e serviços finais em 
determinado período. Assim, essas transações NÃO são incluídas do PIB e, dada a identidade contábil básica 
(Produto = Renda = Despesa), elas também não fazem parte da Renda Nacional. 
Resposta: FALSO 
2. ANPEC – 2005 – Questão 1 
Sobre contas nacionais, avalie as proposições: 
(0) Quando crescem as remessas de juros ao exterior, aumenta-se o déficit na conta de capitais, ceteris paribus. 
(1) Quando em um país operam um grande número de empresas estrangeiras, ao mesmo tempo em que poucas 
empresas e residentes deste país operam em outras economias, o PIB será maior que o PNB. 
(3) A variação do PIB real será sempre igual ou menor que sua variação nominal. 
(4) A soma das remunerações dos fatores de produção é igual à soma dos gastos em bens e serviços finais 
produzidos internamente. 
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RESOLUÇÃO: 
(0) Remessas de juros ao exterior representam saídas de divisas, de forma que a transação seja registrada como 
um débito na balança de rendas primárias (transações correntes). Assim, tudo o mais mantido constante, um 
aumento nas remessas de juros ao exterior, eleva o déficit em TRANSAÇÕES CORRENTES. 
Resposta: FALSO 
(1) Quando em um país operam um grande número de empresas estrangeiras, ao mesmo tempo em que poucas 
empresas e residentes deste país operam em outras economias, temos que o fluxo de renda enviada ao exterior 
supera o fluxo de renda recebida do exterior. Ou seja, a renda líquida enviada ao exterior é positiva. 
A relação entre PNB e PIB é tal que: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Na medida em que a renda líquida enviada ao exterior é positiva, o PNB será menor que o PIB. 
Resposta: VERDADEIRO 
(3) Primeiramente, cuidado com afirmações categóricas, que usam palavras como ‘sempre’, ‘nunca’... 
A partir da definição do deflator do PIB, podemos escrever o PIB nominal como o produto entre o deflator e o PIB 
real: 
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 = 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡(𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏) 
Em termos de taxa de crescimento: 
(1 + Δ𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡) = (1 + Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡)(1 + Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏) 
Δ𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 ≈ Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 + Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 
De forma que a taxa de crescimento do PIB real pode ser aproximada por: 
Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 ≈ Δ𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 − Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 
Assim, se houver deflação (Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 < 0), a variação do PIB real será maior que a variação do PIB nominal. 
Resposta: FALSO 
(4) Muita atenção nos detalhes, hein! 
Na verdade, a soma das remunerações dos fatores de produção é igual à soma dos gastos em bens e serviços finais 
produzidos internamente ou importados (produção externa). 
Resposta: FALSO 
3. ANPEC – 2005 – Questão 2 
Com base nas identidades das contas nacionais, avalie as proposições que se seguem, para uma economia aberta: 
(0) Um aumento do déficit público leva a igual elevação do déficit externo. 
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(1) Se a poupança externa for igual ao déficit público, a poupança do setor privado será idêntica ao investimento. 
(2) A conta de capitais será negativa quando a poupança doméstica for menor que o investimento. 
(3) Um déficit do balanço de pagamentos pode ser financiado com a perda de reservas, cujo lançamento contábil 
terá sinal negativo. 
(4) A igualdade entre poupança e investimento é equivalente ao equilíbrio do mercado de bens. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Um aumento do déficit público pode gerar uma elevação no déficit externo. Isso se dá pelo fato de que um 
aumento no déficit público gera uma pressão na taxa de juros da economia, o que atrai capital estrangeiro para o 
país. Essa maior entrada de divisas, torna a moeda nacional relativamente mais cara, piorando, assim as 
exportações vis-à-vis as importações. Ou seja, pode haver uma piora no déficit externo,mas não podemos afirmar 
categoricamente que será em uma igual proporção. 
Resposta: FALSO 
(1) Da igualdade entre poupança e investimento, temos: 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Se a poupança externa é igual ao déficit público (𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑆𝐺𝑜𝑣): 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 − 𝑆𝐺𝑜𝑣 → 𝐼 = 𝑆𝑃 
Ou seja, nessa situação a poupança privada se iguala ao investimento. 
Resposta: VERDADEIRO 
(2) A poupança doméstica, 𝑆𝐷𝑜𝑚, é definida como a soma das poupanças privada e do governo. Dessa forma: 
𝐼 = 𝑆𝐷𝑜𝑚 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 → 𝐼 − 𝑆𝐷𝑜𝑚 = 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Se a poupança doméstica for menor que o investimento (𝐼 − 𝑆𝐷𝑜𝑚 > 0), a poupança externa será positiva 
(𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0). Sabemos que a poupança externa corresponde ao déficit em transações correntes: 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 
Assim, uma poupança externa positiva faz com que o saldo em TRANSAÇÕES CORRENTES seja negativo. 
Resposta: FALSO 
(3) É verdade que um déficit do balanço de pagamentos pode ser financiado com a perda de reservas, no entanto 
o lançamento contábil terá sinal positivo. Isso porque os lançamentos realizados na ativos de reserva são feitos 
seguindo a lógica dos ativos na contabilidade tradicional. Ou seja, essa conta aumenta a débito (lançamento 
negativo) e reduz a crédito (lançamento positivo). 
Resposta: FALSO 
(4) O mercado de bens está em equilíbrio quando a oferta agregada se iguala a demanda agregada (veremos isso 
em mais detalhes em aula posterior). No caso de uma economia fechada e sem governo: 
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𝑌 = 𝐶 + 𝐼 → 𝑌 − 𝐶 = 𝐼 → 𝑆 = 𝐼 
Ou seja, o equilíbrio no mercado de bens equivale à igualdade entre poupança e investimento. 
Resposta: VERDADEIRO 
4. ANPEC – 2006 – Questão 1 
Sobre as contas nacionais, avalie as proposições: 
(0) A remessa de dinheiro de brasileiros que residem no exterior a familiares no Brasil aumenta a Renda Nacional 
Bruta. 
(1) O PIB corresponde ao valor adicionado de todos os bens e serviços produzidos em um país, sendo que, por valor 
adicionado, entende-se o valor da produção mais o consumo dos bens intermediários. 
(2) Em geral, países com alto grau de endividamento externo têm, ceteris paribus, o PIB maior que o PNB. 
(3) Havendo equilíbrio nas contas do governo, um déficit em transações correntes do balanço de pagamentos 
implica um excesso de investimentos. 
(4) O deflator implícito do PIB corresponde à razão entre o PIB nominal e o PIB real. 
RESOLUÇÃO: 
(0) A relação entre PIB e PNB (equivalente à Renda Nacional Bruta) é dada por: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
A renda líquida enviada ao exterior é dada por: 
𝑅𝐿𝐸𝐸 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐸𝑛𝑣𝑖𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑜 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 − 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 
A remessa de dinheiro de brasileiros que residem no exterior a familiares no Brasil é uma renda recebida do 
exterior, o que reduz a 𝑅𝐿𝐸𝐸. Como consequência, há um aumento no PNB. 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) O erro do item está quase no final da frase. Então, no dia da prova, toda atenção é pouca e nada de preguiça, 
beleza?! 
De fato, o PIB corresponde ao valor adicionado de todos os bens e serviços produzidos em um país. Porém, por 
valor adicionado (VA), entende-se o valor da produção MENOS o consumo dos bens intermediários (CI): 
𝑉𝐴 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 − 𝐶𝐼 
Resposta: FALSO 
(2) Países com alto grau de endividamento externo costumam ter uma renda líquida enviada ao exterior positiva. 
Assim, em geral eles têm o PIB maior que o PNB (lembre que 𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸). 
Resposta: VERDADEIRO 
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(3) Um equilíbrio nas contas do governo significa que 𝑆𝐺𝑜𝑣 = 0, e um déficit em transações correntes do balanço 
de pagamentos representa uma poupança externa positiva (𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 > 0). Da igualdade entre poupança e 
investimento: 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 → 𝐼 − 𝑆𝑃 = 𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 
Uma poupança externa positiva faz com que 𝐼 − 𝑆𝑃 > 0 → 𝐼 > 𝑆𝑃. Temos, pois, em excesso de investimentos em 
relação a poupança. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) De fato, o deflator implícito do PIB corresponde à razão entre o PIB nominal e o PIB real: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖. 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 . 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
 
O deflator implícito do PIB é um índice de preços de Paasche (analisa a variação de preços entre dois períodos e 
utiliza as quantidades no período atual como fator de ponderação). 
Resposta: VERDADEIRO 
5. ANPEC – 2006 – Questão 2 
Avalie as proposições: 
(0) O balanço de pagamentos registra as transferências, os pagamentos internacionais e o comércio de bens e 
serviços entre um país e o resto do mundo. 
(3) Numa economia aberta, o Produto Nacional Bruto é determinado pelos gastos em produtos domésticos 
efetuados por residentes e não residentes do país. 
(4) O acúmulo de estoques indesejados é contabilizado como investimento nas contas nacionais. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Isso mesmo! O Balanço de Pagamentos (BP) é um balanço contábil, que registra as transações entre residentes 
e não residentes de um país durante determinado período de tempo. 
Resposta: VERDADEIRO 
(3) O Produto Nacional Bruto corresponde ao valor dos bens e serviços finais produzidos por fatores de produção 
nacionais (que podem estar localizados no país ou no resto do mundo). 
Lembrando que o Produto Interno Bruto corresponde ao valor dos bens e serviços finais produzidos internamente, 
independentemente da origem dos fatores de produção. 
E já sabemos que o que diferencia um do outro é o fluxo de rendas do país com o resto do mundo. 
Resposta: FALSO 
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(4) O investimento agregado em uma economia é dado pela soma da formação bruta de capital fixo com a 
acumulação de estoques: 
𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 
Resposta: VERDADEIRO 
6. ANPEC – 2007 – Questão 13 
De acordo com o sistema de contas nacionais, calcule o consumo final do governo com base nas seguintes 
informações: 
Descrição Valores em R$ 
Formação bruta de capital fixo 40 
Transferências do governo 15 
Déficit em transações correntes 10 
Subsídios 25 
Impostos diretos 20 
Impostos indiretos 50 
Poupança do setor privado 20 
Variação dos estoques 10 
Outras receitas líquidas do governo 60 
RESOLUÇÃO: 
Para resolver essa questão, iremos fazer uso da identidade entre investimento e poupança: 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Sabemos que o investimento bruto é dado pela soma entre a formação bruta de capital fixo e a acumulação de 
estoques: 
𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 → 𝐼 = 40 + 10 → 𝐼 = 50 
O item nos forneceu poupança privada (𝑆𝑃 = 20) e o déficit em transações correntes (𝑇𝐶 = −10). De forma que 
a poupança externa seja: 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 → 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 10 
A partir da igualdade entre poupança e investimento, somos capazes de obter a poupança do governo: 
50 = 20 + SGov + 10 → SGov = 20 
A questão está interessada em saber o consumo final do governo, G. Assim, nos resta utilizar mais outras duas 
relações: 
SGov = 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 
Em que a renda líquida do governo é tal que: 
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𝑅𝐿𝐺 = 𝑇 − 𝑇𝑟 = 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 − 𝑠𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 − 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠
+ 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝑙í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝑔𝑜𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜 
Assim: 
𝑅𝐿𝐺 = 20 + 50 − 25 − 15 + 60 → 𝑅𝐿𝐺 = 90 
Agora estamos aptos a obter o consumo final do governo: 
SGov = 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 → 20 = 90 − 𝐺 → 𝐺 = 70 
Resposta: 70 
7. ANPEC – 2008 – Questão 2 
Julgue as afirmativas. 
(0) Um bem é produzido em 2000 e vendido em 2001. Este bem contribuipara o PIB de 2000, não para o PIB de 
2001. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Sob a ótica do produto: 
O PIB corresponde ao valor da produção de todos os bens e serviços finais produzidos em um território durante 
determinado período de tempo. 
Nesse sentido, o bem é contabilizado no cálculo do PIB no ano de sua produção (no caso em 2000) e não no ano 
de sua venda. 
Já pela ótica da despesa, o PIB equivale às possíveis destinações do produto: 
𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) 
Sabemos que o investimento é composto pela formação bruta de capital fixo mais a acumulação de estoques. Um 
bem produzido em 2000, mas que não foi vendido, contribui para o aumento dos estoques, ou seja, contribui para 
a expansão do investimento em 2000. Por isso é contabilizado no PIB de 2000 e não no PIB de 2001. 
Resposta: VERDADEIRO 
8. ANPEC – 2008 – Questão 11 
Uma economia é constituída por uma única empresa, cujos proprietários são não residentes no país: uma fábrica 
de automóveis. Em 2007, a produção da fábrica foi de $ 100, dos quais $ 60 referem-se a vendas a consumidores 
residentes no país e $ 40 a não residentes. A fábrica gasta $ 30 em aço importado e paga $ 60 em salários a 
residentes no país. Os lucros são integralmente remetidos aos proprietários da empresa, no exterior. Calcule o 
saldo em transações correntes dessa economia no ano 2007. 
RESOLUÇÃO: 
A questão nos pede para obtermos o saldo em transações correntes, que é dado por: 
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𝑇𝐶 = 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝐶𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 + 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑃𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑎𝑠 + 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑆𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑎𝑠 
Vejamos quais as informações fornecidas pela questão: 
Valor bruto da produção: $ 100 (coincide exatamente com o valor da produção, pois não há impostos sobre os 
produtos) 
Consumo interno: $ 60 
Exportação: $ 40 
Insumo (aço importado): $ 30 
Insumo (trabalho): $ 60 
Em primeiro lugar, vamos obter o lucro (valor adicionado) obtido por essa empresa: 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐴𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 
𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 = 100 − 30 − 60 → 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜 = $ 10 
O saldo da balança comercial é: 𝑋 − 𝑀 = 40 − 30 = $ 10 
Os saldos da balança de serviços e das rendas secundárias são nulos. 
O saldo da balança de rendas primárias é negativo em $ 10 (todos os lucros são enviados ao exterior). 
Assim, o saldo em transações correntes é dado por: 
𝑇𝐶 = 10 + 0 − 10 + 0 → 𝑇𝐶 = 0 
Resposta: 00 
9. ANPEC – 2009 – Questão 1 
Considere os seguintes dados para uma economia, expressos em unidades monetárias: 
Descrição Valores em R$ 
Produto nacional líquido 1.700 
Exportações de bens e serviços não fatores 300 
Importações de bens e serviços não fatores 400 
Impostos diretos 350 
Impostos indiretos 400 
Depreciação 250 
Subsídios 60 
Investimento do governo 80 
Transferências unilaterais correntes 0 
Saldo do balanço de pagamentos em conta-corrente –50 
Indique se as afirmações são falsas ou verdadeiras: 
(0) A renda nacional é de 1.350. 
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(1) A renda líquida enviada ao exterior é igual a 50. 
(2) O PIB é igual a 1.900. 
(3) A poupança interna é menor do que o investimento. 
(4) A absorção interna é igual a 2.000. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Em primeiro lugar, veja o seguinte: 
A Renda Nacional (RN) equivale ao Produto Nacional Líquido a custo de fatores (𝑃𝑁𝐿𝑐𝑓). 
Para migrarmos do conceito avaliado a preços de mercado para o conceito a custo de fatores, devemos descontar 
os impostos indiretos e incluir os subsídios: 
𝑅𝑁 = 𝑃𝑁𝐿𝑐𝑓 = 𝑃𝑁𝐿 − 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑠𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 
Assim: 
𝑅𝑁 = 𝑃𝑁𝐿𝑐𝑓 = 1.700 − 400 + 60 = 1.360 
Resposta: FALSO 
(1) Podemos obter a renda líquida enviada ao exterior por meio de sua relação com o saldo do BP em conta 
corrente: 
𝑇𝐶 = 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝐶𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 + 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑃𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑎𝑠 + 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑆𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑎𝑠 
Lembrando que as rendas primárias são a antiga balança de renda e as rendas secundárias equivalem a antiga 
conta transferências unilaterais correntes. 
Sabemos que 𝑅𝐿𝐸𝐸 = −(𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 + 𝑇𝑈𝐶). Assim: 
𝑇𝐶 = (𝑋 − 𝑀) − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Em que X e M incluem bens e serviços não fatores. Substituindo as informações fornecidas pela questão: 
−50 = (300 − 400) − 𝑅𝐿𝐸𝐸 → 𝑅𝐿𝐸𝐸 = −50 
A renda líquida enviada ao exterior é negativa em 50. Sabendo que a renda líquida recebida do exterior tem o sinal 
trocado em relação a renda líquida enviada ao exterior, temos: 
𝑅𝐿𝑅𝐸 = 50 
Logo, quem tem o saldo positivo é a renda líquida RECEBIDA do exterior. 
Resposta: FALSO 
(2) A questão nos forneceu o Produto Nacional Líquido. Temos que passar desse conceito para o de Produto 
Interno Bruto. 
Primeiro vamos obter o produto bruto: 
𝑃𝑁𝐿 = 𝑃𝑁𝐵 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 → 𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝑁𝐿 + 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
𝑃𝑁𝐵 = 1.700 + 250 → 𝑃𝑁𝐵 = 1.950 
Agora iremos chegar ao conceito de produto interno: 
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𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − RLEE → PIB = PNB + RLEE 
No item anterior, obtivemos 𝑅𝐿𝐸𝐸 = −50. Logo: 
PIB = 1.950 − 50 → 𝑃𝐼𝐵 = 1.900 
Resposta: VERDADEIRO 
(3) A poupança externa se relaciona com o saldo do BP em conta corrente da seguinte forma: 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 
A questão afirma que o saldo em conta corrente é negativo (-50), de modo que a poupança externa é positiva. 
Agora, vamos ver a igualdade entre poupança e investimento: 
𝑆𝐷𝑜𝑚 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝐼 → 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝐼 − 𝑆𝐷𝑜𝑚 
Em que a poupança doméstica, 𝑆𝐷𝑜𝑚 , inclui as poupanças privada e do governo. 
Sabendo que a poupança externa é positiva, temos: 
𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 → 𝐼 − 𝑆𝐷𝑜𝑚 > 0 → 𝐼 > 𝑆𝐷𝑜𝑚 
Ou seja, a poupança interna é menor que o investimento. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) Pela ótica da despesa: 
𝑃𝐼𝐵 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) 
Apenas relembrando que o saldo (𝑋 − 𝑀) inclui bens e serviços não fatores (as balanças comercial e de serviços). 
O item faz uma afirmação acerca do valor da absorção interna: 𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺. 
Escrevendo o PIB em termos da absorção: 
𝑃𝐼𝐵 = 𝐴 + (𝑋 − 𝑀) 
Vejamos a relação entre PNB e PIB: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Vamos usar a relação entre a RLEE e o saldo em transações correntes (conforme vimos no item 1): 
𝑇𝐶 = (𝑋 − 𝑀) − 𝑅𝐿𝐸𝐸 → 𝑅𝐿𝐸𝐸 = (𝑋 − 𝑀) − 𝑇𝐶 
Podemos, então, reescrever a relação entre PNB e PIB da seguinte forma: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝐴 + (𝑋 − 𝑀) − (𝑋 − 𝑀) + 𝑇𝐶 → 𝑃𝑁𝐵 = 𝐴 + 𝑇𝐶 → 𝐴 = 𝑃𝑁𝐵 − 𝑇𝐶 
Substituindo as informações que nós já temos (o PNB foi encontrado no item 2): 
𝐴 = 1.950 − (−50) → 𝐴 = 2.000 
Resposta: VERDADEIRO 
 
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10. ANPEC – 2010 – Questão 1 
Julgue as seguintes afirmativas. 
(0) Certo país mantém o saldo em transações correntes sempre igual a zero. Entre os anos 1 e 2, os gastos de 
consumo e investimento do governo aumentaram, enquanto os gastos privados de consumo e investimento se 
mantiveram constantes. Logo, podemos concluir que o PIB necessariamente aumentou. 
(1) Entre os anos 1 e 2, a poupança do setor privado se manteve constante e a poupança do governo diminuiu, mas 
o investimento bruto aumentou. Logo, podemos concluir que o saldo em transações correntes necessariamente 
diminuiu. 
(2) O pagamento de maiores salários aos servidores públicos e o aumento das transferências de assistência social, 
como o Bolsa-Família, têm impacto semelhante sobre o consumo do governo, nas contas nacionais. 
(3) O PIB, a preços correntes, foi de $ 200 no ano 1 e de $246 no ano 2; a preços do ano anterior,o PIB do ano 2 foi 
de $ 205. Logo, conclui-se que a variação do deflator do PIB, entre os anos 1 e 2, foi de 23%. 
(4) No caso de uma economia aberta e sem governo, a diferença entre o Produto Interno Bruto e a renda nacional 
líquida é a renda líquida enviada para o exterior mais depreciações. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Sabemos que o que diferencia o Produto Interno do Produto Nacional é a Renda Líquida Enviada ao Exterior 
(RLEE): 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 (1) 
Segundo a ótica da despesa, o PIB de uma economia aberta e com governo é tal que: 
𝑃𝐼𝐵 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) (2) 
Vale lembrar que X e M incluem bens e serviços não fatores (balanças comercial e de serviços). 
Vimos, no Balanço de Pagamentos, que o saldo em Transações Correntes (TC) corresponde à soma do saldo do 
balanço de bens e serviços (TLRE) menos a Renda Líquida Enviada ao Exterior (RLEE): 
𝑇𝐶 = 𝑋 − 𝑀 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Assim: 
𝑅𝐿𝐸𝐸 = (𝑋 − 𝑀) − 𝑇𝐶 (3) 
Substituindo (2) e (3) em (1): 
𝑃𝑁𝐵 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) − [(𝑋 − 𝑀) − 𝑇𝐶] → 𝑃𝑁𝐵 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + 𝑇𝐶 (4) 
O enunciado nos traz as seguintes informações: 𝑇𝐶 = 0, Δ𝐺 > 0, Δ𝐶 = 0, Δ𝐼 = 0. Então, a partir de (4): 
Δ𝑃𝑁𝐵 = Δ𝐶 + Δ𝐼 + Δ𝐺 + Δ𝑇𝐶 → Δ𝑃𝑁𝐵 = Δ𝐺 > 0 
Temos que o Produto NACIONAL Bruto necessariamente aumenta. 
Mas e o PIB? Em (1), temos: 
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𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 → 𝑃𝐼𝐵 = 𝑃𝑁𝐵 + 𝑅𝐿𝐸𝐸 → Δ𝑃𝐼𝐵 = Δ𝑃𝑁𝐵 + Δ𝑅𝐿𝐸𝐸 
Acabamos de ver que Δ𝑃𝑁𝐵 > 0, mas não sabemos nada a respeito de Δ𝑅𝐿𝐸𝐸, que pode ser positiva, negativa ou 
nula. Assim, não podemos fazer afirmações categóricas sobre a variação do PIB. 
Percebeu a sutiliza no item, né! Bom prestar atenção nos detalhes!!!! 
Resposta: FALSO 
(1) Da igualdade entre poupança e investimento, temos: 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
O enunciado nos diz que ΔS𝑃 = 0, ΔSGov < 0 e ΔI > 0. Então, a partir da igualdade entre poupança e investimento: 
Δ𝐼 = Δ𝑆𝑃 + Δ𝑆𝐺𝑜𝑣 + Δ𝑆𝐸𝑥𝑡 → Δ𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 
Devemos ter Δ𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 para compensar a queda na poupança do governo e garantir que a variação no 
investimento seja positiva. 
Dada a relação entre a poupança externa e o saldo em Transações Correntes (𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶), temos: 
Δ𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 → Δ𝑇𝐶 < 0 
Concluímos que o saldo em Transações Correntes necessariamente diminui. 
Resposta: VERDADEIRO 
(2) O aumento no pagamento de salários aos servidores públicos provoca um aumento nos gastos correntes do 
governo, G. Todavia, o aumento das transferências (Tr) de assistência social reduz a Renda Líquida do Governo 
(RLG). 
𝑅𝐿𝐺 = 𝑇 − 𝑇𝑟 = 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 − 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 − 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠
+ 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 
Assim, o efeito do aumento no pagamento de salários aos servidores públicos é diferente do efeito do aumento 
das transferências. 
Resposta: FALSO 
(3) O deflator do PIB é dado por: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 
Substituindo as informações que o item forneceu, no ano 2 o deflator é dado por: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙2
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2
1 =
246
205
= 1,2 
A taxa de variação do deflator é: 
Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 − 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡−1
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡−1
 
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Dado que o período 1 é considerado o período base, temos: 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟1 = 1. Assim: 
Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2 =
1,2 − 1
1
= 0,2 𝑜𝑢 20% 
A taxa de crescimento do deflator, entre os anos 1 e 2, foi de 20%. 
Resposta: FALSO 
(4) Pela identidade contábil básica, temos a igualdade entre produto e renda. 
Para passarmos do conceito bruto para o líquido, devemos retirar a depreciação: 
𝑃𝐼𝐿 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
 E para passar do conceito interno para o nacional, devemos descontar a renda líquida enviada ao exterior (RLEE): 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Assim, a Renda Nacional Líquida (RNL), que é equivalente ao 𝑃𝑁𝐿, é tal que: 
𝑅𝑁𝐿 = 𝑃𝑁𝐿 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Assim, a diferença entre o Produto Interno Bruto e a Renda Nacional Líquida é a renda líquida enviada ao exterior 
mais a depreciação: 
𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝑁𝐿 = 𝑅𝐿𝐸𝐸 + 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Resposta: VERDADEIRO 
11. ANPEC – 2010 – Questão 3 
Julgue as seguintes afirmações: 
Considere as informações contidas na tabela a seguir, sobre um país hipotético, para os anos de 2006 a 2008. 
Assuma que sejam produzidos apenas 2 bens finais, chamados X e Y. O preço de cada bem é expresso em unidades 
monetárias ($). A unidade de medida de cada variável está entre parênteses. Com base nas informações da tabela, 
julgue as afirmativas a seguir: 
Ano População 
(habitantes) 
Bem Final Quantidade 
(unidades) 
Preço ($) 
2006 100 X 5 10.000,00 
Y 10 20.000,00 
2007 125 X 10 5.000,00 
Y 20 10.000,00 
2008 150 X 15 4.000,00 
Y 15 10.000,00 
Observação: Para o cálculo do PIB real, não utilize encadeamento. 
(0) Houve uma redução de 10% no PIB real, a preços de 2006, entre os anos de 2007 e 2008. 
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(1) O PIB real para o ano de 2008, a preços de 2006, é igual a $210.000,00. 
(2) O PIB real per capita, a preços de 2006, cresceu 40%, entre os anos de 2006 e 2007. 
(3) O deflator do PIB, a preços de 2006, sofreu uma queda de 50%, entre 2006 e 2007. 
(4) A taxa de crescimento anual do PIB real per capita independe da escolha do ano-base para os preços. 
RESOLUÇÃO: 
O Produto Interno Bruto é a soma do valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinada economia. 
Já sabemos que ele pode ser analisado em termos nominais (preços correntes) ou termos reais (preços constantes). 
Em séries temporais, convém fazer análises com o PIB real para identificarmos as variações das quantidades físicas 
(isolando o efeito das mudanças nos preços). 
Vamos relembrar como calculamos o PIB nominal: 
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 = ∑ 𝑃𝑖,𝑡
𝑛
𝑖=1
𝑄𝑖,𝑡 
Já o PIB real no período t, a preços constantes de um período base, b, é dado por: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 = ∑ 𝑃𝑖,𝑏
𝑛
𝑖=1
𝑄𝑖,𝑡 
(0) Vamos obter o PIB real em 2007 e 2008, a preços de 2006: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2007
2006 = ∑ 𝑃𝑖,2006
𝑛
𝑖=1
𝑄𝑖,2007 = 10.000(10) + 20.000(20) = 500.000 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2008
2006 = ∑ 𝑃𝑖,2006
𝑛
𝑖=1
𝑄𝑖,2008 = 10.000(15) + 20.000(15) = 450.000 
Vejamos qual foi a variação do PIB real no período: 
Δ𝑃𝐼𝐵𝑅𝑒𝑎𝑙 =
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2008
2006 − 𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2007
2006
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2007
2006 =
450.000 − 500.000
500.000
= −0,1 𝑜𝑢 − 10% 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) Acabamos de ver no item (0) que: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2008
2006 = 450.000 
Resposta: FALSO 
(2) Do item (0), já sabemos que: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2007
2006 = 500.000 
O PIB real em 2006 a preços de 2006 é: 
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𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2006
2006 = 𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙2006 = ∑ 𝑃𝑖,2006
𝑛
𝑖=1
𝑄𝑖,2006 = 10.000(5) + 20.000(10) = 250.000 
Vamos obter o PIB real per capita, 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐𝑡
𝑏, para ambos os períodos. Para tal, devemos dividir o PIB real pelo 
tamanho da população: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐𝑡
𝑏 =
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏
𝑃𝑜𝑝𝑢𝑙𝑎çã𝑜𝑡
 
Assim: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2007
2006 =
500.000
125
= 4.000 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2006
2006 =
250.000
100
= 2.500 
A variação do PIB real per capita no período considerado foi de: 
Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑝𝑐𝑡 =
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2007
2006 − 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2006
2006
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2006
2006 =
4.000 − 2.500
2.500
= 0,6 𝑜𝑢 60% 
Resposta: FALSO 
(3) O deflator do PIB é definido com a razão entre o PIB nominal em t e o PIB real em t a preços constantes de um 
período base,b: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
 
Assim, o deflator em 2007 tendo 2006 como base é: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2007 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙2007
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2007
2006 =
∑ 𝑃2007
𝑖 𝑄2007
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃2006
𝑖 𝑄2007
𝑖𝑛
𝑖=1
 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2007 =
5.000(10) + 10.000(20)
10.000(10) + 20.000(20)
=
250.000
500.000
= 0,5 
Como 2006 é o período base, 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2006 = 1. Assim, a variação do deflator entre 2006 e 2007 foi de: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2007 =
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2007 − 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2006
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2006
=
0,5 − 1
1
= −0,5 𝑜𝑢 − 50% 
Temos uma queda de 50% no período analisado. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) Como os conjuntos de preços são diferentes nos anos considerados, taxa de crescimento anual do PIB real per 
capita DEPENDE da escolha do ano-base para os preços. 
Vejamos algebricamente esse resultado. No item (2), vimos que a taxa de crescimento, entre 2006 e 2007, do PIB 
per capita a preços de 2006 foi de 60%. 
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Vejamos, por exemplo, qual é a taxa de crescimento do PIB per capita a preços de 2007, entre 2007 e 2008. 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2007
2007 = ∑ 𝑃𝑖,2007
𝑛
𝑖=1
𝑄𝑖,2007 = 5.000(10) + 10.000(20) = 250.000 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙2008
2007 = ∑ 𝑃𝑖,2007
𝑛
𝑖=1
𝑄𝑖,2008 = 5.000(15) + 10.000(15) = 225.000 
O PIB real per capita é: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2007
2007 =
250.000
125
= 2.000 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2008
2007 =
225.000
150
= 1.500 
A variação do PIB real per capita no período considerado foi de: 
Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙 𝑝𝑐 =
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2008
2007 − 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2007
2007
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐2007
2007 =
1.500 − 2.000
2.000
= −0,25 𝑜𝑢 − 25% 
Desse modo, a taxa de crescimento do PIB real per capita varia de acordo com o período base considerado. 
Resposta: FALSO 
12. ANPEC – 2011 – Questão 1 
No ano de 2009, um país hipotético apresentou os seguintes dados em suas contas nacionais (em unidades 
monetárias): 
Produto interno líquido a custo de fatores 3.500 
Formação bruta de capital fixo (do setor privado) 600 
Variação de estoques (do setor privado) 50 
Impostos diretos 350 
Impostos indiretos 150 
Outras receitas correntes do governo (líquidas) 50 
Consumo do governo 350 
Subsídios 100 
Transferências 150 
Depreciação 150 
Déficit do balanço de pagamentos em transações correntes 200 
Com base nessas informações, julgue as seguintes afirmativas: 
(0) O PIB a preços de mercado é igual a 3.900. 
(1) Considerando que o déficit publico é igual a 150, então o investimento publico é de 200. 
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(2) A poupança do setor privado é igual a 600. 
(3) O investimento total líquido é de 500. 
(4) O país em questão absorve poupança externa em 2009. 
RESOLUÇÃO: 
(0) O item faz uma afirmação sobre o PIB a preços de mercado, sendo que nos foi fornecido o valor do Produto 
interno líquido a custo de fatores. Iremos usar duas relações conhecidas para resolver esse item. 
Para passar do conceito líquido para bruto, devemos somar a depreciação: 
𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐿𝑐𝑓 + 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
E para passar do conceito de custo de fatores (relacionado a remuneração dos fatores de produção) para preços 
de mercado (preços finais pagos pelos consumidores), devemos incorporar os impostos indiretos (impostos que 
incidem sobre as vendas e elevam os preços) e descontar os subsídios (diminuem os preços finais): 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 − 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 
Assim: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝑃𝐼𝐿𝑐𝑓 + 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 − 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 = 3.500 + 150 + 150 − 100 → 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 = 3.700 
Resposta: FALSO 
(1) Vamos relembrar como obter a Renda Líquida do Governo (RLG): 
𝑅𝐿𝐺 = 𝑇 − 𝑇𝑟 
Em que T representa a arrecadação e outras receitas líquidas do governo; e Tr são as transferências 
governamentais. 
A poupança do governo é dada pela diferença entre sua receita líquida e seus gastos, G: 
𝑆𝐺𝑜𝑣 = 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 
Por fim, temos a necessidade de financiamento do setor público (NFSP), dada pela diferença entre investimento 
e poupança do governo: 
𝑁𝐹𝑆𝑃 = 𝐼𝐺𝑜𝑣 − 𝑆𝐺𝑜𝑣 
Se 𝑁𝐹𝑆𝑃 > 0, então a poupança do governo não é suficiente para cobrir os investimentos, de modo que haja um 
déficit público. 
Substituindo os dados da questão, a renda líquida do governo é: 
𝑅𝐿𝐺 = 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 − 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠
− 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 
𝑅𝐿𝐺 = 350 + 150 + 50 – 150 – 100 → 𝑅𝐿𝐺 = 300 
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A poupança pública: 
𝑆𝐺𝑜𝑣 = 300 – 350 → 𝑆𝐺𝑜𝑣 = – 50 
O item afirmou haver um déficit público de 150, ou seja, 𝑁𝐹𝑆𝑃 = 150. Assim: 
150 = 𝐼𝐺𝑜𝑣 − (−50) → 𝐼𝐺𝑜𝑣 = 100 
Resposta: FALSO 
(2) Para responder essa questão vamos partir da identidade contábil que nos diz que poupança é igual a 
investimento (𝑆 = 𝐼). 
Em uma economia aberta e com governo, a poupança é dada pela soma da poupança privada, 𝑆𝑃, com a poupança 
do governo, 𝑆𝐺𝑜𝑣, e a poupança externa, 𝑆𝐸𝑥𝑡. 
Vimos, na parte da aula referente a Balanço de Pagamentos, que a poupança externa tem o mesmo saldo, mas 
com sinal trocado, que as Transações Correntes: 𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶. Logo: 
𝑆 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 → 𝑆 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 − 𝑇𝐶 
Do lado do investimento, temos o investimento (bruto) privado, 𝐼𝑃, e o investimento do governo, 𝐼𝐺𝑜𝑣. O 
investimento privado é dado pela soma da formação bruta de capital fixo (FMKF) com a variação de estoque (Δ𝐸). 
Assim: 
𝐼 = 𝐼𝑃 + 𝐼𝐺𝑜𝑣 → 𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸 + 𝐼𝐺𝑜𝑣 
Dessa forma, podemos escrever nossa identidade contábil como: 
𝑆 = 𝐼 → 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 − 𝑇𝐶 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸 + 𝐼𝐺𝑜𝑣 
O enunciado da questão nos forneceu as seguintes informações: 𝐹𝐵𝐾𝐹 = 600, Δ𝐸 = 50, 𝑇𝐶 = −200. No item (1), 
encontramos 𝑆𝐺𝑜𝑣 = – 50 e 𝐼𝐺𝑜𝑣 = 100. Substituindo: 
𝑆𝑃 + (– 50 ) − (−200) = 600 + 50 + 100 → 𝑆𝑃 = 600 
Resposta: VERDADEIRO 
(3) O investimento total líquido é dado pelo investimento total bruto menos a depreciação: 
𝐼𝐿 = 𝐼 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 → 𝐼𝐿 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸 + 𝐼𝐺𝑜𝑣 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Logo: 
𝐼𝐿 = 600 + 50 + 100 − 150 → 𝐼𝐿 = 600 
Resposta: FALSO 
(4) Sabemos que a poupança externa tem o sinal trocado em relação ao saldo do Balanço de Pagamentos em 
Transações Correntes: 𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶. Como a economia apresentada na questão apresenta um déficit em 
transações correntes, a poupança externa é positiva. Ou seja, país em questão realmente absorve poupança 
externa em 2009. 
Resposta: VERDADEIRO 
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13. ANPEC – 2013 – Questão 6 
Classifique as afirmativas abaixo como Verdadeiras (V) ou Falsas (F): 
(0) Em uma economia aberta, podemos afirmar que o aumento do gasto governamental implica redução 
equivalente no saldo em transações correntes. 
(1) Em uma economia aberta, se o investimento é superior à poupança doméstica, o saldo total do balanço de 
pagamentos é necessariamente negativo. 
(2) O deflator implícito de preços do PIB mede o preço da produção corrente relativo ao preço desta mesma 
produção no ano-base. 
(3) O PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços produzidos dentro de uma economia, em determinado 
período. 
(4) Os exportadores de um país são beneficiados quando a moeda do seu país aprecia-se em termos reais, em 
relação às moedas estrangeiras. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Um aumento dos gastos go governo reduzem a poupança deste agente econômico. Basta lembrar de como a 
poupançado governo é definida: 
𝑆𝐺𝑜𝑣 = 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 
Em que RLG é a renda líquida do governo. 
Vejamos a igualdade entre investimento e poupança: 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Dada a redução na poupança do governo, a identidade acima pode ser preservada por meio de diferentes 
possibilidades: 
i) mantendo-se as poupanças privada e externa constantes, uma redução no nível de investimentos preserva a 
igualdade; 
ii) mantendo-se o nível de investimentos constante, um aumento na poupança privada ou na poupança externa 
(que tem saldo com sinal oposto às Transações Correntes) pode preservar a igualdade entre poupança e 
investimento. 
Assim, não necessariamente haverá uma redução equivalente no saldo em transações correntes (aumento da 
poupança externa). 
Resposta: FALSO 
(1) Em primeiro lugar, vale lembrar que a poupança doméstica (𝑆𝐷𝑜𝑚) é composta pela poupança privada e pela 
poupança do governo. Assim, a igualdade entre poupança e investimento pode ser escrita como: 
𝐼 = 𝑆𝐷𝑜𝑚 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Conforme o enunciado afirma, 𝐼 > 𝑆𝐷𝑜𝑚, assim: 
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𝐼 − 𝑆𝐷𝑜𝑚 = 𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 
Se a poupança externa é positiva, então necessariamente o saldo em TRANSAÇÕES CORRENTES é negativo. 
Muito cuidado com a pegadinha, hein! O item afirma que o saldo total do BP é que será negativo. 
Você já reparou que a prova da Anpec é cheia de detalhes né?! Mas não se preocupe, pois você vai tirar de letra!!! 
Resposta: FALSO 
(2) O deflator implícito do PIB é a razão entre o PIB a preços correntes no período t e o PIB nesse período a preços 
de um ano base, b: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖. 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 . 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
 
Temos que o deflator implícito do PIB é um índice de preços de Paasche (analisa a variação de preços entre dois 
períodos e utiliza as quantidades no período atual como fator de ponderação). 
Resposta: VERDADEIRO 
(3) Faltou a palavra “FINAIS”. 
O PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços FINAIS produzidos dentro de uma economia, em determinado 
período. 
Os bens e serviços intermediários são excluídos, para se evitar o problema da dupla contagem. 
Muito cuidado, está bom!? 
Resposta: FALSO 
(4) Quando a moeda de um país se aprecia em relação a moedas estrangeiras, isso significa que a moeda nacional 
está mais cara, o que encarece a produção interna em relação ao resto do mundo. Ou seja, as exportações são 
prejudicadas. Fica mais favorável exportar, quando a moeda local fica mais barata, ou seja, quando ela se deprecia 
em relação a moedas estrangeiras. 
Resposta: FALSO 
14. ANPEC – 2014 – Questão 1 
Classifique as afirmativas como Verdadeiras (V) ou Falsas (F): 
(0) Países com a renda líquida enviada ao exterior negativa possuem um PNB maior do que o PIB. 
(1) Por não pagarem aluguel, a habitação de pessoas que habitam em casa própria não é computada no cálculo do 
PIB brasileiro. 
(2) A renda nacional de um país é calculada subtraindo-se a depreciação e os impostos indiretos do Produto Interno 
Bruto. 
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(3) Um país tem uma balança comercial superavitária em US$ 50 bilhões, um déficit na conta Rendas em US$ 10 
bilhões e um déficit de serviços em US$ 25 bilhões. Dado que o superávit em conta-corrente é de US$ 10 bilhões, 
podemos concluir que o valor das transferências unilaterais será deficitário em US$ 5 bilhões. 
(4) O deflator implícito da renda reflete a variação do custo de aquisição de uma cesta fixa de bens e serviços. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Você se lembra da relação entre PIB e PNB? Já percebeu que ela aparece bastante, né... Vejamos: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Se 𝑅𝐿𝐸𝐸 < 0, então o PNB é mais elevado que o PIB. 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) Se alguém mora em uma casa e paga aluguel, há uma transação cujo valor faz parte do cálculo do PIB. No 
entanto, se a moradia é própria, a transação não existe, ou seja, não há um aluguel sendo efetivamente pago. Mas 
quem mora na residência continua usufruindo dos serviços habitacionais, de forma que isso deva ser levado em 
consideração no PIB. Nesse caso, por não haver um preço de mercado, deve-se estimar seu valor para imputá-lo 
no PIB. 
Assim, o PIB inclui o valor do aluguel implícito que os proprietários de imóveis próprios pagam a si mesmos. 
Resposta: FALSO 
(2) A Renda Nacional, também denominada Renda Nacional Líquida, equivale ao Produto Nacional Líquido a custo 
de fatores. Assim: 
𝑅𝑁 = 𝑃𝑁𝐿𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Ou seja, a renda nacional de um país é calculada subtraindo-se a depreciação, os impostos indiretos (líquidos) e a 
renda líquida enviada ao exterior do Produto Interno Bruto. 
Resposta: FALSO 
(3) Vimos que o saldo em conta corrente, ou transações correntes (TC), no BP é dado pela soma dos saldos da 
balança comercial, da balança de serviços, da balança de rendas (rendas primárias no BPM6) e das transferências 
unilaterais correntes (rendas secundárias no BPM6). Então: 
𝑇𝐶 = (𝑋 − 𝑀) + 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑆𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 + 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 + 𝑇𝑈𝐶 
Substituindo os dados apresentados no item: 
10 = 50 − 25 − 10 + 𝑇𝑈𝐶 → 𝑇𝑈𝐶 = −5 
De fato, há um déficit em transferências unilaterais correntes no valor de US$ 5 bilhões. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) Vamos relembrar que o deflator implícito do PIB é um índice de preços de Paasche, ou seja, utiliza as 
quantidades do período atual como fator de ponderação. Algebricamente: 
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𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑏,𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖 . 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 . 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
 
Dessa forma, não é possível falar em variação do custo de aquisição de uma cesta fixa de bens e serviços, tendo 
em vista que o fator de ponderação muda sempre que alteramos o período atual em relação ao período base. 
Resposta: FALSO 
15. ANPEC – 2015 – Questão 9 
Classifique as afirmativas como Verdadeiras (V) ou Falsas (F): 
(0) Se numa economia o investimento é superior à poupança doméstica, o saldo das transações correntes do 
balanço de pagamentos é negativo. 
(1) Quando as pessoas habitam em casa própria, a habitação não é computada no cálculo do PIB. 
(3) A cesta de bens incluída no deflator implícito da renda muda de ano em ano dependendo daquilo que estiver 
sendo produzido na economia. 
(4) O deflator implícito da renda mede os preços de um grupo menor de bens do que o índice de preços ao 
consumidor. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Da igualdade entre investimento e poupança, temos: 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Sabendo que a poupança doméstica (𝑆𝐷𝑜𝑚) é a soma entre a poupança privada e a poupança do governo: 
𝐼 = 𝑆𝐷𝑜𝑚 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 → 𝐼 − 𝑆𝐷𝑜𝑚 = 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Se o investimento é mais alto que a poupança doméstica (𝐼 − 𝑆𝐷𝑜𝑚 > 0), então a poupança externa é positiva, 
𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0. Tendo em vista que 𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶, o saldo em transações correntes no BP é negativo. 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) Já vimos que a habitação de pessoas que moram em casa própria é incluída sim no cálculo do PIB. Isso é feito 
por meio da inclusão do valor do aluguel implícito que os proprietários de imóveis próprios pagam a si mesmos. 
Resposta: FALSO 
(3) Conforme já vimos anteriormente, o deflator implícito do PIB (ou deflator implícito da renda) é um índice de 
preços de Paasche, isto é, analisa a variação de preços utilizando a cesta do período atual como fator de 
ponderação. Assim, a cesta incluída muda de ano em ano. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) O deflator implícito da renda mede a variação nos preços de TODOS os bens e serviços finais produzidosna 
economia. 
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Por sua vez, o índice de preços ao consumidor mede a variação nos preços de uma cesta fixa de bens. 
Assim, o grupo de bens incluído no deflator implícito da renda é MAIOR que aquele incluído no índice de preços 
ao consumidor. 
Resposta: FALSO 
16. ANPEC – 2016 – Questão 1 
Um país realizou, em determinado ano t, as seguintes transações com o exterior, com todos os pagamentos sendo 
feitos em US$ milhões e à vista: 
a) Exportações: 800; 
b) Importações: 600; 
c) Fretes pagos ao exterior: 250; 
d) Investimento estrangeiro direto recebido do exterior em equipamentos: 100; 
e) Donativos recebidos em mercadorias: 20; 
f) Empréstimos recebidos de bancos estrangeiros: 300; 
g) Amortizações de empréstimos pagos a bancos estrangeiros: 80; 
h) Juros pagos ao exterior: 70. 
Com base nas informações acima, classifique as afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F) para o ano t: 
(0) O superávit da balança comercial foi de US$ 200 milhões; 
(1) O país teve um déficit na conta de transações correntes do balanço de pagamentos de US$ 200 milhões; 
(2) A renda líquida enviada ao exterior foi de US$ 50 milhões; 
(3) O saldo da conta financeira do balanço de pagamentos foi superavitário em US$ 320 bilhões; 
(4) As reservas internacionais aumentaram em US$ 100 milhões. 
RESOLUÇÃO: 
Em primeiro lugar, vejamos os lançamentos contábeis associados às transações apresentadas. 
a) Exportações: 800; 
 
Crédito
- A exportação de bens gera entrada de divisas
no país, logo teremos um crédito de $800 na
conta exportações (balança comercial - conta
corrente).
Débito
- Como o exportador recebeu o pagamento em
dinheiro, teremos um débito de $800 indicando
um aumento nos ativos de reserva (conta
financeira).
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b) Importações: 600; 
 
c) Fretes pagos ao exterior: 250; 
 
d) Investimento estrangeiro direto recebido do exterior em equipamentos: 100; 
 
e) Donativos recebidos em mercadorias: 20; 
 
f) Empréstimos recebidos de bancos estrangeiros: 300; 
 
g) Amortizações de empréstimos pagos a bancos estrangeiros: 80; 
 
Crédito
- A saída de divisas ocasionada gera um crédito
de $600 em ativos de reserva (conta
financeira). Lembre que essa conta diminui o
saldo a crédito.
Débito
- A importação de bens gera saída de divisas no
país, logo teremos um débito de $600 na conta
importações (balança comercial - conta
corrente).
Crédito
- A saída de divisas ocasionada gera um crédito
de $250 em ativos de reserva (conta
financeira). Lembre que essa conta diminui o
saldo a crédito.
Débito
- O pagamento de fretes gera saída de divisas
no país, logo teremos um débito de $250 na
conta fretes (balança de serviços - conta
corrente).
Crédito
- O investimento direto recebido, uma entrada
de divisas, configura um crédito de $100 (conta
financeira).
Débito
- Como o investimento foi recebido sob a forma
de equipamentos, há um débito de $100 em
importações (balança comercial - conta
corrente).
Crédito
- O recebimento dos donativos, uma entrada
de divisas, configura um crédito de $20 em
rendas secundárias (conta corrente).
Débito
- Como os donativos foram recebidos sob a
forma de mercadorias, há um débito de $20 em
importações (balança comercial - conta
corrente).
Crédito
- O recebimento de empréstimos, uma entrada
de divisas, configura um crédito de $300 em
outros investimentos (conta financeira).
Débito
- A saída de divisas gera um débito de $300 em
ativos de reserva (conta financeira). Lembre
que essa conta aumenta o saldo a débito.
Crédito
- A saída de divisas origina um crédito de $80
em ativos de reserva (conta financeira).
Débito
- O pagamento das amortizações, uma saída de
divisas, gera um débito de $80 em outros
investimentos (conta financeira).
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h) Juros pagos ao exterior: 70. 
 
A seguir, veja a estrutura resumida do BP com base nessas transações realizadas. 
Balanço de Pagamentos (BPM6) 
Conta Crédito Débito 
I) Conta Corrente 220 
I.A. Balança Comercial 80 
Exportação de Mercadorias 800 (a) 
Importação de Mercadorias 600 (b) 
100 (d) 
20 (e) 
I.B. Balança de Serviços 250 
Frete 250 (c) 
I.C. Renda primária 70 
Juros 70 (h) 
I.D. Renda secundária 20 
Recebimento de donativos 20 (e) 
III. Conta financeira 
Investimento direto 100 (d) 
Outros investimentos 300 (f) 80 (g) 
Ativos de reserva 600 (b) 
250 (c) 
80 (g) 
70 (h) 
800 (a) 
300 (f) 
 (0) A balança comercial foi superavitária em US$ 80 milhões. 
Resposta: FALSO 
(1) Verificamos um déficit em transações correntes no valor de US$ 220 milhões. 
Resposta: FALSO 
(2) A renda líquida enviada ao exterior é dada pelo saldo (com sinal trocado) da balança de renda primária e de 
renda secundária. 
𝑅𝐿𝐸𝐸 = −(−70 + 20) → 𝑅𝐿𝐸𝐸 = 50 
Assim, a renda líquida enviada ao exterior foi de US$ 50 milhões 
Resposta: VERDADEIRO 
Crédito
- A saída de divisas origina um crédito de $70
em ativos de reserva (conta financeira).
Débito
- O pagamento dos juros, uma saída de divisas,
gera um débito de $70 em rendas primárias
(conta corrente).
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(3) Na versão BPM6, a conta ativos de reserva desempenha um papel fundamental para que o saldo como um todo 
seja sempre nulo (em decorrência da técnica das partidas dobradas). Essa conta, na versão BPM5, fazia parte dos 
capitais compensatórios (cujo saldo correspondia ao saldo do BP com sinal trocado). 
Desconsiderando a conta ativos de reserva, o saldo da conta financeira é dado por: 
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 = 100 + 300 − 80 = 320 
A conta financeira apresentou um superávit de US$ 320 milhões. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) Com base nos lançamentos realizados, o saldo da conta ativos de reserva (que capta variações nas reservas 
internacionais) é: 
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 = 600 + 250 + 80 + 70 − 800 − 300 = −100 
Temos um débito de 100. Como o saldo dessa conta aumenta a débito, houve um aumento de US$ 100 milhões 
nas reservas internacionais. 
Resposta: VERDADEIRO 
17. ANPEC – 2017 – Questão 1 
Classifique as seguintes afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F): 
(0) Em uma economia fechada, o PIB coincide com o PNB. 
(1) O deflator implícito do PIB corresponde à razão entre o PNB e o PIB. 
(2) A remessa de dinheiro de brasileiros residentes no exterior a familiares no Brasil não altera a Renda Nacional 
Bruta. 
(3) Um bem que foi produzido no ano t e vendido no ano t+1 é computado no PIB do ano t e não entra no cálculo 
do PIB do ano t+1. 
(4) Supondo que o orçamento do governo esteja equilibrado, um excesso de investimentos em relação à poupança 
privada implica um déficit em transações correntes do balanço de pagamentos. 
RESOLUÇÃO: 
(0) O que diferencia o PIB do PNB é o saldo de rendas com o resto do mundo: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Se a economia é fechada, temos 𝑅𝐿𝐸𝐸 = 0. Portanto, o PIB coincide com o PNB. 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) O deflator implícito do PIB é a razão entre o PIB nominal e o PIB real: 
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𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖. 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 . 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
 
Lembrando que se trata de um índice de preços de Paasche. 
Resposta: FALSO 
(2) Sabemos que a renda líquida enviada ao exterior corresponde à soma (com sinal trocado) da balança de 
primária (antiga balança de renda) e de renda secundária (antiga transferênciasunilaterais correntes). 
Como remessa de dinheiro de brasileiros residentes no exterior a familiares no Brasil é contabilizada na rubrica 
renda secundária, essa transação afeta a RLEE, que por sua vez afeta o Produto Nacional Bruto (que equivale à 
Renda Nacional Bruta). 
Resposta: FALSO 
(3) O PIB é a soma do valor de todos os bens e serviços finais produzidos na economia em determinado período. 
Assim, de fato, um bem (final) que foi produzido no ano t e vendido no ano t+1 é computado no PIB do ano t e não 
entra no cálculo do PIB do ano t+1. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) Caso o governo tenha um orçamento equilibrado (gasta exatamente sua renda líquida), a poupança pública é 
nula: 𝑆𝐺𝑜𝑣 = 0. 
A partir da igualdade entre poupança e investimento: 
𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 → 𝐼 = 𝑆𝑃 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 → 𝐼 − 𝑆𝑃 = 𝑆𝐸𝑥𝑡 
Se tivermos um excesso do investimento sobre a poupança privada, a poupança externa é positiva: 
𝐼 − 𝑆𝑃 = 𝑆𝐸𝑥𝑡 > 0 
Se a poupança externa é positiva, há um déficit em transações correntes do balanço de pagamentos (lembre que 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶). 
Resposta: VERDADEIRO 
18. ANPEC – 2017 – Questão 2 
Avalie as assertivas abaixo: 
(0) No sistema de contas nacionais, a formação de estoques não afeta a renda. 
(1) Se, em 2014, foram vendidas 120 unidades de um bem A a R$ 30,00 cada e 60 unidades de um bem B a R$ 15,00 
cada, e, em 2015, foram vendidas 120 unidades de A a R$ 35,00 cada e 80 unidades de B a R$ 15,00 cada, então, 
tomando-se apenas esses dois bens, o índice de preços de Paasche em 2015 (2014 como base) foi de 1,125. 
(2) Se a relação entre o preço dos bens finais importados e o preço dos bens finais produzidos no país aumenta, a 
relação entre o deflator do PIB e o índice de preços ao consumidor também aumenta. 
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(3) Se, em determinado ano, foi registrado um déficit de US$ 800 bilhões nas transações correntes dos EUA, as 
reservas internacionais mantidas por seu Banco Central caíram em US$ 5 bilhões e os Bancos Centrais do resto do 
mundo compraram US$ 440 bilhões para serem adicionados às suas próprias reservas, então o saldo de US$ 435 
bilhões foi a medida da contribuição de todos os Bancos Centrais para cobrir o déficit em transações correntes dos 
EUA naquele ano. 
(4) Quando uma cafeteria localizada nos EUA compra um lote de grãos de café do Brasil, registram-se, no balanço 
de pagamentos brasileiro, um crédito nas transações correntes e um débito na conta capital. 
RESOLUÇÃO: 
(0) A formação de estoques é contabilizada no investimento da economia: 
𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 
Na medida em que a variação de estoques afeta os investimentos, haverá um impacto na renda. Isto porque, pela 
ótica da despesa (e segundo a identidade contábil básica produto = renda = despesa): 
𝑌 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) 
Resposta: FALSO 
(1) O item nos apresenta as seguintes informações: 
Ano Bem Preço (R$) Quantidade 
2014 
A 30 120 
B 15 60 
2015 
A 35 120 
B 15 80 
O índice de preços de Paasche em 2015 (2014 como base) corresponde ao deflator implícito do PIB neste período: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟2015 =
∑ 𝑃2015
𝑖 . 𝑄2015
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃2014
𝑖 . 𝑄2015
𝑖𝑛
𝑖=1
=
35(120) + 15(80)
30(120) + 15(80)
=
5.400
4.800
= 1,125 
Resposta: VERDADEIRO 
(2) O deflator implícito do PIB, definido como a razão entre o PIB nominal e o PIB real, mede a variação dos preços 
de todos os bens e serviços finais produzidos na economia, tendo o período atual como fator de ponderação. 
Assim, esse índice não inclui as importações em seu cálculo. 
Por sua vez, o índice de preços ao consumidor mensura a variação nos preços de uma cesta de consumo, incluindo, 
portanto, bens produzidos internamente e importados. 
Temos, pois, que se a relação entre o preço dos bens finais importados e o preço dos bens finais produzidos no país 
aumenta, a relação entre o deflator do PIB e o índice de preços ao consumidor diminui (pois sabemos que o índice 
de preços ao consumidor aumentará mais que proporcionalmente, dado que inclui importados e o deflator, não). 
Resposta: FALSO 
(3) A contribuição de todos os Bancos Centrais para cobrir o déficit em transações correntes dos EUA naquele ano 
corresponde ao saldo de US$ 440 bilhões, valor dos títulos americanos que eles compraram para serem 
adicionados às suas próprias reservas. 
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Resposta: FALSO 
(4) O item descreve uma exportação de grãos, cujo registro é um crédito (dado que exportação gera entrada de 
divisas no país) em transações correntes (mais precisamente na balança comercial), e um débito equivalente na 
conta ativos de reserva (o saldo dessa conta aumenta a débito), que faz parte da conta financeira. 
Resposta: FALSO 
19. ANPEC – 2018 – Questão 1 
Suponha que as seguintes operações foram registradas para a economia brasileira durante o ano t: 
• Uma firma exporta um bem por 300 mil dólares e o pagamento será feito daqui a 90 dias; 
• Um importador compra vinho de uma empresa chilena por 500 mil dólares e o pagamento será feito daqui a 30 
dias; 
• Um investidor local investe 1 milhão de dólares no Paraguai num projeto de exploração de gás natural; 
• Uma firma paga 200 mil dólares a um banco irlandês por serviços financeiros (comissões e juros); 
• O governo efetua uma doação de 300 mil dólares à Bolívia; 
• Um fundo de investimento da Inglaterra investe 500 mil dólares na bolsa de valores brasileira; 
• Um fundo de investimento brasileiro investe 300 mil dólares em bônus internacionais. 
Com base nas informações acima, classifique as seguintes afirmativas como verdadeiras (V) ou falsas (F) para o 
ano t: 
(0) O saldo da balança comercial foi deficitário em 200 mil dólares. 
(1) O saldo da conta de transações correntes do balanço de pagamentos foi deficitário em 400 mil dólares. 
(2) O saldo total do balanço de pagamentos foi deficitário em 1,3 milhão de dólares. 
(3) O saldo da conta capital e financeira do balanço de pagamentos foi deficitário em 600 mil dólares. 
(4) As reservas internacionais reduziram 300 mil dólares. 
RESOLUÇÃO: 
Vamos fazer os lançamentos (em mil dólares) associados as transações apresentadas. 
(a) Uma firma exporta um bem por 300 mil dólares e o pagamento será feito daqui a 90 dias; 
 
(b) Um importador compra vinho de uma empresa chilena por 500 mil dólares e o pagamento será feito daqui a 30 
dias; 
Crédito
- A exportação do bem, uma entrada de divisas,
é registrada como um crédito de $300 em
exportações (balança comercial - conta
corrente).
Débito
- O financiamento é lançado como um débito
de $300 em outros investimentos (conta
financeira).
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(c) Um investidor local investe 1 milhão de dólares no Paraguai num projeto de exploração de gás natural; 
 
(d) Uma firma paga 200 mil dólares a um banco irlandês por serviços financeiros (comissões e juros); 
 
(e) O governo efetua uma doação de 300 mil dólares à Bolívia; 
 
(f) Um fundo de investimento da Inglaterra investe 500 mil dólares na bolsa de valores brasileira; 
 
(g) Um fundo de investimento brasileiro investe 300 mil dólares em bônus internacionais. 
 
Crédito
- O financiamento é lançado como um crédito
de $500 em outros investimentos (conta
financeira).
Débito
- A importação do bem, uma saída de divisas, é
registrada como um débito de $500 em
importações (balança comercial - conta
corrente).
Crédito
- A saída de divisas que acontece é lançada
como um crédito de 1.000 em ativos de reserva
(conta financeira). Lembre que o saldo dessa
conta diminui a crédito.
Débito
- A realização do investimento direto no
exterior, uma saída de divisas, é registada como
um débito de 1.000 eminvestimento direto
(conta financeira).
Crédito
- A saída de divisas que acontece é lançada
como um crédito de 200 em ativos de reserva
(conta financeira). Lembre que o saldo dessa
conta diminui a crédito.
Débito
- O pagamento de comissões e juros ao
exterior, uma saída de divisas, é registada como
um débito de 200 em renda primária (conta
corrente).
Crédito
- A saída de divisas que acontece é lançada
como um crédito de $300 em ativos de reserva
(conta financeira). Lembre que o saldo dessa
conta diminui a crédito.
Débito
- A doação feita para a Bolívia, uma saída de
divisas, é registada como um débito de $300 em
renda secundária (conta corrente).
Crédito
- O investimento na bolsa brasileira, uma
entrada de divisas, é lançado como um crédito
de $500 em investimento em carteira (conta
financeira).
Débito
- A entrada de divisas que acontece é lançada
como um débito de $500 em ativos de reserva
(conta financeira). Lembre que o saldo dessa
conta diminui a débito.
Crédito
- A saída de divisas origina um crédito de $300
em ativos de reserva (conta financeira).
Débito
- O investimento nos bônus internacionais,
uma saída de divisas, é lançado como um débito
de $300 em investimento em carteira (conta
financeira).
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A seguir, veja a estrutura resumida do BP com base nessas transações realizadas. 
Balanço de Pagamentos (BPM6) 
Conta Crédito Débito 
I) Conta Corrente 700 
I.A. Balança Comercial 200 
Exportação de Mercadorias 300 (a) 
Importação de Mercadorias 500 (b) 
I.B. Balança de Serviços 
Frete 
I.C. Renda primária 
Comissões e juros 200 (d) 
I.D. Renda secundária 
Donativos 300 (e) 
III. Conta financeira 700 
Investimento direto 1.000 (c) 
Investimento em carteira 500 (f) 300 (g) 
Outros investimentos 500 (b) 300 (a) 
Ativos de reserva 1.000 (c) 
200 (d) 
300 (e) 
300 (g) 
500 (f) 
(0) O saldo da balança comercial foi deficitário em 200 mil dólares. 
Só relembrando que a balança comercial inclui apenas exportação e importação de bens. As transações 
envolvendo serviços são contabilizadas na balança de serviços. 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) O saldo em transações correntes foi deficitário em 700 mil dólares. 
Resposta: FALSO 
(2) No BPM6, a conta ativos de reserva desempenha o papel de garantir que o saldo total do BP seja nulo (em 
decorrência da técnica das partidas dobradas). 
Para responder esse item, vamos calcular o saldo da conta financeira, desconsiderando os ativos de reserva. 
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 = 500 + 500 − 1.000 − 300 − 300 = −600 
Somando esse saldo com o da conta corrente: 
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐵𝑃 = −600 − 700 = −1.300 
O saldo do BP foi, de fato, deficitário em 1,3 milhão de dólares. 
Resposta: VERDADEIRO 
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(3) Acabamos de ver no item anterior que, desconsiderando a conta ativos de reserva, temos um saldo na conta 
financeira deficitário em 600 mil dólares. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) Para verificarmos em quanto as reservas internacionais variaram, precisamos conhecer o saldo da conta ativos 
de reserva. 
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 = 1.000 + 200 + 300 + 300 − 500 = 1.300 
O saldo total dessa conta é um crédito de 1,3 milhão de dólares. Como o saldo de ativos de reserva diminui a 
crédito, as reservas internacionais foram reduzidas exatamente em 1,3 milhão de dólares (montante utilizado para 
financiar o déficit no BP). 
Resposta: FALSO 
20. ANPEC – 2019 – Questão 1 
Avalie como verdadeiras ou falsas as seguintes afirmativas: 
(0) O PIB real refere-se à contabilização do valor de mercado, ao preço de um período base, de tudo o que foi 
produzido de bens e serviços finais dentro de um território. 
(1) Os rendimentos pagos aos empregados domésticos não são contabilizados no sistema de Contas Nacionais. 
(2) Se o PIB nominal cresceu 50% e o PIB real cresceu 20%, então o deflator implícito do PIB é de 30%. 
(3) Os estoques indesejados são contabilizados como investimento nas Contas Nacionais. 
(4) Os pagamentos de juros de empréstimos realizados por empresas privadas nacionais junto a instituições 
financeiras estrangeiras fazem parte da conta de transações correntes do balanço de pagamentos. 
RESOLUÇÃO: 
(0) O item traz a definição do conceito de PIB real (a preços constantes), utilizado principalmente em análises de 
séries temporais. 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) Os rendimentos pagos aos empregados domésticos são contabilizados como salários, e portanto, fazem parte 
do cálculo do PIB. Sob a ótica da renda, o PIB corresponde a soma das remunerações de todos os fatores de 
produção. 
Resposta: FALSO 
(2) O deflator implícito do PIB é dado pela razão entre o PIB nominal e o PIB real. Com base nos dados apresentados 
na questão, temos: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 
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A taxa de variação do deflator pode ser aproximada por: 
Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 = Δ𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 − Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 
Substituindo os valores fornecidos no item: 
Δ𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑏,𝑡 = (1 + 0,5) − (1 + 0,2) = 1,3 
Ou seja, o deflator implícito do PIB teve um crescimento de aproximadamente 30%. 
Perceba que esse valor representa a taxa de crescimento do deflator, e não o seu valor. Por isso o item é falso. 
Resposta: FALSO 
(3) O investimento bruto de uma economia é composto pela formação bruta de capital fixo e formação de 
estoques: 
I = FBKF + ΔEstoque 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) O pagamento de juros faz parte da balança de rendas primárias, que está inserida nas transações correntes do 
BP. 
Resposta: VERDADEIRO 
21. ANPEC – 2019 – Questão 1 
Um país realizou durante um ano as seguintes transações com o exterior: 
•Recebimento de doações humanitárias, na forma de alimentos, no valor de 1 bilhão. 
•Importações de mercadorias no valor FOB de 7 bilhões. 
•Pagamento de 13 bilhões em amortizações da dívida externa. 
•Pagamentos de juros da dívida externa no valor de 5 bilhões. 
•Exportações de mercadorias no valor FOB de 15 bilhões. 
•Recebimento de novos empréstimos e financiamento do exterior no valor de 16 bilhões. 
•Pagamentos de fretes internacionais no valor de 3 bilhões. 
Com base nestas informações e supondo a inexistência de erros e omissões, avalie como verdadeiras ou falsas as 
assertivas abaixo: 
(0) O saldo da balança comercial foi superavitário em 8 bilhões. 
(1) O saldo da conta de transações correntes foi zero. 
(2) O PNB foi menor que o PIB. 
(3) Houve uma saída líquida de 2 bilhões pela conta financeira do balanço de pagamentos. 
(4) Houve acumulação líquida de 3 bilhões de reservas internacionais pelo Banco Central. 
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RESOLUÇÃO: 
Os lançamentos (em bilhões) associados as transações apresentadas são feitos a seguir. 
(a) Recebimento de doações humanitárias, na forma de alimentos, no valor de 1 bilhão. 
 
(b) Importações de mercadorias no valor FOB de 7 bilhões. 
 
(c) Pagamento de 13 bilhões em amortizações da dívida externa. 
 
(d) Pagamentos de juros da dívida externa no valor de 5 bilhões. 
 
(e) Exportações de mercadorias no valor FOB de 15 bilhões. 
 
(f) Recebimento de novos empréstimos e financiamento do exterior no valor de 16 bilhões. 
 
Crédito
- O recebimento das doações humanitárias,
uma entrada de divisas, é registrado como um
crédito de $1 em rendas secundárias (conta
corrente).
Débito
- Como os donativos foram recebidos na forma
de alimentos, há um débito de $1 em
importações (balança comercial - conta
corrente).
Crédito
- A saída de divisas que acontece é lançada
como um créditode $7 em ativos de reserva
(conta financeira). Lembre que o saldo dessa
conta diminui a crédito.
Débito
- A importação de mercadorias, uma saída de
divisas, é registrada como um débito de $7 em
importações (balança comercial - conta
corrente).
Crédito
- A saída de divisas que acontece é lançada
como um crédito de $13 em ativos de reserva
(conta financeira).
Débito
- O pagamento das amortizações, uma saída de
divisas, é registrado como um débito de $13 em
outros investimentos (conta financeira).
Crédito
- A saída de divisas que acontece é lançada
como um crédito de $5 em ativos de reserva
(conta financeira).
Débito
- O pagamento dos juros, uma saída de divisas,
é registrado como um débito de $5 em rendas
primárias (conta corrente).
Crédito
- A exportação de mercadorias, uma entrada de
divisas, é registrada como um crédito de $15 em
exportações (balança comercial - conta
corrente).
Débito
- A entrada de divisas que acontece é lançada
como um débito de $15 em ativos de reserva
(conta financeira). Lembre que o saldo dessa
conta aumenta a débito.
Crédito
- O recebimento de empréstimos e
financiamentos, uma entrada de divisas, é
registrado como um crédito de $16 em outros
investimentos (conta financeira).
Débito
- A entrada de divisas que acontece é lançada
como um débito de $16 em ativos de reserva
(conta financeira).
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(g) Pagamentos de fretes internacionais no valor de 3 bilhões. 
 
A estrutura do Balanço de Pagamentos fica da seguinte forma: 
Balanço de Pagamentos (BPM6) 
Conta Crédito Débito 
I) Conta Corrente 0 
I.A. Balança Comercial 7 
Exportação de Mercadorias 15 (e) 
Importação de Mercadorias 1 (a) 
7 (b) 
I.B. Balança de Serviços 3 
Frete 3 (g) 
I.C. Renda primária 5 
Comissões e juros 5 (d) 
I.D. Renda secundária 1 
Donativos 1 (a) 
III. Conta financeira 0 
Outros investimentos 16 (f) 13 (c) 
Ativos de reserva 7 (b) 
13 (c) 
5 (d) 
3 (g) 
15 (e) 
16 (f) 
(0) O saldo da balança comercial apresenta um superávit no valor de 7 bilhões. Vale destacar que devemos lançar 
como importação o valor dos bens recebidos na forma de doação. E não custa nada reforçar: a balança comercial 
inclui apenas exportação e importação de bens. 
Resposta: FALSO 
(1) Vimos que o saldo em transações correntes foi zero na situação apresentada. 
Resposta: VERDADEIRO 
(2) Para chegar a alguma conclusão em relação a diferença entre PIB e PNB, devemos obter a renda líquida enviada 
ao exterior: 
𝑅𝐿𝐸𝐸 = −(𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑝𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑎 + 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑟𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑎) 
𝑅𝐿𝐸𝐸 = −(−5 + 1) = 4 > 0 
Sabendo que 𝑅𝐿𝐸𝐸 > 0 e 𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸, temos que o PNB é menor que o PIB. 
Resposta: VERDADEIRO 
Crédito
- A saída de divisas que acontece é lançada
como um crédito de $3 em ativos de reserva
(conta financeira).
Débito
- O pagamento de fretes, uma saída de divisas,
é registrado como um débito de $3 na balança
de serviços (conta corrente).
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(3) No BPM6, a conta ativos de reserva desempenha um papel importante para garantir que o saldo global seja 
nulo (uma consequência da técnica das partidas dobradas). No BPM5, essa conta fazia parte dos capitais 
compensatórios (e não da conta financeira). 
Vejamos qual o saldo da conta financeira, sem ativos de reserva. 
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 = 16 − 13 
Desconsiderando a conta ativos de reserva, a conta financeira do BP foi superavitária, ou seja, houve uma entrada 
líquida de 3 bilhões. 
Resposta: FALSO 
(4) Para verificarmos em quanto as reservas internacionais variaram, precisamos conhecer o saldo da conta ativos 
de reserva. 
𝑆𝑎𝑙𝑑𝑜 𝐴𝑡𝑖𝑣𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑠𝑒𝑟𝑣𝑎 = 7 + 13 + 5 + 3 − 15 − 16 = −3 
O saldo total dessa conta é um débito de 3 bilhões. Como o saldo de ativos de reserva aumenta a débito, as reservas 
internacionais tiveram um aumento de 3 bilhões. 
Resposta: VERDADEIRO 
22. ANPEC – 2020 – Questão 1 
Com base na sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (BPM6), avalie 
as seguintes afirmativas como verdadeiras ou falsas: 
(0) As variações nas reservas internacionais são contabilizadas na Conta Financeira como Ativos de Reserva. 
(1) Os salários recebidos por trabalhadores residentes, quando trabalham para uma empresa não residente no país, 
são contabilizados na Conta de Serviços. 
(2) As remessas de dinheiro de imigrantes no exterior para seus países de origem são contabilizadas na Conta 
Capital. 
(3) A amortização de um passivo externo é contabilizada na Conta de Rendas Primárias. 
(4) O saldo da Conta Financeira é calculado pela diferença entre a aquisição líquida de Ativos Financeiros e a 
incidência líquida de Passivos Financeiros. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Com a adoção do BPM6, as variações nas reservas internacionais passaram a ser contabilizadas na Conta 
Financeira como Ativos de Reserva. Essa é uma grande mudança em relação à versão anterior, o BPM5. 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) A remuneração desses trabalhadores é contabilizada na rubrica renda primária (antiga balança de renda), que 
capta as remunerações dos fatores de produção. 
Resposta: FALSO 
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(2) Essas remessas de dinheiro de imigrantes no exterior para seus países de origem são registradas na rubrica 
renda secundária (antiga transferências unilaterais correntes), que faz parte das transações correntes, e não da 
conta capital. 
Resposta: FALSO 
(3) Da mesma forma que no BPM5, a amortização continua incluída em outros investimentos, na conta financeira. 
Resposta: FALSO 
(4) O item descreve com exatidão a nova forma em que é obtido o saldo da conta financeira. 
Resposta: VERDADEIRO 
23. ANPEC – 2020 – Questão 3 
Avalie as seguintes afirmativas: 
(0) Para fins de registro nas Contas Nacionais, o investimento é qualquer gasto em bem ou serviço final que 
aumenta a capacidade da economia de produzir mais no futuro. 
(1) O Produto Nacional Bruto de um país é a soma de todos os pagamentos a fatores de produção empregados 
dentro de suas fronteiras. 
(2) A diferença entre Produto Interno Bruto e Produto Nacional Bruto de um país deve-se exclusivamente ao 
pagamento de fatores de produção empregados nesse país que são propriedade de não residentes. 
(3) Nas Contas Nacionais, o investimento das famílias em capital humano é contabilizado como gasto de consumo. 
(4) A melhora da qualidade dos produtos enviesa o PIB para cima. 
RESOLUÇÃO: 
(0) O investimento bruto é composto pela formação bruta de capital fixo (que é qualquer gasto em bem ou serviço 
final que aumenta a capacidade da economia de produzir mais no futuro) mais a acumulação de estoque. 
𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒 
O item é falso, pois excluiu a acumulação de estoques da definição de investimento. 
Resposta: FALSO 
(1) O Produto Nacional Bruto inclui a remuneração paga aos fatores de produção de posse dos residentes, não 
importa se esses fatores estão dentro ou fora das fronteiras do país. Relembrando que o PIB se diferencia do PNB 
em virtude da renda líquida enviada ao exterior: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
O Produto Interno Bruto de um país é a soma de todos os pagamentos a fatores de produção empregados dentro de suas 
fronteiras. 
Resposta: FALSO 
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(2) Conforme acabamos de ver no item anterior, a diferença entre PIB e PNB se refere à renda líquida enviada ao 
exterior. Tal conceito inclui a renda enviada ao exterior (pagamento de fatores de produção empregados nesse 
país que são propriedadede não residentes) e a renda recebia do exterior (recebimento de remuneração de fatores 
de produção localizados no resto do mundo, que são propriedade de residentes). Logo o item se torna falso ao 
empregar a palavra “exclusivamente”. 
Muito cuidado, beleza?! 
Resposta: FALSO 
(3) Conforme vimos no item (0), no contexto de contas nacionais, o investimento agregado inclui a formação bruta 
de capital fixo e a acumulação de estoques. 
Tendo em vista que o investimento das famílias em capital humano não se enquadra em investimento agregado, 
ele é contabilizado como gasto de consumo. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) A melhora da qualidade dos produtos é de difícil mensuração e enviesa o PIB para BAIXO. 
Vamos pensar em uma situação para ilustrar esse fato. Antigamente a capacidade de processamento dos 
computadores era bem menor que hoje, sendo necessários, por exemplo, uma certa quantia de aparelhos para 
executar uma determinada função. Com o passar do tempo, os computadores foram ficando mais potentes, de 
modo que menos equipamentos sejam utilizados para desempenhar a mesma tarefa. Dessa forma, tudo o mais 
mantido constante, tende a haver uma diminuição nas estimativas do PIB real, isto é, do PIB a preços constantes 
(que mensura as variações no volume produzido). Importante perceber, que embora a melhora na qualidade dos 
produtos enviese o PIB para baixo, tal fato representa, de um modo geral, uma melhora na qualidade de vida das 
pessoas. 
Resposta: FALSO 
24. ANPEC – 2020 – Questão 11 
Considere uma economia hipotética fechada que produz e consome apenas três tipos de bens finais: X, Y e Z. 
Segundo a tabela a seguir para o ano-base e o ano corrente, avalie as afirmativas como verdadeiras ou falsas. O 
preço de cada bem é expresso em unidades monetárias ($). 
Ano Bens Quantidade (Unidades) Preço ($) 
Base 
X 3.000 2 
Y 6.000 3 
Z 8.000 4 
Corrente 
X 4.000 3 
Y 14.000 2 
Z 32.000 5 
(0) O PIB real para o ano corrente foi de $ 178.000. 
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(1) O PIB real cresceu mais do que 250% entre o ano-base e o ano corrente. 
(2) O deflator do PNB entre o ano-base e o ano corrente foi inferior a 10%. 
(3) A mudança percentual no nível de preços entre o ano-base e o ano corrente medida pelo deflator do PNB foi 
superior à medida por um índice de preços ao consumidor do tipo Laspeyres. 
(4) Os bens Y e Z são complementares. 
RESOLUÇÃO: 
(0) O PIB real no ano corrente mensura a produção corrente aos preços do período base. Assim: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 = ∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑡
𝑖
𝑛
𝑖=1
 
Portanto: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 = 2(4.000) + 3(14.000) + 4(32.000) → 𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 = 178.000 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) Para resolver esse item, primeiro vamos calcular o PIB real no período base: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑏
𝑏 = 𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑏 = ∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑏
𝑖
𝑛
𝑖=1
 
Substituindo as informações fornecidas pela questão: 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑏
𝑏 = 2(3.000) + 3(6.000) + 4(8.000) → 𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑏
𝑏 = 56.000 
A taxa de variação no PIB real é aproximadamente: 
Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙 =
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 − 𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑏
𝑏
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑏
𝑏 → Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙 =
178.000 − 56.000
56.000
→ Δ𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙 = 2,1785 
Houve um aumento de 217,85% no PIB real entre o ano base e o ano corrente, ou seja, a taxa de crescimento foi 
MENOR do que 250%. 
Resposta: FALSO 
(2) O Deflator do PIB é dado pela razão entre o PIB nominal e o PIB real: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 
Vamos obter o PIB nominal no ano corrente: 
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 = ∑ 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑡
𝑖
𝑛
𝑖=1
 
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 = 3(4.000) + 2(14.000) + 5(32.000) → 𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡 = 200.000 
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O Deflator do PIB é dado por: 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
200.000
178.000
→ 𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 = 1,1236 
Dessa forma, encontramos uma variação de 12,36% (= (1,1236 − 1)100%) no nível de preços entre o ano base 
e o ano corrente. Valor superior a 10%. 
Resposta: FALSO 
(3) Vamos calcular o índice de preços de Laspeyres (lembre-se de que ele utiliza as quantidades do período base 
como fator de ponderação): 
𝐼𝑃𝐶𝑡 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑏
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑏
𝑖𝑛
𝑖=1
 
No item (1), nós encontramos o PIB nominal no ano base, ∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑏
𝑖𝑛
𝑖=1 = 56.000. Então: 
𝐼𝑃𝐶𝑡 =
3(3.000) + 2(6.000) + 5(8.000)
56.000
→ 𝐼𝑃𝐶𝑡 =
55.000
56.000
→ 𝐼𝑃𝐶𝑡 = 0,9821 
O IPC indica uma redução de 1,79% nos preços entre o período base e o corrente (= (0,9821 − 1)100%), sendo 
menor que a variação indicada pelo deflator do PIB. 
Resposta: VERDADEIRO 
(4) Calma que a aula é de Macro mesmo (não é de Micro não rsrsrsrs). 
Dois bens são classificados como complementares, quando são consumidos juntos. Podemos verificar isso por 
meio da elasticidade preço cruzada. 
Caso ela seja negativa, os bens são complementares; se for positiva, os bens são substitutos; e se for nula, os bens 
são independentes. Tratamos desse assunto com mais detalhes em uma aula de Micro. 
Vamos calcular a elasticidade preço cruzada entre os bens Y e Z: 
𝜀 =
Δ𝑄𝑌 𝑄𝑏
𝑌⁄
Δ𝑃𝑍 𝑃𝑏
𝑍⁄
 
𝜀 =
(14.000 − 6.000) 6.000⁄
(5 − 4) 4⁄
→ 𝜀 =
1,3333
0,25
→ 𝜀 = 5,33 > 0 
Encontramos um valor positivo, indicando que nessa situação os bens se comportam como substitutos. 
Resposta: FALSO 
25. ANPEC – 2021 – Questão 1 
Avalie as assertivas abaixo: 
(1) Despesas com pagamentos de juros, lucros e dividendos a não residentes elevam o déficit na Conta Financeira 
do Balanço de Pagamentos. 
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(2) Em uma economia aberta, o Produto Interno Bruto (PIB) é determinado pelos gastos com bens e serviços 
domésticos realizados apenas por residentes do país. 
(3) Se pensarmos no mundo com apenas dois países, Brasil e Resto do Mundo, um aumento da poupança do Resto 
do Mundo levará a um aumento no déficit comercial brasileiro. 
RESOLUÇÃO: 
(1) Em conformidade com o BPM6, despesas com pagamentos de juros, lucros e dividendos são incluídos na renda 
primária (antiga balança de rendas), contribuindo para elevar o déficit em transações correntes. 
Resposta: FALSO 
(2) O Produto Interno Bruto (PIB) é determinado pelos gastos com bens e serviços domésticos realizados dentro 
das fronteiras do país em determinado período de tempo, não importando se esses gastos são feitos por residentes 
ou não residentes. 
Resposta: FALSO 
(3) A poupança externa equivale ao déficit em transações correntes: 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 
Com base na sexta edição do Manual do Balanço de Pagamentos do Fundo Monetário Internacional (BPM6), 
dentro das transações correntes estão inseridas a balança comercial, a balança de serviços, renda primária (antiga 
balança de renda) e renda secundária (antiga transações unilaterais correntes). 
Temos, portanto, que um aumento na poupança externa eleva o déficit em transações correntes, e não 
necessariamente o déficit comercial (que é apenas um item das transações correntes). 
Resposta: FALSO 
26. ANPEC – 2021 – Questão 10 
Assinale como verdadeiras ou falsas as assertivas abaixo: 
(0) Se uma firma localizada no Brasil é de propriedade de residentes na China, a remuneração de tais residentes 
por conta dessa propriedade não entra no cômputo do PIB do Brasil. 
(1) Se uma firma localizada no Brasil é de propriedade de residentes na China, a remuneração de tais residentes 
por conta dessa propriedade não entra no cômputo do PNB da China. 
(4) Por definição, a Renda Nacional deve ser igual ao Produto Nacional Líquido a Custo de Fatores. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Lembre-se de que o PIB contabiliza o valor de todos os bens e serviços finais produzidos em determinada 
economia ao longo de certo período. Temos,portanto, que o PIB registra tudo o que é produzido internamente, 
independente da origem dos fatores de produção. Sob a ótica da renda, o PIB engloba a remuneração de todos os 
fatores de produção localizados dentro das fronteiras do país, não importando se são posse de residentes ou não 
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residentes. Assim, a remuneração dos chineses obtida em virtude da propriedade de uma firma localizada no Brasil 
entra sim no cômputo do PIB brasileiro. 
Essa remuneração faz parte da renda enviada ao exterior, de modo que não faça parte do PNB brasileiro. Nesse 
conceito, o PNB, são consideradas as remunerações dos fatores de produção de posse de residentes 
(independente se estão dentro da fronteira do país ou não). 
A diferença entre o PIB e o PNB é exatamente o fluxo de rendas do país com o resto do mundo. Mais precisamente, 
o PNB corresponde ao PIB menos a renda líquida enviada ao exterior: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Resposta: FALSO 
(1) Acabamos de ver no item (0) que o PNB inclui a remuneração dos fatores de produção possuídos por residentes 
do país, não importando se esses fatores estão dentro ou fora do território. Dessa forma, a remuneração da firma 
localizada no Brasil, de propriedade dos chineses, entra no PNB da China. 
Resposta: FALSO 
(4) Essa é exatamente a definição do conceito de Renda Nacional. 
A Renda Nacional Líquida (RNL), também denominada Renda Nacional (RN), equivale ao Produto Nacional 
Líquido a custo de fatores: 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 (𝑅𝑁𝐿) = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 (𝑅𝑁) = 𝑃𝑁𝐿𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐿𝑐𝑓 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Resposta: VERDADEIRO 
27. ANPEC – 2021 – Questão 12 
Com base nas seguintes informações do Sistema de Contas Nacionais, calcule a poupança do setor privado: 
Transações....................................................Valores em R$ 
Consumo do governo .....................................................100 
Transferências do governo................................................20 
Subsídios do governo .......................................................20 
Impostos diretos ................................................................30 
Impostos indiretos .............................................................40 
Déficit em transações correntes ........................................10 
Formação Bruta de Capital Fixo ........................................30 
Variação de estoques ........................................................20 
Outras receitas líquidas do governo ..................................60 
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RESOLUÇÃO: 
A questão nos pede para obtermos a poupança privada. Para isso, usaremos a identidade entre poupança e 
investimento em uma economia aberta: 
𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝐼 
Sabemos que a poupança externa equivale ao saldo do Balanço de Pagamentos em transações correntes (mas 
com sinal trocado): 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 → 𝑆𝐸𝑥𝑡 = −(−10) → 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 10 
A poupança do governo é dada pela diferença entre sua receita líquida e seus gastos com consumo corrente: 
𝑆𝐺𝑜𝑣 = 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 
E a renda líquida do governo é dada por: 
𝑅𝐿𝐺 = 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 − 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 − 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠
+ 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝐺𝑜𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜 
Assim, substituindo as informações fornecidas pelo enunciado: 
𝑆𝐺𝑜𝑣 = (30 + 40 − 20 − 20 + 60) − 100 → 𝑆𝐺𝑜𝑣 = −10 
Sabemos, também, que o investimento bruto é dado pela soma da formação bruta de capital fixo com a 
acumulação de estoques: 
𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 → 𝐼 = 30 + 20 → 𝐼 = 50 
De posse das informações que obtivemos, podemos encontrar a poupança do setor privado: 
𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝐼 → 𝑆𝑃 = 𝐼 − 𝑆𝐺𝑜𝑣 − 𝑆𝐸𝑥𝑡 → 𝑆𝑃 = 50 − 10 − (−10) → 𝑆𝑃 = 50 
Resposta: 50 
28. ANPEC – 2022 – Questão 1 
No Balanço de Pagamentos de um país, no ano t, foram contabilizadas as seguintes operações: 
a) Uma empresa estrangeira realizou um investimento direto em uma subsidiária no país, em forma de máquinas 
e equipamentos, no valor de $10 bilhões. 
b) O país exportou alimentos no valor de $20 bilhões. 
c) Organizações Não Governamentais do país receberam donativos, em mercadorias, no valor de $1 bilhão. 
d) Subsidiárias nacionais no exterior enviaram lucros para suas matrizes no país no valor de $15 bilhões. 
e) O país importou petróleo no valor de $10 bilhões. 
f) Houve uma saída líquida de capitais para investimentos em carteira no valor de $25 bilhões. 
Com base nas informações acima, avalie as seguintes afirmativas como verdadeiras ou falsas: 
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(0) Os donativos recebidos tiveram um impacto positivo sobre o saldo em transações correntes no valor de $1 
bilhão. 
(1) O investimento direto realizado pela empresa estrangeira teve um impacto negativo sobre o saldo em 
transações correntes no valor de $10 bilhões. 
(2) O país teve um superávit na balança comercial. 
(3) O PIB foi maior do que o PNB. 
(4) Não houve variação nas reservas internacionais. 
RESOLUÇÃO: 
Antes de respondermos cada item, vamos fazer os lançamentos contábeis referentes a cada operação. 
a) Uma empresa estrangeira realizou um investimento direto em uma subsidiária no país, em forma de máquinas 
e equipamentos, no valor de $10 bilhões. 
 
b) O país exportou alimentos no valor de $20 bilhões. 
 
c) Organizações Não Governamentais do país receberam donativos, em mercadorias, no valor de $1 bilhão. 
 
d) Subsidiárias nacionais no exterior enviaram lucros para suas matrizes no país no valor de $15 bilhões. 
Crédito
- Quando a empresa estrangeira realiza um
investimento direto na subsidiária no país,
temos um crédito de $10 bilhões na conta
investimento direto (conta financeira).
Débito
- Como o investimento foi realizado na forma
de máquinas e equipamentos (esses itens
entraram no país), temos um débito na conta
importações no valor de $10 bilhões (balança
comercial - conta corrente).
Crédito
- Quando o país exporta alimentos, há uma
entrada de divisas. Portanto, teremos um
crédito de $20 bilhões na conta exportações
(balança comercial - conta corrente).
Débito
- Essa entrada de divisas provoca um aumento
nos ativos de reserva. Como essa conta
aumenta a débito, teremos um débito de $20
bilhões na conta ativos de reserva (conta
financeira).
Crédito
- O recebimento de donativos configura uma
entrada de divisas no país, de tal forma que seja
lançado um crédito de $1 bilhão em rendas
secundárias (conta corrente).
Débito
- Como a doação foi realizada em mercadorias
(esses itens entraram no país), temos um débito
na conta importações no valor de $1 bilhão
(balança comercial - conta corrente).
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e) O país importou petróleo no valor de $10 bilhões. 
 
f) Houve uma saída líquida de capitais para investimentos em carteira no valor de $25 bilhões. 
 
A seguir, veja a estrutura do BP com base nessas transações realizadas. 
Balanço de Pagamentos (BPM6) 
Conta Crédito Débito 
I) Conta Corrente 15 bilhões 
I.A. Balança Comercial 1 bilhão 
Exportação de Mercadorias 20 bilhões (b) 
Importação de Mercadorias 
 
10 bilhões (a) 
1 bilhão (c) 
10 bilhões (e) 
I.C. Renda primária 15 bilhões 
Lucros e dividendos 15 bilhões (d) 
I.D. Renda secundária 1 bilhão 
Recebimento de donativos 1 bilhão (c) 
III. Conta financeira 15 bilhões 
Investimento direto 10 bilhões (a) 
 
 
Investimento em carteira 25 bilhões (f) 
Ativos de reserva 10 bilhões (e) 
25 bilhões (f) 
20 bilhões (b)15 bilhões (d) 
Crédito
- O recebimento dos lucros pelas matrizes no
país gera uma entrada de divisas, sendo
lançado um crédito no valor de $15 bilhões em
renda primária (conta corrente).
Débito
- Essa entrada de divisas provoca um aumento
nos ativos de reserva. Como essa conta
aumenta a débito, teremos um débito de $15
bilhões na conta ativos de reserva (conta
financeira).
Crédito
- A saída de divisas para pagamento da
importação provoca uma queda nos ativos de
reserva. Como essa conta diminui a crédito,
teremos um crédito de $10 bilhões na conta
ativos de reserva (conta financeira).
Débito
- A importação de petróleo origina uma saída
de divisas do país. Logo, temos um débito na
conta importações no valor de $10 bilhões
(balança comercial - conta corrente).
Crédito
- A saída de divisas provoca uma queda nos
ativos de reserva. Como essa conta diminui a
crédito, teremos um crédito de $25 bilhões na
conta ativos de reserva (conta financeira).
Débito
- A saída líquida de capitais para investimentos
em carteira é registrada como um débito na
conta investimento em carteira no valor de $25
bilhões (conta financeira).
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(0) Os donativos (transação c) foram recebidos sob a forma de mercadorias, configurando um débito de $1 bilhão 
nas importações (conta corrente). 
Logo, os donativos recebidos tiveram um impacto NEGATIVO sobre o saldo em transações correntes no valor de 
$1 bilhão. 
Resposta: FALSO 
(1) O investimento direto realizado pela empresa estrangeira (transação a) foi realizado sob a forma de máquinas 
e equipamentos, dando origem a um débito em importações no valor de $10 bilhões (conta corrente). 
De fato houve um impacto negativo sobre o saldo em transações correntes no valor de $10 bilhões. 
Resposta: VERDADEIRO 
(2) O saldo da balança comercial é dado pela soma dos saldos das contas de exportação (crédito de $20 bilhões) e 
de importação (débito de $21 bilhões). Logo, o saldo da balança comercial é um débito de $1 bilhão. 
Consequentemente, o país teve um DÉFICIT na balança comercial. 
Resposta: FALSO 
(3) Em primeiro lugar, relembre os conceitos de PIB e PNB que vimos em contas nacionais. 
 - O PIB engloba a produção de bens e serviços finais realizada dentro das fronteiras de determinado território, 
independentemente da origem do capital. 
 - O Produto Nacional Bruto (PNB) diz respeito ao valor adicionado gerado por fatores de produção de propriedade 
de residentes, não importando se estão dentro ou fora do território. 
Para partir do conceito interno e chegarmos no conceito nacional, devemos somar as rendas líquidas recebidas do 
exterior, 𝑅𝐿𝑅𝐸 (que são as rendas recebidas menos as rendas enviadas). Algebricamente, a relação é expressa da 
seguinte forma: 
𝑃𝑁𝐵 = 𝑃𝐼𝐵 + 𝑅𝐿𝑅𝐸 
Com base nas transações realizadas, o saldo agregado de rendas primárias e rendas secundárias é um crédito no 
valor de $16 bilhões. Ou seja, há uma entrada líquida de rendas recebidas do exterior, 𝑅𝐿𝑅𝐸 > 0. 
Assim, o PNB é maior que o PIB (oposto ao que o item afirma). 
Resposta: FALSO 
(4) Os lançamentos contábeis feitos na conta ativos de reserva totalizaram um crédito de $35 bilhões e um débito 
no mesmo valor. Isso dá um saldo nulo para a referida conta, de forma que não houve variação nas reservas 
internacionais. 
Resposta: VERDADEIRO 
 
 
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29. ANPEC – 2022 – Questão 12 
Assinale como verdadeiras ou falsas as seguintes assertivas com base nas informações contidas na tabela abaixo, 
sobre um país hipotético, para os anos de 2018 a 2020. Assuma que sejam produzidos apenas os bens finais A e B. 
A unidade de medida de cada variável está entre parêntesis. 
Ano População 
(habitantes) 
Bem final Quantidade 
(unidades) 
Preço ($) 
2018 100 A 
B 
5 
10 
5.000 
10.000 
2019 125 A 
B 
10 
20 
10.000 
5.000 
2020 150 A 
B 
15 
15 
10.000 
5.000 
(0) O PIB nominal per capita em 2020 foi de $1.500. 
(1) O PIB real contraiu 10% entre os anos de 2019 e 2020, a preços de 2018. 
(2) A taxa de crescimento anual do PIB real depende da escolha do ano-base para os preços. 
(3) O PIB real per capita cresceu 100% entre os anos de 2018 e 2019, a preços de 2018. 
(4) O deflator do PIB foi maior que zero entre os anos de 2019 e 2020. 
RESOLUÇÃO: 
(0) Nosso primeiro passo para responder esse item será encontrar o PIB nominal em 2020. 
𝑃𝐼𝐵20 = 𝑃20
𝐴 𝑄20
𝐴 + 𝑃20
𝐵 𝑄20
𝐵 = 10.000(15) + 5.000(15) = 225.000 
Para chegarmos ao PIB per capita, devemos dividir o PIB pelo número de habitantes. 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐20 =
𝑃𝐼𝐵20
𝑁20
 
Em que 𝑁20 é o total de habitantes em 2020. Assim: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐20 =
225.000
150
= 1.500 
Resposta: VERDADEIRO 
(1) Vamos calcular o PIB real de 2019 e 2020, a preços de 2018. 
𝑃𝐼𝐵19
18 = 𝑃18
𝐴 𝑄19
𝐴 + 𝑃18
𝐵 𝑄19
𝐵 = 5.000(10) + 10.000(20) = 250.000 
𝑃𝐼𝐵20
18 = 𝑃18
𝐴 𝑄20
𝐴 + 𝑃18
𝐵 𝑄20
𝐵 = 5.000(15) + 10.000(15) = 225.000 
A taxa de variação entre os dois períodos é dada por: 
Δ%𝑃𝐼𝐵 𝑟𝑒𝑎𝑙 =
𝑃𝐼𝐵20
18 − 𝑃𝐼𝐵19
18
𝑃𝐼𝐵19
18 =
225.000 − 250.000
250.000
= −0,1 𝑜𝑢 − 10% 
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Resposta: VERDADEIRO 
(2) Embora os preços sejam os mesmos em 2019 e 2020, eles diferem em 2018. Assim, realmente, a taxa de 
crescimento anual do PIB real depende da escolha do ano-base para os preços. 
Resposta: VERDADEIRO 
(3) No item (1), nós já encontramos o PIB real em 2019, a preços de 2018. 
𝑃𝐼𝐵19
18 = 𝑃18
𝐴 𝑄19
𝐴 + 𝑃18
𝐵 𝑄19
𝐵 = 5.000(10) + 10.000(20) = 250.000 
Em termos per capita: 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐19
18 =
𝑃𝐼𝐵19
18
𝑁19
=
250.000
125
= 2.000 
Vamos, agora, calcular essa grandeza para o ano 2018. 
𝑃𝐼𝐵18 = 𝑃18
𝐴 𝑄18
𝐴 + 𝑃18
𝐵 𝑄18
𝐵 = 5.000(5) + 10.000(10) = 125.000 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐18 =
𝑃𝐼𝐵18
𝑁18
=
125.000
100
= 1.250 
Vejamos a taxa de crescimento do PIB real per capita entre os dois períodos. 
Δ%𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐 𝑟𝑒𝑎𝑙 =
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐19
18 − 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐18
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑐18
=
2.000 − 1.250
1.250
= 0,6 𝑜𝑢 60% 
Resposta: FALSO 
(4) Relembre o seguinte: 
O deflator implícito do PIB é um índice de preços que mensura a evolução dos preços ao longo do período. 
Como os preços são os mesmos em 2019 e 2020, o deflator do PIB é IGUAL a zero entre os dois anos. 
Resposta: FALSO 
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Resumo direcionado 
Veja a seguir um resumo que eu preparei com pontos importantes que vimos nesta aula. Faça o seu próprio 
resumo, e depois compare com esse meu. 
Produto Interno Bruto 
 Bens e serviços usados (que foram produzidos em outro ano) NÃO influenciam em nada o PIB. 
 A habitação de pessoas que habitam em casa própria entra no PIB. 
O PIB per capita corresponde ao PIB do período dividido pela população do local no mesmo período. 
Ótica do Produto 
𝑃𝐼𝐵𝑡 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑏𝑒𝑛𝑠 𝑒 𝑠𝑒𝑟𝑣𝑖ç𝑜𝑠 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑖𝑠 = ∑ 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑡
𝑖
𝑛
𝑖=1
 
𝑃𝐼𝐵 = 𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑎𝑑𝑖𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑑𝑜𝑠 
𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝑉𝑎𝑙𝑜𝑟 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑎 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑜 𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 − 𝐶𝑜𝑛𝑠𝑢𝑚𝑜 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑚𝑒𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑜 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 
Ótica da Renda 
𝑅𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜𝑠 + 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑎𝑙𝑢𝑔𝑢é𝑖𝑠 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 + 𝑖𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝑖𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 − 𝑠𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 + 𝑑𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
𝐸𝑂𝐵 = 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑎𝑙𝑢𝑔𝑢é𝑖𝑠 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 
Ótica da Despesa 
𝐷𝐼𝐵𝑝𝑚 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 + (𝑋 − 𝑀) 
Identidade Contábil Básica 
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 ≡ 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 ≡ 𝐷𝑒𝑠𝑝𝑒𝑠𝑎 
Investimento 
𝐼 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠 
 Investimento Líquido: 
𝐼𝐿 = 𝐹𝐵𝐾𝐹 + Δ𝐸𝑠𝑡𝑜𝑞𝑢𝑒𝑠− 𝑑𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Poupança do Governo 
𝑆𝐺𝑜𝑣 = 𝑅𝐿𝐺 − 𝐺 
𝑅𝐿𝐺 = 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çõ𝑒𝑠 𝑆𝑜𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠 + 𝑇𝑎𝑥𝑎𝑠
+ 𝑂𝑢𝑡𝑟𝑎𝑠 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎𝑠 𝑑𝑜 𝐺𝑜𝑣𝑒𝑟𝑛𝑜 − 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 − 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 
𝐷é𝑓𝑖𝑐𝑖𝑡 𝑃ú𝑏𝑙𝑖𝑐𝑜 = −𝑆𝐺𝑜𝑣 
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Igualdade entre Poupança e Investimento 
𝑆𝑃 + 𝑆𝐺𝑜𝑣 + 𝑆𝐸𝑥𝑡 = 𝐼 
Absorção Interna 
𝐴 = 𝐶 + 𝐼 + 𝐺 
 
Agregado Bruto e Agregado Líquido 
𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑜 = 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑜 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 
Agregado a Preços de Mercado e Agregado a Custo de Fatores 
 
𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝑐𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑎𝑡𝑜𝑟𝑒𝑠 = 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑎 𝑝𝑟𝑒ç𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑚𝑒𝑟𝑐𝑎𝑑𝑜 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 
Agregado Interno e Agregado Nacional 
 
𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝐴𝑔𝑟𝑒𝑔𝑎𝑑𝑜 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑜 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
𝑅𝐿𝐸𝐸 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐸𝑛𝑣𝑖𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑜 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 − 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑅𝑒𝑐𝑒𝑏𝑖𝑑𝑎 𝑑𝑜 𝐸𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟 
Renda Interna Bruta 
𝑅𝐼𝐵 = 𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐵𝑝𝑚 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐼𝑛𝑑𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 + 𝑆𝑢𝑏𝑠í𝑑𝑖𝑜𝑠 
Renda Interna 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 = 𝑃𝐼𝐿𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 − 𝐷𝑒𝑝𝑟𝑒𝑐𝑖𝑎çã𝑜 = 𝑠𝑎𝑙á𝑟𝑖𝑜𝑠 + 𝑗𝑢𝑟𝑜𝑠 + 𝑎𝑙𝑢𝑔𝑢é𝑖𝑠 + 𝑙𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 
 
Economia fechada
A absorção coincide com o produto:
𝑌 = 𝐴
Economia aberta
Esses dois agregados podem ser diferentes, a
depender do saldo externo, 𝑋 − 𝑀 :
𝑌 = 𝐴 + 𝑋 − 𝑀
Produto a preços de mercado
Considera os preços vigentes no mercado de
bens e serviços, ou seja, retrata os preços finais
pagos pelo consumidor.
Produto a custo de fatores
É o produto mensurado em termos da soma da
remuneração dos fatores de produção,
indicando o custo da produção.
Produto Interno Bruto (PIB)
O PIB engloba a produção de bens e serviços
finais realizada dentro das fronteiras de
determinado território, independentemente da
origem do capital.
Produto Nacional Bruto (PNB)
O PNB diz respeito ao valor adicionado gerado
por fatores de produção de propriedade de
residentes, não importando se estão dentro ou
fora do território.
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Renda Nacional Bruta 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐵𝑟𝑢𝑡𝑎 (𝑅𝑁𝐵) = 𝑃𝑁𝐵𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐵𝑐𝑓 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Renda Nacional 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 𝐿í𝑞𝑢𝑖𝑑𝑎 (𝑅𝑁𝐿) = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 (𝑅𝑁) = 𝑃𝑁𝐿𝑐𝑓 = 𝑃𝐼𝐿𝑐𝑓 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝑁𝑎𝑐𝑖𝑜𝑛𝑎𝑙 = 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎 𝐼𝑛𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎 − 𝑅𝐿𝐸𝐸 
Renda Pessoal 
𝑅𝑃 = 𝑅𝑁 − 𝐿𝑢𝑐𝑟𝑜𝑠 𝑅𝑒𝑡𝑖𝑑𝑜𝑠 – 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝐽𝑢𝑟í𝑑𝑖𝑐𝑎𝑠 – 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑟𝑖𝑏𝑢𝑖çõ𝑒𝑠 𝑆𝑜𝑐𝑖𝑎𝑖𝑠
/𝑃𝑟𝑒𝑣𝑖𝑑𝑒𝑛𝑐𝑖á𝑟𝑖𝑎𝑠 + 𝑇𝑟𝑎𝑛𝑠𝑓𝑒𝑟ê𝑛𝑐𝑖𝑎𝑠 𝐺𝑜𝑣𝑒𝑟𝑛𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑎𝑖𝑠 
Renda Pessoal Disponível 
𝑅𝑃𝐷 = 𝑅𝑃 − 𝐼𝑚𝑝𝑜𝑠𝑡𝑜𝑠 𝐷𝑖𝑟𝑒𝑡𝑜𝑠 𝑠𝑜𝑏𝑟𝑒 𝑃𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 𝐹í𝑠𝑖𝑐𝑎𝑠 
PIB Real 
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 = ∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑡
𝑖
𝑛
𝑖=1
 
 
Deflator Implícito do PIB 
𝐷𝑒𝑓𝑙𝑎𝑡𝑜𝑟𝑡 =
𝑃𝐼𝐵 𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙𝑡
𝑃𝐼𝐵 𝑅𝑒𝑎𝑙𝑡
𝑏 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖. 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 . 𝑄𝑡
𝑖𝑛
𝑖=1
 
 O deflator implícito do PIB é um índice de preços de Paasche. 
Índice de Preços ao Consumidor 
𝐼𝑃𝐶 =
∑ 𝑃𝑡
𝑖𝑄𝑏
𝑖𝑛
𝑖=1
∑ 𝑃𝑏
𝑖 𝑄𝑏
𝑖𝑛
𝑖=1
 
 O IPC é um índice de preços de Laspeyres 
 
 
PIB nominal
PIB a preços correntes, considera variações
tanto na quantidade quanto nos preços.
PIB real
PIB a preços constantes, considera apenas
variações nas quantidades.
Em momentos nos quais os bens importados ficam mais caros em comparação com os bens produzidos
internamente, o IPC aumenta mais rapidamente do que o deflator do PIB.
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Balanço de Pagamentos 
Balanço de Pagamentos (BPM6) 
I) Transações Correntes ou Conta Corrente: 
TC = Balança Comercial + Balança de Serviços + Renda Primária + Renda Secundária 
I.A. Balança Comercial 
Exportação de Mercadorias 
Importação de Mercadorias 
I.B. Balança de Serviços 
Serviços de manufatura 
Serviços de manutenção e reparo 
Transportes 
Viagens 
Construção 
Seguros 
Serviços financeiros 
Serviços de propriedade intelectual (royalties) 
Telecomunicação, computação e informações 
Aluguel de equipamento 
Outros serviços de negócio 
Serviços culturais, pessoais e recreativos 
Serviços governamentais 
I.C. Renda primária 
Remuneração de trabalhadores 
Renda de investimento (Investimento direto (Lucros e dividendos, Juros), Investimento em carteira, Outros 
investimentos, Ativos de reserva) 
I.D. Renda secundária 
II. Conta capital 
III. Conta financeira 
Investimento direto no exterior (Participação no capital e cotas em fundos, Dívida intercompanhia) 
Investimento direto no país (Participação no capital e cotas em fundos, Dívida intercompanhia) 
Investimento em carteira - Ativos (Ações e cotas em fundos, Títulos de renda fixa) 
Investimento em carteira - Passivos (Ações e cotas em fundos, Títulos de renda fixa) 
Derivativos – Ativos 
Derivativos - Passivos 
Outros investimentos - Ativos (Moedas e depósitos, Empréstimos, Créditos comerciais e adiantamentos, Amortizações, 
Demais) 
Outros investimentos - Passivos (Moedas e depósitos, Empréstimos, Créditos comerciais e adiantamentos, 
Amortizações, Demais) 
Ativos de reserva 
IV) Erros e Omissões 
Fonte: Nota metodológica 1 do Banco Central do Brasil. https://www.bcb.gov.br/ftp/infecon/nm1bpm6p.pdf. Acesso em 
20 de dezembro de 2020. 
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Os lançamentos na conta ativos de reserva seguem a lógica da contabilidade: 
- Aumentos em ativos de reserva: lançamentos a débito. 
- Reduções em ativos de reserva: lançamentos a crédito. 
 
 Transferências Líquidas de Recursos ao Exterior (TLRE): saldo da Balança Comercial e da Balança de 
Serviços. 
𝑇𝐿𝑅𝐸 = 𝑋 − 𝑀 
Em que X e M incluem bens e serviços não fatores. 
 Hiato de recursos: o simétrico negativo da transferência líquida de recursos. 
𝐻𝑖𝑎𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑐𝑢𝑟𝑠𝑜𝑠 = −𝑇𝐿𝑅𝐸 = 𝑀 − 𝑋 
 Renda líquida enviada ao exterior: 
𝑅𝐿𝐸𝐸 = −(𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑃𝑟𝑖𝑚á𝑟𝑖𝑎𝑠 + 𝐵𝑎𝑙𝑎𝑛ç𝑎 𝑑𝑒 𝑅𝑒𝑛𝑑𝑎𝑠 𝑆𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑎𝑠) 
 Poupança externa: 
𝑆𝐸𝑥𝑡 = −𝑇𝐶 
Crédito
Quando ENTRAM recursos no país, temos
um lançamento a crédito.
Débito
Quando SAEM recursos do país, temos um
lançamento a débito.
ATENÇÃO! 
Em virtude da técnica das partidas dobradas, o saldo do sistema como um todo é 
sempre zerado (no BPM6): 
𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 + 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑐𝑎𝑝𝑖𝑡𝑎𝑙 + 𝐶𝑜𝑛𝑡𝑎 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑎 + 𝐸𝑟𝑟𝑜𝑠 𝑒 𝑜𝑚𝑖𝑠𝑠õ𝑒𝑠 = 0 
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Referências Bibliográficas 
 
BLANCHARD, O. Macroeconomia. Tradução Sônia Midori Yamamoto. 7. ed. São Paulo: Pearson Education do 
Brasil, 2017. 
FEIJÓ, C.; BARBOSA FILHO, N. H.; GREENHOLGH, F. C.; PALIS, R. DE LA R.; RAMOS, R. L. O. Contabilidade 
Social. Edição do Kindle. São Paulo: GEN Atlas, 2017. 
LOPES, L. M. & VASCONCELLOS, M. Manual de macroeconomia: básico e intermediário. 3ª edição. São Paulo: 
Ed. Atlas, 2008. 
SCHRÖDER, B. H. V. et al. Questões Anpec Macroeconomia: questões comentadas das provas de 2002 a 2011. 
Organizadora Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt. 1. ed. Rio de Janeiro : Elsevier, 2011. 
SCHRÖDER, B. H. V. et al. Questões Anpec Macroeconomia: questões comentadas das provas de 2010 a 2019. 
Organizadora Cristiane Alkmin Junqueira Schmidt. 7. ed., rev. e atual. Rio de Janeiro : Elsevier, 2019. 
SIMONSEN, M. H. & CYSNE, R.P. Macroeconomia. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

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