Buscar

TCC LETRAS UNOPAR

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA
CURSO DE LETRAS
JENIFFER CATARINA GUALBERTO DOS SANTOS
A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA DE CORDEL NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Governador Valadares - MG
2018
JENIFFER CATARINA GUALBERTO DOS SANTOS
A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA DE CORDEL NO ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA
Projeto de Ensino apresentado à Unopar, como requisito parcial à conclusão do Curso de Letras.
Docente supervisor: Prof.ª Juliana Fogaça Sanches Simm 
 Tutor eletrônico: Luciana de Lima
 Tutor de sala: Marize Maria Soares
Governador Valadares - MG
2018
1
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	3
1	TEMA DO PROJETO	4
2	JUSTIFICATIVA	4
3	SÉRIE/ANO A QUE O PROJETO SE DESTINA	7
4	OBJETIVOS	8
5	PROBLEMATIZAÇÃO	..8
6	CONTEÚDOS CURRICULARES	10
7	O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)	10
8	TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO	11
9	RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS	13
10	AVALIAÇÃO	13
CONSIDERAÇÕES FINAIS	14
REFERÊNCIAS	15
INTRODUÇÃO
A poesia popular impressa e divulgada em folhetos que eram ilustrados com xilogravura recebeu o nome de literatura de cordel. O nome foi dado, pois em Portugal estas poesias eram impressas e expostas amarradas em cordões que eram estendidos em lojas de mercados populares e nas ruas para apreciação do povo. No Brasil, esta expressão artística também ficou conhecida como folheto.
Com custo relativamente baixo, esse tipo de obra era comercializada pelos próprios autores em feiras, expostos em lonas ou malas. Em locais como Pernambuco, Ceará, Alagoas, Bahia e Paraíba, a literatura de cordel faz muito sucesso devido ao seu baixo preço, aos tons humorísticos usados e aos relatos da vida cotidiana.
O Brasil é considerado como um país que possui a maior riqueza em diversidade quando se fala de cultura literária, sendo que entre elas se destaca a literatura nordestina, conhecida por todos como Literatura de Cordel. No entanto, estamos em um período em que a tecnologia impera, e assim, este tipo de obra literária acaba sendo deixada para traz. Sendo esse o nosso maior problema, pois, acabamos não valorizando aquilo que temos.
Quando falamos de Literatura de Cordel, queremos falar exatamente em uma cultura de raiz, sendo que estar diretamente relacionada a fatos ocorridos, fatos políticos, folclóricos, artísticos, sendo histórias narradas em várias linguagens, sem estética ou formalidades, narradas por pessoas simples, humildes, porém, consegue alcançar todas as classes sociais.
Ao direcionar este projeto para os alunos do ensino de Língua Portuguesa na Educação Básica das séries finais do Ensino Fundamental do (9º ano) de Ensino Fundamental, estaremos propiciando uma oportunidade aos alunos á terem contato com experiências já mais vividas, como sem dúvida, entrarem em um mundo literário que possui toda uma riqueza expressiva, além de articulações verbais, orais, musicalidade, uma escrita própria, fazendo com o que os alunos conheçam, valorizem e principalmente demonstrem interesse a uma nova modalidade literária rica em detalhes e significados, envolvendo os alunos com a literatura de cordel dentro da sala de aula.
1	TEMA DO PROJETO
A Contribuição da Literatura de Cordel no Ensino de Língua Portuguesa.
2	JUSTIFICATIVA
A Literatura de Cordel teve origem em Portugal, por volta do século XVII e era escrita em folhas volantes, também denominadas folhas soltas, presas em um cordel ou barbante. Além disso, podiam ser observadas em cenas de teatro e narrativas tradicionais.
Este tipo de literatura foi difundido por toda a Europa, na Espanha, essa forma popular de literatura era chamada de “pliegos sueltos”. Estudos mostram que com a expansão do gênero por todo o país, o governo francês proibiu os folhetos em 1854, ao alegar que não havia meios para controlar uma arte subversiva, pois, consistia na apresentação em versos de histórias tradicionais e de fatos circunstanciais, sendo que os pliegos sueltos eram mais comuns na Argentina, Chile, Paraguai e Uruguai, que pertencem aos países hispano-americano.
O estudo da Literatura nos leva a mostrar pontos sobre a importância da leitura em uma sociedade, que em grande parte das atividades profissionais e intelectuais necessita da escrita, dominá-la é essencial e fundamental para o desenvolvimento do ser humano e as escolas ainda enfrentam sérios problemas por reconhecer que os projetos que desenvolvem não conseguem atender os objetivos anteriormente propostos, bem como não prendem a atenção dos alunos, pois estes
não tiveram base para adquirir o hábito de ler.
Todo aluno que tem acesso à leitura, tem maior clareza de aprender e enfrentar os desafios propostos no seu dia-a-dia, pois reconhecemos que para qualquer ser, na profissão ou em qualquer área que dela for necessária; ele compreenderá melhor o mundo.
As leituras, de maneira geral, propõem um novo olhar sobre as habilidades da comunicação, de falar, de ouvir e escrever, ampliando os conhecimentos, a sabedoria e desenvolvendo o raciocínio, a habilidade de interpretação, entre outros.
Nossa conversa se restringe a justificar que as práticas de leitura na escola devem ser pautadas pelo reconhecimento de que o progresso do mundo e especificamente do ser humano como cidadão crítico e atuante na sociedade só será promovido através de diferentes contextualizações.
Um dos papéis da escola, provavelmente um dos seus principais ramos de atuação na contemporaneidade, seja aquele que responda à formação para a cidadania e à preparação para o mercado de trabalho, como já é citado pela lei 9.394/96. Angela Kleiman (1999) afirma que todo professor, vem a ser, também um professor de leitura. O desenvolvimento dessa habilidade permite que as demais sejam adquiridas, e o uso do cordel é sem dúvida uma ferramenta que pode oferecer ao ensino uma nova dinâmica no processo de ensino e aprendizagem, daí a importância de um trabalho articulado em prol desse mesmo objetivo.
A literatura do cordel dá margem para ser trabalhado em todos os níveis de educação e na maioria das disciplinas. Justamente por poder promover a interdisciplinaridade entre elas. Deste modo, ela proporciona a criação e a valorização da cultura, tanto local quanto regional por buscar um novo olhar para se trabalhar a leitura e a produção textual, incrementando assim a natureza literária. Entende-se que o cordel traz consigo traços de realidade, de humor e de fatos que vem acontecendo, instigando, dentre os alunos, a criatividade de maneira menos enfadonha e mais prazerosa.
Reconhecemos que o cordel, como suporte na leitura e produção textual vem para valorizar a cultura e a regionalização popular, trazendo benefícios para todos os envolvidos no nível de aprendizagem direita com a oralidade e escrita. A literatura de cordel tem uma proximidade maior com a linguagem popular, com o que está acontecendo na sociedade e esses contatos aproximam o aluno dentro da realidade que ele está inserido. Isto porque o cordel aborda a linguagem cotidiana dos alunos, tornando o entendimento dos textos mais fácil, dando abertura para novos caminhos e horizontes na construção do conhecimento destes.
Seguindo as orientações dos PCN, o avanço das comunicações foi exigindo mudanças nos métodos de ensino, porque os que então eram utilizados tornaram-se ultrapassados, contribuindo com os altos índices de evasão e repetência escolar. Muitas pesquisas, feitas por estudiosos da área com objetivo de reverter essa situação, mostraram que era fundamental que se fizessem mudanças na forma de ensinar, principalmente, no quesito do domínio da leitura e escrita pelos alunos,
visando desenvolver no aluno, o domínio da linguagem seja ele no ato de fala e escrita, desempenhandocom eficácia a visão de mundo e a informação que dará a ele a capacidade de exercer sem intermediários o exercício da cidadania.
A Literatura de Cordel oferece vastos recursos que poderão auxiliar os alunos na aprendizagem, como por exemplo, em produções textuais, na leitura, na escrita e a linguagem não verbal, abrangendo assim o vasto campo literário, levando os alunos a adquirirem criatividade e senso crítico, referente à diversidade cultural e social no país.
As leituras, de maneira geral, como pregam os PCNs, propõem um novo olhar sobre as habilidades da comunicação, de falar, de ouvir e escrever, cujo objetivo é ampliar os conhecimentos, desenvolver o raciocínio para promover a habilidade interpretação.Destacamos aqui, alguns cordelistas brasileiros, são eles: Antônio Gonçalves da Silva, o Patativa do Assaré (CE), um dos mais famosos das últimas décadas; João Martin de Athayde (PB) viveu na época do apogeu do cordel; Leandro Gomes de Barros, o maior dos poetas populares brasileiros e ainda Silvino Perauá, Francisco Chegas Baptista, Rodolfo Cavalcante e Antônio Klívisson Vianna, e outros vários poetas renomados que foram de grande importância para a Literatura cordelista.
Mas não podemos deixar de registrar que Ariano Suassuna é um dos mais importantes cordelistas da atualidade, nasceu em João Pessoa, Paraíba, em 16 de junho de 1927, Em 1942 mudou-se para Recife onde vive até hoje. É conhecido como defensor da cultura do nordeste e autor do "Auto da Compadecida" e "A Pedra do Reino". Ariano Suassuna foi, primeiro, leitor de cordel, depois, passou a analisar suas origens e importâncias, no que se trata da formação da cultura nordestina e do Brasil. Para Ariano, o cordel é um representante legítimo da arte popular brasileira, desempenhando a mesma função e importância dos clássicos.
Foi num folheto de gracejo que Ariano Suassuna encontrou o personagem-símbolo de sua dramaturgia. As Proezas de João Grilo:
João Grilo foi um cristão
que nasceu antes do dia,
criou-se sem formosura
mas tinha sabedoria,
e morreu depois da hora
pelas artes que fazia.
(...)
Na noite que João nasceu,
houve um eclipse na lua,
e detonou um vulcão,
que ainda continua.
Naquela noite correu
um lobisomem na rua.
(...)
História escrita em 1932 por João Ferreira de Lima trazia como protagonista o célebre amarelinho oriundo dos contos populares portugueses, que ganhou características idênticas às de outro famoso espertalhão, ou seja, esse mesmo João Grilo será reaproveitado no Auto da Compadecida, transformado em filme em 2000 por Guel Arraes.
Ariano Suassuna, afirma que “... A literatura de cordel deveria ter o espaço e peso de obras clássicas, como Os sertões de Euclides da Cunha [...]”. É uma narrativa da insurreição de um grupo de fanáticos religiosos e não só descreve a sociedade, mas também seu apurado estilo jornalístico-épico traçam um retrato dos elementos que compõem a guerra de Canudos: A Terra, O Homem e A Luta. A descrição minuciosa das condições geográficas e climáticas do sertão, de sua formação social: o sertanejo, o jagunço, o líder espiritual, e do conflito entre essa sociedade e a urbana, mostra-nos um Euclides cientificista, historicista e naturalista que rompe com o imperialismo literário da época e inicia uma análise científica em prol dos aspectos mais importantes da sociedade brasileira.
3	SÉRIE/ANO A QUE O PROJETO SE DESTINA
Este projeto esta direcionado para os alunos do ensino de Língua Portuguesa na Educação Básica das séries finais do Ensino Fundamental do (9º ano) da Escola Escola Estadual de Linopolis de Ensino Fundamental e Médio. 
4	OBJETIVO
Objetivos Gerais:
Conhecer uma rica manifestação literária nordestina, caracterizando os valores pedagógicos através da leitura, escrita e versos;
Apreciar a literatura de cordel como manifestação popular;
Estimular um olhar crítico e simultaneamente poético sobre a realidade sertaneja;
Proporcionar aos alunos a oportunidade de criação, participação, planejamento e, sobretudo, propiciar experiência de caráter inovador.
Objetivos Específicos:
Fazer com que a análise critica sobre textos literários se tornem construtivos;
Ampliar os repertórios textuais dos alunos no que se refere ao Cordel;
Desenvolver habilidades de interpretação e elaboração de textos;
Desenvolver o senso crítico;
Desenvolver as habilidades com atenção e interesse da obra lida em voz alta pelos alunos;
Desenvolver a habilidade de ler e transformar o texto em Cordel de maneira expressiva;
5	PROBLEMATIZAÇÃO
O projeto surgiu da necessidade de se falar abertamente sobre as diversidades literárias culturais, trazendo reflexões e discussões da triste situação das escolas, quando se fala em utilização da Língua Portuguesa e da Literatura de Cordel?
 Buscando conscientização e a participação da comunidade escolar, demonstrando que a vida cotidiana é mais importante e levando conhecimento sobre a Literatura de Cordel e a história do povo nordestino a toda a comunidade escolar.
Os conteúdos são desenvolvidos de forma dinâmica em grupos cooperativos, onde nas aulas são realizadas atividades voltadas ao desenvolvimento das habilidades individuais para que os jovens possam tomar suas decisões de forma consciente, segura e responsável.
Entretanto, os educadores são considerados os principais agentes formadores num processo de educação inovadora, pois, fortalecem a relação - família, escola e comunidade - no resgate dos valores maiores da cidadania e de defesa da história de um povo do qual devemos nos orgulhar, pois com o povo nordestino surgiu uma literatura magnífica de grande valor patrimonial e cultura do Brasil, literatura que surgiu através dos contos, dos mitos, da fantasia, est...; que são cada vez mais presentes em nosso meio, influenciando os jovens ao uso e conhecimento das diversas obra genuinamente brasileiro.
O projeto será desenvolvido num contexto interdisciplinar, envolvendo a comunidade escolar do turno matutino, através da produção de conhecimento, da questão da disciplina e da necessidade de alcançar seus objetivos, bem como a vivência de atividades práticas, além do estimulo a investigação e a pesquisas.
Este trabalho tem como objetivo mostrar o valor e a importância da Literatura Oral tendo como base a Literatura de Cordel no que diz respeito à cultura popular e criatividade literária do povo brasileiro, especificamente, o povo nordestino. Discutiremos os recursos utilizados em alguns folhetos, como, por exemplo, o texto “Cante lá, que eu canto cá” de Patativa do Assaré em algumas obras realizadas dentro deste gênero, além de textos confeccionados pelos próprios alunos. Falaremos a respeito de como o mito é mostrado frente à realidade nordestina, baseado em questões sociais e históricas deste povo. O principal aspecto a ser debatido é a influência das características (mito) na literatura atual brasileira, trazendo a literatura popular como principal fonte inspiradora.
A literatura popular tem suas origens na oralidade. Paul Zumthor (1997: 10), um dos grandes estudiosos da oralidade, afirma:
"Ninguém sonharia em negar a importância do papel que desempenharam na história da humanidade as tradições orais. As civilizações arcaicas e muitas culturas das margens ainda hoje se mantêm, graças a elas".
E o cordel é, antes de tudo, fruto dessa oralidade, pois foi através das narrativas orais, contos e cantorias que surgiram nossos primeiros folhetos, tendo a métrica, o ritmo e a rima como seus elementos formais essencialmente marcantes nessa literatura. No entanto, um pouco semelhante ao Cordel português, sob a perspectiva da poesia, o folheto nordestino é uma literatura popular impressa, conhecida como poesia de bancada. O folheto não é uma poesia oral, embora tenha surgido por “influência” da poética oral. A pesquisadora Márcia Abreu (1999: 69-70) atesta que é possível que a criação da literatura de cordel portuguesa tenha se amparado em características próprias das poéticas orais, no entanto, “Isso não quer dizer que a literatura de cordelportuguesa seja uma literatura oral. Pelo contrário, ela e fruto da imprensa e de um projeto editorial.” O folheto nordestino desde os seus primórdios com Leandro Gomes de Barros1 é uma criação impressa, embora tenha sido influenciado pelas narrativas tradicionais orais.
 6 CONTEÚDOS CURRICULARES
Língua Portuguesa
Literatura: Escrita e Oral
O PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO (METODOLOGIA)
 O desafio desse trabalho é motivar os alunos a ouvir, ler, escrever e declamar cordéis desenvolvendo a criatividade
Propor aos alunos uma oficina de literatura, utilizando o cordel, como estudo.
Desenvolver um projeto “A Contribuição da Literatura de Cordel no Ensino de Língua Portuguesa” para ser apresentado para toda a escola.
Utilizar filme “O ferreiro das Três Idades” inspirado no cordel de Natanael de Lima, onde mostra a linguagem de cordel narrativa e estrutura em versos e rimas, buscando assim a participação de todos os alunos.
Aproveitar o teor do filme para mostrar as diferenças sociais, as crenças populares, a religiosidade do sertanejo, o mito, as críticas sociais e políticas que giram em torno do interesse popular.
Processos das aulas:
1ª aula: texto cordel: “Cante lá, que eu canto cá”, de Patativa do Assaré.
O primeiro texto apresentado à turma será: “Cante lá, que eu canto cá” de Patativa do Assaré. Através dessa aula será trabalhado com os alunos:
Identificar a 1ª impressão que tiveram do Texto de literatura de cordel;
Trabalhar conceito de cordel - O que é cordel; Estrutura do texto;
Contexto: Socioeconômico e cultural representado pelo texto. (Variação lingüística);
Apresentar a biografia do autor: Patativa do Assaré;
Associar a realidade representada no texto com a realidade local dos alunos em questão;
Orientar uma produção piloto de um cordel com o tema voltado para a cultura regional ou local.
2ª aula: Antes de iniciar as atividades da 2ª aula, será feito um feedback através de perguntas como: Qual o tema trabalhado nas aulas? O que é o cordel? Como é o texto em forma de cordel? Dentre outras perguntas pertinentes ao conteúdo da aula.
Logo após, orientar uma produção coletiva teatral a partir de palavras-chave sobre um tema à escolha dos alunos.
3ª aula: Apresentação teatral: A apresentação será feita pelos próprios alunos.
O professor apresenta o conceito de “Teatro” aos alunos. Logo em seguida divide as partes de cada aluno e instrumentos que serão utilizadas como parte da peça teatral, enfatizando a cultura popular nordestina, e por fim, a apresentação da peça escolhida pelos alunos.
8	TEMPO PARA A REALIZAÇÃO DO PROJETO
	
CONTEUDO
	
segunda
	
terça
	
quarta
	
Quinta
	
sexta
	Propor aos alunos uma oficina de literatura, utilizando o cordel, como estudo.
	
Conversa previa com os alunos para definir todos o percurso do projeto semanal
Duração 01:40
	-
	-
	-
	-
	
Utilizar filme “O ferreiro das Três Idades” inspirado no cordel de Natanael de Lima,
	-
	01:40
Assistimos o filme na sala de informática e discussão acerca do filme
Duração 01:40
	--
	-
	-
	texto cordel: “Cante lá, que eu canto cá”, de Patativa do Assaré.
	-
	-
	Exposição do texto texto cordel: “Cante lá, que eu canto cá”, de Patativa do Assaré.
Os alunos fizeram uma leitura na sala e uma discussão sobre o texto.
Pedi aos alunos que fizesse desenhos para ilustrar o texto
Duração 00:50
	-
	-
	produção coletiva teatral a partir de palavras-chave sobre um tema à escolha dos alunos.
	-
	-
	-
	Os alunos fizeram produções de peças teatrais apartir da escolha de cada grupo baseado em tudo que vimos antes. As produções relacionadas a literatura de cordel
Duração 01:50
	-
	apresentação da peça escolhida pelos alunos.
	-
	-
	-
	-
	Apresentação da peça teatral a todos os alunos da escola. Toda montagem do local foram feitos pelos alunos da sala.
Duração 03:20
9	RECURSOS HUMANOS E MATERIAIS
Os recursos utilizados para a elaboração deste projeto será através de: Data Show, Slides, Exposição de Folhetos de Cordel, encenação por parte dos alunos de algumas obras cordelistas, leitura e textos dissertativos, cartazes, Pinceis, réguas, Pátio da Escola para encenação de cordel pelos alunos e um Painel Demonstrativo com diversos textos cordelistas feitos pelos próprios alunos.
10 AVALIAÇÃO
A avaliação será feita da seguinte forma: Os alunos serão divididos em grupos de no máximo cinco pessoas. No qual será passado para cada grupo textos diferentes, sendo estipulado o prazo de trinta minutos para a leitura, assim, será discutido o tema em grupo e posteriormente farão um texto dissertativo de autoria dos mesmos. Logo após serem explanados os textos para os demais da turma. No decorrer da aula, serão selecionadas algumas obras de cordel para apresentação feita por peças teatrais, os alunos serão avaliados ao final do projeto, individualmente e em grupo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A carência ou mesmo a falta de metodologias alternativas de leitura de elementos textuais nas escolas constituem entraves para o processo de ensino e aprendizagem, principalmente quando esses elementos são de histórias vividas.
As questões relacionadas com a linguagem em versos e seu uso no dia-a-dia na escola passam necessariamente pelos procedimentos metodológicos adotados pelos professores na sala de aula, à medida que o uso dos versos possibilita a leitura e a compreensão mais rápida de temas amplamente utilizados pelos docentes e que fazem parte do cotidiano do educando.
Na atualidade, grande parte das atividades profissionais e intelectuais necessita da escrita, dominá-la é essencial e fundamental para o desenvolvimento do ser humano e as escolas ainda enfrentam sérios problemas por reconhecer que os projetos que desenvolvem não conseguem atender os objetivos anteriormente propostos, bem como não prendem a atenção dos alunos, pois estes não tiveram base para adquirir o hábito de ler.
A Literatura de Cordel, em suas múltiplas manifestações temáticas, desperta a curiosidade e também o desejo de adentrar em um mundo de versos rimados com estrofes que instigam a imaginação de quem o escuta. Além disso, ao longo dos anos, tem sido instrumento de estímulo à prática da leitura. O cordel tem exercido grande influência no acesso à leitura por parte dos brasileiros. 
São vários os tipos de leitura. Cada uma com um atrativo diferenciado para conquistar o leitor e fazê-lo se apaixonar pelas histórias contidas nos livros, pois este suporte oportuniza estes momentos. Importante também é preparar um espaço para leitura, onde o usuário sentirá que está sendo bem acolhido. Nesse sentido, Pereira justifica que,
“O ideal é que a escola tenha um local destinado ao armazenamento de livros e de outros suportes impressos que permita aos alunos vivenciar a experiência da leitura em um espaço privilegiado como a biblioteca ou sala de leitura.” (PEREIRA, 2006, p. 9).
Podemos dizer que essa experiência, faz uso de materiais didáticos do cotidiano escolar para que se possa reconhecer e valorizar, respeitando a multiculturalidade do nosso país e seus significados coletivos. Experiências comunitárias presentes na produção de um Cordel, além disso, é interessante discutir com os alunos como a literatura de Cordel tornou-se mais rica e diversificada com o passar dos anos. 
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação: Lei nº 9.394/96 – 24 de dez.
1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 1998.
FERREIRA, M. do C. S. B.; SANTANA, I. C. N. Biblioteca escolar: estratégias para torná-la mais atraente. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE BIBLIOTECONOMIA,DOCUMENTAÇÃO E CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO, 25, 2013, Florianópolis. Anais...Florianópolis, 2013. p. 1-5.
ABREU, Márcia. História de cordéis e folhetos. Campinas: Mercado das Letras, 1999.
PCNS. Parâmetros Curriculares Nacionais. Língua portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1997.
PEREIRA, Apparecida Perin et al. Literatura de cordel, 2006, p. 9
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção, leitura. Trad. deJerusa Pires Ferreira et al. São Paulo: Educ, 2000.

Continue navegando