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Aula 1 : i
Danna, M.F.; Matos, M.A. (2006). Aprendendo a observar. São Paulo: Edicon (pp. 11ì6|
Pon euE uM cuRso DE oBsERVAçÃo?
É a pergunta nafural que surge no início do curso. Osalunos, em gerar, estão interessados em saber em que medi-da o curso de observação contribuirá para sua formação pro-fissional. para responder a esta questão, é necessário anari_
sÉÌr a importância do uso da observação na atividade profis_
sional do psicólogo.
o psicóloga quando afua como cientista do comporta-
mento, investiga, descreve e/ou aplica princípio, 
" 
É;-;
comportamento. Quer na descoberta, quer na àplicação dosprincípios e das reis psicol ógjcas,rida piinciparmente com in_formações a respeito do comportamento e das mudanças noambiente físico e sociar que se relacionam àquele comporta-
mento. Assim, poderíamos dizer
camenteinreressadoemr"rpord"Ïffi 
,ïlïi,ïï;:ïf ãque os organismos fazem? Em que circunstâncias ou sob que
condições ambientais? 
.
' Ao longo do desenvorvimento da psicologia como ciên-
ciâ' a observação tem sê mostrado o instrumento mais
satisfatório na coreta dos dados que respondem àqueras duasquestões- Isto acontece, porque o uso de informuçã", obtidas
através da observação parece colocar o cientista mais sob ainfluência do que acontece na rearidade do que sob a influên-
cia de suposições, interpretações e preconceitos; possibilitan-do, assim, uma melhor compreensão da natureza e açõestransformadoras mais eficazes. por exempro, uma pessoa su-põe que um fenômeno tem uma determinada causa; se a sua
1 1
pode ficar sob irúluência de estímulos particulares do ambi-
ente, em detrimento de outros.
Além da pesquisa, a observação é uílizada pelo psicólogo
nas diferentes situações de aplicação da Psicologa, tais como,
clínica, escola e orgarizações. Na clínica o psicólogo recorre à
observação ao investigar, por exemplo, a queixa apresentada
pelo cliente, isto ê, para identificar o que vem a ser "agres-
sividade", "nervosismo", "dificuldades na aprendizagerr.",
"tìmidez", "ciúmes" etc.; sua freqüência, assim como as situa-
ções em que estes comportamentos ocorrem. Os psicólogos es-
colares recoffem à observação para identificar dificuldades de
socialização, deficiências na aprendizagem, assim como defi-
ciências no ensino ministrado ou mesmo no currículo da esco-
la. O psicólogo orgatizacional recorre à observação para iden-
tificar as necessidades de treinamento, a dinâmica dos gïupos
de trabalho, para Íazer análise de função etc.
Baseado nessas observações, o psicólogo faz o diagnósti-
co preliminar da situação-problema, isto é, identifica as defi-
ciências existentes, identifica as variáveis que aÍetam o com-
portamento e os recursos disponíveis no ambiente. Com estes
elementos, ele é capaz de decidir quais as técnicas e procedi-
mentos mais adequados paÍa obter os resultados que preten-
de atingir.
A observação, entretanto, não se limita a estas duas fases
iniciais. Ao introduzir modificações na situação, isto é, duran-
te e após aplicação de um procedimento, o psicólogo uttliza a
observação também para avaliar a eficácia das técnicas e pro-
cedimentos empïegados. O psicólogo clínico observa o desem-
penho de seu cliente; o psicólogo escolar, o desempenho de alu-
nos e professores; o psicólogo orgatizacional, o desempenho
dos funcionários para verificar a ocorrência ou não de altera-
suposição se baseia em dados obtidos através da observação,
provavelmente esta pessoa não só explicará, como poderá pre-
ver, produzir, interromper ou evitar o fenômeno com uma pos-
sibilidade de acerto maior do que quem usa outros recursos.
Não basta, entretanto, que um indivíduo sozinho tenha
observado o fenômeno para ele ser tomado como real. E não
há maiores méritos em fazer esse trabalho, se a sociedade não
puder participar dele. O cientista, en€ registra e relata suas
observações, permite que outros possam repetir o que ele está
fazendo. Assim, seus procedimentos e conclusões podem ser
criticados, aperfeiçoados e aplicados por outras pessoas. A
observação é um instrumento de coleta de dados que permite
a socialização e conseqüentemente a avaliação do trabalho
do cientista.
Aobservação é utilizada para coletardados acerca
do comportamento e da situação ambiental.
Através da observação sistemáüca do comportamento dos
organismos/ em situação natural- ou de laboratório, os pesqui-
sadores têm corseguido identificar algumas das relações exis-
tentes entre o comportamento e certas circunstâncias
ambientais. Por exemplo, o uso da observação tem permitido
descobrir que o comportamento é influenciado pelas corìse-
qüências que produz r1o ambiente; que os modos pelos quais
essas conseqüências se distribuem no tempo determinam di-
ferentes padrões de comportamento; que o comportamento
" Situação natural - Situação existente no local onde o organismo vive ou passa
parte de seu tempo. No caso de seres humanos: a sifuação existente na casa, na
escola; no local de trabalho etc..
tïa, o que acontece neste local antes e depois da ocorrêrrüá'do
comportamento, bem como o comportamento de outras pes-
soas que estão presentes no local. Se o objetivo da observação
é detectar a eficácia de um procedimento sobre um dado com-
portamento, o observador registrará o comportamento antes,
durante e após a aplicação do procedimento, bem como as
características de que se reveste a aplicação daquele procedi-
mento.
O objetivo da observação determina quais serão
os dados a serem coletados.
Neste ponto é necessário esclarecer que a observação a
que nos referimos, neste texto, difere da observação casual
que fazemos no nosso dia-a-dia. A observação cienúfica se
caracteríza por ser uma observação sistemática e objetiva.
Entendemos que a observação é sistemática pelo fato
de ser planejada e conduzida em função de um objetivo an-
teriormente definido. Como jâ Íoi dito, a definição do obje-
tivo ajuda o investigador a selecionar, entre as inúmeras possi-
bilidades, aquelas características que transmitem a informa-
ção relevante. As observações cieníficas são realizadas em con-
dições explicitamente especificadas. Especificar as condições,
ou melhor, planejar as observações, significa estabelecer:
onde - em que local e situação a observação será realizada;
quando - em que momentos ela será realizada;
quem - quais serão os sujeitos a serem observados;
o que - que comportamentos e circunstâncias ambientais
devem ser observados; e
cotno - qual a técnica de observação e regislro a ser utilizada.
a
a
a
a
1 t r
ções comportamentais. Através deste acompanhamento, o psi-
cólogo tem condições de avaliar o gïau de mudança na situa-
ção e, portanto, a eficácia de suas técnicas terapêuticas, dos
progïamas de ensino e treinamento utilizados.
Os dados coletados por observação são usados
para diagnosticar a sifuação-problema" para escolher
as técnicas e procedimentos a serem empregados e p€ìra
avaliar a eÍicácia dessas tecnicas e procedimentos.
Os dados coletados por observação referem-se aos com-
portamentos exibidos pelo sujeito: contatos físicos com obje-
tos e pessoas, vocalizações, expressões faciais, movimentações
no espaço, posturas e posições do corpo etc. Os dados refe-
rem-se também à situação ambiental, isto é, às características
do meio físico e social em que o sujeito se encontra, bem como
às mudanças que ocorrem no mesmo.
O tipo de dado a ser coletado depende do objetivo para o
qual a observação está sendo realizada. Se a observação tem
por objetivo identificar o repertório de comportamento. de um
sujeito, o psicólogo registrará todos* os comportamentos que
o sujeito apresenta durante a observação. se a observação tem
por objetivo identificar as variáveis que interferem com um
dado comportamento, o observador registrará toda vez que o
comportamento ocorrer, bem como as ci rcunstâncias
ambientais que antecederam e seguiram a essecomportamen-
to. Por exemplo, registrará o local em que o sujeito se encon-
* Repertório comportamental: conjunto de comportamentos de um organismo.
-- Ao registrar todos os comportamentos do sujeiio, o grau de precisão da
observação torna-se menor do que quando o observador seleciona alguns
comportamentos a serem regishados.
Os dados coletados
1 L
A objetioidade na observação significa ater-se aos fatos
efetivamente obsenrados. Isto é, fatos que podem ser percebi
dos pelos sentidos, deixando de lado todas as impressões e
interpretações pessoais.
A observação científica é uma observação
sistemática e objetiva.
Por que um curso de observação? * perguntamos. Tendo
em vista que a observação científica é uliüzada pelo psicólo-
go como um instrumento para coletar dados, e que a observa-
ção científica é uma observação sistemática e obietiva, que
requer a adoção de procedimentos específicos de coleta e de
registro de dados, consideramos de fundamental imporüìn-
cia um curso que possibilite o treinamento dos alunos no uso
deste instrumento.
O curso proposto tem por objetivo capacitar o aluno a
rcalizar estudos observacionais. Para tanto, oferece um trei-
namento em observação e registro do comportamento e das
circunstâncias em que o comportamento ocorre. Um treina-
mento que atende as exigências de sistematização e objetivi-
dade da observação. Ao longo do curso serão discutidos tam-
bém alguns cuidados técnicos e éticos que o obseryador pre-
cisa e deve ter durante seu trabalho.
16
euesrÕEs DE EsruDo
1) Por que a observação é considerada um inshrrmento detrabalho do psicóIogo?
2) Explique a importância do relato das observações.3) Identifique quako situações r
obr""rruiao. Exenrplifique. 
em que o psicólogo utiliza a
4) para que servem o, duà* coletados por obsewação?5) Qu" ripo de dados são colerados por 
"*"ïã",t;;::ïïj'*"""H;tiio da obsewação se reraciona ao
4 Quais são as :
8) o que . 
"","'ff::Ïiï,ffi:obs*vaÇão cientírica?9) O que é uma obru*uça;;;;;,
10) Por que é importante um curso de observação?
t7

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