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v
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.ii
Ì
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: Ì
rÉcrurcns DE oBsErnrnçÃo DlREnA E
REGISTRO DE COMPORTAMENTO
Existem diversas maneiras de se registrar as informa-
ções que captanos mediante o uso de observação sistemá-
tica. Uma delas, o Registro Cursioo, já foi tratada ao final
do Cap. 1. Sabemos que o Registro Cu,rsivo é uma forma de
relato do que acontece com o sujeito que observamos, na
seqüência em que os fatos se sucedem, cuidando-se de só
usar urna linguagem cientÍfica.
AnalisâÍ€lrtos, agora, outras técnicas de registro que, dife-
rtrrtesrenh do Registro Cursivo, empr€gam não a linguageur
mas fonrnas gfáÍicas ou numéricas para reprcsentaÍ os com-
portamentoo obe€rvadoo. Entre elae, 
€o de paÍticular inbres-
se a6 Í€gistÍosdeEüento, Duração, hrenralos, Amoetragewr de
Tempo e outras que denominarenos Técnicas lústas, trxrÍ com-
binarem ekmentoe das que foram citadas.
I. REGISIRC' DE EI/ENTO
Para se empreg€Í a técnica de Registro de Evento, pri-
mefuâmenE'se mlhc um ou mais comlror{amentos a sercm
ofsen aaos. DeÉis/"tai6 comportamentoo eão desciüoe ou dc-
fnid6, consoanb âs nonrÌâs técnicas dadas no Cap. 2 Aléur
das ddinições, coshrnam aer estabelecidoe alguns lritÉtios
paÍa E€ COnsldsar çrando o compoúam,ennoldefinido ocoq,e
ou nãe..Á"seguit 
€&h*se umâ a nbgm ih fuqüêneiedr vre
eq que o(s) comgrtámenb(s) ecolhido(e) ocone(m). Exeurplo:
L
Fo/ho de RegisÍro
Situnção de obwruação: intervalo de aula, no pátio da faculdade.
Sujeito: Carlos (universitário, com cerca de 20 anos).
Início:21h15 Térmíno:21t30 Duração:l5min
Técnica: Registro de Evento. Data:16/9/2004.
Comportamento ob xnt ado : andar.
. Defniçao: Considera-se "andal'a locomoção do sujeito, rea-
lizada mediante o deslocamento altemado dos pés, no solo.
Citéios de oconência: será requerido que o suleito pare no
mínimo 3 segundos, para se considerar possível uma nova
ocorrência. A menor unidade de ocorrência inclui o desloca-
mento de um dos pés, seguido do deslocamento do outro
pé (ou seja: o sujeito necessita dar pelo menos um passo
para que se diga que ele "andou").
Comportamento Freqüência Total
Andar Z f 7
Verifica-se que o sujeito sob observação, durante os quin-
ze minutos de duração da sessão, andou 7 vezes.
Os critérios estabelecidos são meras convenções. Muitos
lìoderiam preferir a utilização de outros critérios em vez
desses. Sua utilidade, contudo, parece clara: duas pessoas,
tlue observassem o mesmo sujeito, disporiam de elementos
objetivos para decidirem quando dizer que está ocorrendo
um arnclar rnÍnimo (dar um passo) e quando dizer que vol-
tou a autlnr, ou que uma nova ocorrência deve ser registra-
cla (bastaria (ìue parasse, no mínimo, durante 3 segundos,
como sc convencionou na definição).
O uso tlc critérios suplementaÍes contribui para esclarecer
a própria dcfinição e, pois, para aumentaÍ a probabilidade de
que observadores inclependentes concordem quando dizem que
o comportamerìto ocorre ou/ então, que não ocorre. E isso, de
modo geÍal, é muito importante em estudos clínicos e em Pes-
quisas científicas. No exemplo dado, o critério de parar 3 se-
gundos permitiu que o "andar", que pode ser tido como um
comportamento contínuo, fosse transformado em unidades dis-
cretas, facilitando a contagem de freqüência.
Se vários comportamentos estivessem sendo observados
ao mesmo tempo, todos eles seriam deÍinidos (incluindo-se o
estabelecimento de critérios paÌa ocoÍrência, se fosse o caso)
e se reservaria uma linha da Folha de Registro para cada com-
portamento*. Por exemplo:
Ao término do registro teremos uma inÍormação impor-
tante: quantas vezes os comPortamentos previamente defi-
nidos ocorreram durante o tempo total em que Íoram obser-
vados. Mas apenas isso.
r Uma ouba mmeira de praeder paa efehrar Registros de Evento é dada a reguir.
Designe cada compo*amento por um código, por exemplo os que são dados no
quadro acima. Oboerue o *u suieito e vá asimlmdo cada código, à medida que os
comportammtc conepondmEs forem conendo. Finda a ressão de ob*rvação,
indique, m repando, a freqü€ncia total de cada um dos códigos.
As duas fom de registrâr são equivalmte. DÍerem mqumto a última fornece mis
inÍomçõc: o eme de seqüêrciâs comPortammtais. Por exemplo, c dadc do qua-
drc, obedcendo à reguda fom de regÈtÍo, poderim rer repremtadc sin
a ac aq jo g . l ! r o a o g - !ace ja c c a c
Veja, conÍome já etá sublinhado nos dadc, que t (Iaar alguém) *mpre (4 vea) é
praedido de c (Convemr) e nmca aparcd sozinho, embora o sujeito ob*ruado
tenha convemdo oubas 5 veê *m tcar o interlmtoÍ.
Código Comportamento Freqüência Total
a Andar Z Í 7
Conversar Z ' 9
t Tocar em alguém tr 4
o Ajeitar os óculos n 3
Í Ajeitar a roupa I 1
l)ode-se, contudo, enriquecer o nosso trabalho, aumentan_
tlo a quantidade de inÍormações possíveis, quer anotando
os dados (tal como indicado na nota de rodapé da págira
arrterior), quer adotando o Registro de Evento Minuto a Minuto,
corno se explicará em Técnicas Mistas, no item 5 deste capítulo.
No primeiro caso, a nova forma de efetuar o Registro do
Evento nos dará também a informação de como os comporta_
mentos se sequenciam ou se encadeiam. No 2ocaso, saberemos
também de que forma os comportamentos se distribuem, mi_
nuto a minuto, ao longo de todo o tempo de observação.
2. REGTSTRO DE DURAçÃO
Tal como no Registro de Evento e nas demais técnicas
que serão analisadas a seguir, o Registro de Duração requer,
inicialmente, a defnição dos comportamentos a serem ob_
servados e, muitas vezes, a indicação de critérios de ocor_
rência. Depois, observa-se e anota-se a duração dos comporta_
rììentos. Para isso, um cronômetro é preferível a um relógio
co lnum*. Para exempl i f i car , u t i l i zemos a ca tegor ia
cornportamental definida anteriormente:,,Andar,,.
Comportamento Duração (segundos) Total
Andar 1 0 - 3 3 - ' t 6 - 1 4 73 seg
Verifica-se que o sujeito andou 73 segundos, ou s 
,
nuto e 13 segundos, durante o tempo em que esteve sob ob-
servação. A maneira como o tempo foi marcado, dando-se a
duração de cada ocorrência, permite que se saiba também o
número total de ocorrências. Neste exemplo, houve quatro
ocorrências. O sujeito, portanto, andou quatro vezes e o Íez
durante l" min e 13 seg e o registro utilizado tomou-se uma
mistura de Registro de Evento e de Duração.
Se o único aspecto que se pretende medir é a duração, u,a
maneira mais simples pode ser adotada para se proceder ao
registro. Nesse caso é indispensável o uso de um cronômetro,
dotado de um ou mais mostradores cumulativos. Bastaria dis-
parar o cronômetro no irúcio de uma ocorrência, interrompê-
lo ao final da mesma e dispará-lo no início de outra ocorrên-
cia. E assim por diante. O mostrador cumulativo indica, ape-
nas, o total de todas as ocorrências. No exemplo anterior, o
único dado disporúvel seria: "Andar" = 73 segundos.
I g*p"rirente realizar um Registro de Duração. provkJen I
cie lápis, uma folha preparada como se indica logo a se-
guir e um cÍoúmetÍo ou rclógio convencional. Escolha um
sujeito e, discretamente, vá anotando a duração de algum
comportamento escolhido e deÍinido previamente. para a
indicação de tempo, adote uma das três maneiras suge-
ridas. Antes de começar, preencha o cabeçalho da Fotha
de Registro.
Folho de Registro
Situação de obseruaSo:
Sujeito (* souber, indique o nome do sujeito ou suۓs iniciais e
dê as caracterÍsticas principais, como: sexo, idade, escolarida-
de etc):
l,O. 
rtl ,,.' rlrsllr de um relógio convencioml, em vez de cronômetro, u,a mmeira(t. s(' rnor{ dr !r (turil(do de cada monênciâ reria motar, m sua Folha de Registro o
fl l::::, l-: ' 1"',,.,,1 ',,nì lx, nìostrado no retógio. Assim, as luuuo=Jiorrencias O e,,andar,,
l]ï l '^l ' ] ' l ì i f l- l ' : l , l , l : l( (rÌì. tìoderiam *r indicadas dss foma:10a20;27 a60;Sa2l;{d {{. /\ s.[Ì.r: rì(r lìr i lrì(,rr(r vtz que Andou, o úeito o fez do lf ao 2fregundã, ou ep;10 st1',untlos. t.ì ,rssirrr por tliarite. (Se o relógiJnão drpÃ.iá" pÃt"ro de *gundos,nada í('ito... (ì)nì. s. vtì, tìs vcz.s um caro Ë um belo Ëof"i úì'"À. para ,,nada,,!...)
Em conrpt'nsaçâo, cxist(,rtr cronômetros que pemitem medü a duraçáo, em *parado,de mais de urÌ ( 'v(aì(o sinìultaneanÌente.
72
i l
t
ï
I níc i o dn obseruaçõo:.. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .Término: 
. . . . .
I)ttrttçãototal: Data:........./.......').......'.. poderia ser 2 minutos' adotando-se intervalos de 10 segun-' dos de duração em cada casela.' l'é c nicn de obseroaçao:.
Co mpor tamento ob sera ado :
Defnifio do comportamento: . .....................:.:....... 
*t""0"':: 
i:'i:";"."
C r i téio s de ocorrência (caso necessário) : .................
Duracão (sequndos) Total
3. REGISTRO A INTERVAIOS
Para efetuar.um Registro a Intervalos, deve-se usar uma
folha quadriculada ou uma folha comum dividida em caselas.
As caselas indicarão os intervalos de tempo, de duração igual,
tlue você escolheu para dividir o tempo de observação. A es-
colha da duração de cada intervalo é arbitrária. Intervalos de
5 a 30 segundos são muito usados, sendo mais comuns os de
l0 ou 15 segundos.
Enr cada casela, anota-se se o comportamento ocorre ou
rrão. Note-se que estamos falando de "ocorrência" (o com-
portarììr.rlto ocorreu na casela) e "não-oconência" (o compor-
tarììerìt() rrào ocorreu) em vez de freqüência absoluta (o com-
portanrt 'rr to ocorreu tantas vezes numa mesma casela).
Exen'rplifitlut'rnos, reproduzindo parte de uma Folha de Regis-
fro de obscrvaç;ro. O comportamento registrado poderia ser o
"Andar" (definiclo anteriormente), e o tempo de observação
Minuto
Interyalos (em segundosl
O a 1 0 1 1 a 2 0 2 1 a 3 0 31 e rto 4 1 â 5 0 5 1 a 6 0
1 X X X
2 X X
Examinando-se o registro efetuado, constata-se que o nos-
so hipotético sujeito andou 5 vezes em dois minutos, três das
quais no primeiro minuto. Note-se, novamente, que a indica-
ção aqui é de "oconência" e não de "freqüência absoluta".
Dessa forma, por exemplo, entre o 11o e o 2(P segundos (se-
gunda casela), se o sujeito tivesse andado e parado (conÍorme
o critério estabelecido de, no mÍnimo 3 segundos) e voltasse a
andar, não se indicaria XX (duas ocorrências), mas aPenas
uma, como de fato se anotou.
No Registro a lntervalos, o observador olha para o su-
jeito durante todo o tempo, só desviando o olhar nos momen-
tos de indicar as ocorrências ou as não-ocorrências, cuidan-
do com atenção dos limites temporais dos intervalos. Em
certas situações, é possÍvel a utilização de um gtavador que,
ao final de cada intervalo, transmita um ruído característi-
co registrado previamente em uma fita, e, assim, indique ao
observador quando termina cada intervalo*.
* O uso de grawdor pequmo ou de mini-gnvador pemib mltÁJo com facüdade
rc situaçõs de obs€ruação. Nç* caso, um reduido fore de ouúdo conctado ao
gravador pemitiria que o ob*ruador ouviss os simis indicativc do émino dG
intervalos.
n ^
..E. recomendável que as 
,,não_ocorrências,, 
sejam indícadas
explicitamente com um sinal qualquer, por exempÌo, o traçohorizontal (-) que se usou no registro acima. euando não se
adota um sinal explícito, deixando_se a casela 
"L 
b.*.o,.or_
remos o risco ou de pular alguma casela ou de anotar uma
ocorrência em casela errada.
I Vamos fazer um Regístro a Intervalos? Apanhe um lápis Ie.papel quadriculado (ou faça caselas 
", 
p"p.iàrrrn, o,
l]Fu o espaço já preparadó, rn"i""àì"niuiËütha o com_portamento a ser observado e definao. eácoúãa duraçãodos intervalos a adotar (por exemplo, f S sãgunOosl, inOicando-os acima das caselas. É oom numeraio àmeço oecada linha, para indicar os minutos. Esoolha á rritir"" 
" 
,"robservada. Olhe para ela e a cada f S segunO;faça umamarca em seu registno: ou "X'(oconênciafou :_,,(não-ocor_
rência). "Olho üuc" no seu relogio or, 
"nEo, 
p.ç.- a alguémque a cada 15 seo avise_o do término Oe àOã intervalo.como se trata de Jm treino, úã"t.;;;;;;ãçãï.o,",r"1"
de 2 a 4 minutrcs. Comece.
Folho de Regislro*
Situação de obsensação (onde se encãntra o Sujeito e o que faz):
Sujcito (nome ou iniciais e características principais): 
......
Compor tamento ob serc ado :
Definição:
Minuto Intervalos (segundos)
o-1 5 16-30 31 -45 46-60
1
2
3
' Ii: c r r i ttr dc ob seraação :
f)ttrnção totnl:
I 
Nas.FoÍfa.s de lÌc1;istro ll e III dos Exercícios IV e V, dados no Apêndice 1, v(êencontrará inÍornraç<-res adiciomis pao o pre.chime;;; F"iú de Regisbo, demodo a tonìá-ta nr.is tl. oue uma folha à".;ó;;";,;.,ã*,, 
"^ 
aboço derelatório da sessâo d(, ohservacão.
4. REGISTRO POR AMOSTRAGEM DE TEMPO
O Registro por Amostragem de Tempo é bem semelhante
ao Registro a Intervalos. Diferem enquanto, no Registro porAmostragem, o observador em vez dã observar o sujeito du_
rante o tempo todo de cada intervalo, s6 o Íaz ao fnal dele.Por exemplo,.em vez de ficar olhando o sujeito desde 0 até 15
segundos, deve fazê-lo somente ao final do inãwalo, exata_
mente no'15o segundo*. No tempo restante, o observador faz oque bem entende, menos olhar o sujeito. Se os intervalos
adotados forem de 15 em 15 segundos, só olhará no 15o, no3f, no 45o, e assim por diante.
A gande vantagem do Registro por Amostragem é libe_
rar o observador para outras atividades, fora dos momentos
1lu 
d:"" observar e registrar. Assim, um professor, enqu.ìnto
dá aulas, pode - por exemplo a cada 10 minutos _ olhar para
*.Iroistimos que só olhe o sutíto ao fnar do intervaro e fique con o othar dsviadodele o retanôe do bmpo, âôáo fimláo ir,r"-uio. orç * Àãïïu".** o sujeito otempo todo, e o comportamento 6olhido- o.o*".o úcio ao-[j"ao tof .omporta_
l^"19 
.ãr dweú sr 
rygstrado, no entanto, se 6tava oünndo o sujeito o bmpomeuo, sua memória poderá kaÍ-lo e vtrê viÌ a registrar o qreão deveria.
76
77
o(s) aluno(s) visado(s), verificar se está(ão) apresentando ou
não o(s) comportamento(s) de seu interesse e fazer o registro
competente. Assim, quase que sem interrupção ele ministra
sua aula.
Embora a escolha da duração do intervalo seja razoavel_
mente arbitrária, recomenda-se adotar duração úrais culta
para os comportamentos que, normalnente, tenham alta fre_
qüência e mais longapara os que apresentem freqüência mais
baixa (Bijou, Peterson e Ault, 1968). A razão ésimples. Como
em cada intervalo se registra apenas uma ocorrência, a quan-
tidade de ocorrências, num certo período de tempo, é deter-
minada pela duração dos intervalos adotados. A saber: se fo_
rem usados intervalos de 30 segundos, em L minuto só serão
possíveis 2 ocorrências; mas se forem de 5 segundos, no mes_
mo período de 1 minuto poderão ser anotadas L2 ocorrências.
Desta forma, para que haja uma boa conespondência entre a
quantidade real de ocorrências e aquela que é registrada pelo
observador, deve-se adotar intervalos cartos para comporta-
mentos cuja freqüência ê alta e intervalos longos para os de
freqüência baixa.
Outra vantagem do Registro por Amostragem: permi_
tir ao observador ser muitíssimo discreto diante de seu su_
jeito, já que apenas de vez em quando precisa olhar para
ele. Imagine-se namorando alguém num jardim público. Se
um observador estiver empregando a técnica de Registro
por Amostragem para verificar o que você faz, será mais
dificilmente notado por você do que se empregasse a téc_
nica de Registro Cursivo ou Registro a Intervalos. Concor_
da? (Sei que concorda, mas tenho a certeza que enquanto
namora você não quer nenhum observador bisbilhotando
vocês!)
Experimente efetuar um registro observacional por
Amostragem de Tempo. Proceda como se explicou logo
acima. Em vez de olhar o sujeito durante o tempo todo,
faça-o somente ao final de cada intervalo.
Folho de Regisfro
Sifuação de obseruação (onde se enconka o Sujeito e o que ele
f.az): ................
Sa7eiÍo (nome ou iniciaise características principais):
Duração total: D ata... . . . . . . / . . . . . . . . / . . . . . . . .
Comp or tnmento ob sru ado :
Defniçio:
Minuto
Intervalos (em segundos)
1 5 30 45 60
2
3
4
5
5. TECNICAS MISTAS
As cinco técnicas que acabamos de descrever são funda-
mentais. Costuma-se, no entanto, combiná-las entre si ou com
outros elementos, de forma a se obter mais tipos, que chama-
remos de "Técnicas Mistas". Veremos três delas.
t l
it79
REGISTRO CURSIVO MINUTO A MINUTO
Uma das Técnicas Mistas é o Registro Cursivo feito em pe-
ríodo de tempo estipulado. Assim o observador anota de ma-
neira cursiva todos eventos que presencia, só que o faz dividin-
do o tempo em intervalos regulares, por exemplo, de L minuto.
Nesse caso, a Folha de Registro ficaria disposta desta maneira:
Registro Cursivo minuto a minuto
REGTSTRO DE EVENTO pOR MTNUTO OU FRAÇÃO DE MTNUTO
Outra técnica mista bastante utilizada em psicologia, co-
nìum em exercícios de laboratório, combina o Registro de Evento
com uma divisão do tempo em intervalos fixos de 1 minuto, ou
fração c-lele, por exemplo, 30,20,15 ou 10 segundos. O emprego
clesse último tipo é recomendado quando o comportamento
costunla ocorrer com runa freqüência relativamente alta.
Registro de Evento minuto a minuto
Registro de Evento de 1 5 em 1 5 segundos
mrn
Intervalos (em segundos)
0-1 5 1 6-30 31-45 46-60 Total Total
acumulado
Z Z I t4 t4
2 Z Z Z l 5 29
A vantagem do Registro de Evento por Minuto (ou fra-
ção dele) sobre o simples Registro de Evento é clara: neste só
dispomos do total de vezes que o(s) comportamento(s)
ocorreu(ram), enquanto que naquele dispomos da preciosa
inÍormação de que maneira o(s) comportamento(s) se distri-
buem ao longo de todo o tempo de observação.
Para a obseruação direta e registro de comportamento,
podemos usar as técnicas de ReglsÍro Cursivo, de Even-
to, de Duração, a lnterualose po(AffnstagemdeTempo,
ou então, de Tecnicas Mistas que ambinam algumas des-
sas. O Regístro Cursivo dr'spensa a defìnição prévia dos
compoftamentos a serem observados e permite a obser-
vação de muitas c/asses de resposfas. As demais tecni-
cas requerem defìnição prévia e se presÍam à observa-
ção de um número menor de c/asses de resposÍas. Por
outro lado, enquanto o Registro Cursivo é uma narração
dos faÍos obseruados, usando para isto a linguagem, as
demais técnicas quantificam os faÍos obseryados, fazen-
do uso de sinais gráficos ou numéricos.
Minuto Seqüência dos comportamentos
I S (o Suieito) escÍeve. Pára de escrever e pergunta quantas
horas são. Carlos diz: "São três horas'. S escÍeve. Desenha
uma Í lor .
2 S escreve. Pára de escrever, põe o lápis na boca. Coça a cabe-
ça com as unhas da mão direíta.
Minuto Freqüência Total Total acumulado
1 Z Z ' ' t 2 " t 2
2 n 3 1 q
80 81
ó. A ESCOLHA DA TÉCNICA APROPRIADA
Vimos existirem várias técnicas para observação direta e
resìstro de comportamento. A escolha de qual delas deve ser
usada depende de aÌguns fatores. Entre eles, os objetioos específi-
cos a serem atingidos com os dados resultantes dos registros.
Assim, se quero saber o número de vezes que alguém repete de-
terminada palavra, um Registro de Evento se mostraria adequa-
do. Por outro lado, se o meu interesse é verificar se a mesma pes-
soa repete a palavra mais vezes no início de uma conversa - ou
seja: de que forma o referido comportamento se distribui ao lon-
go tempo - 6fvez o Registro a Intervalos seja mais correto.
Outro fator que pode nos ajudar na escolha da técnica a usar
ê a naturem do pr@o comportmnento a ser estudado. Por exem-
plo, os comportamentos divisíveis em unidades discretas per-
mitem a utilização de qualquer das técnicas apontadas, enquanto
os que se apresentam como contínuos não se prestam para o
Registro de Evento e podem requerer um Registro de Duração.
"Falat'', por exemplo, pode ser tido como um comportamento
contínuo. Por isso não seria sigrLificativo dizer-se que alguém
falou 3 vezes, e que outra pessoa falou 72vezç, dado que a pri-
rneira pode ter falado durante meia hora, enquanto que a se-
liuncla pode ter falado poucos minutos, embora mais vezes.
A, tntureza da sifuação de obseraação também pode influir
na escolha da técnica de registro. Durante uma aula expositiva
o próprio professor, enquanto leciona, pode usar a técnica de
Arnostltrgcrn, para registrar alguns comportamentos de cer-
tos alurros, rnas nào a Cursiva.
Outros fatores, ainda, contribuem para a escolha da téc-
nica clc obscrvtrção e registro. Por exemplo, preferência pessoal
do modificaclor cle cornportamento ou pesquisador, maior prtí-
tica ou contpctôrtcitt neles etc.
A escolha da melhor técnica depende, entre outros fato-
res, dos objetivos da observação, da natureza do com-
portamento em estudo, da situação em que ele ocoffe, da
preferência pessoa/ do pesq uisador, sua maior Nática etc.
7. REGISTRO DE PRODUTOS DE COMPORTAMENTO
Algumas vezes pode ser útil ou mesmo necessário que a
observação direta seja feita quanto a produtos de comporta-
mento, em vez do próprio comportamento.
Assim, poderia ser difícil ficar obaervando quantas contas ou
operações matemáticas uma criança reabza. Mas seria prático,
findo o seu habalho, simplesmerrte contar-se o número de contas
que ela realizou numa folha ou cademo. Operações matemáücas,
escrita, desenlro, escultura pintura ou obras r€sultanbs do traba-
Iho de alguém são exemplos de produtos pernuurerrtes. São ditos
"produtos" por resultarem de alguma atividade e "permanen-
tes" devido ao seu caráter relativamente duradouro.
Uma contagem de freqüência, tal como se faz no Regis-
tro de Evento, é adequada para se anotar produtos perma-
nentes. Assim, pode-se, constatar quantas palavras alguém
escreveu/ quantas blusas fez a costureira, quantas mudas
plantou o agricultor ou quantos quadros o artista pintou.
I Assinale, na relação abaixo, os itens que se referem a I
produtos de comportamento.
1 - Folhas batidas à máquina.
2-Bateràmáquina.
3 - Colocar ladrilhos.
4 - Selos colocados em cartas.
5 - Ladrilhos colocados.
I
Ì
t ,
l
1 ì
82
6 - Construir ninhos.
7 - Colar selos em cartas.
B - Desenhos.
9 - Ninhos construídos.
10 - Desenhar.
São prcdúosde comportamentoos itens 1 -4-5-B e9. I
Outras formas de produtos permanentes, por vezes de
grande interesse do psicólogo, modificador de comportamento
ou pesquisador, seriam excreções fecais (fezes) ou urinárias
(urina) e secreções glandulares (saliva). Dessa forma, pode-
ria ser necessário saber-se quantas vezes, numa semÉÌrìa, uma
criança de 6 anos urinou na cama, enquanto dormia - o que é
impossível de ser constatado por observação direta do com_
portamento, mas se toma fácil verificar, examinando_se dia_
riamente se o lençol está molhado (lençol molhado = produto
do comportamento); ou qual a quantidade de bolos fecais
(pelotinhas de coco) excretados por um camundongo, subme_
tido a uma situação estressante de punição com choques; ou
então qual o número de gotas salivares produzidas por um
cão, submetido a um condicionamento do tipo pavloviano ou
responclente.
Além da observação direta de comportamento, pode ser
útil a contagem de freqüência de produtos permanentes
de comportamento.
8. INDICAOÃO DE CIRCUNSTNruCNS DO COMPORTAMENTO
A indicação das circunstâncias, relevantes à ocorrência
dos comportamentos sob observação, é uma prática que se
tem mostrado frutífera em trabalhos observacionais. Dessa
forma, qualquer que seja a técnica escolhida pÍua se proceder
aos registros, se anota as circunstâncias que pareceram im-
portantes para a ocorrência do comportamento. Por exem-
plo, se estamos preocupados com a baixa produção de uma
seção de determinada indústria, não seria suficiente o regis-
tro de quem trabalha e quanto tempo o faz. A indicação de
certas circunstâncias, de quando há mais trabalho e quandohá menos trabalho, talvez nos levasse a concluir que os ope-
rfuios trabalham mais quando Fulano é seu supervisor e o
fazem menos quando Beltrano desempenha tal função. Isso
nos levaria a supor que este último está sendo a causa da que-
bra de produção.
fá existe na literatura específica todo um elaborado siste-
ma que permite analisar comportamentos, de forma a idenú-
ficar adequadamente os eventos antecedentes e conseqüen-
tes e, assim, poder-se detectar com certa precisão as relações
de causa e efeito. Dado o caráter introdutório do presente li-
vro, remetemos o interessado às fontes apropriadas, poÍ exem-
plo, Danna e Matos (2006).
A indicação das circunstâncias, que pareçam relevantes
para a ocotTência de ceftos compoftamentos, fornece in-
dica@es que @ntribuem para o estabelecimento de rela-
ções causals, possibilitando melhor compreensão dos
@m poft a me nÍos sob esÍudo.
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