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GABARITO_COMENTADO_UNIDADE_II_MONICP_2.2013

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Universidade de Brasília 
Instituto de Ciência Política 
GABARITO COMENTADO DA LISTA DE EXERCÍCIOS (Unidade I) 
Monitoria de Introdução a Ciência Política: 2/2013 
E-mail: monitoriaicpunb@gmail.com 
 
SELL 
 
Questão 01) 
 
a) GABARITO: INCORRETO. A crise que foi cenário para a ascensão de Margaret Thatcher na 
Inglaterra corresponde à crise do Estado de bem-estar social (p. 75). Fundando um governo de 
orientação neoliberal, Thatcher tomou duras medidas que propiciassem o aumento do 
crescimento econômico e diminuíssem a presença do Estado em assuntos sociais. 
 
b) GABARITO: INCORRETO. As semelhanças entre os regimes nazista e soviético 
correspondem ao fato de que as ideologias possuem pontos de contato e podem compartilhar 
traços em comum, chegando até a identificar-se. Nota-se que as diferenças entre a extrema-
esquerda e a extrema-direita desaparecem quando se percebe seu fundamento comum: o 
fundamentalismo e o uso da violência (p. 54). 
 
c) GABARITO: CORRETO. Ver p. 58. 
 
d) GABARITO: INCORRETO. A socialdemocracia não trai a ideologia de esquerda, da qual se 
origina, no sentido em que resguarda os valores de igualdade e de transição para uma sociedade 
livre da luta de classes e da dominação baseada nesta luta (p. 74). O abandono do ideal de 
construção de uma nova sociedade se deve justamente ao sucesso do projeto político da 
socialdemocracia, e não em uma perversão de seus valores. Além disso, a socialdemocracia não 
representa um golpe de classe. 
 
e) GABARITO: INCORRETO. A Revolução Francesa possuía caráter liberal, defendendo 
ideais de liberdade, sendo essencialmente uma revolução burguesa (p.58). O valor da igualdade 
defendido na Revolução dizia respeito ao desejo de voz da burguesia na sociedade que ainda 
apresentava estratificação quase feudal. O item também apresenta um óbvio anacronismo na 
tentativa de se adequar um episódio histórico a uma ideologia surgida um século depois. 
 
Questão 02) 
 
a) GABARITO: INCORRETO. Sell explica que existem muitos diferentes significados para 
ideologia, escolhendo ele tratar de ideologia sob duas diferentes visões. Enquanto Karl Marx de 
fato caracteriza ideologia como um conjunto de falsas representações, Norberto Bobbio na 
verdade caracteriza ideologia como um projeto político, em um sentido positivo (p. 52). 
 
b) GABARITO: INCORRETO. O princípio em comum do liberalismo político e do liberalismo 
econômico é a noção de que o Estado deve ser mínimo, e deve existir apenas para garantir 
direitos fundamentais e anteriores ao próprio Estado (p. 57-58). É no liberalismo econômico de 
Adam Smith que existe a noção de correlação entre a busca de bens individuais e o surgimento 
de bens públicos, no que é conhecido como o princípio do egoísmo (p. 59). 
 
c) GABARITO: INCORRETO. Para Sell, “a existência do Estado soviético sempre provocou 
enormes polêmicas, tanto no campo da discussão política quanto no debate acadêmico. Para 
certos autores, por exemplo, o socialismo soviético era a própria negação das ideias de Marx, 
pois contrariava o reino de liberdade e igualdade proposto por aquele autor. Mas, para os 
governantes, a União Soviética era apenas a concretização da ditadura do proletariado apregoada 
por Marx, e encontrava-se na fase (de transição) do socialismo...” (p. 69). 
 
d) GABARITO: INCORRETO. A socialdemocracia enfrentou uma crise na década de 1970 e 
viu o neoliberalismo se tornar uma opção no decorrer das décadas de 1980 e 1990, mas não foi 
erradicada. A ideologia reformista precisou se adaptar à sociedade contemporânea da 
globalização e da informatização, voltando a ter vitórias significativas em meados da década de 
1990 (p. 75-76). 
 
e) GABARITO: CORRETO. Ver p. 77. 
 
 
Questão 03) 
 
a) GABARITO: CORRETO. Ver p. 60. 
 
b) GABARITO: CORRETO. Ver p. 75. 
 
c) GABARITO: INCORRETO. O modelo soviético foi sim controverso, mas possuiu 
importância no socialismo como forma de os trabalhadores se organizarem e lutarem pelos seus 
direitos. O socialismo também ajudou a consolidar o valor da igualdade (p. 70). Além disso, a 
União Soviética durou praticamente oitenta anos, iniciando-se com a Revolução Russa em 1917 
e terminando apenas em 1990. 
 
d) GABARITO: CORRETO. Ver p. 77. 
 
e) GABARITO: CORRETO. Ver p. 78. 
 
NASCIMENTO 
 
Questão 04) 
 
I. GABARITO: O trecho se refere à Escola Moderna (p. 36). 
II. GABARITO: O trecho se refere ao primordialismo (p. 38-39). 
III. GABARITO: O trecho se refere ao primordialismo (comunidades étnicas) (p.40). 
IV. GABARITO: O trecho se refere ao nacionalismo cívico (p. 42). 
 
a) ESCOLA MODERNA – PRIMORDIALISMO – PRIMORDIALISMO – ESCOLA 
MODERNA 
b) ESCOLA MODERNA – PRIMORDIALISMO – NACIONALISMO ÉTNICO – 
NACIONALISMO CÍVICO 
c) ESCOLA MODERNA – NACIONALISMO ÉTNICO – NACIONALISMO ÉTNICO – 
NACIONALISMO CÍVICO 
d) ESCOLA MODERNA – PRIMORDIALISMO – PRIMORDIALISMO – 
NACIONALISMO CÍVICO 
e) ESCOLA MODERNA – PRIMORDIALISMO – NACIONALISMO ÉTNICO – ESCOLA 
MODERNA. 
 
Questão 05) 
 
a) GABARITO: INCORRETO. Na prática, é difícil encontrar exemplos puros de nacionalismo 
cívico e nacionalismo étnico. Os dois se aproximam muito de modelos ideais e vê-los como uma 
dicotomia seria reducionista. Além disso, movimentos como o pan-germanismo e o pan-
eslavismo baseiam-se em determinações étnicas, e não em uma combinação de tipos de 
nacionalismo (p. 44-45). 
 
b) GABARITO: CORRETO. Ver p. 36. 
c) GABARITO: INCORRETO. A transvalorização de valores é um contraponto à visão 
negativa do nacionalismo étnico de Greenfeld, que possui viés eurocêntrico (p. 44). O 
nacionalismo, mesmo de caráter étnico, não é necessariamente xenófobo, e pode consistir em um 
projeto político de um país em processo de independência (p. 33). 
 
d) GABARITO: INCORRETO. Não haveria problema em trabalhar Estado e nação como 
conceitos sinônimos se cada Estado de fato correspondesse a uma nação, e historicamente não 
são poucos os casos que comprovam que isso não é verdade (p. 35). Estados-nações homogêneos 
como a Alemanha, o Japão ou a Islândia são raros, e somente nestes casos de hegemonia é que se 
pode considerar patriotismo e nacionalismo como indistinguíveis. 
 
e) GABARITO: INCORRETO. O nacionalismo instrumentalista é bastante criticado por preterir 
uma noção de ‘imaginação’ por uma de ‘fabricação’. O nacionalismo é sim uma abstração 
construída, e evoca nos cidadãos um pertencimento a uma entidade eterna (p. 37), mas essa 
relação não possui caráter essencialmente negativo. Também é possível sim existir 
compatibilidade entre nacionalismo e democracia, como é o caso do nacionalismo cívico (p. 42). 
 
Questão 06) 
 
I. GABARITO: INCORRETO. Diante das teorias racistas europeias, alguns poucos intelectuais 
brasileiros desenvolveram uma resposta à suposta inferioridade racial do país, transformando a 
miscigenação em fator positivo e motivo de orgulho nacional (p. 44). A isso chama-se 
transvalorização de valores, e não existe nenhuma relação desta com a Semana de Arte de 22. 
 
II. GABARITO: INCORRETO. A ideia de uma identidade nacional e uma cidadania 
completamente despidas de componentes étnicos e baseada exclusivamente em lealdades aos 
princípios cívicos e democráticos é irreal. Além disso, a oposição entre nacionalismo cívico e 
étnico é reducionista, sendo difícil encontrar modelos puros na realidade (p. 44-45). 
 
III. GABARITO: INCORRETO. O caso brasileiro indica que uma identidade nacional 
enraizada na elaboração de elementos autóctones não é necessariamente retrógrada, antimoderna 
ou xenófoba. Por isso identifica-se um viés eurocêntrico no pensamento de Liah Greenfeld (p. 
44). Além disso, pode-seobservar um choque entre o modelo de formação das nações europeias 
e os processos de nation-building em outras partes do mundo, como nos países coloniais (p. 36, 
p. 38 e p. 33). Além disso, os intelectuais brasileiros que condenavam o viés eurocêntrico das 
teorias racistas eram nacionalistas. 
 
IV. GABARITO: INCORRETO. Para o primordialismo, nações são unidades naturais da 
história da humanidade – sentimentos primordiais de pertencimento a uma etnia, identidades 
básicas que formam comunidades pré-nacionais (p. 38). Já para os modernistas/construtivistas o 
surgimento do nacionalismo pode ser remetido às ideias e aos processos socioeconômicos e 
políticos desencadeados pelo Iluminismo e pela Revolução Industrial (p. 36). A vertente que vê o 
nacionalismo como um projeto de manipulação é o nacionalismo instrumentalista (p. 36), uma 
vertente da escola moderna. 
 
A alternativa correta é: 
a) Apenas o item IV está incorreto. 
b) Os itens I, II e IV estão incorretos. 
c) Apenas o item I está correto. 
d) Todos os itens estão incorretos. 
e) Apenas os itens II, III e IV estão incorretos. 
 
CARVALHO 
 
Questão 07) 
 
a) INCORRETA. De fato, o autor afirma que a democracia não corre riscos, o que seria um 
fator positivo. (“Não há indícios de que a descrença dos cidadãos tenha gerado saudosismo em 
relação ao governo militar (...). Nem há indícios de perigo imediato para o sistema 
democrático.” – P. 8). Contudo, o Plebiscito de 1993 não é um exemplo de ameaça a 
democracia, por duas razões: primeiro, porque seu objetivo era escolher o sistema 
(parlamentarismo ou presidencialismo) e a forma de governo (monarquia ou república), não o 
regime político (democracia ou autocracia). Em segundo lugar, só o fato de haver um plebiscito 
– em que o povo decide – já é um exemplo de práticas democráticas. 
 
b) INCORRETA. Realmente, havia essa crença de que a democracia traria a solução para todos 
os problemas brasileiros. Porém, foi o direito à manifestação do pensamento que se expandiu 
mais fortemente e não a segurança pública, qualidade de educação e emprego (direitos que não 
ganharam tanto impulso quanto outros). “A manifestação do pensamento é livre, a ação política 
e sindical é livre. De participação também. O direito do voto nunca foi tão difundido. Mas as 
coisas não caminharam tão bem em outras áreas. Pelo contrário. Já 15 anos passados desde o 
fim da ditadura, problemas centrais da nossa sociedade como a violência urbana, o desemprego, 
o analfabetismo, a má qualidade de educação, a oferta inadequada dos serviços de saúde e 
saneamento, e as grandes desigualdades sociais e econômicas ou continuaram sem solução, ou 
se agravam, ou, quando melhoram, é em ritmo muito lento”. (P. 7-8) 
 
c) INCORRETA. Carvalho afirma que é possível ter um direito sem o outro; a ordem referida 
(civis, políticos e sociais) é apenas um exemplo da sequência lógica ocorrida na Inglaterra. (“O 
exercício de certos direitos, como a liberdade de pensamento e o voto, não gera 
automaticamente o gozo de outros, como a segurança e o emprego. O exercício do voto não 
garante a existência de governos atentos aos problemas básicos da população. Dito de outra 
maneira: a liberdade e a participação não levam automaticamente, ou rapidamente, à resolução 
de problemas sociais. Isso que dizer que a cidadania inclui várias dimensões e que algumas 
podem estar presentes sem as outras.” P. 8-9, grifo nosso) Porém, a cidadania plena ocorre tal 
como foi descrito no item (“Uma cidadania plena, que combine liberdade, participação e 
igualdade para todos, é um ideal desenvolvido no Ocidente e talvez inatingível” – P. 9) 
 
d) CORRETA. “Há, no entanto, uma exceção na sequência de direitos adotada pelo próprio 
Marshall. Trata-se da educação popular. Ela é definida como direito social, mas tem sido 
historicamente um pré-requisito para a expansão dos outros direitos”. (P. 11) 
 
e) INCORRETA. Carvalho aponta que há vários caminhos para a cidadania; no entanto 
caminhos diferentes levarão a cidadãos diferentes. “Seria tolo achar que só há um caminho para 
a cidadania. A história mostra que não é assim. (...) Mas é razoável supor que caminhos 
diferentes afetem no produto final, afetem o tipo de cidadão e, portanto, de democracia que se 
gera”. (P. 220). 
 
Questão 08) 
 
a) INCORRETA. Na verdade, o que aconteceu no Brasil – e é apontado pelo autor - foi 
justamente o contrário: o Legislativo (símbolo da representação popular) tornou-se menos 
importante do que o Executivo (símbolo da concentração de poder). (Ver Carvalho, p. 221). 
Porém, o último período do item acerta ao colocar que a eleição para governadores é mais 
disputada do que de deputados. (Ver Carvalho p. 222). 
 
b) INCORRETA. Ao contrário do que foi afirmado, o autor considera como positivo o fato de 
tanto a direita quanto a esquerda concordarem acerca da relevância da democracia. Isso porque, 
uma vez que haja essa concordância, nenhum dos lados pensará em derrubar o regime 
democrático para ver instaurados os seus interesses, pelo menos a princípio. “Na corrida contra 
o tempo, há fatores positivos. Um deles é que a esquerda e a direita parecem hoje convictas do 
valor da democracia. Quase todos os militantes da esquerda armada dos anos 70 são hoje 
políticos adaptados aos procedimentos democráticos. Quase todos aceitam a via eleitoral de 
acesso ao poder. Por outro lado, a direita também, salvo poucas exceções, parece conformada 
com a democracia. Os militares têm-se conservado dentro das leis e não há indícios de que 
estejam cogitando da quebra das regras do jogo”. (P. 224) 
 
c) CORRETA. “A organização da sociedade não precisa e não deve ser feita contra o Estado 
em si. Ela deve ser feita contra o Estado clientelista, corporativo, colonizado”. (P. 227). 
 
d) INCORRETA. Tal como afirma o item, a luta pela cidadania deu-se simultaneamente à 
constituição do Estado nacional (P. 12). Porém, essa não é a definição de Estadania. Este 
conceito refere-se à tendência em valorizar mais o governo – representativo da concentração do 
poder do Estado – do que a representação política – relacionado à soberania popular. “Essa 
cultura orientada mais para o Estado do que para a representação é o que chamamos de 
‘estadania’, em contraste com a cidadania”. (P. 221). 
 
e) INCORRETA. As reivindicações pelo direito de consumir, na verdade, atrapalham a 
constituição de cidadania. Isso porque, uma vez que as pessoas tenham atendido sua vontade de 
consumo – o que pode acontecer por meio de uma política panem et circenses -, não lutariam 
mais pelos seus direitos civis, políticos e sociais. O caminho para a cidadania seria, então, 
cessado. “Se o direito de comprar (...) consegue silenciar ou prevenir entre os excluídos a 
militância política, o tradicional direito político, as perspectivas de avanço democrático se veem 
diminuídas”. (P. 228). 
 
Questão 09) 
 
I) “Hospital superlotado usa camas do necrotério para atender pacientes. A superlotação do 
Hospital Universitário de Cascavel, no oeste do Paraná, fez com que os pacientes que estavam 
nos corredores do pronto-socorro ficassem em macas usadas no necrotério da unidade de saúde. 
Por conta do grande número de atendimentos, as macas da emergência não foram suficientes”. 
(G1 em 05/08/2013) 
 2) Segundo Carvalho, os direitos sociais (educação, saúde, previdência social...) foram 
afirmados num momento de supressão dos direitos políticos, uma tentativa do ditador de 
apaziguar a sociedade num momento de repressão. Esses direitos, vistos ingenuamente como 
“boa vontade do Executivo”, ajudam no que o autor chamou de Estadania. Contudo, os direitos 
sociais não foram plenamente alcançados - Ver página 10 
II) “R.R. lança candidatura à presidênciado Senado. O senador R.R. (PSOL-AP) lançou nesta 
terça-feira candidatura à presidência do Senado para o próximo biênio (2013-2015). A 
candidatura de R.R. é uma oposição dos chamados 'senadores independentes' à eleição dada 
como certa do líder do PMDB, R.C. (AL), ao cargo. 'Eu não sou senador de cabresto para 
chegar dia 1º de fevereiro no Senado Federal, receber uma cédula quase com o nome do 
candidato já indicado e votar no candidato a presidente só porque ele é do partido majoritário. 
Isso não é procedimento', declarou [o candidato R.R.].” (G1 em 15/01/2013) 
 3) Carvalho afirma que, os direitos políticos podem existir sem os direitos civis, mas 
aqueles sem estes perdem a sua razão de ser, uma vez o eleitor pode votar, mas não efetivamente 
escolher seu candidato (como é o caso do voto de cabresto). Os direitos políticos dificilmente 
existem sem os sociais: sem a garantia de uma igualdade material para além da formal, as 
pessoas, como no caso da compra de votos, abrem mão de uma garantia constitucional por um 
prato de comida. – Ver página 10. 
III) “Espanha quer atrelar planos de pensão à expectativa de vida. A Espanha está sob pressão 
da União Europeia para reformular seu sistema de pensão até o fim de 2013, para ajudar a 
corrigir desequilíbrios na economia num momento em que o alto desemprego gera tensão sem 
precedentes sobre fundos de seguridade social.” (G1 em 02/09/2013) 
 1) No texto de Carvalho são abordados dois temas: a crise no “velho mundo” e a 
redução dos direitos sociais. Quanto ao primeiro assunto, o autor comenta que o Brasil está 
num dilema: esforçou-se durante muitos anos para copiar o modelo de outros países e agora 
esses mesmos países questionam as próprias instituições. Sobre a redução dos direitos sociais, 
Carvalho comenta que, devido ao alto gasto com a previdência social, o Estado se vê obrigado a 
reduzir os investimentos nessas áreas. Esses são dois problemas, apontados no texto, 
relacionados à cidadania na contemporaneidade. – Ver página 225-226 
IV) “Manifestantes organizam nova passeata em Belém. (...) Os manifestantes avaliaram a 
ação policial como abusiva e truculenta. Os participantes foram orientados a levar máscaras 
para os próximos protestos; a ficarem em grupo, caso ocorra conflito ou tumulto; e a gravar e 
fotografar a ação da polícia ‘para que se possa produzir provas favoráveis aos manifestantes 
que foram acusados e/ou presos’”. (G1 em 26/06/2013) 
 4) Apesar de serem a base da pirâmide de Marshall, os direitos civis não foram 
plenamente conquistados no Brasil. A ditadura militar de 1964-85 foi uma prova desse fato, por 
instituir fortemente a censura. Por outro lado, a Constituição Cidadã, de 1988, mostrou-se 
preocupada em garantir a liberdade do povo. No entanto, fatos recentes fazem as pessoas se 
questionarem se essa garantia realmente existe. – Ver páginas 9, 219 e 220. 
 
b) I-2; II-3; III-1; IV-4 
 
MARQUES (1ª PARTE) 
 
Questão 10) 
 
a) INCORRETO. Schumpeter não criou um modelo de democracia, “apenas organizou alguns 
instrumentos que já estavam em uso no Ocidente e afirmou que este conjunto era o único tipo de 
‘democracia possível’” (p. 22). Ademais, não foi Schumpeter que inaugurou o pensamento 
acerca das “democracias concorrenciais”, autores como Max Weber já compartilhavam dessa 
visão dos governos populares. Ver páginas 19-22. 
b) INCORRETO. Schumpeter recebe grandes críticas por conceber o que seria uma “doutrina 
clássica” da democracia, porque há diversos autores considerados clássicos com concepções 
distintas sobre democracia. (p. 22). 
c) INCORRETO. Apenas o primeiro período está correto. Ver páginas 23 e 24. 
d) INCORRETO. O ator principal para Dahl são os grupos. Ver páginas 23 e 25. 
e) CORRETO. Ver páginas 23 e 24. 
Questão 11) 
 
I. INCORRETO. As decisões não seriam necessariamente tomadas dentro do debate. Há 
uma separação entre esse espaço comunicativo – a esfera pública – e o centro político-
administrativo. Ademais, esse modelo não propõe uma democracia direta. Ver páginas 27 e 
28. 
II. CORRETO. Ver final da página 28 e início da página 29. 
III. CORRETO. Ver página 27, segundo parágrafo. 
Portanto: 
 
 
d) Apenas o item I está incorreto. 
Questão 12) 
 
a) CORRETO. Ver página 28 para Habermas, e 29 para Joshua Cohen e James Bohman. 
 
b) CORRETO. Ver páginas 26-27 e 28-29. 
c) CORRETO. Mais detalhes, ver páginas 25 (Dahl) e 30 (deliberacionistas). 
d) INCORRETO. O ator com iniciativa no processo político para Schumpeter é a liderança, os 
governantes – retomando o caráter elitista do autor. Ver página 22. 
 
e) CORRETO. Ver páginas 30 e 31 para críticas ao modelo deliberativo. 
 
 
MARQUES (2º PARTE) 
 
Questão 13) 
 
I. INCORRETO. O Republicanismo Cívico é uma alternativa à teoria democrática liberal 
pluralista (não é uma vertente desta) e defende uma visão de política como um fim em si mesmo 
(em oposição à noção instrumental da política). Além disso, o Republicanismo Cívico trabalha 
com a noção de liberdade positiva, através do autogoverno e da participação ativa. (P. 31 e P. 32) 
 
II. INCORRETO. O Republicanismo Renascentista surgiu, de fato, em cidades italianas como 
Florença, Veneza e Siena. Porém, estas cidades não configuraram democracias e sim 
autogoverno. (P. 31 e P. 32) 
 
III. INCORRETO. Realmente o Republicanismo Clássico repudiava a visão política medieval 
baseada na dicotomia homo credens x homo politicus. No entanto, essa corrente criticou 
fortemente a noção contemporânea de cidadania por conta de sua aplicação limitada e da 
ausência de participação ativa nos negócios públicos. (P. 33 e P. 34) 
 
IV. CORRETO. Através destes elementos é possível, para uma sociedade, viver um 
autogoverno. (P. 35 e P. 36) 
 
V. CORRETO. O Republicanismo Cívico Humanista também era chamado de 
desenvolvimentista justamente por possuir esse foco. Dois grandes expoentes desta linha de 
pensamento foram Rousseau e Arendt. (P. 35 e P. 36) 
 
 
b) Apenas os itens IV e V estão corretos 
 
 
Questão 14) 
 
I. INCORRETO. A noção de indivíduos livres e iguais, contemplados pelos direitos formais 
(garantias liberais à vida, à igualdade e à prosperidade) é característica da corrente democrática 
liberal-pluralista. A Democracia Participativa surge em oposição a estas ideias, defendendo a 
busca por uma igualdade política concreta que sane as assimetrias econômicas, ou seja, os 
direitos formais são importantes, mas insuficientes se o Estado não dispõe de mecanismos que 
efetivem sua aplicação. (P. 38 e P. 39) 
 
II. INCORRETO. Segundo Pateman, o Estado não é independente, este está imerso na 
sociedade civil, mantendo e reproduzindo as desigualdades econômicas. As duas separações 
propostas na questão não são equivalentes. (P. 39 e P. 40) 
 
III. INCORRETO. Pelo contrário, a grande preocupação da Democracia Participativa consiste 
justamente em trazer a participação para a realidade cotidiana, visto que nesta os indivíduos se 
revelam mais sensíveis. (P. 40) 
 
IV. INCORRETO. Os participacionistas se opõem veementemente a isto. Segundo estes, a 
democracia não pode reduzir-se ao “voto periódico”, devendo ser exercida ativamente através, 
por exemplo, de um processo educativo, como defendia Pateman. (P. 40) 
 
V. CORRETO. Para o autor, desta forma seria possível alcançar uma cidadania qualificada. (P. 
37) 
 
 
b) Apenas o item V está correto 
 
Questão 15) 
 
a) CORRETO. A concepção multicultural possui uma abordagem pró-diversidade com uma 
visão de mundo cosmopolita e tolerante. (P. 42) 
 
b) CORRETO. Essa abordagem pode ser encontrada nas páginas 44 e 45 do texto de Marques, 
sendo que o ponto centralconsiste na diminuição da vulnerabilidade da minoria contra as 
decisões da maioria. 
 
c) INCORRETO. Segundo Taylor, se uma cultura não é respeitada, a sua dignidade e 
autogoverno estão ameaçados. (P. 45) 
 
d) CORRETO. Essa é uma crítica recorrente. Os autores multiculturalistas se justificam 
afirmando que esses direitos auxiliarão na promoção dos valores liberais, uma vez que estes são 
úteis para acabar com as desigualdades, e não para criá-las. (P. 45) 
e) CORRETO. Para Young, todos esses problemas podem ser melhor considerados à luz da 
especificidade das distintas relações. Para ela, a noção de “política de diferença” pode ser útil 
nesse processo. (P. 46) 
 
 
MIGUEL (3D) 
 
Questão 16) 
 
a) INCORRETO. Embora Luis Felipe Miguel realmente reconheça a expansão da democracia 
eleitoral nos últimos trinta anos, o autor aponta que um processo contraditório aconteceu 
simultaneamente: a deterioração da adesão popular às instituições representativas. Isto é, há uma 
crise do sentimento de estar representado. Para o autor, tal crise ocorre por toda parte e atinge 
novas e velhas democracias. 
 
b) CORRETO. 
 
c) INCORRETO. O primeiro período está inteiramente correto. No entanto, Luis Felipe Miguel 
não reconhece a impossibilidade de se medir o declínio do comparecimento eleitoral na América 
Latina. Em verdade, o autor emprega o conceito de “alheamento decisório eleitoral”, que engloba 
a abstenção, o não-alistamento eleitoral, o voto nulo e o voto em branco. Além disso, Luis 
Felipe Miguel discorda da tese de Lipset de que altos índices de abstenção revelam o 
contentamento disseminado com as instituições, que estariam funcionando tão bem que nem 
seria necessário participar. O raciocínio de Luis Felipe Miguel aproxima-se ao de Elshtain, que 
vê na tese de Lipset a legitimação das desigualdades políticas. Adicionalmente, o autor 
argumenta que a tese é claramente inadequada para compreender o declínio da participação 
política nos países latino-americanos, nos quais a redemocratização foi acompanhada pelo 
aprofundamento da crise econômica, ou no antigo bloco comunista, que sofria pauperização. Por 
conta de outros indicadores, tal tese também não pode ser aplicada ao “mundo desenvolvido”. 
 
d) INCORRETO. Embora o autor considere que um dos três conjuntos de evidência que 
fornecem indícios sobre a crise do sentimento de estar representado seja a ampliação da 
desconfiança em relação às instituições, isso não está diretamente ligado a liberalização. 
Adicionalmente, Luis Felipe Miguel apresenta dois problemas principais quanto ao emprego de 
surveys. O primeiro consiste num problema metodológico de fundo, já que as pesquisas impõem 
categorias e preocupações que são estranhas aos entrevistados – o que Bordieu chama de “erro 
escolástico” – e, por isso, não fornecem respostas, senão indícios. O segundo relaciona-se com a 
dificuldade de interpretação dessas pesquisas devido à raridade de séries históricas mais longas 
com dados comparáveis. 
 
e) INCORRETO. O primeiro período está inteiramente correto. No entanto, Luis Felipe Miguel 
considera que, para além da burocratização das estruturas internas dos partidos, há outros dois 
principais motivos para seu esvaziamento: o estreitamento do leque de opções partidárias, ligado 
à derrota dos projetos da classe operária, e as mudanças que a mídia eletrônica introduziu na 
competição eleitoral. Além disso, Luis Felipe Miguel apresenta as teses de Manin e O’Donnell. 
Para este, houve uma substituição da democracia representativa por uma nova “democracia 
delegativa”, caracterizada pela transferência quase irrestrita de poderes aos líderes carismáticos 
eleitos. Já Manin considera que aconteceu uma transição da democracia de partidos para uma 
nova democracia de audiência, caracterizada pelo contato “direto” e midiático entre líderes e 
eleitores. 
 
Questão 17) 
 
a) INCORRETA. 
b) INCORRETA. 
c) INCORRETA. 
d) CORRETA. 
e) INCORRETA. 
 
Questão 18) 
 
a) INCORRETO. Luis Felipe Miguel toma nota da contradição existente entre democracia e 
eleições, já que estas, por pressuporem a existência de indivíduos mais classificados do que 
outros, são um mecanismo de seleção e, consequentemente, aristocráticas. Adicionalmente, o 
autor nega que os eleitores tenham atualmente papel ativo nas competições políticas, uma vez 
que podem apenas reagir diante das ofertas do mercado político. Além disso, Luis Felipe Miguel 
destaca o duplo mandato dos políticos, enfatizando que estes muitas vezes respondem mais a 
seus partidos do que a seus eleitorados. 
 
b) INCORRETO. As teses das autoras estão invertidas e também estão invertidas as descrições 
dos dois tipos principais de representação política. Ou seja, Meiksins Wood enfatiza o elemento 
elitista da representação e Hannah Pitkin estuda a polissemia do conceito de representação. Além 
disso, enquanto a representação política se associa à ideia de um “microcosmo” da comunidade 
representada, a representação formalista é aquela que enfatiza a autorização e a accountability 
como mecanismos legitimadores. 
 
c) INCORRETO. Os três primeiros períodos estão corretos. No entanto, o último período está 
incorreto, já que Luis Felipe Miguel considera que a mídia, ao apresentar uma imagem enviesada 
da sociedade, desempenha muito mal sua tarefa de representar a sociedade e de oferecer uma 
multiplicidade de espaços de formação de agenda. Por isso, o autor aponta para a importância de 
se dissociar a capacidade de prover informações da posse do poder econômico. Segundo o autor, 
isso pode ser alcançado por meio do direito de antena, do incentivo ao jornalismo, rádio e 
televisão comunitários e do financiamento público para expressão de grupos desprivilegiados. 
Além disso, uma das principais metas de tais mecanismos seria possibilitar que os diferentes 
grupos possam formular autonomamente suas preferências, sem a manipulação de suas vontades. 
 
d) CORRETO. Além disso, o autor aponta para a convergência entre Nancy Fraser e Iris Marion 
Young, para quem deve haver um financiamento público para incentivar a auto-organização dos 
grupos oprimidos. Isso visa a possibilitar que os grupos subordinados possam ter voz própria, 
não precisando “ser falados” ou se calar. Além disso, o autor aponta que tal mecanismo colabora 
para a deslocação da terceira dimensão da representação política para o campo da sociedade 
civil. 
 
e) INCORRETO. Luis Felipe Miguel busca o aprofundamento do pluralismo político e, 
portanto, não vislumbra uma democracia unitária. Na realidade, o caminho é o inverso, porque 
contempla a expressão e a representação de todos. Além disso, é necessária a difusão de 
condições materiais mínimas. Segundo o autor, sem um mínimo de igualdade material e garantia 
das condições básicas de existência, o funcionamento da democracia está gravemente 
comprometido. 
 
HIRSCHMAN 
 
Questão 19) 
 
a) INCORRETA. Não existe uma distinção clara entre custos e benefícios no âmbito coletivo. O 
próprio processo de lutas para alcançar um bem público pode ser considerado como parte 
positiva, portanto não é possível considerar os custos coletivos como superiores aos da esfera 
privada. Além disso, a acumulação de bens de consumo individuais pode gerar vários tipos de 
decepções e insatisfações que alimentam a vontade de se participar mais ativamente que antes 
em ações públicas de várias espécies (p.84). 
 
b) CORRETA. Esse fenômeno é conhecido por "efeito carona", em que o indivíduo é tentado a 
abster-se de contribuir, na expectativa de que outros se empenharão em seu benefício (p.85). 
 
c) INCORRETA. Pelo contrário, no contexto dos anos 60, o Ocidente "mergulhou numa onda 
semprecedentes de movimentos públicos, passeatas, protestos, greves e ideologias (p.86)", desde 
movimentos feministas a manifestações contra a guerra do Vietnã. No entanto, tal contexto não 
atrapalhou o sucesso da teoria, pois "as muitas pessoas que acharam os movimentos 
profundamente perturbadores puderam recorrer a teoria olsoniana e nela encontrar boas e 
reconfortantes razões que justificassem que aquelas ações coletivas dos anos sessenta nunca 
deveriam ter ocorrido, ou talvez fossem menos reais do que pareciam, e que seria altamente 
improvável que se repetissem" (p.86). 
 
d) INCORRETA. Essa é uma concepção de Mancur Olson que foi criticada por Hirschman. O 
engajamento na vida pública pode ocorrer por outros fatores que não incentivos individuais, 
como o efeito do impacto. Ele ocorre quando uma pessoa sofre uma decepção em alguma esfera 
(no caso, a individual) e tende a superestimar os benefícios e diminuir os custos de uma 
experiência alternativa (esfera pública). 
 
e) INCORRETA. A não-conquista de um objetivo pode ter caráter estimulante. O fato de que 
ainda há um trabalho a ser completado após cada progresso poderia muito bem acabar por 
reavivar as energias de nossos cidadãos públicos e protelar o momento em que eles gostariam de 
dar maior prioridade que antes a suas atividades particulares (p.103). 
 
Questão 20) 
a) INCORRETA. As decepções com a vida pública incluem tanto não alcançar o objetivo como 
consegui-lo. Uma vez vitoriosa a causa pode revelar-se muito menos atrativa do que se 
antecipara; mais especificamente, ela pode ganhar ímpeto próprio e desviar-se do ponto de vista 
dos primeiros ativistas (p.101). 
 
b) INCORRETA. Os conceitos estão trocados. A dedicação ocorre quando o tempo excessivo 
dedicado a ação coletiva ocorre de maneira não-intencional e é visto como negativo. A 
dependência ocorre de maneira intencional, quando o indivíduo se dedica excessivamente porque 
encontra satisfação na ação coletiva, por exemplo, quando perceber que está adquirindo poder. 
 
c) INCORRETA. Ver página 97. 
 
d) INCORRETA. O voto tem um caráter ambíguo, pois ao mesmo tempo que garante um 
mínimo de participação, ele também representa um máximo e não registra as diferentes 
intensidades com as quais as pessoas defendem determinadas ideias. 
 
e) INCORRETA. A maneira como as pessoas votam é influenciada por conjunturas econômicas 
e políticas, podendo inclusive passar por práticas como a compra de voto. 
 
Questão 21) 
 
a) CORRETA. Ver página 124. 
 
b) CORRETA. Ver página 118 
 
c) INCORRETA. O paradoxo do eleitor consiste no baixo peso que um único voto apresenta 
perante todo o processo eleitoral e ainda sim as pessoas se disponibilizarem a exercer esse 
direito. 
 
d) CORRETA. A transição do voto aberto para o fechado se deu à medida que os estratos mais 
pobres e socialmente subordinados da população tinham acesso ao voto, prevenir a compra de 
votos pelos ricos e a intimidação e represálias dos poderosos (p.126). 
 
e) CORRETA. Ver página 129 
 
 
GOHN 
 
Questão 22) 
I. INCORRETO. Gohn afirma que a produção acadêmica sobre o assunto possui duas 
categorias-chave teóricas: “rede” e “mobilização social”. Escolha Racional e Teoria da 
Dependência não se enquadram, portanto, no estudo dos movimentos sociais que a autora 
apresenta. Para mais detalhes sobre essas duas categorias teóricas, leia as páginas sugeridas. (P. 
439, 445 e 436) 
II. INCORRETO. Em seu texto, Gohn restringe o universo de observação aos movimentos 
sociais urbanos e rurais, organizados no âmbito das demandas por direitos culturais, por 
melhores condições de vida, acesso a terra, moradia, serviços públicos, etc. Os movimentos 
sociais operários, sindicais e laborais não são abordados. Para a autora, essa demarcação do 
campo de pesquisa não faz com que um tipo de movimento seja mais importante do que os 
outros. (P.439) 
 
III. INCORRETO. As três subdivisões apresentadas por Gohn são: 1ª movimentos identitários, 
que lutam por direitos sociais, econômicos, políticos e culturais (as lutas das mulheres, dos afro-
descendentes, dos índios etc.); 2ª movimentos de luta por melhores condições de trabalho 
(demandas por acesso a terra, moradia, alimentação, educação etc.) e 3º movimentos globais ou 
globalizantes (atuantes em redes sociopolíticas e culturais via fóruns, colegiados etc.). Além 
disso, as três frentes de ação não são excludentes ou únicas. (P. 439 e P. 440) 
 
IV. CORRETO. Gohn ainda afirma que essas novas temáticas (biodiversidade, lutas e 
demandas éticas e religiosas) criam novas agendas e propostas ou projetos sociopolíticos 
variados, como a do bipoder. (P.440) 
 
V. CORRETO. Acerca da luta dos indígenas, a autora afirma que, na atualidade, o elemento 
novo é a forma e o caráter que tais lutas têm assumido – não apenas de resistência, mas também 
de luta por direitos (reconhecimento, redistribuição de recursos, escolarização etc.). (P. 440) 
 
b) Apenas os itens IV e V estão corretos 
 
 
Questão 23) 
 
I. INCORRETO. Gohn afirma que o objetivo básico do seu texto é examinar e analisar a 
produção teórica que tem sido construída ou utilizada para a realidade dos movimentos sociais na 
América Latina. As demais afirmações presentes no item não encontram embasamento em 
nenhuma parte da obra. (P. 441) 
 
II. INCORRETO. A primeira parte da questão está correta, no entanto, temas como 
organizações terroristas e movimentos de fanatismo religioso também passaram a ocupar a 
atenção dos pesquisadores. Além disso, a autora não faz afirmações acerca dos temas 
mencionados (laicização, fé e escândalos). (P. 442) 
 
III. INCORRETO. De fato Gohn destaca a presença de quatro eixos teóricos nas redes temáticas 
de pesquisa que se formaram ou se adensaram na última década. No entanto, o último eixo 
analítico citado pela autora é constituído por teorias que canalizam todas as atenções para os 
processos de institucionalização das ações coletivas. Para saber mais sobre os elementos 
presentes em cada paradigma interpretativo, leia as páginas seguintes. (P. 442 e P. 443) 
 
IV. INCORRETO. A definição presente no item é utilizada para definir as “redes sociais” e não 
 “mobilização social”. Para conhecer melhor as considerações sobre a categoria “mobilização 
social”, leia as páginas sugeridas. (P.448 até P. 452) 
 
V. CORRETO. Além disso, a autora ainda afirma que movimentos por direitos socioculturais 
 ganharam destaque, a exemplo dos movimentos dos indígenas, ao lado de novíssimos 
movimentos sociais, autodenominados e com agendas de demandas e formas de articulação 
globais. (P. 452) 
 
b) Apenas o item V está correto 
 
Questão 24) 
a) CORRETO. A autora ainda afirma que tais teorias buscam explicar o novo cenário de 
associativismo social, principalmente no Brasil. (P. 452) 
 
b) CORRETO. Ainda falando sobre estes manuais, a autora observa que o destaque era dado 
para outras categorias próximas, tais como “mobilidade social”, sempre associadas ao leque de 
categorias básicas que explicavam a estrutura e o funcionamento da sociedade. (P. 448) 
 
c) INCORRETO. Alguns desses modelos foram construídos no exterior, segundo a lógica da 
cultura e das relações de trabalho nos países onde foram criados . Os próprios termos e 
categorias utilizados são nomeados na língua inglesa, por não terem tradução para o português, 
ou por simples aprisionamento ao pensamento pré construído no exterior. (P. 447) 
 
d) CORRETO. A autora compartilha da ideia de Hobsbawm ao afirmar que as identidades são 
múltiplas, combinadas e intercambiáveis. E se opõe à ideia de uma política de identidades 
construídas pelo alto, usualmentede forma homogênea. (P. 444) 
 
e) CORRETO. O CLACSO criou um “Observatório Social da América Latina” para registrar e 
fazer avaliações periódicas das lutas e dos movimentos da região. Dentre seus pesquisadores, 
Gohn destaca Cristian Adel Mirza, que analisou os movimentos sociais da América Latina da 
perspectiva de novas formas de dependência que foram construídas com e pelos Estados Unidos. 
(P. 443)

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