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Balanço de Pagamentos: Registro das Transações Internacionais

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Introdução à Economia
2º/2011
Revisão 3ª prova
Slides selecionados das aulas das unidades 6 e 7.
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BALANÇO DE PAGAMENTOS
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Registro contábil de todas as transações efetuadas por um país e o resto do mundo, em um determinado período de tempo.
Uma conta terá sinal positivo (+) quando representa uma entrada líquida de divisas no país (um crédito líquido)
Uma conta terá sinal negativo (–) quando representa saída liquida de divisas (um débito líquido). 
	Balanço de pagamentos
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Assim, a conta “Exportações” terá sempre sinal positivo, pois vendas ao exterior são sempre fonte de recursos. A conta “Importações” terá sempre sinal negativo. 
Já contas como “Empréstimos” poderão ter sinal positivo ou negativo. 
	O balanço de pagamentos
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Dado que cada transação origina um crédito (+) e um débito (–) do mesmo valor, a soma dos créditos e dos débitos é igual a zero.
Isso é verdade se incluirmos a conta de Reservas Internacionais (veremos adiante). 
Na prática, é usual falar, por exemplo, em um superávit do BP quando há, uma entrada líquida de divisas (o que trará um aumento nas Reservas Internacionais). 
	O balanço de pagamentos
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As transações registradas no BP estão reunidas em dois grandes grupos
Transações Correntes: as exportações e importações de bens e serviços e os rendimentos de fatores de produção (juros, lucros, etc.) enviados ou recebidos do exterior. 
Conta Capital e Financeira: investimentos e outras transações financeiras efetuadas com o exterior.
	O balanço de pagamentos
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O balanço de pagamentos
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Um déficit (ou superávit) em TC é compensado por um resultado positivo (ou negativo) na CCF.
Três subcontas:
Balança comercial
Balança de serviços e rendas
Transações unilaterais
	Transações correntes
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Registra a venda e a compra de mercadorias entre residentes e não residentes de um país. Inclui:
Exportações (+)
Importações (-)
Os valores registrados são free on board: não incluem custos de fretes ou seguros.
Transações correntes
Balança comercial
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Análoga à BC. Bens intangíveis. Dividida entre a balança de serviços e a balança de rendas.
Serviços: transportes, viagens, seguros, serviços empresariais em geral. 
Rendas: juros de empréstimos e títulos, lucros. (São remunerações dos fatores de produção: não confundir com CCF)	
O sinal (+ ou -) obviamente depende de cada transação. Será assim também para as outras contas.
Transações correntes 
Balança de serviços e rendas
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Duas subcontas:
Conta capital
Conta financeira
	Conta capital e financeira
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Quatro subcontas:
Investimento direto
Investimento em carteira
Derivativos
Outros investimentos
Conta capital e financeira
Conta financeira
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Transferência de recursos para estabelecer instalações produtivas em outro país ou para assumir o controle de empresas produtivas em outro país 
São investimentos de longo prazo, em geral de empresas multinacionais.
Exemplos: Fiat italiana investe na construção de fábricas no Brasil. Vale compra uma mineradora no Canadá. Empresa européia participa da privatização da telefonia no Brasil. 
Conta capital e financeira
Conta financeira: investimento direto
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Investimentos que visam em geral obtenção de ganhos em curto prazo.
Ao contrário do IED, não há interesse duradouro em determinado empreendimento. Trata-se apenas de uma aplicação financeira. 
Exemplos: ações, títulos da dívida pública, títulos privados de renda fixa ou variável.
Conta capital e financeira
Conta financeira: investimento em carteira
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Fluxos financeiros relativos a operações baseadas em expectativas quanto ao comportamento futuro de um ativo, mercadoria, taxa de juros etc. Visam curto prazo.
Adquiriram relevância nas últimas décadas.
Exemplos: opções, swaps, contratos futuros.
Conta capital e financeira
Conta financeira: derivativos
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Itens residuais, porém importantes. Empréstimos de curto e longo prazo e suas amortizações. Mostra o endividamento do país.
Exemplos: créditos comerciais, empréstimos de organismos multilaterais (FMI, Banco Mundial).
Não confundir com juros e lucros, que estão na balança de serviços do TC.
Conta capital e financeira
Conta financeira: outros investimentos
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Há ainda duas contas auxiliares:
Erros e omissões
Resultado do BP
Contas auxiliares
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Compensa inexatidões na apuração das transações.
O saldo do BPdeveria ser igual à soma algébrica dos dois grupos de contas TC e CCF. Mas, na apuração dos milhares de transações externas que se dão anualmente é inevitável a ocorrência de erros e discrepâncias (ex: gastos de turistas)
Contas auxiliares
Erros e omissões
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TC + CCF + EO.
Se for positiva, a entrada de moeda estrangeira superou a saída. Aumento das reservas internacionais do Banco Central.
Se for negativa, a saída de moeda estrangeira superou a entrada. Diminuição das reservas internacionais do Banco Central.
Assim, a variação das reservas internacionais é a contrapartida do resultado do BP.
Contas auxiliares
Resultado do BP
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O balanço de pagamentos
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O balanço de pagamentos
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Exemplo hipotético
Ver texto de Rodrigues & Versiani na apostila.
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TEORIAS DO COMÉRCIO INTERNACIOAL
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Por que dois países comercializam? 
 Que produtos devem comercializar? 
	Teorias do comércio internacional
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Teoria já conhecida. Conceitos vistos na unidade 1: vantagem absoluta, vantagem comparativa, curvas de possibilidades de produção, especialização. 
Lições:
A especialização pode ser vantajosa para ambas as partes.
Há proveito na especialização, apesar de um país ter a vantagem absoluta em ambos os bens: o que conta são os custos relativos.
	Teoria das vantagens comparativas
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	Outras teorias de comércio internacional
Por que existem vantagens comparativas?
Por que há diferenças de custos em diferentes países para um mesmo produto?
A teoria das vantagens comparativas não leva em conta a dotação diferenciada de fatores entre os países.
Tampouco considera a existência de ganhos de escala: aumentos de produtividade associados ao aumento na escala de produção.
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Extensão da teoria das vantagens comparativas.
A explicação para a existência do comércio internacional está na diferença na dotação dos fatores de produção capital e trabalho entre os países e nas diferenças na utilização desses fatores entre setores da economia.
	Teoria da dotação dos fatores
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	Teoria da dotação dos fatores
A explicação para a diferença de custos de oportunidade e para a possibilidade de comércio internacional com ganhos recíprocos baseia-se na diferença de dotação de fatores entre países.
Países com abundância relativa de mão-de-obra tenderiam a exportar produtos que usam intensivamente este fator na sua produção. Análogo para países com abundância relativa de capital.
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	Outras teorias de comércio internacional
Alguns aspectos do comércio internacional na atualidade não são explicados por vantagens comparativas: comércio intra-indústria (e não inter-indústria) e competição imperfeita.
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	Teoria do ciclo de vida do produto
Enfatiza o papel do conhecimento tecnológico e poder de monopólio transitório que possuem as empresas dos países mais desenvolvidos.
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	Teoria do ciclo de vida do produto
Na fase inicial, as empresas inovadoras gozam de poder de monopólio com relação aos novos produtos que lançam no mercado.
Com o passar do tempo ocorre imitação (ou difusão) desses produtos por parte de outras empresas, inclusive empresas de outros países. 
Com a padronização, sua produção pode passar a ser feita em países menos desenvolvidos, que podem mesmo se tornar exportadores de tais produtos.
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	Teoria do ciclo de vida do produto
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	Teoria do ciclo de vida
do produto
Na fase inicial - de desenvolvimento e introdução no mercado - as vantagens comparativas seriam dos países inovadores (os mais desenvolvidos);
Nas fases posteriores - de maturação e pós-maturação do produto - a vantagem estaria com os países em desenvolvimento, onde o custo de mão-de-obra é menor.
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	Concorrência monopolística e comércio intra-indústria
Idéia é que nenhuma empresa tem condições de produzir sozinha toda a gama de produtos diferenciados do setor.
Há um forte incentivo para o comércio intra-indústria, ou seja, um país exportando um produto X, digamos automóveis, e importando outra variedade do mesmo bem, como peças.
Se dá em países que têm uma estrutura produtiva e níveis de renda per capita parecidos.
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	Economias de aglomeração e comércio internacional
Economias de aglomeração: economia de escala que não são internas a empresa, mas ocorrem em uma indústria ou setor como um todo. 
Ou seja, existem ganhos de escala com o crescimento do setor e que beneficiam as empresas individualmente.
Existes vantagens que essas empresas obtêm por estarem juntas: as economias externas oriundas da aglomeração geográfica.
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CÂMBIO
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Taxa de câmbio
 Taxa de câmbio: relação entre o valor de duas unidades monetárias, indicando o preço da moeda estrangeira em unidades de moeda nacional. 
Ex: bem custa US$ 20,00
e (R$/US$)=2,00
Logo, bem custa R$=40,00
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Regimes Cambiais
Def: conjunto de regras e instituições por meio das quais são feitos os pagamentos internacionais. 
 Podemos reconhecer dois tipos básicos de regime cambial: o de taxas flexíveis e o de taxas fixas. 
Taxa de Câmbio Flexível: o preço da moeda estrangeira (taxa de câmbio) é determinado pelo mercado, da mesma forma que o preço de uma mercadoria qualquer.
Taxa de Câmbio Fixa: a fixação da taxa de câmbio é administrada pelas autoridades monetárias (Banco Central). 
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Taxa de Câmbio Flexível
As condições sob as quais se dá a compra e venda de divisas fazem com que o mercado cambial se aproxime do modelo de concorrência perfeita.
Assim, a determinação da taxa de câmbio se fará pela interação da oferta e demanda de divisas. 
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Vantagens do regime de câmbio flexível
Uma vantagem do sistema de taxa de câmbio flexível decorre do fato de os desequilíbrios tenderem a se autocorrigir: 
um excesso de demanda por moeda estrangeira, por exemplo, acarreta um aumento de seu preço (uma desvalorização da moeda nacional) estimulando as exportações e desestimulando as importações. O BP tende ao equilíbrio com maior facilidade.
*Não há necessidade de intervenção do BC via compra e venda de dólares, ou seja o mercado cambial não afeta, em princípio, o nível de reservas internacionais.
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Exemplos
a) E1: (R$/US$)=2,00. E2: (R$/US$)=3,00
Se ↑e: moeda estrangeira fica mais cara →moeda estrangeira está se valorizando e moeda nacional, se desvalorizando.
b) E1: (R$/US$)=2,00. E2: (R$/US$)=1,50
Se ↓e: moeda estrangeira fica mais barata →está se desvalorizando, e moeda nacional, se valorizando
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Desvantagens do Regime de Câmbio Flexível
Por outro lado, a livre flutuação da relação entre moedas pode causar muita volatilidade no nível da taxa de câmbio.
Exemplo: Brasil no final de 2002
↑Incerteza quando a política econômica: 
	perspectiva de vitória da oposição despertou temores de grandes mudanças na política econômica, do que decorreu um aumento acentuado na demanda por dólares → ↑demanda por US$ → ↑e (real se desvalorizou)
	Essa volatilidade cambial (e suas conseqüências) fornece um argumento em favor de intervenções das autoridades monetárias no mercado de câmbio, com o propósito de garantir certa estabilidade nas cotações. 
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Regime de Câmbio Fixo
Nesse regime, a autoridade monetária (Banco Central) fixa a taxa de câmbio e intervém no mercado cambial, de modo a equilibrar oferta e demanda no nível da taxa estabelecida. 
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Regime de Câmbio Fixo
1) Se BC fixa taxa de câmbio em e’ → e’>e* e Qo>Qd→terá uma pressão para ↓e →BC compra o excedente de moeda estrangeira →↑ Reservas Internacionais
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2) Se BC fixa taxa de câmbio em e’’ → e’’<e* e Qo<Qd→terá uma pressão para ↑e →BC vende moeda estrangeira →↓Reservas Internacionais
Desta forma, as oscilações no mercado não afetam a taxa de câmbio, mas apenas o nível de reservas internacionais.
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Regime de Câmbio Fixo
É claro que um país não pode manter indefinidamente uma taxa de câmbio inferior a Te, pois suas reservas internacionais se esgotariam.
Por outro lado, o Banco Central não pode também absorver indefinidamente excessos de oferta de divisas, acumulando reservas, no caso em que a taxa de câmbio for continuadamente superior a Te, pois para isso o Banco teria que injetar continuamente moeda nacional na economia (já que o Banco Central compra as divisas com moeda nacional), e esse aumento na oferta de moeda traria pressões inflacionárias. 
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Regime de Câmbio Fixo
País também pode influenciar mercado cambial por meio da taxa de juros
Ex: se há excesso de demanda (Qd>Qo): um aumento de juros, internamente, atrairá capitais externos, aumentando a oferta de moeda estrangeira.
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Vantagens e desvantagens do câmbio fixo
A principal vantagem é a estabilidade na cotação da moeda estrangeira, facilitando o planejamento de negócios que envolvam transações internacionais. 
As desvantagens decorrem dos efeitos colaterais dos mecanismos ou das políticas que garantem tal estabilidade. Ex: efeito nas reservas.
Além disso, a política monetária passa a ser dependente da política cambial. Os esforços da autoridade monetária são para manter o câmbio no nível desejado e não para perseguir outras metas (como inflação).
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Taxa de Câmbio Real vs Nominal
Taxa de câmbio nominal: anunciada diariamente no jornal.
Taxa de câmbio real: taxa de câmbio nominal expurgada dos efeitos da inflação, tanto doméstica quanto externa.
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Exemplo	↑↓
R$3 / US$1→R$3,20 / US$1
ΔPd=10%
ΔP*=0%
As exportações brasileiras estão mais ou menos competitivas?
Para responder isso precisamos considerar a variação dos preços no Brasil e a variação de preços nos EUA
Logo, as exportações brasileiras estão menos competitivas!
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Exportações Líquidas (Balança Comercial)
Um déficit comercial é a situação em que as exportações líquidas (EL) são negativas. 
Importações > Exportações 
Um superávit comercial é a situação em que as exportações (EL) são positivas. 
Exportações > Importações
Um equilíbrio comercal é a situação em que as exportações líquidas são zero—exportações e importações são exatamente iguais.
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Câmbio e balança comercial
Uma depreciação da taxa de câmbio real dos EUA significa que os bens dos EUA ficaram mais baratos relativo aos bens estrangeiros. 
Isso incentiva consumidores tanto lá quanto fora a comprarem mais bens dos EUA e menos bens de outros países. Como resultado, as exportações dos EUA aumentam e as importações caem, e essas duas variações aumentam as exportações líquidas.
Analogamente, uma apreciação da taxa de câmbio real significa que os bens dos EUA se tornaram mais caros comparados aos bens estrangeiros e a exportações líquidas caem.
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Controle 5
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MACROECONOMIA DAS ECONOMIAS ABERTAS
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Investimento estrangeiro líquido definido como a entrada líquida de recursos e capitais do exterior e rotulado de Investimento Líquido do Exterior no País (ILEP). Diferente do IEL do Mankiw, que é a saída líquida de recursos e capitais para o exterior.
É claro que ILEP = – IEL
	Nota em relação ao cap. 31 (Mankiw)
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S + ILEP = I
O lado esquerdo da equação acima é a oferta de fundos de empréstimo (poupança interna e externa), enquanto I define a demanda de fundos de empréstimo. 
O ILEP é influenciado positivamente pela taxa de juros real interna (r) - para uma dada taxa de juros no
exterior (r*).
O mercado de fundos
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O mercado de fundos
A taxa de juros é pela determinada pela poupança total (interna e externa) e o investimento.
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Seja X o valor das exportações de bens e serviços (incluindo transferências para o país) e M o valor das exportações de bens e serviços (incluindo transferências para o exterior).
Então X – M = TC (transações correntes do balanço de pagamentos).
O mercado de câmbio
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Se considerarmos ILEP como a variação na CCF e nas reservas internacionais do balanço de pagamento, temos:
				TC 	 = 	- ILEP
				X – M =	- ILEP
				M – X = 	 ILEP
O mercado de câmbio
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M – X = ILEP
O lado esquerdo da equação acima é a demanda de divisas (moeda estrangeira) para compra de bens e serviços no exterior, enquanto ILEP define a oferta de divisas com o objetivo de comprar ativos no país.
O mercado de câmbio
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A demanda por divisas (M – X) diminui com seu preço, que é a taxa de câmbio real (er):
O mercado de câmbio
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Vamos supor por simplificação que ILEP dependa apenas da taxa de juros nacional e não varia com a taxa de câmbio real (er). Como ILEP é a oferta de divisas, a oferta não varia com o câmbio:
O mercado de câmbio
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Juntando demanda e oferta no mercado cambial, chegamos ao equilíbrio:
O mercado de câmbio
A taxa de câmbio é determinada pela oferta e demanda de moeda estrangeira.
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Até o momento discutimos a oferta e demanda em dois mercados: o de fundos de empréstimo (capitais/crédito) e o de câmbio (divisas).
Podemos notar que ILEP é a ligação entre esses dois mercados.
S + ILEP = I	(mercado de capitais/crédito)
M – X = ILEP	(mercado de câmbio)
O equilíbrio em uma economia aberta
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O ILEP, como vimos, varia positivamente com a da taxa real de juros interna:
O equilíbrio em uma economia aberta
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Juntando os dois mercados:
O equilíbrio em uma economia aberta
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Assim, a taxa de juros afeta o mercado de câmbio, ao afetar o investimento líquido externo (ILEP).
O equilíbrio em uma economia aberta
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Como uma dada situação altera as curva de oferta e de demanda?
Usando os diagramas de oferta e demanda, como o equilíbrio nos dois mercados é alterado?
Efeitos de políticas governamentais
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Sabemos que um déficit fiscal reduz a poupança, aumentando a taxa de juros.
Esse aumento nos juros provoca um aumento do ILEP, já que agentes no exterior investem mais no país.
A oferta de divisas (dólares) se expande, provocando uma apreciação do real (queda do preço do dólar). Ocorre um aumento de M–X, ou seja, potencialmente um déficit comercial.
Efeitos de políticas governamentais
Um déficit orçamentário
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Efeitos de políticas governamentais
Um déficit orçamentário
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Neste caso, um déficit fiscal provocou também um déficit comercial. Não é incomum que uma deterioração nas contas do governo também atrapalhe o balanço de pagamentos.
Essa é a idéia por trás da hipótese dos déficits gêmeos.
Efeitos de políticas governamentais
Um déficit orçamentário
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Se existe a crença de que aumentaram os riscos de se investir em um país, os investimentos externos são desviados para outros países. É reduzido o influxo de ILEP diretamente no 2º painel.
Logo, também é reduzida a poupança e assim os juros aumentam.
Ao mesmo tempo, a oferta de divisas diminui e a moeda nacional se deprecia.
Lembre-se que é o ILEP liga os dois mercados.
Efeitos de políticas governamentais
Fuga de capitais
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Efeitos de políticas governamentais
Fuga de capitais
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Analogamente, o contrário acontece se os investidores acreditam que o risco de se investir em um país diminui. 
Efeitos de políticas governamentais
Fuga de capitais
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INDICADORES SOCIAIS
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Produto agregado, produto per capita e distribuição de renda
Como podemos então avaliar a distribuição de renda de um país?
			Usando o Índice de Gini (Ig)
É uma medida de concentração ou desigualdade utilizada na análise da distribuição de renda	
				
				O < Ig < 1
Quanto mais próximo de 1→pior a distribuição de renda
Quanto mais próximo de 0 →melhor a distribuição de renda
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Para entendermos o significado do Ig, considere a tabela abaixo (renda da população dividida em estratos):
Construindo a Curva de Lorenz
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1° estrato: compõe 20% da população - recebe $20 do total da renda, de $100
2° estrato: compõe 20% da população - recebe $20 do total da renda.
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 .
Distribuição em termos acumulados: cada estrato recebe, da renda total gerada, uma parcela que corresponde exatamente a sua participação na população →distribuição igualitária da renda 
Construindo a Curva de Lorenz
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Distribuição de Renda para uma economia igualitária
Construindo a Curva de Lorenz
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Segunda situação:
Construindo a Curva de Lorenz
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Distribuição de renda para uma economia desigual
Construindo a Curva de Lorenz
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Construindo a Curva de Lorenz
Curva de Lorenz: relacionam faixas da população acumulada dos mais pobres para os mais ricos, com a participação acumulada da renda. 
É a partir da curva de Lorenz que se obtém o índice de Gini.
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Curva de Lorenz
Quanto maior a diferença entre a curva de Lorenz e a reta AB (ie, quanto maior for a área α) maior será o grau de concentração da renda
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Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
Índice calculado pelo PNUD desde o início dos anos 1990 para mais de 190 países e territórios.
É subdividido em 3 indicadores: renda, saúde e educação
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Idéia do indicador: o crescimento material de um país (visto pela RNB per capita) deve vir acompanhada de um aumento na expectativa de vida de seus habitantes e de uma expansão nas condições de educação, de forma a tornar efetivamente universal esse crescimento.
				0 < IDH < 1
 Quanto maior seu valor, maior o desenvolvimento humano do país ou região.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
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Faixas:
IDH menor ou igual a 0,5: baixo desenvolvimento
IDH entre 0,5 e 0,7: médio desenvolvimento
IDH entre 0,7 e 0,8: alto desenvolvimento (Brasil: 0,718)
IDH entre 0,8 e 1: altíssimo desenvolvimento.
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)
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DESIGUALDADE NO BRASIL
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Mercado de Trabalho
Mercado de trabalho, como vimos, pode funcionar tanto gerando desigualdade quanto apenas revelando desigualdade de condições (desigualdade em capital humano)
Revela desigualdade quando a desigualdade salarial é simplesmente uma transformação da desigualdade em capital humano
Desigualdade salarial associada a diferenciais de salário entre grupos educacionais ou etários.
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Mercado de trabalho
Gera desigualdade quando, devido a discriminação ou segmentação, existem diferenciais de salários entre trabalhadores com mesmo capital humano.
Desigualdade salarial associada a:
diferenciais de salário entre setores de atividades e regiões
diferenciais de salário por gênero e raça.
Mercado de trabalho no Brasil: é mais gerador ou revelador de desigualdade?
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Mercado de Trabalho	
Educação é a variável que mais explica a desigualdade salarial.
Desigualdade declinaria de 30% a 50% caso os diferenciais de educação não dessem origem a diferenciais de salário.
Conclusão: mercado de trabalho no Brasil tende a ser mais revelador de desigualdade que propriamente gerador de desigualdade.
Embora segmentação e discriminação tenham papel, elas não são tão importantes quanto a parcela da desigualdade salarial associada à educação.
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Mercado de Trabalho.	
Assim, a maior parte da desigualdade no Brasil não é gerada pelo mercado de trabalho, mas pelo sistema educacional.
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ECONOMIA BRASILEIRA
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2. Antes de 1980: crescimento liderado
pela indústria
Dinamismo da indústria:
Expansão da produção industrial sempre superior à do produto global.
Indústria também se diversificou de forma significativa. 
Produção manufatureira passou a incluir bens de consumo duráveis (automóveis e eletrodomésticos, etc), produtos intermediários e bens de capital. 
Essa produção voltada para mercado interno (exportação de produtos industriais pouco expressiva até os anos 70)
A queda no crescimento de 1980 a 2010 foi também puxada pela indústria (1,4% aa)
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2.1. Estímulos governamentais
 O desenvolvimento da indústria nacional foi favorecido de várias formas por ações do Governo. 
Formas: barreira às importações (tarifas alfandegárias)
Proteção dos fabricantes nacionais da concorrência de produtos estrangeiros. 
Até as primeiras décadas do século XX: constituíam a principal fonte de receita governamental → efeito protecionista era um subproduto do interesse do Governo em se financiar
Objetivo deliberado de proteger a produção nacional foi-se impondo, inclusive pela pressão do setor industrial emergente. 
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Uma doutrina protecionista (pensamento da CEPAL) 
países deveriam buscar diversificação de sua estrutura produtiva (desenvolvimento da indústria voltada para o mercado interno, em substituição às importações).
Uma política de estímulo à industrialização poderia fazer com que os países latino-americanos se tornassem competitivos nesse setor;
A proteção à indústria poderia ser vista, assim, como medida temporária;
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No Brasil, ideias cepalinas influenciaram... 
Plano de Metas (governo Kubitschek, entre 1955 e 1960)
II PND (1973–1979) 
O estímulo à indústria não se restringiu à proteção tarifária: isenções de impostos, taxa cambial favorecida para importação de equipamentos, empréstimos de longo prazo, etc.
Investimento direto do governo, por meio de estatais, em setores relevantes para o desenvolvimento industrial.
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4.5. Fim da alta inflação: o Plano Real
Inflação não era apenas inercial.
Ajuste fiscal →principal condição para fim da inflação
O que se havia aprendido com o fracasso dos outros planos?
política anti-inflacionária, para ser bem-sucedida, deveria atacar em várias frentes.
ações voltadas à eliminação da inércia inflacionária 
medidas tradicionais de controle monetário 
disciplina fiscal (p/ controlar demanda agregada)
situação confortável do BP brasileiro contribuiu para sucesso
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Âncoras do Plano Real
Durante os anos 90, o governo continuou com medidas adotadas no plano para não permitir que a inflação voltasse.
Papel da âncora cambial (câmbio fixo) e da âncora monetária (juros altos).
Ajudaram a segurar inflação, mas com efeitos adversos, já que essas políticas se deparam com tradeoffs.
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Âncoras do Plano Real
Câmbio fixo sobrevalorizado afetava o BP.
Juros altos afetavam a dívida e o crescimento.
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