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Assuntos da Rodada Conceitos de auditoria e sobre a pessoa do auditor. Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. Normas vigentes de auditoria independente, emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade Responsabilidade legal. Ética profissional. Objetivos gerais do auditor independente. Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente. Planejamento da Auditoria. Documentação de auditoria. Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis. Avaliação das distorções Identificadas. Execução dos trabalhos de auditoria. Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria. Auditoria de estimativas Contábeis. Evidenciação. Amostragem e testes. Utilização de trabalhos da auditoria interna. Independência nos trabalhos de auditoria. Relatórios de Auditoria. Eventos subsequentes. Auditoria: Normas de Auditoria Interna - Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01 - Da auditoria interna). Normas e Procedimentos de Auditoria emitidas pelo IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Auditoria no Setor Público Federal. Finalidades e objetivos da auditoria governamental. Abrangência de atuação. Formas e tipos. Normas relativas a execução dos trabalhos. Rodada #2 Auditoria Professor Marcelo Seco AUDITORIA 2 Recados importantes! Não autorizamos a venda de nosso material em qualquer outro site. Não apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio. A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até três mil vezes o valor do curso, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e à persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. Você poderá fazer mais questões sobre os assuntos desta rodada no teste semanal online, liberado ao final da rodada. As metas devem ser cumpridas na ordem determinada. Isso é fundamental para o perfeito aproveitamento do treinamento. Se tiver qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial da Turma Elite (35) 9106 5456. Esta rodada possui alguns vídeos. O estudo desse material não está incluído nas metas diárias que vocês recebem e os itens neles abordados já foram tratados no PDF. Trata-se de aula de reforço teórico opcional, que poderá ajudar a dirimir algumas dúvidas. AUDITORIA 3 a. Teoria em Tópicos 1 – Auditoria ou Asseguração? Já estudamos a Estrutura Conceitual da Contabilidade, agora veremos a Estrutura Conceitual da Auditoria, uma espécie de introdução às NBC TAs (Normas Brasileira de Contabilidade para Trabalhos de Auditoria). O que mais nos interessa é entender que a auditoria externa, essa que estudamos para os concursos, é apenas um dos tipos existentes de trabalho de auditoria, que as NBC TAs classificaram de “Trabalho de Asseguração”. Existem outros trabalhos que podem ser feitos pelo auditor, mas que não serão objeto de nosso estudo. 1.1 - Trabalho de asseguração É um trabalho no qual o auditor independente expressa uma conclusão com a finalidade de aumentar o grau de confiança dos usuários das DCs, que não seja a parte responsável (parte responsável são a administração e a governança), acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determinado objeto de acordo com os critérios aplicáveis. Asseguração é sinônimo de auditoria externa, e seu resultado é voltado para os usuários externos em geral. O resultado da avaliação de um objeto é a informação resultante da aplicação de critérios ao objeto. Essa informação resultante pode ser, por exemplo, uma opinião a respeito da adequação das demonstrações contábeis ou sobre a eficácia do controle interno. Demonstrações contábeis e controle interno são exemplos de objetos a serem auditados. Existem dois tipos de trabalhos de asseguração: asseguração razoável asseguração limitada. AUDITORIA 4 1.2 - Asseguração razoável O objetivo é obter evidência apropriada e suficiente para reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo, para que o auditor possa expressar a conclusão de forma positiva, como por exemplo em: “Em nossa opinião, os controles internos são eficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critérios XYZ”. Asseguração razoável é o resultado de um trabalho completo, sem qualquer limitação. Asseguração razoável é o grau máximo de certeza que o auditor pode dar em seu relatório. Ele assegura com razoável segurança que as demonstrações estão livres de distorções relevantes. Não existe redução de risco a nível zero e nem 100% de garantia sobre a existência ou não de distorções relevantes. Ao elaborar seu relatório o auditor busca a asseguração razoável (e nunca total) de que as DCs estão livres de distorção relevante. 1.3 - Asseguração Limitada O objetivo é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitável. Contudo, esse risco é maior do que no trabalho de asseguração razoável, em virtude de ter havido limitação deliberada nos procedimentos de obtenção de evidência aplicados, de forma que o auditor só possa expressar a conclusão de forma negativa, como por exemplo em: “Com base em nosso trabalho, descrito neste relatório, não temos conhecimento de nenhum fato que nos leve a acreditar que os controles internos não são eficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critérios XYZ”. Vejam, nesse tipo de auditoria, a limitação é deliberada, ou seja, optou-se por fazer auditoria de uma forma reduzida ou apenas em partes das DCs. AUDITORIA 5 E se a limitação não estava prevista, não foi deliberada, mas apareceu no meio dos trabalhos? Nesses casos, o fato de o auditor se deparar com alguma limitação pode levá-lo a rever a aceitação do trabalho ou a emitir opinião modificada, mas isso é assunto para outra aula. Asseguração razoável X limitada Tipo de trabalho Objetivo Procedimentos de obtenção de evidência Relatório de Asseguração Asseguração razoável Reduzir o risco de asseguração razoável a um nível aceitavelmente baixo. É obtida evidência adequada e suficiente, sem limitações. Forma positiva de expressão da conclusão. Asseguração limitada Reduzir o risco de asseguração limitada a um nível aceitável. É obtida evidência apropriada e suficiente com escopo deliberadamente limitado. Forma negativa de expressão da conclusão. 1.4 - Aceitação do Trabalho A auditor deve aceitar um trabalho de asseguração somente se: puder cumprir com as exigências do Código de Ética, como independência e competência profissional; o trabalho possuir todas as seguintes características: objeto apropriado; os critérios a serem adotados são adequados e estão disponíveis; o auditor tem acesso às evidências que darão suporte para a sua conclusão; a conclusão do auditor puder estar contida em relatório escrito; e o auditor verifica que há um propósito racional para o trabalho. Se houver uma limitação relevante na extensão do seu trabalho, provavelmente o trabalho não terá um propósito racional. AUDITORIA 6 Quando um trabalho potencial não puder ser aceito como trabalho de asseguração, porque não supre os requisitos acima, a partecontratante pode estar em condições de identificar um trabalho diferente, que satisfaça as necessidades dos usuários. Nesse caso, teríamos um trabalho de não asseguração. Os trabalhos de não asseguração são trabalhos que não envolvem auditoria. Podem ser avaliações de controle interno, avaliações de ativos a serem adquiridos, elaboração de propostas de fusão, análises prévias em aquisições e outros. Aceito o trabalho de asseguração, o auditor independente não pode alterar esse trabalho para trabalho de não asseguração, assim como não pode alterar o alcance do trabalho de asseguração razoável para trabalho de asseguração limitada sem uma justificativa razoável. Uma alteração de circunstâncias que afete as necessidades dos usuários, ou um mal entendido com referência à natureza do trabalho, justifica geralmente o pedido para alteração no trabalho. Se essa alteração for feita, o auditor não deve ignorar a evidência obtida anteriormente à alteração. Resumindo: O auditor deve avaliar se tem condições de aceitar o trabalho de asseguração razoável. Se não puder aceitar como asseguração razoável, pode avaliar a possibilidade de aceitar como asseguração limitada ou de não asseguração. Se aceitar como asseguração, não pode alterar para asseguração limitada ou não asseguração sem justificativa. Se tiver justificativa e efetuar a alteração, não poderá ignorar as evidências já encontradas. Por exemplo, se encontrou distorções relevantes e o trabalho foi alterado para não asseguração, não poderá deixar para lá as distorções encontradas. AUDITORIA 7 1.5 - Elementos do trabalho de asseguração São os seguintes os elementos de trabalho de asseguração: relacionamento entre três partes, envolvendo o auditor, a parte responsável (entidade) e os usuários; objeto apropriado; critérios adequados; evidências apropriadas e suficientes; e relatório escrito na forma apropriada para trabalho de asseguração razoável ou para trabalho de asseguração limitada. 2 – Definições importantes Vamos dar uma olhada em alguns conceitos estabelecidos nas NBC TAs que são muito importantes para nossas aulas futuras e muito explorados pelos examinadores. 2.1 - Evidência suficiente e adequada Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. Suficiência é a medida da quantidade da evidência. A quantidade de evidência necessária é afetada pelo risco da informação sobre o objeto conter distorções relevantes (quanto maior o risco, maior o nível de evidência que, provavelmente, será exigido) e também pela qualidade de tal evidência (quanto mais elevada a qualidade, menor o nível de evidência que será exigido). Suficiência e a adequação de evidência estão inter-relacionadas. Entretanto, a simples obtenção de mais evidência pode não compensar a sua inadequação ou falta de qualidade. Adequação é a medida da qualidade da evidência; isto é, a sua relevância e a sua confiabilidade. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e pela sua natureza. AUDITORIA 8 Por exemplo, a evidência obtida de fonte externa independente pode não ser confiável se a fonte não for boa. Podem existir exceções, mas seguintes generalizações acerca da confiabilidade da evidência podem ser feitas: a evidência é mais confiável quando for obtida fora da entidade; a evidência que é gerada internamente é mais confiável quando os controles internos são eficazes; a evidência obtida diretamente pelo auditor independente é mais confiável do que a evidência obtida indiretamente ou por inferência; a evidência é mais confiável quando em forma documental, seja em papel, em forma eletrônica ou outro meio; a evidência proporcionada por documentos originais é mais confiável do que a evidência proporcionada por fotocópias. Resumindo os conceitos das NBC TAs: Suficiência é a medida da quantidade da evidência. Adequação é a medida da qualidade da evidência; isto é, a sua relevância e a sua confiabilidade. Agora, outros conceitos sobre a informação, presentes na NBC TI 01: O processo de obtenção e avaliação das informações compreende: a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e ao alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que: a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno; a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna; a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna; a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas. a avaliação da efetividade das informações obtidas, mediante a aplicação de procedimentos da Auditoria Interna, incluindo testes substantivos, se as circunstâncias assim o exigirem. AUDITORIA 9 Não se preocupem com a origem dos conceitos. Saibam apenas que existem e são válidos. 2.2 - Materialidade A materialidade é importante para a determinação da natureza, da época e da extensão dos procedimentos de obtenção de evidência e para quantificar o valor que classifica uma informação isenta de distorção. A expressão: “determinação da natureza, da época e da extensão dos procedimentos”, aparece em todos os lugares nas normas de auditoria. Ela significa que em tudo que o auditor fizer ele vai ter que considerar esses elementos para determinar a quantidade e o tipo de procedimentos e trabalhos a serem feitos. Ao considerar a materialidade, o auditor avalia quais fatores podem influenciar as decisões dos usuários previstos. A materialidade é considerada no contexto de fatores quantitativos e qualitativos, como a magnitude relativa, a natureza e a extensão dos efeitos desses fatores na avaliação ou na mensuração do objeto e os interesses dos usuários previstos. A determinação de materialidade para execução de testes não é um cálculo mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. Importantíssimo sobre materialidade: Determina o valor que é ou não relevante para apontar-se uma distorção. É um valor monetário. Depende do feeling, do sentimento do auditor. Não é cálculo mecânico simples. Não é apenas matemática. Considera expectativas dos usuários. Pode e deve ser revista ao longo do trabalho. AUDITORIA 10 2.3 - Distorção Relevante O que é distorção relevante? É aquela capaz de influenciar a decisão do usuário das DCs. Para estabelecer o critério de relevância usamos um valor que consideramos material, ou seja, um valor que vá fazer a diferença na interpretação do usuário, a materialidade. Quanto menor for o valor estabelecido para que se considere que uma distorção seja relevante, maior será o risco de auditoria, ou seja, o risco de que essa distorção exista, não seja detectada e não apareça no relatório doauditor. Por que isso? Porque quanto menor o valor a ser considerado, mais valores serão desprezados e o risco de as distorções serem deixadas para trás aumenta. Devemos considerar ainda que várias distorções irrelevantes, somadas, podem tornar-se uma distorção relevante. Exemplo. Materialidade 100 - 500 lançamentos a serem analisados Materialidade 10 - 30000 lançamentos a serem analisados Quanto mais lançamentos a serem analisados, maior a possibilidade de deixar passar alguma coisa, maior o risco de auditoria. Por isso temos que ter, também sedimentado, outro conhecimento: Quanto maior o risco de distorção, menor deve ser o limite de risco de detecção aceitável, maior deve ser a extensão dos procedimentos adotados na auditoria. Se eu sei que tenho mais risco de distorção, devo ser mais intolerante ao risco. Se sou mais intolerante ao risco, devo executar mais procedimentos para mitigá- lo. AUDITORIA 11 2.4 - Ceticismo profissional O auditor planeja e executa o trabalho com atitude de ceticismo profissional, reconhecendo que podem existir circunstâncias que façam com que a informação sobre o objeto contenha distorções relevantes. A atitude de ceticismo profissional significa que o auditor faz uma avaliação crítica, mantendo-se de forma mentalmente questionadora, com referência à validade da evidência obtida e mantém-se alerta para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a confiabilidade de documentos ou representações da parte responsável. Já vimos isso. O auditor deve estar sempre alerta, sempre desconfiado, sempre procurando distorções, sempre confirmando informações. 2.5 - Estrutura de relatório financeiro aplicável É a estrutura de relatório financeiro adotada pela administração e, quando apropriado, pelos responsáveis pela governança na elaboração das demonstrações contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento. Ou seja, é o modelo da demonstração contábil aplicável a cada caso. Estrutura de apresentação adequada Exige conformidade com as exigências da estrutura e: reconhece que, para conseguir a apresentação adequada das DCs, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das exigidas; ou reconhece que pode ser necessário que a administração se desvie de uma exigência para conseguir a apresentação adequada das DCs. Espera-se que tais desvios sejam extremamente raros. Aqui temos o seguinte: Além das demonstrações exigidas, outras, fora da norma, podem ser necessárias para prestar a informação útil. Em casos raros, algumas exigências da norma podem tornar a informação menos útil. Nessa situação, fica a entidade autorizada a fugir da norma, explicando os motivos. AUDITORIA 12 Estrutura de conformidade (ou compliance) Exija a conformidade com as exigências dessa estrutura, mas não reconhece os aspectos acima expostos da apresentação adequada. Turma, é o seguinte: o fato de estar em conformidade com os aspectos legais, não garante que a apresentação seja adequada. Na estrutura de compliance, não interessa se a informação está melhor da forma A ou da forma B. Segue-se a norma e pronto. 2.6 - Risco de auditoria Risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. É o risco de emitir opinião errada e garantir com segurança razoável que as DCs estão livres de distorção relevante, quando na verdade elas estão cheias de distorção relevante. 2.7 - Risco de detecção É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções. Esse é o risco de não se encontrar uma distorção relevante. 2.8 - Risco de distorção relevante É o risco de que as DCs contenham distorção relevante antes da auditoria. AUDITORIA 13 Possui dois componentes risco inerente e risco de controle: risco inerente, é a suscetibilidade à distorção; risco de controle, é o risco de que uma distorção possa ocorrer e não ser prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno. Esse risco existe independentemente de qualquer auditoria. Trata-se de avaliar o grau de possibilidade de existência de distorções em determinado local. Resumindo Risco de auditoria = risco distorção + risco detecção Risco de distorção = risco inerente + risco controle Risco de detecção = risco de auditor não detectar distorção A análise dos riscos é muito importante para o sucesso da auditoria e inicia-se logo na fase de planejamento. 2.9 - Premissa sobre Responsabilidades Entendimento da administração e da governança sobre sua responsabilidade com relação a: elaboração das DCs em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação adequada; manutenção de controle interno necessário para permitir a elaboração de DCs que estejam livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro; fornecer ao auditor: acesso às informações que sejam relevantes; quaisquer informações adicionais que o auditor possa solicitar; e acesso irrestrito àqueles dentro da entidade que o auditor determina ser necessário obter evidências de auditoria. Nas normas antigas existia a figura da carta de responsabilidade, que fazia o papel de garantir a responsabilidade da administração no trabalho do auditor AUDITORIA 14 externo. Hoje esse documento, que é documento emitido pela entidade, chama- se “representação formal”. As representações formais estão espalhadas em todas as NBC TAs. De forma geral, uma representação formal destina-se a: delimitar as responsabilidades do auditor independente e da administração. dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a auditoria. dar garantia ao auditor independente quanto às suas responsabilidades, após a publicação das demonstrações. atender às normas de auditoria independente. 2.10 - Julgamento profissional É a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro do contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de decisões informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias do trabalho de auditoria. Julgamento profissional é característica do auditor e deve ser aplicado durante todo o trabalho. O julgamento profissional é um dos requisitos essenciais do auditor para a condução apropriada da auditoria. 2.11 - Asseguração razoável Nível alto, mas não absoluto, de segurança. Nunca 100%. 3 – Responsabilidade Legal do Auditor O auditor pode ser responsabilizado legalmente se deixar passar uma distorção relevante? Sim, civil e criminalmente, se agir com dolo ou culpa. AUDITORIA 15 O auditor pode ser responsabilizado pela não descoberta de distorção relevante (seja erro ou fraude), caso constate-se que houve negligência na aplicação das normas de auditoria ou falha na suaconduta. Nesse caso poderá responder civil e criminalmente, se agiu com culpa ou dolo. Não é atribuição do auditor independente garantir a viabilidade futura da entidade ou fornecer atestado de eficácia da administração na gestão dos negócios. Fiquem atentos a essas informações, pois são muito solicitadas pelas bancas. 4 – Independência A independência é condição principal para execução dos trabalhos de auditoria externa. O auditor deve ter independência na formulação de seu julgamento profissional. Além disso, o auditor precisa parecer independente perante o mercado em que atua, ou seja, deve evitar situações que, embora não afetem seu julgamento, possam fazer parecer a quem está de fora que a independência poderia estar em risco. Auditor deve, em relação à independência: Identificar possíveis ameaças Avaliar a relevância dessas ameaças Eliminar ou mitigar tais ameaças Lembrem-se: o auditor precisa ser independente e precisa parecer ser independente. AUDITORIA 16 4.1 - Tipos de ameaça Interesse próprio do auditor na entidade auditada; Auditor auditando entidade na qual trabalhou; Defesa de interesses da auditada; Familiaridade, estabelecida quando o auditor mantém estreito relacionamento com pessoas da administração da auditada; Intimidação do auditor pela auditada. Detectada a ameaça, o auditor deve aplicar alguma salvaguarda efetiva. 4.2 - Salvaguarda Efetiva São medidas que eliminam ou mitigam as ameaças à independência do auditor. Se o auditor não consegue afastar a ameaça, deve abandonar o trabalho. No caso de interesse financeiro direto (ações e outros títulos) ou interesse financeiro indireto relevante na auditada, o auditor deverá, para afastar a ameaça e manter a independência: Alienar o interesse direto antes de se tornar membro da equipe; Alienar o interesse indireto de forma que deixe de ser relevante, antes de se tornar membro da equipe; Sair da equipe de auditoria. A simples declaração ao mercado de que existe ameaça por conflito de interesses, não serve como salvaguarda efetiva. Também não são consideradas salvaguardas efetivas as comunicações feitas à entidade auditada ou aos órgãos de fiscalização. Outras ameaças à independência Familiares com interesses financeiros relevantes na auditada, também são considerados motivos de ameaça. Relação familiar ou outro tipo de relação entre auditor e pessoas com função relevante na auditada implicam possível ameaça. AUDITORIA 17 Relacionamentos financeiros ou comerciais relevantes entre auditada e auditor, fora da normalidade das operações da auditada, também são ameaças. Participações recentes do auditor em conselhos e na administração da auditada também são ameaças. O fato de o auditor ter prestado serviços para auditada recentemente pode ser considerado uma ameaça, caso estes serviços sejam relacionados aos itens que normalmente seriam objeto da auditoria externa. Exemplo disso são serviços de consultoria e assessoramento (também chamados de serviços de não asseguração) relacionados a aspectos a serem auditados. Se o auditor fez a análise prévia de uma firma a ser incorporada e no exercício seguinte, vai auditar as demonstrações da incorporadora, podemos ter ameaça à independência. Já sabemos que os serviços de asseguração são os próprios serviços de auditoria, não é mesmo? O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais descrevem a independência como abrangendo postura mental independente e independência na aparência. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião, conforme visto no item anterior. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional. Pessoal, algumas vezes não sabemos a literalidade do texto que está sendo explorado pelo examinador. Mas, em auditoria, utilize sempre o bom senso. Procure pensar no que é ético, no que é razoável. Você verá que as normas de auditoria sempre seguem a essência do que é correto aos olhos do bom auditor. AUDITORIA 18 5 - Objetivos do Auditor e da Auditoria Não podemos confundir os objetivos do auditor com os objetivos da auditoria e nem com os objetivos do relatório de auditoria. Este último estudaremos mais para frente. 5.1 - Objetivo da auditoria Aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as DCs foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. As NBC TAs exigem que o auditor obtenha segurança razoável de que as demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. Asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Esse nível é conseguido quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria. Contudo, asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua opinião, é persuasiva e não conclusiva. Professor, e se a questão disser que o auditor deve garantir que as DCs estão livres de distorção relevante? Estará errada? Não! A expressão “deve garantir que estão livres de distorção” tem que ser analisada com cuidado. Na maioria das vezes estará correta, a não ser que essa afirmação esteja falando em certeza absoluta, garantia plena, total, 100% de certeza, ausência total de erros, certeza de integridade. Outra hipótese de estar errada é a de essa expressão ser confrontada com uma alternativa que fale expressamente que o auditor dá uma certeza razoável de que AUDITORIA 19 estão livres de erro. Nesse caso, certeza razoável de que não há erros está correta e garantia de que não há erros está errada. Entenderam? Temos que analisar o contexto em que a expressão está inserida. As NBC TAs exigem que o auditor: exerça o julgamento profissional mantenha o ceticismo profissional identifique e avalie os riscos de distorção relevante, independentemente se causados por fraude ou erro obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se existem distorções relevantes forme uma opinião a respeito das DCs 5.2 - Objetivos do Auditor São dois os objetivos do auditor na elaboração de seu trabalho: Obter segurança razoável de que as demonstrações estão livres de distorção relevante, causadas por fraude ou erro, possibilitando assim que seja expressada sua opinião sobre se as demonstrações contábeis (DCs) foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; Apresentar relatório sobre as demonstrações. Devemos lembrar de que: o documento gerado pelo auditor, como resultado de seu trabalho, não se chama mais parecer, e, sim, relatório. Se a banca falar em parecer, responda assim mesmo, pois isso é muito comum ainda; estruturade relatório financeiro aplicável refere-se à demonstração contábil e não deve ser confundida com o relatório do auditor. AUDITORIA 20 Resumindo os objetivos do Auditor na elaboração de seu relatório Formar uma opinião sobre as DCs com base nas conclusões formadas a partir das evidências obtidas durante o trabalho; Expressar opinião por relatório de auditoria, por escrito, descrevendo a base considerada para a referida opinião, ou seja, justificando-a. Para desenvolver o trabalho e alcançar seu objetivo o auditor vai seguir as normas, fazer o planejamento da natureza, da época e da extensão dos procedimentos de auditoria a serem realizados e executar os procedimentos. 5.3 - Não são objetivos do auditor Elaborar DCs; Detectar, primariamente, fraudes e erros; Detectar distorções irrelevantes; Atestar a integridade das informações geradas pela entidade; Cuidar da eficiência dos controles internos; Assegurar a que a entidade vai permanecer em continuidade; Verificar a eficiência da administração no cumprimento de suas tarefas; De novo: O auditor executa procedimentos para conseguir evidências que possibilitem obter conclusões para fundamentar sua opinião. 6 – Ética Turma, não há muito que falar sobre ética, conceito que vocês já devem ter aprendido em outras matérias. Em suma, ser ético é ir além da legalidade, atendendo também à moralidade. Para o auditor, a ética tem um aspecto adicional: não basta ser ético, há, também, que parecer ser ético. AUDITORIA 21 Além das NBC TAs, os auditores devem seguir: o Código de Ética Profissional do Contador do Conselho Federal de Contabilidade (CFC); e a Norma de Controle de Qualidade de Auditores (NBC PA 01 – Controle de Qualidade para Firmas de Auditores). São princípios do Código de Ética Profissional do Contador do CFC, da NBC PA 01 e do IFAC: honestidade (ou integridade); objetividade; competência e zelo profissionais; sigilo (ou confidencialidade); comportamento profissional. Além de seguir o código de ética, o auditor deve ser contador registrado no Conselho de Contabilidade, e deverá, ainda, cumprir os seguintes requisitos: Ceticismo profissional Julgamento profissional Observância das NBC TAs As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem: Código de Ética Profissional do Contabilista; Normas de Contabilidade; Normas de Auditoria Independente e de Asseguração; Normas de Auditoria Interna; e Normas de Perícia. 6.1 – O que é ética? Ética é um vocábulo derivado de “ethos”, palavra grega utilizada para se referir aos hábitos e costumes praticados pelos cidadãos. Em filosofia, referimo-nos a ética como um conjunto de princípios e ideias que dão suporte à vida em sociedade. Ética vai além da legalidade, refletindo um conceito intimamente ligado à moralidade. AUDITORIA 22 Uma atitude é ética quando, tanto do aspecto coletivo como do pessoal, não fere os princípios de bem viver geralmente tidos como morais pelos integrantes da sociedade. A ética pode ser encarada como um desdobramento da influência que o código moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a tais preceitos. 6.2 - Ética no serviço público O padrão de ética dos servidores públicos reporta-se à essência do serviço por eles prestados, o qual requer entendimento e respeito ao caráter da coisa pública e à relação do servidor com a sociedade. É fato que os servidores estão limitados pela legalidade. Contudo, dentro da legalidade, há que se agir com ética. Isso pode ser traduzido como boa conduta, boa fé, probidade, e respeito aos contribuintes, cidadãos e usuários do serviço público em geral. Os servidores devem zelar pela impessoalidade, e isso nada mais é do que atuar com respeito à igualdade de todos perante a lei, com a plena consciência de que ele, servidor, é um representante do estado, e não de suas próprias convicções e interesses. O servidor deve saber separar o que é público e o que é privado, e entender a importância dessa separação. 7 - Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para obtenção de vantagem injusta ou ilegal. A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos responsáveis pela governança e sua administração. AUDITORIA 23 É importante que a administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela governança, enfatize a prevenção da fraude, o que pode reduzir as oportunidades de sua ocorrência, e a dissuasão da fraude, o que pode persuadir os indivíduos a não perpetrar fraude por causa da probabilidade de detecção e punição. Isso envolve um compromisso de criar uma cultura de honestidade e comportamento ético. 7.1 - Fraude e Erro Não é do auditor externo a responsabilidade de prevenir e detectar fraudes e erros. As distorções podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que resulta em distorção. Fraude – distorção intencional Erro – distorção não intencional O auditor está preocupado apenas com a fraude que causa distorção relevante. Dois tipos de distorções intencionais (fraudes) são pertinentes para o auditor, as decorrentes de: informações contábeis fraudulentas apropriação indébita de ativos Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude. O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. Esse é o texto literal da NBC TA, mas o que quiseram dizer é que: O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é mais alto do que o risco de não ser detectada uma distorção decorrente de erro. AUDITORIA 24 Isso acontece porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas representações ao auditor. Tais tentativas de ocultação podem ser ainda mais difíceis de detectar quando associadas a um conluio. O conluio pode levar o auditor a acreditar que a evidência é persuasiva, quando, na verdade, ela é falsa. Com relação à fraude, o auditor deve: identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis decorrente de fraude; obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas sobre os riscos identificados de distorção relevante decorrente de fraude; e responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes identificada durante a auditoria. 7.2 - Responsáveis pela governança A não ser que os responsáveis pela governança estejam envolvidos na administração da entidade, o auditor deve obter entendimento de como esses responsáveis fazem a supervisão geral dos processos da administração paraidentificar e responder aos riscos de fraudes na entidade e do controle interno que a administração implantou para mitigar esses riscos. Se, como resultado de uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude, o auditor encontrar circunstâncias excepcionais que coloquem em dúvida sua capacidade de continuar a realizar a auditoria, ele deve: determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à situação; considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho, quando essa saída for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável; e caso o auditor se retire: discutir com a administração e com os responsáveis pela governança a saída do auditor do trabalho e as razões para a interrupção; e determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar a retirada do auditor do trabalho à pessoa ou pessoas que contrataram a auditoria ou, em alguns casos, às autoridades reguladoras. AUDITORIA 25 8 – Comunicação de falhas no controle interno A NBC TA 265 trata das falhas encontradas pelo auditor no sistema de controle interno da entidade auditada. Vamos dar uma olhada nos principais itens dessa norma. Já sabemos que o auditor não é responsável pela manutenção do controle interno. Contudo, cai obrigatoriamente avaliar o seu funcionamento e, encontrando falhas, vai relatá-las. Auditor deve comunicar tempestivamente e por escrito, aos responsáveis pela governança e à administração, as deficiências de controle interno que identificou durante a auditoria e que, no seu julgamento profissional, são de importância suficiente para merecer a atenção deles. Deficiência de controle interno existe quando: o controle existe mas não consegue prevenir, ou detectar e corrigir tempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis; ou falta o controle necessário. 8.1 - Deficiência significativa de controle interno É a deficiência ou a combinação de deficiências de controle interno que, no julgamento profissional do auditor, são de importância suficiente para merecer a atenção dos responsáveis pela governança. O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências: descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos; e informações suficientes para permitir que os responsáveis pela governança e a administração entendam o contexto da comunicação: o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre DCs; a auditoria avaliou o controle interno para planejar procedimentos de auditoria e não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia do controle interno; e os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o auditor identificou e concluiu serem de importância suficiente para comunicar aos responsáveis pela governança; AUDITORIA 26 Independentemente da época da comunicação por escrito de deficiências significativas, o auditor pode comunicá-las verbalmente em primeira instância à administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela governança para auxiliá-los a tomar tempestivamente as medidas corretivas para minimizar os riscos de distorção relevante. Contudo, isso não isenta o auditor da responsabilidade de comunicar as deficiências significativas por escrito. Se o auditor comunicou à administração as deficiências de controle interno que não sejam deficiências significativas no período anterior e a administração optou por não corrigi-las pelo custo ou por outras razões, o auditor não precisa repetir a comunicação no período corrente. Contudo, o fato de a administração não corrigir outras deficiências de controle interno, anteriormente comunicadas, pode se tornar uma deficiência significativa, requerendo que seja comunicada aos responsáveis pela governança. Auditores do setor público podem ter responsabilidades adicionais de comunicar deficiências de controle interno que foram identificadas durante a auditoria, de diferentes maneiras, em nível de detalhes diferentes. Chegamos ao fim. Mais alguns assuntos derrubados. Fixem bem os conceitos dessa aula, pois serão utilizados no curso todo. Vamos treinar um pouco? Vamos treinar? AUDITORIA 27 b. Mapas Mentais AUDITORIA 28 AUDITORIA 29 AUDITORIA 30 AUDITORIA 31 Asseguração razoável X limitada Tipo de trabalho Objetivo Procedimentos de obtenção de evidência Relatório de Asseguração Asseguração razoável Reduzir o risco de asseguração razoável a um nível aceitavelmente baixo. É obtida evidência adequada e suficiente, sem limitações. Forma positiva de expressão da conclusão. Asseguração limitada Reduzir o risco de asseguração limitada a um nível aceitável. É obtida evidência apropriada e suficiente com escopo deliberadamente limitado. Forma negativa de expressão da conclusão. AUDITORIA 32 c. Revisão 1 Questão 1 – FGV 2014 Sefaz MT - De acordo com o Código de Ética Profissional do Contabilista e da NBC PA 01, assinale a opção que indica princípios fundamentais de ética profissional quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis. a) Integridade, objetividade e comportamento profissional. b) Competência, confidencialidade e ceticismo profissional. c) Integridade, conduta profissional e julgamento profissional. d) Conhecimento, zelo profissional e objetividade. e) Ceticismo profissional, julgamento profissional e confidencialidade. Questão 2 – FGV 2014 Sefin Recife - O auditor, ao expressar opinião de que as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável, produz o seguinte efeito: a) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações contábeis. b) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera segurança para os usuários. c) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações contábeis. d) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. e) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração foram alcançados. Questão 3 – FGV 2011 Sefaz RJ Auditor - Consoante o Conselho Federal de Contabilidade (CFC), assinale a alternativa correta. A) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável. B) A auditoria de demonstrações contábeis pode ser exercida por técnicos de contabilidade (sem graduação na área), desde que tenham mais de 5 anos de experiência, devidamente comprovada. AUDITORIA 33 C) Se, porventura, o auditor julgar -se incompetente para realizar um serviço de auditoria de demonstrações contábeis, pode ele recomendar um auditor capacitado. Nesse caso, ao cobrar alguma remuneração pela indicação, não estará infringindo nenhuma norma, desde que o profissional indicado seja capaz e esteja regular perante o ConselhoRegional de Contabilidade. D) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá, necessariamente, conter, pelo menos, uma ressalva (parecer com ressalva). E) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá, necessariamente, ser emitido na modalidade “adverso”. Questão 4 – FGV 2011 Sefaz RJ Auditor - De acordo com o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta. A) A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer sobre a sua adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. Na ausência de disposições específicas, prevalecem as normas emitidas pelo Corecon. B) O parecer do auditor independente emitido na modalidade sem ressalvas representa garantia de viabilidade futura da entidade, atestando a eficácia da administração na gestão dos negócios. C) As “práticas contábeis adotadas no Brasil” compreendem a legislação societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância com as normas contábeis internacionais. D) A fim de que a opinião da entidade de auditoria seja isenta, imparcial, deve ela ser independente (quando externa) ou autônoma (quando interna), emitindo sua opinião de forma isenta. Isso significa que não deve ser vinculada à entidade auditada. Se, por algum motivo, pairarem dúvidas acerca desse atributo, o ideal é que se publique, em jornal de grande circulação, a relação dos sócios da empresa de auditoria. AUDITORIA 34 E) Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle de qualidade. O cumprimento desses princípios não é exigido dos auditores. Questão 5– FGV 2014 Sefaz Cuiabá - De acordo com o Código de Ética Profissional do Contabilista e da NBC PA 01, assinale a opção que indica princípios fundamentais de ética profissional quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis. (A) Integridade, objetividade e comportamento profissional. (B) Competência, confidencialidade e ceticismo profissional. (C) Integridade, conduta profissional e julgamento profissional. (D) Conhecimento, zelo profissional e objetividade. (E) Ceticismo profissional, julgamento profissional e confidencialidade. Questão 6 – FGV 2014 Sefaz Cuiabá - Sobre a materialidade no contexto de auditoria, assinale a afirmativa correta. (A) Os julgamentos sobre materialidade são afetados por um fator entre a magnitude ou a natureza das distorções. (B) O julgamento sobre relevância deve considerar o possível efeito de distorções sobre usuários individuais. (C) A determinação de materialidade pelo auditor não deve ser afetada por suas percepções pessoais. (D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a avaliá-las como relevantes, mesmo que estejam abaixo do limite de materialidade. (E) A materialidade não pode ser modificada no decorrer da auditoria. Questão 7 – Esaf 2009 Apofp SP - Sobre os temas ‘risco de auditoria’ e ‘relevância’, é correto afirmar que: a) quanto menor for a relevância, maior será o risco. b) quanto menor for o risco, menor será a relevância. c) não existe relação entre risco e relevância. d) quanto maior for a relevância, maior será o risco. e) quanto maior for o risco, maior será a relevância. AUDITORIA 35 Questão 8 – Esaf 2012 AFRFB - O auditor externo, ao ser contratado para auditar o Hotel Paraíso Azul S.A., constata em seus registros que a ocupação média do hotel é de 90% dos quartos. 50% das contas dos hóspedes foram pagas em dinheiro e os livros não identificam parte dos hóspedes. O sindicato dos hotéis da região divulgou, em relatório atualizado, que a ocupação dos hotéis na região não ultrapassa 70%. O noticiário da região dá indícios que vários negócios estão sendo usados para lavagem de dinheiro. A situação apresentada pode evidenciar para o auditor um risco a) de negócio e detecção. b) de fraude e de controle. c) de distorção relevante e de controle. d) de detecção e distorção relevante. e) residual e de fraude. Questão 9 – FGV 2014 Sefin Recife - A respeito da materialidade, assinale a afirmativa incorreta. a) A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de apuração científica e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações financeiras dos usuários das demonstrações contábeis. b) O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na execução da auditoria, bem como na avaliação do efeito de distorções identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as demonstrações contábeis. c) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das distorções que são consideradas relevantes para determinar a natureza, a época e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria. d) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. e) Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. AUDITORIA 36 Questão 10 – FCC 2014 TRT 19 - Um auditor, ao final dos seus trabalhos, reviu as informações consignadas nos papéis de trabalho e concluiu que as informações coletadas eram confiáveis e proporcionaram a melhor evidência alcançável por meio das técnicas que utilizou. Essas informações são classificadas como: a) suficientes. b) adequadas. c) relevantes. d) úteis. e) concretas. AUDITORIA 37 d. Revisão 2 Questão 11 – FGV 2014 Procempa - Em relação ao exercício da auditoria interna, o auditor interno deve a) Manter a sua autonomia profissional, não prestando assessoria ao Conselho Fiscal. b) manter sua independência, não realizando trabalhos de modo compartilhado. c) manter o zelo em relação a seus papéis de trabalho, não os apresentando aos auditores independentes. d) manter a abrangência, não limitando o seu trabalho à sua área de atuação. e) manter sigilo, sobre as informações obtidas durante o trabalho, as divulgando somente quando autorizado pela Entidade em que atua, inclusive depois de terminado o vínculo contratual ou empregatício. Questão 12 – FGV 2014 Sefaz Cuiabá - No caso de o trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, exige-se que o auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria. Segundo a NBC TA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, a independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com (A) confiabilidade. (B) confiança. (C) capacidade. (D) integridade.(E) imparcialidade. Questão 13 – FCC 2009 Sefaz SP - A carta de responsabilidade da administração é um documento que compõe os papéis de auditoria. Dessa forma, NÃO seria seu objetivo: A) impedir que o auditor possa ser processado societária ou criminalmente. B) delimitar as responsabilidades do auditor independente e da administração. C) dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a auditoria. D) dar garantia ao auditor independente quanto às suas responsabilidades, após a publicação das demonstrações. E) atender as normas de auditoria independente. AUDITORIA 38 Questão 14 – FCC 2012 ISS SP - A independência do auditor externo da empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações: I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa Ágile. II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do diretor presidente da empresa Aquisição S.A. III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição S.A. em suas contingências tributárias. Afeta a independência do auditor externo o que consta em A) II, apenas. B) I, II e III. C) I, apenas. D) II e III, apenas. E) III, apenas. Questão 15 - Cespe - 2011 - CNPQ – Julgue a assertiva. Pareceres sobre demonstrações contábeis emitidos por auditores independentes contribuem para elevar o grau de confiança dos usuários nas informações auditadas. Ao elaborar parecer, o auditor busca a asseguração razoável. Questão 16 – FGV 2014 Sefaz MT - No caso de o trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, exige-se que o auditor seja independente da entidade sujeita à auditoria. Segundo a NBC TA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, a independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com a) confiabilidade b) confiança. c) capacidade. d) integridade. e) imparcialidade. AUDITORIA 39 Questão 17 – FCC 2014 Sefaz PE - As demonstrações contábeis da empresa Ferro Branco do Brasil S/A, relativas ao exercício de 2012, apresentou distorções relevantes, e o auditor não detectando emitiu um relatório contendo uma opinião inadequada. Esta situação, de acordo com as normas de auditoria, caracteriza (A) inadequação dos procedimentos de auditoria. (B) risco de auditoria. (C) despreparo do auditor. (D) inadequação da evidência de auditoria. (E) inadequação na elaboração dos papéis de trabalho. Questão 18 – FCC 2014 Metrô SP - Os trabalhos de auditoria interna devem ter por objetivo a obtenção de informação que: I. seja factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno. II. sendo confiável, propicie a melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas de Auditoria Interna. III. de suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. IV. auxilie a entidade a atingir suas metas. Essas informações são denominadas, respectivamente, a) suficiente, útil, adequada e relevante. b) útil, adequada, suficiente e relevante. c) relevante, suficiente, útil e adequada. d) suficiente, adequada, relevante e útil. e) relevante, suficiente, adequada e útil. AUDITORIA 40 Questão 19 – FGV 2011 Sefaz RJ Auditor - Em consonância com o Conselho Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta. A) O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. O julgamento profissional não é necessário, em particular, nas decisões sobre materialidade e risco de auditoria. B) O ceticismo profissional não inclui estar alerta, por exemplo, a evidências de auditoria que contradigam outras evidências obtidas ou informações que coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações a serem usadas como evidências de auditoria. C) No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, exige-se que o auditor seja independente da entidade sujeita a auditoria. O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais descrevem a independência como abrangendo postura mental independente e independência na aparência. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião, conforme visto no item anterior. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional. D) A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão inter-relacionadas. A adequação é a medida da quantidade de evidência de auditoria. A quantidade necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria) e também pela qualidade de tais evidências de auditoria (quanto melhor a qualidade, menos evidência pode ser necessária). A obtenção de mais evidência de auditoria, porém, pode não compensar a sua má qualidade. A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias individuais em que são obtidas. E) Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes, do relatório, dos julgamentos relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões obtidas ao elaborar o relatório. O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho não é elaborado para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e AUDITORIA 41 os outros trabalhos, se houver, para os quais a firma determinou a necessidade de revisão do controle de qualidade do trabalho. Questão 20 – FCC 2009 Sefaz SP - O auditor externo, ao verificar os passivos contingenciais da empresa auditada, realizando os procedimentos necessários para avaliação dessa área, não constatou a existência de dois processos trabalhistas. Os processos não foram provisionados pela empresa, mas tinham possível probabilidade de ocorrência de perda. Esse evento representa um risco de (A) controle. (B) contabilidade. (C) negócio. (D) detecção. (E) processo. AUDITORIA 42 e. Revisão 3 Questão 21 – Vunesp 2015 CGM São Paulo - Risco de distorção relevante é o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes da auditoria. Nesse caso, a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma transação, saldo contábil ou divulgação a uma distorção que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de quaisquer controles relacionados, refere-se a um risco: a) inerente. b) subjetivo.c) de procedimento. d) de controle. e) de opinião. Questão 22 – Vunesp 2015 Prefeitura São José dos Campos - O risco que está intimamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos procedimentos realizados pelo auditor é denominado risco a) inerente. b) de controle. c) de detecção. d) anômalo. e) de aderência. Questão 23 – Vunesp 2015 Prefeitura São José dos Campos - Segundo a NBC TA 200, o risco de auditoria é função dos riscos a) de amostragem e de aderência. b) inerentes e sistemáticos. c) sistemáticos e não sistemáticos. d) de distorções relevantes e de detecção. e) de aderência e materialidade. AUDITORIA 43 Questão 24 – Vunesp 2015 TJ SP - De acordo com as normas profissionais de auditoria, a independência pode ser afetada por alguns tipos de ameaças. A ameaça de familiaridade ocorre quando o auditor a) encontra obstáculos para agir objetivamente em virtude de ameaças. b) pode auferir benefícios financeiros na entidade auditada. c) não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço prestado anteriormente por ele. d) defende ou parece defender a opinião da entidade auditada. e) passa a se identificar demasiadamente com a entidade auditada devido a relacionamento próximo com o cliente. Questão 25 – Vunesp 2015 TJ SP - No que se refere à extensão do trabalho de auditoria, aquela que compreende um conjunto específico de exames no qual não se aplicam todas as normas de auditoria, sendo utilizada nas circunstâncias em que seja inviável a realização da auditoria sobre todos os elementos componentes do patrimônio e sobre todas as operações do exercício auditado, especialmente em caráter de urgência, é denominada a) revisão limitada. b) auditoria geral. c) auditoria parcial. d) revisão integral. e) avaliação por amostragem. Questão 26 – Vunesp 2014 Prefeitura São José Rio Preto - Em auditoria, o denominado risco inerente a) resulta de condições, eventos, circunstâncias ou decisões tomadas pela administração que possam afetar adversamente a entidade auditada b) decorre de condições que indiquem incentivos ou pressões para que a fraude seja perpetrada. c) é a suscetibilidade de um saldo de uma conta ou uma classe de transação apresentar uma distorção relevante no seu valor registrado nas demonstrações contábeis. d) depende da eficácia dos controles internos da entidade, que devem ser examinados pelo auditor por meio de testes adequados. e) não está relacionado com a natureza e a extensão dos procedimentos aplicados pelo auditor nem com o planejamento ineficaz da auditoria. AUDITORIA 44 Questão 27 – Vunesp 2014 Desenvolve SP - De acordo com a NBC TA 200, evidências de auditoria são: a) as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões, em que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e outras informações. b) as informações explícitas ou implícitas que, para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura. c) as suficiências das evidências de auditoria na medida da quantidade da evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também pela qualidade de tal evidência. d) as informações utilizadas pelo auditor para adequar suas fundamentações em que se baseia o seu relatório. As evidências de auditoria incluem informações contidas nos pontos de auditoria em decorrência da metodologia utilizada. e) exigências da estrutura para conseguir a apresentação adequada das demonstrações contábeis. Espera-se que tais exigências mitiguem desvios em circunstâncias gerais de auditoria. Questão 28 – Vunesp 2014 Desenvolve SP - Risco de auditoria é o risco de que: a) o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. b) os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa ser relevante. c) os procedimentos inadequadamente executados pelo auditor para a condução da auditoria a um nível aceitável e, também, não apresente condições de evidenciar e detectar operações que envolvam riscos que possam ser caracterizadas como relevantes. d) o auditor apresente sua opinião de auditoria de forma contundente a respeito de pontos relevantes das demonstrações contábeis sobre as quais possua apenas conhecimento superficial. e) o auditor expresse sua opinião de auditoria de forma superficial sobre distorções nas demonstrações contábeis. AUDITORIA 45 Questão 29 – Vunesp 2012 SPTrans - Avaliação das distorções identificadas durante a Auditoria explica como a(o) ____________ é aplicada(o) na avaliação do efeito de distorções identificadas durante a auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, nas demonstrações contábeis. Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. a) amostra b) procedimento de auditoria c) programa de auditoria d) risco e) materialidade Questão 30 – Vunesp 2012 SPTrans - A análise dos riscos da Auditoria Interna que estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o objetivo dos trabalhos deve ser feita na fase de a) aplicação dos procedimentos da auditoria. b) finalização dos trabalhos. c) preparação do relatório. d) planejamento dos trabalhos. e) discussão com a alta administração do relatório da Auditoria Interna. Questão 31 – IBFC 2012 CGE MG - A profissão de auditoria exige a obediência aos princípios éticos profissionais que fundamentalmente se apoiam em: independência, integridade, eficiência e confidencialidade. Considere as condições que se caracterizam como independência neste caso: I. O fato de o auditor ser absolutamente independente e imparcial na interpretação de tudo que lhe for apresentado. II. A independência é condição primordial do trabalho de auditoria, para a obtenção dos elementos de prova e exercício de seu julgamento. a) A afirmativa I está correta e a II está incorreta. b) A afirmativa I está incorreta e a II está correta. c) As afirmativas I e II estão corretas. d) As afirmativas I e II estão incorretas. AUDITORIA 46 Questão 32 – IBFC 2012 CGE MG - Sobre o objetivo do exame normal de auditoria das demonstrações financeiras, assinale a alternativa correta. a) Em linhas gerais, o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada. b) É preparar um relatório contendo parecer sempre favorável relativo aos dados produzidos pela empresa. c) Avaliar a qualidade de eficiência dos procedimentos contábeis e seus controles internos sem a real preocupação com a fidedignidade dos fatos. d) Deve ser subordinado às regras internas de cada instituição somente. Questão 33 – IBFC 2012 CGE MG - Os auditores devem iniciar suas verificações pelo conhecimento dos procedimentos internos e pelos sistemas de controles internos utilizados pelas empresas. Leia as sentenças abaixo contendo definições sobre a importância da avaliação dos controles internos, e assinale aalternativa incorreta. a) Os conhecimentos dos procedimentos internos e sistemas de controles internos utilizados dentro da empresa permitem ao auditor avaliar o grau de confiança das informações geradas dentro do processo. b) O objeto da auditoria é o exame das demonstrações financeiras, que dependem entre outros conceitos, de um fluxo eficiente de informações canalizadas por meio de sistemas de controles internos. c) A otimização dos controles internos se dá através de um fluxo coeso, harmônico e eficiente de atividades que assegurem a confiabilidade das informações registradas. d) A avaliação dos controles internos é independente do fluxo de atividades e é refém exclusivamente dos registros gerados pelos profissionais que as executam. Questão 34 – Cespe 2011 CNPQ - Ao executar uma auditoria, deve o auditor manter o ceticismo profissional, a fim de identificar e avaliar os riscos de distorções relevantes decorrentes de fraude ou erro. AUDITORIA 47 Questão 35 – Cespe 2015 TCU - Julgue o próximo item, acerca das normas técnicas de auditoria. A determinação do escopo do trabalho constitui um dos pontos essenciais a serem obrigatoriamente documentados nos papéis de trabalho do auditor, que deve observar o conceito de materialidade quanto aos procedimentos e à relevância da informação, além de ter senso crítico e julgamento para direcionar o seu trabalho. Questão 36 – Cespe 2015 TCU - Julgue o próximo item, acerca das normas técnicas de auditoria. O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor, por algum motivo alheio a sua vontade, vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações contábeis significativamente incorretas. Para fins de análise, o risco de auditoria divide-se em três componentes: risco inerente, risco de controle e risco de detecção. Questão 37 – Cespe 2015 CGE PI - Com relação a elaboração, divulgação, auditoria de relatórios contábil-financeiros e trabalhos de auditoria independente em geral, julgue o item que se segue. Uma auditoria independente é feita com base na premissa de que a administração da entidade auditada é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável. Questão 38 – Cespe 2015 MPU - Em relação ao ambiente de controle e à avaliação de riscos na organização, julgue o próximo item. Independentemente da existência de uma área específica de gestão de riscos, a auditoria interna é organizada com a função de assegurar o cumprimento dos objetivos do negócio e o gerenciamento de riscos. Questão 39 – Cespe 2015 MPU - Acerca de atividades de controle e avaliação de riscos, julgue o seguinte item. Uma adequada avaliação de riscos pressupõe estudo dos acontecimentos já vivenciados pela organização para a correta definição de seus objetivos, uma vez que a ocorrência de eventos futuros incertos não é administrável. AUDITORIA 48 Questão 40 – Cespe 2013 Telebrás - A respeito de conceitos, princípios, origens e classificações de auditoria, julgue os itens que se seguem. Ao auditar instituições financeiras comerciais, o risco de auditoria relacionado a essa complexa atividade é o somatório dos riscos de distorção relevante e do risco de controle. Caros, curtam minha página do Facebook para acessar novidades sobre concursos, resoluções de questões e outras dicas. É um trabalho que estou iniciando, conto com a ajuda de vocês. Eis o link: http://www.facebook.com/professormarceloseco AUDITORIA 49 f. Normas Comentadas NBC TA 200 Julgamento profissional A25. O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. O julgamento profissional é necessário, em particular, nas decisões sobre: • materialidade e risco de auditoria; • a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta de evidências de auditoria; • avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBCs TA e, com isso, os objetivos gerais do auditor; • avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de relatório financeiro aplicável da entidade; • extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela administração na elaboração das demonstrações contábeis. Julgamento profissional é requisito do auditor e será utilizado durante todo o processo de auditoria. A essência do julgamento profissional reside na experiência e nos conhecimentos do auditor. A26. A característica que distingue o julgamento profissional esperado do auditor é que esse julgamento seja exercido por auditor, cujo treinamento, conhecimento e experiência tenham ajudado no desenvolvimento das competências necessárias para estabelecer julgamentos razoáveis. A27. O exercício do julgamento profissional em qualquer caso específico baseia- se nos fatos e circunstâncias que são conhecidos pelo auditor. A consulta a respeito de assuntos difíceis ou contenciosos durante o curso da auditoria, dentro AUDITORIA 50 da equipe do trabalho e entre a equipe do trabalho e outros no nível apropriado, dentro ou fora da firma de auditoria, tal como exigido pela NBC TA 220, item 18, ajudam o auditor no exercício de julgamentos suportados e razoáveis. A28. O julgamento profissional pode ser avaliado com base no fato de que o julgamento exercido reflete uma aplicação competente ou não competente dos princípios de auditoria e contábeis e se ele é apropriado considerando os fatos e circunstâncias conhecidos pelo auditor até a data do seu relatório de auditoria e compatível com estes. A capacidade de julgamento profissional do auditor pode ser avaliada observando-se a qualidade de seu trabalho. A29. O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria. Ele também precisa ser adequadamente documentado. Neste aspecto, exige-se que o auditor elabore documentação de auditoria suficiente para possibilitar que outro auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com a auditoria, entenda os julgamentos profissionais significativos exercidos para se atingir as conclusões sobre assuntos significativos surgidos durante a auditoria (NBC TA 230, item 8). O julgamento profissional não deve ser usado como justificativa para decisões que, de outra forma, não são sustentados pelos fatos e circunstâncias do trabalho nem por evidência de auditoria apropriada e suficiente. O julgamento profissional é importante, mas não pode se sobrepor às evidências encontradas. NBC TA Estrutura Conceitual Abrangência da estrutura conceitual 12. Nem todos os trabalhos executados por auditores independentes são trabalhos de asseguração. Outros trabalhos frequentemente executados que não satisfazem a definição acima (e por isso não são previstos nesta Estrutura Conceitual) incluem: (a) trabalhos cobertos pelas Normas Técnicas para Serviços Correlatos (NBC TSC), tais como trabalhos de procedimentos
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