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Auditoria para FGV Volume 2

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Prévia do material em texto

Assuntos da Rodada 
Conceitos de auditoria e sobre a pessoa do auditor. Fraudes e a 
Responsabilidade do Auditor. 
Normas vigentes de auditoria independente, emanadas pelo Conselho 
Federal de Contabilidade Responsabilidade legal. Ética profissional. 
Objetivos gerais do auditor independente. 
Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente. 
Planejamento da Auditoria. 
Documentação de auditoria. Controle de qualidade da auditoria de 
Demonstrações Contábeis. 
Avaliação das distorções Identificadas. Execução dos trabalhos de auditoria. 
Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de 
auditoria. Auditoria de estimativas Contábeis. Evidenciação. 
Amostragem e testes. 
Utilização de trabalhos da auditoria interna. Independência nos trabalhos de 
auditoria. Relatórios de Auditoria. Eventos subsequentes. 
Auditoria: Normas de Auditoria Interna - Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 
01 - Da auditoria interna). 
Normas e Procedimentos de Auditoria emitidas pelo IBRACON – Instituto dos 
Auditores Independentes do Brasil. Auditoria no Setor Público Federal. 
Finalidades e objetivos da auditoria governamental. Abrangência de atuação. 
Formas e tipos. Normas relativas a execução dos trabalhos. 
 
 
 
Rodada #2 
Auditoria 
 
Professor Marcelo Seco 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
2 
Recados importantes! 
 Não autorizamos a venda de nosso material em qualquer outro site. Não 
apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio. 
 A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte 
dele sujeitará o infrator a multa de até três mil vezes o valor do curso, à 
apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e à 
persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. 
 Você poderá fazer mais questões sobre os assuntos desta rodada no teste 
semanal online, liberado ao final da rodada. 
 As metas devem ser cumpridas na ordem determinada. Isso é fundamental 
para o perfeito aproveitamento do treinamento. 
 Se tiver qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o 
WhatsApp oficial da Turma Elite (35) 9106 5456. 
 Esta rodada possui alguns vídeos. O estudo desse material não está incluído 
nas metas diárias que vocês recebem e os itens neles abordados já foram 
tratados no PDF. Trata-se de aula de reforço teórico opcional, que poderá 
ajudar a dirimir algumas dúvidas. 
 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
3 
a. Teoria em Tópicos 
1 – Auditoria ou Asseguração? 
 
Já estudamos a Estrutura Conceitual da Contabilidade, agora veremos a Estrutura 
Conceitual da Auditoria, uma espécie de introdução às NBC TAs (Normas 
Brasileira de Contabilidade para Trabalhos de Auditoria). O que mais nos 
interessa é entender que a auditoria externa, essa que estudamos para os 
concursos, é apenas um dos tipos existentes de trabalho de auditoria, que as 
NBC TAs classificaram de “Trabalho de Asseguração”. 
 
Existem outros trabalhos que podem ser feitos pelo auditor, mas que não serão 
objeto de nosso estudo. 
 
1.1 - Trabalho de asseguração 
 
É um trabalho no qual o auditor independente expressa uma conclusão com a 
finalidade de aumentar o grau de confiança dos usuários das DCs, que não 
seja a parte responsável (parte responsável são a administração e a governança), 
acerca do resultado da avaliação ou mensuração de determinado objeto de 
acordo com os critérios aplicáveis. 
 
Asseguração é sinônimo de auditoria externa, e seu resultado é voltado para os 
usuários externos em geral. 
 
O resultado da avaliação de um objeto é a informação resultante da aplicação de 
critérios ao objeto. Essa informação resultante pode ser, por exemplo, uma 
opinião a respeito da adequação das demonstrações contábeis ou sobre a 
eficácia do controle interno. 
 
Demonstrações contábeis e controle interno são exemplos de objetos a serem 
auditados. 
 
Existem dois tipos de trabalhos de asseguração: 
 asseguração razoável 
 asseguração limitada. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
4 
1.2 - Asseguração razoável 
 
O objetivo é obter evidência apropriada e suficiente para reduzir o risco do 
trabalho de asseguração a um nível aceitavelmente baixo, para que o auditor 
possa expressar a conclusão de forma positiva, como por exemplo em: 
 
“Em nossa opinião, os controles internos são eficazes, em todos os aspectos 
relevantes, de acordo com os critérios XYZ”. 
 
Asseguração razoável é o resultado de um trabalho completo, sem qualquer 
limitação. 
 
Asseguração razoável é o grau máximo de certeza que o auditor pode dar em 
seu relatório. Ele assegura com razoável segurança que as demonstrações estão 
livres de distorções relevantes. 
 
Não existe redução de risco a nível zero e nem 100% de garantia sobre a 
existência ou não de distorções relevantes. 
 
Ao elaborar seu relatório o auditor busca a asseguração razoável (e nunca 
total) de que as DCs estão livres de distorção relevante. 
 
1.3 - Asseguração Limitada 
 
O objetivo é reduzir o risco do trabalho de asseguração a um nível aceitável. 
Contudo, esse risco é maior do que no trabalho de asseguração razoável, 
em virtude de ter havido limitação deliberada nos procedimentos de obtenção 
de evidência aplicados, de forma que o auditor só possa expressar a conclusão 
de forma negativa, como por exemplo em: 
 
“Com base em nosso trabalho, descrito neste relatório, não temos conhecimento 
de nenhum fato que nos leve a acreditar que os controles internos não são 
eficazes, em todos os aspectos relevantes, de acordo com os critérios XYZ”. 
 
Vejam, nesse tipo de auditoria, a limitação é deliberada, ou seja, optou-se por 
fazer auditoria de uma forma reduzida ou apenas em partes das DCs. 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
5 
E se a limitação não estava prevista, não foi deliberada, mas apareceu no meio 
dos trabalhos? 
 
Nesses casos, o fato de o auditor se deparar com alguma limitação pode levá-lo 
a rever a aceitação do trabalho ou a emitir opinião modificada, mas isso é assunto 
para outra aula. 
 
Asseguração razoável X limitada 
 
Tipo de 
trabalho 
Objetivo 
Procedimentos de 
obtenção de 
evidência 
Relatório de 
Asseguração 
Asseguração 
razoável 
Reduzir o risco de 
asseguração 
razoável a um nível 
aceitavelmente 
baixo. 
É obtida evidência 
adequada e suficiente, 
sem limitações. 
Forma 
positiva de 
expressão da 
conclusão. 
Asseguração 
limitada 
Reduzir o risco de 
asseguração 
limitada a um nível 
aceitável. 
É obtida evidência 
apropriada e 
suficiente com escopo 
deliberadamente 
limitado. 
Forma 
negativa de 
expressão da 
conclusão. 
 
1.4 - Aceitação do Trabalho 
 
A auditor deve aceitar um trabalho de asseguração somente se: 
 puder cumprir com as exigências do Código de Ética, como independência 
e competência profissional; 
 o trabalho possuir todas as seguintes características: 
 objeto apropriado; 
 os critérios a serem adotados são adequados e estão disponíveis; 
 o auditor tem acesso às evidências que darão suporte para a sua 
conclusão; 
 a conclusão do auditor puder estar contida em relatório escrito; e 
 o auditor verifica que há um propósito racional para o trabalho. Se 
houver uma limitação relevante na extensão do seu trabalho, 
provavelmente o trabalho não terá um propósito racional. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
6 
Quando um trabalho potencial não puder ser aceito como trabalho de 
asseguração, porque não supre os requisitos acima, a partecontratante pode 
estar em condições de identificar um trabalho diferente, que satisfaça as 
necessidades dos usuários. 
 
Nesse caso, teríamos um trabalho de não asseguração. 
 
Os trabalhos de não asseguração são trabalhos que não envolvem auditoria. 
Podem ser avaliações de controle interno, avaliações de ativos a serem 
adquiridos, elaboração de propostas de fusão, análises prévias em aquisições e 
outros. 
 
Aceito o trabalho de asseguração, o auditor independente não pode alterar 
esse trabalho para trabalho de não asseguração, assim como não pode alterar o 
alcance do trabalho de asseguração razoável para trabalho de asseguração 
limitada sem uma justificativa razoável. 
 
Uma alteração de circunstâncias que afete as necessidades dos usuários, ou um 
mal entendido com referência à natureza do trabalho, justifica geralmente o 
pedido para alteração no trabalho. Se essa alteração for feita, o auditor não deve 
ignorar a evidência obtida anteriormente à alteração. 
 
Resumindo: 
 O auditor deve avaliar se tem condições de aceitar o trabalho de 
asseguração razoável. 
 Se não puder aceitar como asseguração razoável, pode avaliar a 
possibilidade de aceitar como asseguração limitada ou de não asseguração. 
 Se aceitar como asseguração, não pode alterar para asseguração limitada 
ou não asseguração sem justificativa. 
 Se tiver justificativa e efetuar a alteração, não poderá ignorar as evidências 
já encontradas. Por exemplo, se encontrou distorções relevantes e o 
trabalho foi alterado para não asseguração, não poderá deixar para lá as 
distorções encontradas. 
 
 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
7 
1.5 - Elementos do trabalho de asseguração 
 
São os seguintes os elementos de trabalho de asseguração: 
 relacionamento entre três partes, envolvendo o auditor, a parte 
responsável (entidade) e os usuários; 
 objeto apropriado; 
 critérios adequados; 
 evidências apropriadas e suficientes; e 
 relatório escrito na forma apropriada para trabalho de asseguração 
razoável ou para trabalho de asseguração limitada. 
 
2 – Definições importantes 
 
Vamos dar uma olhada em alguns conceitos estabelecidos nas NBC TAs que são 
muito importantes para nossas aulas futuras e muito explorados pelos 
examinadores. 
 
2.1 - Evidência suficiente e adequada 
 
Evidências de auditoria são as informações utilizadas pelo auditor para 
fundamentar suas conclusões em que se baseia a sua opinião. 
 
Suficiência é a medida da quantidade da evidência. 
 
A quantidade de evidência necessária é afetada pelo risco da informação sobre o 
objeto conter distorções relevantes (quanto maior o risco, maior o nível de 
evidência que, provavelmente, será exigido) e também pela qualidade de tal 
evidência (quanto mais elevada a qualidade, menor o nível de evidência que será 
exigido). Suficiência e a adequação de evidência estão inter-relacionadas. 
Entretanto, a simples obtenção de mais evidência pode não compensar a sua 
inadequação ou falta de qualidade. 
 
Adequação é a medida da qualidade da evidência; isto é, a sua relevância e a sua 
confiabilidade. 
 
A confiabilidade da evidência é influenciada pela sua fonte e pela sua natureza. 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
8 
Por exemplo, a evidência obtida de fonte externa independente pode não ser 
confiável se a fonte não for boa. 
 
Podem existir exceções, mas seguintes generalizações acerca da confiabilidade 
da evidência podem ser feitas: 
 a evidência é mais confiável quando for obtida fora da entidade; 
 a evidência que é gerada internamente é mais confiável quando os 
controles internos são eficazes; 
 a evidência obtida diretamente pelo auditor independente é mais confiável 
do que a evidência obtida indiretamente ou por inferência; 
 a evidência é mais confiável quando em forma documental, seja em papel, 
em forma eletrônica ou outro meio; 
 a evidência proporcionada por documentos originais é mais confiável do 
que a evidência proporcionada por fotocópias. 
 
Resumindo os conceitos das NBC TAs: 
 Suficiência é a medida da quantidade da evidência. 
 Adequação é a medida da qualidade da evidência; isto é, a sua relevância 
e a sua confiabilidade. 
 
Agora, outros conceitos sobre a informação, presentes na NBC TI 01: 
O processo de obtenção e avaliação das informações compreende: 
 a obtenção de informações sobre os assuntos relacionados aos objetivos e 
ao alcance da Auditoria Interna, devendo ser observado que: 
 a informação suficiente é aquela que é factual e convincente, de tal 
forma que uma pessoa prudente e informada possa entendê-la da 
mesma forma que o auditor interno; 
 a informação adequada é aquela que, sendo confiável, propicia a 
melhor evidência alcançável, por meio do uso apropriado das técnicas 
de Auditoria Interna; 
 a informação relevante é a que dá suporte às conclusões e às 
recomendações da Auditoria Interna; 
 a informação útil é a que auxilia a entidade a atingir suas metas. 
 a avaliação da efetividade das informações obtidas, mediante a aplicação 
de procedimentos da Auditoria Interna, incluindo testes substantivos, se as 
circunstâncias assim o exigirem. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
9 
Não se preocupem com a origem dos conceitos. Saibam apenas que existem e 
são válidos. 
 
2.2 - Materialidade 
 
A materialidade é importante para a determinação da natureza, da época e da 
extensão dos procedimentos de obtenção de evidência e para quantificar o 
valor que classifica uma informação isenta de distorção. 
 
A expressão: “determinação da natureza, da época e da extensão dos 
procedimentos”, aparece em todos os lugares nas normas de auditoria. Ela 
significa que em tudo que o auditor fizer ele vai ter que considerar esses 
elementos para determinar a quantidade e o tipo de procedimentos e trabalhos 
a serem feitos. 
 
Ao considerar a materialidade, o auditor avalia quais fatores podem influenciar 
as decisões dos usuários previstos. A materialidade é considerada no contexto 
de fatores quantitativos e qualitativos, como a magnitude relativa, a 
natureza e a extensão dos efeitos desses fatores na avaliação ou na mensuração 
do objeto e os interesses dos usuários previstos. 
 
A determinação de materialidade para execução de testes não é um cálculo 
mecânico simples e envolve o exercício de julgamento profissional. É afetado 
pelo entendimento que o auditor possui sobre a entidade, atualizado durante a 
execução dos procedimentos de avaliação de risco, e pela natureza e extensão 
de distorções identificadas em auditorias anteriores e, dessa maneira, pelas 
expectativas do auditor em relação a distorções no período corrente. 
 
Importantíssimo sobre materialidade: 
 Determina o valor que é ou não relevante para apontar-se uma distorção. 
 É um valor monetário. 
 Depende do feeling, do sentimento do auditor. 
 Não é cálculo mecânico simples. 
 Não é apenas matemática. 
 Considera expectativas dos usuários. 
 Pode e deve ser revista ao longo do trabalho. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
10 
2.3 - Distorção Relevante 
 
O que é distorção relevante? 
 
É aquela capaz de influenciar a decisão do usuário das DCs. Para estabelecer o 
critério de relevância usamos um valor que consideramos material, ou seja, um 
valor que vá fazer a diferença na interpretação do usuário, a materialidade. 
 
Quanto menor for o valor estabelecido para que se considere que uma 
distorção seja relevante, maior será o risco de auditoria, ou seja, o risco 
de que essa distorção exista, não seja detectada e não apareça no relatório doauditor. 
 
Por que isso? 
 
Porque quanto menor o valor a ser considerado, mais valores serão desprezados 
e o risco de as distorções serem deixadas para trás aumenta. Devemos considerar 
ainda que várias distorções irrelevantes, somadas, podem tornar-se uma 
distorção relevante. 
 
Exemplo. 
 
Materialidade 100 - 500 lançamentos a serem analisados 
Materialidade 10 - 30000 lançamentos a serem analisados 
 
Quanto mais lançamentos a serem analisados, maior a possibilidade de deixar 
passar alguma coisa, maior o risco de auditoria. 
 
Por isso temos que ter, também sedimentado, outro conhecimento: 
 
Quanto maior o risco de distorção, menor deve ser o limite de risco de 
detecção aceitável, maior deve ser a extensão dos procedimentos adotados 
na auditoria. 
 
Se eu sei que tenho mais risco de distorção, devo ser mais intolerante ao risco. 
Se sou mais intolerante ao risco, devo executar mais procedimentos para mitigá-
lo. 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
11 
2.4 - Ceticismo profissional 
 
O auditor planeja e executa o trabalho com atitude de ceticismo profissional, 
reconhecendo que podem existir circunstâncias que façam com que a informação 
sobre o objeto contenha distorções relevantes. A atitude de ceticismo profissional 
significa que o auditor faz uma avaliação crítica, mantendo-se de forma 
mentalmente questionadora, com referência à validade da evidência obtida e 
mantém-se alerta para qualquer evidência que contradiga ou ponha em dúvida a 
confiabilidade de documentos ou representações da parte responsável. 
 
Já vimos isso. O auditor deve estar sempre alerta, sempre desconfiado, sempre 
procurando distorções, sempre confirmando informações. 
 
2.5 - Estrutura de relatório financeiro aplicável 
 
É a estrutura de relatório financeiro adotada pela administração e, quando 
apropriado, pelos responsáveis pela governança na elaboração das 
demonstrações contábeis, que é aceitável em vista da natureza da entidade e do 
objetivo das demonstrações contábeis ou que seja exigida por lei ou regulamento. 
 
Ou seja, é o modelo da demonstração contábil aplicável a cada caso. 
 
Estrutura de apresentação adequada 
 
Exige conformidade com as exigências da estrutura e: 
 reconhece que, para conseguir a apresentação adequada das DCs, pode ser 
necessário que a administração forneça divulgações além das exigidas; ou 
 reconhece que pode ser necessário que a administração se desvie de uma 
exigência para conseguir a apresentação adequada das DCs. Espera-se que 
tais desvios sejam extremamente raros. 
 
Aqui temos o seguinte: 
 Além das demonstrações exigidas, outras, fora da norma, podem ser 
necessárias para prestar a informação útil. 
 Em casos raros, algumas exigências da norma podem tornar a informação 
menos útil. Nessa situação, fica a entidade autorizada a fugir da norma, 
explicando os motivos. 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
12 
Estrutura de conformidade (ou compliance) 
 
Exija a conformidade com as exigências dessa estrutura, mas não reconhece os 
aspectos acima expostos da apresentação adequada. 
 
Turma, é o seguinte: o fato de estar em conformidade com os aspectos legais, 
não garante que a apresentação seja adequada. 
 
Na estrutura de compliance, não interessa se a informação está melhor da forma 
A ou da forma B. Segue-se a norma e pronto. 
 
2.6 - Risco de auditoria 
 
Risco de que o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as 
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. 
 
O risco de auditoria é uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de 
detecção. 
 
É o risco de emitir opinião errada e garantir com segurança razoável que as 
DCs estão livres de distorção relevante, quando na verdade elas estão cheias de 
distorção relevante. 
 
2.7 - Risco de detecção 
 
É o risco de que os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco 
de auditoria a um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção 
existente que possa ser relevante, individualmente ou em conjunto com outras 
distorções. 
 
Esse é o risco de não se encontrar uma distorção relevante. 
 
2.8 - Risco de distorção relevante 
 
É o risco de que as DCs contenham distorção relevante antes da auditoria. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
13 
Possui dois componentes risco inerente e risco de controle: 
 risco inerente, é a suscetibilidade à distorção; 
 risco de controle, é o risco de que uma distorção possa ocorrer e não ser 
prevenida, detectada e corrigida tempestivamente pelo controle interno. 
 
Esse risco existe independentemente de qualquer auditoria. Trata-se de avaliar o 
grau de possibilidade de existência de distorções em determinado local. 
 
Resumindo 
 
 Risco de auditoria = risco distorção + risco detecção 
 
 Risco de distorção = risco inerente + risco controle 
 Risco de detecção = risco de auditor não detectar distorção 
 
A análise dos riscos é muito importante para o sucesso da auditoria e inicia-se 
logo na fase de planejamento. 
 
2.9 - Premissa sobre Responsabilidades 
 
Entendimento da administração e da governança sobre sua 
responsabilidade com relação a: 
 elaboração das DCs em conformidade com a estrutura de relatório 
financeiro aplicável, incluindo quando relevante sua apresentação 
adequada; 
 manutenção de controle interno necessário para permitir a elaboração de 
DCs que estejam livres de distorção relevante, independentemente se 
causada por fraude ou erro; 
 fornecer ao auditor: 
 acesso às informações que sejam relevantes; 
 quaisquer informações adicionais que o auditor possa solicitar; e 
 acesso irrestrito àqueles dentro da entidade que o auditor determina 
ser necessário obter evidências de auditoria. 
 
Nas normas antigas existia a figura da carta de responsabilidade, que fazia o 
papel de garantir a responsabilidade da administração no trabalho do auditor 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
14 
externo. Hoje esse documento, que é documento emitido pela entidade, chama-
se “representação formal”. 
 
As representações formais estão espalhadas em todas as NBC TAs. 
De forma geral, uma representação formal destina-se a: 
 delimitar as responsabilidades do auditor independente e da administração. 
 dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a 
auditoria. 
 dar garantia ao auditor independente quanto às suas responsabilidades, 
após a publicação das demonstrações. 
 atender às normas de auditoria independente. 
 
2.10 - Julgamento profissional 
 
É a aplicação do treinamento, conhecimento e experiência relevantes, dentro do 
contexto fornecido pelas normas de auditoria, contábeis e éticas, na tomada de 
decisões informadas a respeito dos cursos de ação apropriados nas circunstâncias 
do trabalho de auditoria. 
 
Julgamento profissional é característica do auditor e deve ser aplicado durante 
todo o trabalho. 
 
O julgamento profissional é um dos requisitos essenciais do auditor para a 
condução apropriada da auditoria. 
 
2.11 - Asseguração razoável 
 
Nível alto, mas não absoluto, de segurança. 
 
Nunca 100%. 
 
3 – Responsabilidade Legal do Auditor 
 
O auditor pode ser responsabilizado legalmente se deixar passar uma distorção 
relevante? Sim, civil e criminalmente, se agir com dolo ou culpa. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
15 
O auditor pode ser responsabilizado pela não descoberta de distorção 
relevante (seja erro ou fraude), caso constate-se que houve negligência na 
aplicação das normas de auditoria ou falha na suaconduta. 
 
Nesse caso poderá responder civil e criminalmente, se agiu com culpa ou 
dolo. 
 
Não é atribuição do auditor independente garantir a viabilidade futura da 
entidade ou fornecer atestado de eficácia da administração na gestão dos 
negócios. 
 
Fiquem atentos a essas informações, pois são muito solicitadas pelas bancas. 
 
4 – Independência 
 
A independência é condição principal para execução dos trabalhos de auditoria 
externa. O auditor deve ter independência na formulação de seu 
julgamento profissional. 
 
Além disso, o auditor precisa parecer independente perante o mercado em 
que atua, ou seja, deve evitar situações que, embora não afetem seu julgamento, 
possam fazer parecer a quem está de fora que a independência poderia estar em 
risco. 
 
Auditor deve, em relação à independência: 
 Identificar possíveis ameaças 
 Avaliar a relevância dessas ameaças 
 Eliminar ou mitigar tais ameaças 
 
Lembrem-se: o auditor precisa ser independente e precisa parecer ser 
independente. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
16 
4.1 - Tipos de ameaça 
 Interesse próprio do auditor na entidade auditada; 
 Auditor auditando entidade na qual trabalhou; 
 Defesa de interesses da auditada; 
 Familiaridade, estabelecida quando o auditor mantém estreito 
relacionamento com pessoas da administração da auditada; 
 Intimidação do auditor pela auditada. 
 
Detectada a ameaça, o auditor deve aplicar alguma salvaguarda efetiva. 
 
4.2 - Salvaguarda Efetiva 
 
São medidas que eliminam ou mitigam as ameaças à independência do auditor. 
 
Se o auditor não consegue afastar a ameaça, deve abandonar o trabalho. 
 
No caso de interesse financeiro direto (ações e outros títulos) ou interesse 
financeiro indireto relevante na auditada, o auditor deverá, para afastar a ameaça 
e manter a independência: 
 Alienar o interesse direto antes de se tornar membro da equipe; 
 Alienar o interesse indireto de forma que deixe de ser relevante, antes de 
se tornar membro da equipe; 
 Sair da equipe de auditoria. 
 
A simples declaração ao mercado de que existe ameaça por conflito de interesses, 
não serve como salvaguarda efetiva. 
 
Também não são consideradas salvaguardas efetivas as comunicações feitas à 
entidade auditada ou aos órgãos de fiscalização. 
 
Outras ameaças à independência 
 Familiares com interesses financeiros relevantes na auditada, também são 
considerados motivos de ameaça. 
 Relação familiar ou outro tipo de relação entre auditor e pessoas com 
função relevante na auditada implicam possível ameaça. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
17 
 Relacionamentos financeiros ou comerciais relevantes entre auditada e 
auditor, fora da normalidade das operações da auditada, também são 
ameaças. 
 Participações recentes do auditor em conselhos e na administração da 
auditada também são ameaças. 
 
O fato de o auditor ter prestado serviços para auditada recentemente pode ser 
considerado uma ameaça, caso estes serviços sejam relacionados aos itens que 
normalmente seriam objeto da auditoria externa. 
 
Exemplo disso são serviços de consultoria e assessoramento (também chamados 
de serviços de não asseguração) relacionados a aspectos a serem auditados. Se 
o auditor fez a análise prévia de uma firma a ser incorporada e no exercício 
seguinte, vai auditar as demonstrações da incorporadora, podemos ter ameaça à 
independência. 
 
Já sabemos que os serviços de asseguração são os próprios serviços de auditoria, 
não é mesmo? 
 
O Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais 
descrevem a independência como abrangendo postura mental independente 
e independência na aparência. A independência do auditor frente à entidade 
salvaguarda a capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser 
afetado por influências que poderiam comprometer essa opinião, conforme visto 
no item anterior. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar 
com integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional. 
 
Pessoal, algumas vezes não sabemos a literalidade do texto que está sendo 
explorado pelo examinador. Mas, em auditoria, utilize sempre o bom senso. 
Procure pensar no que é ético, no que é razoável. 
 
Você verá que as normas de auditoria sempre seguem a essência do que é 
correto aos olhos do bom auditor. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
18 
5 - Objetivos do Auditor e da Auditoria 
 
Não podemos confundir os objetivos do auditor com os objetivos da auditoria e 
nem com os objetivos do relatório de auditoria. Este último estudaremos mais 
para frente. 
 
5.1 - Objetivo da auditoria 
 
Aumentar o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos 
usuários. 
 
Isso é alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor sobre se as 
DCs foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em conformidade com 
uma estrutura de relatório financeiro aplicável. 
 
As NBC TAs exigem que o auditor obtenha segurança razoável de que as 
demonstrações contábeis como um todo estão livres de distorção relevante, 
independentemente se causadas por fraude ou erro. 
 
Asseguração razoável é um nível elevado de segurança. Esse nível é conseguido 
quando o auditor obtém evidência de auditoria apropriada e suficiente para 
reduzir a um nível aceitavelmente baixo o risco de auditoria. Contudo, 
asseguração razoável não é um nível absoluto de segurança porque há 
limitações inerentes em uma auditoria, as quais resultam do fato de que a maioria 
das evidências de auditoria em que o auditor baseia suas conclusões e sua 
opinião, é persuasiva e não conclusiva. 
 
Professor, e se a questão disser que o auditor deve garantir que as DCs 
estão livres de distorção relevante? Estará errada? 
 
Não! A expressão “deve garantir que estão livres de distorção” tem que ser 
analisada com cuidado. Na maioria das vezes estará correta, a não ser que essa 
afirmação esteja falando em certeza absoluta, garantia plena, total, 100% de 
certeza, ausência total de erros, certeza de integridade. 
 
Outra hipótese de estar errada é a de essa expressão ser confrontada com uma 
alternativa que fale expressamente que o auditor dá uma certeza razoável de que 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
19 
estão livres de erro. Nesse caso, certeza razoável de que não há erros está 
correta e garantia de que não há erros está errada. Entenderam? Temos que 
analisar o contexto em que a expressão está inserida. 
 
As NBC TAs exigem que o auditor: 
 exerça o julgamento profissional 
 mantenha o ceticismo profissional 
 identifique e avalie os riscos de distorção relevante, independentemente se 
causados por fraude ou erro 
 obtenha evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir se 
existem distorções relevantes 
 forme uma opinião a respeito das DCs 
 
5.2 - Objetivos do Auditor 
 
São dois os objetivos do auditor na elaboração de seu trabalho: 
 
 Obter segurança razoável de que as demonstrações estão livres de 
distorção relevante, causadas por fraude ou erro, possibilitando assim 
que seja expressada sua opinião sobre se as demonstrações contábeis 
(DCs) foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, em 
conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; 
 
 Apresentar relatório sobre as demonstrações. 
 
Devemos lembrar de que: 
 o documento gerado pelo auditor, como resultado de seu trabalho, não se 
chama mais parecer, e, sim, relatório. Se a banca falar em parecer, 
responda assim mesmo, pois isso é muito comum ainda; 
 estruturade relatório financeiro aplicável refere-se à demonstração 
contábil e não deve ser confundida com o relatório do auditor. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
20 
Resumindo os objetivos do Auditor na elaboração de seu relatório 
 Formar uma opinião sobre as DCs com base nas conclusões formadas a 
partir das evidências obtidas durante o trabalho; 
 Expressar opinião por relatório de auditoria, por escrito, descrevendo 
a base considerada para a referida opinião, ou seja, justificando-a. 
 
Para desenvolver o trabalho e alcançar seu objetivo o auditor vai seguir as 
normas, fazer o planejamento da natureza, da época e da extensão dos 
procedimentos de auditoria a serem realizados e executar os procedimentos. 
 
5.3 - Não são objetivos do auditor 
 
 Elaborar DCs; 
 Detectar, primariamente, fraudes e erros; 
 Detectar distorções irrelevantes; 
 Atestar a integridade das informações geradas pela entidade; 
 Cuidar da eficiência dos controles internos; 
 Assegurar a que a entidade vai permanecer em continuidade; 
 Verificar a eficiência da administração no cumprimento de suas tarefas; 
 
De novo: 
 
O auditor executa procedimentos para conseguir evidências que 
possibilitem obter conclusões para fundamentar sua opinião. 
 
6 – Ética 
 
Turma, não há muito que falar sobre ética, conceito que vocês já devem ter 
aprendido em outras matérias. Em suma, ser ético é ir além da legalidade, 
atendendo também à moralidade. 
 
Para o auditor, a ética tem um aspecto adicional: não basta ser ético, há, 
também, que parecer ser ético. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
21 
Além das NBC TAs, os auditores devem seguir: 
 o Código de Ética Profissional do Contador do Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC); e 
 a Norma de Controle de Qualidade de Auditores (NBC PA 01 – Controle de 
Qualidade para Firmas de Auditores). 
 
São princípios do Código de Ética Profissional do Contador do CFC, da NBC PA 
01 e do IFAC: 
 honestidade (ou integridade); 
 objetividade; 
 competência e zelo profissionais; 
 sigilo (ou confidencialidade); 
 comportamento profissional. 
 
Além de seguir o código de ética, o auditor deve ser contador registrado no 
Conselho de Contabilidade, e deverá, ainda, cumprir os seguintes requisitos: 
 Ceticismo profissional 
 Julgamento profissional 
 Observância das NBC TAs 
 
As Normas Brasileiras de Contabilidade compreendem: 
 Código de Ética Profissional do Contabilista; 
 Normas de Contabilidade; 
 Normas de Auditoria Independente e de Asseguração; 
 Normas de Auditoria Interna; e 
 Normas de Perícia. 
 
6.1 – O que é ética? 
 
Ética é um vocábulo derivado de “ethos”, palavra grega utilizada para se referir 
aos hábitos e costumes praticados pelos cidadãos. 
 
Em filosofia, referimo-nos a ética como um conjunto de princípios e ideias que 
dão suporte à vida em sociedade. Ética vai além da legalidade, refletindo um 
conceito intimamente ligado à moralidade. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
22 
Uma atitude é ética quando, tanto do aspecto coletivo como do pessoal, não fere 
os princípios de bem viver geralmente tidos como morais pelos integrantes da 
sociedade. 
 
A ética pode ser encarada como um desdobramento da influência que o código 
moral estabelecido exerce sobre a nossa subjetividade, e acerca de como lidamos 
com essas prescrições de conduta, se aceitamos de forma integral ou não esses 
valores normativos e, dessa forma, até que ponto nós damos o efetivo valor a 
tais preceitos. 
 
6.2 - Ética no serviço público 
 
O padrão de ética dos servidores públicos reporta-se à essência do serviço por 
eles prestados, o qual requer entendimento e respeito ao caráter da coisa pública 
e à relação do servidor com a sociedade. 
 
É fato que os servidores estão limitados pela legalidade. Contudo, dentro da 
legalidade, há que se agir com ética. Isso pode ser traduzido como boa conduta, 
boa fé, probidade, e respeito aos contribuintes, cidadãos e usuários do serviço 
público em geral. 
 
Os servidores devem zelar pela impessoalidade, e isso nada mais é do que atuar 
com respeito à igualdade de todos perante a lei, com a plena consciência de que 
ele, servidor, é um representante do estado, e não de suas próprias convicções 
e interesses. O servidor deve saber separar o que é público e o que é privado, e 
entender a importância dessa separação. 
 
7 - Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. 
 
Fraude é o ato intencional de um ou mais indivíduos da administração, dos 
responsáveis pela governança, empregados ou terceiros, que envolva dolo para 
obtenção de vantagem injusta ou ilegal. 
 
A principal responsabilidade pela prevenção e detecção da fraude é dos 
responsáveis pela governança e sua administração. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
23 
É importante que a administração, com a supervisão geral dos responsáveis pela 
governança, enfatize a prevenção da fraude, o que pode reduzir as oportunidades 
de sua ocorrência, e a dissuasão da fraude, o que pode persuadir os indivíduos a 
não perpetrar fraude por causa da probabilidade de detecção e punição. Isso 
envolve um compromisso de criar uma cultura de honestidade e comportamento 
ético. 
 
7.1 - Fraude e Erro 
 
Não é do auditor externo a responsabilidade de prevenir e detectar fraudes 
e erros. 
 
As distorções podem originar-se de fraude ou erro. O fator distintivo entre fraude 
e erro está no fato de ser intencional ou não intencional a ação subjacente que 
resulta em distorção. 
 
 Fraude – distorção intencional 
 Erro – distorção não intencional 
 
O auditor está preocupado apenas com a fraude que causa distorção relevante. 
Dois tipos de distorções intencionais (fraudes) são pertinentes para o auditor, as 
decorrentes de: 
 informações contábeis fraudulentas 
 apropriação indébita de ativos 
 
Apesar de o auditor poder suspeitar ou, em raros casos, identificar a ocorrência 
de fraude, ele não estabelece juridicamente se realmente ocorreu fraude. 
 
O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é 
mais alto do que o risco de não ser detectada uma fraude decorrente de erro. 
 
Esse é o texto literal da NBC TA, mas o que quiseram dizer é que: 
 
O risco de não ser detectada uma distorção relevante decorrente de fraude é 
mais alto do que o risco de não ser detectada uma distorção decorrente de erro. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
24 
Isso acontece porque a fraude pode envolver esquemas sofisticados e 
cuidadosamente organizados, destinados a ocultá-la, tais como falsificação, 
omissão deliberada no registro de operações ou prestação intencional de falsas 
representações ao auditor. Tais tentativas de ocultação podem ser ainda mais 
difíceis de detectar quando associadas a um conluio. O conluio pode levar o 
auditor a acreditar que a evidência é persuasiva, quando, na verdade, ela é falsa. 
 
Com relação à fraude, o auditor deve: 
 identificar e avaliar os riscos de distorção relevante nas demonstrações 
contábeis decorrente de fraude; 
 obter evidências de auditoria suficientes e apropriadas sobre os riscos 
identificados de distorção relevante decorrente de fraude; e 
 responder adequadamente face à fraude ou à suspeita de fraudes 
identificada durante a auditoria. 
 
7.2 - Responsáveis pela governança 
 
A não ser que os responsáveis pela governança estejam envolvidos na 
administração da entidade, o auditor deve obter entendimento de como esses 
responsáveis fazem a supervisão geral dos processos da administração paraidentificar e responder aos riscos de fraudes na entidade e do controle interno 
que a administração implantou para mitigar esses riscos. 
 
Se, como resultado de uma distorção decorrente de fraude ou suspeita de fraude, 
o auditor encontrar circunstâncias excepcionais que coloquem em dúvida sua 
capacidade de continuar a realizar a auditoria, ele deve: 
 determinar as responsabilidades profissionais e legais aplicáveis à situação; 
 considerar se seria apropriado o auditor retirar-se do trabalho, quando essa 
saída for possível conforme a lei ou regulamentação aplicável; e 
 caso o auditor se retire: 
 discutir com a administração e com os responsáveis pela governança 
a saída do auditor do trabalho e as razões para a interrupção; e 
 determinar se existe exigência profissional ou legal de comunicar a 
retirada do auditor do trabalho à pessoa ou pessoas que contrataram 
a auditoria ou, em alguns casos, às autoridades reguladoras. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
25 
8 – Comunicação de falhas no controle interno 
 
A NBC TA 265 trata das falhas encontradas pelo auditor no sistema de controle 
interno da entidade auditada. Vamos dar uma olhada nos principais itens dessa 
norma. 
 
Já sabemos que o auditor não é responsável pela manutenção do controle interno. 
Contudo, cai obrigatoriamente avaliar o seu funcionamento e, encontrando 
falhas, vai relatá-las. 
 
Auditor deve comunicar tempestivamente e por escrito, aos responsáveis pela 
governança e à administração, as deficiências de controle interno que identificou 
durante a auditoria e que, no seu julgamento profissional, são de importância 
suficiente para merecer a atenção deles. 
 
Deficiência de controle interno existe quando: 
 o controle existe mas não consegue prevenir, ou detectar e corrigir 
tempestivamente, distorções nas demonstrações contábeis; ou 
 falta o controle necessário. 
 
8.1 - Deficiência significativa de controle interno 
 
É a deficiência ou a combinação de deficiências de controle interno que, no 
julgamento profissional do auditor, são de importância suficiente para merecer a 
atenção dos responsáveis pela governança. 
 
O auditor deve incluir na comunicação por escrito das deficiências: 
 descrição das deficiências e explicação de seus possíveis efeitos; e 
 informações suficientes para permitir que os responsáveis pela governança 
e a administração entendam o contexto da comunicação: 
 o objetivo da auditoria era o de expressar uma opinião sobre DCs; 
 a auditoria avaliou o controle interno para planejar procedimentos de 
auditoria e não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia 
do controle interno; e 
 os assuntos comunicados estão limitados às deficiências que o 
auditor identificou e concluiu serem de importância suficiente para 
comunicar aos responsáveis pela governança; 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
26 
Independentemente da época da comunicação por escrito de deficiências 
significativas, o auditor pode comunicá-las verbalmente em primeira instância à 
administração e, quando apropriado, aos responsáveis pela governança para 
auxiliá-los a tomar tempestivamente as medidas corretivas para minimizar os 
riscos de distorção relevante. Contudo, isso não isenta o auditor da 
responsabilidade de comunicar as deficiências significativas por escrito. 
 
Se o auditor comunicou à administração as deficiências de controle interno que 
não sejam deficiências significativas no período anterior e a administração optou 
por não corrigi-las pelo custo ou por outras razões, o auditor não precisa repetir 
a comunicação no período corrente. 
 
Contudo, o fato de a administração não corrigir outras deficiências de controle 
interno, anteriormente comunicadas, pode se tornar uma deficiência significativa, 
requerendo que seja comunicada aos responsáveis pela governança. 
 
Auditores do setor público podem ter responsabilidades adicionais de 
comunicar deficiências de controle interno que foram identificadas durante a 
auditoria, de diferentes maneiras, em nível de detalhes diferentes. 
 
Chegamos ao fim. Mais alguns assuntos derrubados. Fixem bem os conceitos 
dessa aula, pois serão utilizados no curso todo. 
 
Vamos treinar um pouco? 
 
Vamos treinar? 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
27 
b. Mapas Mentais 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
28 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
29 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
30 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
31 
 
 
Asseguração razoável X limitada 
 
Tipo de 
trabalho 
Objetivo 
Procedimentos de 
obtenção de 
evidência 
Relatório de 
Asseguração 
Asseguração 
razoável 
Reduzir o risco de 
asseguração 
razoável a um nível 
aceitavelmente 
baixo. 
É obtida evidência 
adequada e suficiente, 
sem limitações. 
Forma 
positiva de 
expressão da 
conclusão. 
Asseguração 
limitada 
Reduzir o risco de 
asseguração 
limitada a um nível 
aceitável. 
É obtida evidência 
apropriada e 
suficiente com escopo 
deliberadamente 
limitado. 
Forma 
negativa de 
expressão da 
conclusão. 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
32 
c. Revisão 1 
 
Questão 1 – FGV 2014 Sefaz MT - De acordo com o Código de Ética Profissional 
do Contabilista e da NBC PA 01, assinale a opção que indica princípios 
fundamentais de ética profissional quando da condução de auditoria de 
demonstrações contábeis. 
a) Integridade, objetividade e comportamento profissional. 
b) Competência, confidencialidade e ceticismo profissional. 
c) Integridade, conduta profissional e julgamento profissional. 
d) Conhecimento, zelo profissional e objetividade. 
e) Ceticismo profissional, julgamento profissional e confidencialidade. 
 
Questão 2 – FGV 2014 Sefin Recife - O auditor, ao expressar opinião de que 
as demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes, 
em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro aplicável, produz o 
seguinte efeito: 
a) revela as distorções do planejamento da auditoria das demonstrações 
contábeis. 
b) reduz os riscos de auditoria das demonstrações contábeis o que gera 
segurança para os usuários. 
c) proporciona o aumento de evidências de auditoria das demonstrações 
contábeis. 
d) aumenta o grau de confiança nas demonstrações contábeis por parte dos 
usuários. 
e) assegura que os objetivos operacionais desejados pela administração foram 
alcançados. 
 
Questão 3 – FGV 2011 Sefaz RJ Auditor - Consoante o Conselho Federal de 
Contabilidade (CFC), assinale a alternativa correta. 
A) O objetivo da auditoria é aumentar o grau de confiança nas demonstrações 
contábeis por parte dos usuários. Isso é alcançado mediante a expressão de uma 
opinião pelo auditor sobre se as demonstrações contábeis foram elaboradas, em 
todos os aspectos relevantes, em conformidade com uma estrutura de relatório 
financeiro aplicável. 
B) A auditoria de demonstrações contábeis pode ser exercida por técnicos de 
contabilidade (sem graduação na área), desde que tenham mais de 5 anos de 
experiência, devidamente comprovada. 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
33 
C) Se, porventura, o auditor julgar -se incompetente para realizar um serviço de 
auditoria de demonstrações contábeis, pode ele recomendar um auditor 
capacitado. Nesse caso, ao cobrar alguma remuneração pela indicação, não 
estará infringindo nenhuma norma, desde que o profissional indicado seja capaz 
e esteja regular perante o ConselhoRegional de Contabilidade. 
D) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá, 
necessariamente, conter, pelo menos, uma ressalva (parecer com ressalva). 
E) Ao descobrir um erro ou fraude, o parecer do auditor deverá, necessariamente, 
ser emitido na modalidade “adverso”. 
 
Questão 4 – FGV 2011 Sefaz RJ Auditor - De acordo com o Conselho Federal 
de Contabilidade, assinale a alternativa correta. 
A) A auditoria das demonstrações contábeis constitui o conjunto de 
procedimentos técnicos que têm por objetivo a emissão de parecer sobre a sua 
adequação, consoante os Princípios Fundamentais de Contabilidade e as Normas 
Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislação específica. Na 
ausência de disposições específicas, prevalecem as normas emitidas pelo 
Corecon. 
B) O parecer do auditor independente emitido na modalidade sem ressalvas 
representa garantia de viabilidade futura da entidade, atestando a eficácia da 
administração na gestão dos negócios. 
C) As “práticas contábeis adotadas no Brasil” compreendem a legislação 
societária brasileira, as Normas Brasileiras de Contabilidade, emitidas pelo 
Conselho Federal de Contabilidade, os pronunciamentos, as interpretações e as 
orientações emitidos pelo CPC e homologados pelos órgãos reguladores, e 
práticas adotadas pelas entidades em assuntos não regulados, desde que 
atendam à Estrutura Conceitual para a Elaboração e Apresentação das 
Demonstrações Contábeis emitida pelo CFC e, por conseguinte, em consonância 
com as normas contábeis internacionais. 
D) A fim de que a opinião da entidade de auditoria seja isenta, imparcial, deve 
ela ser independente (quando externa) ou autônoma (quando interna), emitindo 
sua opinião de forma isenta. Isso significa que não deve ser vinculada à entidade 
auditada. Se, por algum motivo, pairarem dúvidas acerca desse atributo, o ideal 
é que se publique, em jornal de grande circulação, a relação dos sócios da 
empresa de auditoria. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
34 
E) Os princípios fundamentais de ética profissional relevantes para o auditor 
quando da condução de auditoria de demonstrações contábeis estão implícitos no 
Código de Ética Profissional do Contabilista e na NBC PA 01, que trata do controle 
de qualidade. O cumprimento desses princípios não é exigido dos auditores. 
 
Questão 5– FGV 2014 Sefaz Cuiabá - De acordo com o Código de Ética 
Profissional do Contabilista e da NBC PA 01, assinale a opção que indica princípios 
fundamentais de ética profissional quando da condução de auditoria de 
demonstrações contábeis. 
(A) Integridade, objetividade e comportamento profissional. 
(B) Competência, confidencialidade e ceticismo profissional. 
(C) Integridade, conduta profissional e julgamento profissional. 
(D) Conhecimento, zelo profissional e objetividade. 
(E) Ceticismo profissional, julgamento profissional e confidencialidade. 
 
Questão 6 – FGV 2014 Sefaz Cuiabá - Sobre a materialidade no contexto de 
auditoria, assinale a afirmativa correta. 
(A) Os julgamentos sobre materialidade são afetados por um fator entre a 
magnitude ou a natureza das distorções. 
(B) O julgamento sobre relevância deve considerar o possível efeito de distorções 
sobre usuários individuais. 
(C) A determinação de materialidade pelo auditor não deve ser afetada por suas 
percepções pessoais. 
(D) As circunstâncias relacionadas a algumas distorções podem levar o auditor a 
avaliá-las como relevantes, mesmo que estejam abaixo do limite de 
materialidade. 
(E) A materialidade não pode ser modificada no decorrer da auditoria. 
 
Questão 7 – Esaf 2009 Apofp SP - Sobre os temas ‘risco de auditoria’ e 
‘relevância’, é correto afirmar que: 
a) quanto menor for a relevância, maior será o risco. 
b) quanto menor for o risco, menor será a relevância. 
c) não existe relação entre risco e relevância. 
d) quanto maior for a relevância, maior será o risco. 
e) quanto maior for o risco, maior será a relevância. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
35 
Questão 8 – Esaf 2012 AFRFB - O auditor externo, ao ser contratado para 
auditar o Hotel Paraíso Azul S.A., constata em seus registros que a ocupação 
média do hotel é de 90% dos quartos. 50% das contas dos hóspedes foram 
pagas em dinheiro e os livros não identificam parte dos hóspedes. O sindicato 
dos hotéis da região divulgou, em relatório atualizado, que a ocupação dos 
hotéis na região não ultrapassa 70%. O noticiário da região dá indícios que 
vários negócios estão sendo usados para lavagem de dinheiro. A situação 
apresentada pode evidenciar para o auditor um risco 
a) de negócio e detecção. 
b) de fraude e de controle. 
c) de distorção relevante e de controle. 
d) de detecção e distorção relevante. 
e) residual e de fraude. 
 
Questão 9 – FGV 2014 Sefin Recife - A respeito da materialidade, assinale a 
afirmativa incorreta. 
a) A determinação de materialidade pelo auditor é uma questão de apuração 
científica e é afetada pela percepção do auditor das necessidades de informações 
financeiras dos usuários das demonstrações contábeis. 
b) O conceito de materialidade é aplicado pelo auditor no planejamento e na 
execução da auditoria, bem como na avaliação do efeito de distorções 
identificadas na auditoria e de distorções não corrigidas, se houver, sobre as 
demonstrações contábeis. 
c) Ao planejar a auditoria, o auditor exerce julgamento sobre a magnitude das 
distorções que são consideradas relevantes para determinar a natureza, a época 
e a extensão de procedimentos adicionais de auditoria. 
d) A materialidade determinada no planejamento da auditoria não estabelece 
necessariamente um valor abaixo do qual as distorções não corrigidas, 
individualmente ou em conjunto, serão sempre avaliadas como não relevantes. 
e) Ao estabelecer a estratégia global de auditoria, o auditor deve determinar a 
materialidade para as demonstrações contábeis como um todo. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
36 
Questão 10 – FCC 2014 TRT 19 - Um auditor, ao final dos seus trabalhos, reviu 
as informações consignadas nos papéis de trabalho e concluiu que as informações 
coletadas eram confiáveis e proporcionaram a melhor evidência alcançável por 
meio das técnicas que utilizou. Essas informações são classificadas como: 
a) suficientes. 
b) adequadas. 
c) relevantes. 
d) úteis. 
e) concretas. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
37 
d. Revisão 2 
 
Questão 11 – FGV 2014 Procempa - Em relação ao exercício da auditoria 
interna, o auditor interno deve 
a) Manter a sua autonomia profissional, não prestando assessoria ao Conselho 
Fiscal. 
b) manter sua independência, não realizando trabalhos de modo compartilhado. 
c) manter o zelo em relação a seus papéis de trabalho, não os apresentando aos 
auditores independentes. 
d) manter a abrangência, não limitando o seu trabalho à sua área de atuação. 
e) manter sigilo, sobre as informações obtidas durante o trabalho, as divulgando 
somente quando autorizado pela Entidade em que atua, inclusive depois de 
terminado o vínculo contratual ou empregatício. 
 
Questão 12 – FGV 2014 Sefaz Cuiabá - No caso de o trabalho de auditoria ser 
de interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética Profissional do 
Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, exige-se que o auditor seja 
independente da entidade sujeita à auditoria. Segundo a NBC TA 200, Objetivos 
Gerais do Auditor Independente e a Condução da Auditoria em Conformidade com 
Normas de Auditoria, a independência aprimora a capacidade do auditor de atuar 
com 
(A) confiabilidade. 
(B) confiança. 
(C) capacidade. 
(D) integridade.(E) imparcialidade. 
 
Questão 13 – FCC 2009 Sefaz SP - A carta de responsabilidade da 
administração é um documento que compõe os papéis de auditoria. Dessa forma, 
NÃO seria seu objetivo: 
A) impedir que o auditor possa ser processado societária ou criminalmente. 
B) delimitar as responsabilidades do auditor independente e da administração. 
C) dar maior credibilidade às informações verbais recebidas durante a auditoria. 
D) dar garantia ao auditor independente quanto às suas responsabilidades, após 
a publicação das demonstrações. 
E) atender as normas de auditoria independente. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
38 
Questão 14 – FCC 2012 ISS SP - A independência do auditor externo da 
empresa Aquisição S.A. é comprometida pelas situações: 
I. A empresa Aquisição S.A. comprou a empresa Ágile S.A.. A firma de auditoria 
da adquirente é a mesma que realizou os trabalhos de due dilligence da empresa 
Aquisição S.A. e de consultoria tributária no ano da aquisição para a empresa 
Ágile. 
II. O diretor financeiro da empresa Ágile S.A é primo em segundo grau do diretor 
presidente da empresa Aquisição S.A. 
III. A firma de auditoria indica escritórios de advocacia para a empresa Aquisição 
S.A. em suas contingências tributárias. 
Afeta a independência do auditor externo o que consta em 
A) II, apenas. 
B) I, II e III. 
C) I, apenas. 
D) II e III, apenas. 
E) III, apenas. 
 
Questão 15 - Cespe - 2011 - CNPQ – Julgue a assertiva. Pareceres sobre 
demonstrações contábeis emitidos por auditores independentes contribuem para 
elevar o grau de confiança dos usuários nas informações auditadas. Ao elaborar 
parecer, o auditor busca a asseguração razoável. 
 
Questão 16 – FGV 2014 Sefaz MT - No caso de o trabalho de auditoria ser de 
interesse público e, portanto, exigido pelo Código de Ética Profissional do 
Contabilista e pelas normas profissionais do CFC, exige-se que o auditor seja 
independente da entidade sujeita à auditoria. 
Segundo a NBC TA 200, Objetivos Gerais do Auditor Independente e a Condução 
da Auditoria em Conformidade com Normas de Auditoria, a independência 
aprimora a capacidade do auditor de atuar com 
a) confiabilidade 
b) confiança. 
c) capacidade. 
d) integridade. 
e) imparcialidade. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
39 
Questão 17 – FCC 2014 Sefaz PE - As demonstrações contábeis da empresa 
Ferro Branco do Brasil S/A, relativas ao exercício de 2012, apresentou distorções 
relevantes, e o auditor não detectando emitiu um relatório contendo uma opinião 
inadequada. Esta situação, de acordo com as normas de auditoria, caracteriza 
(A) inadequação dos procedimentos de auditoria. 
(B) risco de auditoria. 
(C) despreparo do auditor. 
(D) inadequação da evidência de auditoria. 
(E) inadequação na elaboração dos papéis de trabalho. 
 
Questão 18 – FCC 2014 Metrô SP - Os trabalhos de auditoria interna devem 
ter por objetivo a obtenção de informação que: 
I. seja factual e convincente, de tal forma que uma pessoa prudente e informada 
possa entendê-la da mesma forma que o auditor interno. 
II. sendo confiável, propicie a melhor evidência alcançável, por meio do uso 
apropriado das técnicas de Auditoria Interna. 
III. de suporte às conclusões e às recomendações da Auditoria Interna. 
IV. auxilie a entidade a atingir suas metas. 
Essas informações são denominadas, respectivamente, 
a) suficiente, útil, adequada e relevante. 
b) útil, adequada, suficiente e relevante. 
c) relevante, suficiente, útil e adequada. 
d) suficiente, adequada, relevante e útil. 
e) relevante, suficiente, adequada e útil. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
40 
Questão 19 – FGV 2011 Sefaz RJ Auditor - Em consonância com o Conselho 
Federal de Contabilidade, assinale a alternativa correta. 
A) O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da auditoria. 
Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais relevantes, das 
normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo de toda a 
auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e experiência 
relevantes para os fatos e circunstâncias. O julgamento profissional não é 
necessário, em particular, nas decisões sobre materialidade e risco de auditoria. 
B) O ceticismo profissional não inclui estar alerta, por exemplo, a evidências de 
auditoria que contradigam outras evidências obtidas ou informações que 
coloquem em dúvida a confiabilidade dos documentos e respostas a indagações 
a serem usadas como evidências de auditoria. 
C) No caso de trabalho de auditoria ser de interesse público e, portanto, exigido 
pelo Código de Ética Profissional do Contabilista e pelas normas profissionais do 
CFC, exige-se que o auditor seja independente da entidade sujeita a auditoria. O 
Código de Ética Profissional do Contabilista e as normas profissionais descrevem 
a independência como abrangendo postura mental independente e independência 
na aparência. A independência do auditor frente à entidade salvaguarda a 
capacidade do auditor de formar opinião de auditoria sem ser afetado por 
influências que poderiam comprometer essa opinião, conforme visto no item 
anterior. A independência aprimora a capacidade do auditor de atuar com 
integridade, ser objetivo e manter postura de ceticismo profissional. 
D) A suficiência e adequação das evidências de auditoria estão inter-relacionadas. 
A adequação é a medida da quantidade de evidência de auditoria. A quantidade 
necessária de evidência de auditoria é afetada pela avaliação pelo auditor dos 
riscos de distorção (quanto mais elevados os riscos avaliados, maior a 
probabilidade de que seja necessária mais evidência de auditoria) e também pela 
qualidade de tais evidências de auditoria (quanto melhor a qualidade, menos 
evidência pode ser necessária). A obtenção de mais evidência de auditoria, 
porém, pode não compensar a sua má qualidade. A confiabilidade da evidência é 
influenciada pela sua fonte e sua natureza e depende das circunstâncias 
individuais em que são obtidas. 
E) Revisão do controle de qualidade do trabalho é o processo projetado para 
fornecer uma avaliação objetiva, na data, ou antes, do relatório, dos julgamentos 
relevantes feitos pela equipe do trabalho e das conclusões obtidas ao elaborar o 
relatório. O processo de revisão do controle de qualidade do trabalho não é 
elaborado para auditoria de demonstrações contábeis de companhias abertas e 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
41 
os outros trabalhos, se houver, para os quais a firma determinou a necessidade 
de revisão do controle de qualidade do trabalho. 
 
Questão 20 – FCC 2009 Sefaz SP - O auditor externo, ao verificar os passivos 
contingenciais da empresa auditada, realizando os procedimentos necessários 
para avaliação dessa área, não constatou a existência de dois processos 
trabalhistas. Os processos não foram provisionados pela empresa, mas tinham 
possível probabilidade de ocorrência de perda. Esse evento representa um risco 
de 
(A) controle. 
(B) contabilidade. 
(C) negócio. 
(D) detecção. 
(E) processo. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
42 
e. Revisão 3 
 
Questão 21 – Vunesp 2015 CGM São Paulo - Risco de distorção relevante é 
o risco de que as demonstrações contábeis contenham distorção relevante antes 
da auditoria. Nesse caso, a suscetibilidade de uma afirmação a respeito de uma 
transação, saldo contábil ou divulgação a uma distorção que possa ser relevante, 
individualmente ou em conjunto com outras distorções, antes da consideração de 
quaisquer controles relacionados, refere-se a um risco: 
a) inerente. 
b) subjetivo.c) de procedimento. 
d) de controle. 
e) de opinião. 
 
Questão 22 – Vunesp 2015 Prefeitura São José dos Campos - O risco que 
está intimamente relacionado com a natureza, a época e a extensão dos 
procedimentos realizados pelo auditor é denominado risco 
a) inerente. 
b) de controle. 
c) de detecção. 
d) anômalo. 
e) de aderência. 
 
Questão 23 – Vunesp 2015 Prefeitura São José dos Campos - Segundo a 
NBC TA 200, o risco de auditoria é função dos riscos 
a) de amostragem e de aderência. 
b) inerentes e sistemáticos. 
c) sistemáticos e não sistemáticos. 
d) de distorções relevantes e de detecção. 
e) de aderência e materialidade. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
43 
Questão 24 – Vunesp 2015 TJ SP - De acordo com as normas profissionais de 
auditoria, a independência pode ser afetada por alguns tipos de ameaças. A 
ameaça de familiaridade ocorre quando o auditor 
a) encontra obstáculos para agir objetivamente em virtude de ameaças. 
b) pode auferir benefícios financeiros na entidade auditada. 
c) não avaliará apropriadamente os resultados de julgamento dado ou serviço 
prestado anteriormente por ele. 
d) defende ou parece defender a opinião da entidade auditada. 
e) passa a se identificar demasiadamente com a entidade auditada devido a 
relacionamento próximo com o cliente. 
 
Questão 25 – Vunesp 2015 TJ SP - No que se refere à extensão do trabalho 
de auditoria, aquela que compreende um conjunto específico de exames no qual 
não se aplicam todas as normas de auditoria, sendo utilizada nas circunstâncias 
em que seja inviável a realização da auditoria sobre todos os elementos 
componentes do patrimônio e sobre todas as operações do exercício auditado, 
especialmente em caráter de urgência, é denominada 
a) revisão limitada. 
b) auditoria geral. 
c) auditoria parcial. 
d) revisão integral. 
e) avaliação por amostragem. 
 
Questão 26 – Vunesp 2014 Prefeitura São José Rio Preto - Em auditoria, o 
denominado risco inerente 
a) resulta de condições, eventos, circunstâncias ou decisões tomadas pela 
administração que possam afetar adversamente a entidade auditada 
b) decorre de condições que indiquem incentivos ou pressões para que a fraude 
seja perpetrada. 
c) é a suscetibilidade de um saldo de uma conta ou uma classe de transação 
apresentar uma distorção relevante no seu valor registrado nas demonstrações 
contábeis. 
d) depende da eficácia dos controles internos da entidade, que devem ser 
examinados pelo auditor por meio de testes adequados. 
e) não está relacionado com a natureza e a extensão dos procedimentos aplicados 
pelo auditor nem com o planejamento ineficaz da auditoria. 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
44 
Questão 27 – Vunesp 2014 Desenvolve SP - De acordo com a NBC TA 200, 
evidências de auditoria são: 
a) as informações utilizadas pelo auditor para fundamentar suas conclusões, em 
que se baseia a sua opinião. As evidências de auditoria incluem informações 
contidas nos registros contábeis subjacentes às demonstrações contábeis e 
outras informações. 
b) as informações explícitas ou implícitas que, para conseguir a apresentação 
adequada das demonstrações contábeis, pode ser necessário que a administração 
forneça divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura. 
c) as suficiências das evidências de auditoria na medida da quantidade da 
evidência de auditoria. A quantidade necessária da evidência de auditoria é 
afetada pela avaliação do auditor dos riscos de distorção relevante e também 
pela qualidade de tal evidência. 
d) as informações utilizadas pelo auditor para adequar suas fundamentações em 
que se baseia o seu relatório. As evidências de auditoria incluem informações 
contidas nos pontos de auditoria em decorrência da metodologia utilizada. 
e) exigências da estrutura para conseguir a apresentação adequada das 
demonstrações contábeis. Espera-se que tais exigências mitiguem desvios em 
circunstâncias gerais de auditoria. 
 
Questão 28 – Vunesp 2014 Desenvolve SP - Risco de auditoria é o risco de 
que: 
a) o auditor expresse uma opinião de auditoria inadequada quando as 
demonstrações contábeis contiverem distorção relevante. O risco de auditoria é 
uma função dos riscos de distorção relevante e do risco de detecção. 
b) os procedimentos executados pelo auditor para reduzir o risco de auditoria a 
um nível aceitavelmente baixo não detectem uma distorção existente que possa 
ser relevante. 
c) os procedimentos inadequadamente executados pelo auditor para a condução 
da auditoria a um nível aceitável e, também, não apresente condições de 
evidenciar e detectar operações que envolvam riscos que possam ser 
caracterizadas como relevantes. 
d) o auditor apresente sua opinião de auditoria de forma contundente a respeito 
de pontos relevantes das demonstrações contábeis sobre as quais possua apenas 
conhecimento superficial. 
e) o auditor expresse sua opinião de auditoria de forma superficial sobre 
distorções nas demonstrações contábeis. 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
45 
Questão 29 – Vunesp 2012 SPTrans - Avaliação das distorções identificadas 
durante a Auditoria explica como a(o) ____________ é aplicada(o) na avaliação 
do efeito de distorções identificadas durante a auditoria e de distorções não 
corrigidas, se houver, nas demonstrações contábeis. 
Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. 
a) amostra 
b) procedimento de auditoria 
c) programa de auditoria 
d) risco 
e) materialidade 
 
Questão 30 – Vunesp 2012 SPTrans - A análise dos riscos da Auditoria Interna 
que estão relacionados à possibilidade de não se atingir, de forma satisfatória, o 
objetivo dos trabalhos deve ser feita na fase de 
a) aplicação dos procedimentos da auditoria. 
b) finalização dos trabalhos. 
c) preparação do relatório. 
d) planejamento dos trabalhos. 
e) discussão com a alta administração do relatório da Auditoria Interna. 
 
Questão 31 – IBFC 2012 CGE MG - A profissão de auditoria exige a obediência 
aos princípios éticos profissionais que fundamentalmente se apoiam em: 
independência, integridade, eficiência e confidencialidade. Considere as 
condições que se caracterizam como independência neste caso: 
I. O fato de o auditor ser absolutamente independente e imparcial na 
interpretação de tudo que lhe for apresentado. 
II. A independência é condição primordial do trabalho de auditoria, para a 
obtenção dos elementos de prova e exercício de seu julgamento. 
a) A afirmativa I está correta e a II está incorreta. 
b) A afirmativa I está incorreta e a II está correta. 
c) As afirmativas I e II estão corretas. 
d) As afirmativas I e II estão incorretas. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
46 
Questão 32 – IBFC 2012 CGE MG - Sobre o objetivo do exame normal de 
auditoria das demonstrações financeiras, assinale a alternativa correta. 
a) Em linhas gerais, o processo pelo qual o auditor se certifica da veracidade das 
demonstrações financeiras preparadas pela companhia auditada. 
b) É preparar um relatório contendo parecer sempre favorável relativo aos dados 
produzidos pela empresa. 
c) Avaliar a qualidade de eficiência dos procedimentos contábeis e seus controles 
internos sem a real preocupação com a fidedignidade dos fatos. 
d) Deve ser subordinado às regras internas de cada instituição somente. 
 
Questão 33 – IBFC 2012 CGE MG - Os auditores devem iniciar suas 
verificações pelo conhecimento dos procedimentos internos e pelos sistemas de 
controles internos utilizados pelas empresas. Leia as sentenças abaixo contendo 
definições sobre a importância da avaliação dos controles internos, e assinale aalternativa incorreta. 
a) Os conhecimentos dos procedimentos internos e sistemas de controles 
internos utilizados dentro da empresa permitem ao auditor avaliar o grau de 
confiança das informações geradas dentro do processo. 
b) O objeto da auditoria é o exame das demonstrações financeiras, que 
dependem entre outros conceitos, de um fluxo eficiente de informações 
canalizadas por meio de sistemas de controles internos. 
c) A otimização dos controles internos se dá através de um fluxo coeso, 
harmônico e eficiente de atividades que assegurem a confiabilidade das 
informações registradas. 
d) A avaliação dos controles internos é independente do fluxo de atividades e é 
refém exclusivamente dos registros gerados pelos profissionais que as executam. 
 
Questão 34 – Cespe 2011 CNPQ - Ao executar uma auditoria, deve o auditor 
manter o ceticismo profissional, a fim de identificar e avaliar os riscos de 
distorções relevantes decorrentes de fraude ou erro. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
47 
Questão 35 – Cespe 2015 TCU - Julgue o próximo item, acerca das normas 
técnicas de auditoria. 
A determinação do escopo do trabalho constitui um dos pontos essenciais a serem 
obrigatoriamente documentados nos papéis de trabalho do auditor, que deve 
observar o conceito de materialidade quanto aos procedimentos e à relevância 
da informação, além de ter senso crítico e julgamento para direcionar o seu 
trabalho. 
 
Questão 36 – Cespe 2015 TCU - Julgue o próximo item, acerca das normas 
técnicas de auditoria. 
O risco de auditoria é a possibilidade de o auditor, por algum motivo alheio a sua 
vontade, vir a emitir uma opinião tecnicamente inadequada sobre demonstrações 
contábeis significativamente incorretas. Para fins de análise, o risco de auditoria 
divide-se em três componentes: risco inerente, risco de controle e risco de 
detecção. 
 
Questão 37 – Cespe 2015 CGE PI - Com relação a elaboração, divulgação, 
auditoria de relatórios contábil-financeiros e trabalhos de auditoria independente 
em geral, julgue o item que se segue. 
Uma auditoria independente é feita com base na premissa de que a administração 
da entidade auditada é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis 
segundo a estrutura de relatório financeiro aplicável. 
 
Questão 38 – Cespe 2015 MPU - Em relação ao ambiente de controle e à 
avaliação de riscos na organização, julgue o próximo item. 
Independentemente da existência de uma área específica de gestão de riscos, a 
auditoria interna é organizada com a função de assegurar o cumprimento dos 
objetivos do negócio e o gerenciamento de riscos. 
 
Questão 39 – Cespe 2015 MPU - Acerca de atividades de controle e avaliação 
de riscos, julgue o seguinte item. 
Uma adequada avaliação de riscos pressupõe estudo dos acontecimentos já 
vivenciados pela organização para a correta definição de seus objetivos, uma vez 
que a ocorrência de eventos futuros incertos não é administrável. 
 
 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
48 
Questão 40 – Cespe 2013 Telebrás - A respeito de conceitos, princípios, 
origens e classificações de auditoria, julgue os itens que se seguem. 
Ao auditar instituições financeiras comerciais, o risco de auditoria relacionado a 
essa complexa atividade é o somatório dos riscos de distorção relevante e do 
risco de controle. 
 
 
 
 
 
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AUDITORIA 
 
 
 
 
49 
f. Normas Comentadas 
 
NBC TA 200 
 
Julgamento profissional 
 
A25. O julgamento profissional é essencial para a condução apropriada da 
auditoria. Isso porque a interpretação das exigências éticas e profissionais 
relevantes, das normas de auditoria e as decisões informadas requeridas ao longo 
de toda a auditoria não podem ser feitas sem a aplicação do conhecimento e 
experiência relevantes para os fatos e circunstâncias. O julgamento profissional 
é necessário, em particular, nas decisões sobre: 
• materialidade e risco de auditoria; 
• a natureza, a época e a extensão dos procedimentos de auditoria 
aplicados para o cumprimento das exigências das normas de auditoria e a coleta 
de evidências de auditoria; 
• avaliar se foi obtida evidência de auditoria suficiente e apropriada e 
se algo mais precisa ser feito para que sejam cumpridos os objetivos das NBCs 
TA e, com isso, os objetivos gerais do auditor; 
• avaliação das opiniões da administração na aplicação da estrutura de 
relatório financeiro aplicável da entidade; 
• extração de conclusões baseadas nas evidências de auditoria obtidas, 
por exemplo, pela avaliação da razoabilidade das estimativas feitas pela 
administração na elaboração das demonstrações contábeis. 
 
Julgamento profissional é requisito do auditor e será utilizado durante todo o 
processo de auditoria. A essência do julgamento profissional reside na 
experiência e nos conhecimentos do auditor. 
 
A26. A característica que distingue o julgamento profissional esperado do auditor 
é que esse julgamento seja exercido por auditor, cujo treinamento, conhecimento 
e experiência tenham ajudado no desenvolvimento das competências necessárias 
para estabelecer julgamentos razoáveis. 
 
A27. O exercício do julgamento profissional em qualquer caso específico baseia-
se nos fatos e circunstâncias que são conhecidos pelo auditor. A consulta a 
respeito de assuntos difíceis ou contenciosos durante o curso da auditoria, dentro 
 
AUDITORIA 
 
 
 
 
50 
da equipe do trabalho e entre a equipe do trabalho e outros no nível apropriado, 
dentro ou fora da firma de auditoria, tal como exigido pela NBC TA 220, item 18, 
ajudam o auditor no exercício de julgamentos suportados e razoáveis. 
 
A28. O julgamento profissional pode ser avaliado com base no fato de que o 
julgamento exercido reflete uma aplicação competente ou não competente dos 
princípios de auditoria e contábeis e se ele é apropriado considerando os fatos e 
circunstâncias conhecidos pelo auditor até a data do seu relatório de auditoria e 
compatível com estes. 
 
A capacidade de julgamento profissional do auditor pode ser avaliada 
observando-se a qualidade de seu trabalho. 
 
A29. O julgamento profissional precisa ser exercido ao longo de toda a auditoria. 
Ele também precisa ser adequadamente documentado. Neste aspecto, exige-se 
que o auditor elabore documentação de auditoria suficiente para possibilitar que 
outro auditor experiente, sem nenhuma ligação prévia com a auditoria, entenda 
os julgamentos profissionais significativos exercidos para se atingir as conclusões 
sobre assuntos significativos surgidos durante a auditoria (NBC TA 230, item 8). 
O julgamento profissional não deve ser usado como justificativa para 
decisões que, de outra forma, não são sustentados pelos fatos e 
circunstâncias do trabalho nem por evidência de auditoria apropriada e 
suficiente. 
 
O julgamento profissional é importante, mas não pode se sobrepor às evidências 
encontradas. 
 
NBC TA Estrutura Conceitual 
 
Abrangência da estrutura conceitual 
12. Nem todos os trabalhos executados por auditores independentes são 
trabalhos de asseguração. 
Outros trabalhos frequentemente executados que não satisfazem a definição 
acima (e por isso não são previstos nesta Estrutura Conceitual) incluem: 
(a) trabalhos cobertos pelas Normas Técnicas para Serviços Correlatos (NBC 
TSC), tais como trabalhos de procedimentos

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