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Assuntos da Rodada Conceitos de auditoria e sobre a pessoa do auditor. Fraudes e a Responsabilidade do Auditor. Normas vigentes de auditoria independente, emanadas pelo Conselho Federal de Contabilidade Responsabilidade legal. Ética profissional. Objetivos gerais do auditor independente. Concordância com os termos do trabalho de auditoria independente. Planejamento da Auditoria. Documentação de auditoria. Controle de qualidade da auditoria de Demonstrações Contábeis. Avaliação das distorções Identificadas. Execução dos trabalhos de auditoria. Materialidade e Relevância no planejamento e na execução dos trabalhos de auditoria. Auditoria de estimativas Contábeis. Evidenciação. Amostragem e testes. Utilização de trabalhos da auditoria interna. Independência nos trabalhos de auditoria. Relatórios de Auditoria. Eventos subsequentes. Auditoria: Normas de Auditoria Interna - Resolução CFC nº 986/2003 (NBC TI 01 - Da auditoria interna). Normas e Procedimentos de Auditoria emitidas pelo IBRACON – Instituto dos Auditores Independentes do Brasil. Auditoria no Setor Público Federal. Finalidades e objetivos da auditoria governamental. Abrangência de atuação. Formas e tipos. Normas relativas a execução dos trabalhos. Rodada #7 Auditoria Professor Marcelo Seco AUDITORIA 2 Recados importantes! Não autorizamos a venda de nosso material em qualquer outro site. Não apoiamos, nem temos contrato, com qualquer prática ou site de rateio. A reprodução indevida, não autorizada, deste material ou de qualquer parte dele sujeitará o infrator a multa de até três mil vezes o valor do curso, à apreensão das cópias ilegais, à responsabilidade reparatória civil e à persecução criminal, nos termos dos artigos 102 e seguintes da Lei 9.610/98. Você poderá fazer mais questões sobre os assuntos desta rodada no teste semanal online, liberado ao final da rodada. As metas devem ser cumpridas na ordem determinada. Isso é fundamental para o perfeito aproveitamento do treinamento. Se tiver qualquer problema com a meta, envie uma mensagem para o WhatsApp oficial da Turma Elite (35) 9106 5456. AUDITORIA 3 a. Teoria em Tópicos 1 - Utilização de trabalhos da auditoria interna Turma, quando eu utilizar apenas “auditor” ou “auditoria”, como sempre, estarei falando do trabalho do auditor externo independente. 1.1 - Função de auditoria interna Auditoria interna é a atividade de avaliação estabelecida ou fornecida como um serviço para a entidade. Suas funções incluem, dentre outras: exame, avaliação e monitoramento da adequação e efetividade do controle interno. Exemplos de atividade da auditoria interna: Monitoramento do controle interno. Exame das informações contábeis e operacionais. Revisão das atividades operacionais. Revisão da conformidade com leis e regulamentos. Gestão de risco. Avaliação da Governança. Os objetivos de auditoria interna e externa são diferentes, mas os meios utilizados podem ser semelhantes, e os resultados da auditoria interna podem ser utilizados pelo auditor externo. 1.2 - Utilização de Trabalhos do Auditor Interno As regras aplicam-se apenas quando o auditor entender que auditoria interna é relevante para o trabalho de auditoria externa, ficando fora de seu alcance o caso em que o auditor interno trabalha como assistente do auditor externo. O auditor deve, em relação a trabalhos do auditor interno: determinar se vai utilizar algum deles; determinar em que extensão utilizar; avaliar se ele é adequado para os fins da auditoria externa; avaliar o efeito da utilização na natureza, época ou extensão dos procedimentos de auditoria. AUDITORIA 4 A adequação dos trabalhos internos depende de: objetividade da função de auditoria interna; competência técnica dos auditores internos; zelo profissional dos auditores internos; comunicação eficaz entre os auditores internos e o auditor independente. O auditor independente assume integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos. Se o auditor usa um trabalho dos auditores internos, ele deve incluir na documentação de auditoria as conclusões sobre a avaliação da pertinência da utilização daquele trabalho. A utilização de trabalhos do auditor interno não tira a responsabilidade integral do auditor externo por sua opinião! 2 - Relatórios de Auditoria Vocês já sabem que não mais existe a figura do parecer de auditoria, não é mesmo? O que existe é um relatório, no qual o auditor expressa sua opinião. O auditor executa procedimentos para conseguir evidências que possibilitem obter conclusões para fundamentar sua opinião, que será expressa no relatório de auditoria. Professor, se a banca colocar uma alternativa falando em “parecer”, posso pedir a anulação? Não! Você pode e deve avaliar as demais alternativas, e, se entender que a correta é a que fala em “parecer” de auditoria, marque e garanta o ponto! AUDITORIA 5 2.1 - Objetivos do auditor Objetivos gerais Auditor obter segurança razoável de que as DCs estão livres de distorção relevante, causadas por fraude ou erro expressar sua opinião sobre se as DCs foram elaboradas em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável; apresentar relatório sobre as DCs. Objetivos do Auditor ao Elaborar o Relatório: formar uma opinião sobre as DCs com base na avaliação das conclusões atingidas pela evidência de auditoria obtida; e expressar claramente essa opinião por meio de relatório de auditoria por escrito que também descreve a base para a referida opinião. 2.2 – Demonstrações Contábeis x Estrutura de Relatório Demonstrações Contábeis (DCs) São DCs para fins gerais elaboradas de acordo com uma estrutura de relatório financeiros. Estrutura de relatório financeiro É a estrutura elaborada para satisfazer as necessidades de informações financeiras comuns de uma ampla gama de usuários. Pode ser uma estrutura de apresentação adequada ou uma estrutura de conformidade. Estrutura de relatório financeiro define o formato e as regras a serem observadas na elaboração da Demonstração Contábil. AUDITORIA 6 2.2.1 - Estrutura de apresentação adequada Estrutura de relatório financeiro que exige conformidade com as exigências dessa estrutura (sic) e: reconhece explícita ou implicitamente que para conseguir a apresentação adequada das DCs, pode ser necessário que a administração forneça divulgações além das especificamente exigidas pela estrutura; ou reconhece explicitamente que pode ser necessário que a administração se desvie de uma exigência da estrutura para conseguir a apresentação adequada das DCs. Espera-se que tais desvios sejam necessários apenas em circunstância extremamente raras. 2.2.2 - Estrutura de conformidade Estrutura de relatório financeiro que requer a conformidade com as exigências dessa estrutura, mas não reconhece as exigências citadas acima. 2.3 – Formando a opinião Para formar opinião, o auditor deve concluir se: as DCs são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. obteve segurança razoável sobre seas DCs tomadas em conjunto não apresentam distorções relevantes, independentemente se causadas por fraude ou erro. A opinião do auditor deve levar em consideração: conclusão sobre se foi obtida evidência de auditoria apropriada e suficiente; e conclusão sobre se as distorções não corrigidas são relevantes, em conjunto ou isoladamente; avaliação sobre: aspectos qualitativos das práticas contábeis da entidade; divulgação adequada das práticas contábeis aplicadas; se as práticas contábeis são consistentes com a estrutura de relatório financeiro aplicável; se as estimativas contábeis da administração são razoáveis; AUDITORIA 7 se informações apresentadas nas DCs são relevantes, confiáveis, comparáveis e compreensíveis; se as DCs fornecem divulgações adequadas para permitir que os usuários as entendam; se a terminologia usada nas DCs, incluindo o título de cada demonstração contábil, é apropriada. 2.4 - Tipos de Opinião no Relatório O relatório pode ser apresentado com: opinião não modificada (sem ressalva); opinião modificada com ressalva; opinião modificada adversa; abstenção de opinião (também é considerada modificação). O auditor deve modificar a opinião se: concluir que as demonstrações tomadas em conjunto apresentam distorções relevantes; ou não conseguir obter evidência apropriada e suficiente para concluir. Se DCs não apresentam uma apresentação adequada, o auditor deve discutir o assunto com a administração e, dependendo e de como o assunto é resolvido, deve determinar se é necessário modificar a opinião no seu relatório. 2.4.1 - Opinião não modificada (sem ressalva) Auditor emite relatório com opinião não modificada quando concluir que: as DCs são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, e essas demonstrações, tomadas em conjunto, estão livres de distorção relevante, não importando se causadas por fraude ou erro. Opinião sem ressalva, ou sem modificação, pode aparecer também com o nome de relatório limpo. AUDITORIA 8 2.4.2 - Opinião com ressalva Auditor emite relatório com opinião com ressalva quando: Obtém evidência e conclui que as distorções são relevantes, mas não generalizadas; ou Não consegue obter evidência, mas conclui que se houver distorções não detectadas poderiam ser relevantes, mas não generalizados. Também pode haver opinião com ressalva quando houver incerteza sobre a continuidade que não for apropriadamente divulgada, ou quando as DCs não forem são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 2.4.3 - Opinião adversa Auditor emite relatório com opinião adversa ressalva quando obtém evidências e: encontra distorções relevantes e as distorções são consideradas generalizadas. Também pode haver opinião adversa quando houver incerteza sobre a continuidade que não for apropriadamente divulgada. 2.4.4 - Abstenção de opinião Auditor deve abster-se de emitir opinião quando: não consegue obter evidência e conclui que os possíveis efeitos de distorções não detectadas poderiam ser relevantes e generalizados em circunstâncias raras, devido a diversas incertezas, o auditor conclui que, independentemente de ter obtido evidência, não é possível expressar uma opinião sobre as DCs devido à possível interação das incertezas e seu possível efeito cumulativo sobre essas demonstrações. existir dúvida a respeito da integridade da administração, de tal modo que as representações formais não sejam confiáveis; AUDITORIA 9 a administração não fornecer as representações formais relacionadas às responsabilidades da administração (também pode haver renúncia); 2.5 – Não obtenção de evidências O auditor, quando não conseguir obter evidências, deve agir da seguinte forma: se possíveis efeitos de distorções não detectadas forem relevantes, mas não generalizados, deve emitir uma opinião com ressalva; se possíveis efeitos de distorções não detectadas forem relevantes e generalizados de modo que uma ressalva na opinião seria não adequada diante da gravidade da situação, o auditor deve: renunciar ao trabalho, quando possível, de acordo com as leis ou regulamentos aplicáveis; ou se a renúncia ao trabalho de auditoria antes da emissão do seu relatório não for possível, abster-se de expressar uma opinião. Modificação da Opinião do Auditor Origem da Modificação Percepção sobre o efeito das distorções Relevante e Não Generalizado Relevante e Generalizado Obteve evidências e encontrou distorções Ressalva Adverso Impossível obter evidências suficientes Ressalva Renúncia (se possível) ou Abstenção DCs não elaboradas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável Ressalva Independentemente da obtenção de evidências, existem grandes incertezas Abstenção Dúvidas sobre integridade da Administração Abstenção Administração não forneceu representações formais Renúncia (se possível) ou Abstenção Pressuposto da Continuidade inapropriado Opinião Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação inadequada Opinião com ressalva ou Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação adequada Opinião não modificada e Parágrafo de Ênfase AUDITORIA 10 3 – Estrutura do relatório do auditor A norma estabelece um formato definido para o relatório do auditor. Vamos ver quais os elementos que devem ser inseridos. 3.1 - Parágrafo introdutório No parágrafo introdutório o auditor deve: identificar a entidade cujas DCs foram auditadas; afirmar que as DCs foram auditadas; identificar o título de cada demonstração que compõe as DCs; fazer referência ao resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas; e especificar a data ou o período de cada demonstração que compõe as demonstrações contábeis. 3.2 - Seção de Responsabilidade da administração pelas DCs Aqui o auditor deve descrever a responsabilidade da administração pela elaboração das DCs. Deve incluir explicação de que a administração é responsável pela elaboração das DCs de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável e pelos controles internos necessários para permitir a elaboração de DCs que não apresentem distorção relevante, independentemente se causadas por fraude ou erro. A NBC TA 705 foi alterada recentemente e deve ser estudada em conjunto com a 700, 701 e 706. Na prática, todos os parágrafos e demais itens continuam ali. O que aconteceu foi o detalhamento de cada um deles. A posição da seção de responsabilidade foi alterada e ela, agora, aparece depois da opinião do auditor. AUDITORIA 11 3.3 - Seção de Responsabilidade do auditor Especificar que a responsabilidade do auditor é expressar uma opinião sobre as DCs com base na auditoria. 3.4 - Seção de Opinião do Auditor A opinião do auditor pode ser do tipo modificada ou não modificada. 3.5 - Opinião não modificada Ao expressar uma opinião não modificada sobre as DCs elaboradas de acordo com a estrutura de apresentação adequada, a opinião do auditor deve, utilizar uma das seguintes frases, quesão consideradas equivalentes: as DCs apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável; ou as DCs apresentam uma visão correta e adequada de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável. 3.6 - Opinião modificada Ao expressar opinião modificada, antes do parágrafo da opinião, o auditor deve incluir um parágrafo para fornecer uma descrição do assunto que deu origem à modificação, com um dos títulos: “base para opinião com ressalva”; “base para opinião adversa” ou “base para abstenção de opinião”. 3.7 - Parágrafo de Ênfase Refere-se a um assunto apropriadamente apresentado nas DCs que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância, que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis. Deve ser inserido imediatamente após o parágrafo de opinião, com o título “Ênfase”. AUDITORIA 12 Casos em que pode ser necessário incluir um parágrafo de ênfase: existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória; aplicação antecipada de nova norma contábil com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis, antes da sua data de vigência; grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. A inclusão de parágrafo de ênfase no relatório não afeta a opinião do auditor. Um parágrafo de ênfase não substitui: a expressão pelo auditor de uma opinião com ressalva, adversa, ou abstenção de opinião, quando exigido pelas circunstâncias de trabalho de auditoria específico as divulgações nas demonstrações contábeis exigidas de acordo com a estrutura de relatório financeiro adotada pela administração. 3.8 - Parágrafo de Outros Assuntos Refere-se a um assunto não apresentado ou não divulgado nas DCs e que, de acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, a responsabilidade do auditor ou o relatório de auditoria. Deve ser inserido imediatamente após o parágrafo de ênfase, com o título “Outros Assuntos”. Casos em que pode ser necessário incluir um parágrafo de outros assuntos: Nas raras circunstâncias em que não for possível ao auditor renunciar ao trabalho, embora o possível efeito de uma insuficiência de obter evidência de auditoria apropriada esteja disseminado; Lei, regulamento ou prática geralmente aceita pode exigir ou permitir que o auditor detalhe assuntos que forneçam explicação adicional de suas responsabilidades; Situação em que o mesmo auditor emitiu um relatório de auditoria sobre dois conjuntos de DCs da mesma entidade, cada um deles obedecendo a uma estrutura de relatório diferente, por exemplo, para Brasil e EUA; AUDITORIA 13 Casos em que DCs destinadas para uma finalidade específica e grupo restrito de usuários forem elaboradas em conformidade com uma estrutura de relatório financeiro para fins gerais. 3.9 - Data e Assinatura O relatório do auditor independente não pode ter data anterior à data em que ele obteve evidência de auditoria apropriada e suficiente para fundamentar a sua opinião sobre as DCs. Isso é meio óbvio, não é mesmo? O relatório não pde ser feito antes de o trabalho de auditoria ter sido completado. O relatório do auditor independente deve ser assinado. 4 - Pressuposto da Continuidade O auditor deve trabalhar com duas hipóteses: pressuposto apropriado (continuidade) e pressuposto não apropriado (não continuidade). O que se espera é que esteja presente o pressuposto da continuidade. Não havendo esse pressuposto, as DCs deverão ser elaboradas em bases diferentes (de modo diferente). Com base nisso, o auditor deve avaliar as seguintes possibilidades de alteração de sua opinião: Pressuposto inapropriado, ou seja, não haverá continuidade, e as DCs não foram elaboradas em bases próprias para essa situação: opinião adversa. Pressuposto apropriado, ou seja, haverá continuidade, mas existe incerteza sobre essa continuidade: divulgado adequadamente: opinião sem ressalva e parágrafo de ênfase; não divulgado adequadamente: opinião com ressalva ou adversa, dependendo da gravidade do caso. AUDITORIA 14 E se o pressuposto for não apropriado e as DCs tiverem sido elaboradas em bases adequadas para tanto? A norma não cita esse caso. Contudo, se foram seguidas as recomendações para elaboração dos relatórios em base apropriada, não há motivo para modificação da opinião. Pode-se fazer um parágrafo de ênfase. AUDITORIA 15 b. Mapas Mentais AUDITORIA 16 Modificação da Opinião do Auditor Origem da Modificação Percepção sobre o efeito das distorções Relevante e Não Generalizado Relevante e Generalizado Obteve evidências e encontrou distorções Ressalva Adverso Impossível obter evidências suficientes Ressalva Renúncia (se possível) ou Abstenção DCs não elaboradas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável Ressalva Independentemente da obtenção de evidências, existem grandes incertezas Abstenção Dúvidas sobre integridade da Administração Abstenção Administração não forneceu representações formais Renúncia (se possível) ou Abstenção Pressuposto da Continuidade inapropriado Opinião Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação inadequada Opinião com ressalva ou Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação adequada Opinião não modificada e Parágrafo de Ênfase AUDITORIA 17 c. Revisão 1 Questão 1 – Esaf 2012 AFRFB - Não é uma condição de exigência para que o auditor independente inclua um parágrafo de ênfase em seu relatório. a) A incerteza com relação à continuidade operacional da empresa auditada. b) A auditoria realizada para propósitos especiais. c) As contingências relevantes e de grande monta, decorrentes de processos trabalhistas provisionadas e em discussão. d) As diferenças entre práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRS. e) A elaboração da Demonstração do Valor Adicionado. Questão 2 – Esaf 2012 AFRFB - O auditor externo da empresa Mutação S.A., para o exercício de 2011, identificou, nas DCs de 2010, divergências que o levam a formar opinião diferente da expressa pelo auditor anterior. Nesse caso, deve o auditor externo a) eximir-se de emitir opinião sobre as DCs do ano de 2010, expressando opinião somente sobre a demonstração contábil de 2011. b) divulgar, em um parágrafo de outros assuntos no relatório de auditoria, as razões substanciais para a opinião diferente. c) exigir da empresa a republicação das DCs de 2010, com o relatório de auditoria retificado. d) emitir obrigatoriamente um relatório de auditoria, com opinião modificada, abstendo-se de opinar sobre as DCs de 2010. e) comunicar aos órgãos de supervisão o fato, ressalvando o relatório de auditoria dos anos de 2011 e 2010. Questão 3 – Esaf 2010 CVM - No parecer sobre as DCs, o auditor deve emitir sua opinião afirmando se estas representam adequadamente ou não a situação patrimonial da entidade. Nesse parecer, devem ser observados os seguintes aspectos relevantes, exceto: a) as obrigaçõespara o período seguinte. b) a origem e a aplicação dos recursos para o período a que correspondem. c) as mutações do patrimônio líquido. d) a posição patrimonial e financeira. e) o resultado das operações no período. AUDITORIA 18 Questão 4 – Esaf 2010 Susep - O auditor externo, ao avaliar as DCs da empresa Evolution S.A., identificou que a empresa está discutindo a similaridade de seus produtos com produtos de concorrentes que possuem isenção de tributação. A empresa não vem recolhendo o referido tributo há mais de 5 anos e o valor relativo a essa contingência é significativo. Caso a decisão vier a ser contrária à empresa, a mesma entrará em processo de descontinuidade. A decisão deve ter seu mérito julgado em quatro anos. Dessa forma deve o auditor emitir parecer: a) negativa de opinião, por não poder firmar opinião sobre as DCs. b) com ressalva, evidenciando o fato como restritivo às DCs. c) adverso, por não permitir avaliar as DCs. d) sem ressalva, visto que há incerteza no desdobramento da causa. e) sem ressalva, com introdução de parágrafo de ênfase fazendo referência à nota explicativa que deve descrever detalhadamente o evento. Questão 5 – Esaf 2009 AFRFB – (Adaptada) O auditor da empresa Encerramento S.A. obteve evidências da incapacidade de continuidade da entidade, nos próximos 6 meses, e as demonstrações foram elaboradas de acordo com os padrões de normalidade. Dessa forma, deve o auditor: a) informar, em parágrafo de ênfase no parecer, os efeitos da situação na continuidade operacional da empresa de forma que os usuários tenham adequada informação sobre a situação. b) emitir parecer com ressalva, limitando o escopo dos trabalhos pelas restrições financeiras apresentadas pela atividade. c) emitir relatório com opinião adversa, haja vista que não foram observadas as estruturas de relatório financeiro apropriadas para o caso. d) emitir parecer sem ressalva, mas estabelecendo que a empresa apresente as DCs, de forma a divulgar os valores dos ativos e passivos por valor de realização. e) relatar em parecer adverso os efeitos no patrimônio que o processo de descontinuidade ocasiona, trazendo os valores dos ativos e passivos, a valor de realização. AUDITORIA 19 Questão 6 – Esaf 2009 AFRFB - Na emissão de parecer com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis da entidade, pode-se afirmar que: a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer parecer devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. b) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio, independente da relevância ou materialidade, que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações. d) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. Questão 7 – Esaf 2009 AFRFB - A empresa de Transportes S.A. é uma empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos estabelecidos por agência de fiscalização. A agência estabeleceu procedimento para registro das concessões que diverge significativamente, do procedimento estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. Nessa situação, deve o auditor emitir parecer: a) sem abstenção de opinião. b) adverso. c) com ressalva. d) sem ressalva, mas evidenciando em nota explicativa a divergência. e) com abstenção de opinião. Questão 8 – FCC 2014 AL PE - Quando o auditor conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, deverá expressar uma opinião a) conclusiva. b) favorável. c) não modificada. d) modificada. e) idônea. AUDITORIA 20 Questão 9 – FCC 2013 DPE - Com relação aos tipos de Parecer de Auditoria, considere: I. Na impossibilidade de manifestar-se sobre os conjuntos das demonstrações financeiras examinadas, nada impede que o Auditor emita seu parecer apenas sobre uma parte delas, desde que sobre essa parte tenha ele obtido as comprovações necessárias. II. Quando o Auditor não obtém comprovação suficiente para fundamentar seu parecer sobre as demonstrações financeiras em conjunto, deve ele declarar expressamente que está impossibilitado de emitir parecer sobre essas demonstrações. III. Quando o Auditor verificar efeitos que, no seu julgamento, comprometem substancialmente as demonstrações financeiras por ele examinadas, deve declarar expressamente que as referidas demonstrações não representam, adequadamente e em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira ou os resultados das operações da entidade. Os trechos I, II e III, respectivamente, referem-se a pareceres: a) com negativa de opinião, com ressalva e adverso. b) com ressalva, com negativa de opinião e adverso. c) adverso, parcial e com ressalva. d) parcial, com negativa de opinião e adverso. e) adverso, com negativa de opinião e com ressalva. AUDITORIA 21 Questão 10 – FCC 2012 ISS SP - A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas, coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa forma, o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as DCs deve A) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. B) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. C) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS. D) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. E) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. Caros, curtam minha página do Facebook para acessar novidades sobre concursos, resoluções de questões e outras dicas. É um trabalho que estou iniciando, conto com a ajuda de vocês. Eis o link: http://www.facebook.com/professormarceloseco AUDITORIA 22 d. Revisão 2 Questão 11 – FCC 2012 ISS SP - A empresa Delta Petróleo S.A. está encerrando, em fevereiro de 2012, o processo de auditoria de suas demonstrações financeiras pertinentes ao ano de 2011. Os trabalhos da auditoria estão em fase de finalização e a empresa informa ao mercado a ocorrência de um grande vazamento que afetará a continuidadede suas operações no Brasil, uma vez que a multa recebida inviabiliza a empresa. Nesse caso, o auditor deve A) emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião por não ter tempo hábil para reconduzir a auditoria para uma demonstração financeira pelos critérios de realização dos ativos e passivos. B) manter o seu relatório de auditoria, evidenciando em notas explicativas a descontinuidade. C) abster-se de emitir opinião, uma vez que conjunturalmente a situação da empresa se modificou, alterando todo o planejamento da auditoria. D) ressalvar o parecer, evidenciando a possibilidade de descontinuidade e mantendo as demonstrações financeiras. E) exigir da empresa a elaboração de demonstrações contábeis específicas para atender às demonstrações exigidas nessa situação de descontinuidade. Questão 12 – FCC 2012 ISS SP - A empresa Terceserv S.A. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de R$ 1.000.000,00. Opera em mercado extremamente competitivo e não há por parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro. Como não há prescrição do crédito tributário, a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. Nesse caso, o auditor externo deve: A) abster-se de emitir o relatório de auditoria, em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis vigentes. B) solicitar que a empresa reverta o lançamento, caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de auditoria. C) manter o lançamento, uma vez que o crédito é devido, e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou ênfase. D) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período, uma vez que o benefício já é devido, e emitir relatório de auditoria sem ressalva. AUDITORIA 23 E) ressalvar o relatório de auditoria, mesmo que o valor seja irrelevante, uma vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal. Questão 13 – FCC 2009 Sefaz SP - O auditor externo, ao se deparar com algum passivo que represente para a empresa uma incerteza relevante, deve emitir parecer: (A) com ressalva e limitação de escopo do trabalho. (B) sem ressalva e com limitação de escopo do trabalho. (C) adverso, evidenciando a incerteza constatada. (D) sem ressalva e com parágrafo adicional de ênfase. (E) com negativa de opinião e limitação de escopo. Questão 14 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Quanto às normas do relatório de auditoria, analise as afirmações abaixo. I. O relatório deve identificar as demonstrações contábeis sobre as quais o auditor está expressando sua opinião, indicando, outrossim, o nome da entidade, as datas e períodos a que correspondem. II. O relatório classifica-se, segundo a natureza da opinião que contém, em: relatório sem ressalva, ou sem modificação de opinião; relatório com ressalva; relatório adverso; e relatório com abstenção de opinião. III. O relatório com ressalva é emitido quando o auditor conclui que existem distorções, mas seu efeito, embora relevante, não é generalizado. IV. No relatório com ressalva, adverso ou com abstenção de opinião, deve ser incluída descrição clara de todas as razões que fundamentaram o seu relatório e, se praticável, a quantificação dos efeitos sobre as demonstrações contábeis. Essas informações devem ser apresentadas em parágrafo específico do relatório, precedendo ao da opinião. Quais estão corretas? a) Apenas I, II e III. b) Apenas II, III e IV. c) Apenas I, III e IV. d) Apenas II e III. e) I, II, III e IV. AUDITORIA 24 Questão 15 – Fundatec 2009 Sefaz RS - O auditor fica impedido de emitir relatório sem ressalva nas seguintes circunstâncias: a) quando as informações contidas nas demonstrações contábeis não apresentarem as devidas notas explicativas. b) quando as demonstrações contábeis foram elaboradas consoante as disposições contidas em legislação específica, princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade. c) quando existir discordância com a administração da entidade a respeito do conteúdo e/ou forma de apresentação das demonstrações contábeis, que tenham, na sua opinião, efeitos relevantes para as demonstrações contábeis. d) quando todas as alterações solicitadas em relatório, tiverem sido realizadas e devidamente reveladas nas demonstrações contábeis. e) quando o auditor não obtém comprovação suficiente para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis, abstendo-se de opinião. Questão 16 - Cespe 2012 TJ - De acordo com a NBCT 11, os quatro tipos básicos de pareceres de auditoria externa são: a) parecer com ressalvas, parecer sem ressalvas, parecer desfavorável e parecer de negativa de opinião. b) parecer limpo, parecer com ressalvas, parecer adverso e parecer de negativa de parecer. c) parecer limpo, parecer com ressalvas, parecer desfavorável e parecer de negativa de opinião. d) parecer favorável, parecer desfavorável, parecer sem opinião formada e parecer de negativa de opinião. e) parecer com ressalvas, parecer sem ressalvas, parecer sem opinião formada e parecer de negativa de parecer. AUDITORIA 25 Questão 17 – Cespe 2014 TJ CE - A respeito da aplicação de medidas significativas na consideração de transações relevantes e dos relatórios de auditoria, assinale a opção correta. a) Os auditores independentes podem emitir relatórios informais, que geralmente não consubstanciam a forma escrita, compreendendo apenas informações verbais que são transmitidas aos administradores da entidade auditada ou a seus subordinados, acerca de assuntos não relevantes e que podem ser corrigidos sem que precisem constar de relatórios formais. b) Caso o auditor independente opte por emitir relatório de forma longa, também conhecido por parecer do auditor, ele poderá incluir, além dos parágrafos padrões, dados estatísticos, comentários explicativos e, por vezes, descrição da extensão do exame realizado. c) Em prol da lisura, somente será permitido ao auditor emitir parecer expressando opinião acerca de demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada se ele não tiver emitido opinião acerca das demonstrações contábeis originais, inclusive, os relatórios singulares de partes beneficiárias, como as controladas e coligadas. d) Quando a abstenção de opinião decorrer de incertezas relevantes, o auditor deverá expressar, no parágrafo de opinião, que o fato elimina a responsabilidade de mencionar tais desvios relevantes, que, normalmente, seriam incluídos como ressalvas. e) Após identificar aspectos administrativos e(ou) operacionais passíveis de melhorias, o auditor deve emitir aos administradores da entidade auditada o documento denominado carta-comentário, no qual lista sugestões para o aprimoramento dos controles internos. Questão 18 – FCC 2014 Sefaz PE - Bartolomeu Guimarães, auditor independente, na realização de auditoria das demonstrações contábeis da empresa Baratão do Norte S/A, tendo obtido evidências de auditoria apropriadas e suficientes, concluiu que as distorções detectadas, individualmente ou em conjunto, são relevantes e generalizadas para as demonstrações contábeis. Nestas condições, o auditor deve (A) emitir uma opinião adversa. (B) emitir uma opinião sem ressalva. (C) emitir uma opinião com ressalvas. (D) abster-se de opinar. (E) emitir uma opinião pela irregularidade. AUDITORIA 26 Questão 19 – Cespe 2014TJ CE - Com relação a fraudes e erros no âmbito da auditoria, assinale a opção correta. a) O auditor não é responsável pela prevenção de fraudes ou erros, contudo, poderá ser responsabilizado se executar programa de trabalho deficiente ou inconsistente. b) O auditor deve sempre comunicar formalmente à administração da entidade auditada descobertas factuais envolvendo fraude, contudo, essa exigência deixa de ser impositiva nas situações em que o efeito potencial nas demonstrações contábeis for considerado irrelevante. c) Nos testes de observância, o erro tolerável é o desvio máximo em uma classe de transação que o auditor está disposto a aceitar, já avaliada a inviabilidade de aplicação na íntegra do procedimento de controle estabelecido. d) O auditor pode extrapolar os resultados dos erros da amostra para a população da qual foi selecionada, contudo, quando o fizer, deve sempre considerar os aspectos quantitativos dos erros encontrados. e) Se o auditor concluir que a fraude tem efeito relevante sobre as demonstrações contábeis e que isso não tenha sido apropriadamente refletido ou corrigido, ele deverá emitir seu parecer com ressalva ou com opinião adversa. Questão 20 – FGV 2014 Sefaz Cuiabá - Em 31/12/2013, uma empresa de patrimônio líquido de R$ 400.000,00 possuía financiamentos no valor de R$ 500.000,00. Estes tinham como data de vencimento 31/12/2012, mas a empresa não tinha saldo para pagar os financiamentos e não conseguiu renegociá-los. Por isso, estava considerando declarar falência. As notas explicativas e as demonstrações contábeis não refletiam a incerteza em relação à capacidade de funcionamento da empresa. Na data, o auditor deve (A) apresentar um relatório com opinião com ressalva. (B) apresentar um relatório com opinião adversa. (C) expressar uma opinião sem ressalvas e incluir um parágrafo de ênfase em seu relatório. (D) abster-se de emitir sua opinião. (E) denunciar a empresa ao órgão regulador. AUDITORIA 27 e. Revisão 3 Questão 21 – Cespe 2015 TCE RN - No que se refere às normas e procedimento de auditorias, julgue o seguinte item. Na impossibilidade de emissão de parecer com ressalva, é facultado ao auditor emitir parecer adverso caso verifique que as demonstrações contábeis estejam incompletas. Questão 22 – Cespe 2015 TCE RN - De acordo com as normas técnicas de auditoria estabelecidas nas normas brasileiras de contabilidade (NBC–TA), julgue o item seguinte. Se o auditor não obtiver evidência de auditoria apropriada e suficiente para concluir que inexistem distorções relevantes nas demonstrações contábeis tomadas em conjunto, ele não deverá modificar sua opinião no relatório de auditoria. Questão 23 – Cespe 2015 TCU - Com relação às características e à forma de apresentação das demonstrações contábeis, julgue o item a seguir. Situação hipotética: Os seguintes parágrafos fazem parte de um relatório de auditores independentes: I Conforme mencionado na nota explicativa n.º 3, em decorrência das reclassificações nela descritas, os valores correspondentes referentes à demonstração do fluxo de caixa consolidado para o exercício findo em 31 de dezembro de 2013, apresentados para fins de comparação, foram ajustados e estão sendo reapresentados como previsto no CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudanças de Estimativa e Retificação de Erro e CPC 26(R1) – Apresentação das Demonstrações Contábeis. Nossa opinião não contém modificação relacionada a esse assunto. II Examinamos, também, as demonstrações individual e consolidada do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2014, elaboradas sob a responsabilidade da administração da Companhia, e cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. AUDITORIA 28 Assertiva: Nesse caso, considerando-se a estrutura do relatório dos auditores independentes sobre as demonstrações financeiras (parecer dos auditores independentes), é correto afirmar que o parágrafo I é um parágrafo de ênfase e o parágrafo II é um parágrafo de opinião. Questão 24 – Cespe 2015 TCU - Julgue o próximo item, acerca das normas técnicas de auditoria. Ao emitir parecer com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade, o auditor não estará isento da responsabilidade de mencionar, no parecer, qualquer desvio que possa influenciar a decisão do usuário das demonstrações, independentemente da relevância ou da materialidade desse desvio. Questão 25 – Cespe 2015 CGE PI - Com relação a elaboração, divulgação, auditoria de relatórios contábil-financeiros e trabalhos de auditoria independente em geral, julgue o item que se segue. Se um auditor independente constatar que, após o trabalho ter sido aceito, o objeto não é apropriado para o trabalho de asseguração, ele deverá emitir uma conclusão com ressalvas, independentemente de quão relevante lhe parecer o fato. Questão 26 – Cespe 2014 TJ CE - A respeito da aplicação de medidas significativas na consideração de transações relevantes e dos relatórios de auditoria, julgue os itens a seguir. Os auditores independentes podem emitir relatórios informais, que geralmente não consubstanciam a forma escrita, compreendendo apenas informações verbais que são transmitidas aos administradores da entidade auditada ou a seus subordinados, acerca de assuntos não relevantes e que podem ser corrigidos sem que precisem constar de relatórios formais. Questão 27 – Cespe 2014 TJ CE - Caso o auditor independente opte por emitir relatório de forma longa, também conhecido por parecer do auditor, ele poderá incluir, além dos parágrafos padrões, dados estatísticos, comentários explicativos e, por vezes, descrição da extensão do exame realizado. AUDITORIA 29 Questão 28 – Cespe 2014 TJ CE - Em prol da lisura, somente será permitido ao auditor emitir parecer expressando opinião acerca de demonstrações contábeis apresentadas de forma condensada se ele não tiver emitido opinião acerca das demonstrações contábeis originais, inclusive, os relatórios singulares de partes beneficiárias, como as controladas e coligadas. Questão 29 – Cespe 2014 TJ CE - Quando a abstenção de opinião decorrer de incertezas relevantes, o auditor deverá expressar, no parágrafo de opinião, que o fato elimina a responsabilidade de mencionar tais desvios relevantes, que, normalmente, seriam incluídos como ressalvas. Questão 30 – Cespe 2013 Telebrás - A respeito de conceitos, princípios, origens e classificações de auditoria, julgue os itens que se seguem. Os relatórios de auditoria devem ser exatos e objetivos, sendo a objetividade um princípio fundamental de ética profissional que deve ser observado pelos auditores independentes. AUDITORIA 30 f. Normas Comentadas NBC TA 610 – Utilização de trabalho de auditor interno Relação entre a função de auditoria interna e o auditor independente 3. Os objetivos da função de auditoria interna são determinados pela administração e, quando aplicável, pelos responsáveis pela governança. Embora os objetivos da função de auditoria interna e o do auditor independente sejam diferentes, os meios utilizados pela auditoria interna e pelo auditorindependente para alcançar seus respectivos objetivos podem ser semelhantes. Auditoria interna e auditora externa possuem objetivos diferentes dentro do mesmo campo de atuação. Logo, trabalham com o mesmo material. 4. Independentemente do grau de autonomia e de objetividade da função de auditoria interna, tal função não é independente da entidade, como é exigido do auditor independente quando ele expressa uma opinião sobre as demonstrações contábeis. O auditor independente assume integral responsabilidade pela opinião de auditoria expressa e essa responsabilidade do auditor independente não é reduzida pela utilização do trabalho feito pelos auditores internos. O auditor externo pode optar por utilizar algum trabalho do auditor interno, mas ela, auditor externo, permanece com a integral responsabilidade também nessa situação. NBC TA 620 - Utilização de trabalho de especialistas Responsabilidade do auditor pela opinião de auditoria 3. O auditor é o único responsável por expressar opinião de auditoria e essa responsabilidade não é reduzida pela utilização do trabalho de especialista contratado pelo auditor (doravante especialista do auditor ou especialista). No entanto, se o auditor, tendo utilizado o trabalho desse especialista e seguido esta Norma, concluir que o trabalho desse especialista é adequado para fins da auditoria, o auditor pode aceitar que as constatações ou conclusões desse especialista em sua área de especialização constituem evidência de auditoria apropriada. Especialista do auditor é uma pessoa ou organização com especialização em área que não contabilidade ou auditoria, contratado pelo auditor, cujo trabalho nessa área é utilizado pelo auditor para ajudá-lo a obter evidência de auditoria AUDITORIA 31 suficiente e apropriada. O especialista do auditor pode ser interno (um sócio, ou equivalente no setor público quando relevante, ou uma pessoa que faz parte da equipe, incluindo equipe temporária, da firma do auditor ou de firma da rede), ou externo (ver itens A1 a A3). Especialização compreende habilidades, conhecimento e experiência em área específica. Especialista da administração é uma pessoa ou organização com especialização em área que não contabilidade ou auditoria, contratado pela administração, em que o trabalho nessa área é usado pela entidade para ajudá-la na elaboração das demonstrações contábeis. Um exemplo bastante comum no Brasil é a utilização de atuário pela administração de uma seguradora ou de um fundo de pensão para estimar certas provisões. Valem para a utilização do trabalho de especialista as mesmas recomendações feitas em relação à utilização dos trabalhos do auditor interno: o auditor externo pode fazê-lo, mas deve ser criterioso na seleção das informações e permanece com integral responsabilidade. AUDITORIA 32 g. Gabarito 1 2 3 4 5 E B A E C 6 7 8 9 10 D C C D B 11 12 13 14 15 E B D E C 16 17 18 19 20 B A A E B 21 22 23 24 25 E E E E E 26 27 28 29 30 C E E E C AUDITORIA 33 h. Breves comentários sobre as questões Questão 1 – Esaf 2012 AFRFB - Não é uma condição de exigência para que o auditor independente inclua um parágrafo de ênfase em seu relatório. a) A incerteza com relação à continuidade operacional da empresa auditada. b) A auditoria realizada para propósitos especiais. c) As contingências relevantes e de grande monta, decorrentes de processos trabalhistas provisionadas e em discussão. d) As diferenças entre práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRS. e) A elaboração da Demonstração do Valor Adicionado. Parágrafo de Ênfase Refere-se a um assunto apropriadamente apresentado nas DCs que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância, que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis. Casos em que pode ser necessário incluir um parágrafo de ênfase: existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória; aplicação antecipada de nova norma contábil com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis, antes da sua data de vigência; grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. A lista acima é apenas exemplificativa, havendo outros casos em que é necessário esclarecimento adicional para que as DCs sejam bem compreendidas (essa é a função do parágrafo de ênfase). Utilizando o bem senso, iríamos direto na letra E. O fato de a entidade ter elaborado a DVA não tem nada de errado ou extraordinário que precise ser explicado, não é mesmo? Gabarito: E AUDITORIA 34 Questão 2 – Esaf 2012 AFRFB - O auditor externo da empresa Mutação S.A., para o exercício de 2011, identificou, nas DCs de 2010, divergências que o levam a formar opinião diferente da expressa pelo auditor anterior. Nesse caso, deve o auditor externo a) eximir-se de emitir opinião sobre as DCs do ano de 2010, expressando opinião somente sobre a demonstração contábil de 2011. b) divulgar, em um parágrafo de outros assuntos no relatório de auditoria, as razões substanciais para a opinião diferente. c) exigir da empresa a republicação das DCs de 2010, com o relatório de auditoria retificado. d) emitir obrigatoriamente um relatório de auditoria, com opinião modificada, abstendo-se de opinar sobre as DCs de 2010. e) comunicar aos órgãos de supervisão o fato, ressalvando o relatório de auditoria dos anos de 2011 e 2010. Parágrafo de Outros Assuntos Refere-se a um assunto não apresentado ou não divulgado nas DCs e que, de acordo com o julgamento do auditor, é relevante para os usuários entenderem a auditoria, a responsabilidade do auditor ou o relatório de auditoria. O fato de o auditor atual discordar de seu antecessor não trará nenhuma mudança na auditoria passada. Para resolver essa questão temos que saber que a função do parágrafo de outros assuntos é a de melhorar o entendimento dos usuários sobre a auditoria e sobre o relatório. Gabarito: B Questão 3 – Esaf 2010 CVM - No parecer sobre as DCs, o auditor deve emitir sua opinião afirmando se estas representam adequadamente ou não a situação patrimonial da entidade. Nesse parecer, devem ser observados os seguintes aspectos relevantes, exceto: a) as obrigações para o período seguinte. b) a origem e a aplicação dos recursos para o período a que correspondem. c) as mutações do patrimônio líquido. d) a posição patrimonial e financeira. e) o resultado das operações no período. AUDITORIA 35 Essa questão é antiga, de quando ainda existiam o parecer e a DOAR, uma DC que foi extinta. O auditor tem que se preocupar com as demonstrações contábeis, e só. Analisar as obrigações da entidade para o próximo período não é papel do auditor. Isso vai ser feito pelos usuários das demonstrações. As letras B a E fazem referência a DCs, que devem ser foco da auditoria. A letra A não nos interessa enquanto auditores. Gabarito: A Questão 4 – Esaf 2010 Susep - O auditor externo, ao avaliar as DCs da empresa Evolution S.A., identificou que a empresa está discutindo a similaridade de seus produtos com produtos de concorrentes que possuem isenção de tributação. A empresa não vem recolhendo o referido tributo há mais de 5 anos e o valor relativo aessa contingência é significativo. Caso a decisão vier a ser contrária à empresa, a mesma entrará em processo de descontinuidade. A decisão deve ter seu mérito julgado em quatro anos. Dessa forma deve o auditor emitir parecer: a) negativa de opinião, por não poder firmar opinião sobre as DCs. b) com ressalva, evidenciando o fato como restritivo às DCs. c) adverso, por não permitir avaliar as DCs. d) sem ressalva, visto que há incerteza no desdobramento da causa. e) sem ressalva, com introdução de parágrafo de ênfase fazendo referência à nota explicativa que deve descrever detalhadamente o evento. Temos a descrição de um passivo contingente, que deverá ser demonstrado em Notas Explicativas. Caso a divulgação esteja correta, não há motivos para modificação da opinião no relatório. O auditor deverá, apenas, introduzir um parágrafo de ênfase sobre o assunto. AUDITORIA 36 Casos em que pode ser necessário incluir um parágrafo de ênfase: existência de incerteza relativa ao desfecho futuro de litígio excepcional ou ação regulatória; aplicação antecipada de nova norma contábil com efeito disseminado de forma generalizada nas demonstrações contábeis, antes da sua data de vigência; grande catástrofe que tenha tido, ou continue a ter, efeito significativo sobre a posição patrimonial e financeira da entidade. Gabarito: E Questão 5 – Esaf 2009 AFRFB – (Adaptada) O auditor da empresa Encerramento S.A. obteve evidências da incapacidade de continuidade da entidade, nos próximos 6 meses, e as demonstrações foram elaboradas de acordo com os padrões de normalidade. Dessa forma, deve o auditor: a) informar, em parágrafo de ênfase no parecer, os efeitos da situação na continuidade operacional da empresa de forma que os usuários tenham adequada informação sobre a situação. b) emitir parecer com ressalva, limitando o escopo dos trabalhos pelas restrições financeiras apresentadas pela atividade. c) emitir relatório com opinião adversa, haja vista que não foram observadas as estruturas de relatório financeiro apropriadas para o caso. d) emitir parecer sem ressalva, mas estabelecendo que a empresa apresente as DCs, de forma a divulgar os valores dos ativos e passivos por valor de realização. e) relatar em parecer adverso os efeitos no patrimônio que o processo de descontinuidade ocasiona, trazendo os valores dos ativos e passivos, a valor de realização. Temos a constatação de um pressuposto inapropriado, ou seja, não haverá continuidade. Nesse caso, as DCs devem ser elaboradas em bases diferenciadas, próprias para essa situação. Se isso acontecer, opinião sem modificação e parágrafo de ênfase. Caso não haja essa elaboração diferenciada, opinião adversa. Gabarito: C AUDITORIA 37 Questão 6 – Esaf 2009 AFRFB - Na emissão de parecer com abstenção de opinião para as demonstrações contábeis de uma entidade, pode-se afirmar que: a) elimina a responsabilidade do auditor de emitir qualquer parecer devendo este comunicar à administração da empresa da suspensão dos trabalhos. b) não suprime a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio, independente da relevância ou materialidade, que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. c) exclui a responsabilidade do auditor de se manifestar sob qualquer aspecto das demonstrações. d) não elimina a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. e) extingue a responsabilidade do auditor de mencionar, no parecer, qualquer desvio relevante que possa influenciar a decisão do usuário dessas demonstrações. Caros, a única situação que exime a responsabilidade do auditor é a renúncia ao trabalho. Se for emitido relatório, seja qual for a opinião, o auditor tem responsabilidade e dever de informar a situação das DCs. Lembram-se do parágrafo de base para opinião modificada? Ao expressar opinião modificada Antes do parágrafo da opinião, incluir um parágrafo para fornecer uma descrição do assunto que deu origem à modificação, com um dos títulos: “base para opinião com ressalva”; “base para opinião adversa” ou “base para abstenção de opinião”. Letra B está errada, dado que informação não relevante não influencia decisão do usuário, e não precisa ser mencionada. Gabarito: D AUDITORIA 38 Questão 7 – Esaf 2009 AFRFB - A empresa de Transportes S.A. é uma empresa que tem seus registros contábeis e procedimentos estabelecidos por agência de fiscalização. A agência estabeleceu procedimento para registro das concessões que diverge significativamente, do procedimento estabelecido pelo Conselho Federal de Contabilidade. Nessa situação, deve o auditor emitir parecer: a) sem abstenção de opinião. b) adverso. c) com ressalva. d) sem ressalva, mas evidenciando em nota explicativa a divergência. e) com abstenção de opinião. Pessoal, as agências reguladoras, demais órgãos de controle e também a administração tributária, podem exigir que a entidade entregue demonstrações específicas, diferentes das requeridas pelo CPC e pelo CFC. Contudo, isso não deve interferir na elaboração das DCs de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável estabelecida pelas normas contábeis. Caso a entidade publique uma daquelas demonstrações com procedimentos diferenciados exigidos, por exemplo, por uma agência reguladora, o auditor deve ressalvar a opinião, explicando o ocorrido. Gabarito: C Questão 8 – FCC 2014 AL PE - Quando o auditor conclui que as demonstrações contábeis são elaboradas, em todos os aspectos relevantes, de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável, deverá expressar uma opinião a) conclusiva. b) favorável. c) não modificada. d) modificada. e) idônea. Se as DCS estão de acordo com o que estabelecem as normas, e se o auditor obteve evidência apropriada e suficiente e concluiu que não existem distorções relevantes, deverá expressar em seu relatório uma opinião não modificada. Gabarito: C AUDITORIA 39 Questão 9 – FCC 2013 DPE - Com relação aos tipos de Parecer de Auditoria, considere: I. Na impossibilidade de manifestar-se sobre os conjuntos das demonstrações financeiras examinadas, nada impede que o Auditor emita seu parecer apenas sobre uma parte delas, desde que sobre essa parte tenha ele obtido as comprovações necessárias. II. Quando o Auditor não obtém comprovação suficiente para fundamentar seu parecer sobre as demonstrações financeiras em conjunto, deve ele declarar expressamente que está impossibilitado de emitir parecer sobre essas demonstrações. III. Quando o Auditor verificar efeitos que, no seu julgamento, comprometem substancialmente as demonstrações financeiras por ele examinadas, deve declarar expressamente que as referidas demonstrações não representam, adequadamente e em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira ou os resultados das operações da entidade. Os trechos I, II e III, respectivamente, referem-se a pareceres: a) com negativa de opinião, com ressalva e adverso. b) com ressalva, com negativa de opinião e adverso. c) adverso, parcial e com ressalva. d) parcial, com negativa de opinião e adverso. e) adverso, com negativa de opinião e com ressalva. I – Pode existir situação em que o Auditor faça um trabalho com escopo reduzido. Por exemplo, a entidade sabe que estácom problemas na DFC e na DVA, e contrata a auditoria apenas para o BP e a DRE. Ressalto que não se trata de um tipo de opinião modificada, mas apenas de uma diminuição na amplitude do trabalho do auditor, que emitirá relatório parcial, deixando isso explícito. II – Se o auditor declarou que está impedido de emitir opinião, temos relatório com abstenção de opinião, que a banca chamou de “negativa de opinião”. III – Se há evidências de distorções relevantes e generalizadas, o auditor vai emitir o relatório com opinião adversa. Gabarito: D AUDITORIA 40 Questão 10 – FCC 2012 ISS SP - A empresa brasileira Torucha S.A. elaborou as demonstrações contábeis de 2011, consolidadas e individuais, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil para avaliação dos investimentos em controladas, coligadas, usando o método de equivalência patrimonial. Dessa forma, o auditor ao emitir seu relatório de auditoria sobre as DCs deve A) emitir um parecer adverso, ressalvando que as demonstrações contábeis não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil. B) elaborar parágrafo de ênfase, evidenciando que as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, ressalvando que neste aspecto não atendem às normas internacionais de contabilidade: IFRS. C) emitir parecer sem ressalva, uma vez que as demonstrações foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil; como essas práticas refletem os pronunciamentos do CPC – Comitê de Pronunciamentos Contábeis, estão em conformidade com as normas internacionais de contabilidade: IFRS. D) abster-se de opinar em seu relatório de auditoria, uma vez que as práticas adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. E) emitir um relatório de auditoria, com limitação de escopo, uma vez que as práticas contábeis adotadas no Brasil divergem dos pronunciamentos emanados pelas normas internacionais de contabilidade: IFRS. Turma, as IFRS contêm a essência das normas internacionais, às quais o Brasil aderiu com o processo de convergência. Na essência, os pronunciamentos do CPC seguem as IFRS. Ocorre que existem pequenas alterações, algumas delas na avaliação de investimentos em controladas e coligadas. Nesse caso, o auditor deve incluir parágrafo de ênfase, explicando a situação. Não se trata de motivo para ressalva de opinião, dado que as DCs estão em conformidade com as normas brasileiras. Gabarito: B AUDITORIA 41 Questão 11 – FCC 2012 ISS SP - A empresa Delta Petróleo S.A. está encerrando, em fevereiro de 2012, o processo de auditoria de suas demonstrações financeiras pertinentes ao ano de 2011. Os trabalhos da auditoria estão em fase de finalização e a empresa informa ao mercado a ocorrência de um grande vazamento que afetará a continuidade de suas operações no Brasil, uma vez que a multa recebida inviabiliza a empresa. Nesse caso, o auditor deve A) emitir relatório de auditoria com abstenção de opinião por não ter tempo hábil para reconduzir a auditoria para uma demonstração financeira pelos critérios de realização dos ativos e passivos. B) manter o seu relatório de auditoria, evidenciando em notas explicativas a descontinuidade. C) abster-se de emitir opinião, uma vez que conjunturalmente a situação da empresa se modificou, alterando todo o planejamento da auditoria. D) ressalvar o parecer, evidenciando a possibilidade de descontinuidade e mantendo as demonstrações financeiras. E) exigir da empresa a elaboração de demonstrações contábeis específicas para atender às demonstrações exigidas nessa situação de descontinuidade. Estando afetada a continuidade das operações, temos o chamado pressuposto inapropriado, ou seja, não atendimento ao princípio da continuidade. Nesse caso, as DCs deverão ser elaboradas em bases diferentes, apropriadas à situação de descontinuidade das operações. Temos as três situações possíveis na tabela: Pressuposto da Continuidade Pressuposto da Continuidade inapropriado Opinião Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação inadequada Opinião com ressalva ou Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação adequada Opinião não modificada e Parágrafo de Ênfase Gabarito: E AUDITORIA 42 Questão 12 – FCC 2012 ISS SP - A empresa Terceserv S.A. possui prejuízos fiscais decorrentes de resultados negativos apurados nos últimos dois anos no valor de R$ 1.000.000,00. Opera em mercado extremamente competitivo e não há por parte da administração expectativa de obtenção de lucros nos próximos 5 anos. A empresa aposta na qualidade dos serviços prestados para superar a concorrência e começar a gerar lucro. Como não há prescrição do crédito tributário, a empresa constituiu provisão ativa para reconhecimento do crédito. Nesse caso, o auditor externo deve: A) abster-se de emitir o relatório de auditoria, em virtude de não atender aos pronunciamentos contábeis vigentes. B) solicitar que a empresa reverta o lançamento, caso a empresa não atenda ressalvar o relatório de auditoria. C) manter o lançamento, uma vez que o crédito é devido, e emitir relatório de auditoria sem ressalva ou ênfase. D) recomendar que seja apropriado parte para o resultado do período, uma vez que o benefício já é devido, e emitir relatório de auditoria sem ressalva. E) ressalvar o relatório de auditoria, mesmo que o valor seja irrelevante, uma vez que a empresa infringe regra contábil e fiscal. Turma, a questão trata da possibilidade de se reconhecer um ativo contingente referente a créditos fiscais a serem recebidos em caso de abatimento de prejuízos sobre o IR devido futuramente. Ocorre que o enunciado não nos diz que isso seja provável, e, dado o longo prazo apresentado, não podemos aceitar que seja reconhecido nenhum ativo, pois existe apenas “possibilidade” de isso acontecer. Lembrando: Ativo contingente É um ativo possível que resulta de eventos passados e cuja existência será confirmada pela ocorrência de eventos futuros incertos não totalmente sob controle da entidade. Graus de possibilidade para análise da contingências Praticamente certo - mais utilizado em contingências ativas. Evento futuro é certo, apesar de não ocorrido. Só depende da entidade. Contabilizar, se mensurável. Provável - a chance de ocorrer é maior do que a de não ocorrer. Contabilizar, se mensurável. AUDITORIA 43 Possível - a chance de ocorrer é menor que provável, mas maior que remota. Divulgar em NE. Remota - a chance de um ou mais eventos futuros ocorrer é pequena. Nada a fazer. Gabarito: B Questão 13 – FCC 2009 Sefaz SP - O auditor externo, ao se deparar com algum passivo que represente para a empresa uma incerteza relevante, deve emitir parecer: (A) com ressalva e limitação de escopo do trabalho. (B) sem ressalva e com limitação de escopo do trabalho. (C) adverso, evidenciando a incerteza constatada. (D) sem ressalva e com parágrafo adicional de ênfase. (E) com negativa de opinião e limitação de escopo. Primeiro ponto: o auditor não emite parecer, emite relatório. Vamos analisar como se relatórios fossem. A figura da limitação de escopo só existe se o auditor não tiver condições de obter as evidências necessárias, por problemas de falta deacesso à informação e outros do gênero. Se ele encontrou um passivo com incerteza relevante, é sinal de que obteve as evidências necessárias. Assim, descartamos as letras A, B e E. O conceito de limitação de escopo está um pouco diferente nas normas novas, mas a essência continua. Vamos estudar em detalhes em aula futura. A letra C também está errada. O fato de o auditor encontrar um passivo relevante não é motivo para ressalvar o relatório. Passivo relevante não é distorção, desde que esteja corretamente contabilizado. Veremos adiante que as modificações de opinião são motivadas por distorção relevante ou por falta de obtenção de evidências. Nesse caso, o procedimento correto é o da letra D, vejamos AUDITORIA 44 Parágrafo de Ênfase Refere-se a um assunto apropriadamente apresentado nas DCs que, de acordo com o julgamento do auditor, é de tal importância, que é fundamental para o entendimento pelos usuários das demonstrações contábeis. Vamos aproveitar para ver novamente as situações de modificação de opinião: Modificação da Opinião do Auditor Origem da Modificação Percepção sobre o efeito das distorções Relevante e Não Generalizado Relevante e Generalizado Obteve evidências e encontrou distorções Ressalva Adverso Impossível obter evidências suficientes Ressalva Renúncia (se possível) ou Abstenção DCs não elaboradas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável Ressalva Independentemente da obtenção de evidências, existem grandes incertezas Abstenção Dúvidas sobre integridade da Administração Abstenção Administração não forneceu representações formais Renúncia (se possível) ou Abstenção Gabarito: D Questão 14 – Fundatec 2009 Sefaz RS - Quanto às normas do relatório de auditoria, analise as afirmações abaixo. I. O relatório deve identificar as demonstrações contábeis sobre as quais o auditor está expressando sua opinião, indicando, outrossim, o nome da entidade, as datas e períodos a que correspondem. II. O relatório classifica-se, segundo a natureza da opinião que contém, em: relatório sem ressalva, ou sem modificação de opinião; relatório com ressalva; relatório adverso; e relatório com abstenção de opinião. III. O relatório com ressalva é emitido quando o auditor conclui que existem distorções, mas seu efeito, embora relevante, não é generalizado. IV. No relatório com ressalva, adverso ou com abstenção de opinião, deve ser incluída descrição clara de todas as razões que fundamentaram o seu relatório e, se praticável, a quantificação dos efeitos sobre as demonstrações contábeis. AUDITORIA 45 Essas informações devem ser apresentadas em parágrafo específico do relatório, precedendo ao da opinião. Quais estão corretas? a) Apenas I, II e III. b) Apenas II, III e IV. c) Apenas I, III e IV. d) Apenas II e III. e) I, II, III e IV. Modificação da Opinião do Auditor Origem da Modificação Percepção sobre o efeito das distorções Relevante e Não Generalizado Relevante e Generalizado Obteve evidências e encontrou distorções Ressalva Adverso Impossível obter evidências suficientes Ressalva Renúncia (se possível) ou Abstenção DCs não elaboradas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável Ressalva Independentemente da obtenção de evidências, existem grandes incertezas Abstenção Dúvidas sobre integridade da Administração Abstenção Administração não forneceu representações formais Renúncia (se possível) ou Abstenção Pressuposto da Continuidade inapropriado Opinião Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação inadequada Opinião com ressalva ou Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação adequada Opinião não modificada e Parágrafo de Ênfase Todas corretas. Estudem bem o quadro acima. Gabarito: E AUDITORIA 46 Questão 15 – Fundatec 2009 Sefaz RS - O auditor fica impedido de emitir relatório sem ressalva nas seguintes circunstâncias: a) quando as informações contidas nas demonstrações contábeis não apresentarem as devidas notas explicativas. b) quando as demonstrações contábeis foram elaboradas consoante as disposições contidas em legislação específica, princípios fundamentais de contabilidade e normas brasileiras de contabilidade. c) quando existir discordância com a administração da entidade a respeito do conteúdo e/ou forma de apresentação das demonstrações contábeis, que tenham, na sua opinião, efeitos relevantes para as demonstrações contábeis. d) quando todas as alterações solicitadas em relatório, tiverem sido realizadas e devidamente reveladas nas demonstrações contábeis. e) quando o auditor não obtém comprovação suficiente para fundamentar sua opinião sobre as demonstrações contábeis, abstendo-se de opinião. Modificação da Opinião do Auditor Origem da Modificação Percepção sobre o efeito das distorções Relevante e Não Generalizado Relevante e Generalizado Obteve evidências e encontrou distorções Ressalva Adverso Impossível obter evidências suficientes Ressalva Renúncia (se possível) ou Abstenção DCs não elaboradas de acordo com a estrutura de relatório financeiro aplicável Ressalva Independentemente da obtenção de evidências, existem grandes incertezas Abstenção Dúvidas sobre integridade da Administração Abstenção Administração não forneceu representações formais Renúncia (se possível) ou Abstenção Pressuposto da Continuidade inapropriado Opinião Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação inadequada Opinião com ressalva ou Adversa Pressuposto da Continuidade apropriado, com incerteza e divulgação adequada Opinião não modificada e Parágrafo de Ênfase AUDITORIA 47 Letra A, errada. Se a informação não for relevante, não há porque ressalvar o relatório. Letra B e D, errada. Nesses caso, caso não haja distorção relevante, não há motivo para ressalva alguma. Letra C, correta. Qualquer distorção com efeito relevante gera, no mínimo, uma ressalva no relatório. Letra E, errada. Na falta de evidência, pode haver ressalva (efeito generalizado) ou abstenção (efeito não generalizado). Alternativa questionável, dado que, se há abstenção, não haverá ressalva. Gabarito: C Questão 16 - Cespe 2012 TJ - De acordo com a NBCT 11, os quatro tipos básicos de pareceres de auditoria externa são: a) parecer com ressalvas, parecer sem ressalvas, parecer desfavorável e parecer de negativa de opinião. b) parecer limpo, parecer com ressalvas, parecer adverso e parecer de negativa de parecer. c) parecer limpo, parecer com ressalvas, parecer desfavorável e parecer de negativa de opinião. d) parecer favorável, parecer desfavorável, parecer sem opinião formada e parecer de negativa de opinião. e) parecer com ressalvas, parecer sem ressalvas, parecer sem opinião formada e parecer de negativa de parecer. Quando o auditor independente deve apresentar opinião modificada em relatório de auditoria? Vejamos no quadro abaixo. Relevante e Não Generalizado Relevante e Generalizado Obteve evidências e encontrou distorções Ressalva Adverso Impossível obter evidências suficientes Ressalva Renúncia (se possível) ou Abstenção Independentemente de evidências, existem
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