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FICHAMENTO RADIOHEAD BARBARA BRUM

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM COMUNICAÇÃO E 
MARKETING EM MÍDIAS DIGITAIS 
 
 
 
 
Fichamento de Estudo de Caso 
 Radiohead: música pelo preço que quiser pagar 
 
 
Bárbara de Oliveira Brum Ferreira 
 
 
 
 
TRABALHO DA DISCIPLINA NEGÓCIOS DIGITAIS 
 Tutor: Prof. Marcelo Vasques de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
 
 
Minas Gerais 
2018 
 
 
 
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Estudo de Caso : 
 
Negócios Digitais 
Radiohead: música pelo preço que quiser pagar 
 
O estudo do caso foi referenciado no texto da biblioteca da matéria, além de páginas 
da internet que referenciam o assunto: 
 http://www.jb.com.br/cultura/noticias/2008/10/15/radiohead-fatura-r-10-milhoes-com-
in-rainbows-na-internet/ 
 http://www.virgula.com.br/musica/radiohead-bate-o-pe-e-questiona-vendas-on-line-
de-iin-rainbowsi/ 
 http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL448831-7085,00-
RADIOHEAD+EXPERIENCIA+PAGUE+QUANTO+QUISER+NAO+SE+REPETIRA.html 
Em outubro de 2007, a banda inglesa Radiohead ofereceu em um site especifico 
( www.inrainbowns.com) o download de seu disco completo pelo preço que o fã/ouvinte 
estivesse disposto a pagar. Se estivesse disposto a não pagar, isso também era possível. 
Essa experiência bastante excêntrica foi feita sobre uma base sólida de fãs e de 
reconhecimento internacional, com prêmios ganhos (Grammy de melhor álbum de música 
alternativa) e menção na revista Q como segundo melhor álbum britânico (Isso na terra dos 
Beatles, Rolling Stones e David Bowie). 
Historicamente, a banda experimentava diferentes formas de lançar cada álbum: Um 
single de 6 minutos gravado permanentemente num walkman, em outro álbum, Kid A, o 
Radiohed abriu mão de lançar single, vídeo clipe, ou turnê. Invés disso fez pequenas 
incursões na MTV e no site do grupo, pequenos vídeos de ate 40 segundos, com imagens de 
natureza, fotos da banda e animações com trechos de musicas do álbum. Em 2003 o 
Radiohead decidiu não renovar contrato com a gravadora, se questionando se precisavam de 
uma, visto que para ele o modelo de negocio era decadente. 
O álbum In Rainbows, álbum objeto do nosso estudo, foi preparado por 2 anos, 
produzido de acordo com os feedbacks dos fãs que foram aos shows durante um tour em 
2006. 
 
 
 
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Na ocasião do lançamento o cd era oferecido exclusivamente no site e de forma 
completa, não sendo possível “baixar” as faixas individualmente .Essa era uma preocupação 
do Tom York, líder da banda, em se diferenciar do I Tunes. Junto com a versão digital, o fã, 
por módicas £40, também comprava o box set de colecionador com 2 cds, com faixas extras, 
LP e livro de arte em capa dura. 
Vale ressaltar que na ocasião a pirataria on line, era de 1 faixa vendida para 20 
baixadas ilegalmente. O que o Radiohead fez foi um experimento no qual ele pode quantificar 
seu público pagante, quais os que simpatizavam (aqueles que baixaram sem pagar nada) e 
aqueles super fãs (os que compraram os set box). Um ano após o lançamento de In 
Rainbows, o Radiohead teve um ganho em imagem gigantesco, em parte pela ousadia de 
não se vincular diretamente à uma gravadora, por ter feito esse álbum baseado nos 
feedbacks dos fãs e ter tido a ousadia de perguntar_ quer pagar quanto? E aceitar 
exatamente a resposta. Diferente do bordão das Casas Bahia, que não aceitava realmente o 
que o cliente queria ou podia pagar. 
O que a empresa de monitoramento de tráfego on line Comscore apurou foi que 62% 
dos internautas que fizeram download não pagaram por ele (lembrando que a banda deu 
essa alternativa) e que dos 38% restantes,a maioria pagou menos de £2. Apenas 4% deram 
mais de £12. Mesmo assim, o total arrecadado com as vendas online - antes de In rainbows 
chegar às lojas no formato físico superou o que o Radiohead faturou com seu penúltimo 
trabalho,Hail to the thief (2003). Se os números divulgados pela Comscore forem corretos, 
apenas com os downloads o grupo arrecadou 2 milhões e 736 mil libras (cerca de R$ 10,12 
milhões). 
O Radiohead com esta estratégia conseguiu muitos novos ouvintes e fãs da banda. No 
total o álbum conseguiu 17 milhões de audições no Last.FM e foi primeiro lugar das paradas 
tanto nos Estado Unidos quanto na Inglaterra. A turnê da banda contou com mais de 1,2 
milhão de pessoas e eles a começaram pelas cidades que mais compraram as músicas do 
álbum. Funcionou como uma pesquisa de mercado para saber quem seria mais adepto a 
pagar o ingresso. O álbum, no formato CD, chegou ao topo das paradas britânica e norte-
americana. E isso tudo sem gravadora, pegando até 56% das receitas. 
 
Minas Gerais, Agosto de 2018.

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