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EBook-_Aquiles_Mercado_Musical

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2
Introdução 
Quem é Aquiles Priester? 
O que é empreendedorismo 
musical? 
Os 6 maiores pecados de todo 
músico 
Palavras Finais
SUMÁRIO
03
04
11
13
26
3
Aquiles Priester & Pablo Jamilk 
 Olá, eu sou o Aquiles Priester! Sou baterista e 
empresário do ramo musical! Já viajei o mundo inteiro 
fazendo aquilo de que eu mais gosto: subir em um palco e 
mostrar a minha música para o público. Toquei com algumas 
das maiores bandas do cenário do rock e do metal no Brasil 
e no exterior. 
 Eu resolvi escrever este pequeno e-book para dividir 
um pouco da minha experiência com você, que é meu 
seguidor e – como eu – deseja projetar seu nome no cenário 
difícil do mundo da música. 
1. INTRODUÇÃO
4
Nascido na África do Sul, ainda criança Aquiles veio para o 
Brasil, passando a infância e parte da adolescência na cidade 
paranaense de Foz do Iguaçu. Em 1988, mudou-se para 
Porto Alegre e nove anos depois montou o grupo de heavy 
metal Hangar, no qual começou a desenvolver o estilo que 
o tornaria conhecido mundialmente. Com o Hangar, Aquiles 
lançou 8 CDs e 2 DVDs. 
O primeiro trabalho paralelo à banda Hangar foram 
alguns shows da banda Tritone em 1999, que era uma 
espécie de G3 brasileiro, formado por Edu Ardanuy, 
Frank Solari e Serj Buss. Logo em seguida, Aquiles 
Priester foi convidado para gravar e excursionar com 
o vocalista Paul Di'Anno, ex-Iron Maiden. O resultado 
foi o disco Nomad e uma turnê que passou por várias 
cidades brasileiras.
Em 2001, entrou para a banda Angra e gravou o álbum 
Rebirth, que foi certificado Disco de Ouro no Brasil. Após seis 
anos de trabalho e três discos de estúdio, um EP e um CD/
DVD ao vivo, Aquiles desligou-se da banda.
2. QUEM É AQUILES PRIESTER?
5
A partir daí, não parou mais, lançando produtos direcionados 
ao mundo da bateria que se tornaram ‘best sellers’. Foram 
dois DVDs instrucionais, Inside My Drums (2004) e The 
Infallible Reason of My Freak Drumming (2010), sendo este 
último eleito o 3º melhor DVD instrucional do mundo pela 
revista americana Modern Drummer em 2011. Lançou 
também um livro didático sobre o estudo de dois bumbos, 
Inside My PsychoBook – 100 Double Bass Patterns (2007). 
Em 2013, foi a vez do lançamento mundial do 
aclamado DVD Aquiles Priester's Top 100 Drum Fills, 
que também foi indicado para votação na revista 
americana Modern Drummer, sendo eleito o Melhor 
DVD Instrucional do ano. Nos 37 anos de existência da 
revista mais conceituada do gênero, Aquiles colocou 
o Brasil em primeiro lugar do ranking mais cobiçado 
da bateria mundial, fato inédito para um baterista 
brasileiro até então. E finalmente, a pedido de 
muitos fãs, lançou seu primeiro livro de ‘play along’, 
intitulado PsychOctopus Play Along (2014). 
Paralelamente aos produtos instrucionais, em 2010 lançou 
também sua biografia Aquiles Polvo Priester – De Fã a Ídolo, 
que chegou à sua 2ª edição em 2013 e traz depoimentos de 
bateristas consagrados, como Kiko Freitas, Vera Figueiredo, 
Serginho Herval e João Barone.
Em 2010, foi um dos sete bateristas escolhidos em todo o 
mundo para participar da audição para substituir Mike Portnoy 
na banda norte-americana Dream Theater – com Aquiles 
estavam Mike Mangini, Peter Wildoer, Marco Minnemann, 
Virgil Donati, Derek Roddy e Thomas Lang. 
6
Após essa audição, foi indicado pelo próprio guitarrista 
do Dream Theater, John Petrucci, para o mundialmente 
conhecido guitarrista americano Tony MacAlpine, com quem 
acabou fazendo uma turnê no início de 2012. Em 2010 e 
2013, Aquiles fez turnês com outro virtuoso da guitarra, o 
também americano Vinnie Moore. 
A Mapex, que fornece os instrumentos usados por 
ele, criou em 2006 a bateria Mapex Limited Edition 
Aquiles Priester e em 2013 lançou mundialmente 
a caixa signature Aquiles Priester's Psych Octopus 
Black Panther Snare. Por sua vez, a fabricante de 
pratos Paiste não ficou para trás, soltando para o 
mercado brasileiro, no início de 2009, o PST5 Limited 
Edition Aquiles Priester e, em julho de 2012, o ride 
signature 2002 Psych Octopus Giga Bell Ride 18" 
para todo o mundo. Com esses feitos, Aquiles se 
tornou o primeiro baterista brasileiro a ter modelos 
de produtos assinados e lançados mundialmente por 
marcas internacionais de bateria. 
7
Também no ano de 2013, foi convidado pelo guitarrista 
Tony MacAlpine para gravar seu novo disco solo, 
Concrete Gardens, além de participar da gravação de 
um DVD ao vivo com o guitarrista no EMGtv em 2014. 
Aquiles participou ainda da gravação dos discos da 
banda brasileira Noturnall e do primeiro DVD do grupo, 
First Night Live.
Em 2014, Aquiles lançou mais dois trabalhos: The 
Best of 15 Years, Based on a True Story... com o 
Hangar e seu primeiro disco instrumental com o 
guitarrista Gustavo Carmo, intitulado Our Lives, 
13 Years Later...
8
No mesmo ano, voltou a excursionar com Tony 
MacAlpine pelos EUA e em abril de 2015 foi lançado 
o disco Concrete Gardens, que Aquiles gravou com o 
guitarrista. Ao lançamento seguiram-se uma turnê 
pelos EUA e outra pela Europa. Também em 2015, 
Aquiles foi anunciado como baterista da banda 
brasileira de metal alternativo About2Crash, que fez 
sua estreia no Rock in Rio daquele ano. 
Já 2016 foi um ano de intensas atividades para Aquiles. 
Além de ver seu vídeo Aquiles Priester's Top 100 Drum 
Fills ser lançado internacionalmente pela Mel Bay, editora 
especializada em obras direcionadas a músicos, a banda 
Hangar colocou dois novos produtos no mercado: o CD 
Stronger than Ever e o DVD Hangar Live in Brusque-SC. E para 
completar o ciclo de lançamentos, também saiu o DVD Our 
Lives, 15 Years Later... Live in Studio!, que traz, como o nome 
indica, Aquiles e Gustavo Carmo apresentando ao vivo e no 
estúdio o repertório do disco que ambos lançaram em 2014. 
9
Para encerrar o ano, o baterista 
ficou na estrada entre outubro 
e novembro acompanhando 
Tony MacAlpine em turnê pela 
costa oeste americana em que 
o guitarrista abriu os shows de 
Steve Vai.
Em 2017, morando em 
Los Angeles (EUA) com 
vistas a focar sua carreira 
principalmente no 
mercado internacional, 
Aquiles foi o baterista na 
turnê europeia do WASP, 
um dos principais nomes do 
heavy metal americano. A 
"Re-Idolized – The Crimson 
Idol 25th Anniversary 
World Tour" comemorava 
os 25 anos de lançamento 
de seu maior clássico, o 
álbum The Crimson Idol, e 
percorreu 21 países entre 
setembro e novembro. 
A turnê totalizou 54 
shows, sendo 28 deles 
com lotação esgotada. 
Naturalmente, Aquiles 
acabou se tornando um dos 
destaques da tour.
10
Encerrada a tour com o WASP, Aquiles passou a se dedicar à 
“Rebirth of Shadows Tour”, na qual o vocalista Edu Falaschi 
apresenta músicas dos dois principais discos que gravou com 
o Angra, Rebirth e Book of Shadows. 
A turnê se mostrou um enorme sucesso e percorreu as cinco regiões 
do país em 40 shows entre o final de 2017 e início de 2018, muitas 
vezes com lotação esgotada. Nos meses de agosto, setembro e 
outubro, a banda realizou a primeira turnê internacional do projeto, 
passando por Colômbia, Espanha, Bélgica, Itália e Japão. 
 
Considerado por 18 anos o melhor baterista de heavy metal 
do Brasil pelas principais revistas e sites especializados, 
Aquiles Priester vem colecionando recordes e feitos inéditos 
ao longo de sua carreira. Aquiles Priester foi o único 
baterista da história do metal brasileiro a ganhar a votação 
na categoria dois bumbos em 50 anos da revista mais 
importante da bateria mundial, a Modern Drummer. Além 
disso, a mesma votação Aquiles ficou em segundo lugar na 
categoria Live Performace. 
 
Ele já realizou mais de 500 workshops em vários países e 
participou dos maiores festivais de bateria ao redor do globo, 
como Modern Drummer Festival (Estados Unidos), Montreal Drum 
Fest (Canadá), Batuka! International Drum Fest (Brasil), La Rioja 
Festival (Espanha), Laguna Drum Fest (México), London Drum 
Show (Inglaterra), Drummer Live (Inglaterra), Tam Tam Drum Fest 
(França), International Summer Drum Camp (France),October Drum 
Fest (Polônia), Thomas Lang’s Big DrumBonanza (Estados Unidos), 
Musikmesse Frankfurt (Alemanha) e Namm Show (Estados Unidos). 
Para o show da banda Dragonforce, Aquiles teve apenas 5 dias 
para aprender as músicas e um dia de ensaio, por isso o foco e a 
determinação são importantes.
11
Assim, Aquiles P
riester 
vem consolidan
do 
uma nova e 
importantíssima
 
fase em sua carr
eira, 
abrindo ainda m
ais o 
leque de sua atu
ação. 
Como tudo que 
Aquiles 
faz, certamente
 vem 
por aí mais uma
 
história de suce
sso.
Em 2020, houve o 
Drumeo Festival 
(Canadá), o 
Festival do portal 
de bateria mais 
importante do 
mundo. Nele, 
Aquiles foi o 
único baterista de 
metal do mundo 
a representar o 
estilo.
12
Eu vou definir aqui algo que eu amo demais: o que é 
empreendedorismo musical. Na realidade, isso é uma 
derivação da noção de empreendedorismo, a qual eu 
apresento agora. Por definição, temos o seguinte: 
1. disposição ou capacidade de idealizar, coordenar e 
realizar projetos, serviços, negócios.
2. inciativa de implementar novos negócios ou 
mudanças em empresas já existentes, geralmente 
com alterações que envolvem inovação e riscos.
Você viu quais elementos estão envolvidos no conceito 
de empreender? Coordenar, realizar, negócios, 
mudanças, inovação, riscos. Todo mundo que se lança ao 
empreendedorismo entende que há riscos, que nada é seguro, 
mas também entende que há um mar de possibilidades 
pronto a ser navegado. 
3. O QUE É EMPREENDEDORISMO MUSICAL?
13
Isso aplicado ao meio musical significa que há passos e 
ferramentas que você pode implementar a fim de gerir sua 
carreira como músico, de modo que consiga inovar, ganhar 
expressividade, e obter resultados positivos para a arte que 
você faz. 
Ainda há um pensamento muito antiquado de que não se deve 
pensar dessa forma quando o assunto é música; quem fala isso 
geralmente tem mente ultrapassada, um instrumento velho 
e acabado na garagem, que só sai de lá para ensaiar uma vez 
a cada vinte dias, carregando sonhos frustrados e mágoas 
escondidas. 
O empreendedorismo musical envolve planejamento 
de carreira, postura midiática, planejamento de 
composição e lançamento, gestão de carreira, gestão 
de crise, análise de mercado, estudo de avatar e 
nichamento, emprego das ferramentas disponíveis para 
divulgação, reconfiguração da imprensa musical entre 
outros elementos críticos para o músico que deseja viver 
efetivamente de música. 
Eu vou apresentar, neste e-book, seis dentre os maiores erros 
que todo músico comete por não ter as mínimas noções de 
como empreender dentro do meio musical.
Boa leitura!
14
Eu vou listar para você aqui quais sãos os maiores pecados 
que todo músico comete ou já cometeu na vida, mesmo sem 
saber. 
Fique de olho e leia atentamente, para que você 
consiga fazer uma autoavaliação e uma crítica sobre 
como anda o seu comportamento profissional como 
músico. Vamos lá, então, para uma conversa franca 
sobre o assunto.
1º ERRO: NÃO TER FOCO E DISCIPLINA
Quando o cara entra para o mundo da música, o que ele quer 
– na maioria dos casos – é um hobby para passar o tempo e 
se divertir com os amigos. Isso quando o objetivo do cidadão 
não é tentar chamar a atenção de algumas gatinhas. Não há 
problema em começar com esse pensamento, o problema 
surge no momento em que você cresce, mas não abandona 
essa mentalidade jovial. 
4. OS 6 MAIORES PECADOS DE TODO MÚSICO
15
Eu passei incontáveis horas 
em minha bateria para poder 
desenvolver habilidade 
suficiente para eu mesmo 
crer que era habilidoso. 
Sim, existe talento, mas 
nem mesmo o talento mais 
destacado supera a disciplina 
e a DETERMINAÇÃO, e olha 
que eu já conheci muito cara 
talentoso que nunca conseguiu 
sair do seu quarto para 
mostrar a sua arte ao mundo. 
Hoje em dia, existem as redes 
sociais que aproximam e muito 
as pessoas e, dessa forma, 
todos podem ficar sabendo o 
que seus ídolos estão fazendo, 
mas não existe como mensurar 
as horas solitárias que os 
grandes instrumentistas e 
líderes se dedicam para serem 
diferenciados aos olhos dos 
outros. Isso somente cada um, 
dentro da sua perspectiva, 
pode mensurar.
Já sabemos bem que isso aí é um sinal de falta de foco. 
Quando você quer ser grande, você precisa pensar de forma 
grande também. Além disso, precisa entender que a disciplina 
é parte essencial desse processo, porque ninguém se 
transforma no instrumentista ou no vocalista mais fantástico 
do mundo sem treinar exasperadamente aquilo a que se 
dedicou. 
16
Você precisa definir uma meta e trabalhar para que ela 
chegue, não importa o tamanho dessa meta: tocar em um 
festival gigante, gravar um disco, compor uma música, 
tocar na festa dos seus amigos, executar aquela levada que 
você sempre curtiu. Sem ter um ponto de chegada, você 
nunca terá um ponto de partida e dessa forma não chegará 
a lugar algum.
É duro ouvir algumas verdades, mas também é necessário. 
Por mais que pareça sem objetivo ou monótono, sem 
sempre será um mar de aventuras e possibilidades sua 
carreira como músico. Em diversas situações, você será 
obrigado a fazer escolhas que irão direcionar sua carreira, 
ou mesmo sua vida para algum caminho extremamente 
específico! 
SEJA DISCIPLINADO! Mantenha uma rotina de 
treinos para ficar ainda mais hábil naquilo que você 
faz, exercite-se, tenha uma dieta equilibrada, fuja 
dos vícios, não caia nas tentações da “diversão” 
fácil. Ser um músico virtuoso exige tempo e 
dedicação! Isso é uma realidade! 
17
Aqui eu vou dar um exemplo 
muito prático para você: 
quando você está estudando 
o seu instrumento, há sempre 
algo que você gosta mais de 
executar e algo que você acha 
mais complexo. É normal que 
a complexidade faça você 
querer parar de tentar aquilo e 
ficar na sua zona de conforto, 
reputando ao que você já 
sabe fazer melhor qualidade 
ou maior interesse. Isso é um 
baita erro! Ainda que você 
tenha que ficar horas sentado 
e praticando a mesma coisa, 
faça isso! É esse o tipo de foco 
que fará de você um músico 
diferenciado dos demais que 
estão por aí! 
18
2º ERRO: NÃO SABER O QUE ESTUDAR
Esse tópico sobre estudo é algo muito importante mesmo! 
Tem tudo a ver com foco! Vou esclarecer a você: é preciso 
saber o que você deve estudar a fim de que você consiga se 
destacar naquele seu nicho a que você se dedica. 
Pense comigo: se você quiser ser um músico de 
orquestra, você precisará ter uma leitura musical 
muito apurada, porque é o que você irá fazer ao 
mesmo tempo em que executa o seu instrumento. 
Se você quiser fazer parte de uma banda, você não 
precisará ser o cara mais forte em teoria ou leitura 
musical, mas – provavelmente – será exigido de você 
que tenha habilidade para compor algumas faixas 
e que consiga executar algo com a “cara” de quem 
escreveu a canção. Isso quer dizer que você deverá 
saber ocupar o seu lugar na banda. 
19
Se você quiser ser um músico de estúdio, que ganha 
para gravar os trabalhos que lhe passarem, será 
importante que você tenha uma execução muito 
forte do seu instrumento, além da capacidade 
de tirar um som muito bom toda vez que estiver 
gravando. 
Um exemplo do erro 2 que todos cometem: sempre 
que estão estudando alguma coisa nova e estão tendo 
dificuldades para realizar o exercício, intercalam o tempo 
de estudo tocando outra coisa que já sabem. 
Isso, numa carreira musical de 30 anos, acaba se tornando 
ineficiência de aproveitamento das horas de estudo. 
Preciso dizer que, às vezes, você deverá aprender a 
ignorar a sua intuição musical para seguir aquilo que os 
produtores irão exigir de você. 
Eu sei muito bem aquilo que eu toco: tudo que eu 
estudo ou realizo é – de alguma forma – aplicado 
ao heavy metal, porque eu decidi que minha 
vida seria voltada inteiramente para que eu me 
transformasse em um grande baterista de heavy 
metal. Ou seja: eu mirei no alvo e treinei infinitas 
horas, estudando corretamente aquilo quer seria 
necessário para eu chegar ao ponto a que queria.20
3º ERRO: NÃO SABER QUAL É O SEU NICHO DE MERCADO
Todo mercado é nichado, ou seja, há uma parcela específica 
de pessoas com gostos e preferências específicos que 
povoam cada mercado. Eu costumo comparar isso com o 
cara que vai para a praia de terno, gravata e sapato. É ridículo 
imaginar a cena de um cara que tenta surfar de sapatos, não 
é? Pois é, isso é tão ridículo quanto tentar achar que você irá 
se encaixar em um nicho de mercado que não é o seu. 
O músico precisa entender que ser um side man é uma 
coisa; ser um freelancer é outra coisa; ser membro 
efetivo de uma banda também é algo diferente. 
Saber para quem você toca, o que você toca, qual 
será o seu público-alvo, o que esperam de você, o que 
você vinha entregando para ter chegado até ali são 
elementos a serem considerados seriamente. 
O caminho para o fracasso é tocar aquilo de que você não 
gosta ou aquilo que lhe causa repulsa. Com toda certeza, 
você poderá fazer isso por um tempo; mas – se insistir nisso – 
sua vida como músico será curta e frustrada. 
21
Veja quem são seus influenciadores, veja que tipo de som 
você produz e veja – principalmente – quem está dizendo 
que gosta daquilo que você está fazendo. Assim, você 
começará a encontrar melhor o seu nicho de mercado e – 
certamente – terá mais sucesso. 
4º ERRO: NÃO SABER QUE AS COISAS PRECISAM DE UM 
TEMPO PARA ACONTECER
A sabedoria, assim como a maturidade, vem com 
o tempo. Um erro fatal de diversos músicos é 
não entender que muitas coisas precisam de um 
determinado tempo para acontecer. Apesar de 
estarmos vivendo em um tempo de Internet, com um 
turbilhão de informações por segundo chegando aos 
nossos celulares a cada segundo, leva tempo para 
que você consiga consolidar uma imagem, ou mesmo 
ser notado por quem irá ajudar você a dar o próximo 
passo em sua carreira. 
22
Essa estrada é, às vezes, longa e solitária. Eu mesmo me vi 
diversas vezes pensando a respeito desses processos todos: 
se eu estava no caminho certo, se eu estava fazendo as 
escolhas certas. A despeito de todas as incertezas, eu sempre 
mantive firme a ideia de que eu estava trilhando o caminho 
que eu escolhi; que eu estava buscando um sonho. 
Aprendi, ao longo da minha carreira, que – com 
solidez e dedicação – o reconhecimento do trabalho 
irá ocorrer. No entanto, eu preciso dizer que isso não 
cai do céu. Ninguém vai te procurar dentro do seu 
quarto ou sala de estudo. Como alguém vai saber da 
sua existência e do o seu talento que está ali dentro 
escondido? Você também precisa buscar as formas 
corretas de mostrar ao mundo o que você sabe fazer. 
Ainda bem que a Internet está aí (também) para isso! 
Não cobre o resultado imediato de si. Cobre-se constância, 
porque é isso que fará seus resultados aparecerem de 
maneira verdadeira. Mantenha em sua mente que – se você 
estiver focado em seus resultados – você estará no caminho 
certo. 
Vou dar um exemplo triste e que vejo muito sobre não saber 
esperar as coisas acontecerem: já vi inúmeros músicos 
iniciantes, que ainda estão gravando o seu primeiro álbum, 
chegarem para mim e dizerem algo como “cara, como eu 
arrumo um patrocinador para mim?”
23
A resposta é simples: você nunca irá arrumar um 
patrocinador se você não for conhecido em seu nicho 
de mercado e for um influenciador. Nesse caso, o 
máximo que você vai conseguir será um apoio, o que 
na prática será um desconto para comprar o seu 
instrumento, o que na verdade é muito bom se você 
estiver comprando os equipamentos para exercer a 
sua função. 
Eu mesmo comecei dessa forma e conforme fui evoluindo, 
a própria marca fez questão de mudar o acordo por não se 
sentir à vontade de me ver pagando pelo equipamento. O 
patrocínio real só vai acontecer de verdade, se ele for melhor 
e mais vantajoso para o patrocinador do que para você. 
5º ERRO: NÃO CUIDAR DA 
PRÓPRIA IMAGEM
Existe uma aura mágica 
que envolve todo músico. 
Ela aparece em cima do 
palco, mas não pode sair de 
lá quando o cara desce. Eu 
quero dizer, com isso, que 
você deve se preocupar com 
a sua imagem, e aqui há 
dois aspectos importantes 
a considerar: o físico e o 
moral. 
24
O cuidado com sua aparência envolve você saber qual é o 
seu estilo, se você tiver um estilo, é claro! Já reparou que – 
quando você está perto de um artista, ou mesmo quando 
vê uma figura assim – essa pessoa não se veste como você 
e também não se comporta como você. Há sempre algo 
que indica uma distinção, que manda a mensagem: eu sou 
o cara! Não se trata de ser esnobe ou algo do tipo, trata-se 
de indicar ao seu público o que faz de você alguém único, 
digno de ser notado. Suas roupas, seu corte de cabelo, seus 
instrumentos, tudo conta. 
O cuidado com sua “imagem” no aspecto moral 
envolve o seu comportamento. Ninguém quer ser 
notícia por causa de razões ruins. Você ainda é o 
músico daquela banda em qualquer lugar em que 
estiver, você ainda é o fulano ou a fulana que é 
representante daquela banda ou daquela “música 
famosa” em qualquer lugar. Busque ser profissional e 
não dar mole para não virar meme da galera. 
Saca só esse exemplo: em Los Angeles, há um lugar muito 
interessante para onde os músicos da região vão a fim de 
serem “encontrados” pelos olheiros do mercado. Lá, eles 
fazem jams, mostram o seu talento. Mas não é só isso, 
camarada! Os caras vão no traje, como se estivessem sobre 
o palco mesmo! Já ouviu falar em pose de rockstar? Pois é, o 
cara que nasceu para a coisa sabe que essa imagem pode vir 
antes mesmo de você executar a primeira nota. Muita gente 
já sabe disso fora do Brasil, agora você também já sabe. 
25
6º ERRO: MISTURAR A VIDA 
PESSOAL COM A PROFISSIONAL
Nunca se esqueça de que você – que 
quer ser ou já é músico profissional – 
usa a música como forma de ganhar 
a vida. Por isso, não confunda o seu 
trabalho com sua vida pessoal. Não 
decida que vai tocar com alguém ou 
em algum lugar apenas porque seu 
“amigo” pediu de forma gentil. A 
empresa de luz não cobra menos de 
você, porque você conhece o cara 
que faz a medição. 
O seu relacionamento com 
os fãs também é profissional, 
apesar de não ser assim que 
eles pensam. O fã deseja ser, 
antes de qualquer coisa, seu 
amigo; conversar com você 
como se fosse alguém de sua 
convivência. Você não pode 
destruir essa imagem dele, 
mas também precisa entender 
que há certo distanciamento 
profissional que você precisa 
manter, sob pena de não 
conseguir gerenciar as próprias 
demandas de sua carreira. 
26
Também existem aqueles fãs que se tornam tão especiais 
devido ao contato diário através das mídias sociais, que viram 
praticamente amigos e acabam se tornando termômetro 
para você saber o que os fãs esperam dos seus próximos 
passos. Sempre entenda que essa pessoa te admira por você 
representar algo totalmente diferenciado para ela, portanto 
mantenha isso.
Em 1995, eu comecei a trabalhar em uma grande 
empresa multinacional, e em 1997 eles perceberam a 
minha facilidade em me relacionar com pessoas e me 
transferiram para a área de marketing. Fui treinado 
para resolver problemas de qualquer natureza, em 
termos de relacionamento com clientes. Se nossa 
música é um produto que é consumido, temos 
clientes que consomem os nossos produtos. Deixe o 
romantismo de lado e entenda: se sua arte tem um 
código de barras, ela é um produto. Se é um produto, 
precisa ser consumido. Quem consome os seus 
produtos? Seus fãs que são seus fiéis seguidores.
Vamos a um exemplo prático: se você tiver uma página do 
Instagram com 200 mil seguidores. Muito provavelmente 
10% desse público irá mandar mensagens inbox para você. 
Você conseguiria responder a todos e ainda gerenciar a 
própria carreira, tocar, produzir conteúdo e ter uma família? 
Viu? A realidade é mais complexa do que parece. Não 
raro, alguém vai comentar em alguma rede que você é um 
ignorante ou coisa do tipo, porque não teve a atenção que 
acreditava merecer ter naquele momento. 
27
Infelizmente isso acontece, 
porque ninguém consegue 
estar bem todosos dias ou 
mesmo dar a mesma atenção 
a todas as pessoas. 
Esforce-se, mas não se 
deixe consumir por isso. 
Sua música precisa de 
uma cabeça no lugar 
para acontecer!
Eu falo abertamente sobre a 
necessidade de você aprender 
a fazer marketing, porque 
eu tive de aprender isso para 
alavancar a minha própria 
carreira. Em 2000, eu comecei 
a trabalhar em uma grande 
empresa, justamente na área 
de marketing. 
Lá, eu aprendi que – 
independentemente 
daquilo que você faça 
(médico, advogado, 
músico, professor etc.) 
– você SEMPRE está 
vendendo alguma coisa, 
ainda que seja a sua 
imagem. Pense nisso! 
28
PALAVRAS FINAIS
Gerenciar a própria carreira como músico é uma arte, que 
poucas pessoas dominam. Agora, você entende um pouco 
mais sobre como esse processo ocorre e quais são algumas 
das armadilhas que você pode encontrar pelo caminho. 
Para você saber mais ainda sobre isso e conseguir 
desenvolver o empreendedor musical que há em você, 
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Business”.

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