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Esquizofrenia: Sintomas, Diagnóstico e Tratamento

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Esquizofrenia
A esquizofrenia é uma síndrome heterogênea caracterizada por perturbações da linguagem, percepção, pensamento, atividade social, afeto e volição. Não há características patognomônicas. É um transtorno psiquiátrico grave, crônico e em muitos casos incapacitante, e caracteriza-se pela presença de sintomas psicóticos, de desorganização, negativos, de perdas cognitivas e depressivos.
Epidemiologia
- Tem distribuição universal
- Prevalência de 1% da população mundial
- Acomete principalmente jovens
- Ambos os sexos
- Tem incidência de 10% entre irmãos, 18 % gêmeos dizigóticos, 50 % gêmeos monozigóticos.
- 85% dos portadores não têm um parente de primeiro grau com a doença
Etiologia
Segue o modelo estresse-diátese: Ocorre o somatório da tendência genética com os estressores (em maior ou menor peso, dependendo de cada caso) para o surgimento da doença.
Neuroimagem
Nesta imagem de Ressonância Magnética do Crânio ou Encéfalo (RM), observamos o alargamento dos ventrículos laterais, encontrado em alguns pacientes portadores de esquizofrenia.
Neste estudo clássico de Thompson et al. (2001), as imagens correspondem a parâmetros estatísticos de perda de substância cinzenta de pacientes esquizofrênicos acompanhados durante 05 anos
Manifestações Clínicas
Os pacientes podem apresentar-se com sintomas positivos ou sintomas negativos, devendo ter pelo menos dois desses durante um período de 1 mês e sinais contínuos por pelo menos 6 meses para preencher os critérios diagnósticos formais. Também podem estar presentes desorganização do pensamento ou do discurso e comportamento motor evidentemente desorganizado, incluindo catatonia
Positivos: desorganização conceitual (do pensamento), delírios e alucinações
Negativos: perda da função, anedonia, expressão emocional diminuída, prejuízo da concentração e engajamento social reduzido
Sintomas cognitivos: Déficit de atenção, compreensão e abstração
Sintomas de afeto: depressão, ansiedade, desesperança, ideias auto-destrutivas
A somatória dos sintomas apresentados leva a uma diminuição do desempenho social e ocupacional, bem como a interação familiar, diminuindo também a autonomia da pessoa.
História natural da esquizofrenia
A síndrome costuma ter início no final da adolescência, com instalação insidiosa (menos comumente aguda) e, muitas vezes, tem prognóstico reservado, evoluindo do retraimento social e distorção perceptiva para delírios e alucinações recorrentes. À medida que os indivíduos envelhecem, os sintomas psicóticos positivos tendem a diminuir, havendo tendência a recuperar algum grau de função social e ocupacional. Os sintomas “negativos” predominam em 33% da população com esquizofrenia e estão associados a prognóstico reservado de longo prazo, bem como pbre resposta ao tratamento farmacológico. No entanto, é característico haver grande variação na evolução e nas características dos sintomas.
Diagnóstico
O diagnóstico é principalmente de exclusão, exigindo ausência de sintomas significativos do humor associados, doença clínica relevante e abuso de substâncias. As reações farmacológicas que causam alucinações, paranoia, confusão ou comportamento bizarro podem estar relacionadas com a dose ou ser idiossincrásicas; os antiparkinsonianos, clonidina, quinacrina e os derivados da procaína são os medicamentos mais associados a esses sintomas. As causas medicamentosas devem ser excluídas em todo caso de psicose de início recente. O exame neurológico geral dos pacientes com esquizofrenia costuma ser normal, mas observam-se rigidez motora, tremor e discinesias em 25% dos pacientes não tratados.
Critérios diagnósticos:
Presença mínima: 1 dos sintomas pertencentes ao grupo de (a) a (d) OU 2 sintomas pertencentes ao grupo de (e) a (h), durante pelo menos 1 mês
Tratamento
Os antipsicóticos são a base do tratamento agudo e de manutenção da esquizofrenia, e são efetivos no tratamento das alucinações, delírios e transtornos do pensamento, seja qual for a etiologia.
O mecanismo de ação envolve, pelo menos em parte, a ligação aos receptores dopaminérgicos D2 /D3 no estriado ventral; a potência clínica dos antipsicóticos tradicionais acompanha suas afinidades pelo receptor D2 , e mesmo os agentes “atípicos” mais recentes produzem algum grau de bloqueio no receptor D2.
O tratamento farmacológico da esquizofrenia é por si só insuficiente. Esforços de orientação dirigidos às famílias e recursos comunitários provaram-se necessários para manter a estabilidade e otimizar o prognóstico. Um modelo de tratamento, envolvendo equipe de acompanhamento multidisciplinar que procure e acompanhe de perto o paciente na comunidade, mostrou-se particularmente efetivo.

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