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Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa ANÁLISE EXPERIMENTAL DE PERDA DE CARGA EM TUBULAÇÕES DE PVC E COMPARAÇÃO COM MÉTODOS EMPÍRICOS Andrea Ferraz Silva(1), Leandro Oliveira dos Anjos(2), Marilia Ferreira Tamiosso(3) (1) Estudante; Universidade Federal do Pampa; Alegrete, Rio Grande do Sul; andreaferrazec@gmail.com (2) Estudante; Universidade Federal do Pampa; Alegrete, Rio Grande do Sul; leandroliveiraem@gmail.com (3) Orientador; Universidade Federal do Pampa RESUMO: O presente estudo objetivou observar, para diferentes condições de vazão e diâmetro, as perdas de carga ao longo do comprimento de tubulações retilíneas feitas em material PVC soldável e comparar os resultados experimentais com métodos empíricos utilizados na bibliografia. A análise foi feita através da montagem de um sistema de tubulação de água fria em uma bancada, onde se variou a vazão para cada medição de pressão feita nos pontos requeridos. As medições de pressão foram feitas com uso de manômetro, acoplado nos pontos para leitura de pressão no sistema. Verificou-se ao fim do procedimento que a equação que melhor representou a perda de carga nos condutos analisados foi a equação de Darcy-Weisbach. Palavras-Chave: condutos forçados, energia, bernoulli. INTRODUÇÃO No dimensionamento de instalações hidráulicas prediais, a quantificação das perdas de carga ocorridas ao longo do comprimento das tubulações devido ao atrito do fluido / tubulação é importante para o correto funcionamento do sistema de distribuição. O presente trabalho objetivou a verificação experimental de perda de carga distribuída em um sistema de condutos forçados em material PVC soldável, buscando comparar com os valores de perda de carga calculados com base na literatura. METODOLOGIA Foram quantificadas em laboratório as perdas de carga em dois trechos distintos de tubulação com diâmetros internos de 21,5 mm e 27 mm. Os dados utilizados foram coletados do procedimento experimental feito durante a disciplina de Hidráulica Geral pelos discentes, realizados no Laboratório de Hidráulica da Universidade Federal do Pampa, campus Alegrete. Para a realização do procedimento experimental, foram utilizados os seguintes equipamentos: bancada de perda de carga (conforme Figura 1); manômetro; hidrômetro; cronômetro e planilha de anotação dos dados. Figura 1 – Representação esquemática da bancada de perda de carga Experimentalmente, as perdas de carga foram determinadas através da medição de diferença de pressão entre os dois pontos em metros de coluna d’água (mca). A equação 1 que representa a Equação de Bernoulli (Eq. da Conservação da Energia). Considera-se inicialmente que, no nível da bancada de perda de carga, a parcela referente à energia de posição e à energia cinética são iguais nos pontos verificados, assim, a perda de carga consiste na diferença de energia de pressão entre os pontos, como colocado na equação 2. (1) Anais do VII Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão – Universidade Federal do Pampa (2) O experimento foi realizado para diferentes vazões, com pequena variação entre elas. A vazão foi determinada através da leitura do hidrômetro, que mostra o volume acumulado, em um determinado intervalo de tempo, este último medido com o auxílio de um cronômetro. Além dos valores de perda de carga medidos em laboratório, foram calculadas as perdas de carga para os mesmos trechos de tubulação através de três equações frequentemente utilizadas em dimensionamentos hidráulicos: Darcy-Weisbach (equação 3), Hazen-Williams (equação 4) e Fair-Whipple- Hsiao (equação 5). Adotou-se: Coeficiente de Hazen-Williams igual à 140 e rugosidade igual à 0,06mm para cálculo do fator de atrito da equação de Darcy-Weisbach. (3) (4) (5) Dessa forma, foi possível comparar os valores observados em laboratório com os valores de perda de carga calculados com equações frequentemente utilizadas nos dimensionamentos hidráulicos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com os resultados obtidos nas medições, foram plotados os gráficos de Perda de Carga Unitária x Vazão para os diâmetros verificados. Para curvas experimentais, foram plotadas as linhas de tendência. Não houve tratamento estatístico dos dados experimentais. Observa-se a relação entre diâmetro e perda de carga unitária. Para diâmetros menores, verifica-se maior perda de carga. Para seções menores, e sendo a vazão constante, a velocidade do escoamento será maior e, portanto, maior será sua perda de carga. As perdas verificadas para as equações de Hazen-Williams e Fair-Whipple-Hsiao obtiveram desempenho semelhante. Verificou-se através dos valores de número de Reynolds para os experimentos a ocorrência de escoamento turbulento de transição, viabilizando a aplicação dos métodos, sendo Hazen- Williams preferencialmente aplicável para grandes diâmetros. A equação de Darcy-Weisbach apresentou o resultado mais próximo dos dados experimentais observados. CONCLUSÕES O procedimento experimental possibilitou a visualização da influência do diâmetro de tubulações na perda de carga à jusante de fluidos em escoamento, apesar das variações de medição, imprecisão no manômero e erros durante o procedimento, como falhas de observação e anotação. Por não haver limitação quanto à aplicação com relação aos regimes de escoamento, a equação de Darcy-Weisbach pode ser preferencialmente utilizada, o que pode ser observado pela aproximação dos resultados em sua aplicação aos valores de perda de carga obtidos experimentalmente, como o esperado a princípio. Contudo, o parâmetro de rugosidade do sistema em análise deve ser conhecido, o que não é um parâmetro trivial de obtenção em situação de condutos em funcionamento. Observa-se que as variáveis nos métodos calculados são altamente significativas levando em conta as limitações dos modelos empíricos. REFERÊNCIAS PORTO, RODRIGO DE MELO. Hidráulica Básica. 4 ed. São Carlos, SP: EESC-USP, 2006. AZEVEDO NETTO, J. M. Manual de hidráulica. 8 ed. São Paulo: Edgard Blücher, 1998. y = 0,3285x2 - 1,4897x + 1,9198 R² = 0,5011 0,00 0,10 0,20 0,30 0,40 0,50 0,60 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2 3,4P er d a d e C ar ga U n it ár ia ( m /m ) Vazão (m³/h) Perda de Carga Unitária (m/m) x Vazão (m³/h) Diâmetro Interno 21,5mm Perda de Carga Experimental Darcy-Weisbach Hazen-Williams Fair-Whipple-Hsiao y = 0,0854x2 - 0,4825x + 0,8795 R² = 0,0411 0,00 0,05 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 2,20 2,40 2,60 2,80 3,00 3,20 3,40 P e rd a d e C ar ga U n it ár ia ( m /m ) Vazão (m³/h) Perda de Carga Unitária (m/m) x Vazão (m³/h) Diâmetro Interno 27mm Perda de Carga Experimental Darcy-Weisbach Hazen-Williams Fair-Whipple-Hsiao
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