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CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER JANAINA MARIA BREGOLIN, 782763, 2016/02 ESTÁGIO SUPERVISIONADO – OBSERVAÇÃO E PRÁTICA: ENSINO MÉDIO SÃO MATEUS DO SUL 2017 1 CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER JANAINA MARIA BREGOLIN, 782763, 2016/02 RELATÓRIO DE ESTÁGIO Relatório do Estágio Supervisionado – Observação e Prática: Ensino Médio do Centro Universitário Internacional UNINTER. SÃO MATEUS DO SUL 2017 2 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ............................................................................... 3 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO........................................................................ 5 2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA......................... 5 2.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO...... 5 2.3 DESCRIÇÃO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO....................................................... 6 2.3.1 Caracterização dos espaços de observação .................................. 6 2.3.2 Caracterização dos profissionais que atuam na instituição........... 7 2.3.3 Caracterização da turma estagiada................................................. 7 2.3.4 Perfil do professor observado no Estágio Supervisionado................................................................................ 8 2.3.5 Descrição das aulas obsevadas/ministradas ................................. 8 2.3.6 Plano de aula....................... ........................................................... 10 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................... 17 REFERÊNCIAS........................................................................................... 18 ANEXO – FICHAS DE FREQUÊNCIA ....................................................... 20 3 1 INTRODUÇÃO O Estágio Supervisionado deve ser realizado conforme estabelece a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei Federal nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996). É uma atividade obrigatória para o aluno que cursa uma Licenciatura, cumprindo uma carga horária pré-estabelecida em instituições públicas e/ou privadas sob a orientação e supervisão de Professor-Orientador e/ou profissionais credenciados pela Instituição. Apresenta como princípio a formação acadêmica, pessoal e profissional do futuro professor. Assim, o Estágio deve ser estruturado de forma a dar continuidade aos conhecimentos e habilidades adquiridas previamente nas diversas disciplinas e atividades previamente ministradas pela Instituição de Ensino Superior a qual o aluno está vinculado. O estágio realizado teve como objetivos analisar os critérios utilizados pelo professor para a docência e o processo de ensino e aprendizagem, também possibilitando o planejamento e a docência no Ensino Médio. O Estagio Supervisionado deve integrar “teoria e práticas”, componentes indissociáveis da “práxis” que tem um lado material, propriamente prático, com a particularidade do que só artificialmente, por um processo de abstração, podemos isolar (FREITAS, 2013). O presente Relatório de Estágio Supervisionado tem por objetivo relatar as atividades observadas na disciplinas de Matemática no Ensino Médio e também relatará o desenvolvimento da docência. No estágio do Ensino Médio foram observadas 30 h/aulas nas disciplinas de Matemática e, 4 h/aulas de aplicação do Plano de Ação por mim elaborado, totalizando 34 horas efetivas em sala de aula, 8 horas de análise de PPP e entrevistas pedagógicas e 61 horas de campo incluindo procedimentos para o início do estágio. Referido estágio foi realizado no período noturno. As turmas em que realizei o estágio foram o 1º e 2º Anos – B, com 39 e 36 alunos respectivamente, entre 15 e 17 anos, no Colégio Estadual São Mateus, Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal. Nas aulas observadas foi possível verificar a atuação da professora, planejamentos e habilidades na profissão, os alunos também foram alvos de observações, e, reflexões serão feitas mediante ao que foi observado. De forma explícita foi possível perceber que cada turma exige do professor uma tática para 4 alcançar o objetivo desejado, atitude essa facilitada pela experiência de percepção do docente. O Estágio Supervisionado nos cursos de Licenciatura deve ser desenvolvido oportunizando um espaço de aproximação e integração do aluno de Licenciatura em Matemática com a realidade educacional. Deve, assim, possibilitar ao acadêmico a vivência prática do conhecimento no campo de trabalho do professor da área, reconhecendo suas necessidades e desafios. 5 2 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESTAGIADA O estágio foi realizado no Colégio Estadual São Mateus, Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal, que se localiza na Rua Dr. Paulo Fortes, nº 422, Centro em São Mateus do Sul/PR. O horário de atendimento da referida instituição de ensino é das 7h40min às 22h50min, deste modo funciona no período matutino, vespertino e noturno. Referida Instituição de Ensino oferta o Ensino Fundamental II, Ensino Médio, Ensino Normal e Curso Profissionalizante de Química Industrial e Meio Ambiente. Tendo uma demanda de 1.627 alunos. No período da tarde funciona também a Escola Municipal com os anos iniciais do Ensino Fundamental. O contato com a Instituição de Ensino pode ser realizado por meio do telefone (42) 3532-1172. O Estágio foi realizado no período de 15 de fevereiro de 2017 até o dia 15 de março de 2017, tendo ocorrido no 1º e 2º Anos – B do Ensino Médio. 2.2 CONCEPÇÃO PEDAGÓGICA DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO O Ensino Médio ofertado no Colégio São Mateus se organiza tendo o aluno como personagem central em torno de quem se desenvolvem as ações administrativas, pedagógicas e de relação com a comunidade. Essas ações garantem a função da escola, onde o desenvolvimento do aluno é o objetivo principal, e se constrói pela soma dos papéis desempenhados por todos os protagonistas do processo educativo. O educador ao pensar sua prática em sala de aula, deve compreender o universo de vida de seus educandos. A realidade do aluno deve ser o ponto de partida para suas aulas. A escola deve recriar suas práticas, mudando suas concepções, revendo seu papel, reconhecendo e valorizando as diferenças. Ensinar é um ato coletivo e homogêneo, que o professor realiza disponibilizando a todos um mesmo conhecimento. Tendo o objetivo de uma gestão democrática participativa, a direção e a equipe pedagógica, se tratando da prática pedagógica, oportunizam momentos para troca de experiências. 6 A construção de uma escola pública democrática, plural e com qualidade social, demanda a consolidação e o inter-relacionamento dos diferentes órgãos colegiados. À escola cabe garantir a aprendizagem de conteúdos que serão necessários para a vida em sociedade e o exercício de sua cidadania. Nessa visão, os alunos não podem ser só vistos como agentes em formação, pois já possuem conhecimentos oriundosde sua prática social. 2.3 DESCRIÇAO E ANÁLISE REFLEXIVA DAS ATIVIDADES DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO 2.3.1 Caracterização dos espaços de observação Quanto ao espaço da instituição foi observado que o prédio é grande e bem preservado, com ampliações recentes. Ele está bem pintado por fora e por dentro das salas O Colégio distribui o alunado em 24 salas de aula de vários tamanhos. A escola possui sala de informática, laboratório, sala dos professores, direção, secretaria, cozinha, refeitório, poucos banheiros, cantina, quadra coberta, campo sintético e calçamento. Na área externa o espaço é relativamente apropriado a demanda. O espaço educacional apresenta boa iluminação e ventilação nas salas. As paredes estão bem preservadas, pintadas e com exposições de trabalhos feitos pelos alunos. No que se refere à mobília na sala observada há muitas carteiras novas e alguns armários bem preservados nos fundos da sala. A turma observada era grande, porém havia espaço suficiente para organização dos alunos nas carteiras. Os recursos tecnológicos são bons, porém, em pouca quantidade em proporção ao número de turmas. Há TV pendrive e data show, outros materiais didáticos são por responsabilidade dos alunos. O acesso a escola se faz através de portões, um pequeno frontal e um grande lateral, ambos com rampa conservada. O espaço físico tem muitos pontos com escadarias, corredores e degraus que não garantem a acessibilidade, necessitando o manejo das turmas para melhor atender o alunado 7 2.3.2 Caracterização dos profissionais que atuam na instituição O Colégio Estadual São Mateus conta com direção e direção auxiliar, equipe pedagógica, coordenadores de curso e de estágios, professor laboratorista, agentes educacionais responsáveis pela alimentação, infraestrutura e fiscalização de alunos; responsáveis pela secretaria, e biblioteca. Os professores que atuam no colégio são QPM e PSS, com diferentes escolaridades. Vale destacar que aqui não estão especificados os colaboradores e os profissionais diversos que atuam como “Amigos da Escola” nas diversas ações e projetos realizados ao longo do ano. A professora por mim observada é QPM, essa com vasta experiência nos Ensinos Fundamental II e Médio, com carreira em fase de solicitação de aposentadoria. Apresenta postura clara e atitudes e métodos condizentes em relação à turma. De modo geral se relaciona bem com os alunos. 2.3.3 Caracterização da turma estagiada O estágio observacional de 34 horas foi realizado com duas turmas do Ensino Médio, sendo 1º e 2º Anos – B. A docência foi desenvolvida com os alunos da turma do 2º Ano – B, conforme indicação da professora observada. A turma observada do 1º ano – B era composta por 39 alunos entre 15 e 16 anos, sendo 13 do sexo feminino e 26 do sexo masculino, enquanto que a turma observada do 2º ano – B era composta por 36 alunos entre 16 e 17 anos, sendo 13 do sexo feminino e 23 do sexo masculino. O perfil socioeconômico dos alunos de ambas turmas era diverso, com alunos da área urbana e rural. Em relação ao comportamento e interesses não foi possível perceber uma atitude madura e responsável em relação a parte das turmas. No geral, os alunos realizam as atividades propostas, porém são dispersos, falantes e sem maturidade suficiente para apontarem o que almejam profissionalmente, principalmente os do 1º Ano, sendo que o Ensino Médio é determinante para conseguir ingressar em cursos de graduação. É visto nos alunos que frequentam as turmas a falta de atenção e distração por conta do uso do celular, raramente se desligam dos aparelhos, certamente essa 8 atitude diminui a eficiência no aprendizado, pois nessa idade ainda falta maturidade e muita atenção é dissipada com aparelhos eletrônicos e internet. 2.3.4 Perfil da professora observada no Estágio Supervisionado Saber o que ensinar é um dos fundamentos da profissão de um bom docente. O conhecimento do currículo e do projeto pedagógico da escola, bem como dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e das Diretrizes Curriculares Nacionais, são necessários para dar uma boa aula. Saber como ensinar é igualmente importante. Se o professor não conhecer as diferentes estratégias e metodologias de ensino, de nada adianta dominar a teoria. (EDUCAÇÃO, 2017). A professora observada é QPM, leciona há muitos anos e, está em fase pré- aposentadoria, sabe dialogar muito bem e impor limites. Os alunos de ambas turmas gostam dela pela abertura que ela dá para que exponham suas dúvidas no decorrer do conteúdo. Sempre ética e cautelosa em suas palavras e opiniões. Seu método de dar aula é organizado e efetivo, apresentando um projeto bimestral com os conteúdos a serem estudados, para cada conteúdo iniciado conceitos de eram dados junto a aplicações de exercícios com resoluções, atividades para fixação e correções no quadro, fazendo uso de livros didáticos e materiais selecionados ao longo da profissão. 2.3.5 Descrição das aulas observadas/ministradas No período em que realizei o estágio pude observar aulas de Matemática do Ensino Médio. Para abrir as aulas do primeiro bimestre dessas turmas, a professora passou para seus alunos um projeto contendo todos os conteúdos a serem estudados naquele período de tempo. Ao dar início ao primeiro conteúdo nessas turmas, primeiramente discorreu sobre o mesmo, mostrando sua origem matemática, para então demostrar sua aplicação e utilização. Pude verificar que a professora observada mantem uma linha de ensino em suas turmas e, sabe ser assertiva. Na sequência das aulas foram passados exercícios para treino e fixação do que foi estudado inicialmente, para serem resolvidos em aula e em casa. Nas aulas seguinte a professora procedeu com a correção das atividades e passou mais 9 exercícios para serem feitos, porém observou que essas turmas davam indícios que alguns conteúdos não haviam sido estudados no ano anterior. Com isso, a professora pode perceber que as turmas apresentavam certa dificuldade para assimilação dos conteúdos do presente Ano que estavam cursando. Perante isso apontou a necessidade de revisar conteúdos do ano anterior, e ensinar conteúdos que não chegaram a serem vistos, expondo que o ano de 2016 foi concluído sem fechar o projeto letivo, em partes provavelmente devido a greve ocorrida e por outros motivos que não vem ao caso no momento. As turmas em questão haviam sido de outro professor no ano anterior, então a professora atual precisou analisar os conteúdos que implicariam no bom desenvolvimento do presente ano letivo e ensiná-los/reforçá-los. Foram realizadas atividades, seguidas de correções com professora e alunos indo ao quadro, cadernos sendo acompanhados e vistados. Na sequência a avaliação foi realizada contendo questões no nível das estudadas nas aulas, de forma individual e sem consulta. A partir daí a professora pode mensurar os conteúdos e fazer o nivelamento dos mesmos para dar início efetivo ao ano letivo. Pedi para esta professora indicar a turma e o conteúdo para minha docência e ela me deu “Progressão Aritmética” no 2º Ano - B, conteúdo esse que faz parte do último bimestre das turmas de 1º Ano. Ressaltou que eu trabalhasse o conteúdo em quatro aulas para iniciar a parte conceitual e introduzir a utilização de fórmulas, para que ela finalizasse o assunto com a parte de cálculos, e assim fiz. Ela daria sequência com o conteúdo de “Progressão Geométrica”, o qual procederia mais rápido visto que os alunos já teriam entendido o mecanismo de regras da primeira progressão, sempre estudadas na respectivaordem, tratados frequentemente como “P.A e P.G”, concluindo a revisão que a mesma estava fazendo na turma em questão. As aulas por mim ministradas trouxeram muitas informações para os alunos, procurei relacionar o conteúdo com situações cotidianas, fiz uso da TV pendrive como recurso para a utilização de vídeos e slides. A sala era grande e a TV não ficava em lugar alto, então foi preciso que houvesse uma movimentação na sala de aula para que todos os alunos fossem alcançados. Percebi que os estudantes mostraram curiosidade em ver a Matemática “acontecendo” no dia-a-dia, pois a mesma geralmente é vista apenas nas resoluções de exercícios que geralmente não fazem relação com a prática. 10 Os alunos sempre apresentam maior afinidade com determinadas disciplinas e, dedicam-se mais a elas, até mesmo porque a Matemática frequentemente é vista como “vilã”, já que suas questões são vistas por grande parte dos alunos como problemas de difícil resolução, e não como um desafio que estimula o raciocínio de forma espetacular. É possível perceber que os alunos acham mais cômodo ver dificuldade na disciplina do que se dedicar para conseguir compreendê-la. Porém, nesse dia fiquei muito feliz, pois pude contribuir para que a Matemática conquistasse um pouco mais esses alunos que não apresentam tanta afinidade com ela. Confesso que ao planejar as aulas estava um pouco receosa, pois como observado nas aulas observacionais, a turma apresentava um déficit em alguns conteúdos, sempre fui apaixonada pela Matemática e, saber que ela era temida por parte deles não me agradava. Durante a docência recebi um retorno considerável da maioria dos alunos, pois participaram das aulas, tiraram suas dúvidas e nas atividades pude constatar que a maioria deles conseguiu assimilar o conteúdo. 2.3.6. Plano de aula PLANO DE AULA 1) IDENTIFICAÇÃO Estagiária: Janaina Maria Bregolin. Instituição de ensino: Colégio Estadual São Mateus, Ensino Fundamental, Médio, Profissional e Normal. Disciplina: Matemática. Turma: 2º ano B. Sala: Prédio novo, segunda andar, sala 12. Professora regente: Rose Wolf Horário da aula: 19h às 20h40min – (14 e 15/03) 2) CONTEÚDO Progressão Aritmética. 3) OBJETIVOS a) Identificar sequências de números que seguem determinada ordem e regra; b) Relacionar sequências numéricas encontradas no cotidiano com a Progressão Aritmética (P.A); 11 c) Reconhecer que toda Progressão Aritmética (P.A) apresenta elementos e uma razão; d) Extrair dados de problema de Progressões Aritméticas (PA) e posicioná-los nas fórmulas de modo adequado. 4) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO CONTEÚDO TRABALHADO E METODOLOGIA DE ENSINO ADOTADA O conhecimento matemático é historicamente construído e, portanto, está em permanente evolução. Assim o ensino da Matemática incorpora esta perspectiva, possibilitando ao aluno reconhecer as contribuições que ela oferece para compreender as informações, analisá-las e posicionar-se criticamente diante delas. De acordo com Bicudo (2004), a Matemática é uma ciência dinâmica, envolvida nas ações cotidianas dos cidadãos, intimamente ligada às descobertas científicas e tecnológicas, utilizando o conhecimento matemático acumulado e concomitantemente construindo-o. As reflexões que caem sobre o assunto, conhecimento matemático, seu papel na sociedade, sua construção de forma coletiva e individual atuam como desafio na educação, fazem com que seja imprescindível refletir a respeito da percepção que os alunos têm sobre a disciplina e, a colaboração que a mesma exerce no cotidiano deles. A Matemática apresenta como contribuição para a constituição de condições humanas de sobrevivência e avanço, inserção das pessoas no mundo do trabalho, desenvolvimento de novas profissões, das relações sociais e da cultura, com o desenvolvimento de posicionamento crítico e propositivo diante das questões sociais. Enfim, a percepção da Matemática e sua linguagem na vida da pessoas, de forma íntima e natural, sem que seja necessário pensar que ela está presente para utilizá-la, pois ela está presente em todas as lugares e situações, auxiliando e melhorando a vida dos cidadãos, fazendo com que os mesmo entendam o mundo que vivem e atuem nele. Na matemática, segundo Dante (2010), a sequência numérica ou sucessão numérica corresponde a uma função dentro de um agrupamento de números. De tal modo, os elementos agrupados numa sequência numérica seguem uma sucessão, ou seja, uma ordem no conjunto. As sequências numéricas podem ser finitas ou infinitas, por exemplo: 12 SF = (2, 4, 6,..., 8) SI = (2, 4, 6, 8...) Note que quando as sequências são infinitas elas são indicadas pelas reticências no final. Além disso, vale lembrar que os elementos da sequência são indicados pela letra a, por exemplo: 1° elemento: a1 = 2 4° elemento: a4 = 8 O último termo da sequência é chamado de enésimo, sendo representado por an. Nesse caso, o an da sequência finita acima seria o elemento 8. Assim, podemos representá-la da seguinte maneira: SF = (a1, a2, a3,..., an) SI = (a1, a2, a3, an...) A Progressão Aritmética (P.A) é uma sequência numérica em que cada termo, a partir do segundo, é igual a soma do termo anterior com uma constante. É observado na P.A a presença de uma constante chamada de razão (r), sendo a mesma obtida por meio da diferença de um termo da sequência pelo seu anterior. A sequência (1, 5, 9, 13, 17, 21) é uma P.A. A razão da P.A é representada por r = 5 - 1 = 4 A sequência (1, 8, 15, 22, 29, 36) é uma P.A. A razão da P.A é representada por r = 8 – 1 = 7 No estudo das Progressões Aritméticas podemos classifica-las de três modos, sendo eles: Constante: Para uma P.A ser constante a sua razão deve ser nula, ou seja, r = 0. Todos os seus termos serão iguais. Exemplo: (5, 5, 5, 5, 5, ...) é uma P.A constante de razão nula. 13 Crescente: Para que uma P.A seja crescente a sua razão (r) deve ser positiva, ou seja, r > 0. A sequência numérica será crescente quando, cada termo a partir do segundo for maior que o antecessor. Exemplo: (1, 5, 9, 13,...) é uma P.A crescente de razão 4. Decrescente: Uma P.A será decrescente se a sua razão (r) for negativa, ou seja, r < 0. A sequência numérica será decrescente quando, cada termo a partir do segundo for menor que o antecessor. Exemplo: (15, 10, 5, 0, -5 ...) é uma P.A decrescente de razão – 5. Quando partimos do primeiro termo (a1) de uma P.A, os demais termos são dados através da razão (r), sendo a P.A (a1, a2, a3, a4, ...). Assim faz-se uso da formula do termo geral. an = a1 + (n – 1) . r Sendo: an = Termo geral a1 = Primeiro termo da sequência. n = Número de termos da P.A. ou posição do termo numérico na P.A r = Razão Exemplo: Determine o 15º termo da P.A. (2, 4, 6, 8 ...) Dados: a1 = 2, r = 2, n = 15, a15 = ? an=a1+(n−1)⋅r a15=2+(15−1)⋅2 a15=2+(14)⋅2 a15=2+28 a15=30 O vigésimo termo da P.A. é 30. A metodologia de ensino a ser adotada nas aulas de Matemática do conteúdo de Progressão Aritmética (P.A.) inicialmente buscará integrar conceitos ao cotidiano do aluno, fazendo com que ele reconheça situações matemáticas referentes ao conteúdo nas suas ações diárias, para sequencialmente compreender a parte que exige interpretação e cálculo. Para facilitar o entendimento das Sequências Numéricas e das Progressões Aritméticas será utilizado um jogo chamado “Corrida ao 100”. O jogo tem por 14 objetivoestimular os alunos a criarem estratégias para vencer e, com isso, desenvolverão progressões aritméticas e descobrirão de forma lúdica suas propriedades. O jogo corrida ao 100 é idealizado para se jogar com duas pessoas. A dupla recebe uma cartela numerada de um a cem. O objetivo do jogo é percorrer todas as casas fazendo marcações, como um “X” ou “O”, com um limite P de jogadas por vez. Cada jogador se identifica com uma marcação diferente, e quem marcar a casa de número cem, vence a partida. Passo a passo: Para iniciar, devem tirar par ou ímpar para definir quem começará a primeira partida. Este será o jogador 1; A cada jogada, deve-se escolher um número de casas entre 1 e P para percorrer, sendo P natural. Caso o numero P seja 8, o primeiro jogador poderá marcar seu circulo do número 1 ao 8, o próximo jogador poderá marcar uma das oito casas depois do numero marcado pelo primeiro. Digamos que o primeiro escolheu a casa do numero 1, o segundo poderá escolher entre as oito casas do 2 ao 9, e assim sucessivamente; Assim, o jogador 1 colocará um circulo (O) nas casas por onde passar. Já o jogador 2, dando continuidade à sequência, deverá colocar um “xis” (X) em suas casas. Vence a partida o aluno que marcar a casa de número 100; A cada partida, inverter quem faz o primeiro lance. 15 Para alcançar a estratégia vencedora, o jogador deve pensar da seguinte maneira: “se posso marcar até 8 casas, para ter a certeza que vou ganhar a última casa que devo marcar é a de número 91, pois meu adversário poderá marcar, no máximo, a casa de número 99 e então eu ganho. Mas para marcar a casa 91, devo marcar a casa 82”. Seguindo esse raciocínio, o aluno deverá formar a sequência 1 – 10 – 19 – 28 – 37 – 46 – 55 – 64 – 73 – 82 – 91 – 100. Dessa forma, deve ter marcado uma dessas casas para garantir a vitória no jogo. E, se tratar-se do primeiro jogador, tem- se a vantagem de que a primeira casa marcada será menor que P e maior que zero. Com isso é possível analisar as sequências que fizeram os alunos para ganhar o jogo observando suas características. Daí a pergunta: Qual a regularidade nas sequencias que determinaram? E então se verifica uma Progressão Aritmética, uma sequência de números reais em que a diferença entre um termo qualquer e seu procedente é constante. Para essa diferença, é dado o nome de Razão R. Ligando essa definição ao jogo, verifica-se que a estratégia para o jogo vencedor é uma P.A de razão (P + 1). A partir disso, introduzimos a notação a1. 5) DESENVOLVIMENTO DA AULA O referido plano de aula é composto por quatro horas/aula de docência, divididas em dois momento. O primeiro momento contará com as duas primeiras horas/aula de docência no qual, inicialmente mostrarei na Tv pendrive imagens cotidianas relacionadas as Sequências Numéricas, de forma implícita. Desta forma abordarei o tema da aula, fazendo primeiramente uma avaliação diagnóstica/dialógica para saber qual o conhecimento que os alunos possuem a cerca da temática e, se lembram de alguma situação semelhante as mostradas no vídeo. 16 Seguirei a aula com a explicação relacionando as situações abordadas nas imagens com o conteúdo de Sequências Numéricas, sempre que possível indagando e incentivando os alunos a exporem suas opiniões, fazendo uso do senso comum e do conhecimento científico acumulado até então. No momento seguinte trabalharei com um jogo chamado “Corrida ao 100”, para que os alunos possam assimilar o conteúdo de forma lúdica, entendendo a presença das razões nas sequências, essas relacionadas à estratégia. No segundo momento, trabalharei mais duas horas/aula, explorando o entendimento das Sequências Numéricas, dando início as Progressões Aritméticas, suas características e a resolução de problemas fazendo uso de fórmula. No decorrer da aula indagarei os alunos sobre as informações transmitidas. Durante as aulas os alunos devem registrar no caderno informação a respeito do tema, resolver exercícios e debater com colegas os resultados obtidos nas problematizações. - Avaliação: A avaliação destas aulas será feita por meio da observação dos alunos na participação da aula e pelo desempenho na atividade proposta de problematização, verificando a assimilação do conteúdo nas situações-problema. Lembrando que a avaliação deve ser processual não vista apenas como produto. 6) RECURSOS Dentre os materiais/recursos utilizados estão: caderno da disciplina, caneta, lápis, borracha, fichas do jogo, quadro de giz, Tv pendrive. 7) REFERÊNCIAS BICUDO, Maria A. V.; BORBA, Marcelo C. Educação Matemática: pesquisa em movimento. São Paulo: Cortez, 2004. CORDIOLLI, M. Sistemas de Ensino e Políticas Educacionais. Editora IBPEX. Curitiba, 2011. DANTE, Luíz Roberto. Matemática: ensino médio, vol. único. Editora Ática, 1ª ed. São Paulo, 2010. GIOVANI, José Ruy. BONJORNO, José Roberto. Vontade de saber matemática, vol.3. Editora FTD, 1ª ed. São Paulo, 2010. Fundação Roberto Marinho; FIESP. Telecurso 2000. Ensino médio – Matemática. Disponível em:< https://www.youtube.com/watch?v=fu-9Q6u1UgQ>. Acesso em: 23 mar. 2017. 17 8) ANEXOS LISTA DE EXERCÍCIOS - PROGRESSÕES ARITMÉTICAS 1. As medidas dos lados de um triângulo são expressas por x + 1, 2x e x2 – 5 e estão em P. A., nessa ordem. Calcule o perímetro do triângulo. 2. Encontrar o termo geral da P.A. (4, 7, ...). 3. Determinar o número de termos da P.A. (-3, 1, 5, ..., 113). 4. Numa P.A. o vigésimo termo é 157 e o primeiro termo é 5. Qual é a razão dessa P.A.? 5. Achar o número de múltiplos de 5 compreendidos entre 21 e 623. 6. Numa P.A. a10 = 130 e a19 = 220. Calcular o quarto termo da P.A. 7. Numa P.A. crescente de 5 termos, o último e o primeiro termos são, respectivamente, as raízes da equação x2 – 12x – 64 = 0. Calcule a razão dessa P.A. 8. Quantos múltiplos de 7 podemos escrever com 3 algarismos? 9. Numa P.A., o sexto termo é igual a 12 e o décimo termo é igual a 26. Calcule o primeiro termo e a razão dessa P.A. 10. Quantos são os números naturais, menores que 98 e divisíveis por 5? 2.4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este relatório apresenta uma síntese das atividades desenvolvidas que foram extremamente importantes para o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos durante a disciplina da graduação. O Estágio Supervisionado foi de grande importância na ampliação da minha visão quanto professora sobre o funcionamento do Ensino Médio. O Colégio observado é grande e com muitos alunos e modalidades de ensino. Percebi que as metodologias de ensino na disciplina de Matemática pouco mudaram quando comparadas a minha época de estudante – há 15 anos. Percebo que a Matemática não é afetada com isso, pois é uma disciplina que exige interpretação e treino, onde metodologias tradicionais satisfazem as estimativas. Nela o pesar esta em relacionar seus conteúdos com o cotidiano, isso sim a torna mais compreensível e próxima do viver do aluno. 18 Através da observação pude concluir que o amadurecimento quanto professor exige tempo. O professor precisa encontrar sua forma de dar aula e alcançar seus alunos. Não existe receita pronta, pois cada turma tem suas particularidades. Ao fazer o estágio com uma professora em período pré-aposentadoria pude perceber que sua metodologia continuava a mesma da época em que eu era sua aluna, demostrando um trabalho efetivo já que a professora é qualificada e experiente na transmissão dos conhecimentos, tem condição de saber o que gera um bom desempenho.Em relação à turma observada, penso que são jovens imaturos que não sabem ao certo o que almejam para seu futuro. Estão no Ensino Médio, participam das aulas, realizam as atividades propostas, porém ainda não sabem focar seus estudos enxergando o que desejam profissionalmente. Sei que não podemos nos abater frente às dificuldades. Vejo que ingressar na educação é um desafio enorme, porém, hoje posso concluir que me considero capaz de assumir a responsabilidade de estar na posição de mestre e educadora neste nível de ensino. O Estagio Supervisionado foi um momento onde pude integrar o aprendizado teórico com a prática em sala de aula. Oportunizou também que eu pudesse adquirir novos conhecimentos de como é atuar nesta área de ensino, e também que pudesse presenciar o dia-a-dia de um professor em sala de aula, refletindo sobre o que acho certo e o que não faria estando na atuação. O trabalho do professor exige muita dedicação, paciência e empenho, um aprendizado importante que se pode extrair destas observações, é que um professor precisa ter vocação, porque do contrário não desenvolverá um bom trabalho, além de um alto nível intelectual, devemos sentir prazer e amor no que fazemos somente assim o trabalho será bem feito. REFERÊNCIAS ANTUNES, Celso. Novas maneiras de ensinar, novas formas de aprender. Editora Artmed. Porto Alegre – 2002. ASSIS, J.A.T. Memorial e Estágio Supervisionado: uma formação vivenciada. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Geografia na Universidade Estadual de Paraíba. São Bento-PB, 2014. 19 FREITAS, A. A. O homem e a história na filosofia da práxis de Adolfo Sánchez Vázquez. Artigo apresentado ao Simpósio Temático no I Congresso de História e Literatura: “Tempo e Narrativa” na Unidade de Jussara. São Paulo, 2013. REGO, Marion A. A teoria na prática é outra. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1992. VASCONCELLOS, Celso. Planejamento: Projeto de ensino-aprendizagem e projeto político-pedagógico. Editora Libertad. 6ª edição. São Paulo, 1999. Texto retirados da internet: EDUCAÇÃO, Todos pela. Disponível em: <http://www.todospelaeducacao.org.br/reportagens-tpe/24439/o-perfil-do-bom- professor>. Acesso em: 22 marco. 2017. 20 ANEXOS – FICHAS DE FREQUÊNCIA 21 22
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