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RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

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PEDAGOGIA
 
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II – ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Tutora presencial: 
Tutora a distância: 
CIDADE
2020
RELATÓRIO DO ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO II – ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
Relatório de Estágio apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, para a disciplina de Estágio curricular Obrigatório – Anos Iniciais do Ensino Fundamental.
Orientadora: Profª Ma. Lilian Amaral da Silva Souza
Tutor Eletrônico: Angelita Martins Guedes
Tutor de Sala: Sabrina Soares Cardoso de Araújo
CIDADE
2020
SUMÁRIO
· INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 04
· CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
· DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO 
· DIÁRIOS DE REGÊNCIA 
· CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 10
· REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
· INTRODUÇÃO
Este relatório trata-se do Estágio Curricular Obrigatório II dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Foram realizadas atividades, tais quais: observação da rotina escolar, elaboração dos planos de aula, realização das regências nos anos iniciais do ensino fundamental e elaboração do relatório final.
Realizei o estágio na Escola Estadual José Antônio Pessoa, na turma do 3º ano, onde estive presente durante 13 dias acompanhando a rotina e observando o ensino – aprendizagem. Fiz algumas intervenções com autorização da professora regente auxiliando os alunos nas atividades propostas.
Elaborei o plano de aula para aplicar aos alunos de acordo com o planejamento da professora. O tema foi a matemática (números ordinais). A aula foi dinâmica e os alunos se mostraram interesse e autonomia para resolver as questões.
Esse estágio foi muito importante, pois tive a oportunidade de vivenciar a realidade dos alunos e da escola e de tudo que norteia a área da educação.
Realizei essa atividade entre os dias 25 de fevereiro à 18 de março de 2019, e posso dizer que os resultados foram ótimos, muita experiência e aprendizagens eu serão de extrema importância para a atuação em sala de aula.
· CARACTERIZAÇÃO DO CAMPO DE ESTÁGIO
A Escola Estadual José Antônio Pessoa (010057) integra a rede Estadual de ensino e está localizada na Rua Maria das Neves Figueiredo Carlos, número 280, bairro Sevilha A, em Ribeirão das Neves/MG. Construída com recursos próprios do Município e doada ao Estado de Minas Gerais foi inaugurada pelo Exmo. Senhor Governador Estado, Francelino Pereira dos Santos, aos vinte dias do mês de março de 1981, juntamente com o prefeito do Município.
O quadro de funcionários compõe-se de: uma diretora pós-graduada em psicopedagogia, duas vice-diretoras pós-graduadas, três especialistas em educação com pós-graduação, dezesseis professores com curso superior e um com curso de magistério, três professores eventuais, dois professores para o ensino de uso da biblioteca com pós-graduação, cinquenta e sete professores de apoio com pós-graduação, quatro professores de educação física. Deste total, quatorze são efetivos, sete são ADI4876 e vinte e cinco são designados.
Compõem, ainda, o quadro de funcionários:
Cinco auxiliares de secretaria, um ATB financeiro, quatro professores em ajustamento funcional e onze ajudantes de serviço geral.
Por ser um espaço de trabalho coletivo, a E. E. José Antônio Pessoa elaborou um projeto pedagógico para oferecer um ensino de qualidade e direcionado quanto a estrutura organizacional, a organização de o trabalho escoltar ao acompanhamento pedagógico metodologia, ao material didático ao aperfeiçoamento do pessoal docente e articulação da escola/comunidade.
Visitei a escola no dia 25 de fevereiro de 2019, me apresentei à direção e fui bem recebida pela diretora Andréia Dultra dos Santos. A partir desse dia iniciei o estágio respeitando, assim, todas as etapas estabelecidas, como: observação participativa, realização da regência nos anos iniciais do ensino fundamental.
Observando as salas de aula, percebi que os alunos passam a maior parte do tempo assentados em fila e fazendo as atividades, os professores trabalham de forma tradicional e não usam muito o lúdico durante as aulas. São aplicadas atividades do livro, em folhas ou na lousa. O único momento em que os alunos têm uma atividade lúdica é nas aulas de educação física, onde eles jogam futebol, vôlei, xadrez, corridas e outros.
As professoras são especialistas em educação básica, algumas são efetivas e outras são contratadas, mas todas elas são excelentes profissionais. Cada sala de aula tem entre 28 e 30 alunos. São 16 salas dividindo-se entre as turmas do 3º, 4º e 5º ano no turno da manhã, e 1º, 2º e 3º no turno da tarde.
Realizei o estágio no turno da manhã, na turma do 3º ano, onde pude observar, participar de todas a atividades realizadas, além de realizar a regência nesta mesma sala de aula.
· DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO DE CAMPO
A Escola Estadual José Antônio Pessoa tem o nível de modalidade de ensino fundamental, atendendo alunos a partir de seis anos de idade, do 1º ao 5º ano (Anos iniciais do ensino fundamental).
No turno da manhã, onde escolhi fazer o estágio, tem três salas de aula do 3º ano, sete salas de aula do 5º ano e seis salas de aula do 4º ano, totalizando 16 salas de aula.
A escola tem uma boa estrutura para acolher os alunos, salas grandes, carteira, banheiros, refeitórios, quadra esportiva e muito espaço no pátio para que as crianças possam brincar na hora do recreio.
A biblioteca é bem equipada, com livros, revistas e alguns brinquedos pedagógicos. Observando as turmas do terceiro ano, percebi que os alunos já são mais desenvolvidos em relação à leitura e a escrita. As professoras seguem rigorosamente todo o planejamento estabelecido. Elas trocam atividades e ideias de projetos entre si para facilitar o dia a dia e também melhorar a prática pedagógica e o aprendizado dos alunos.
Nas turmas de 4º ano, os alunos são maiores e mais agitados, é preciso que a professora saiba usar os argumentos certos para resolver possíveis problemas.
As professoras desenvolvem um trabalho voltado para o aprimoramento dos conhecimentos adquiridos na área da linguagem com ênfase na leitura e na interpretação de diferentes portadores de texto.
Na matemática ocorre a sistematização das quatro operações, a ampliação do campo numérico e a interpretação e resolução de problemas matemáticos. São analisados gráficos e tabelas, desafios lógicos e o estudo da geometria e das frações.
Eles também estudam educação financeira, com um enfoque no vocabulário financeiro e nas questões do consumo sustentável.
Nas turmas de 5º anos é possível perceber que essa etapa é o encerramento de uma fase dos anos iniciais do ensino fundamental, por isso tem características especificas e procura ampliar e aprofundar conceitos, considerando as aprendizagens realizadas nos anos anteriores. Ao mesmo tempo é um ano de transição para os anos finais do ensino fundamental. No 5º ano os alunos já tem uma professora específica para cada componente curricular, buscando a formação integral do estudante com a ampliação dos estudos nas diversas áreas do conhecimento.
Os professores elaboram várias atividades onde os alunos aprendem formas de se organizar e gerir seu tempo, a fim de criar hábitos de estudos eficazes aprendendo a ser autônomos e capazes de resolver os desafios naturais do curso da vida.
Os professores tem um diálogo entre eles que possibilita parcerias e fundamenta um trabalho interdisciplinar com o conhecimento, possibilitando trocas de planejamentos de estratégias coletivas e de informações no cotidiano do trabalho. Além disso, os vários olhares sobre a produção e o desenvolvimento dos alunos é um elemento enriquecedor do processo de ensino – aprendizagem.
Percebi o envolvimento da maioria no processo educacional proposto; boa regência de recursos humanos e materiais pela equipe gestora, transparência e cumprimento das normas e legislação, bonsrelacionamento entre professores e alunos, condições favoráveis para o desenvolvimento do trabalho pedagógico, participação da maioria na formação continuada oferecidas em módulos II. Porém percebi a necessidade de incentivar o professor a tornar suas aulas mais criativas, lúdicas, através dos recursos disponíveis.
Os espaços atuais da escola apresentam-se em ótimas condições: 16 salas de aula com mobiliário, cantina com refeitório coberto, uma diretoria, uma secretaria, uma biblioteca com mobiliários e acervos variados capazes de atender os alunos. A quadra esportiva é coberta, mas necessita de reforma em toda a sua estrutura.
· PLANOS DE AULA PARA REGÊNCIA
TEXTO DE FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
ENSINO DA MATEMÁTICA
O ensino da matemática exige situações do professor, primeiro o profissional deve estar atento aos fundamentos teóricos e depois desenvolver as aplicações práticas.
No ensino fundamental o professor aborda situações básicas de matemática no intuito de despertar no aluno o lado cognitivo e prepara-lo para as quatro operações básicas em determinadas situações geométricas.
A parte teórica na matemática é imprescindível, pois ao ser trabalhada, leva ao conhecimento do aluno a importância da pesquisa e da própria curiosidade do homem de buscar na ciência respostas para o que acontece ao seu redor.
A prática deve ser mostrada posteriormente ao estudo da teoria, pois através das aplicações matemáticas, o aluno conseguira observar a importância dos fundamentos matemáticos no cotidiano das pessoas e no desenvolvimento da sociedade.
Dessa forma, o ato de ensinar e aprender matemática se torna prazeroso, quebrando paradigmas criados no decorres dos estudos relacionados ao ensino da disciplina colocada em questão.
Compartilhar os saberes matemáticos desenvolvidos pelo homem ao longo dos tempos pode não ser tarefa fácil. Se pensarmos em todas as transformações pelas quais passamos ao longo da historia, perceberemos que os contextos em que os conceitos matemáticos foram desenvolvidos, podem não fazer sentido atualmente.
A necessidade de se repensar a forma de se ensinar matemática tem provocado, desde a década de 1990, muitos estudos, pesquisas praticas e debates sobre o assunto. Grupos de pesquisa ligados a universidade e a outras instituições brasileiras e propostas curriculares, visando repensar o ensino desta disciplina de modo a reduzir as dificuldades ligados a sua aprendizagem.
Esses estudos, porém muitas vezes não chegam aos professores que estão diariamente em sala de aula, seja porque as escolas onde trabalham não promovem capacitações para que esses estudos sejam divulgados ou talvez porque os próprios professores não procuram ou não acham necessário se informarem sobre esses assuntos.
Com o objetivo de auxiliar o professor em sala de aula e levar a eles parte dos estudos desenvolvidos em 1997, foram publicados pelo ministério da educação os parâmetros curriculares nacionais de matemática (PCNs).
Alguns estudiosos comprovam em pesquisas o porquê de muitas crianças fracassarem em matemática. Segundo Freitag (1984), a maioria das crianças de seis a nove anos ainda não possui o pensamento operatório concreto estabilizado.
Somente 11,2% das crianças estudadas demonstraram ter construído as operações lógicas características deste nível, enquanto que os restantes ou apresentaram características do pensamento pré-operatório (8%) ou estão no período de construção dessas estruturas (78,8 %).
De acordo com a epistemologia genética, para que a aprendizagem ocorra é preciso que haja integração entre sujeito e objeto, ou seja, o conhecimento não é inato no sujeito, nem tampouco externo a ele, mas constituído de interações a partir de ações. Assim a aprendizagem está subordinada ao desenvolvimento humano. O desenvolvimento é um processo espontâneo ligado a biogênese, que diz respeito ao desenvolvimento do corpo, do sistema nervoso e das funções mentais, já a aprendizagem é provocada por situações externas.
A matemática é uma área de conhecimento que exige um elevado grau de abstração principalmente quando falamos da matemática pura. Observa-se que a matemática por ela mesma não existe enquanto ciência empírica e sua aquisição dá-se em sua totalidade, por abstrações reflexionantes a partir de construções lógico-matemáticas. Para construir a noção de números é necessário conservá-lo enquanto quantidade, mesmo que alterada a distribuição espacial dos elementos considerados.
Piaget e Szminza partem da hipótese de que a construção do número correlativa ao desenvolvimento da própria logica (1971, p.12), sendo o período pré-lógico um período pré-numérico. Os autores chegam então a conclusão de que a construção do numero se dá etapa a etapa, a partir da união da inclusão e da seriação de elementos, chegando a totalidade operatória do conjunto dos números inteiros finitos indissociavelmente cardinais e ordinais (1971, p.13).
Os parâmetros curriculares nacionais para a área de matemática no ensino fundamental decorrentes de estudos, pesquisas praticas e debates desenvolvidos nos últimos anos. São eles: 
- A matemática é componente importante na construção da cidadania, na medida em que a sociedade se utiliza, cada vez mais de conhecimentos científicos e recursos tecnológicos, dos quais os cidadãos devem se apropriar.
- A matemática precisa estar ao alcance de todos e a democratização do seu ensino deve ser meta prioritária do trabalho docente.
- A atividade matemática escolar não pelo “olhar para coisas prontas e definitivas”, mas de construção e a apropriação de um conhecimento pelo aluno que se servirá dele para compreender e transformar sua realidade.
A matemática surgida na antiguidade por necessidades da vida cotidiana converte-se em um imenso sistema de variados e extensas disciplinas. Como as demais ciências, refere-se às leis sociais e serve de poderoso instrumento para o conhecimento do mundo e domínio da natureza.
A matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e coerenci que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de generalizar, projetar, prever e abstrair favorecendo a estruturação do pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Faz parte da vida de todas as pessoas na experiência mais simples como contar, comparar e operar sobre quantidades. Nos cálculos relativos a salários, pagamentos e consumo, na organização de atividades como a agricultura e pesca, a matemática se apresenta como um conhecimento de muita aplicabilidade. Também é um instrumento importante para diferentes áreas do conhecimento, por ser utilizada em estudos tanto ligados às ciências sociais e por estar presente na composição musical, na coreografia, na arte e nos esportes.
Essa potencialidade do conhecimento matemático deve ser explorada da forma mais ampla possível, no ensino fundamental.
Para tanto, é importante que a matemática desempenhe equilibrada e indissociavelmente seu papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicabilidade a problemas, situações de vida cotidiana e atividades do mndo do trabalho e no apoio a construção de conhecimento em outras áreas curriculares.
EMBASAMENTO TEÓRICO – METODOLÓGICO QUE ORIENTAM A AÇÃO DOCENTE E A AQUISIÇÃO DO CONHECIMENTO MATEMATICO NO INICIO DA ESCOLARIZAÇÃO
Os documentos oficiais para educação básica orientam que o docente pode recorrer as diversas estratégias de ensino para a pratica da matemática. Na educação infantil essas estratégias englobam associação e relações logicas, classificação e seriação, resolução de problemas e projetos. Já nos anos iniciais, além da resolução de problemas e projetos, o professor pode recorrer à história da matemática, aos jogos e a s tecnologias digitais da informação e comunicação. Mas em ambas as fases, essas estratégias relacionadas nos documentos são importantes, e podem ser utilizadas durante todo o período de desenvolvimento das crianças.
No caso das relações logicas, estratégias que as mobilizem acrescidas do trato didáticoadequado proporcionam a expansão do seu raciocínio lógico e do olhar a respeito das informações matemáticas presentes no seu dia-a-dia constatando a função social dos números (AMORIM, 2004).
O REFERENCIAL curricular Nacional para a educação infantil (BRASIL, 1998), reconhece que, apesar das crianças ainda realizarem na escola atividades de memorização, associação e repetição, elas conseguem aprender matemática, mas não desenvolvem totalmente suas potencialidades. É preciso ir além e acrescentar as relações lógicas, a classificação e a seriação nas atividades de sala de aula com as crianças. No trabalho com o ensino fundamental, isso se intensifica ainda mais.
Como Rocha (s.d) ressalta o trabalho feito com jogos, por exemplo, pode favorecer o desenvolvimento logico – matemático. Além dessa possibilidade, DULTRA (1991), lista uma serie de ações que o professor pode ter como referencia para o trabalho com a s crianças, no sentido de favorecer as relações logicas com elas.
A criança naturalmente, em seu desenvolvimento, vai desenvolvendo mecanismos de classificação e seriação, sem necessariamente, haver necessidade de alguma intervenção didático-pedagógica. Porem, o professor pode colaborar com esse processo, estimulando as potencialidades da criança e fazendo com que elas cheguem a um conhecimento sistematizado ou mostrando como a matemática interfere no cotidiano e é útil para diferentes situações do contexto social.
Segundo a teoria de Piaget, considerando esses processos, a construção do numero trem inicio no período sensório-motor, quando a criança passa a separar, reunir ou ordenar os objetos, e termina no período das operações formais, quando absorve o sistema dos números interiores.
A MATEMÁTICA PARA CIRANÇAS DE 8 A 10 ANOS
O Ensino fundamental tem como objetivo a formação básica do cidadão. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais, essa etapa da escolaridade deve assegurar aos estudantes acesso ao conhecimento e a cultura. Mais especificadamente nos primeiros anos do ensino fundamental, deve-se focar nos processos de alfabetização e letramento, no desenvolvimento de diversas formas de expressão e nos conhecimentos que constituem os componentes curriculares obrigatórios.
Para atingir os objetivos, o professor deve planejar cuidadosamente suas aulas e trabalhar os campos da matemática (geometria, numérico e métrico), de forma articulada, pois as crianças tem melhores condições de aprender o significado dos diferentes conteúdos se conseguirem perceber diferentes relações deles ente si (BRASIL, 1997, p. 48).
Os conteúdos a serem abordados até o final do primeiro ciclo são, em sua totalidade, pertencentes aos três campos da matemática aritmética, geometria e métrica. Em crianças de seis a sete anos, esses conceitos são trabalhados de forma a desenvolver o senso numérico, o espacial e o das medidas. Assim nas crianças de oito anos, o trabalho deve ser no sentido de evoluir dos sensos para os conceitos nesses três campos.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de matemática (BRASIL, 1997), ao final do primeiro ciclo deve-se cobrir alguns conteúdos relacionados a números naturais, espaço e forma, grandezas e medidas e tratamento da informação.
No segundo ciclo do ensino fundamental I, anos iniciais, os professores devem continuar considerando os mesmos aspectos para o ensino tratados no primeiro ciclo, mas devem considerar ainda que as crianças de 9 a 10 anos começam a se interessar sobre o porquê das coisas e quais são suas finalidades, além de apresentarem maior concentração e capacidade verbal. Passam, ainda a comparar e analisar diferentes estratégias de solução para os problemas, visto que passam a enxergar o ponto de vista dos outros comparando com os seus (BRASIL, 1997).
O ensino da geometria que durante um período foi negligenciado no Brasil, voltou a fazer parte do currículo das escolas. Nos aos iniciais do ensino fundamental, o trabalho com espaço e forma constrói o alicerce necessário para o desenvolvimento dessa disciplina nos anos seguintes.
Tratamento da informação é o conteúdo mais recentemente incluído no ensino da matemática para o ensino fundamental.
Ao trabalhar esses quatro eixos do ensino da matemática, o professore desenvolverá nas crianças competências e habilidades necessárias para que elas possam seguir com a construção do conhecimento matemático de forma a não causar rupturas que possam prejudica-las no futuro.
PLANOS DE AULA PARA REGÊNCIA
PLANO DE AULA 1
Conteúdo: centena, dezena, unidade
Tema: Matemática
Faixa etária: 3º ano
Objetivo geral: levar as crianças a compreender o valor e o lugar de cada algarismo, construir o conhecimento de unidade, dezena e centena
Metodologia: 
Aplicar o conceito de unidade, dezena e centena aos alunos
Apresentar o material dourado a turma, deixando claro o valor de cada peça
Escrever números aleatórios no quadro e pedir para que os alunos façam a representação com o material dourado
Recursos: material dourado, atividade em folha
Avaliação: avaliar os conhecimentos prévios do sistema de numeração decimal até a ordem das centenas
PLANO DE AULA 2
Tema: Números ordinais
Conteúdo: Matemática
Objetivos: utilizar números naturais como indicador de quantidade ou ordem em diferentes situações, compreender a ordem numérica, desenvolver o domínio da ordem habitual crescente dos números
Metodologias:
Iniciar a atividade dialogando com os alunos sobre o que eles sabem sore os números ordinais, observar se sabem que os números também indicam ordem.
Após esse levantamento é importante que os alunos saibam que os números ordinais simplesmente são números usados para assinalar uma posição numa sequencia ordenada: primeiro, segundo, terceiro, etc.
Entregar a folha com a atividade dos números
Recursos: quadro, giz, folha com atividade
Avaliação: avaliar se os alunos conseguem representar situações com o numero ordinal
PLANO DE AULA 3 
Tema: antecessor e sucessor
Conteúdo: matemática
Objetivos: fixa a aprendizagem dos conceitos “antecessor e sucessor”
Reconhecer regularidades em sequencias numéricas relativas a antecessor e sucessor
Metodologia: 
Explicar aos alunos que todo número tem um que vem antes dele (antecessor) e um que vem depois dele (sucessor), escrever os números o quadro de 0 a 99 e contar em voz alta junto com a turma
Distribuir a folha de atividades de completar os números que faltam.
Conforme forem terminando, a professora vai chamando para corrigir
Os alunos poderão pintar o desenho após terminarem
Avaliação
A avaliação será feita com a observação quanto ao interesse e envolvimento dos alunos durante a realização das atividades e correção no quadro e no caderno, sendo considerado satisfatório se o aluno identificar o numero antecessor e o sucessor, bem como a sequencia numérica de 0 a 99.
Recursos: quadro negro, giz, folha de atividade impressa
PLANO DE AULA 4
Tema: Números e operações
Conteúdo: matemática
Objetivos: sistematizar a noção de que adicionar equivale a acrescentar, juntar
Identificar as situações em que se usa a soma
Resolver situações problemas que envolvam a adição
Metodologias
Apresentar o sinal que representa a soma (+), explicar que esse sinal indica que estamos juntando ou adicionando, e o resultado dessa soma é representado após o sinal (=).
Perguntar, por exemplo, aos alunos: quantos meninos tem na sala, e quantas meninas tem na sala?
Após esse momento, realizar junto com eles a soma dos alunos logo após entregar a atividade de adição em folha.
Avaliação: a avaliação será feita durante a realização da atividade
Recursos: Atividade impressa
PLANO DE AULA 5 
Tema: Geometria
Conteúdo: matemática
Objetivos:
Classificar e comparar figuras planas (triangulo, quadrado, trapézio, retângulo e paralelogramos) em relação a seus lados (quantidade, posições relativas e comprimento).
Propiciar condições para que os alunos possam identificar dentre as figuras planas, os polígonos.
Metodologias: 
Entregar a folha com as diversas formas geométricas desenhadas, explicar cada uma delas,depois pedir para as crianças colorir, recortar e formar outras gravuras fazendo colagens.
Recursos: Folha de atividade, lápis de cor, tesoura, cola
Avaliação: serão considerados os índices de envolvimento do aluno na atividade, seu empenho em participar das atividades e a construção de cada figura
PLANO DE AUL 6
Tema: grandezas e medidas
Conteúdo: Matemática
Objetivos: explorar diferentes unidades de medidas e instrumentos de uso social para medir comprimento
Resolver problemas que envolvem determinar medidas usando o centímetro e o metro com unidades de media
Metodologias:
Proponha que as crianças comparem se a sala de aula da sua turma é maior ou menor do que a sala da outra turma.
Solicite que calculem quantos passos serão necessários para ir da lousa até o fundo da sala
Fazer comparações do comprimento utilizando fita métrica, fazendo medidas da sala, carteiras, porta, janelas, etc, colocando em um quadro, separando o metro, decímetro, centímetro e milímetro
Recursos: lápis, papel, borracha, fita métrica, lousa e giz
Avaliação: avaliar a capacidade e a compreensão dos alunos em relação a medidas, espaços, a avaliação será feita durante a atividade.
DIÁRIO DAS REGÊNCIAS
Realizei as regências na turma do 3º ano do ensino fundamental. A sala tem 27 alunos com idades entre 7 e 8 anos, a professora regente da turma, Lílian Ana me recebeu muito bem e me apoiou durante as minhas aulas.
Utilizei o conteúdo da matemática para embasar todos os meus planos de aula, cada um com um tema diferente, pois acho interessante se trabalhar a matemática nos anos iniciais.
No dia 11 de março foi minha primeira aula, com o tema de centena, dezena e unidade. Eu expliquei a eles a classificação de cada uma, o porquê delas serem chamadas assim, apresentei a elas o material dourado, fizemos atividades de representações com as peças, eu escrevia no quadro o número e eles tinham que representar com o material.
Os alunos ficaram atenciosos e participativos, tiveram pouca dificuldade em representar os números.
Fiquei muito feliz com o resultado da aula, interativa e descontraída, foi um dia de muito aprendizado.
No dia 12 de março foi a segunda aula, eu trabalhei os números ordinais, conversei com os alunos sobre o que eles sabiam sobre os números ordinais, alguns responderam corretamente, outros não. Expliquei a eles o significado dos números ordinais e fui auxiliando cada um conforme necessário. 
Os alunos dessa turma são bem espertos, eles aprendem muito rápido aquilo que queremos passar pra eles, isso é muito gratificante para o professor.
No dia 13 de março foi a minha terceira aula, onde eu quis passar para os alunos sobre os números antecessor e sucessor. Tive uma breve conversa com eles sobre o tema, depois eu escrevi os números de 0 a 99 no quadro e fui contando junto com eles, depois pedi pra eles copiar os números no caderno.
Em seguida entreguei a atividade de colagem para colar o sucessor e o antecessor dos números nos lugares corretos.
Pedi a eles para ter muita atenção na hora de colar os números. A atividade ficou linda e eles compreenderam a proposta.
No dia 14 de março fizemos atividades dos números e operações. Dialoguei com eles sobre os sinais, fizemos representações orais de contas como: quantos meninos tem na sala, e quantas meninas tem na sala, quantos estão de uniforme e quantos ão estão de uniforme, entre outros. Eles são participativos e interagem com a atividade de maneira excelente. Depois entreguei a folha de atividade com operações de adição, os alunos foram ótimos na resolução das questões, alguns tiveram um pouco de dificuldade quando era necessário subir o numero para achar o resultado, mas de maneira geral, foram excelentes.
No dia 15 de março trabalhei com eles a geometria e foi muito legal. Peguei a folha com as formas geométricas desenhadas e fui explicando cada uma e o nome delas. Eu ia falando e pedia para eles repetirem. Depois eu entreguei a folha pra cada um e pedi que eles colorissem as formas geométricas em seguir recortá-las e formar outros desenhos a partir delas. Eles ficaram interessados e muito atraídos com a atividade.
Uns fizeram dinossauros, cavalos, galinhas, patos, robôs, era cada desenho engraçado, a aula foi muito criativa, e eu também aprendi muito com eles. Esse tempo de regência é muito bom para aperfeiçoamento do nosso aprendizado.
No dia 18 de março foi a ultima aula, cujo tema foi grandezas e medidas, a aula foi bem dinâmica, pois os alunos tiveram que se levantar, andar pela sala, usaram a fita métrica e iam medindo tudo que viam pela frente, as mesas, a cadeira, o caderno, etc. fomos registrando no papel a medida de cada coisa. Fizemos caminhada no pátio da escola e ia contando quantos passos daria para chegar até a cantina, até o banheiro, até a quadra, etc.
Os alunos ficaram encantados porque eles quase não saem da sala para fazer atividades assim.
Voltamos pra sala e entreguei a folha de atividade que eles tinham que marcar os objetos que são pesados, ou medidos, a atividade foi tranquila, eles são mesmo alunos muito espertos e inteligentes
Com essas aulas eu aprendi muito e tenho certeza que levarei cada experiência e aprendizado para toda minha vida.
· CONSIDERAÇÕES FINAIS
Ao realizar o estágio de observação e regência nos anos iniciais do ensino fundamental, percebi na prática o dia a dia do professor, que ás vezes nos revela momentos bons e até mágicos, ou situações totalmente inversas, mas que nos ensina a pensar melhor e refletir profundamente na nossa missão como educador.
O estágio de observação foi ótimo para meu aprendizado, pude perceber também que o ensino da matemática não é fácil, é preciso ter habilidade, dinamicidade e domínio do conteúdo.
Em relação às aulas observadas, foi enriquecedor para mim, pois aprendi a fazer um bom planejamento e ministrar as aulas com clareza e segurança.
Por isso considero essa etapa de convivência dentro da escola muito importante, pois na faculdade aprendemos a teoria, mas, é na prática, no estágio, que podemos ver realmente como é a vida de um professor dentro das salas de aula.
Pra mim foi algo novo, porque até então e ó conhecia a realidade da educação infantil, por isso foi um período de muitas descobertas e novidades.
A professora regente da turma, Lílian Ana é uma pessoa extremamente atenciosa, me ajudou e me orientou em tudo que precisei.
Estou muito satisfeita, pois consegui concluir cada etapa do estágio com êxito e sei que levarei por toda minha vida como professora e também com pessoa.
· REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
· KAMIL, Constance. A criança e o número. Campinas, SP, Papiros, 1990.
· Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática/Secretaria de educação fundamental – BRASÍLIA – MÊS/SEF, 1997,124p.
· PIAGET, Jean. Psicologia e Pedagogia. Rio de Janeiro: Forense, 1970.
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