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Doenças	
  Pulmonares	
  Ocupacionais	
  
	
  
	
  
Kim	
  Ir	
  Sen	
  Santos	
  	
  Teixeira	
  
	
  
	
  
Novembro/2012	
  
Radiologia e Diagnóstico por Imagem 
Hospital das Clínicas 
Universidade Federal de Goiás 
Doenças	
  Pulmonares	
  Ocupacionais	
  /	
  Pneumoconioses	
  
Pneumoconioses	
  são	
  causadas	
  por	
  acúmulo	
  de	
  par2culas	
  inaladas	
  e	
  envolvem	
  
uma	
  reação	
  no	
  tecido	
  pulmonar	
  
•  Organização	
  Internacional	
  do	
  Trabalho:	
  	
  sistema	
  de	
  classificação	
  dos	
  
achados	
  radiográficos	
  pulmonares	
  e	
  pleurais	
  para	
  fins	
  epidemiológicos.	
  	
  
•  Classificação	
  clínico	
  –	
  patológica	
  
 FIBRÓTICAS	
  (nodular	
  ou	
  difusa):	
  silicose,	
  pneumoconiose	
  dos	
  
mineradores	
  de	
  carvão,	
  asbestose,	
  berilose	
  e	
  talcose	
  	
  
 NÃO	
  -­‐	
  FIBRÓTICAS:	
  siderose,	
  estanose	
  e	
  	
  baritose	
  
	
  
	
  
SILICOSE:	
  
o  Inalação	
  de	
  poeira	
  com	
  dióxido	
  de	
  sílica	
  cristalina	
  
o  Mineração	
  de	
  rochas	
  duras,	
  cavar	
  e	
  abrir	
  túneis	
  
o  DiagnósOco	
  
	
  
Formas	
  clínicas	
  	
  
–  Aguda	
  	
  ou	
  Silicoproteinose	
  Alveolar:	
  exposição	
  a	
  grandes	
  quanSdades	
  de	
  sílica	
  
em	
  curto	
  período	
  de	
  tempo	
  (	
  5	
  anos	
  )	
  
	
  
–  Clássica	
  ou	
  Doença	
  IntersScial	
  ReSculonodular	
  Crônica	
  (10	
  –	
  20	
  anos)	
  
 Simples	
  
 Complicada	
  ou	
  Fibrose	
  Maciça	
  Progressiva	
  
	
  
•  Complicações:	
  Carcinoma	
  e	
  Tuberculose	
  
–  Preditores	
  	
  de	
  mortalidade	
  
–  TB:	
  25	
  %	
  dos	
  casos	
  silicose	
  aguda	
  ou	
  clássica	
  
–  Piora	
  	
  dos	
  sintomas	
  respiratórios	
  	
  
–  Progressão	
  mesmo	
  após	
  interrompida	
  a	
  exposição	
  	
  
SILICOSE	
  AGUDA	
  /	
  SILICOPROTEINOSE	
  
	
  
	
  Preenchimento	
  do	
  espaço	
  aéreo	
  por	
  material	
  mucoproteináceo	
  
	
  
•  AP:	
  alveolite	
  severa	
  e	
  material	
  alveolar	
  PAS	
  +	
  (lipoproteinose	
  alveolar)	
  
•  DDX:	
  Proteinose	
  Alveolar	
  	
  IdiopáSca	
  
	
  
•  Curso	
  agressivo,	
  com	
  óbito	
  secundário	
  a	
  cor	
  pulmonale	
  e	
  falência	
  respiratória	
  
	
  
Achados	
  Radiográficos	
  
•  Opacidades	
  nodulares	
  centrolobulares	
  mal	
  definidas	
  
•  Opacidades	
  em	
  vidro	
  fosco	
  bilaterais	
  e	
  consolidações	
  
•  Pavimentação	
  em	
  mosaico	
  (edema	
  ou	
  fibrose)	
  
•  Aumento	
  de	
  linfonodos	
  hilares	
  
	
  H	
  52	
  anos	
  com	
  Silicose	
  Aguda	
  
Opacidades em vidro fosco e espessamento dos septos 
interlobulares, nos lobos médio e inferior do pulmão D e 
na transição entre a língula e LSE. 
 Material eosinófilo fino e granular 
e partículas de sílica vistas na luz 
polarizada 
SILICOSE	
  CLÁSSICA:Exposição	
  prolongada	
  a	
  baixas	
  concentrações	
  de	
  sílica.	
  	
  
	
  
SIMPLES	
  
•  Nódulos	
  peribronquiolares	
  centrolobulares	
  bilaterais	
  	
  (1	
  –	
  10	
  mm)	
  
•  Porções	
  superiores	
  e	
  peri-­‐hilares,	
  nas	
  	
  regiões	
  posteriores	
  
•  	
  +/-­‐	
  	
  Calcificações	
  
•  Enfisema	
  focal	
  por	
  inalação	
  de	
  par`culas	
  
•  DDX:	
  Sarcoidose	
  e	
  Linfangite	
  Carcinomatosa	
  
–  Distribuição	
  perilinfáSca	
  
–  Nódulos	
  subpleurais	
  podem	
  formar	
  placas	
  
–  Aumento	
  dos	
  linfonodos	
  peri-­‐hilares	
  +	
  calcificações	
  Opicamente	
  periféricas	
  
	
  
	
  
	
  
	
  
COMPLICADA	
  ou	
  FIBROSE	
  MACIÇA	
  PROGRESSIVA:	
  Expansão	
  e	
  confluência	
  dos	
  
nódulos	
  silicóOcos,	
  com	
  aparecimento	
  de	
  grandes	
  opacidades	
  (>	
  1cm)	
  
•  AP:	
  focos	
  de	
  colágeno	
  +	
  áreas	
  de	
  necrose	
  
•  Sintomas	
  respiratórios	
  e	
  piora	
  da	
  função	
  pulmonar	
  
•  Achados	
  associados:	
  	
  fibrose	
  pulmonar	
  e	
  enfisema	
  
•  	
  Necrose	
  central	
  é	
  achado	
  comum	
  e	
  associa-­‐se	
  com	
  inflamação	
  granulomatosa	
  	
  
•  DDX:	
  Sarcoidose	
  e	
  Talcose	
  
	
  
  Grandes	
  opacidades	
  simétricas	
  bilaterais	
  de	
  margens	
  irregulares,	
  com	
  
predomínio	
  superior	
  e	
  médio,	
  +/-­‐	
  escavação	
  central	
  
  Bronquiectasias	
  de	
  tração,	
  fibrose	
  apical	
  com	
  áreas	
  de	
  enfisema	
  cicatricial	
  
  Calcificação	
  	
  
  Linfonodomegalias	
  peri-­‐hilares	
  
  Anormalidades	
  pleurais	
  	
  
	
  	
  
	
  
	
  
Nódulos	
  nos	
  lobos	
  superiores	
  de	
  distribuição	
  predominantemente	
  centrolobular.	
  
Presença	
  de	
  nódulos	
  subpleurais	
  dando	
  um	
  aspecto	
  de	
  placas	
  pleurais	
  
(pseudoplacas)	
  	
  	
  
Silicose	
  Simples	
  
Silicose	
  Simples	
  
Nódulos	
  perilinfáOcos	
  bem	
  delimitados	
  com	
  relaOva	
  preservação	
  da	
  periferia	
  
Silicose	
  Simples	
  
TCAR	
  ao	
  nível	
  do	
  brônquio	
  do	
  LSD:	
  Nódulos	
  bem	
  definidos	
  de	
  predominância	
  
centrolobular,	
  alguns	
  subpleurais	
  (pseudoplacas)	
  
H	
  54	
  anos,	
  Silicose	
  Simples	
  
Múltiplos pequenos nódulos bem definidos e bilaterais de predomínio nos 
campos pulmonares médios e superiores 
Silicose	
  Simples	
  
TCAR	
  cortes	
  em	
  decúbito	
  ventral:	
  micronódulos	
  subpleurais	
  e	
  	
  centrolobulares	
  	
  	
  
H	
  56	
  anos	
  com	
  Silicose	
  Simples	
  
Imagens nodulares de tamanhos variáveis bilaterais de predomínio nos campos pulmonares médios e 
superiores 
CT caracteriza a distribuição perilinfática e a tendência a coalescência das lesões periféricas 
	
  
Silicose	
  Simples	
  
	
  
CT	
  janela	
  de	
  mediasOno	
  ao	
  nível	
  dos	
  brônquios	
  intermédios	
  mostra	
  calficações	
  em	
  “casca	
  de	
  ovo”	
  dos	
  
linfonodos	
  hilares	
  e	
  subcarinais	
  
Silicose	
  e	
  Fibrose	
  Maciça	
  Progressiva	
  
MúlOplos	
  pequenos	
  nódulos	
  e	
  condensações	
  bilaterais	
  de	
  predomínio	
  nos	
  campos	
  pulmonares	
  médios	
  e	
  
superiores,	
  associado	
  a	
  linfonodos	
  com	
  calcificações	
  periféricas	
  hilares	
  e	
  mediasOnais.	
  CT	
  mostra	
  grandes	
  
opacidades	
  simétricas	
  bilaterais	
  de	
  margens	
  irregulares,	
  indicaOva	
  de	
  fibrose	
  maciça,	
  além	
  de	
  nódulos	
  e	
  
espessamento	
  septal.	
  
Silicose	
  e	
  Fibrose	
  Maciça	
  Progressiva	
  
Grandes opacidades nos campos pulmonares superiores D e E, com elevação hilar 
bilateral. CT mostra conglomerados com calcificações bilaterais. 
Silicose	
  e	
  Fibrose	
  Maciça	
  Progressiva	
  
TCAR	
  mostra	
  conglomerados	
  
peri-­‐hilares	
  associado	
  a	
  	
  
calcificações	
  
TCAR	
  ao	
  nível	
  do	
  brônquio	
  principal	
  mostra	
  conglomerados,	
  enfisema	
  e	
  
calcificações	
  nos	
  conglomerados	
  e	
  nos	
  linfonodos	
  hilares	
  
Silicose	
  e	
  Fibrose	
  Maciça	
  Progressiva	
  
CT ao nível dos grandes vasos mostra lesão escavada com paredes espessas no LSE, achado sugestivo de 
tuberculose pulmonar 
CT ao nível dos brônquios principais mostraconglomerados bilaterais, múltiplos pequenos nódulos 
centrolobulares e subpleurais e aumento de linfonodos mediastinais 
SILICOTUBERCULOSE	
  
• Nódulos	
  ou	
  consolidações	
  assimétricas,	
  escavação	
  e	
  rápida	
  progressão	
  
• Presença	
  de	
  escavação	
  indica	
  a	
  possibilidade	
  de	
  silicotuberculose,	
  mas	
  pode	
  resultar	
  de	
  
alterações	
  isquêmicas	
  nos	
  conglomerados	
  silicóScos	
  
PNEUMOCONIOSE	
  DO	
  MINERADOR	
  DE	
  CARVÃO:	
  inalação	
  da	
  poeira	
  de	
  carvão	
  	
  
	
  
•  Carvão	
  natural	
  	
  (Antracite	
  )	
  
•  Comum	
  associação	
  com	
  sílica	
  (Antrassilicose)	
  	
  maior	
  gravidade	
  	
  
•  História	
  de	
  exposição	
  significaSva	
  	
  (>10	
  anos)	
  
	
  
AP:	
  mácula	
  da	
  carvão,	
  com	
  1	
  a	
  5	
  mm	
  de	
  diâmetro,	
  e	
  macrófagos	
  carregados	
  de	
  
pigmentos,	
  associada	
  a	
  fibrose	
  mínima,	
  de	
  localização	
  centrolobular	
  e	
  subpleural	
  (PL)	
  	
  
Achados	
  Radiológicos	
  
–  Simples:	
  nódulos	
  pequenos	
  nos	
  campos	
  pulmonares	
  superiores	
  e	
  posteriores	
  	
  +/-­‐	
  
calcificações	
  
–  Complicada	
  ou	
  Fibrose	
  Maciça	
  Progressiva:	
  conglomerado,	
  que	
  pode	
  sofrer	
  
necrose	
  e	
  cavitação.	
  Importante	
  diferenciar	
  	
  do	
  câncer	
  de	
  pulmão	
  (RM).	
  
–  Aumento	
  de	
  linfonodos	
  hilares	
  e	
  mediasSnais	
  +/-­‐	
  calcificações	
  periféricas	
  
(presença	
  de	
  sílica	
  na	
  poeira	
  do	
  carvão)	
  
	
  
SILICOSE	
  E	
  PMC	
  
–  Risco	
  para	
  tuberculose	
  
–  Nódulos	
  bem	
  definidos	
  
–  Menor	
  compromeSmento	
  respiratório	
  
–  PrognósSco	
  da	
  forma	
  simples	
  x	
  complicada	
  
–  Achados	
  radiológicos	
  semelhantes	
  e	
  histologia	
  disOnta	
  
SÍNDROME	
  DE	
  CAPLAN:	
  Associação	
  da	
  PMC	
  e	
  artrite	
  reumatóide.	
  
•  Pacientes	
  apresentam	
  nódulos	
  reumatóides	
  subcutâneos	
  
•  Nódulos	
  pulmonares	
  aparecem	
  em	
  intervalos	
  periódicos	
  e	
  podem	
  indicar	
  
exacerbação	
  da	
  artrite	
  
•  Nódulos	
  reumatóides	
  pulmonares	
  são	
  periféricos	
  arredondados,	
  de	
  0,5	
  –	
  5	
  
cm,	
  bem	
  definidos	
  e	
  que	
  podem	
  apresentar	
  escavação	
  
H	
  62	
  anos	
  com	
  PMC	
  simples	
  
CT ao nível do arco aórtico mostra pequenos 
nódulos centrolobulares e subpleurais bilaterais. 
AP : múltiplos nódulos preenchidos 
por pigmento do carvão ao redor 
do feixe broncovascular 
H	
  64	
  anos	
  com	
  Fibrose	
  Maciça	
  Progressiva	
  	
  
CT ao nível do arco aórtico mostra area de margens irregulares no LSD e pequenos nódulos 
subpleurais e fissurais bilaterais. Após a admistração de contraste, observa-se área central 
necrótica de baixa atenuação. Peça cirúrgica evidencia a região de necrose central. 
Pneumoconiose	
  dos	
  trabalhadores	
  de	
  grafite	
  	
  
  Anormalidades	
  patológica	
  e	
  radiográficas	
  semelhantes	
  a	
  PMC	
  
  Pequenos	
  nódulos	
  de	
  distribuição	
  PL,	
  	
  bolhas	
  e	
  enfisema	
  
	
  
	
  
	
  
Pneumoconiose	
  	
  causada	
  pela	
  inalação	
  de	
  poeira	
  mista	
  
  Indivíduos	
  expostos	
  à	
  poeira	
  contendo	
  sílica	
  e	
  outros	
  minerais	
  
  Mineradores	
  de	
  metal,	
  trabalhadores	
  de	
  pedreiras,	
  fundições,	
  cerâmicas	
  e	
  
pedreiros	
  
  Aspecto	
  patológico	
  e	
  radiográfico	
  variável	
  
  >	
  Sílica	
  cristalina	
  :	
  assemelha-­‐se	
  a	
  silicose	
  clássica	
  
  <	
  Silicatos	
  fibrogênicos:	
  nódulos	
  silicóScos	
  +	
  máculas	
  de	
  poeira	
  mista	
  
Pneumoconiose	
  pelo	
  grafite	
  ,	
  	
  TCAR	
  demonstra	
  múlOplos	
  micronódulos	
  centrolobulares	
  
ASBESTOSE	
  E	
  DOENÇA	
  RELACIONADA	
  AO	
  ASBESTO	
  
•  Asbestose	
  
•  Atelectasia	
  redonda	
  
•  Doença	
  pleural	
  associada	
  ao	
  asbesto	
  
	
  
ASBESTOSE:	
  	
  Fibrose	
  intersOcial	
  difusa	
  como	
  consequênica	
  da	
  inalação	
  de	
  fibras	
  
de	
  asbesto	
  	
  
	
  
•  História	
  clínica	
  confiável	
  de	
  exposição	
  :	
  	
  dx	
  clínico	
  presunSvo	
  
•  AP:	
  Corpos	
  de	
  asbesto	
  
•  RT	
  é	
  limitada,	
  recomenda-­‐se	
  imagens	
  de	
  	
  TCAR	
  em	
  decúbito	
  dorsal	
  e	
  ventral	
  
para	
  definição	
  diagnósSca	
  
–  Fibrose	
  com	
  predominância	
  de	
  faveolamento	
  	
  	
  /	
  PIU	
  
–  Fibrose	
  com	
  predominância	
  de	
  	
  bandas	
  atelectásicas	
  
	
  
	
  	
  	
  
	
  
Asbestose X FPI: espessamento da pleura parietal associado a fibrose 
pulmonar em paciente com história de exposição ao asbesto 
ASBESTOSE	
  –	
  Achados	
  na	
  TCAR:	
  	
  	
  depende	
  da	
  gravidade	
  da	
  doença	
  
•  Distribuição	
  basal	
  e	
  posterior	
  ,	
  com	
  localização	
  subpleural,	
  bilaterais	
  e	
  
simétricas	
  
•  Opacidades	
  punSformes	
  subpleurais	
  (fibrose	
  peribronquilar)	
  	
  e	
  espessamento	
  
intersScial	
  intralobular	
  (	
  linhas	
  intralobulares	
  )	
  
•  Opacidades	
  e	
  linhas	
  subpleurais,	
  vidro	
  fosco,	
  espessamento	
  dos	
  septos	
  
interlobulares,	
  faveolamento,	
  distorção	
  arquitetural	
  e	
  bronquiectasias	
  de	
  
tração	
  
•  Bandas	
  parenquimatosas	
  associam-­‐se	
  à	
  áreas	
  de	
  pleura	
  espessada	
  e	
  com	
  
predominância	
  basal	
  (“aspecto	
  de	
  pés	
  de	
  corvo”)	
  
•  Opacidade	
  em	
  vidro	
  fosco	
  associada	
  a	
  opacidades	
  	
  reSculares,	
  bronquiectasia	
  
de	
  tração	
  e	
  favelomento	
  
•  QuesSonar	
  o	
  dx	
  na	
  ausência	
  de	
  espessamento	
  pleural	
  
	
  
	
  
Corpo de asbesto trata-se de fibras de 
asbesto circundadas por proteínas 
Discretas opacidades reticulares nas bases 
pulmonares bilaterais 
H 58anos com Asbestose 
Opacidades pulmonares dependentes em paciente com exposição ao asbesto 
Na posição de supinação áreas de aumento da densidade, que desaparecem na posição de 
pronação . Irregularidades nas superfícies pleurais costais indicativos de espessamento 
pleural. 
H	
  59	
  anos	
  com	
  Asbestose	
  na	
  fase	
  inicial	
  
CT ao nível do domo hepático mostra pequenas opacidades nodulares subpleurais, opacidades 
em vidro fosco e espessamento dos septos interlobulares. CT janela de mediastivo mostra 
espessamento pleural sugestivo de placa pleural. 
Espessamento dos septos interlobulares e banda parenquimatosa 
ASBESTOSE 
ASBESTOSE 
Áreas de fibrose pulmonar periféricas, com bandas parenquimatosas bilaterais 
ASBESTOSE 
Fibrose inicial com opacidades puntiformes, linha subpleural e banda 
parenquimatosa 
TCAR: Linhas subpleurais, espessamento do interstício intralobular e desorganização da 
arquitetura dos lóbulos pulmonares 
ASBESTOSE 
Faveolamento cortical póstero-basal bilateral, associado a bronquiolectasias de tração 
ASBESTOSE – Estágio avançado 
CT	
  ao	
  nível	
  VCI	
  	
  mostra	
  consolidação	
  no	
  LIE,	
  além	
  de	
  faveolamento	
  e	
  opacidades	
  em	
  vidro	
  fosco.	
  
CT	
  janela	
  de	
  mediasOno	
  mostra	
  consolidação	
  subpleural,	
  espessamento	
  e	
  efusão	
  pleural.AP:	
  densas	
  fibras	
  de	
  colágeno	
  na	
  pleura	
  e	
  corpos	
  de	
  asbesto	
  no	
  parênquima	
  
ASBESTOSE com faveolamento 
Placas pleurais calcificadas, espessamento dos septos 
interlobulares e do interstício intralobular, com áreas de 
faveolamento subpleural inicial 
Doença	
  pleural	
  associada	
  ao	
  asbesto	
  
	
  
PLACAS	
  PLEURAIS	
  :	
  Manifestação	
  comum	
  da	
  exposição	
  ao	
  asbesto,	
  considerado	
  marcador	
  de	
  
exposição	
  
  Porções	
  posteriores	
  e	
  laterais	
  da	
  pleura	
  torácica,	
  entre	
  a	
  sexta	
  e	
  a	
  décima	
  costelas,	
  e	
  a	
  
pleura	
  diafragmáSca,	
  principalmente	
  na	
  sua	
  porção	
  superior.	
  
  A	
  maior	
  parte	
  ocorre	
  na	
  ausência	
  de	
  asbestose	
  e	
  raramente	
  detecta-­‐se	
  asbestose	
  
quando	
  placas	
  pleurais	
  não	
  estão	
  presentes.	
  	
  
  Espessamentos	
  pleurais	
  focais,	
  bilaterais,	
  descon`nuos,	
  com	
  bordas	
  lisas	
  +/-­‐	
  calcificações	
  
	
  
	
  
	
  
DERRAME	
  PLEURAL	
  	
  EXSUDATIVO	
  BENIGNO	
  
  	
  Manifestação	
  clínica	
  precoce	
  nos	
  primeiros	
  dez	
  anos	
  após	
  a	
  exposição	
  inicial	
  ao	
  asbesto	
  	
  
e	
  os	
  achados	
  de	
  imagem	
  são	
  inespecíficos.	
  
  Unilaterais	
  ou	
  bilaterais	
  
  Persistentes	
  ou	
  recorrentes	
  
  É	
  um	
  diagnósOco	
  de	
  exclusão,	
  sendo	
  o	
  mesotelioma	
  maligno	
  considerado	
  diagnósOco	
  
diferencial.	
  
	
  	
  
	
  
Placas pleurais parietal e diafragmática na radiografia de tórax 
TCAR	
  demonstrando	
  múlOplas	
  placas	
  pleurais	
  
parietais	
  e	
  diafragmáOcas,	
  algumas	
  	
  
calcificadas	
  
Espessamento pleural difuso relacionado ao 
asbesto, obliterando o seio 
costofrênico lateral	
  
	
  ATELECTASIA	
  REDONDA:	
  colapso	
  pulmonar	
  periférico	
  que	
  se	
  apresenta	
  na	
  forma	
  de	
  
massa,	
  quase	
  sempre	
  em	
  associação	
  com	
  alterações	
  pleurais	
  	
  
	
  
ESologia	
  +	
  comum:	
  asbesto	
  	
  (inflamação	
  pleural,	
  decorrente	
  de	
  cirurgias,	
  infecções	
  ou	
  
traumas)	
  
Diferenciar	
  de	
  câncer	
  pulmonar	
  
	
  
Achados	
  radiológicos:	
  	
  	
  
	
  
 Lesão	
  ovalada,	
  periférica	
  nos	
  campos	
  pulmonares	
  	
  basais	
  	
  posteriores,	
  associada	
  ao	
  
encurvamento	
  dos	
  vasos	
  ou	
  brônquios	
  na	
  borda	
  da	
  lesão	
  
 	
  Toca	
  a	
  superocie	
  pleural	
  e	
  associa-­‐se	
  a	
  anormalidades	
  pleurais	
  ipsilaterais	
  (derrame	
  
ou	
  espessamento)	
  
 Bilateral	
  ou	
  	
  simétrica,	
  com	
  realce	
  após	
  injeção	
  de	
  contraste	
  
 A`picos:	
  lenSculares,	
  cuneiforme	
  ou	
  irregulares	
  
TCAR	
  demonstrando	
  imagem	
  nodular	
  periférica,	
  com	
  redução	
  volumétrica	
  lobar	
  e	
  
opacidades	
  lineares	
  convergentes	
  para	
  a	
  lesão.	
  Espessamento	
  pleural	
  focal	
  
adjacente	
  à	
  imagem	
  nodular	
  pulmonar	
  .	
  	
  
Atelectasia redonda em indivíduo exposto ao asbesto 
Atelectasia	
  redonda	
  ou	
  massa	
  fibróOca	
  focal	
  em	
  paciente	
  com	
  exposição	
  ao	
  asbesto	
  e	
  
espessamento	
  pleural	
  .	
  Biópsias	
  negaOvas	
  repeOdas	
  e	
  e	
  o	
  acompanhamento	
  indicaram	
  o	
  
comportamento	
  benigno.	
  
CARCINOMA	
  BRONCOGÊNICO	
  
•  A	
  associação	
  entre	
  a	
  exposição	
  ao	
  asbesto	
  e	
  o	
  câncer	
  de	
  pulmão	
  é	
  considerada	
  
como	
  de	
  causa	
  e	
  efeito.	
  	
  
•  Tabaco	
  tem	
  um	
  efeito	
  sinérgico	
  mulSplicaSvo,	
  elevando	
  o	
  risco	
  em	
  cerca	
  de	
  53	
  x	
  
em	
  comparação	
  com	
  indivíduos	
  não	
  fumantes	
  e	
  não	
  expostos.	
  
MESOTELIOMA	
  	
  
	
  A	
  exposição	
  ao	
  asbesto	
  está	
  associada	
  ao	
  desenvolvimento	
  do	
  tumor	
  em	
  até	
  50%	
  a	
  
80%	
  dos	
  casos.	
  
Achados	
  radiológicos:	
  	
  
 	
  	
  	
  	
  Derrame	
  pleural	
  unilateral.	
  	
  
 	
  	
  	
  	
  Massas	
  pleurais	
  sólidas	
  e	
  espessamento	
  pleural	
  circunferencial	
  com	
  
tendência	
  a	
  encarceramento	
  pulmonar.	
  
 	
  	
  	
  	
  Espessamento	
  irregular	
  das	
  fissuras,	
  extensão	
  para	
  a	
  pleura	
  mediasSnal,	
  
pericárdio	
  e	
  parede	
  torácica	
  e	
  sinais	
  de	
  compromeSmento	
  à	
  distância.	
  
• 	
  	
  A	
  TC	
  é	
  o	
  método	
  de	
  escolha	
  na	
  avaliação	
  da	
  presença	
  e	
  extensão	
  do	
  mesotelioma,	
  
apesar	
  de	
  os	
  sinais	
  não	
  serem	
  patognomônicos	
  
Mesotelioma	
  pleural	
  relacionado	
  ao	
  asbesto	
  
TCAR demonstrando derrame pleural direito, associado 
a espessamento pleural difuso com extensão para a pleura mediastinal. 
TALCOSE	
  (silicato	
  de	
  magnésio	
  hidratado)	
  
  Fabricação	
  de	
  borracha	
  e	
  cosméOcos,	
  período	
  de	
  exposição	
  de	
  2	
  –	
  35	
  anos.	
  	
  
  Doença	
  pulmonar	
  pode	
  ser	
  resultado	
  de	
  inalação	
  de	
  talco	
  puro,	
  associado	
  a	
  ferro	
  /	
  
níquel	
  /	
  asbesto	
  /	
  silica	
  	
  
  Injeção	
  de	
  medicamentos	
  recomendados	
  para	
  uso	
  oral	
  	
  
Achados	
  na	
  TCAR	
  	
  
•  Pequenos	
  nódulos	
  centrolobulares	
  e	
  subpleurais	
  com	
  predomínio	
  no	
  lobo	
  médio	
  e	
  
superior	
  
•  Nódulos	
  subpleurais	
  formando	
  pseudoplacas	
  
•  Placas	
  pleurais	
  +	
  /-­‐	
  calcificadas	
  
•  Conglomerado	
  de	
  massas	
  com	
  alta	
  atenuação	
  (deposição	
  de	
  talco)	
  
•  Fibroses	
  lineares	
  ,	
  áreas	
  de	
  enfisema	
  ,	
  faveolamento	
  e	
  opacidades	
  em	
  vidro	
  fosco	
  
TALCOSE – processamento de silicato de Mg 
CT ao nível dos brônquios principais mostra consolidação densa, com dilatação brônquica, 
enfisema, opacidades em vidro fosco e espessamento septal interlobular bilaterais 
Pneumoconiose	
  causada	
  pela	
  inalação	
  de	
  poeira	
  de	
  alumínio	
  
•  Inalação	
  de	
  alumínio	
  metálico	
  ou	
  oxidado	
  
•  Associa-­‐se	
  a	
  fibrose	
  pulmonar,	
  formação	
  de	
  granulomas	
  e	
  proteinose	
  
alveolar	
  
•  Rara	
  -­‐	
  	
  6	
  casos	
  
•  Faveolamento	
  subpleural	
  ou	
  difuso,	
  nódulos	
  CL	
  	
  e	
  reSculação	
  irregular	
  
•  Lobos	
  superiores	
  
	
  
	
  
Pneumoconiose	
  causada	
  por	
  metal	
  pesado	
  
•  Liga	
  de	
  	
  carboneto	
  de	
  tungstênio	
  e	
  cobalto	
  misturada	
  outros	
  metais	
  
•  Cobalto	
  é	
  tóxico	
  para	
  os	
  pulmões,	
  	
  acarretando	
  fibrose	
  e	
  destruição	
  
pulmonar	
  
•  Histologia:	
  Pneumonia	
  intersScial	
  de	
  células	
  gigantes	
  
•  Opacidade	
  em	
  vidro	
  fosco,	
  opacidades	
  reSculares	
  grosseiras,	
  consolidação,	
  
distorção	
  da	
  arquitetura,	
  bronquiectasias	
  d	
  etração	
  e	
  bolhas	
  subpleurais	
  	
  
	
  
Pneumoconiose por metais pesados, múltiplas opacidades em vidro fosco 
associadas a focos de enfisema e pneumotórax bilateral com drenas torácicos 
BERILIOSE	
  :	
  	
  doença	
  pulmonar	
  granulomatosacrônica.	
  	
  
•  Fabricação	
  de	
  ligas	
  metálicas,	
  indústria	
  aeroespacial	
  e	
  reatores	
  nucleares	
  
•  AP:	
  Granuloma	
  não	
  caseoso	
  semelhante	
  ao	
  da	
  Sarcoidose	
  
•  Resposta	
  imune	
  celular	
  berílio	
  –	
  específica	
  :	
  teste	
  de	
  transformação	
  linfocitária	
  do	
  
berílio.	
  
	
  
Achados	
  Radiológicos	
  
  Aguda:	
  	
  Pneumonite	
  química	
  fatal	
  
  Bronquite,	
  bronquiolite	
  e	
  dano	
  alveolar	
  difuso,	
  que	
  
  Granulomatose	
  Crônica	
  pelo	
  Berílio:	
  longo	
  período	
  de	
  latência	
  
•  Nódulos	
  parenquimatosos	
  e	
  espessamento	
  septal	
  interlobular	
  ,	
  de	
  predomínio	
  nas	
  
regiões	
  peribroncovasculares	
  e	
  septos	
  interlobulares.	
  	
  
•  Faveolamento,	
  comglomerado	
  de	
  massas,	
  espessamento	
  das	
  paredes	
  bronquicas	
  
ou	
  linfadenopaSa	
  hilar	
  ou	
  mediasSnal.	
  
•  Nódulos	
  parenquimatosos	
  podem	
  calcifocar.	
  
	
  
H	
  49	
  anos	
  com	
  BERILIOSE	
  
Aumento linfonodal hilar e mediastinal bilateral 
Múltiplos pequenos nódulos peribroncovasculares e 
nas fissuras associado a aumento dos linfonodos 
hilares 
BERILIOSE 
TCAR demonstrando sinais de fibrose no 
LSE, com bronquiectasias de tração e 
consolidações 
PNEUMOCONIOSES	
  NÃO	
  FIBRÓTICAS	
  –	
  inalação	
  de	
  poeira	
  inerte	
  ,	
  levam	
  a	
  
anormalidades	
  radiográficas	
  significaOvas,	
  mas	
  poucos	
  sintomas.	
  	
  
	
  
SIDEROSE:	
  acúmulo	
  de	
  óxido	
  de	
  ferro	
  .	
  É	
  a	
  mais	
  comum.	
  	
  
•  Soldadores	
  de	
  circuitos	
  elétricos	
  e	
  oxiaceOleno	
  
•  Par2culas	
  inaladas	
  acumulam-­‐se	
  nos	
  macrófagos,	
  que	
  se	
  agregam	
  	
  nos	
  	
  linfáOcos	
  
perivasculares	
  e	
  peribrônquicos,	
  com	
  mínima	
  fibrose	
  .	
  
•  Opacidades	
  nodulares	
  pequenas	
  difusas	
  e	
  bilaterais	
  ,	
  de	
  predomínio	
  peri-­‐hilar,	
  
reversíveis	
  com	
  a	
  suspensão	
  da	
  exposição	
  .	
  
•  Silicosiderose	
  –	
  incapacidade	
  significaSva	
  e	
  achados	
  tomográficos	
  semlhantes	
  a	
  
silicose.	
  
	
  
TCAR	
  com	
  reconstrução	
  com	
  
técnica	
  MIP	
  demonstrando	
  
múlOplos	
  nódulos	
  
centrolobulares	
  esparsos	
  
bilaterais	
  
MUITO	
  	
  OBRIGADO!	
  
	
  
Referências	
  Bibliográficas:	
  
•  Paul	
  &	
  Juhl	
  Interpretação	
  Radiológica,	
  7°	
  edição,	
  Guanabara	
  Koogan	
  
•  Tórax,	
  Série	
  Colégio	
  Brasileiro	
  de	
  Radiologia	
  e	
  DiagnósSco	
  por	
  Imagem	
  
•  TC	
  de	
  alta	
  resolução	
  do	
  pulmão,	
  Nestor	
  Muller,	
  4	
  °	
  edição	
  
•  Imagem	
  nas	
  doenças	
  ocupacionais	
  pulmonares,	
  J	
  Bras	
  Pneumol.	
  2006;32
(Supl	
  2):S103-­‐S111.

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