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Lar. Intersticium = Intervalo Rede de tecidos conjuntivos que serve como sustentação para o pulmão Fica entre os alvéolos e os capilares pulmonares Possui 4 subdivisões: relacionadas ao lobo pulmonar secundário que tem mais ou menos 2cm. Interstício peribroncovascular Interstício interlobular Interstício centrolobular Interstício intralobular INTERSTÍCIO PULMONAR: 1. 2. 3. 4. DOENÇA PULMONAR INTERSTICIAL Bronquíolo pulmonar (que normalmente não é visto na TC) Artéria lobular (pode ser vista em algumas TCs) Septo interlobular: separa um lobo pulmonar secundário do outro Ramo da veia pulmonar Tecido linfático Tecido conjuntivo Dentro do lobo pulmonar secundário vai ter: Essa é uma imagem de microscopia eletrônica que mostra os lobos pulmonares secundários, septos interlobulares, o centro do lobo, que é onde tem a arteríola centrolobular e redes de capilares e alvéolos. Então se tem uma doença que inflama a arteríola pode ter uma lesão no centro do lóbulo. um nódulo centrolobular. Se tem uma lesão na rede pode liberar secreção e formar o vidro fosco, ou se for mais secreção uma consolidação. Doenças que acometem vasos linfáticos, veias e conjuntivo pode ter o espessamento septal, sendo mais fácil de ver na TC. Fibrose pulmonar é um termo genérico que engloba várias DPIs, Mas tem doenças intersticiais pulmonares com fibrose e sem fibrose, então a fibrose pulmonar não é igual a doença intersticial. Quando suspeitar de DPI? DOENÇAS PULMONARES INTERSTICIAIS: "As doenças pulmonares intersticiais (DPIs) são afecções heterogêneas, envolvendo um elevado número de condições, cuja abordagem ainda é um grande desafio para o pneumologista" Tudo em azul é o interstício, entre a luz do alvéolo e o capilar. Se não tem doença intersticial o O2 do alvéolo passa por difusão --> espaço intersticial --> capilar pulmonar, da mesma forma que o CO2 passa do capilar para o alvéolo. Mantendo uma homeostase da fisiologia respiratória. Mas se tem uma doença que causa o espessamento do espaço intersticial, ex: fibrose, pode ter um comprometimento do 02 - hipoxemia, e C02 - hipercapnia Nessa imagem de TC é possível ver o septo interlobular, veia interlobular e as arteríolas centrolobulares S - Septos interlobulares B - Bronquíolos centrolobulares A - Arteríolas centrolobulares V - Veias interlobulares Padrões básicos das alterações intersticiais: Padrão septal - doença do septo (vaso, linfangite ou conjuntivo) Opacidades lineares ou reticulares - acomete o septo interlobular Padrão cístico - acomete a rede alvéolo-capilar Padrão nodular - acomete septo interlobular ou arteríola centrolobular Padrão de vidro fosco - interstício interlobular (inflamação, líquido) Consolidação - interstício interlobular (inflamação, líquido) O espessamento septal liso mais comumente se deve a edema pulmonar hidrostático (ex: ICC) Causas menos comuns incluem a carcinomatose linfática e doenças induzidas por drogas O espessamento septal nodular ocorre mais frequentemente em pacientes com carcinomatose linfática e sarcoidose O espessamento septal irregular é visto mais comumente em pacientes com doenças fibrosantes, mas raramente é o padrão predominante. 1 - PADRÃO SEPTAL: RAIO-X DE TÓRAX: Não conseguimos ver o lobo pulmonar secundário então não é possível fazer o diagnóstico de doença ou padrão pulmonar de DPI no raio-X. Mas pode mostrar algumas alterações. CVF baixa: porque tem substituição do tecido conjuntivo por fibrose, então o pulmão fica endurecido com diminuição da CVF, tem menos força para soltar o ar. Distúrbio ventilatório restritivo Marcador mais usado para gravidade ESPIROMETRIA NA DPI; O pulmão tem uma diminuição volumétrica, com alterações fibrosantes TC DE TÓRAX: É o que faz o diagnóstico de DPI, porque consegue ver o lobo pulmonar secundário. Essa paciente tinha um CA de mama com carcinomatose linfática. Doenças pulmonares crônicas comumente associadas com o padrão cístico incluem Histiocitose, LAM, Síndrome de Birt-Hogg-Dubé e faveolamento na fibrose pulmonar terminal. Faveolamento tipicamente compartilham paredes e tendem a ocorrer em diversas camadas adjacentes à pleura - diferentemente de cistos que não tem paredes. Menos frequentemente, cistos esparsos podem ser superpostos sobre opacidades em vidro fosco em pacientes com pneumonia intersticial linfoide ou PH (pneumonia de hipersensibilidade) 3 - PADRÃO CÍSTICO: Opacidades lineares intralobulares irregulares usualmente refletem a presença de fibrose. Difícil diferenciar do padrão septal. Resultado do espessamento do interstício interlobular: Líquido (ICC) Inflamação Fibrose Infiltração neoplásica 2 - OPACIDADES LINEARES OU RETICULARES: Nódulos de 1 - 10 mm de diâmetro são mais comumente na sarcoidose, PH e silicose O diagnóstico diferencial na TCAR é baseado no tamanho dos nódulos, se são bem ou mal definidos, e em sua distribuição. Nódulos perilinfáticos: localizados ao longo dos feixes broncovasculares e dos septos interlobulares, subpleurais e perifissurais. Essa distribuição é característica de sarcoidose e disseminação linfática tumoral. A distribuição centrolobular pode ser reconhecida na TCAR pela localização dos nódulos, distantes alguns milímetros da pleura, dos septos interlobulares e das fissuras. Nódulos centrolobulares usualmente refletem anormalidades da porção central do lóbulo secundário (bronquíolos, arteríola pulmonar e bainha conjuntiva peribroncovascular). Causas comuns são PH, bronquiolite respiratória ou infecciosa e disseminação endobrônquica da tuberculose. A distribuição ao acaso (randômicos) dos nódulos é vista na tuberculose miliar, histoplasmose miliar, metástases hematogênics e vasculites. 4 - PADRÃO NODULAR: Opacidades em vidro fosco podem resultar de anormalidades intersticiais leves, doenças leves dos espaços aéreos ou fluxo pulmonar aumentado. Espessamento e inflamação das redes alvéolo- capilares, esse espessamento não é tão importante a ponto de esconder vaso e brônquio (se esconde é consolidação) O diagnóstico diferencial baseia-se na história clínica, distribuição das anormalidades e presença dos achados associados. As DPIs crônicas mais frequentemente associadas com opacidades em vidro fosco são a PH e PINE (pneumonia intersticial não específica. Outras causas: infecção viral, drogas (macrodantina, nitrofurantoina) 5 - PADRÃO DE VIDRO FOSCO: A consolidação relaciona-se ao preenchimento dos espaços alveolares por exsudato inflamatório, edema, sangue, gordura, outras células ou conteúdo gástrico. A consolidação em doenças subagudas ou crônicas é comumente vista na pneumonia em organização, pneumonia eosinofílica crônica, pneumonia lipoídica, carcinoma bronquíoloalveolar e linfoma. Doenças aguda com consolidação têm amplo diagnóstico diferencial. 6 - CONSOLIDAÇÃO: Esse é um paciente com Sarcoidose, vários nódulos nas cissuras. Causas conhecidas: Pneumoconioses Infecções Drogas (Macrodantia, amiodarona) Colagenoses Aspiração gástrica Imunodeficiências Pn Metal duro Tabaco relacionadas Idiopáticas: Fibrose pulmonar idiopática PINE - pneumonia intersticial não específica Pneumonia em organização Pneumonia intersticial aguda Pneumonia intersticial bronquiolocêntrica Linfoides: Bronquiolite linfoide Hiperplasia linfoide Reativa Pneumonia intersticial Linfoide Linfoma Classificação das DPIs: Acometimento em homens, acima de 50 anos e com histórico de tabagismo Sem causa definida Estertores crepitantes em velcro em 98% Sobrevida média de 3 anos Tratamento com antifibróticos Achados compatíveis com fibrose: Faveolamento, bronquiectasias/bronquiolectasias de tração, espessamento septal interlobular irregular e interfaces irregulares = acometimento heterogêneo Opacidades em vidro fosco são raras, usualmente em áreas de fibrose, e em menor extensão que as áreas compatíveis com fibrose Predominância periférica e subpleural das alterações, em zonas inferiores e posteriores. 1) FIBROSE PULMONAR IDIOPÁTICA- padrão pneumonia intersticial usual (principal padrão da FPI - PIU) Granulomatosas: Sarcoidose Pneumonia de hipersensibilidade Infecções Miscelânia: Linfangioeiomiomatose Proteinose alveolar Pneumonia eosinofílica Bronquiolite constrictiva Doenças de depósito Esse aqui é outro tipo de classificação da sociedade europeia. PNEUMONIAS INTERSTICIAIS CRÔNICAS FIBROSANTES: PINE idiopática é muito rara Padrão mais comum em colagenoses e exposição à drogas (macrodantina, amiodarona, carbamazepina) Muito frequente em Pneumonia de hipersensibilidade (mofo, travesseiro de penas, pássaros em casa) Geralmente respondem à corticoides Opacidades em vidro fosco Achados de fibrose: Bronquiectasias/bronquiolectasias de tração, espessamento intersticial intralobular, espessamento septal interlobular irregular e interfaces irregulares = acometimento homogêneo Faveolamento incomum ou leve Predominância basal e periférica nos campos pulmonares inferiores Regiões subpleurais e posteriores dos lobos inferiores relativamente preservadas 2) PNEUMONIA INTERSTICIAL NÃO ESPECÍFICA (PINE): Esse é o padrão PIU: Predomínio ápico basal e periférico (setas pretas) Faveolamento (seta vermelha) Bronquiectasia de tração: o pulmão fibrosado vai diminuindo de tamanho e vai abrindo o brônquio (seta azul) Pode acontecer esse padrão na FPI, AR e na pneumonia de hipersensibilidade. PIU X PINE Apico-basal, faveolamento. mais bronquiectsias de tração Homogênea, vidro fosco, pode ter microndulos Associação de doença intersticial com bronquiolite respiratória, seus achados histológicos típicos incluem o acúmulo de macrófagos pigmentados em bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos adjacentes, associado a mínima fibrose e infiltrado inflamatório. Os pacientes costumam ser homens entre 30 e 50 anos de idade, geralmente oligo ou assintomáticos. O tratamento também consiste em interrupção do tabagismo e corticoterapia com ótimo prognóstico 1) BRONQUIOLITE RESPIRATÓRIA COM DOENÇA INTERSTICIAL PULMONAR: Doença rara fortemente associada ao tabagismo, pode em alguns casos evolui para insuficiência respiratória e fibrose pulmonar avançada. Os achados histopatológicos incluem espessamento homogêneo dos septos alveolares e acúmulo intra-alveolar de macrófagos pigmentados Homens entre 30 e 50 anos de idade compõem a maioria dos pacientes, havendo significativa melhora após cessação do tabagismo e corticoterapia. 2) PNEUMONIA DESCAMATIVA: PNEUMONIA INTERSTICIAL RELACIONADA AO TABACO: Acúmulo de macrófagos pigmentados na histologia nos bronquíolos ou na rede alvéolo- capilar. Vários nódulozinhos com vidro fosco na porção superior do pulmão Áreas de enfisema com nódulos da bronquiolite respiratória. Vai ter vidro fosco, nódulos centrolobulares e regiões de enfisema, espessamento septal. Muito vidro fosco, nódulo centrolobular, espessamento septal . Tecido de granulação dentro dos ductos alveolares e alvéolos associados a infiltrado inflamatório crônico envolvendo o interstício e os espaços alveolares É um padrão comum de resposta a vários tipos de lesão pulmonar, sendo encontrado mais comumente em associação a doenças do colágeno, reações pulmonares medicamentosas, pneumonia por hipersensibilidade, processos infecciosos e aspiração Quando uma causa não é identificada, denomina-se pneumonia em organização criptogênica Sintomas com duração média de um a três meses O tratamento com corticosteroides costuma ter excelente resposta "Pneumonia de repetição" sempre no mesmo lugar = desconfie Consolidações bilaterais irregulares dos espaços aéreos (80-90% dos casos) migratórias Opacidade em vidro fosco (60%) ou pavimentação em mosaico Distribuição subpleural e/ou peribroncovascular Opacidades perilobulares (60%) Opacidades nodulares pequenas, frequentemente centrolobulares 1) PNEUMONIA EM ORGANIZAÇÃO (BOOP): Mofo, travesseiro de pena de ganso, pássaros PH AGUDA: Opacidades em vidro fosco difusas, podendo ser irregulares Opacidades nodulares centrolobulares pequenas e mal definidas Áreas lobulares de atenuação diminuída (atenuação em mosaico) Áreas lobulares de aprisionamento aéreo nos cortes em expiração 2) PNEUMONITE DE HIPERSENSIBILIDADE: PNEUMONIAS INTERSTICIAIS AGUDAS / SUBAGUDAS: Lavado broncoalveolar com linfocitose Aguda/subaguda: segue a exposição a um agente (4 a 8 horas após) Febre + mialgia + cefaleia + tosse + dispneiaPH CRÔNICA: Espessamento intersticial intralobular, interfaces irregulares, espessamento septal irregular interlobular, faveolamento e bronquiectasias/bronquiolectasias de tração Nódulos centrolobulares ou opacidades em vidro fosco superpostos Sem predominância zonal da fibrose, mas poupando relativamente os ângulos costofrênicos Crônica: dispneia aos esforços + tosse + fadiga + baqueteamento digital Radiologia pode ser difícil de diferenciar de FIP Sinal da Terrine ("Head chesse sign") = PH Áreas de vidro fosco e áreas de aprisionamento de ar - também chamado de mosaico PH crônica Padrão tomográfico característico: Nódulos/micronódulos linfáticos, predominantemente em: lobos superiores + adenopatia hilar simétrica/subcarinal: praticamente diagnóstico SARCOIDOSE: RESUMINDO ALGUMAS IMAGENS... Mulher com tosse e dispneia há 1 ano Artrite, alopecia e úlceras orais FAN +1/640 CASO CLÍNICO 1: Vidro fosco que poupa um pouco as bases --> padrão de PNEUMONIA INTERSTICIAL NÃO ESPECÍFICA + LÚPUS É vidro fosco bilateral, não tem faveolamento Homem, 60 anos, com tosse há 6 meses Ex tabagista Nega exposições, reumatograma - Estertores creptantes em velcro CASO CLÍNICO 2: Homem, dispneia há 1 ano Artite + artralgia TC: padrão PIU - mas não é FPI porque ele tem FR + Fator reumatóide + CASO CLÍNICO 5: Predomínio ápico-basal, cistos de faveolamento, espessamento dos septos, predomínio nas periferias --> PADRÃO PIU = Fibrose pulmonar idiopática Mulher, dispneia há 2 meses Mudou para casa com muito mofo Lavado broncoalveolar com linfocitose CASO CLÍNICO 3: Muito vidro fosco bilateral, predomínio peribroncovascular, bronquiectasia de tração --> PNEUMONIA DE HIPERSENSIBILIDADE Tosse e dispneia há 12 meses Mãe da Clarrinha ha 2 anos CASO CLÍNICO 4: Muitos nódulos centrolobulares, vidro fosco, espessamento de septo, aprisionamento aéreo --> Sinal do Terrine --> PNEUMONIA DE HIPERSENSIBILIDADE ESCLERODERMIA (observar o tamanho do esôfago) com DPI padrão PINE ARTRITE REUMATÓIDE + FIBROSE PULMONAR
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