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ATOS ADMINISTRATIVOS

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ATOS ADMINISTRATIVOS
Segundo Meirelles (2005), o ato administrativo é a manifestação unilateral, da imposição da vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha for fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si próprio. 
Cite e explique os atributos de um ato administrativo.
O ato administrativo, segundo Olivo (2010), possui atributos que lhe confere caraterísticas peculiares como: presunção de legitimidade; imperatividade ou coercibilidade; e autoexecutoriedade.
Presunção de Legitimidade – é a presunção de que todo ato praticado pela Administração Pública ou Agentes Públicos é correto, legal e legítimo. Essa presunção, segundo alguns autores, está amparada na supremacia do interesse público. No entanto, essa presunção não é absoluta (juris et juris), é relativa (juris tantum) sendo permitido a contestação pelo interessado, bem como o ônus da prova. Um exemplo muito comum são as multas aplicadas em veículos. O órgão de fiscalização envia a multa ao proprietário do veículo assim que flagrar uma infração cometida. Presume-se que o Agente Público que registrou o ato está falando a verdade, pois ele possui legitimidade para praticar o ato. No entanto, se o proprietário não concordar com a infração, ele possui o direito de recorrer e tentar provar que a infração não foi cometida. 
Imperatividade ou Coercibilidade - é a manifestação unilateral da Administração Pública, o poder da força imposto sobre os particulares, independentemente da sua aquiescência, através atos normativos, ordinários e punitivos. No entanto, nem todo ato é imperativo ou coercitivo, como atos enunciativos e de outorga.
Como exemplo dessa imperatividade ou coercibilidade é a autonomia da Administração Pública de criar ou alterar uma lei, norma ou obrigação que seja aplicada a todos os administrados, sem sua concordância ou aprovação, como aumento no valor do IPTU ou Taxas de Serviços Públicos, dentre outros.
Autoexecutoriedade - É a autotutela, a supremacia da Administração em impor aos particulares o cumprimento dos atos, independentemente de autorização judicial.
O exemplo mais comum dessa autoexecutoriedade, é o poder de polícia. A Administração Pública não necessita do uso das vias jurídicas. Assim, se um agente público percebe o descumprimento de uma norma, lei ou normativo ele poderá aplicar a sansão imediatamente, seja uma prisão, uma multa, embargar, destruir produtos, interditar um estabelecimento, sem prévia autorização da justiça. 
Cite e explique três elementos dos atos administrativos.
Segundo Olivo (2010), são elencados cinco elementos. Apesar da solicitação de explicar três dos cinco, será apresentado, de forma sucinta, os cinco:
Agente competente - corresponde àquele que concretiza o ato, que o realiza, a quem compete, relaciona-se ao “quem faz”.
Objeto - corresponde ao conteúdo do ato, ou seja, relaciona-se ao “o que ele traz e seu efeito”.
Forma - refere-se ao “como fazer”, a maneira como se manifestada a vontade impositiva da Administração Pública, ou seja, se haverá solenidade ou não, se o ato será apenas escrito ou verbal.
Motivo - está relacionado ao “porque se faz”. A justificativa deve evidenciar e esclarecer o porquê da realização do ato.
Finalidade - corresponde ao “para que se faz”, com qual objetivo, qual resultado. Já se sabe que a finalidade da Administração Pública é praticar o bem comum, o interesse público, logo, a finalidade do ato administrativo é satisfazer sempre o interesse da coletividade.
Comente a seguinte frase: “O poder de polícia é a atividade do Estado que consiste em limitar o exercício dos direitos individuais e favor do interesse público”
Após leitura de alguns autores, pode entender que o poder de polícia é legítimo do Estado. Compete a Administração Pública o poder de manter a segurança do território bem como da sua população. Essa segurança não é apenas física das pessoas, mas também segurança social, do meio ambiente e das florestas, da saúde, segurança sanitária, do patrimônio privado e público, dos atos comerciais, do trânsito, da cultura e dentre várias áreas do interesse da coletividade. Neste sentido, o poder do Estado concede aos administrados o direito a algum ato da mesma forma o dever de cumpri-lo com a finalidade de permitir o equilíbrio público, garantindo os direitos individuais e coletivos.
REFERÊNCIAS
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 31. ed. São Paulo: Malheiros, 2005.
OLIVO; Luiz Carlos Cancelier de. Direito Administrativo. Florianópolis: Departamento de Ciências da Administração / UFSC; [Brasília] : CAPES : UAB, 2010. 162p. : il.

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