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Fontes do Direito Processual

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Fontes do Direito Processual
&
Interpretação da Lei Processual Penal
Fontes Materiais- são também conhecidas como fontes de produção ou fontes substanciais, pois dizem respeito à gênese do Direito Processual Penal. São aquelas que criam a regra jurídica.
A esse respeito, diz o art. 22 CF, que compete privativamente a União legislar sobre direito processual, inc. I, e que lei complementar poderá autorizar os estados a legislar sobre matéria processual penal em questões específicas, circunscritas ao interesse local (parágrafo único).
Com propriedade, lembra Nucci que também compete a União celebrar tratados e convenções internacionais, fontes criadoras de normas processuais penais, e que a “Convenção Americana de Direitos Humanos (Decreto 678/92), criou pelo menos três regras (verdadeiras garantias humanas fundamentais) de processo penal: o direito a julgamento por um juiz ou tribunal imparcial (art.8 n.1), o direito ao duplo grau de jurisdição (art.8n. 2,h) e a vedação ao duplo processo pelo mesmo fato(art. 8 n.4).
Além disso, art.24 CF estabelece, competência concorrente da União, Estados, DF, para legislar sobre direito penitenciário; criação e funcionamento e processo do juizado de pequenas causas; e sobre procedimentos em matéria processual.
Formais ou de Cognição- dizem respeito à exteriorização à forma pela qual o Direito Processual Penal se faz conhecido.
A Fonte Formal (imediata-direta) do Direito Processual Penal é a Lei Processual Penal. Nesse sentido às normas encontram-se no CPP, CPPM e legislação complementar.
São também: Lei Ordinária, Lei Complementar, MPs 62. CF (não podem versar sobre Direito Penal e Direito Processual Penal), Tratados e Convenções que o Brasil é signatário, emendas a CF.
A Fonte Formal (mediata- ou indireta) - são os costumes, e os princípios gerais do Direito e ANALOGIA.
Costume (obs. nunca revoga a Lei) é a prática reinterada de determinada conduta revestida de aparência de obrigatoriedade, que em razão dessa mesma reinteração e adequação ao sistema termina por ingressar informalmente no ordenamento.
Os Princípios Gerais do Direito são postulados gerais e genéricos, que podem ser extraídos do ordenamento jurídico, calçados em premissas éticas e valorativas, compatíveis com o censo comum e com o sistema normativo vigente.
Segundo Carlos Maximiliano “abrangem não só as ideias básicas da legislação nacional, mas também os princípios filosóficos, fundamentais do Direito, sem distinções de fronteiras”.
 DECRETO-LEI Nº 4.657, DE 4 DE SETEMBRO DE 1942. LINDB art.4- Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
CPP-Art. 3o  A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
Interpretar é buscar definir o verdadeiro significado da norma jurídica (vontade da Lei).
A interpretação da lei processual penal é a atividade consiste em identificar o alcance do significado da norma.
Quanto ao modo: considerando os meios empregados para a interpretação.
Quanto ao resultado: tendo em conta a conclusão que chegou o exegeta. (INTERPRETE)
Quanto ao sujeito, pode ser autêntica, doutrinária ou jurisprudencial.
ATENÇÃO-Quanto ao sujeito: levando em consideração aquele que realiza a interpretação, pode ser autêntica, doutrinária ou jurisprudencial. 
Autêntica- ou legislativa- é aquela que emana do próprio órgão encarregado da elaboração do texto legal, podendo ser:
A) CONTEXTUAL- quando feita no bojo do próprio texto interpretado; (o mesmo texto normativo já aponta a correta interpretação que deve ser dada a um determinado dispositivo). Ex. 327CPP- dá o conceito de funcionário publico, de modo a não permitir duvidas a respeito da interpretação do que se deva ser considerado funcionário publico para fins de imputação penal.
B) NÃO CONTEXTUAL- ou posterior interpretação por lei posterior, como o próprio nome indica, não é feita no mesmo corpo normativo, mas em espécie de norma diversa (outra lei de edição posterior).
 Interpretação Doutrinária- é feita pelos estudiosos do Direito, em livros, artigos, teses, monografias, comentários etc.(doutrinadores, juristas, é a essência do livre ato do intelecto humano, segundo CARLOS MAXIMILIANO).
Interpretação Jurisprudencial- ou judicial- é a interpretação levada a efeito pelos juízes e tribunais nos julgamentos dos processos a eles submetidos, mediante a reinteiração dos seus julgamentos.
Jurisprudência é a reinteração de decisões no mesmo sentido, lançadas em casos idênticos, por meio de interpretação e aplicação do Direito em casos concretos. Não é fonte de direito, mas antes de procedimento imperativo, como a doutrina.
ATENÇÃO-QUANTO AO MODO- a interpretação da lei processual penal pode ser Gramatical ou Lógica. Considerando os meios empregados para a interpretação.
Interpretação Gramatical- ou Literal- FUNDADA NAS REGRAS GRAMATICAIS- levando em consideração o sentido literal das palavras.
Interpretação Lógica- ou Teleológica- procura descobrir a vontade do legislador, assim como a finalidade com qual a Lei foi editada. (vontade manifestada em lei)
ATENÇÃO- QUANTO AO RESULTADO- pode ser declarativa, restritiva e extensiva. Tendo em conta a conclusão que chegou o exegeta. (INTERPRETE)
Declarativa- não há expansão ou restrição ao alcance da regra de Direito, limitando-se o interprete ao sentido literal da norma. (corresponde exatamente ao intuito do legislador)
Restritiva- o interprete limita, restringe o alcance da norma, para extrair menos do que aparentemente sugeria o legislador, restringe seus limites ao alcance da norma.
Extensiva- expressamente admitida no art. 3° CPP, o intrprete amplia o alcance da norma para abancar situação aparentemente não regulada.
Não se deve confundir 
Analogia 
X
Interpretação Analógica.
Na analogia, o interprete procura e não encontra no ordenamento jurídico dispositivo que regule a situação tratada, o que autoriza a reconhecer típica hipótese de lacuna no ordenamento.
Na interpretação analógica- é o método interpretativo, hermenêutico, a lei indica uma forma casuística seguida de expressões genéricas, como é o clássico tipo de homicídio CP 121, § 2°, III, em que ciente da impossibilidade de regular todas as formas de execução do crime, após indicar alguns meios específicos (fogo, veneno, etc.) o legislador refere genericamente à possibilidade de outras formas semelhantes (ou outro meio insidioso ou cruel, ou de que se possa resultar em perigo comum).
LEI PROCESSUAL PENAL NO ESPAÇO
CPP-Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
Trata-se do princípio “tempus regit actum”, do qual derivam duas consequências:
a) aplicação imediata da norma processual penal (principio da aplicação imediata ou da imediatidade); (aplicável a condenações/processos futuros em curso).
b) preservação dos atos passados realizados sobvigência da lei anterior. (são considerados válidos)
CPP -DECRETO LEI- 3.689, DE 3 OUTUBRO DE 1941
LIVRO I
DO PROCESSO EM GERAL
TÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
        Art. 1o O processo penal reger-se-á, em todos os territórios brasileiros, por este Código, ressalvados:
        I - os tratados, as convenções e regras de direito internacional;
        II - as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade (Constituição, arts. 86, 89, § 2o, e 100);
        III - os processos da competência da Justiça Militar;
        IV - os processos da competência do tribunal especial (Constituição, art. 122, no 17);
        V - os processos por crimes de imprensa-  Parágrafo único.  Aplicar-se-á, entretanto, este Código aos processos referidos nos. IV e V, quando as leis especiais que os regulam não dispuserem de modo diverso.Art. 2o  A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior.
        Art. 3o  A lei processual penal admitirá interpretação extensiva e aplicação analógica, bem como o suplemento dos princípios gerais de direito.
 ATENÇÃO 
 - Não há Retroatividade benéfica no processo penal.
 -A Norma Processual Penal tem aplicação imediata.
 -Os Fatos Anteriores, praticados sobvigência da norma são preservados.
Conforme sintetiza Clariá Olmedo “La eficácia espacial de la ley procesal penal se refiere al âmbito territorial de su aplicacíon” (Derecho Procesal Penal 1° Ed., Santa Fé, Rubinzal-Culzoni)
Disso ocorre que, diferentemente do direito penal, em matéria processual não ocorre retroatividade, ainda que lei posterior seja mais benéfica ao acusado. A norma processual penal tem aplicação imediata, sendo preservados todos os atos praticados anteriores a sua vigência.
O Direito Processual Penal é eminentemente territorial, e bem por isso a necessidade do legislador de explicitar no art. 1°, regras relacionadas com o alcance da lei penal no espaço, indicando sua extensão territorial em que se faz impositiva e obrigatória sua aplicação, e ao mesmo tempo em que apresenta situações nas quais devem ser observadas regras especiais, e determinar a incidência subsidiária do CPP nas hipóteses especiais que não dispuserem de modo diverso.
Adotado o critério territorial (real ou por extensão), com as exceções e particularidades apontadas, como manifestação da soberania nacional, aplica-se o CPP em todo o território brasileiro, o que envolve espaço aéreo (VER LEI n° 7.565/86 Código Brasileiro da Aeronáutica), as águas interiores, o mar territorial e plataforma continental. (VER LEI n° 8.617/93).
Nesse mesmo caminho, dispõe o art. 5°, caput, do CP “Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional”, e acrescentam seus parágrafos, 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.  
§ 2º - É também aplicável à lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil. 
Por fim, nas hipóteses de extraterritorialidade (Art.7CP), é aplicada também a lei processual brasileira.
Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: 
        I - os crimes: 
        a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; 
        b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo Poder Público; 
        c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; 
        d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; 
        II - os crimes:  
        a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a reprimir; 
        b) praticados por brasileiro; 
        c) praticados em aeronaves ou embarcações brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam julgados
        § 1º - Nos casos do inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou condenado no estrangeiro.
        § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira depende do concurso das seguintes condições: 
        a) entrar o agente no território nacional; 
      b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; 
        c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; 
        d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;         
 e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo a lei mais favorável. 
        § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no parágrafo anterior: 
        a) não foi pedida ou foi negada a extradição; 
        b) houve requisição do Ministro da Justiça.      
Repristinação- É o fenômeno jurídico pelo qual uma lei volta a vigorar após a revogação da lei que a revogou. No entanto, há entendimentos diversos sobre sua validade. Enquanto alguns doutrinadores sustentam que a lei revogada passa automaticamente a vigorar com a abolição da lei que a revogou, outros entendem que tal fenômeno é vedado em nosso ordenamento, em razão do art. 2º, § 3º, da LINDB. Desta forma, para que a lei anteriormente abolida se restaure, é necessário que o legislador expressamente a revigore. Fundamentação: Art. 2º, § 3º, da LINDB
OBS: (No Brasil não há repristinação implícita (automática), depende de expressa determinação legal).
Vacatio Legis é um termo jurídico, de origem latina, que significa vacância da lei, ou seja, "a Lei Vaga", que é o período que decorre entre o dia da publicação de uma lei e o dia em que ela entra em vigor, ou seja, que tem seu cumprimento obrigatório.
A Vacatio Legis, fundamentada juridicamente, é estabelecida para que haja um período de assimilação da nova lei que entrará em vigor depois do prazo determinado. Esse período é em média de 45 dias, contando da data da publicação da lei. No exterior 3 meses de publicada no Brasil.
 LINDB Art. 1o  Salvo disposição contrária, a lei começa a vigorar em todo o país quarenta e cinco dias depois de oficialmente publicada.
§ 1o Nos Estados, estrangeiros, a obrigatoriedade da lei brasileira, quando admitida, se inicia três meses depois de oficialmente publicada.
§ 3o Se, antes de entrar a lei em vigor, ocorrer nova publicação de seu texto, destinada a correção, o prazo deste artigo e dos parágrafos anteriores começará a correr da nova publicação.
§ 4o  As correções a texto de lei já em vigor consideram-se lei nova.
Art. 2o  Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue.        
§ 1o  A lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior.
§ 2o  A lei nova, que estabeleça disposições gerais ou especiais a par das já existentes, não revoga nem modifica a lei anterior.
§ 3o  Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
Art. 3o  Ninguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece.
Art. 4o  Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito.
É possível também que a nova lei dispense a Vacatio Legis e assim deve conter o seguinte artigo: "Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação".
A Vacatio Legis indireta é a que determina um novo prazo para o seu período de Vacatio Legis, para que determinados dispositivos possam ter aplicação.
Uma lei tem vigência até o surgimento de uma lei nova, e pode, ainda, ser que a lei nova venha a disciplinar um fato pela primeira vez. É neste contexto, que se insere o momento de início da vigência da lei nova, bem como para se apreciar o alcance de seus efeitos sobre os atos praticados até esse momento.
Desde a época dosromanos que vigora o princípio da irretroatividade da lei, ou seja, nenhuma lei poderia ter seus efeitos aplicados aos fatos e atos já acontecidos. Foi no começo do século XIX que as ideias liberais procuraram salvaguardar o chamado direito adquirido.
 
 ESPÉCIES DE CITAÇÃO
Mesma Cidade- Mandado
Cidade Diferente do mesmo País- Carta Precatória
País Estrangeiro- Carta Rogatória
ATENÇÃO
O Brasil adota o princípio da territorialidade, segundo o qual a lei processual aplica-se a todas as infrações penais cometidas em território brasileiro, sem prejuízo das convenções, tratados e regras de Direito Internacional.
Exclusão de Jurisdição Imunidades Diplomáticas
CP-Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito internacional, ao crime cometido no território nacional.
Chefe de Estado e representantes de governo estrangeiros então excluídos, da jurisdição criminal dos países que exercem suas funções.
Na lição de ANIBAL BRUNO, entende-se que os representantes de governo estrangeiros estão excluídos da jurisdição criminal dos países em que exercem suas funções.
Sendo assim, não se aplicam as leis processuais brasileiras nas hipóteses de imunidades diplomáticas, que são baseadas no respeito e consideração ao Estado que representam e na necessidade de cercar sua atividade para o perfeito desempenho de sua missão diplomática, que é vista como aspecto da soberania do Estado estrangeiro.
A questão das imunidades deve ser analisada a partir da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas, assinada a 18 de abril de 1961, aprovada pelo Decreto Legislativo n. 103, de 1964, e ratificada em 23 de fevereiro de 1965, e da Convenção de Viena sobre as relações consulares, de 24 de abril de 1963, aprovada pelo Decreto Legislativo n. 6, de 1967, e ratificada em 20 de abril de 1967.
As imunidades diplomáticas referem-se a qualquer delito e se estendem a todos os agentes diplomáticos (embaixador, secretários da embaixada, pessoal técnico e administrativo das representações), aos componentes da família deles e aos funcionários das organizações internacionais (ONU, OEA, etc.) quanto ao serviço. No caso de falecimento de um diplomata os membros de sua família continuarão no gozo dos privilégios e imunidades a que têm direito, até a expiração de um prazo razoável que lhes permita deixar o território do Estado acreditado, como se lê do artigo 39, § 3º, da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas.
Estão   cobertos pelas imunidades diplomáticas, o chefe do Estado estrangeiro que visita o país e ainda os membros de sua comitiva.
A inviolabilidade dos diplomatas se estende á residência particular ou oficial dos protegidos.
Por sua vez, estão excluídos das imunidades que foram referenciadas os empregados particulares dos agentes diplomáticos, a não ser que o Estado acreditante as reconheça. O Estado acreditado deverá exercer a sua jurisdição sobre tais pessoas de modo a não interferir demasiadamente com o desempenho das funções da missão diplomática.
O teor dos artigos 41 e 43 da Convenção de Viena sobre relações consulares, os cônsules, que não são agentes diplomáticos, mas sim administrativos que representam os interesses de pessoas físicas ou estrangeiras, não gozam de imunidade, a não ser que haja um tratado entre as nações interessadas (imunidade relativa) .Pelas infrações praticadas no exercício de suas funções respondem perante as autoridades do País que os nomeou como já decidiu o Supremo Tribunal Federal, gozando ainda de privilégios a respeito da prisão preventiva.
As sedes diplomáticas (embaixadas, sedes de governos internacionais, etc.) são invioláveis como garantia às representações estrangeiras. (não são consideradas extensão do território).
Para fins didáticos, precisa-se esclarecer a nomenclatura empregada. Nas relações internacionais usa-se o termo “Estado Acreditante” para se referir àquela nação que envia o diplomata para outra nação, já “Estado Acreditado” para aquele que recebe o representante de outro país em seu território.
Imunidades Parlamentares
As imunidades Parlamentares se dividem em: 
1) Imunidade Material ( também chamada de real ou absoluta) – CUIDA O CAPUT 53,CF:
ART. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos;
A imunidade absoluta é irrenunciável e tem a natureza jurídica de causa de exclusão de tipicidade. (mas não deve ser confundida com impunidade).
A imunidade absoluta acompanha o parlamentar desde a diplomação- art. 53 § 1° CF- até o término do mandato. (não será possível à instauração de inquérito policial/ processo criminal até o término mandato por expressões utilizadas durante o período de imunidade.
Ainda que externadas fora do congresso nacional e, portanto, do exercício direto da atividade parlamentar, as expressões que possam justificar imputação penal estão acobertadas pela imunidade material, se guardarem relação com referida atividade pública.
As imunidades dos Vereadores são limitadas a circunscrição do município.
CF-Art. 29-VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Município.
2) Imunidade (FORMAL) ou Relativa ou Processual- 
(PRISÃO –PROCESSO CRIMINAL)
Estão reguladas no Art. 53 CF.
Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos;
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
(Da prisão do Parlamentar) § 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da maioria de seus membros, resolva sobre a prisão;
 (Da instauração de Processo Criminal Contra Parlamentar)
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação;
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora;
 § 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato;
 (Do Foro Por Prerrogativa de Função e servir como testemunha) § 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações;
 § 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva;
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que sejam incompatíveis com a execução da medida. 
Em razão da imunidade de foro por prerrogativa de função, deve ser julgado perante o Supremo Tribunal Federal o parlamentar acusado de crime doloso contra a vida.
A renuncia do cargo “produz plenos efeitos no plano processual, o que implica a declinação de competência do STF para o juízo criminal de primeiro grau”.
Todavia, a Excelsa Corte (STF) já decidiu que a renúncia de parlamentar, após o final da instrução, não acarreta na perda de competência do STF, pois não pode ser “utilizada como subterfúgio para deslocamento de competências constitucionalmente definidas, que não podem ser objeto de escolha pessoal”.

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