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APOSTILA 10 Metereologia

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Meteorologia 002
Índice
METEREOLOGIA 2
INTRODUÇÃO
A disciplina pretende proporcionar ao aluno conhecimentos 
fundamentais sobre os fenômenos meteorológicos que interferem no 
ambiente de trabalho do comissário de voo, contribuindo para que o 
profissional desempenhe sua função com maior segurança e, assim, 
transmita segurança e tranqüilidade ao passageiro, especialmente 
quando lhe fornecer informações gerais.
O assunto será abordado de forma objetiva, visando transmitir os 
conhecimentos de maneira simples, sem demonstrações complicadas, 
a fim de proporcionar noções que permitam compreender os 
fenômenos que se desenvolvem na atmosfera.
CAPÍTULO I - CARACTERIZAÇÃO DA METEOROLOGIA
Meteorologia é uma ciência, ramo da geofísica, que estuda os 
fenômenos e as atividades atmosféricas.
Quanto à maneira como é estudada atualmente, divide-se em:
1. Meteorologia Pura: estuda a meteorologia de uma forma 
geral. É voltada para a área de pesquisa. (paleoclimatologia, 
sinótica, dinâmica, etc.)
2. Meteorologia Aplicada: é a aplicação da meteorologia em 
determinadas atividades humanas e econômicas. (marítima, 
agrometeorologia, aeronáutica, etc.)
A meteorologia aeronáutica tem por finalidade proporcionar aos 
usuários segurança e economia. Em sua área de responsabilidade, 
os serviços se preocupam, principalmente, com os fenômenos que 
possam por em risco a segurança das aeronaves.
Metereologia
METEREOLOGIA 3
Por isso, é mantido um serviço de vigilância permanente e contínuo, 
que difunde boletins sempre que esteja previsto ou tenha sido 
observado algum fenômeno perigoso à aviação. 
Este serviço está estruturado e dividido nas seguintes fases:
a) Observação: é a verificação visual e instrumental dos 
elementos que representam as condições meteorológicas, 
num dado momento e local.
b) Divulgação: é a transmissão dos dados observados para que 
outros locais tomem conhecimento.
c) Coleta: é a recepção dos dados de um determinado local.
d) Análise: é o estudo e interpretação das informações 
observadas com fins de previsão do tempo.
e) Exposição: dos dados, observados ou previstos, para consulta 
dos usuários.
CAPÍTULO II - A TERRA NO SISTEMA SOLAR
O Sol é a principal fonte de energia do nosso planeta. Emissor de luz e 
calor, é cerca de 1.300.000 vezes maior do que a Terra.
METEREOLOGIA 4
A Terra está a aproximadamente a 150 milhões de quilômetros do Sol. 
Ela interage com a radiação solar através de dois movimentos principais:
•	 Rotação:	movimento	 realizado	em	 torno	de	seu	próprio	eixo.	
Duração	de	24h.	Responsável	pelos	dias	e	noites.	Durante	o	
dia a Terra recebe radiação solar e se aquece; à noite resfria-
se devido emissão de radiação terrestre.
•	 Translação	 ou	Revolução:	movimento	que	 a	 Terra	 realiza	 em	
torno do Sol. Duração de 365 dias e 6h (a cada 4 anos acumula 
1 dia, daí a necessidade de se ter os anos bissextos).
Ao descrever sua órbita, a Terra apresenta inclinação (eclíptica) de 
23,5°. Este fato, aliado ao movimento de translação, é o responsável 
por estabelecer as estações do ano. Ao longo da trajetória vai variando 
o grau de radiação solar em cada hemisfério. Maior radiação, verão, 
menor radiação, inverno.
Podemos observar na figura acima a delimitação de 4 pontos (2 
solstícios e 2 equinócios):
•	 Solstício	de	periélio:	este	é	o	ponto	em	que	a	Terra	encontra-
se mais perto do Sol. Este, por sua vez, incide na vertical 
do trópico de capricórnio. Verão Hemisfério Sul, inverno 
Hemisfério Norte;
METEREOLOGIA 5
•	 Solstício	 de	 afélio:	 neste	 ponto,	 a	 Terra	 encontra-se	 mais	
afastada do Sol, o qual incide na vertical do trópico de câncer. 
Inverno no Hemisfério Sul, verão Hemisfério Norte;
•	 Equinócios:	são	pontos	eqüidistantes	da	Terra	em	relação	ao	
Sol. Este incide na vertical da linha do Equador, delimitando o 
outono e a primavera em cada hemisfério alternadamente.
Para que fosse possível determinar com exatidão a posição de qualquer 
ponto sobre a superfície da Terra, ela foi dividida em linhas imaginárias 
verticais e horizontais chamadas de Meridianos e Paralelos. 
Meridianos são semicírculos (arcos de 180°) que ligam um pólo ao 
outro. O mais importante deles é o de Greenwich (longitude 0°) que 
divide a Terra em Ocidente e Oriente. Os meridianos opostos são 
chamados de antimeridianos.
Paralelos são círculos traçados paralelamente à linha do equador 
(círculo máximo). O mais importante deles é o Equador (latitude 0°) 
que divide a Terra em Hemisfério Norte e Hemisfério Sul. Os outros 
paralelos são denominados de círculos menores.
METEREOLOGIA 6
Os paralelos determinam ao longo do planeta diferentes zonas climáticas:
•	 Equatorial:	imediatamente	em	torno	do	equador	terrestre.
•	 Tropical:	zona	compreendida	entre	os	trópicos	de	capricórnio	
e de câncer.
•	 Temperada:	 zona	 compreendida	 entre	 os	 trópicos	 e	 os	
círculos polares.
•	 Polar:	 zona	 compreendida	 entre	 os	 círculos	 polares	 e	 os	
respectivos pólos. 
CAPÍTULO III - INTRODUÇÃO À ATMOSFERA TERRESTRE
O ar atmosférico é uma mistura de vários gases que envolvem 
o planeta, cobrindo as terras e os mares. Assim como os oceanos, 
a atmosfera encontra-se “presa” a Terra pela ação gravitacional, 
acompanhando-a em seus movimentos.
 A ação gravitacional também faz com que o ar fique mais denso nas 
camadas inferiores, ficando cada vez mais rarefeito à medida que se 
afasta da superfície. 
Altitude x Densidade: são inversamente proporcionais. Quanto 
maior a altitude, menor será a densidade. 
 A atmosfera é fina em relação às dimensões do planeta, porém é de 
extrema importância para a ocorrência da vida, dada a presença de 
METEREOLOGIA 7
O2 (respiração), CO2 (fotossíntese) e a propriedade de filtragem das 
radiações perigosas emitidas pelo sol.
O ar, material que compõe a atmosfera, é uma mistura mecânica de 
diversos gases, sendo que os componentes majoritários são:
•	 Nitrogênio:	78%
•	 Oxigênio:	21%
•	 Outros:	1%
•	 H2O:	0%	a	4%
O vapor de água embora seja encontrado na atmosfera, não entra em 
sua composição; estando nela somente porque o calor do sol, atuando 
nas grandes massas de água de nosso planeta, faz com que a mesma 
vá para a atmosfera em forma de vapor. 
Uma	 atmosfera	 seca	 apresenta	 0%	 de	 vapor	 d’água.	 Já	 para	 uma	
atmosfera	 saturada	 teremos	 4%,	 diminuindo	 proporcionalmente	 a	
quantidade dos outros elementos.
A atmosfera da Terra possui uma estrutura vertical extremamente 
variável. Para fins de estudo ela é dividida em várias camadas, em 
cujas regiões encontramos peculiaridades relevantes.
METEREOLOGIA 8
Assim temos a seguinte divisão em camadas da atmosfera:
•	 Troposfera:	 sua	 espessura	 varia	 de	 acordo	 com	 a	 hora	 e	 a	
latitude	e	tem	em	média,	cerca	de	16	km	(17	a	19Km)	sobre	o	equador	
e	8,5	Km	 (7	a	9	 km)	 sobre	os	pólos.	A	 troposfera	é	a	camada	mais	
instável da atmosfera; é a região de maior atividade nebulosa. Nela 
acontecem os fenômenos meteorológicos mais importantes, como 
as frentes, tempestades, os ventos, etc. Na troposfera, a temperatura 
do ar tem um decréscimo de 0,65 Celsius para cada 100 metros (2º 
Celsius	para	cada	1.000’	Ft).
•	 Tropopausa: sua espessura é de 3 a 5 km. É a camada 
imediatamente acima da troposfera. Sua principal característica 
é	a	ISOTERMIA	(temperatura	constante).
•	 Estratosfera: é a camada logo acima da tropopausa. Nela 
inicia-se a difusão da luz solar, que acarreta a coloração da 
atmosfera. Nesta camada ocorre ainda uma concentração 
acentuada de ozônio O3 entre 25 e 50 km, que formam uma 
camada conhecida como ozonosfera. Sua origem deve-
se a certa faixa da radiação ultravioletaque é absorvida 
pelo oxigênio molecular, decompondo seus átomos. A 
recombinação desses átomos origina moléculas triatômicas de 
ozônio. Nesta camada a temperatura aumenta com a altitude.
•	 Mesosfera: próxima camada, nela a temperatura volta a 
diminuir com a altitude chegando ao valor mais baixo de toda 
a	atmosfera.	Aproximadamente	-90°C.	
•	 Ionosfera: sua característica marcante é refletir as ondas 
hertzianas de rádio. Aí começa a filtragem seletiva da radiação 
solar, pois a ionosfera absorve a radiação gama e os raios X. É 
também nesta camada que ocorrem os fenômenos das Auroras 
Polares. A temperatura volta a aumentar nesta camada.
•	 Exosfera: é a camada mais externa da atmosfera. Ela é 
extremamente rarefeita. A temperatura continua aumentando.
METEREOLOGIA 9
A atmosfera funciona como um filtro, impedindo que as radiações mais 
perigosas cheguem até a superfície de nosso planeta. O processo de 
filtragem ocorre por:
a) Absorção: as radiações mais perigosas são absorvidas 
pela atmosfera.
b)	 Reflexão:	 também	 chamado	 de	 ALBEDO.	 Parte	 da	 radiação	
solar que chega é enviada de volta para o espaço.
c) Difusão: é o espalhamento da radiação. Este é o fenômeno 
responsável pela coloração azul do céu.
A radiação solar que atinge a superfície da Terra, após sofrer filtragem, 
recebe	a	denominação	de	INSOLAÇÃO.
Outro fenômeno gerado pela atmosfera é o chamado Efeito Estufa, 
também chamado de efeito “cobertor”. É um fenômeno natural em que 
a atmosfera evita que grande parte do aquecimento ocorrido durante 
o dia se perca para o espaço à noite. Em seu estado normal ele é 
benéfico, pois sem ele a temperatura média da Terra seria de -18°C.
CAPÍTULO IV - CALOR
Temperatura é a medida do grau de agitação molecular de 
determinado corpo.
Sabe-se que os corpos, ao serem aquecidos, aumentam a agitação 
molecular interna, ocasionando um afastamento entre suas moléculas. 
Conseqüentemente, os corpos se dilatam aumentando de volume e 
METEREOLOGIA 10
diminuindo a sua densidade, mas quando resfriados, contraem-se, 
diminuindo de volume e aumentando a densidade.
Temperatura x Densidade: são inversamente proporcionais. Quanto 
maior é a temperatura, menor será a densidade.
Calor (ou energia térmica) é uma forma de energia que indica o estado 
de agitação das moléculas de um corpo.
O calor pode ser transmitido de um corpo a outro das seguintes formas:
•	 Radiação: processo de transferência de calor à distância, sem 
contato entre corpos, em meios rarefeitos e através de ondas 
muito curtas. É o único dos processos que não necessita de 
um meio físico para se propagar.
METEREOLOGIA 11
•	 Condução: passagem direta de calor de molécula a 
molécula. Seus movimentos são transferidos de uma para 
outra, gradativamente.
•	 Convecção: processo de transferência de calor por agitação 
das moléculas. Uma vez aquecidas, as moléculas modificam 
sua posição relativa e produzem correntes. A convecção 
ocorre nos meios fluídos (líquidos/gases). Podem ser correntes 
ascendentes ou descendentes, correntes convectivas.
•	 Advecção: transporte de calor na horizontal executado pelos ventos. 
METEREOLOGIA 12
A distribuição de calor obedece a gradientes verticais e horizontais.
A relação entre temperatura e altitude é variável, conforme verificado 
nas camadas atmosféricas. Na troposfera geralmente diminui com a 
altitude,	mas	 pode	 ocorrer	 o	 fenômeno	 conhecido	 como	 INVERSÃO	
TÉRMICA,	 que	 é	 quando	 a	 temperatura	 aumenta	 com	 a	 altitude,	
ocorrendo normalmente no inverno.
Temperatura x Altitude: é uma relação variável. A temperatura 
normalmente diminui com a altitude, mas pode também aumentar 
em caso de inversão térmica.
O instrumento que mede a temperatura do ar é o Termômetro e seu 
equivalente registrador é conhecido como termógrafo.
CAPÍTULO V - ÁGUA
Mais de 2/3 da superfície da Terra são cobertos por oceanos, mares, 
rios, lagos, etc. Essa água está em contínuo processo de evaporação 
para a atmosfera. Ao subir ocorre a condensação e precipitação, 
percorrendo um caminho cíclico denominado de ciclo hidrológico.
METEREOLOGIA 13
A água existe na atmosfera nos três estados físicos: sólido, líquido 
e gasoso.
No estado sólido pode tomar a forma de:
•	 Neve: precipitação em forma de flocos (cristais hexagonais) 
ocorrendo quando a temperatura está próximo de 0°C.
•	 Granizo: precipitação em forma de grãos de gelo com 
diâmetro igual ou maior que 5mm. A formação do granizo 
é característica do Comulonimbus, habitualmente durante 
fortes trovoadas.
•	 Nuvem e nevoeiro congelante: formados por micro cristais 
de gelo em suspensão na atmosfera.
•	 Geada: cristais de gelo fino depositados por sublimação do 
vapor	d’	 água	em	superfícies	que	apresentam	 temperatura	
menor ou igual a 0°C.
No estado líquido pode ser:
•	 Chuvisco: precipitação de gotículas de água com diâmetro 
menor que 0,5mm. Tem origem em nuvens Stratus.
•	 Chuva: precipitação de gotas de água com diâmetro maior 
ou igual 0,5mm.
•	 Nuvem e nevoeiro: formado por micro gotículas de água em 
suspensão na atmosfera.
METEREOLOGIA 14
•	 Orvalho: gotas de água depositadas por condensação do 
vapor	d’	água	em	superfícies	com	temperatura	maior	que	0°C.	
No	estado	gasoso	é	conhecida	como	vapor	d’	água.
A variação da quantidade de água presente na atmosfera gera 
diferentes tipos de ar:
•	 Ar Seco: parcela de ar com quantidade desprezível de 
vapor	d’	água.
•	 Ar Úmido: parcela de ar com quantidade significante de 
vapor	d’	água.
•	 Ar	Saturado:	quando	a	quantidade	de	vapor	d’	água	é	máxima.	
UR	é	100%.
A Umidade Relativa (UR) é a relação entre a quantidade de vapor 
d’	água	presente	num	dado	volume	de	ar	e	a	quantidade	de	vapor	d’	
água que este volume de ar pode conter. É expressa em porcentagem 
de	0%	a	100%.
A	 seguir	 vemos	 a	 relação	 entre	 a	 quantidade	 de	 vapor	 d’	 água	 na	
atmosfera e a respectiva umidade relativa.
Vapor 
d’água
0% 1% 2% 3% 4%
UR 0% 25% 50% 75% 100%
Outro parâmetro muito importante na medição da quantidade de água 
presente na atmosfera é a Temperatura do Ponto de Orvalho que é a 
temperatura que o ar deve atingir para tornar-se saturado.
A umidade, a quantidade de água na atmosfera, altera sua densidade. 
Da química temos o seguinte:
METEREOLOGIA 15
Peso Molecular do Nitrogênio: 28
Peso Molecular do Oxigênio: 32
Peso Molecular da água: 18
Como no Ar Úmido ocorre substituição de moléculas mais pesadas 
por outras mais leves, temos que o Ar Seco é mais pesado que o 
Ar Úmido.
Densidade x Umidade: são inversamente proporcionais. Quanto 
maior a umidade, menor será a densidade.
HIGRÔMETRO:	 instrumento	que	mede	quantidade	de	vapor	d’	 água	
na atmosfera.
CAPÍTULO VI - PRESSÃO ATMOSFÉRICA
"É o peso da coluna de ar sobre a superfície terrestre". Ela é exercida 
em todos os sentidos.
Para	medir	 a	pressão	existe	o	BARÔMETRO,	 inventado	por	Torricelli	
em 1643, que foi o barômetro de mercúrio. Vieram depois os outros, 
entre os quais os barômetros metálicos ou aneróides. 
METEREOLOGIA 16
A pressão atmosférica varia de acordo com os seguintes parâmetros: 
Pressão x Altitude: são inversamente proporcionais. Quanto maior é a 
altitude, menor será a pressão, visto que diminui a quantidade de ar 
atmosférico. A pressão diminui 1hPa a cada 30 pés.
Pressão x Temperatura: são inversamente proporcionais. Quanto 
maior é a temperatura menor será a pressão. Ar quente é mais leve 
que o ar frio.
Pressão x Densidade: são diretamente proporcionais. Quanto maior 
é a densidade maior será a pressão. Quando o ar é aquecido e sofre 
expansão, sua densidade também diminui. Um metro cúbicode ar 
quente é menos denso que um metro cúbico de ar frio.
Nos centros meteorológicos são traçados linhas que unem pressões 
iguais ao nível médio do mar denominadas ISÓBARAS. Com essas 
linhas é possível determinar:
•	 Sistemas	fechados:
a) Alta Pressão (anticiclone)
b)	 Baixa	Pressão	(ciclone).	
•	 Sistemas	abertos:
a) Cristas ou Cunhas: sistemas abertos de alta pressão
b) Cavados: sistemas abertos de baixa pressão.
Um	local	de	Baixa	Pressão	é	um	local	de	mau	tempo,	área	de	instabilidade,	
com muita nebulosidade normalmente associada com precipitações.
Um local de Alta Pressão é um local de bom tempo, com pouca ou 
nenhuma nebulosidade.
A Altitude-Densidade é uma escala usada na aviação e determina 
o quanto o ar está ou não mais denso. Assim, quanto maior for a 
METEREOLOGIA 17
temperatura, umidade, altitude e menor a pressão ao nível do mar, 
maior é a altitude de densidade (para o mesmo local). Ou seja, 
para o mesmo local a altitude de densidade varia a todas as horas 
e faz com que a performance da aeronave mude. Por exemplo: um 
aeroporto situado ao nível do mar pode estar com uma grande altitude 
densidade em um dia muito quente e com pressão baixa. Neste dia 
será necessário que um avião - ao decolar - percorra mais pista.
Além disso, os parâmetros atmosféricos sofrem diversas alterações 
devido às influências meteorológicas.
Desempenho, ou seja, a velocidade máxima, o comprimento da pista 
para decolagem, etc., depende muito dos parâmetros atmosféricos.
Como eles variam de acordo com o local, a hora, etc., foi criada a 
atmosfera padrão (ISA), com as seguintes finalidades:
•	 Possibilitar o cálculo do desempenho da aeronave em diversas 
condições, a partir da condição padrão;
•	 Possibilitar a comparação dos desempenhos de 
aeronaves diferentes;
•	 Padronizar os critérios de avaliação dos desempenhos 
de aeronaves.
NOTA: como a pressão atmosférica diminui quando a altitude aumenta, 
este fator é aproveitado para a construção dos altímetros, que medem 
a altitude de voo das aeronaves. O altímetro é apenas um manômetro 
(medidor de pressão), adaptado para indicar altitude em lugar de 
pressão	(ALTITUDE	DE	PRESSÃO).
CAPÍTULO VII - ATMOSFERA – PADRÃO DA OACI
A solução para muitos problemas em meteorologia, especialmente em 
aeronáutica, foi o estabelecimento de uma atmosfera que pudesse ser 
tomada como referência para os estudos realizados nesse campo. 
METEREOLOGIA 18
Para esse fim, foi concebida uma atmosfera padrão, onde seus 
elementos variáveis obedecessem a um critério padronizado e 
constante, que pudesse ser utilizado para a comparação com 
elementos reais. Assim, a temperatura, a pressão, a densidade, a 
composição, etc., tiveram valores estabelecidos e constantes.
A OACI (Organização de Aviação Civil Internacional, do inglês ICAO), 
órgão especializado da ONU (Organização das Nações Unidas) 
responsável por assuntos relacionados à segurança da aviação, 
aprovou a atmosfera-padrão que ficou conhecida como ISA (ICAO 
Standart Atmosphere).
A seguir, são apresentados conceitos da ISA.
Valores:
•	 Altitude: 20000 metros (troposfera e tropopausa)
•	 Temperatura	ao	nível	do	mar	:	15ºC	ou	59°F;
•	 Gradiente Térmico: 2ºC/1.000 (ft) pés ou 0,65°C/100m
•	 Gradiente	Bárico:	1hPa/30ft	ou	9m;	1polHg/1000ft	ou	300m
•	 Pressão	 ao	 nível	 do	 mar:	 1013,25	 hPa	 ou	 29,92polHg	 
ou	760mmHg	.
Outros valores da Atmosfera-Padrão:
METEREOLOGIA 19
•	 Densidade ao nível do mar – 0, 001.225,0 g/cm3
•	 Peso	molecular	do	ar	seco	–	28,	966	g
•	 Peso específico ao nível do mar – 1, 201.3 gr/m2s2
•	 Aceleração	da	gravidade	–	980,31	cm/s2
•	 Temperatura da tropopausa – 56,5º Celsius
•	 Latitude:	45º
•	 Velocidade	do	som	ao	nível	do	mar	–	660	nós	(Kt)	ou	340	m/s
Outro conceito muito importante são as distâncias verticais:
•	 Altitude: distância vertical que separa um ponto do espaço do 
nível do mar.
•	 Altura: distância vertical que separa um ponto do espaço do 
nível do solo.
CAPÍTULO VIII - VENTOS
A circulação atmosférica é definida como o movimento do ar na 
atmosfera. O movimento pode ser divido em horizontal e vertical. Os 
movimentos verticais do ar atmosférico recebem a denominação de 
correntes e os movimentos horizontais ou advectivos, ventos.
Imaginemos dois volumes de ar adjacentes com a mesma pressão. A 
isto significa que a densidade é a mesma, e por conseqüência, estarão 
em equilíbrio um em relação ao outro. O ar nos dois volumes estará em 
repouso, apresentando apenas a agitação natural de suas moléculas.
METEREOLOGIA 20
A diferença em densidade fará com que o excesso de moléculas do volume 
mais denso ou de maior pressão flutua na direção do volume menos denso, 
no sentido horizontal, tentando manter o equilíbrio entre as massas.
Os ventos são caracterizados de acordo com as forças que atuam 
sobre eles, as quais podem ser:
•	 Força	do	Gradiente	de	Pressão:	é	a	força	que	surge	devido	à	
diferença de pressão entre dois pontos considerados. Ela será 
tanto maior quanto mais próximos forem esses pontos.
•	 Força	 Centrífuga:	 força	 que	 age	 em	 movimentos	 curvos	 ou	
rotacionais tendendo a “jogar” os objetos para fora da trajetória.
•	 Força	 de	 Coriolis:	 força	 aparente,	 resultante	 da	 força	
centrífuga, que age sobre os corpos em movimento, desviando 
suas trajetórias. No Hemisfério Sul desvia para a esquerda. No 
Hemisfério Norte desvia para a direita.
•	 Força	 de	 Atrito:	 força	 contrária	 ao	movimento	 que	 surge	 da	
METEREOLOGIA 21
rugosidade da superfície. Modifica a direção do vento e reduz 
sua velocidade. O atrito com a superfície é efetivo até 600m, 
denominado de nível gradiente. A camada atmosférica entre a 
superfície e o nível gradiente é chamada de camada de fricção. 
Esta camada, por sua vez, divide-se em duas: camada limite 
(da superfície até 100m) e a camada de transição (de 100 a 
600m). Os ventos que sopram dentro da camada limite são 
chamados de ventos de superfície e os que fluem na camada 
de transição são chamados ventos superiores ou de altitude.
Os ventos só podem ser descritos quando devidamente determinados 
os seguintes elementos:
METEREOLOGIA 22
•	 Direção: dada sempre de onde o vento flui. Medida através 
da	rosa	dos	ventos	em	giro	horário,	090°	é	Leste;	180°	é	o	Sul;	
270°	é	Oeste;	360°	é	o	Norte.	Estes	são	os	pontos	Cardeais.	
Os pontos colaterais são NE, SE, SO, NO.
Obs: O vento em meteorologia é sempre considerado relativo ao 
norte verdadeiro (NV); ao passo que o vento para pouso e decolagem 
(tráfego aéreo) é considerado em relação ao Norte magnético (NM).
•	 Velocidade: é a intensidade com que o vento se manifesta. 
A	unidade	utilizada	na	aviação	é	o	Nó	(Kt),	que	equivale	
a	1,852Km/h.
•	 Caráter: é a sua regularidade de fluxo. Ele pode variar ou não em 
direção	e/ou	velocidade.	Variando	em	direção	ele	é	dito	VARIAVEL.	
Quando varia em velocidade e essa variação é de pelo menos 10 
Kt,	num	máximo	de	20	segundos	ele	é	dito	ser	Vento	de	Rajada.
Os ventos são dados por meios de ANEMÔMETROS com indicadores 
de	 velocidade	 e	 direção	 simultaneamente.	 Ficam	 instalados	 em	
estações meteorológicas e em torres de controle de um aeroporto. 
Existe outro instrumento chamado de BIRUTA. Ele, diferente do 
anemômetro, apenas estima qual é a direção e velocidade, não 
fornecendo valor algum.
METEREOLOGIA 23
Uma	 circulação	 importante	 em	 níveis	 elevados	 conhecida	 com	 (JET	
STREAM),	corrente	de	jato,	possui	características	próprias	com	ventos	
fortes	e	velocidades	altíssimas	geralmente	acima	de	100	Kt.
EFEITO	SOBRE	AERONAVES:
1. Pouso e decolagem. Contra vento. (proa)
2. Conhecimento do vento em rota paracorreção de deriva e 
cálculo de combustível.
CAPÍTULO IX - NUVENS
A água da superfície ao evaporar para a atmosfera tende a saturar o 
ar ambiente. A continuidade de evaporação acarreta uma tendência a 
super saturação que é controlada pela presença de partículas sólidas 
e	microscópicas	(sais	poluição)	em	suspensão	no	ar.O	vapor	d’água	
condensa ou sublima em torno destas partículas, formando gotículas 
ou cristais, que serão os componentes das nuvens e dos nevoeiros.
Para	 que	 ocorra	 a	 condensação	 e/ou	 sublimação	 do	 vapor	 d’água	
na atmosfera é preciso que haja antes a saturação do ar. O ar pode 
atingir a saturação através de dois meios: acréscimo de vapor d’água 
e resfriamento.
O	acréscimo	de	vapor	d’água	resulta	da	evaporação	da	água	de	rios,	
lagos, oceanos, etc..., permitindo o aumento da temperatura do ponto 
de orvalho.O resfriamento resulta da diminuição da temperatura que 
pode ocorrer pelos seguintes processos:
METEREOLOGIA 24
•	 Advecção: o resfriamento é provocado pelo movimento dos 
ventos frios resfriando regiões quentes, sendo resfriados 
quando em contato com superfícies frias
 Radiação: a superfície aquecida pelo sol durante o dia perde 
rapidamente calor para o espaço por meio da radiação terrestre, que 
começa a se fazer sentir no momento que cessa a radiação solar. O 
ar em contato começa na superfície resfriada por radiação, também 
se resfria, satura e condensa, formando assim o nevoeiro. Quando o 
vento flui intenso, o nevoeiro se eleva formando uma camada baixa de 
stratus.
•	 Convecção: o ar em contato com superfície aquecida se 
aquece e se eleva sob forma de correntes espiraladas. O ar 
nestas colunas se resfria por expansão à medida que se eleva, 
atinge um nível onde se torna saturado, que se caracteriza 
pelo seu rápido desenvolvimento.
METEREOLOGIA 25
•	 Efeito Orográfico: o ar que flui contra a encosta de uma 
montanha ou serra é elevado mecanicamente ao longo da 
encosta.	Resfria	por	expansão	à	medida	que	se	eleva,	satura	
e forma nuvens orográficas. Estas nuvens sempre se formam 
do lado do vento (barlavento), o lado oposto é sempre livre de 
nuvens (sotavento).
•	 Efeito Dinâmico: o resfriamento é semelhante ao anterior, 
com exceção do ar quente que, nesta situação, é levantado 
pelo avanço de ar mais frio, que em conseqüência esfria. Este 
processo que ocorre nos sistemas frontais.
METEREOLOGIA 26
Apesar das freqüentes transformações da aparência das nuvens é 
possível a definição das formas características que permitem classificá-
las em diferentes grupos. Pelo Atlas Internacional das Nuvens, temos 
as seguintes classificações:
1. Aspecto físico;
 Estratiformes: são aquelas que apresentam um desenvolvimento 
horizontal acentuado, mas com pouca profundidade vertical. São 
produzidas em ar estável e sem turbulência.
 Cumuliformes: são as que têm pronunciado desenvolvimento 
vertical. São fruto de ar instável, com movimento convectivo 
acentuado e turbulento.
2. Estrutura física;
 Líquidas: são nuvens constituídas por gotículas de água, 
formadas através da condensação em baixas alturas, onde as 
temperaturas tendem a ser positivas. Constituem as nuvens 
baixas,	exceto	TCU	e	CB.
 Sólidas: são nuvens compostas por cristais de gelo, formadas 
através da sublimação, em alturas elevadas, onde as 
temperaturas são negativas. Constituem as nuvens altas.
 Mistas: são nuvens constituídas tanto por gotículas de água 
como	de	cristais	de	gelo.	Constituem	as	nuvens	TCU,	CB	e	as	
nuvens médias.
3. Estágio de formação;
Os estágios de formação são definidos em função das alturas médias 
das bases em que se formam as nuvens.
 Baixa:	de	30m	a	2Km	em	qualquer	latitude.	St,	Sc,	Cu	e	CB.
 Média:	de	2Km	a	8Km	nas	latitudes	tropicais.	De	2km	a	7km	
nas latitudes temperadas e de 2km a 4km nas latitudes polares. 
METEREOLOGIA 27
Ns, As e Ac
 Alta: acima das nuvens médias. Ci, Cc, Cs. Todas as nuvens 
altas não possuem sombra própria e nem precipitam.
4. Gêneros;
As nuvens são distribuídas em 10 gêneros exclusivos:
a) Cirrus (Ci): nuvens destacadas de aparência fibrosa. Indicam 
fortes ventos na alta atmosfera (correntes de jato). 
b) Cirrucumulus (Cc): nuvem fina e branca composta por 
pequenos grânulos unidos ou separados. Indicam existência 
de turbulência em altos níveis.
c) Cirrostratus (Cs): camada transparente e esbranquiçada que 
cobre parcialmente ou total o céu. São identificadas pelo 
fenômeno do Halo (anel luminoso ao redor do sol ou lua).
d) Altocumulus (Ac): banco ou camada de nuvens brancas ou 
cinzentas. Identificam turbulência nos níveis médios, além de 
poder gerar Virga (precipitação que não chega ao solo).
e) Altostratus (As): lençol de nuvem de aparência uniforme que 
pode cobrir totalmente o céu. Pode gerar precipitação de 
forma contínua.
f) Nimbustratus (Ns): camada de nuvem cinza-escura de aspecto 
METEREOLOGIA 28
sombrio, suficientemente espessa, podendo ocasionar 
precipitações intensas.
g) Stratus (St): nuvem baixa geralmente associada a dissipação de 
nevoeiro. Pode ocasionar precipitação na forma de chuvisco.
h) Stratocumulus (Sc): nuvens esbranquiçadas que podem estar 
soldadas entre si ou apresentar aberturas nas áreas mais finas. 
Caracteriza o fenômeno do Equilíbrio Condicional (turbulência 
apenas dentro da nuvem).
i) Cumulus (Cu) e TCU: nuvens destacadas quase sempre 
densas e com contornos bem definidos (base reta) que se 
desenvolvem na vertical. A precipitação associada é na forma 
de pancadas.
j)	 Cumulonimbus	(CB):	é	a	nuvem	de	trovoada,	sendo	densa	e	
pesada com considerável dimensão vertical. Gera relâmpagos 
e trovões podendo ser agravado por fortes pancadas de chuva 
e granizo.
Obs: TCU (tower cumulus ou cumulus congestus) é uma espécie de 
grande	cumulus.	As	nuvens	Cu,	TCU	e	CB	também	são	ditas	nuvens	
de desenvolvimento vertical, dado a sua grande espessura.
As nuvens são uma expressão direta do processo físico que tem 
lugar na atmosfera. Uma descrição acurada dos tipos e quantidades 
de nuvens tem uma importante parte da análise do tempo, e a sua 
previsão. Se o piloto interpretar apuradamente o significado das 
nuvens ele será capaz de evitar aquelas que são perigosas ao voo.
CAPÍTULO X – NEVOEIROS E RESTRIÇÃO A VISIBILIDADE
O nevoeiro é como uma nuvem colada à superfície. Está sempre 
associada a problemas da visibilidade. Os nevoeiros também são 
conhecidos regionalmente como neblina, ruço, sereno, cerração, 
etc., são efeitos da condensação de grande quantidade de vapor 
METEREOLOGIA 29
d’água	próximo	a	superfície,	e	que,	pelas	 inúmeras	micro	gotículas	
de água em suspensão, reduzem a visibilidade, chegando algumas 
vezes à zero.
A principal característica do nevoeiro é restringir a visibilidade a 
menos de 1000 metros. A UR é 100%. O ar está saturado.
A visibilidade é um parâmetro primordial para as operações aéreas. 
Dependendo do grau de restrição poderemos ter procedimentos 
visuais	(VFR),	 instrumentos	(IFR)	ou	até	mesmo	aeroportos	fechados,	
gerando atrasados e transtornos.
Outros fenômenos igualmente podem afetar a visibilidade, são eles:
•	 Névoa	 úmida:	 Fenômeno	 parecido	 ao	 nevoeiro,	 com	 a	
diferença de que suas partículas constituintes são, em geral, 
menores e mais dispersas. Por esta razão, a visibilidade é 
sempre	igual	ou	maior	que	1000	metros	e	a	UR	é	sempre	igual	
ou	superior	a	80%.	Difunde	a	cor	azul-cinza.
•	 Névoa seca: Grande concentração de partículas sólidas em 
suspensão na atmosfera, restringindo a visibilidade a menos 
de	5000	m	e	com	a	UR	sempre	menor	que	80%.	Difunde	a	
cor vermelha.
•	 Fumaça:	Presença	no	ar	de	 forma	concentrada	de	minúsculasMETEREOLOGIA 30
partículas resultantes da combustão que restringem a visibilidade 
a	menos	de	5000m	com	UR<80%.	Difunde	a	cor	azul.
•	 Poeira: presença no ar de partículas sólidas como a argila e 
a	 terra	 em	 partículas	 muito	 finas.	 Restringe	 a	 visibilidade	 a	
menos	de	5000,	com	UR<80%.	Difunde	a	cor	amarela.
•	 Cinzas Vulcânicas: Partículas emitidas da erupção de vulcões 
que podem restringir a visibilidade a menos de 5000m, além 
de afetar o espaço aéreo.
CAPÍTULO XI – TURBULÊNCIA
A agitação vertical do ar atuando sobre uma aeronave em voo acarreta 
sobre esta aeronave solicitações ascendentes e descendentes. O 
contraste entre essas solicitações constitui o efeito da turbulência. A 
turbulência torna o voo desagradável e exige esforços estruturais de 
uma aeronave.
De acordo com a origem, as turbulências são classificadas como:
•	 Turbulência mecânica ou de solo:	Resulta	do	atrito	de	ventos	
fortes com a superfície. Ventos intensos e obstáculo tornam 
este tipo de turbulência muito irregular e a obrigam a se 
expandir na vertical. Ela é comum á tarde, no verão, com vento 
moderado, sobre as grandes cidades, terrenos irregulares, em 
METEREOLOGIA 31
pedreiras e sobre florestas expressas.
•	 Turbulência orográfica: é provocada pelo efeito de 
montanhas. Ventos que fluem contra as encostas de montanhas 
(barlavento) sobem mecanicamente ao longo das encostas 
e descem do outro lado (sotavento) formando uma onda no 
ar que se expande para sotavento que é chamada, onda 
estacionária (onda de montanha ou onda orográfica). Quando 
maior for o relevo e quanto maior for o vento, maior será a 
turbulência. Esse tipo de turbulência pode ser identificado 
pela	presença	de	nuvens	Lenticulares	e	Rotoras.
•	 Turbulência convectiva ou térmica: forma-se pelo processo 
convectivo, já visto anteriormente, provoca a formação de 
correntes ascendentes de ar aquecido, que quando encontram 
pressões menores expandem-se contra elas e resfriam. Esse 
resfriamento é contínuo e pode atingir um nível onde iguala a 
seu ponto de orvalho, formando uma nuvem convectiva. As 
METEREOLOGIA 32
correntes excedentes sobem espiraladas e são compensadas 
por descida de ar em suas proximidades. É mais intensa no 
verão, à tarde sobre os continentes e no inverno, à noite sobre 
os oceanos. 
•	 Turbulência dinâmica :
a) Turbulência de céu claro (CAT): é uma turbulência sem 
nenhuma advertência visual. São mais freqüentes e intensas 
no inverno. Ocorrem associadas a uma corrente de jato, 
comum nos níveis 300hPa e 200hPa.
b) Esteira de turbulência: provocada pelo fluxo de ar sobre 
as asas das aeronaves. Necessidade de separação das 
aeronaves em voo e em pousos e decolagens.
c) Windshear: ocorre quando existe variação na velocidade do 
vento ou direção em uma curta distância nos baixos níveis 
(até 2000 pés). Surge associada às trovoadas, podendo 
ocorrer também devido frentes, brisas marítimas e inversões 
de temperaturas.
METEREOLOGIA 33
A identificação da intensidade da turbulência é muito difícil para 
a tripulação, principalmente considerando os diferentes tipos de 
aeronaves. O critério utilizado é aquele que relaciona a aceleração 
vertical do avião com a gravidade terrestre. 
•	 Turbulência	 leve:	 a	 aeronave	 sofre	 acelerações	 verticais	
inferiores a 0,2 “g”. A tripulação sente a necessidade de 
utilizar o cinto de segurança, todavia os objetos soltos ainda 
continuam em repouso.
•	 Turbulência	 moderada:	 a	 aeronave	 sofre	 acelerações	
verticais de 0,2 a 0,5 “g”. Os tripulantes podem ser lançados 
para fora de seus assentos, sendo imprescindível o uso de 
cinto de segurança.
•	 Turbulência	 forte:	 a	 aeronave	 sofre	 acelerações	 verticais	
entre 0,5 a 0,8 “g”, podendo ficar fora de controle.
METEREOLOGIA 34
•	 Turbulência	 severa:	 a	 aeronave	 sofre	 acelerações	 verticais	
maiores que 0,8 “g”. Nessas circunstâncias é impossível controlar 
a aeronave, que pode sofrer danos estruturais irreparáveis.
As reações de uma aeronave a turbulência dependem do tamanho e 
peso dela, da superfície das asas e da altitude de voo. O conhecimento 
antecipado das regiões sujeitas ao fenômeno ajudará a evitar ou 
minimizar o desconforto e o perigo.
CAPÍTULO XII - MASSAS DE AR E SISTEMAS FRONTAIS
Massas de ar são grandes volumes de ar, cobrindo extensões da 
superfície da terra, que apresentam características físicas mais ou 
menos uniformes no sentido horizontal.
Um grande volume repousando sobre uma região muito extensa 
durante muito tempo acaba adquirindo as características físicas da 
própria superfície, torna-se uma massa de ar.
Defini-se frente como a superfície limite entre duas massas de ar 
de características distintas. Isto é, massas de ar que apresentam 
quantidades de umidade, pressão e temperatura diferentes.
As frentes sempre ocorrem entre dois sistemas de alta pressão sendo 
elas situadas em pressões mais baixas.
O sentido de deslocamento das frentes pode ser visto na figura abaixo.
METEREOLOGIA 35
•	 Frente	 fria:	 a	 frente	 é	 denominada	 fria	 quando	 uma	 massa	
de ar frio desloca uma massa de ar quente, ocupando o seu 
lugar. Como a massa de ar frio é mais densa que a massa de 
ar quente, esta é obrigada a subir, formando nebulosidade do 
tipo cumuliforme.
Possui as seguintes características:
a. Nuvens: primeiro surgem as nuvens altas (Ci, Cc), depois 
médias	(Ac)	e	por	último	as	baixas	(Cu,	TCU	e	CB).
b. Pressão: diminui com a aproximação e depois aumenta.
c. Temperatura: aumenta com a aproximação e depois diminui.
d. Deslocamento: H.S de SW/NE. H.N de NW/SE
METEREOLOGIA 36
•	 Frente	quente:	a	frente	é	denominada	quente	quando	a	massa	
de ar quente desloca a massa de ar frio, ocupando o seu lugar. 
Assim como na frente fria, o ar quente por ser menos denso é 
quem sobe só que formando nuvens estratiformes.
Possui as seguintes características:
a. Nuvens: primeiro surgem as nuvens altas (Ci, Cs), depois 
médias (As, Ns) e por último as baixas (St).
b. Pressão: diminui com a aproximação e depois aumenta.
c. Temperatura: aumenta aos poucos com a passagem.
d. Deslocamento: H.S de NW/SE. H.N de SW/NE
•	 Frente	 estacionária:	 ocorre	 quando	 uma	 frente	 perde	
velocidade ou seu deslocamento é desprezível. Em geral o 
tempo associado a ela persiste numa região por vários dias. 
As condições meteorológicas decorrentes assim como a 
nebulosidade predominante, serão as mesmas da frente que 
lhe deu origem.
•	 Frente	Oclusa:	esse	 tipo	de	 frente	ocorre	quando	uma	 frente	
fria (que é mais rápida) encontra uma frente quente. Esse 
fenômeno dá origem aos ciclones extra-tropicais. Existem dois 
tipos de oclusão:
METEREOLOGIA 37
b) Oclusão fria: após ocorrer o encontro das duas frentes, a frente 
fria permanece em contato com a superfície. 
a) Oclusão quente: após ocorrer o encontro das duas frentes, a 
frente quente permanece em contato com a superfície.
Por tudo que foi visto, podemos concluir as conseqüências para o voo. 
Teremos além da visibilidade reduzida nas áreas dos aeroportos, um 
voo com bastante turbulência, devido às formações e os ventos.
CAPÍTULO XIII – TROVOADAS
Trovoada é o termo que identifica tempestades locais produzidas por 
nuvens cumulonimbus. Os fenômenos associadas a ela constituem um 
dos maiores perigos para a aviação. Durante uma trovoada podem 
ocorrer fortes ventos, granizo, relâmpagos, turbulência, tornados, 
METEREOLOGIA 38
formação de gelo e fortes precipitações.
A única regra de voo que é válida para todos os níveis e todas as 
categorias de aeronaves é aquela que aconselha evitar, se possível, 
o voo dentro de um Cb. Trata-se de uma nuvem muitocomum no céu, 
pois segundo estimativas ocorrem de 44.000 delas por dia em todo o 
globo terrestre. São facilmente reconhecíveis pelo aspecto pesado e 
ameaçador, com tonalidades que variam desde o branco brilhante até 
o cinza quase negro. Os seus topos são espalhados e formados por 
massas de Cirrus. À noite são iluminadas pelos relâmpagos freqüentes.
Para o surgimento de uma trovoada são necessárias condições 
específicas de alta umidade e forte instabilidade atmosférica. Sendo 
satisfeitas, a trovoada que porventura surgir terá um ciclo de vida que 
passa por três estágios consecutivos, cuja duração e intensidade 
dependerão dos fatores que deram origem ao fenômeno. As fases são 
as seguintes: 
•	 Cumulus ou desenvolvimento: é a primeira fase do ciclo 
de uma trovoada, embora nem toda nuvem cumulus cresça 
o suficiente para gerar a tempestade. Podem ocorrer alguma 
precipitação do tipo pancada e apresentam formas rígidas 
e nítidas com topos em crescimento e dentro delas há uma 
predominância de correntes ascendentes.
METEREOLOGIA 39
•	 Maturidade,	 madureza	 ou	 chuva: fase onde as trovoadas 
apresentam o seu desenvolvimento máximo. Os topos se 
tornam achatados porque elas param de crescer. As massas 
de Cirrus começam a se espalhar na direção dos ventos 
predominantes, dando para quem as vê abaixo, um aspecto 
que lembra uma bigorna de ferreiro (Cb de bigorna). As bases 
dianteiras se tornam mais baixa e os relâmpagos começam a 
correr em toda a extensão das nuvens. No interior das nuvens a 
turbulência é intensa e irregular, com equilíbrio entre correntes 
ascendentes e descendentes. A precipitação é severa.
•	 Dissipação: nesta fase o aspecto físico é parecido com o da fase 
de Maturidade, com exceção das expansões laterais exageradas, 
que começam a se espalhar para os lados em camadas. A 
nuvem se torna uma grande área de correntes descendentes.
METEREOLOGIA 40
Como já foi antecipado, uma trovoada pode dar origem a fenômenos 
extremamente perigosos para a navegação aérea, influenciado 
pousos, decolagens e voos em rota. Ao decidir cruzar uma região 
afetada por uma tormenta, o piloto deve estar consciente de 
que aquela ação é imperiosa ou que não lhe resta alternativa. Os 
fenômenos mais comuns são:
•	 Ventos de rajada: a dispersão horizontal das correntes 
descendentes sob a trovoada ocasiona uma rápida mudança 
na direção e na velocidade do vento. Podendo chegar a 100kt 
são perigosos tanto em voo quanto em solo, inclusive no que 
diz respeito às instalações do aeroporto. 
•	 Turbulência: provocada pela combinação de intensas 
correntes ascendentes e descendentes, podem produzir 
consideráveis alterações na altitude das aeronaves.
•	 Chuva	intensa: uma trovoada contém quantidade considerável 
de água no estado líquido. Quando ocorre a precipitação ela 
é geralmente forte podendo gerar alagamentos, teto baixo e 
restrição de visibilidade.
•	 Granizo: que é formado por pedras de gelo atiradas em todas 
as direções. Ocorre em pontos localizados de uma trovoada. 
Pode ser identificado durante o dia pela coloração verde que 
comunica á área da nuvem onde está ocorrendo.
•	 Relâmpagos: que são as grandes descargas elétricas 
que ocorrem em todos os pontos de uma trovoada. Os 
relâmpagos verticais normalmente predominam na parte 
dianteira de uma trovoada, ao passo que as horizontais 
predominam na parte traseira.
•	 Formação	 de	 gelo: é o congelamento de água sobre a 
aeronave, afetando sua aerodinâmica e sustentação. Será 
visto em detalhes no próximo capítulo.
METEREOLOGIA 41
CAPÍTULO XIV – GELO
A formação de gelo em aeronaves é um dos principais problemas para 
a aviação. Ela afeta a aeronave tanto interna quanto externamente. 
Internamente, o gelo se forma no tubo de Pitot, nos carburadores e nas 
tomadas de ar, reduzindo a circulação do ar para os instrumentos e 
motores. Externamente, a acumulação de gelo ocorre nas superfícies 
expostas da aeronave, aumentando o seu peso e a sua resistência ao 
avanço. Quando ocorre nas partes móveis, como rotor e hélices, afeta 
o controle da aeronave, produzindo fortes vibrações.
Embora, hoje, a maioria das aeronaves tenha suficientes reservas de 
potência para voar com uma carga pesada de gelo, essa formação 
na estrutura da aeronave é, ainda, um sério problema, uma vez 
que resulta em um grande aumento do consumo de combustível, 
diminuindo sua autonomia, e, ainda, pode afetar o motor resultando 
em perda de potência. 
Para o surgimento deste tipo de fenômeno, são necessárias duas 
condições básicas:
•	 Temperatura	da	fuselagem	da	aeronave	inferior	a	0°C;
•	 Presença de água em estado líquido abaixo de ponto de 
congelamento: a água na atmosfera nem sempre se congela 
a 0°C. As gotículas chegam a atingir temperaturas de -10°C, 
podendo excepcionalmente atingir até -40°C. Quanto menores 
são as gotículas, mais baixas temperaturas elas podem 
suportar antes de congelarem, dada a característica física da 
Tensão Superficial ser proporcionalmente maior quanto menor 
for a gotícula.
Em geral, significativa formação de gelo em aeronaves raramente 
ocorre em nuvens cuja temperatura seja inferior a -20°C, em virtude de 
serem formadas quase que exclusivamente por cristais de gelo.
METEREOLOGIA 42
O tipo de gelo que se forma numa aeronave depende, 
basicamente,	 do	 tamanho	 das	 gotículas	 d’	 água	 existentes	 nas	
nuvens e da temperatura ambiente. Cada tipo de formação e suas 
características são vistas a seguir:
•	 Gelo	Claro	ou	Cristal: é o tipo mais perigoso, por ser pesado 
e aderente. É cristalino e se forma devido as grandes gotas 
de água. É comum ás nuvens Cumuliformes com temperaturas 
entre 0 e -10°C. É extremamente difícil de ser eliminado, pois 
devido ao tamanho maior das gotículas, sua formação é mais 
lenta permitindo acomodação do corpo líquido antes da 
solidificação total.
•	 Gelo	 Amorfo,	 Opaco	 ou	 Escarcha: é mais leve, menos 
aderente e de aspecto leitoso. Exige gotas de água menores 
para se formar. Ocorre em nuvens Estratiformes entre 0° e 
-10°C e em nuvens Cumuliformes com temperaturas entre 
-10°C e -20°C. Devido ao menor tamanho, ao chocarem-se 
com a aeronave as gotículas congelam-se instantaneamente, 
alterando o perfil aerodinâmico. 
•	 Misto: é o resultado combinação dos dois tipos anteriores;
Ocorre um tipo de gelo no céu aberto que é na verdade, um tipo de 
geada, cuja formação é devida ao jato de aeronaves que voam durante 
muito tempo em temperaturas baixíssimas terem sua fuselagem super 
– resfriada; ao descerem para pouso encontram uma camada de ar 
úmido	que	produz	sublimação	do	vapor	d’água	em	sua	superfície.
Os efeitos da formação de gelo nas aeronaves em relação às suas 
partes mais sensíveis são:
•	 Gelo	hélice: altera o perfil aerodinâmico das pás e reduz a tração 
efetiva, acarretando redução da velocidade indicada. Ocorre 
vibração associada, devido ao desequilíbrio entre as pás.
•	 Gelo	 no	 rotor	 de	 helicópteros: reduz a sustentação, ao 
mesmo tempo em que acarreta vibrações críticas.
METEREOLOGIA 43
•	 Gelo	 nos	 reatores: reduz a entrada de ar e acarreta 
aumentando na temperatura da exaustão, porque a mistura se 
torna cada vez mais rica. 
•	 Gelo	 nos	 carburadores	 convencionais: forma-se na 
passagem de ar através da “borboleta”, devido ao efeito de 
Venturi que acarreta resfriamento médio de 15 graus Celsius 
no ar. A evaporação da gasolina tira, por sua vez, 3 graus 
Celsius do sistema, o que faz com que o voo em ar a 18 
graus Celsius positivos, passe a sofrer problema de gelo no 
carburador. Para combater esta formação,usa-se ar quente do 
próprio motor e nas proximidades longascom motor reduzido, 
dar pequenas rajadas no motor, para acionar a borboleta e 
desprender pedaços de gelo que estejam se formando.
METEREOLOGIA 44

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