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Geriatria e Gerontologia: Saúde do adulto idoso Profº Rodrigo Oliveira Aspectos biopsicossociais do envelhecimento O ESTUDO DO ENVELHECIMENTO: O envelhecimento é o processo normal das alterações relacionadas com o tempo, começa no nascimento e continua por toda a vida. Aspectos biopsicossociais do envelhecimento A velhice é a fase final do período da vida. Com o aumento da expectativa de vida, as profissões assistenciais devem focalizar a melhora da qualidade de vida das pessoas idosas. Devem ser realizadas atividades mentais, sociais e físicas regulares. Aspectos biopsicossociais do envelhecimento Geriatria x Gerontologia??? Geriatria A Geriatria – o estudo da velhice – inclui a fisiologia, a patologia, o diagnóstico e o tratamento das doenças de adultos idosos. (Foco nas doenças do idoso) “Pediatria” Gerontologia O campo mais amplo da Gerontologia é o estudo do processo do envelhecimento e inclui as ciências biológicas, psicológicas e sociológicas. Processo = Contínuo Gerontologia A assistência e a preocupação com o idoso não podem se limitar a uma única disciplina, já que a velhice é uma ocorrência normal dentro do período de vida que abrange todas as experiências da vida. Gerontologia A equipe interdisciplinar, constituída por várias especialidades, pode combinar perícia e recursos, ao contribuir com conhecimentos e pesquisas para proporcionar uma visão de todos os aspectos do envelhecimento. Enfermagem Gerontológica É o campo da Enfermagem que se especializa na assistência ao idoso. A assistência é centralizada na promoção, manutenção e restauração da saúde e da independência. As forças dos adultos idosos são identificadas e utilizadas para ajudá-los a conseguir independência máxima. Enfermagem Gerontológica O enfermeiro ajuda a pessoa idosa a manter sua dignidade e autonomia máxima apesar das perdas físicas, sociais e psicológicas. A enfermagem atua com a equipe interdisciplinar para articular serviços que contribuem para uma abordagem holística ao cliente idoso. Política Nacional do Idoso O plano integrado de Ação Governamental para o Desenvolvimento da Política Nacional do Idoso foi publicado, em Janeiro de 1997, pela Secretaria de Assistência do Ministério de Previdência e Assistência Social, ressaltando que importantes ações têm que ser desenvolvidas no sentido de não só resgatar o nível econômico dos idosos, mas particularmente dos aposentados, quer pelo aumento significativo de sãs remunerações quer por programas subsidiados de atenção à saúde, à alimentação, à habitação e a outras necessidades sociais. Política Nacional do Idoso Frente a este cenário, o Governo Federal uniu-se à reinvidicação das organizações não-governamentais – ONGs no sentido de formular uma política destinada não apenas aos que já estão velhos, mas também àqueles que vão envelhecer. O objetivo de atender a este segmento da população, foi instituída a Política Nacional do Idoso, de acordo com o que preceitua a Lei nº8.842, de 4 de Janeiro de 1994, regulamentada pelo Decreto nº1.948, de 13 de Julho de 1996. Política Nacional do Idoso A referida política é coordenada pelo Ministério da Previdência e Assistência Social, por intermédio da Secretaria de Assistência Social, com a participação dos Ministérios da Cultura, Educação e do Desporto, Justiça, Saúde, Trabalho, Planejamento e Orçamento, Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto e do Ministério da Indústria, Comércio e Turismo. Política Nacional do Idoso No sentido de colocar em prática as ações preconizadas nesta política, os órgãos governamentais propuseram um plano de ação conjunta, que trata de ações preventivas, curativas e promocionais, objetivando a melhor qualidade de vida do idoso. Política Nacional do Idoso O objetivo geral do Plano Integrado de Ação Governamental para o Desenvolvimento da Política Nacional do Idoso consiste em promover ações setoriais integradas de forma a viabilizar a implementação da Política Nacional do Idoso, expressa na Lei 8.842 de 4 de Janeiro de 1994. A Política Nacional do Idoso tem como diretrizes: Política Nacional do Idoso 1) Viabilizar formas alternativas de participação, ocupação e convívio do idoso, proporcionando-lhe integração às demais gerações; 2) Promover a participação e a integração do idoso, por intermédio de suas organizações representativas, na formulação, implementação e avaliação das políticas, planos, programas e projetos a serem desenvolvidos 3) Priorizar o atendimento ao idoso, por intermédio de suas próprias famílias, em detrimento do atendimento asilar, à exceção dos idosos que não possuam condições de garantir sua sobrevivência; Política Nacional do Idoso 4) Descentralizar as ações político-administrativas; 5) Capacitar e reciclar os recursos humanos nas áreas de geriatria e gerontologia; 6) Implementar o sistema de informações que permita a divulgação da política, dos serviços oferecidos, dos planos e programas em cada nível de governo; Política Nacional do Idoso 7) Estabelecer mecanismos que favoreçam a divulgação de informações de caráter educativo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento; 8) Priorizar o atendimento ao idoso em órgãos públicos e privados prestadores do serviço; e apoiar estudos e pesquisas sobre as questões do envelhecimento. Lei do Estatuto do Idoso – Lei n.º 10.741 de 2003 Disposições Preliminares Art. 1o ...idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos. Art. 2o O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde. Lei do Estatuto do Idoso – Lei n.º 10.741 de 2003 Art. 3º É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária. Lei do Estatuto do Idoso – Lei n.º 10.741 de 2003 Parágrafo único. A garantia de prioridade compreende: I – atendimento preferencial imediato e individualizado junto aos órgãos públicos e privados prestadores de serviços à população; II – preferência na formulação e na execução de políticas sociais públicas específicas; Lei do Estatuto do Idoso – Lei n.º 10.741 de 2003 Art. 4º Nenhum idoso será objeto de qualquer tipo de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão, e todo atentado aos seus direitos, por ação ou omissão, será punido na forma da lei. § 1o É dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso. § 2o As obrigações previstas nesta Lei não excluem da prevenção outras decorrentes dos princípios por ela adotados. Art. 5º A inobservância das normas de prevenção importará em responsabilidade à pessoa física ou jurídica nos termos da lei. Art. 6º Todo cidadão tem o dever de comunicar à autoridade competente qualquer forma de violação a esta Lei que tenha testemunhado ou de que tenha conhecimento. Lei do Estatuto do Idoso – Lei n.º 10.741 de 2003 CAPÍTULO I - Do Direito à Vida CAPÍTULO II - Do Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade CAPÍTULO III - Dos Alimentos CAPÍTULO IV - Do Direito à Saúde Das Entidades de Atendimento ao Idoso Da Fiscalização das Entidades de Atendimento Envelhecimento Fisiológico Normal Envelhecimento Primário e Secundário: Envelhecimento primário consiste nas alterações causadas pelo processo normal de envelhecimento e caracteriza-se por ser universal, progressivo, decrescente (gradativamente menor) e intrínseco (da própria pessoa). Envelhecimento Fisiológico Normal A universalidade é o principal critério que distingue o envelhecimento primário (normal) do secundário (patológico). O enfermeiro pode diferenciar o envelhecimento normal do patológico usando as características mencionadasacima. As alterações secundárias (patológicas) do envelhecimento resultam de influências externas. Envelhecimento Fisiológico Normal A doença, a poluição do ar e a luz do sol (raios ultra-violeta) são exemplos de fatores patológicos que podem acelerar o envelhecimento. O enfermeiro pode ser importante ao eliminar ou retardar os processos secundários de envelhecimento. Alterações Celulares, Teciduais e Orgânicas Relacionadas com a Idade As alterações celulares e extracelulares da idade avançada causam deterioração da aparência e da função física. Existem alterações mensuráveis na forma e na composição do organismo. O idoso tende a perder altura, seus ombros ficam curvados e apresenta um aumento do perímetro torácico, do abdome e do diâmetro pélvico. Alterações Celulares, Teciduais e Orgânicas Relacionadas com a Idade A pele parece fina e enrugada. A massa corporal magra diminui e a massa gordurosa aumenta. A gordura (tecido adiposo) redistribui-se dos tecidos subcutâneos e das extremidades para o tronco. Alterações Celulares, Teciduais e Orgânicas Relacionadas com a Idade A manutenção da homeostasia do organismo dificulta-se e os sistemas orgânicos não funcionam com eficiência plena devido aos déficits celulares e teciduais. A renovação celular é menor, pois a degradação da elastina e do colágeno no tecido conjuntivo torna os tecidos mais rígidos e menos elásticos.
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