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+ Psicologia: uma (nova) introdução Precondições socioculturais para o aparecimento da psicologia como ciência no século XIX Luiz Cláudio M. Figueiredo Pedro Luiz Robeiro de Santi + A experiência da subjetividade privatizada n Para que exista o conhecimento científico psicológico são necessárias as condições: n Crença de que a ciência é um meio insubstituível para o conhecimento n Uma experiência muito clara da subjetividade privatizada n Crise dessa subjetividade (p. 19) n Subjetividade: uma experiência única e íntima, que mais ninguém tem acesso a ela; (p. 19) n Importante para nós mantermos a nossa subjetividade em privacidade. Isso também está relacionado ao nosso desejo de sermos livres para decidirmos o nosso futuro; (p. 20) + A experiência da subjetividade privatizada n Forma como sentimentos nossa própria existência: não são universais. – para isso: subjetividade só se desenvolve em uma sociedade com determinadas características (o texto quer identificar estas características!); (p. 20) n Os grandes saltos da experiência da subjetividade ocorreram em situações de crise social: quando uma tradição cultural (valores, normas, culturas) é questionada e surgem novas formas de vida; (p. 20) n Quando há uma quebra nas velhas tradições e novas alternativas surgem, o homem é “obrigado” a procurar em seu “foro íntimo” (seus sentimentos, critérios do que é certo e errado): obriga o homem a construir referências internas; (p. 21) + A experiência da subjetividade privatizada n Nessa situação, o homem descobre que é capaz de tomar suas próprias decisões e que é responsável por elas; (p. 21) n Em situações como estas que os homens são levados a se questionar acerca de que é certo e do que é errado e a procurar na sua própria consciência uma resposta para essa questão; (p. 22) n É preciso ter claro que esse movimento na direção de um aprofundamento da experiência da subjetividade privatizada não foi um processo linear (“reto” e contínuo) pelo qual todas as sociedades humanas passaram; (p. 23) + A experiência da subjetividade privatizada n No conjunto, porém, pode-se dizer que ao longo dos séculos as experiências da subjetividade privatizada foram se tornando cada vez mais determinantes da consciência que os homens têm da sua própria existência; (p. 23) n Reconhecerem-se como seres moralmente autônomos, capazes de iniciativas, dotados de sentimentos e desejos próprios; (p. 23) n Incômodo quando essa crença é colocada em dúvida: resistimos à ideia de que não tenhamos controle de nossas vidas; (p. 23) + A experiência da subjetividade privatizada n A crença na liberdade dos homens é um dos elementos básicos da democracia e da sociedade de consumo e não estamos dispostos a colocar em risco nossos valores; (p.24) n Como se verá a seguir, em alguns aspectos importantes essa imagem é completamente ilusória, e uma das tarefas da psicologia será talvez a de revelar esta ilusão. (p. 24) + Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na modernidade n Experiência como indivíduos autônomos não é natural, mas parte de um movimento de amplas transformações pelas quais o homem passou em sua história, principalmente na modernidade; (p. 24) n O sujeito moderno teria se constituído, principalmente, na passagem do Renascimento para a idade Moderna; e sua crise viria a se consumar no final do século 19; (p. 24) n Renascimento: falência do mundo medieval: perda de referências: desamparo; (p. 25) + Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na modernidade n A experiência medieval fazia com que o homem se sentisse parte de uma ordem superior que o amparava e constrangia ao mesmo tempo. Por um lado, a perda desse sentimento de comunhão com uma ordem superior traz uma grande sensação de liberdade e a possibilidade de uma abertura sem limites para o mundo, mas, por outro lado, deixa o homem perdido e inseguro: como escolher o que é certo e errado sem um ponto seguro de apoio?; (p. 25) n O Renascimento foi, por tudo isso, um período muito rico e, variedade de formas e experiências e de produção intensa de conhecimento. O contato com a diversidade das coisas, dos homens e das culturas impôs novos modos de ser; (p. 25) + Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na modernidade n Não podendo esperar pelo conselho de uma figura de autoridade, o homem viu-se obrigado a escolher seus caminhos e arcar com as consequências de suas ações. Nesse contexto, houve uma valorização cada vez maior do “Homem”, que passou a ser pensando como centro do mundo; (p. 25) n Homem se distancia de Deus e agora pode conhecer e controlar a natureza: mundo menos como sagrado e mais como objeto de uso; (p. 26) n A grande valorização e confiança no Homem, geradas pela concepção de que ele é o centro do mundo e livre para seguir seu caminho, fazem nascer o Humanismo Moderno; (p. 26) + Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na modernidade n Leitura silenciosa: possibilita que se escape ao controle da comunidade e cria um diálogo interno que desenvolve a construção de um ponto de vista próprio. O trabalho intelectual passa a ser progressivamente um ato individual e mesmo a religiosidade pôde se tornar uma questão íntima, já que cada vez mais pessoas podiam ter acesso diretamente aos textos sagrados, sem a intermediação de sacerdotes, (p. 26) n Obra de Montaigne: seu “eu” como assunto do livro. Denuncia a grande ilusão do homem ao se pretender um ser privilegiado na natureza capaz de conhecê-la e dominá-la; (p. 27) + Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na modernidade n Os céticos achavam impossível que o homem obtivesse um conhecimento seguro sobre o mundo; (p. 28) n Assim, podemos considerar que a constituição (formação) do sujeito moderno é contemporânea (mesma época de formação) ao início da crítica a esse mesmo sujeito: denúncia sobre a vaidade do homem, que passa a assumir atributos até então próprios a Deus; (p. 28) n Reação: racionalista e empirista: Ambas tratavam de estabelecer novas e mais seguras bases para as crenças e para as ações humanas, e procuravam estas bases nas experiências subjetivas; (p. 28) + Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na modernidade n Já no século 16 surgiram tentativas de conter e circunscrever as ações humanas: desejo de voltar a era medieval onde só uma ordem reinava. Impossível contar no tempo! A ordem a ser buscada a partir de então tinha que levar em consideração novas crenças, inclusive a crença na liberdade do homem; (p 28) n Igrejas: esforço enorme para correlacionar a crença num deus onipotente e o livre-arbítrio humano; (p. 29) + Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na modernidade n Pico Della Mirondola (final século 15): tendo o dom da liberdade, o homem pode ser recompensando se fizer um bom uso dela e punido caso se deixe perder do bom caminho. Essa relação é importante na medida em que, preservando a crença na liberdade humana, coloca-se a imposição de dirigir essa liberdade com muita disciplina a um caminho reto. O sujeito (homem) deve “sujeitar- se” (obedecer), mais uma vez, a ordem superior (estado, sociedade), desvalorizando seus desejos e projetos particulares. Daí surge um regime onde o corpo, sobretudo, deve ser controlado e desvalorizado, pois ele sempre é fonte de desejos; (p. 29) + Constituição e desdobramentos da noção de subjetividade na modernidade n Descartes: (p. 30, 30 e 32) n superar o ceticismo (não acreditar em nada), impôs-se o projetode buscar alguma verdade sobre a qual não existisse a menor sombra de dúvida e se tornar fundamento para um conhecimento válido; n Usou a dúvida metódica como instrumento: as ideias erradas seriam descartadas, as incertas seriam também descartadas; somente ideias absolutamente claras e distintas poderiam ser consideradas verdadeiras e servir de base para a ciência; n “no momento mesmo que duvido, algo se mostra como uma ideia inquestionável; enquanto duvido, existo ao menos em ação de duvidar, e essa ação requer um sujeito”: “Penso, logo existo!!” n Agora o homem moderno não busca mais a verdade num além, a verdade agora signif ica adquir ir uma representação (conhecimento) correto do mundo. + A crise da modernidade e da subjetividade moderna em algumas de suas expressões filosóficas n No século 18, a quase onipotência do “eu”, da razão universal e do método seguro afirmada no século 17 foi criticada; (p. 34) n Por um lado, isso representou uma consciência mais profunda, sólida e complexa de toda a problemática do conhecimento, mas, de toda a forma, começou a se colocar em xeque a soberania do “eu”, seja o “eu” da razão, seja o “eu” dos sentidos purificados; (p. 34) n Kant: aceita a problematização (questionamento) da crença em conhecimentos absolutos. As coisas em si são incognicíveis (desconhecidas – aquilo que não se pode conhecer); (p. 35) + A crise da modernidade e da subjetividade moderna em algumas de suas expressões filosóficas n Para Kant, a soberania do sujeito, sua autonomia, é uma tarefa supremamente desejável – é a meta de todo o esforço ético – e ainda possível, mas é sempre muito difícil de ser atingida porque as necessidades, os desejos e os impulsos nunca poderão ser definitivamente sossegados pela razão; (p. 36) n Romantismo: nasceu no final do século 18. Evidencia que a potência dos impulsos e forças da natureza, são muito superiores ao da consciência humana ou do homem como um todo; (p. 36) n Romantismo: representa uma crítica à modernidade e uma nostalgia de um estado anterior perdido. Sinaliza a impotência do homem no controle racional e metódico do mundo; (p. 37) + A crise da modernidade e da subjetividade moderna em algumas de suas expressões filosóficas n Romantismo é um momento essencial na crise do sujeito moderno pela destituição (demissão, deposição, dispensa) do “eu” de seu lugar privilegiado de senhor, de soberano; (p. 37) n Romantismo traz a experiência de que o homem possui níveis de profundidade que ele mesmo desconhece X (paradoxalmente) há uma valorização, desta forma, da individualidade e intimidade do homem; (p. 38) n Ao longo do século 19, afirmou-se de diversas maneiras a deposição do “eu” de seu lugar privilegiado; + A crise da modernidade e da subjetividade moderna em algumas de suas expressões filosóficas n A ideia de que o comportamento do homem é determinado por leis que não pode controlar e que frequentemente nem mesmo conhece está presente no pensamento de Marx, (p. 38) n A afirmação da teoria da evolução de Darwin de que o homem é um ser natural como os demais, não possuindo uma origem de imagem e semelhança de Deus; (p. 38) n Nietzsche: se algo já foi criado ao longo do tempo, não é eterno e nem causa primeira (origem de algo): tudo já foi criado em um determinado momento com uma determinada finalidade: n Portanto: a crença em algo fixo e estável seria uma necessidade humana, na tentativa de crer que tem o controle sobre o que está por vir; (p. 39) + Sistema mercantil e individualização n É preciso saber da existência de um sistema social e econômico que, talvez pela carga de conflitos e transformações que carrega consigo, aprofunda e universaliza aquelas experiências: sistema mercantil; (p. 41) n Antes cada comunidade era auto-suficiente e obedecia a esta lógica de mercado; (p. 41) n Este quadro muda quando se desenvolve uma produção para a troca, em que cada um passa a produzir aquilo a que está mais capacitado: motivo para a subjetividade: cada um deve ser capaz de identificar a sua especialidade, aperfeiçoar-se nela, identificar-se com ela; 8p. 41) + Sistema mercantil e individualização n E mais, os produtores vão vender o que produzem e comprar aquilo que não produzem, mas que necessitam para viver: ideia do Lucro: o lucro de um pode ser o prejuízo do outro; (p. 42) n (mudança: nem sempre foi assim, e nem sempre precisará ser assim) Universaliza-se a experiência de que os interesses de cada produtor são para ele mais importantes do que os interesses da sociedade como um todo, e assim deve ser; (p. 42) n Há também o mercado de trabalho: homens que alugam sua capacidade de trabalho (pois não tem meios próprios para produzir e sobreviver) para receber em troca um salário, com o qual devem comprar os bens de que necessitam; (p. 42) + Sistema mercantil e individualização n Esses homens, que necessitam alugar sua força de trabalho, perderam suas condições mais antigas de vida e produção: quebra das tradições pré-capitalistas que uniam os produtores uns aos outros e todos aos meios de produção; (p. 44) n Além dos vínculos com os meios de produção e da interdependência comunitária, havia relações entre senhores e servos ou escravos que se, por um lado continham um elemento de exploração de uns pelos outros, por outro lado X estabeleciam obrigações de proteção, defesa e apoios dos fortes em relação aos fracos; (p. 44) + Sistema mercantil e individualização n Essa liberdade (de escolher onde e como trabalhar, subjetiva), contudo, é muito ambígua: (p. 44 e 45) n Ela é principalmente uma liberdade negativa, isto é, o sujeito, ao ganhá-la, perde uma porção de apoios e meios de sustentação. n Perde a solidariedade do seu grupo: a família ou a aldeia deixam de ser auto-suficientes, e cada indivíduo vai isoladamente procurar seu sustento. n Perde a proteção de um senhor: o patrão que emprega o assalariado não o manterá se ele ficar doente. n A sociedade fica, dessa forma, automizada, quer dizer, em dez e comunidade produtivas, temos indivíduos livres produzindo ou vendendo sua força de trabalho a proprietários privados. + Sistema mercantil e individualização n Mas esse indivíduo livre é um desamparado. n Ele pode escolher (até certo ponto), mas, mesmo que a escolha seja real, ele passa a conviver com a indecisão: seu destino, pelo menos teoricamente, passa a depender dele, de sua capacidade, de sua determinação, de sua força de vontade, de sua inteligência e, também, de sua esperteza, de sua arte de vencer, de passar por cima dos concorrentes, de chegar primeiro – e de sua sorte. n Ele tem, é verdade, a liberdade de lutar por condições melhores, de mudar de posição na sociedade (nasce pobre, mas pode morrer rico), o que, numa sociedade mais tradicional, é quase impossível. n Todavia, se pode subir, pode também descer, pode chegar à miséria sem que ninguém se preocupe com ele – e isso numa sociedade tradicional também é muito improvável. + Ideologia liberal iluminista, romantismo e regime disciplinar n Nos séculos 18 e 19 desenvolveram duas formas de pensamento: a ideologia Iluminista e o Romantismo, (p. 46) n Liberal (principais ideias manifestaram-se na Revolução Francesa): os homens são iguais em capacidade e devem ser iguais em direitos. Sendo assim, todos devem ser livres. Contudo, para que essa não redunde em caos, todos devem ser solidários uns com os outros, sem renunciar esta liberdade. Se todos são iguais, é natural que devam ser livres para defender seus interesses sem limitações. Entretanto, como todos são iguais, é possívelsupor que, em última análise, possam ser fraternos. Como veremos, esta suposição não se realizou; (p. 46) + Ideologia liberal iluminista, romantismo e regime disciplinar n Romantismo, início do século 19: reconhece-se as diferenças entre os indivíduos, e a liberdade é exatamente a liberdade de ser diferente. Apesar de todos serem diferentes e únicos, lá no fundo é possível buscar uma comunicação entre os seres humanos: nas artes, na religião e no patriotismo, por exemplo, as diferenças se anulam (p. 46 e 47) n Problemas da experiência subjetiva privada: n Liberal: todos são iguais, mas têm interesses próprios (individuais). Apostam na utópica fraternidade. n Romantismo: cada um é diferente, mas sente saudade do tempo em que todos viviam comunitariamente e espera pelo retorno deste tempo. Estes sentimentos podem reunir os homens, apesar de suas diferenças. + Ideologia liberal iluminista, romantismo e regime disciplinar n Parece que de fato a liberdade individual acabou não sendo vivida como tão boa assim porque, de um jeito ou de outro, todos parecem se defender contra o desamparo, a solidão e a imensa carga de responsabilidade que implica ser livre, ser singular, ter interesses particulares e ser diferente; (p. 47) n É na busca de reduzir os “inconvenientes” da liberdade, das diferenças singulares, etc, que foi se instalando e sendo aceito entre nós, ocidentais e modernos, um sistema de docialização, de domesticação dos indivíduos; (p. 47) + Ideologia liberal iluminista, romantismo e regime disciplinar n Esse sistema de controle será chamado de Regime Disciplinar e pode ser encontrado nas agencias sociais, como as escolas, as fábricas, as prisões, os hospitais, órgãos administrativos do Estado, meios de comunicação ..... ;(p. 48) n Embora desempenhem padrões e controle muitos fortes às condutas, à imaginação, aos sentimentos, aos desejos e às emoções individuais, faz parte de sua forma de funcionamento dissimular-se, esconder-se, deixando-nos crer que somos cada vez mais livres, profundos e singulares; (p. 48) n É claro, porém, que vai se instalando um certo mal-estar e vão se criando condições para a suspeita dos homens em relação a si mesmos. + A crise da subjetividade privatizada ou a decepção necessária n O Liberalismo e o Romantismo não contestam a subjetividade privatizada, pelo contrário a afirmam como dado inquestionável. (e sim a criticam); (p. 49) n Mas o que terá levado os homens do século 19 a desconfiarem de suas próprias experiências? (p. 49) n A subjetividade entra em crise quando se descobre que a liberdade é, em grande medida, ilusória, quando se descobre a presença forte, mas sempre disfarçadas, das disciplinas (controles) em todas as esferas da vida, inclusive nas mais íntimas e mais profundas (inconsciente); (p 49) + A crise da subjetividade privatizada ou a decepção necessária n Os interesses particulares levam a conflitos; a liberdade para cada um tratar de seu negócio desencadeou crises, lutas e guerras. Os trabalhadores no século 19 foram aos poucos descobrindo que se defenderiam melhor unidos em sindicatos e partidos do que sozinhos; (p. 50) n A administração pública cresceu (interna e externamente), cresceram o Estado, a burocracia, cresceram as forças armadas. Cresce o consumo e produção de/para as massas. (p. 50) n A partir daí como ficava aquela ideia de liberdade? Onde ficava, então, aquela ideia de cada um é único e diferente dos demais? (p. 50) + A crise da subjetividade privatizada ou a decepção necessária n Quando os homens passam pelas experiências de uma subjetividade privatizada e ao mesmo tempo percebem que não são tão livres e tão singulares quanto imaginavam, ficam perplexos. Põem-se a pensar acerca das causas e do significado de tudo o que fazem, sentem e pensam sobre eles mesmo. Os tempos estão ficando maduros para uma psicologia científica!! (p. 50) n Ao lado dessa necessidade que emerge no contexto das existências individuais, de se saber o que somos, quem somos, como somos, por que agimos de uma ou outra maneira .... (p. 51); + A crise da subjetividade privatizada ou a decepção necessária n Surge para o Estado a necessidade de recorrer a prática de previsão e controle: como lidar melhor com os sujeitos individuais?, como educá-lo de forma mais eficaz, treiná-lo, selecioná-los para os diversos trabalhos? (p. 51) n Surge desse modo, a demanda por uma psicologia aplicada, principalmente nos campos da educação e do trabalho. Ou seja, o regime disciplinar exige a produção de um certo tipo de conhecimento psicológico de forma a tornar mais eficaz suas técnicas de controle; (p. 51) n Mas também as subjetividades formadas pelos modelos liberais e românticos, sentindo-se contestadas e problemáticas, são atraídas pelos estudos psicológicos, (p. 51) n Portanto, no final do século 19 estão dadas as condições para a elaboração de um projeto de psicologia científica – em diversas áreas de atuação!! (p. 51)
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