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Aula 16 - Extra 04 - Direito Constitucional

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CURSO ON-LINE - D. CONST. NAS 5 FONTES 
PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 
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Extra 4 - Intervenção Federal, Estado de Defesa e Estado de 
Sítio. 
 
Intervenção (Federal e Estadual): 
A intervenção ocorre pela necessidade de um ente federativo negar 
temporariamente a autonomia de outro para que possa, assim, 
estabilizar situações constitucionalmente previstas. Por este motivo, a 
intervenção (bem como o Estado de Defesa e o Estado de Sítio e o 
Controle de Constitucionalidade) é classificada pela doutrina como 
elemento de estabilização constitucional, ou seja, de retomada da 
ordem constitucional. 
A regra é a não-intervenção, ou seja, todos os entes são autônomos 
e não podem ter esta autonomia negada por outro, a não ser que 
ocorra alguma das hipóteses taxativamente previstas no texto da 
Constitucional Federal (somente a Constituição Federal pode 
estabelecer os casos de intervenção. Não poderá a Constituição 
Estadual ampliar estes casos, prevendo hipóteses não taxadas na 
CF). 
Assim, nos casos constitucionalmente previstos, poderá ocorrer: 
 
� INTERVENÇÃO FEDERAL � Quando a União intervém no 
Est./DF ou ainda no Município do Território Federal; 
� INTERVENÇÃO ESTADUAL � Quando o Estado intervém no 
Município; 
 
Observe que o único caso da União intervir em Município é caso este 
Município seja de Território Federal. Em nenhuma outra hipótese 
poderá a União intervir em Municípios e isso é muito cobrado em 
concursos. 
 
Formalidades da intervenção (tanto federal quanto na 
estadual): 
Quando a intervenção é decretada pelo Chefe do Poder Executivo 
(Presidente ou Governador), este decreto de intervenção será 
submetido à apreciação do Poder Legislativo (CN ou da Assembléia 
Legislativa do Estado), no prazo de 24 horas e especificará: 
� A amplitude; 
� O prazo; 
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� As condições de execução; e 
� Se couber, nomeará o interventor. 
 
o Se não estiver funcionando o CN ou a Assembléia Legislativa, far-
se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de 24 horas. 
o Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de 
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. 
o Existem 2 casos (que veremos a frente) onde se dispensa este 
"controle político) da intervenção feito pelo Poder Legislativo. 
 
Intervenção federal nos Estados/DF: 
A intervenção federal pode ser "espontânea" (o Presidente age de 
ofício) ou "provocada" (Alguém pede ou ordena que o presidente 
intervenha). 
Assim podemos dizer que as hipóteses constitucionais estão dividas 
em 4 grupos: 
• Espontânea - O Presidente toma a iniciativa da intervenção; 
• Provocada por solicitação - Quando alguém do próprio Poder 
Executivo ou do Legislativo "solicita" (pede) que o Presidente 
intervenha (e este tem a discricionariedade para intervir ou 
não); 
• Provocada por requisição - Quando o Poder Judiciário (STF, 
STJ ou TSE) requisita (ordena) a intervenção federal; 
• Provocada por provimento da representação - Trata-se de 
uma representação que o PGR faz no STF pedindo a 
intervenção. Se o STF der provimento (acatar) a esta 
representação, ele ordenará que o Presidente intervenha. 
 
Quando teremos uma intervenção espontânea? 
Ela será espontânea nas hipóteses de: 
� Manter a integridade nacional; 
� Repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação 
em outra; 
� Pôr termo a grave comprometimento da ordem pública; 
� Reorganizar as finanças da unidade da Federação que: 
a) suspender o pagamento da dívida fundada por mais de 2 
anos consecutivos, salvo motivo de força maior; 
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b) deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias 
fixadas nesta Constituição, dentro dos prazos estabelecidos 
em lei; 
 
Veja que são hipóteses, em sua maioria, urgentes. Assim, verificadas, 
o Presidente deve de pronto decretar a intervenção. 
 
Quando teremos uma intervenção provocada por solicitação? 
Será solicitada a intervenção no caso de necessidade de: 
� Garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades 
da Federação. 
Assim, se o Governador de algum Estado ou Assembléia Legislativa 
(ou Câmara Legislativa no caso do DF) estiver sofrendo ofensa ao seu 
livre exercício, solicitará ao Presidente da República que intervenha. 
Se quem estiver sendo coagido for o Poder Judiciário, a autoridade 
deverá solicitar ao STF e não ao Presidente, e cairá, assim, na 
hipótese que veremos abaixo. 
 
Quando teremos uma intervenção provocada por requisição? 
Será requisitada uma intervenção para: 
� Garantir o livre exercício do Poder Judiciário; � Requisição 
do STF (após receber a solicitação da autoridade judiciária 
local que está sendo coagida). 
� Prover a execução de ordem ou decisão judicial; � 
Requisição do STF, STJ ou TSE, de acordo com a 
matéria. 
 
Veja que a Constituição não elencou tribunal algum para fazer a 
requisição de matérias trabalhistas e militares. Então, na 
jurisprudência do STF, tais matérias, ainda quando fundadas em 
direito infraconstitucional, serão absorvidas, para fins de intervenção, 
pelo STF. 
"Cabe exclusivamente ao STF a requisição de intervenção 
para assegurar a execução de decisões da Justiça do 
Trabalho ou da Justiça Militar, ainda quando fundadas em 
direito infraconstitucional: fundamentação. 2. O pedido de 
requisição de intervenção dirigida pelo Presidente do 
Tribunal de execução ao STF há de ter motivação quanto à 
procedência e também com a necessidade da intervenção" 
(STF, IF 230 / DF - DISTRITO FEDERAL, 24/04/1996) 
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Lembramos ainda que a intervenção federal é hipótese excepcional, 
assim, não é todo descumprimento de ordem ou decisão judicial que 
ensejará a intervenção. Deve-se verificar se este descumprimento é 
voluntário ou se pode ser justificado. Não seria caso de intervenção, 
então, o não pagamento de débitos por precatórios judiciais caso o 
Estado não tenha recursos para fazer o pagamento. Diferentemente 
ocorreria se fosse um ato voluntário, de recusa do cumprimento da 
decisão. 
 
Quando teremos uma intervenção provocada, dependente de 
provimento da representação? 
O PGR, usando de sua atribuição prevista no art. 129, IV, fará uma 
"representação para fins de intervenção" no STF, quando verificar 
que algum Estado está descumprindo alguma lei federal ou algum 
princípio constitucional sensível. Ou seja, esta hipótese ocorre por 
necessidade de: 
� Prover a execução de lei federal; 
� Assegurar a observância dos princípios constitucionais 
sensíveis (Este é o caso da ADI interventiva): 
a) forma republicana, sistema representativo e regime 
democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e 
indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de 
impostos estaduais, compreendida a proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino 
e nas ações e serviços públicos de saúde. 
 
Observação: Neste tipo de intervenção (provocada dependente 
de representação) e no caso de requisitada para fazer cumprir 
ordem ou decisão judicial, a Constituição determina que será 
dispensada a apreciação do decreto pelo Congresso Nacional, 
limitando-se a suspender a execução do ato impugnado, caso essa 
medida baste ao restabelecimento da normalidade. 
 
 
 
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Intervenção do Estado nos seus Municípios ou da União nos 
Municípios do TF: 
O Estado irá intervir em um Município do seu território ou a União 
intervirá em um Município do Território Federal no caso de: 
� Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por 2 anos 
consecutivos, a dívida fundada (salvo, obviamente, motivo 
de força maior). 
� Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; 
� Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita 
municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e 
nas ações e serviços públicos de saúde; 
� O Tribunal de Justiça der provimento à representação para 
assegurar a observância de princípios indicados na 
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de 
ordem ou de decisão judicial. 
 
Neste último caso, da mesma forma como vimos na intervenção 
federal, quando o TJ der provimento à representação do Procurador-
Geral de Justiça, será dispensada a apreciação pela Assembléia 
Legislativa, e o decreto limitar-se-á a suspender a execução do ato 
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da 
normalidade. 
 
1. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Em observância ao princípio 
do equilíbrio federativo, a Constituição da República não contempla 
hipótese de intervenção da União em Municípios, mas apenas em 
Estados e no Distrito Federal. 
Comentários: 
A União poderá intervir no caso de Municípios de Territórios Federais. 
Gabarito: Errado. 
 
2. (FCC/Analista - INFRAERO/2011) Segundo a Constituição 
Federal Brasileira, o decreto de intervenção, que especificará a 
amplitude, o prazo e as condições de execução e que, se couber, 
nomeará o interventor, será submetido à apreciação do Congresso 
Nacional ou da Assembleia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e 
quatro horas. Se não estiver funcionando o Congresso Nacional ou a 
Assembleia Legislativa, 
a) far-se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e 
quatro horas. 
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b) far-se-á convocação extraordinária, no prazo legal de quarenta e 
oito horas. 
c) o decreto será apreciado pelo Supremo Tribunal Federal. 
d) o decreto será apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça com 
parecer obrigatório do Procurador Geral da República. 
e) o decreto será apreciado pelo Superior Tribunal de Justiça com 
parecer facultativo do Procurador Geral da República. 
Comentários: 
Vamos rever as formalidades da intervenção (tanto federal quanto na 
estadual). Quando a intervenção é decretada pelo Chefe do Poder 
Executivo (Presidente ou Governador), este decreto de intervenção 
será submetido à apreciação do Poder Legislativo (CN ou da 
Assembléia Legislativa do Estado), no prazo de 24 horas e 
especificará: 
� A amplitude; 
� O prazo; 
� As condições de execução; e 
� Se couber, nomeará o interventor. 
o Se não estiver funcionando o CN ou a Assembléia Legislativa, far-
se-á convocação extraordinária, no mesmo prazo de 24 horas. 
o Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de 
seus cargos a estes voltarão, salvo impedimento legal. 
Gabarito: Letra A. 
 
3. (FCC/AJAJ-TRE-RN/2011) A União poderá intervir nos 
Estados ou no Distrito Federal para assegurar a observância do 
princípio constitucional da autonomia municipal. Neste caso, a 
decretação da intervenção dependerá de 
a) solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou 
impedido. 
b) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Procurador-Geral da República. 
c) requisição do Supremo Tribunal Federal. 
d) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Município envolvido. 
e) provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação do 
Presidente da República. 
Comentários: 
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Autonomia municipal é princípio constitucional sensível, pois está lá 
no art. 34, VII da Constituição. Vejamos: 
a) forma republicana, sistema representativo e regime 
democrático; 
b) direitos da pessoa humana; 
c) autonomia municipal; 
d) prestação de contas da administração pública, direta e 
indireta. 
e) aplicação do mínimo exigido da receita resultante de impostos 
estaduais, compreendida a proveniente de transferências, na 
manutenção e desenvolvimento do ensino e nas ações e serviços 
públicos de saúde. 
A observância dos princípios constitucionais sensíveis é caso da ADI 
Interventiva, ou seja, precisa que o PGR peça a intervenção no 
Supremo e que este dê o provimento a essa representação do PGR. 
Gabarito: Letra B. 
 
4. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) O Presidente da República 
deve solicitar autorização prévia ao Congresso Nacional para decretar 
intervenção federal, devendo este ser convocado, em caráter 
extraordinário, para deliberar sobre o pedido, no prazo de 24 horas, 
caso esteja em período de recesso. 
Comentários: 
A fase legislativa da intervenção é posterior ao decreto. Primeiro o 
presidente decreta a intervenção e só depois submete este decreto à 
aprecisação do Legislativo. 
Gabarito: Errado. 
 
5. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) A decretação de intervenção 
federal dependerá de provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de 
representação do Procurador-Geral da República, para se assegurar a 
observância dos princípios constitucionais sensíveis, bem como no 
caso de recusa à execução de lei federal. 
Comentários: 
São as 2 hipóteses constitucionais (CF, art. 34, VI e VII) onde, para 
que haja intervenção, necessita-se de que o PGR faça uma 
representação e o STF dê provimento. 
Gabarito: Correto. 
 
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6. (FCC/Procurador - TCE - AL/2008) A intervenção federal 
nos Estados-membros depende de prévio provimento do Supremo 
Tribunal Federal à representação proposta pelo Procurador-Geral da 
República na hipótese de suspensão do pagamento de dívida fundada 
por mais de dois anos consecutivos. 
Comentários: 
Esta é uma hipótese de intervenção espontânea (CF, art. 34, V, a) e 
não de intervenção dependente de provimento de representação. 
Gabarito: Errado. 
 
7. (FCC/Analista-MPE-SE/2009) Admite-se que seja decretada 
intervenção federal para garantir o livre exercício de qualquer dos 
Poderes nas unidades da Federação, mediante solicitação do Poder 
Legislativo ou Executivo coacto ou impedido, ou de requisição do 
Supremo Tribunal Federal, se a coação for exercida contra o Poder 
Judiciário. 
Comentários: 
Hipótese elencada no inciso 34, IV, onde a autoridade coagida, se for 
legislativa ou executiva, solicita ao Presidente da República a 
intervenção, e caso for Judiciária, solicita ao STF que faça uma 
requisição ao Presidente. 
Gabarito: Correto. 
 
8. (FCC/Procurador-TCE-RO/2010) A União poderá intervir 
nos Estados e no Distrito Federal no caso de desobediência à ordem 
ou decisão judicial desde que haja: 
a) representação do Procurador-Geral da República. 
b) solicitação do Poder Legislativo ou do Poder Executivo coacto ou 
impedido. 
c) requisição do Supremo Tribunal Federal, do Superior Tribunal de 
Justiça ou do Tribunal Superior Eleitoral. 
d) decreto de intervenção do Presidente da República e autorização 
do Congresso Nacional. 
e) decisão de mérito proferida pelo Supremo Tribunal Federal com 
base em relatório de apreciação de contas do Tribunal de Contas, 
caso o motivo da desobediência seja atraso no pagamento de 
precatórios.Comentários: 
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Essa questão, em um primeiro momento, pode até assustar. Mas é 
simples simples simples. 
Vou falar logo a reposta: Letra C. Que aliás é a mais óbvia. Se 
queremos fazer cumprir uma decisão judicial, temos uma requisição 
do Tribunal Superior referente (TSE, se matéria eleitoral ou STJ, se 
matéria comum) ou então do STF (se matéria trabalhista ou militar), 
de forma que o Presidente fica obrigado a fazer a intervenção. 
Mas vamos aproveitar e analisar outras assertivas: 
Letra B - Olhem o que diz o enunciado: "desobediência à ordem ou 
decisão judicial" e olhem o que diz a letra B: Poder Legislativo ou do 
Poder Executivo coacto??? O que isso tem haver com decisão judicial? 
NADA!!! Manda essa pro espaço. 
Letra D - Óbvio que precisa de decreto de intervenção, mas 
autorização do Congresso foi forçado. O Congresso não autoriza 
intervenção, já que autorizar é falar previamente, e na intervenção, o 
controle legislativo é posterior ao decreto. 
A letra A é um tema interessante: a intervenção FEDERAL depende 
de provimento da representação do PGR, para: 
� Prover a execução de lei federal; 
� Assegurar a observância dos princípios constitucionais 
sensíveis. 
Agora perceba que isso seria diferente caso estivéssemos falando de 
uma intervenção ESTADUAL. No caso da intervenção estadual, o 
Procurador-Geral de Justiça deverá fazer uma representação no TJ 
para: 
� Assegurar a observância de princípios indicados na 
Constituição Estadual 
� Prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
Ihhh... Vítor! Não tinha percebido a diferença. Pois é. Prestem 
atenção. Quando for um Município que estiver sendo desobediente 
com a decisão judicial, quem decreta a intervenção é o Governador, 
por ordem do TJ, após este ter sido provocado pelo PGJ. É diferente 
quando estamos falando de um Estado desobediente com a justiça, 
onde o Poder Judiciário, independente de representação, requisita a 
intervenção presidencial. 
Gabarito: Letra C. 
 
9. (FCC/TJAA-TRT 20/2011) Segundo expressamente disposto 
na Constituição Federal, o Estado não intervirá em seus Municípios, 
nem a União nos Municípios localizados em Território Federal, 
EXCETO quando deixar de ser paga por dois anos consecutivos a 
dívida fundada, sem que haja 
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a) dilação de prazo prevista em Decreto Municipal. 
b) dilação de prazo prevista em Lei Municipal que esteja no mínimo 
em vigor a um ano da sua publicação. 
c) dilação de prazo prevista em Lei Municipal que esteja no mínimo 
em vigor a dois anos da sua publicação. 
d) motivo de força maior. 
e) determinação do Prefeito Municipal previamente aprovada pelo 
Governador do Estado e pelo Presidente da República. 
Comentários: 
Vamos rever as hipóteses que ocorrerá uma intervenção estadual. O 
Estado irá intervir em um Município do seu território ou a União 
intervirá em um Município do Território Federal no caso de: 
� Deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por 2 anos 
consecutivos, a dívida fundada (salvo, obviamente, motivo 
de força maior). 
� Não forem prestadas contas devidas, na forma da lei; 
� Não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita 
municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino e 
nas ações e serviços públicos de saúde; 
� O Tribunal de Justiça der provimento à representação para 
assegurar a observância de princípios indicados na 
Constituição Estadual, ou para prover a execução de lei, de 
ordem ou de decisão judicial. 
Gabarito: Letra D. 
 
10. (FCC/Procurador - Recife/2008) A intervenção do Estado-
membro em Município depende de prévia decisão do Tribunal de 
Justiça do Estado, em representação proposta para este fim, na 
hipótese de 
a) não terem sido prestadas contas devidas na forma da lei. 
b) não pagamento da dívida fundada por dois anos consecutivos, sem 
motivo de força maior. 
c) não aplicação do mínimo exigido da receita municipal na 
manutenção e desenvolvimento do ensino. 
d) inexecução de lei, ordem ou decisão judicial. 
e) violação do livre exercício do Poder Legislativo ou do Executivo 
municipal. 
Comentários: 
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A constituição diz que será decretada intervenção estadual se o 
Tribunal de Justiça der provimento à representação para assegurar a 
observância de princípios indicados na Constituição Estadual, ou para 
prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial. 
Desta forma o gabarito da questão é letra D. 
 
11. (FCC/Técnico Superior - PGE-RJ/2009) Presidente da 
República decreta intervenção em determinado Estado-membro que, 
no exercício anterior, deixou de aplicar o mínimo constitucionalmente 
exigido na manutenção e desenvolvimento do ensino. O ato de 
intervenção é inconstitucional, pois dependia do provimento de 
representação pelo Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Trata-se de um dos princípios constitucionais sensíveis (CF, art. 34, 
VII) pois é hipótese prevista no art. 34, VII, b da Constituição. Os 
princípios sensíveis ensejam intervenção mediante representação do 
PGR no STF e com posterior provimento por parte deste. 
Gabarito: Correto. 
 
12. (FCC/Procurador - Recife/2008) Dentre as hipóteses 
ensejadoras de intervenção dos Estados-membros nos Municípios 
encontra-se 
I. o descumprimento, ainda que involuntário, de decisão judicial 
transitada em julgado; 
II. a violação aos princípios indicados na Constituição estadual; 
III. a invasão estrangeira; 
IV. o grave comprometimento da ordem pública; 
V. a não prestação de contas devidas na forma da lei. 
Está correto o que se afirma SOMENTE em 
a) I, II e III. 
b) I, II e V 
c) I, III e V. 
d) II, III e IV. 
e) II e V. 
Comentários: 
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I- Errado. A intervenção federal é hipótese excepcional. Não é 
todo descumprimento de ordem ou decisão judicial que ensejará a 
intervenção. Deve-se verificar se este descumprimento é voluntário 
ou se pode ser justificado. 
II- Correto. Trata-se de intervenção provocada mediante 
provimento pelo TJ da representação proposta pelo Procurador-Geral 
de Justiça, conforme dispõe o art. 35, IV da Constituição. 
III- Errado. Invasão estrangeira deve ser repelida pela União. 
Assim, trata-se de intervenção somente federal e não estadual. 
IV - Errado. Da mesma forma, trata-se hipótese de intervenção 
federal, mas não estadual. 
V- Correto. É hipótese de intervenção estadual (CF, art. 35, II). 
Gabarito: Letra E. 
 
13. (FCC/Assessor Jurídico - TJ-PE/2010) Em caso de 
intervenção federal, será dispensada a apreciação da decisão pelo 
Congresso Nacional quando a decretação for feita para: 
a) prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial, se a 
suspensão da execução do ato impugnado bastar ao restabelecimento 
da normalidade. 
b) garantir o livre exercício de qualquer dos Poderes nas unidades da 
Federação. 
c) reorganizar as finanças da unidade da Federação que suspender o 
pagamento da dívida fundada por mais de dois anos consecutivos, 
salvo motivo de força maior. 
d) repelir invasão estrangeira ou de uma unidade da Federação em 
outra. 
e) pôr termo a grave comprometimento da ordem pública. 
Comentários: 
A intervenção se faz por decreto do Presidente da República 
(intervenção federal) ou do Governador (intervenção estadual). Odecreto de intervenção está sujeito a um controle político posterior do 
Legislativo que deve ser feito em 24 horas após o decreto. 
No caso de intervenção federal, existe duas hipóteses onde não 
precisa haver controle político do Legislativo: 
• Na provocada dependente de representação do PGR (que 
se faz para prover a execução de lei federal ou para assegurar 
os princípios sensíveis); e 
• Na requisitada para fazer cumprir ordem ou decisão 
judicial. 
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No caso de intervenção estadual também existe uma hipótese onde o 
controle do Legislativo será dispensado: 
• Na provocada dependente de representação do PGJ ao 
Tribunal de Justiça (que se faz para prover a execução de lei, 
de ordem ou de decisão judicial e para assegurar a observância 
de princípios indicados na Constituição Estadual) 
Em qualquer das hipóteses vistas acima, a intervenção limitar-se-á a 
suspender a execução do ato impugnado, se essa medida bastar ao 
restabelecimento da normalidade. 
Gabarito: Letra A. 
 
14. (FCC/Analista - TCE - AM/2008) Na hipótese de intervenção 
do Estado em um Município para prover a execução de lei, o decreto 
de intervenção deverá, obrigatoriamente, ser apreciado pela 
Assembléia Legislativa, que será convocada no prazo de 24 horas, se 
não estiver funcionando. 
Comentários: 
Nas hipóteses de intervenção provocada, dependente de provimento 
de representação (tanto federal, quanto estadual), o decreto de 
intervenção será dispensado de apreciação pelo Poder Legislativo. 
Este decreto também estará limitado a suspender a execução do ato 
impugnado, se essa medida bastar ao restabelecimento da 
normalidade. 
Gabarito: Errado. 
 
15. (CESPE/Advogado - CEHAP-PB/2009) O município de João 
Pessoa foi condenado, em decisão judicial transitada em julgado no 
início ano de 2006, a pagar verba alimentícia a Joaquina dos Santos. 
Embora o valor do crédito tenha se submetido ao regular 
procedimento das execuções contra a fazenda pública, o valor inserto 
no precatório ainda não foi pago. O município justifica sua 
inadimplência na existência de outros precatórios mais antigos e da 
mesma natureza e na insuficiência de recursos no orçamento. Se o 
presidente da República tomasse conhecimento do caso narrado, 
poderia intervir diretamente no município de João Pessoa. 
Comentários: 
Primeiramente a questão está errada pelo fato de não haver 
intervenção federal em municípios, a não ser que este município 
fosse de território federal, somente os estados podem intervir em 
municípios. 
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Segundo, a hipótese em questão pode ser enquadrada em 
descumprimento de ordem judicial (ordenou-se o pagamento do 
precatório e não se cumpriu), tal hipótese de intervenção depende de 
provimento pelo poder judiciário de para fins de intervenção. 
E terceiro, e ponto mais importante é que segundo a atual 
jurisprudência do Supremo, o Tribunal de Justiça do Estado da 
Paraíba não deveria autorizar a intervenção no município de João 
Pessoa, uma vez que esse descumprimento não é decorrente de 
atuação deliberada e dolosa do município no sentido de não pagar o 
precatório. 
Gabarito: Errado. 
 
16. (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A legitimidade ativa para 
a ação interventiva, no âmbito federal, em face de violação dos 
princípios constitucionais sensíveis, é exclusiva do procurador-geral 
da República. 
Comentários: 
É a hipótese onde será ajuizada a chamada "ação direta de 
inconstitucionalidade interventiva" cuja legitimidade é privativa do 
PGR. Trata-se de ação interposta contra a violação dos princípios 
sensíveis (CF, art. 34, VII) e que ensejará uma intervenção federal 
caso seja provida pelo STF. 
Gabarito: Correto. 
 
17. (CESPE/SECONT-ES/2009) Ao dispor a respeito do princípio 
da indissolubilidade do vínculo federativo, a CF afastou o direito de 
secessão das unidades da Federação, podendo a União, quando 
demonstrada a intenção de rompimento do pacto federativo, intervir 
nos municípios para manter a integridade nacional. 
Comentários: 
A União não está autorizada a intervir em Municípios, somente 
intervém em Estados e nos Municípios de Territórios Federais. 
Gabarito: Errado. 
 
18. (CESPE/SECONT-ES/2009) A União deve intervir no estado 
da Federação que estiver descumprindo o princípio constitucional da 
autonomia municipal. Nessa hipótese, é dispensada a apreciação 
dessa medida pelo Congresso Nacional, e o decreto limita-se a 
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suspender a execução do ato impugnado, se a mesma medida bastar 
ao restabelecimento da normalidade. 
Comentários: 
A autonomia municipal é um princípio sensível (CF, art. 34, VII), 
assim, se violada pelo Estado, este estará sujeito à intervenção. A 
Constituição estabelece no seu art. 36,§ 3º que nos casos do art. 34, 
VI (prover a execução de lei federal, ordem ou decisão judicial) e VII 
(princípios sensíveis), ou ainda do art. 35, IV (os simétricos dos 
anteriores, em âmbito estadual) será dispensada a apreciação pelo 
Congresso Nacional ou pela Assembleia Legislativa, o decreto limitar-
se-á a suspender a execução do ato impugnado, se essa medida 
bastar ao restabelecimento da normalidade. 
Gabarito: Correto. 
 
19. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Caso determinado estado da 
Federação suspenda o pagamento da dívida fundada por mais de dois 
anos consecutivos, não havendo qualquer justificativa de força maior, 
a intervenção da União no estado, conforme entendimento do STF, 
não será vinculada, havendo espaço para análise de conveniência e 
oportunidade pelo presidente da República. 
Comentários: 
É um caso classificado pela doutrina como "intervenção espontânea" 
onde o Presidente agirá de ofício se decidir que é conveniente a 
intervenção. 
Gabarito: Correto. 
 
20. (CESPE/Auditor-TCU/2009) Se a União intervier em um 
estado da Federação, ela afastará momentaneamente a atuação 
autônoma desse estado. Portanto, se o motivo da intervenção for o 
provimento de execução de decisão judicial, sua decretação 
dependerá da requisição do tribunal de justiça daquele estado. 
Comentários: 
Diz-se que a intervenção se caracteriza pela negação transitória da 
autonomia de um Estado. Porém, de forma alguma, podemos dizer 
que uma requisição do TJ irá vincular a União. São esferas de poder 
diferentes. Para que haja intervenção federal no caso em tela, a 
requisição deveria ser do STF, STJ ou TSE, de acordo com a matéria 
da decisão descumprida. 
Gabarito: Errado. 
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21. (CESPE/Analista SEGER-ES/2007) Se determinado estado 
da Federação recusar-se a executar os ditames de uma lei federal, o 
presidente da República pode decretar a intervenção direta nesse 
estado. 
Comentários: 
Neste caso não se trata de intervenção espontânea. A Constituição 
exige que tal intervenção esteja condicionada ao provimento pelo STF 
da requisição feita pelo PGR. Assim, a ação do PGR com provimento 
do STF para intervenção, se faz em 2 casos: para prover lei federal, e 
a para assegurar os princípios sensíveis. 
Gabarito: Errado. 
 
22. (CESPE/Procurador-AGU/2010) De acordo com a 
jurisprudência, é da competência do STF o julgamento do pedido de 
intervenção federal por falta de cumprimento de decisão judicial 
proferida pela justiça do trabalho, mesmo quando referida decisão 
não contiver matéria de cunho constitucional.Comentários: 
A intervenção federal provocada por requisição, poderá ser mediante 
requisição ao Presidente da República feita pelo STF, STJ, TSE, de 
acordo com a matéria tratada. Veja que a Constituição não elencou 
tribunal algum para fazer a requisição de matérias trabalhistas e 
militares. Então, na jurisprudência do STF, tais matérias, ainda 
quando fundadas em direito infraconstitucional, serão absorvidas, 
para fins de intervenção, pelo STF. 
Gabarito: Correto. 
 
23. (CESPE/AJAA-TRE-BA/2010) A intervenção do estado no 
município tem caráter excepcional e é permitida nas hipóteses 
previstas na CF e eventualmente estabelecidas na respectiva 
constituição estadual. 
Comentários: 
As hipóteses que autorizam intervenção, seja ela federal ou estadual, 
estão taxativamente dispostas no texto da Constituição Federal. 
Assim, não poderia a Constituição Estadual ampliar tais hipóteses. 
Gabarito: Errado. 
 
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24. (ESAF/MPOG-EPP/2002) A intervenção federal pode ser 
decretada pelo Presidente da República ou pelo Presidente do 
Supremo Tribunal Federal. 
Comentários: 
Apenas o Presidente da República pode expedir o decreto de 
intervenção (CF, art. 36 §1º). 
Gabarito: Errado. 
 
25. (ESAF/MPOG-EPP/2002) Mesmo que o Município situado 
num Estado da Federação desobedeça uma decisão de um tribunal 
federal, a União não pode promover a intervenção federal nele. 
 
Comentários: 
Só existe um caso de a União intervir em Município, será no caso de 
ser um Município de Território Federal (CF, art. 35). 
Gabarito: Correto. 
 
26. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) Os Municípios hoje existentes na 
Federação brasileira que deixarem de cumprir ordem judicial 
emanada de tribunal federal não estão sujeitos a intervenção federal. 
Comentários: 
A única hipótese de intervenção federal no Município é caso este seja 
um município de Território Federal, os quais não existem hoje no 
Brasil. Ou seja, somente o Estado poderia intervir, não a União (CF, 
art. 35). 
Gabarito: Correto. 
 
 
27. (ESAF/SEFAZ-MG/2005) A autonomia dos Municípios na 
Constituição em vigor é incompatível com toda e qualquer 
intervenção estadual no âmbito municipal. 
Comentários: 
Poderá haver intervenção estadual nos Municípios, nos termos do art. 
35 da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
28. (ESAF/MPOG-EPP/2002) O Distrito Federal não está sujeito à 
intervenção federal. 
Comentários: 
O DF está sujeito a intervenção pelas mesmas regras que um Estado-
membro (CF, art. 34). 
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Gabarito: Errado. 
 
29. (ESAF/PFN/2006) A decretação de intervenção da União nos 
Estados, em razão de recusa à execução de lei federal, dependerá de 
provimento, pelo Supremo Tribunal Federal, de representação 
proposta pelo Procurador-Geral da República. 
Comentários: 
É o único caso, além dos princípios sensíveis (CF, art. 34, VII), que 
dependerá de provimento da representação do PGR, conforme dispõe 
o art. 36, III da Constituição Federal. 
Gabarito: Correto. 
 
30. (ESAF/Juiz Substituto-TRT7º/2005) A intervenção para 
garantir o livre exercício do Poder Legislativo de um Estado-membro 
depende de solicitação ao Presidente da República do poder coacto. 
Comentários: 
 
Neste caso, nos termos do art. 36, I da Constituição, caberá ao Poder 
Legislativo coacto solicitar que o Presidente da República intervenha. 
Gabarito: Correto. 
 
31. (ESAF/CGU/2006) O decreto de intervenção do Estado no 
município sempre deverá especificar a amplitude, o prazo e as 
condições de execução, sendo submetido à apreciação da Assembléia 
Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro horas. 
Comentários: 
Segundo a Constituição em seu art. 36 §1º, o decreto de intervenção 
será submetido à apreciação do CN ou da Assembléia Legislativa do 
Estado, no prazo de 24 horas e especificará: 
••• A amplitude; 
••• O prazo; 
••• As condições de execução; e 
••• Se couber, nomeará o interventor. 
Gabarito: Correto. 
 
32. (ESAF/Juiz Substituto-TRT7º/2005) Sujeita-se a intervenção 
federal o Estado-membro que deixar de aplicar o mínimo exigido da 
receita resultante de impostos estaduais nas ações e serviços 
públicos de saúde. 
Comentários: 
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É o caso de ofensa a um princípio sensível disposto na Constituição 
em seu art. 34, VII, “e”. 
Gabarito: Correto. 
 
33. (ESAF/Juiz Substituto-TRT7º/2005) Cabe ao Supremo 
Tribunal Federal julgar a representação do Procurador-Geral da 
República para fins interventivos, no caso de recusa à execução de lei 
federal. 
Comentários: 
É o caso disposto no art. 34, VI combinado com o art. 36, III da 
Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
34. (ESAF/Juiz Substituto-TRT7º/2005) Cabe ao STF julgar a 
representação para fins interventivos, por descumprimento, pelo 
Estado-membro, de princípio constitucional sensível. 
Comentários: 
Os princípios sensíveis são os do art. 34, VII da Constituição, assim, 
o enunciado se encaixa no disposto no art. 36, III da Constituição. 
Gabarito: Correto. 
 
35. (ESAF/CGU/2006) A intervenção da União no Estado, 
com vistas a reorganizar as finanças da unidade da Federação, 
dar-se-á apenas na hipótese de suspensão do pagamento da 
dívida fundada por mais de dois anos consecutivos. 
Comentários: 
Segundo o art. 34, V da Constituição, existem duas hipóteses para 
intervenção federal com intuito de reorganizar as finanças do 
Estado/DF. A primeira hipótese foi a descrita no enunciado, porém, 
existe outra: deixar de entregar aos Municípios receitas tributárias 
fixadas na Constituição, dentro dos prazos estabelecidos em lei. 
Gabarito: Errado. 
 
Estado de Sítio e Estado de Defesa: 
Essas duas medidas são excepcionais e formam o chamado "sistema 
constitucional de crises", já que são direcionamentos constitucionais a 
serem observados em momentos delicados de desordem pública, 
instabilidades, até mesmo em caso de guerra. 
Essas medidas são informadas por 2 princípios: necessidade e 
temporariedade. Estes princípios devem ser estritamente respeitados, 
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pois as medidas do sistema constitucional de crises admitem diversas 
restrições aos direitos e garantias fundamentais, não podendo vigorar 
por mais tempo do que o necessário para restabelecimento do 
equilíbrio. 
Gravidade da situação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Similaridades das medidas: 
• Tanto o Estado de Defesa, quanto as duas hipóteses do Estado 
de Sítio são decretados pelo Presidente da República. 
• Em ambas as medidas, o decreto só se faz após ouvir o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. O 
Presidente, porém, não fica vinculado ao parecer dos 
conselhos, mas precisa ouvi-los. 
• A fiscalização das medidas é feita por uma comissão de 5 
membros designada pela Mesa do CN, ouvidos os líderes 
partidários. 
• Os efeitos das medidas cessam tão logo cessem o estado de 
defesa ou de sítio. 
• O fim das medidas não interfere em uma possível 
responsabilidade por ilícitos dos executores ou agentes. 
• Ao término das medidas o Presidente deve de imediato relatar 
ao CN as medidas aplicadas em sua vigência, com especificação 
e justificação das providências adotadas, com relação nominal 
dos atingidos e indicação das restrições aplicadas. 
• OCongresso Nacional deve permanecer funcionando até a 
medida terminar. 
 
Diferenças entre as medidas: 
Estado de Defesa: 
• Preservar ou 
prontamente restabelecer 
a ordem pública ou a paz 
social devido a grave e 
iminente instabilidade 
institucional; ou 
• Calamidades de grandes 
proporções na natureza. 
Estado de Sítio 2: 
• Declaração de 
estado de guerra; ou 
• Resposta a agressão 
armada estrangeira. 
 
 
Estado de Sítio 1: 
• comoção grave de 
repercussão nacional; ou 
• ineficácia de medida 
tomada durante o estado 
de defesa; 
 
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• Como o estado de defesa é menos grave, o Presidente decreta 
(após ouvir os conselhos da república e defesa) e só depois 
submete o decreto ao Congresso para este referendar. No 
estado de sítio, o Presidente tem que pedir a autorização do 
Congresso para só depois decretar. Assim, o controle político do 
estado de defesa é posterior, o do estado de sítio é anterior. 
• O estado de defesa é decretado em locais restritos, o de sítio é 
decretado em âmbito nacional. 
• Direitos que podem ser restringidos ou medidas que podem ser 
tomadas: 
Estado de Defesa Estado de Sítio 1 Estado de Sítio 2 
Restrição do direito de 
reunião, ainda que 
exercida no seio das 
associações; 
Suspensão da 
liberdade de reunião; 
Qualquer direito pode ser 
restringido desde que a 
medida seja justificável, 
esteja prevista no decreto 
presidencial e o Congresso 
Nacional tenha deliberado 
aceitando a restrição. 
Restrição do sigilo de 
correspondência e do 
sigilo de comunicação 
telegráfica e telefônica; 
Restrições relativas à 
inviolabilidade da 
correspondência, ao 
sigilo das 
comunicações, à 
prestação de 
informações e à 
liberdade de imprensa, 
radiodifusão e 
televisão, na forma da 
lei; 
Ocupação e uso 
temporário de bens e 
serviços públicos, na 
hipótese de calamidade 
pública, respondendo a 
União pelos danos e 
custos decorrentes 
Intervenção nas 
empresas de serviços 
públicos; 
(---) 
Detenção em edifício 
não destinado a 
acusados ou 
condenados por crimes 
comuns; 
Busca e apreensão em 
domicílio; 
Obrigação de 
permanência em 
localidade 
determinada; 
Requisição de bens. 
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• Prazo máximo de vigor: 
Estado de Defesa Estado de Sítio 1 Estado de Sítio 2 
30 dias 
prorrogáveis uma 
única vez. 
30 dias 
prorrogáveis por 
várias vezes, 
sempre por 30 
dias. 
Enquanto for 
necessário 
 
 
Linhas do tempo: 
 
Estado de Defesa 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Estado de Sítio 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Este é o prazo, caso o CN esteja em recesso, 
para haver convocação extraordinária pelo 
Presidente do Senado. 
O CN recebe a solicitação do Presidente 
para decretar ou prorrogar o Estado de Sítio 
e os motivos da solicitação 
e decide por MA se autoriza ou não. 
(A CF não determina prazo para decisão do 
CN) 
5 dias 
O CN deve continuar funcionando 
enquanto vigorarem as medidas 
Decretação ou 
Prorrogação do 
Estado de Defesa 
24 horas 
O CN recebe as 
justificativas e começa a 
apreciar o ato 
Ou 5 dias, se o CN estiver em 
recesso, quando haverá 
convocação extraordinária 
10 dias 
O CN decide sobre o ato por MA. 
Se rejeitá-lo, o est. de defesa é 
cessado. Se aprová-lo, o CN deve 
continuar funcionando enquanto 
vigorar a medida 
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Prisão no Estado de Defesa: 
 
• A prisão por crime contra o Estado, determinada pelo executor 
da medida, será por este comunicada imediatamente ao juiz 
competente, que a relaxará, se não for legal, facultado ao preso 
requerer exame de corpo de delito à autoridade policial; 
• A comunicação será acompanhada de declaração, pela 
autoridade, do estado físico e mental do detido no momento de 
sua autuação; 
• A prisão ou detenção de qualquer pessoa não poderá ser 
superior a dez dias, salvo quando autorizada pelo Poder 
Judiciário; 
• É vedada a incomunicabilidade do preso. 
 
 
Questões: 
 
1. (FCC/PM-BA/2009) Com relação ao Estado de Defesa, é 
correto afirmar: 
a) O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta 
dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se 
persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
b) Na vigência do estado de defesa é permitida a incomunicabilidade 
do preso, havendo dispositivo constitucional expresso. 
c) Na vigência do estado de defesa, em regra, a prisão ou detenção 
de qualquer pessoa não poderá ser superior a sessenta dias. 
d) Decretado o estado de defesa ou sua prorrogação, o Presidente da 
República, dentro de vinte e quatro horas, submeterá o ato com a 
respectiva justificação ao Senado Federal. 
e) Na vigência do Estado de Defesa é vedada, em qualquer hipótese, 
restrição aos direitos de sigilo de correspondência e de comunicação 
telegráfica e telefônica. 
Comentários: 
A letra B está errada pois é vedada a incomunicabilidade do preso. 
A letra C é incorreta pois o prazo máximo para prisão é de 10 dias. 
A letra D também erra, pois o controle político do Estado de Defesa e 
de Sítio é feito pelo Congresso e não pelo Senado. 
A letra E, por fim, erra pois essas são medidas aceitáveis no Estado 
de Defesa. 
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A letra A é a resposta correta. 
Gabarito: Letra A 
 
2. (CESPE/PM-DF/2009) Encerrado o estado de defesa ou o 
estado de sítio, terminam também seus efeitos, sendo vedada a 
responsabilização pelos ilícitos cometidos por seus executores ou 
agentes. 
Comentários: 
Realmente a Constituição estabelece em seu art. 141 que, cessado o 
estado de defesa ou o estado de sítio, cessarão também seus efeitos. 
Porém, ela dispõe que isso será sem prejuízo da responsabilidade 
pelos ilícitos cometidos por seus executores ou agentes. 
Gabarito: Errado. 
 
3. (CESPE/OAB/2009.3) Assinale a opção correta com base no 
que dispõe a CF acerca do estado de defesa. 
a) Haverá supressão do direito de reunião durante a vigência do 
estado de defesa. 
b) O preso ficará incomunicável durante a vigência do estado de 
defesa. 
c) O tempo de duração do estado de defesa não será superior a trinta 
dias, podendo ser prorrogado uma vez, por igual período, se 
persistirem as razões que justificaram a sua decretação. 
d) Quando cessar o estado de defesa, cessarão também seus efeitos, 
não sendo os seus executores responsabilizados pelos ilícitos 
cometidos. 
Comentários: 
A letra A é maldosa, mas está errada. Não podemos dizer que 
"haverá" a supressão, pois trata-se de uma "possibilidade", ou seja, 
"pode haver a supressão ou não". 
A Letra B é errada. É vedada a incomunicabilidade do preso. 
A letra C é a resposta correta. 
A letra D erra, pois ainda que o estado de defesa tenha cessado, os 
seus executores serão responsabilizados pelos ilícitos cometidos. 
Gabarito: Letra C. 
 
4. (CESPE/DPE-AL/2009) A obrigação de permanência em 
determinada localidade e a intervenção nas empresas de serviços 
públicos são medidas coercitivas admitidas no estado de defesa. 
Comentários: 
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Maisuma maldade do CESPE. Isso ocorre no estado de sítio, não no 
de defesa. 
Gabarito: Errado. 
 
5. (CESPE/Agente-Polícia Federal/2009) O decreto que 
instituir o estado de defesa pode estabelecer restrições ao direito de 
reunião, ainda que exercida no seio das associações. 
Comentários: 
Agora sim. 
Gabarito: Correto. 
 
6. (FCC/Auditor - Jaboatão dos Guararapes/2006) É 
previsão constitucional comum ao estado de sítio e ao estado de 
defesa 
a) o acompanhamento e a fiscalização da execução de suas medidas 
por Comissão composta por membros do Congresso Nacional. 
b) a necessidade de autorização prévia dos Conselhos da República e 
de Defesa Nacional para sua decretação. 
c) a submissão do decreto respectivo à ratificação do Congresso 
Nacional dentro de 24 horas, sob pena de nulidade da decretação. 
d) a possibilidade de restrição relativa à liberdade de locomoção, 
consistente na obrigação de permanência em localidade determinada. 
e) a irresponsabilidade por eventuais ilícitos cometidos pelos 
respectivos executores ou agentes, diante da excepcionalidade das 
medidas autorizadas pela Constituição. 
Comentários: 
Vamos rever as similaridades das medidas: 
• Tanto o Estado de Defesa, quanto as duas hipóteses do Estado 
de Sítio são decretados pelo Presidente da República. 
• Em ambas as medidas, o decreto só se faz após ouvir o 
Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional. O 
Presidente, porém, não fica vinculado ao parecer dos 
conselhos, mas precisa ouvi-los. 
• A fiscalização das medidas é feita por uma comissão de 5 
membros designada pela Mesa do CN, ouvidos os líderes 
partidários. 
• Os efeitos das medidas cessam tão logo cessem o estado de 
defesa ou de sítio. 
• O fim das medidas não interfere em uma possível 
responsabilidade por ilícitos dos executores ou agentes. 
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• Ao término das medidas o Presidente deve de imediato relatar 
ao CN as medidas aplicadas em sua vigência, com especificação 
e justificação das providências adotadas, com relação nominal 
dos atingidos e indicação das restrições aplicadas. 
• O Congresso Nacional deve permanecer funcionando até a 
medida terminar. 
A letra A então está correta. 
A letra B erra, pois os Conselhos dão um parecer meramente 
opinativo e não um parecer "autorizativo". 
A letra C erra também, já que para decretar o Estado de Sítio, 
primeiramente deve haver uma autorização do Congresso. 
A Letra D está errada, pois no Estado de Defesa não se pode 
restringir a locomoção. Apenas o direito de "reunião". 
A letra E traz uma medida que não se refere "nem a um nem a 
outro"... Não existe irresponsabilidade pelos ilícitos cometidos. 
Gabarito: Letra A. 
 
7. (CESPE/Juiz Substituto TJ-TO/2007) Conforme a doutrina 
majoritária, o Poder Judiciário pode reprimir abusos e ilegalidades 
cometidos nos estados de defesa e de sítio, mas não pode perquirir 
acerca da existência ou não da conveniência e oportunidade política 
para a sua decretação. 
Comentários: 
Essa é uma questão doutrinária, sem pacificação. É importante para 
guardarmos a posição da banca: 
Poder Judiciário pode responsabilizar autoridades que 
cometeram abusos e ilegalidades, mas não pode avaliar 
conveniência e oportunidade da decretação das medidas. 
Gabarito: Correto. 
 
8. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Em razão de sua condição de 
mero órgão de consulta, a audiência prévia do Conselho de Defesa 
Nacional, pelo Presidente da República, para fins de decretação do 
estado de defesa é facultativa, decorrendo de decisão discricionária 
do Presidente da República. 
Comentários: 
Ele deverá obrigatoriamente ouvir o Conselho de Defesa Nacional, 
devido ao mandamento do art. 136 da Constituição. 
Gabarito: Errado. 
 
 
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9. (ESAF/Advogado-IRB/2006) Na vigência do estado de sítio, 
poderá haver restrição da liberdade de reunião, não sendo admitida a 
suspensão desse direito, uma vez que ele tem proteção constitucional 
até mesmo contra alterações pelo poder constituinte derivado. 
Comentários: 
O art. 139, IV da Constituição dispõe expressamente sobre a 
possibilidade da suspensão do direito de reunião. 
Gabarito: Errado.

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