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20/02/2016 1 Prof. Valdir Jesus Previsão: Prof. Valdir Jesus Empréstimos Compulsórios. Artigo 148 da Constituição Federal. Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios: I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência; Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b". 20/02/2016 2 Prof. Valdir Jesus CUIDADO!!! Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus As despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência e o investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional não são fatos geradores de Empréstimos Compulsórios. São apenas os motivos para a instituição do tributo. 20/02/2016 3 Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus Os fatos geradores dos Empréstimos Compulsórios serão definidos pela Lei complementar que os instituir. Exemplos: Na década de 80 foram instituídos dois Empréstimos Compulsórios: 1- Em 1983, através do DL 2047/83, foi instituído um Empréstimo Compulsório em razão de Calamidade Pública (enchentes) no Sul do Brasil. Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus Este Empréstimo Compulsório ficou conhecido como “Empréstimo Calamidade” e veio como adicional de Imposto de Renda. 2- Em 1986, através do DL 2088/86, foi instituído o Empréstimo Compulsório mais famoso do Brasil que foi cobrado junto com o consumo de combustíveis e aquisição de veículos. Esse Empréstimo Compulsório veio como Adicional do antigo ICM, antecessor do ICMS. 20/02/2016 4 Prof. Valdir Jesus Parêntese: - Princípios da Anterioridade Tributária; - Princípio da Noventena. Importante!!! Art. 148. Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição. ► Vinculação obrigatória da receita. Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus 20/02/2016 5 Prof. Valdir Jesus Não confundir. Cobrança por atividade administrativa plenamente vinculada ≠ Tributo vinculado ≠ Receita Vinculada Prof. Valdir Jesus Previsão: Prof. Valdir Jesus Contribuições Parafiscais ou Especiais. Artigos 149 e 149-A da Contituição Federal. Pergunta: Por que essa espécie tributária é chamada de Contribuições Parafiscais ou Especiais? 20/02/2016 6 Prof. Valdir Jesus ou seja, Prof. Valdir Jesus É porque o sujeito ativo da relação obrigacional tributária, a pessoa competente para exigir o tributo, não é necessariamente a mesma pessoa competente para instituí-lo. Prof. Valdir Jesus A anuidade do CRC (Conselho Regional de Contabilidade). Prof. Valdir Jesus Exemplo: A pessoa competente para instituir é a União, mas a pessoa competente para exigir esse tributo é o próprio CRC. Outro exemplo: A anuidade paga pelo engenheiro ao CREA. 20/02/2016 7 Prof. Valdir Jesus Pode-se afirmar que a parafiscalidade , é um fenômeno Prof. Valdir Jesus Diante disso, próprio de certas contribuições, em que há a presença de uma entidade política criadora do tributo e, paralelamente, a presença de uma entidade parafiscal que arrecada e fiscaliza esse tributo. Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 20/02/2016 8 Prof. Valdir Jesus O caput do artigo 149 da CF atribui à União a competência exclusiva para instituir 3 tipos de Contribuições Parafiscais ou Especiais: Prof. Valdir Jesus Então, - Contribuições Sociais; - Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico (CIDE); - Contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas. Prof. Valdir Jesus Dentro do grupo das Contribuições Sociais, Prof. Valdir Jesus Contribuições sociais. há dois subgrupos que são: - As Contribuições Sociais Gerais; - As Contribuições Sociais para a Seguridade Social (Contribuições Social-Previdenciárias). 20/02/2016 9 Prof. Valdir Jesus São as Contribuições que tem outros fins sociais distintos da Seguridade Social. Prof. Valdir Jesus Contribuições Sociais Gerais. Exemplos de Contribuições Sociais Gerais: - Contribuições ao Salário Educação; - Contribuições para os Serviços Sociais Autônomos (Sistema “S”). Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus Contribuições Social-previdenciárias Artigo 195, Incisos I ao IV da Constituição Federal. São destinadas: - À Saúde; - À Previdência; - À Assistência social. São as Contribuições Sociais para o custeio da Seguridade Social. Previsão: 20/02/2016 10 Prof. Valdir Jesus São as cobradas: Prof. Valdir Jesus O artigo 195 da CF traz 4 tipos de contribuições para o custeio da seguridade social. - Dos empregadores; - Dos trabalhadores; - Sobre a receita dos concursos de prognósticos; - Dos importadores. Prof. Valdir Jesus Exemplos de Contribuições Sociais para a Seguridade Social: Contribuições Sociais para a Seguridade Social Contribuições para: PIS INSS CSLL COFINS 20/02/2016 11 Prof. Valdir Jesus Contribuições Sociais Para a Seguridade social Contribuições Sociais Destinadas: -Saúde -Previdência -Assistência Social Gerais Cobrada dos: Receita de Concursos de prognósticos Empregadores Trabalhadores Salário Educação Contribuições ao Sistema “S” Importadores Prof. Valdir Jesus Contribuições Sociais Residuais A Constituição atribuiu à União o poder de instituir novas contribuições para a Seguridade Social, Prof. Valdir Jesus além das 4 citadas nos 4 incisos do caput do artigo 195. Previsão: Art. 195, § 4º da Constituição Federal. 20/02/2016 12 Prof. Valdir Jesus Art. 195. Prof. Valdir Jesus § 4º - A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o disposto no art. 154, I. Prof. Valdir Jesus Art. 154. A União poderá instituir: Prof. Valdir Jesus I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não- cumulativos e não tenham fato gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição. 20/02/2016 13 Prof. Valdir Jesus Contribuições Sociais Residuais Prof. Valdir Jesus 2- Sejam não-cumulativas; Exigências: 1- Sejam Instituídas mediante Lei Complementar; 3- Não tenham fato gerador nem base de cálculo próprios dos incisos do caput do Art. 195. Prof. Valdir Jesus Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico – CIDE Prof. Valdir Jesus A CIDE é cobrada quando o o governo precisa intervir no domínio econômico para fomentar atividades de produção, comercialização e prestação de serviços,fazendo investimento e desenvolvendo projetos e pesquisas, em benefício dos próprios integrantes daqueles setores. 20/02/2016 14 Prof. Valdir Jesus Exemplos de áreas de intervenção e respectivas CIDEs: Prof. Valdir Jesus - Marinha Mercante = AFRMM (Adicional de Frete para Renovação da Marinha Mercante); - Atividade Portuária = ATP (Adicional de Tarifa Portuária); - Transferência de Tecnologia = CIDE- Royalties; - Combustíveis = CIDE-Combustível; - Etc. Prof. Valdir Jesus Destinação dos recursos arrecadados com a CIDE-Combustível: Constituição Federal. Art. 177. § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: 20/02/2016 15 Prof. Valdir Jesus II - os recursos arrecadados serão destinados: a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo; b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com a indústria do petróleo e do gás; c) ao financiamento de programas de infraestrutura de transportes. Prof. Valdir Jesus Contribuições de Interesse de Categorias Profissionais ou Econômicas Prof. Valdir Jesus Também chamadas de Contribuições Profissionais ou Corporativas, são Contribuições instituídas pela União para o financiamento de atividades de instituições Representativas ou Fiscalizadoras de categorias profissionais ou econômicas (Corporações). 20/02/2016 16 Prof. Valdir Jesus Há duas espécies nessa Categoria: 1- A Contribuição-Anuidade; 2- A Contribuição Sindical. Contribuição-Anuidade. Visa prover de recursos as entidades controladoras e fiscalizadoras das profissões. Ou seja, São as anuidades pagas pelos profissionais aos respectivos Conselhos Regionais de Fiscalização. Prof. Valdir Jesus Exemplos: - Contribuição para o CREA; - Contribuição para o CRC; - Contribuições para o CRM; - Etc. 20/02/2016 17 Prof. Valdir Jesus Contribuição Sindical. Prof. Valdir Jesus Ou seja, É um tributo federal que corresponde à remuneração de um dia de trabalho. uma vez por ano, o trabalhador doa o valor correspondente à remuneração de um dia de trabalho ao sindicato da sua categoria profissional, seja ele sindicalizado ou não. Prof. Valdir Jesus CUIDADO!!! 20/02/2016 18 Prof. Valdir Jesus Contribuição Sindical Prof. Valdir Jesus Contribuição Confederativa ≠ Prof. Valdir Jesus A Contribuição Sindical possui natureza tributária, sendo obrigatória Prof. Valdir Jesus a todos os trabalhadores celetistas, integrantes da respectiva categoria, sindicalizados ou não. Já a Contribuição Confederativa é fruto de assembléia geral, tem natureza contratual e só é exigível dos filiados ao sindicato da respectiva categoria. 20/02/2016 19 Prof. Valdir Jesus Constituição Federal. Prof. Valdir Jesus Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte: IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei. Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus Súmula Nº 666 do STF. “A contribuição confederativa de que trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é exigível dos filiados ao sindicato respectivo”. 20/02/2016 20 Prof. Valdir Jesus Exceção à Regra do Caput do Artigo 149 da Constituição Federal. Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o dispositivo. 20/02/2016 21 Prof. Valdir Jesus Todas as Contribuições Parafiscais ou Especiais constantes do caput do artigo 149 da CF são Federais. Prof. Valdir Jesus Entretanto, há Contribuições Parafiscais ou Especiais não Federais. Previsão: - Art. 149, § 1º da CF; - Art. 149-A da CF. Prof. Valdir Jesus Artigo 149. Prof. Valdir Jesus § 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão contribuição, cobrada de seus servidores, para o custeio, em benefício destes, do regime previdenciário de que trata o art. 40, cuja alíquota não será inferior à da contribuição dos servidores titulares de cargos efetivos da União. 20/02/2016 22 Prof. Valdir Jesus Dois pontos muito importantes: Prof. Valdir Jesus - A instituição não é facultativa, ela é obrigatória. - Esta autorização constitucional é para instituição APENAS de contribuições sociais, que só podem ser cobradas dos seus servidores e em benefício deles mesmos. Prof. Valdir Jesus Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica. Art. 149-A da CF (trata da COSIP): 20/02/2016 23 Prof. Valdir Jesus COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus Competência Tributária é a capacidade indelegável que a Constituição Federal atribui à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para instituírem os seus respectivos tributos. Definição: 20/02/2016 24 Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus Prof. Valdir Jesus A Constituição Federal não institui tributo. Prof. Valdir Jesus A Constituição Federal atribuiu Competência aos entes tributantes para que cada um edite suas próprias leis e institua os seus respectivos tributos. 20/02/2016 25 Prof. Valdir Jesus Características da Competência Tributária. Prof. Valdir Jesus NORMA LEGAL DE U, E, DF OU M INSTITUI O TRIBUTO OBEDECENDO AS NORMAS GERAIS ESTABELECIDAS PELA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL. ESTABELECE NORMAS GERAIS PARA INSTITUIR TRIBUTOS CONSTITUIÇÃO FEDERAL Apenas atribui a competência para que U, E, DF e M, instituam os seus respectivos tributos. CARACTERÍSTICAS DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA 20/02/2016 26 Prof. Valdir Jesus A Indelegabilidade da Competência Tributária. Prof. Valdir Jesus A Competência Tributária é formada pelas seguintes capacidades: Capacidade de Instituir tributo; Capacidade de Fiscalizar; Capacidade de Arrecadar. As capacidades de fiscalizar e de arrecadar tributos podem ser delegadas por uma pessoa jurídica de direito público a outra. Já a capacidade de instituir tributo é indelegável. 20/02/2016 27 Prof. Valdir Jesus Código Tributário Nacional. Art. 7º A competência tributária é indelegável, salvo atribuição das funções de arrecadar ou fiscalizar tributos, ou de executar leis, serviços, atos ou decisões administrativasem matéria tributária, conferida por uma pessoa jurídica de direito público a outra, nos termos do § 3º do artigo 18 da Constituição. Prof. Valdir Jesus § 1º A atribuição compreende as garantias e os privilégios processuais que competem à pessoa jurídica de direito público que a conferir. § 2º A atribuição pode ser revogada, a qualquer tempo, por ato unilateral da pessoa jurídica de direito público que a tenha conferido. § 3º Não constitui delegação de competência o cometimento, a pessoas de direito privado, do encargo ou da função de arrecadar tributos. 20/02/2016 28 Art. 6º. Prof. Valdir Jesus Parágrafo único. Os tributos cuja receita seja distribuída, no todo ou em parte, a outras pessoas jurídicas de direito público pertencerá à competência legislativa daquela a que tenham sido atribuídos. Art. 8º O não-exercício da competência tributária não a defere a pessoa jurídica de direito público diversa daquela a que a Constituição a tenha atribuído.
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