Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Relatório da disciplina LEQ1 Curso de Engenharia Química 2014 EXPERIMENTO DE REYNOLDS MOURA JUNIOR1,C. F. 1Aluno do ENQ/UFAL Curso de Engenharia Química - Centro de Tecnologia - Universidade Federal de Alagoas - Av.Lourival de MeloMota, s/n Tabuleiro 57072-970 Maceió - AL e-mail:celsojr_al@hotmail.com RESUMO– O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. O escoamento pode ser definido como laminar ou turbulento. O escoamento laminar é aquele em que as partículas se deslocam em lâminas individualizadas, sem trocas de massa entre elas. E o escoamento turbulento é aquele em que as partículas apresentam um movimento aleatório macroscópico. A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. Palavras-Chaves: Reynolds, escoamento, vazões. (um espaço) INTRODUÇÃO O número de Reynolds (abreviado como Re) é um número adimensional usado em mecânica dos fluídos para o cálculo do regime de escoamento de determinado fluido dentro de um tubo ou sobre uma superfície. É utilizado, por exemplo, em projetos de tubulações industriais e asas de aviões. O seu nome vem de Osborne Reynolds, um físico e engenheiro irlandês. O seu significado físico é um quociente entre as forças de inércia e as forças de viscosidade. Para solucionar um processo no dia-a-dia utiliza-se esse princípio, porém através de um mecanismo denominado de balanço de massa. Onde se pode definir Balanço de massa ou balanço material como uma técnica na qual relaciona as quantidades de matérias envolvidas em um dado processo, onde o engenheiro realiza uma contabilidade das massas totais e de cada componente, tendo em mente o princípio da conservação da massa. [1] (1) - velocidade média do fluido. - longitude característica do fluxo, o diâmetro para o fluxo no tubo. - viscosidade dinâmica do fluido. - massa específica do fluido. O escoamento pode ser definido como laminar ou turbulento. O escoamento laminar é aquele em que as partículas se deslocam em lâminas individualizadas, sem trocas de massa entre elas. E o escoamento turbulento é aquele em que as partículas apresentam um movimento aleatório macroscópico, isto é, a velocidade apresenta componentes transversais ao movimento geral do fluido. [2] Figura 1: Representação do escoamento laminar. Fonte: [1]. Figura 2: Representação do escoamento turbulento. Fonte: [1]. Reynolds verificou que, no caso de tubos, seriam observados os seguintes valores: Re < 2000 Escoamento Laminar 2000 < Re < 3000 Escoamento de Transição Re > 3000 Escoamento Turbulento Nota-se que o movimento turbulento é variado por natureza, devido às flutuações da velocidade em cada ponto. Pode-se, no entanto, muitas vezes, considerá-lo permanente, adotando em cada ponto a média das velocidades em relação ao tempo. [2] A quantidade de turbulência influi diretamente no dimensionamento de tubulações, sendo usado no cálculo de perda de carga, no ângulo de curva dos tubos, na escolha do tipo de válvulas e conexões e nas estimativas de rompimento e potência de bombas. Medidores de escoamentos internos com redução de seção também incorporam o número de Reynolds para aumentar a precisão. Embora escoamentos internos de interesse para a Engenharia sejam turbulentos, o escoamento laminar pode ser importante em certas aplicações, tais como lubrificação ou processos químicos de escoamento. A importância fundamental do número de Reynolds é a possibilidade de se avaliar a estabilidade do fluxo podendo obter uma indicação se o escoamento flui de forma laminar ou turbulenta. O número de Reynolds constitui a base do comportamento de sistemas reais, pelo uso de modelos reduzidos. Um exemplo comum é o túnel aerodinâmico onde se medem forças desta natureza em modelos de asas de aviões. Pode-se dizer que dois sistemas são dinamicamente semelhantes se o número de Reynolds for o mesmo para ambos. OBJETIVOS DO EXPERIMENTO Ter conhecimento em visualizar os diferentes tipos de escoamento, laminar, transicional e turbulento, bem como a determinação experimental do número de Reynolds para um fluido líquido em tubo cheio e analisar seus valores limites. Comparar os dados experimentais com as previsões da literatura. MATERIAIS E MÉTODOS a) Materiais: Paquímetro; Reservatório de água; Válvulas de alimentação e de controle de fluxo; Termômetro digital; Becker; Proveta; Cronômetro. b) Métodos: Com o auxílio de um paquímetro mediu- se o diâmetro da tubulação, e considerou a espessura da parede do tubo igual a 1 mm. Colocou-se o módulo em operação em relação a seguinte seqüência: 1. Enchemos o tanque reservatório de água até o nível estar constante, e em seguida abrimos a válvula de alimentação do corante; 2. Abrimos, lentamente, a válvula de controle de fluxo do tubo cilíndrico, e medimos a temperatura do fluido; 3. Quando o corante apresentou escoamento constante, medimos a vazão do fluido na saída do tubo cilíndrico, pelo método volume/tempo, com o auxílio de becker, proveta e cronômetro. Repetimos três vezes e encontramos um valor médio. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com o auxílio do paquímetro medimos o diâmetro da tubulação que foi de 5,1 cm. A partir dos dados obtidos experimentalmente foi possível construir a tabela 1, que mostra a variação do número de Reynolds em relação à velocidade de escoamento. Os valores da massa específica e da viscosidade dinâmica da água a T = 26,5 ºC, obtidos na literatura, foram ρ = 996,725 Kg/m³ e µ = 0,0008615 N.s/m², respectivamente. O número de Reyolds foi calculado por meio da equação 1 e a velocidade do escoamento através da equação 2: 𝑣 = 𝑄 𝜋.( 𝐷 2 )² (2) Tabela 1: Determinações experimentais de escoamento da água em módulo de Reynolds. D (m) Tempo (s) Volume (m³) Vazão (m³/s) Reynold s 0,051 20 0,00016 8x10 -6 231,3 0,051 20 0,00016 8x10 -6 231,3 0,051 20 0,00016 8x10 -6 231,3 0,051 13 0,00027 2,08x10 -5 601,85 0,051 13 0,000275 2,11x10 -5 607,75 0,051 13 0,00027 2,08x10 -5 601,85 0,051 10 0,0006 6x10 -5 1734,75 0,051 10 0,00058 5,8x10 -5 1675,74 0,051 10 0,000575 5,75x10 -5 1663,94 0,051 5 0,00079 1,58x10 -4 4570,01 0,051 5 0,00078 1,56x10 -4 4484,39 0,051 5 0,00078 1,56x10 -4 4484,39 Fonte: AUTOR, 2014. De acordo com a literatura e os dados obtidos experimentalmente, foi possível observar que o escoamento se manteve durante que quase todo o experimento. Durante os tempos de 20, 13 e 10 s o número de Reynolds manteve-se abaixo dos 2000. A partir do tempo 5 foi possível observar que o escoamento passou a ser turbulento e apresentou valores de número de Reynolds superior a 3000. Visualmente, a partir de 10 s já não era tão possível a visualização de um regime laminar, daí a importância do calculo do número de Reynolds. Tal dificuldade navisualização se deu pelo fato do escoamento está se aproximando da zona de transição (2000< Re < 3000). CONCLUSÕES Foi possível fazer a observação dos tipos de regime do escoamento, tanto o laminar quanto o turbulento e foi possível comprovar através dos cálculos do número de Reynolds e comprovar a sua importância na hora de diferencial os tipos de escoamento. Percebemos que o escoamento turbulento é o mais utilizado devido à sua aplicação ser voltada por grandes vazões. . SUGESTÕES Em relação ao experimento, poderia ser demonstrando mais o escoamento em regime turbulento e até mesmo na zona de transição. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA [1] Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues. Mecânica dos Fluidos. Disponível em:< http://www.engbrasil.eng.br/pp/mf/aula10.pdf> Acesso em 17 OUT. 2014; [2] BRUNETTI, FRANCO, Mecânica dos Fluidos. 2ª edição, São Paulo: Editora Pearson Prentice Hall, 2008; [3] ANGELO, Edvaldo. Notas de aula da disciplina Fenômenos de Transporte I, Universidade Presbiteriana Mackenzie, São Paulo, 2005; [4] NETTO, J. M. de A.Manual de Hidráulica.8ª edição, Editora Edgard Blücher, 1998, SãoPaulo, SP; [5] PORTO, R. de M.Hidráulica Básica. Escola de Engenharia de São Carlos,Universidade de São Paulo, 1999, São Carlos, SP.
Compartilhar