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MODELO AÇÃO DE ALIMENTOS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMILIA DA COMARCA DE XXX/MG.
xxxxxxx, brasileira, menor absolutamente incapaz, inscrita no CPF xxxxxx, neste ato representada por sua genitora xxxxx, brasileira, solteira, desempregada, portadora do RG de xxxxxx, inscrita no CPF sob o nº xxxx 7, ambas residentes e domiciliadas na Rua x, número x, Bairro x , Cidade X, CEP:xxxx , vem, respeitosamente à presença de Vossa Excelência, por meio de seus advogados abaixo assinados e devidamente qualificados no instrumento de procuração anexo, propor a presente: 
	AÇÃO DE ALIMENTOS
Em face de xxx , brasileiro, motorista, inscrito no CPF sob o número xxxx, portador do RG de número xxxx , com endereço profissional na Rua xxx , número 35, Bairro xxxx , Cep: xxxxxx, na cidade de xxxxxxxxxx, pelas razões de fatos e direito, a seguir articulados:
DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA:
A Requerente é pobre na acepção jurídica do termo, e bem por isto não possui condições de arcar com os encargos decorrentes do processo sem prejuízo de seu sustento e de sua família, conforme declaração de hipossuficiência em anexo. Desta forma, requer os benefícios da justiça gratuita, preceituada no artigo 98 do Código de Processo Civil.
DOS FATOS:
A requerente é filha do requerido, fruto de um relacionamento amoroso entre o requerido e sua genitora, conforme faz prova a certidão de nascimento (doc. anexo).
A relação teve duração de aproximadamente 1 ano, sendo que após o nascimento da filha, o requerido se mudou da residência, não demonstrando interesse em arcar com as responsabilidades decorrentes da paternidade, deixando de atender aos vários apelos da representante para que se responsabilize por parte das despesas.
Ocorre que apesar do vínculo de parentesco que os vincula, a verdade é que o requerido não presta auxílio à requerente, gerando várias privações, vez que não lhe proporciona assistência moral e material, deixando-a inclusive, privada das necessidades básicas, tais como, alimentação, vestuário e lazer.
Atualmente a requerente, junto com a genitora reside com outros três irmãos, sendo dois maiores e capazes e um menor relativamente incapaz. A genitora para viver necessita da ajuda de seus outros 2 filhos, vez que esses são maiores e a ajudam com as necessidades da casa, pois no momento não possui renda encontrando-se desempregada. 
A situação financeira do requerido é estável e privilegiada, uma vez que exerce a função de xxxxxxxx na empresa xxxxxxxx A, situado na rua Sãoxxxx, número xx, Bairro xxx, CEP: xxxx, na cidade de xxxx , além do mais, faz ‘’bicos’’ como cantor em bares, casa de show, festas, à noite, em uma banda conhecida como ‘’xxxxxxxxxx, conforme prints à noite, em uma banda conhecida como ‘xxxxx conforme prints das redes sociais, no qual consta o mesmo divulgando seus serviços como músico, além dos vídeos de suas apresentações, sendo assim, tem condições de colaborar para o sustento de sua filha.
III. DOS FUNDAMENTOS LEGAIS:
De início, cabe ressaltar o entendimento da doutrina no que se refere ao conceito de alimentos:
‘’a palavra alimentos, adotada no direito para designar o conteúdo de uma pretensão ou de uma obrigação, vem a significar tudo o que é necessário para satisfazer aos reclamos da vida; são as prestações com as quais podem ser satisfeitas as necessidades vitais de quem não pode provê-las por si; mais amplamente, é a contribuição periódica assegurada a alguém, por um título de direito, para exigi-la de outrem, como necessário à sua manutenção’’ (Yussef Said. Dos alimentos. 4ª ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2002. Pág. 16)
Assim, Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, em seu art. 229, instrui o dever dos alimentos: 
Art.229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos menores (...)
Não cabe somente à genitora arcar com a criação e educação da filha, sendo este um dever de um dever de ambos os pais.
A ação de alimentos é disciplinada pela Lei nº 5.478/68 e o seu artigo 2º, prevê que o credor "exporá suas necessidades, provando apenas, o parentesco ou a obrigação de alimentar ao devedor...".
No caso da requerente, resta demonstrado seu estado de necessidade e o fato de sua representante não poder prover sozinha seu sustento.
Como cediço, é imposição moral e legal que aos pais incumbe o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores e o dever de alimentar, nesta hipótese, é uma decorrência do poder familiar.
Como verificado compete também ao requerido, promover a subsistência da menor, algo que não vem ocorrendo no caso citado, uma vez que apenas sua genitora é quem vem prestando corretamente assistência para garantir o sustento da filha.
A requerente encontra amparo legal no que prevê o 1.695 do Código Civil que diz:
Art. 1.695. São devidos os alimentos quando quem os pretende não tem bens suficientes, nem pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença, e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los, sem desfalque do necessário ao seu sustento.
EMENTA: APELAÇÃO CÍVEL. AÇÃO DE ALIMENTOS. MENOR. DEVER DE ASSISTÊNCIA, SUSTENTO, GUARDA, CRIAÇÃO E EDUCAÇÃO PODER FAMILIAR TRINÔMIO NECESSIDADE, CAPACIDADE E PROPORCIONALIDADE. Os alimentos devem se moldar ao trinômio que os justifica, mormente por competir aos pais o dever de sustento dos filhos, como decorrência do poder familiar. Em havendo possibilidade financeira por parte do alimentante, a pensão deve ser compatível com a razoabilidade e necessidades da alimentada, presumidas. Princípio do bom senso na fixação dos alimentos, pois a pensão é meio de vida e não de patrimônio. APELAÇÃO DO DEMANDADO PARCIALMENTE PROVIDA. PREJUDICADA APELAÇÃO DA AUTORA. (Apelação Cível Nº 70024953697, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: André Luiz Planella Villarinho, Julgado em 05/11/2008).
Assim resta mais que provado, que o pai tem o dever de prestar alimentos não podendo se escusar sobre tal dever em nenhuma hipótese.
IV. DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS E DEFINITIVOS
A Lei 5.478/68 em seu artigo 4º regulamenta o direito aos alimentos provisórios, os quais serão devidos até a decisão final, conforme segue:
Art. 4º. Ao despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita.
A fixação dos alimentos provisórios tem a finalidade de suprir as necessidades básicas da autora para que esse não fique desamparada, porém não sabe o valor exato que o réu recebe mensalmente, assim, considerando que o Requerido é empregado, requer que seja descontado diretamente de sua folha de pagamento o montante equivalente a 35% dos rendimentos brutos, deduzidos a IR e INSS, para que efetue o pagamento até a decisão final do processo, conforme expressado no art. 13, §3º da Lei de Alimentos:
§3º ‘’Os alimentos provisórios serão definidos até a decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário’’.
Diante disso ao final do processo, requer a conversão dos alimentos provisórios em definitivos.
VII. DOS PEDIDOS 
Em face do exposto, pede e requer:
O deferimento dos benefícios da justiça gratuita por ser pobre na acepção jurídica da palavra, não podendo arcar com as despesas processuais sem privar-se do seu próprio sustento e de sua família;
A citação do requerido, no local onde trabalha, qual seja rua xxxx, número xxx, Bairro xxxx, Cep: xxxx, na cidade de xxxx;
A fixação dos alimentos provisórios no montante equivalente a 35% dos rendimentos brutos, deduzidos IR e INSS, devendo ser oficiada a empresa xxxx, pessoa jurídica de direito privado, situada na Rua xxxxx, número xxx, Bairro Sxxxx, CEP: xxxx, na cidade de xxxx , para que processa o desconto e ao final do processo proceda a conversão dos alimentos provisórios em definitivos;
A intimação do representante do Ministério Público para intervir no feito;
Seja condenado o requerido ao pagamento das custas processuais e honorários advocatícios, nos moldes do art. 546 do CPC/2015;
A requerenteinforma que possui interesse na realização de audiência de conciliação nos termos do art. 319, VII do Código de Processo Civil;
VIII. DAS PROVAS
Protesta provar o alegado através de todos os meios de prova em direito admitidos, em especial pela produção de prova documental e depoimento pessoal do Requerido.
IX. DO VALOR DA CAUSA
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (um mil reais) 
Termos em que.
Pede deferimento.
LOCAL, DATA, ANO
ADVOGADO XXX
OAB XXX

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