Buscar

EXPRESSÃO ESTÉTICA E PROCESSO CRIATIVO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 3 páginas

Prévia do material em texto

EXPRESSÃO ESTÉTICA E PROCESSO CRIATIVO
ORIGEM DO TERMO CRIATIVIDADE
Os conceitos de criatividade, originalidade e imaginação são conceitos solidários que constituem o núcleo da estética romântica que se formou no século XVIII.
O conceito de criatividade, remontando à Antigüidade, estava também associado à loucura, pela sua natureza de irracionalidade, principalmente relacionado ao gênio na criação artística.
A concepção de que o artista cria em estado de loucura, real ou potencial, permanece ao longo do tempo. Durante o século XIX a ligação entre o gênio e a loucura torna-se foco de estudo da Psicologia, que estabelecia uma estreita associação entre a criação artística e o estado psicótico.
Uma outra concepção que encontra sua origem no pensamento do século XVIII, consiste na de associar a capacidade criativa à imaginação.
 Esta seria a livre associação de idéias obtida por inspiração e dom, que favorecia os "gênios", indivíduos de mente criativa, capazes de criar numa condição diferenciada dos demais indivíduos.
A palavra imaginação foi empregada inicialmente, no século XVIII, como um termo que compreendia a totalidade dos processos mentais. Porém, em função da influência de valores clássicos, perpetuando oposições tradicionais, principalmente entre juízo e imaginação, o termo imaginação manteve a correspondência com a faculdade formadora de imagens.
A idéia de imaginação concebida inicialmente como uma faculdade produtora de imagens à semelhança do real é questionada a partir do século XVIII, estabelecendo-se um novo paradigma: ao da imaginação numa condição oposta a razão. Se a imaginação é uma faculdade errante, filha da espontaneidade e da inspiração, está ligada mais a emoção que a razão.
A imaginação criadora é resultante da capacidade de fantasiar situações. O indivíduo irá criar segundo a sua capacidade de imaginar e fantasiar com base numa série de fatores, entre eles, a experiência acumulada, enquanto um produto de sua época e seu ambiente. Vigotsky
A emoção é movimento, a imaginação dá forma e densidade à experiência de perceber, sentir e pensar, criando imagens internas que se combinam para representar essa experiência.
 A faculdade imaginativa está na raiz de qualquer processo de conhecimento, seja científico, artístico ou técnico.
A imaginação criadora é a fonte originária da criatividade e se dá segundo fatores internos e externos ao indivíduo.
 A criatividade é entendida enquanto campo interdisciplinar e que sugere a existência de novos fenômenos, através da capacidade de investigar possibilidades e não apenas reproduzir relações conhecidas.
PROCESSO CRIATIVO
Percepção do problema. É o primeiro passo no processo criativo e envolve o "sentir" do problema ou desafio.
Teorização do problema. Depois da observação do problema, o próximo passo é convertê-lo em um modelo teórico ou mental.
Considerar/ver a solução. Este passo caracteriza-se geralmente pelo súbito insight da solução; é o impacto do tipo "eureka!". Muitos destes momentos surgem após o estudo exaustivo do problema.
Produzir a solução. A última fase é converter a idéia mental em idéia prática. É considerada a parte mais difícil, no estilo "1% de inspiração e 99% de transpiração".
Produzir a solução em equipe. Fase comum que ocorre nas empresas e organizações quando precisam, tanto diagnosticar ou superar um problema quanto otimizar ou inovar produtos, serviços e processos. Ancoram-se, para tal dinâmica, no conhecido sistema do brainstorming 
Eysenck (1999) sugere a existência de três conjuntos de variáveis que fazem parte do que se considera criatividade:
 Variáveis cognitivas: inteligência, conhecimento, habilidades técnicas, talentos especiais.
Variáveis ambientais: fatores político-religiosos, fatores culturais, fatores sócio-econômicos, fatores educacionais.
Variáveis de personalidade: motivação interna, confiança, não-conformismo.
 A idéia é a de que todo este elenco de fatores permite a criatividade enquanto uma realização. 
PENSAMENTO CONVERGENTE E DIVERGENTE
Guilford apresenta uma teoria da psicologia da criatividade que se difere das demais, pois divide as capacidades do pensamento em categorias que formam duas classes fundamentais:
 Capacidade da memória.
 Capacidade do pensamento.
Esta última se subdivide em três categorias de capacidades cognitivas, dentre elas a capacidade produtiva, a qual seria responsável pelo pensamento convergente e pelo divergente.
Segundo Joy Paul Guilford:"[…] as capacidades produtivas são de duas espécies:
CONVERGENTES: é acionada pelo pensamento que se move após uma resposta determinada ou convencional. Ocorre onde se oferece o problema, onde há um método padrão para resolvê-lo, conhecido do pensador, e onde se pode garantir uma solução dentro de um número finito de passos. Implica uma única solução correta.
DIVERGENTES: pelo pensamento que se move em várias direções em busca de uma dada resposta. Tende a ocorrer onde o problema ainda está por descobrir e onde não existe ainda meio assentado de resolvê-lo. Pode produzir uma gama de soluções apropriadas. Encontra respostas inusitadas, às quais se chega por associações muito amplas.
O pensamento convergente é apresentado como aquele utilizado quando "implica uma única solução correta" para o problema.
O pensamento divergente, como aquele capaz de produzir "uma gama de soluções apropriadas". O pensamento divergente seria responsável pelas soluções, "onde o problema está por ser descoberto e onde, ainda, não existe meio conhecido de resolvê-lo".
 
Tal pensamento estaria associado ao levantamento de hipóteses, buscando mais de uma solução para os problemas, isto é, "quantas soluções diferentes podemos imaginar para o problema”.
Uma pessoa criativa tem sempre sensibilidade para captar problemas, isto é, habilidade para identificar problemas em potencial antes que eles se concretizem.
A idéia da sensibilidade como meio para a criatividade e a proposta do pensamento divergente como categoria responsável pelo pensamento criativo, permite perceber que o pensamento criador habita a esfera dos processos mentais relacionados ao novo, a descoberta, colocando o conceito numa condição oposta à racionalidade, a razão e ao pré-estabelecido.
Documentário do Vik Muniz sobre processo criativo e lixo.
O pensamento criativo caracteriza-se por:
Fluidez – capacidade de imaginar e produzir muitas respostas para um problema. Implica na grande mobilidade do pensamento.
Originalidade – característica fundamental do processo. Produção de novas soluções, novas formas, novas expressões.
Flexibilidade – resulta das características anteriores. Pensamento versátil que permite a descoberta de várias respostas para o mesmo problema correndo o risco de se cometer erros quando se apresenta varias propostas.
Fluência de idéias: aspecto quantitativo da criatividade, ou seja, quantas idéias e associações ocorrem para determinada pessoa, por exemplo, quando se apresenta a ela um novo conceito. 
Elaboração: define o talento de formular uma idéia e continuar desenvolvendo-a até que se torne solução concreta para um problema. 
Sensibilidade para problemas: capacidade de perceber uma tarefa como tal e ao mesmo tempo identificar as dificuldades associadas a ela. 
Redefinição: dom de perceber questões conhecidas sob um novo viés. A decomposição de um problema sob aspectos parciais muitas vezes ajuda a ver as coisas sob uma luz totalmente nova.

Continue navegando