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Caso Concreto 2 - Redação Instrumental (2018)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO ESTÁCIO DA BAHIA 
DISCIPLINA: REDAÇÃO INSTRUMENTAL 
ALUNO: RUDOLF MATEUS DE JESUS SPECHT 
 
CASO CONCRETO 2 
 
Caso concreto 1 
O caso ocorreu em Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro, no ano de 
2005. Uma mulher de 36 anos, desempregada, estava casada com um 
mecânico, também desempregado. Os dois moravam em um barraco de 10 
metros quadrados, junto com seus três filhos. O mais velho tinha seis anos de 
idade; o filho do meio, quatro; o caçula, um ano e meio. 
É importante mencionar que essa mulher, Marcela, estava gestando o quarto 
filho. No mês de fevereiro daquele ano, em decorrência das fortes chuvas, um 
deslizamento de terra arrastou, ladeira abaixo, o lar em que vivia essa família. 
A mãe conseguiu salvar os dois filhos mais velhos, entretanto o caçula, ainda 
aprendendo a andar, não conseguiu sair a tempo. Morreu soterrado. Por tudo o 
que aconteceu, Marcela entrou em trabalho de parto. 
Chegou ao hospital público mais próximo e foi submetida a uma cesariana. 
Assim que ouviu o choro do bebê, prematuro, pediu para segurá-lo um pouco 
no colo. A enfermeira o permitiu. Marcela beijou a criança e jogou-a para trás. 
O menino caiu no chão, sofreu traumatismo craniano e morreu. Perguntada por 
que tomara aquela atitude, disse que não gostaria que seu filho passasse por 
tudo o que os demais estavam passando: fome e miséria. Um exame realizado 
no Instituto Médico Legal apontou que Marcela se encontrava em estado 
puerperal no momento em que matou o próprio filho. 
 
Caso concreto 2 
Este segundo caso ocorreu em São Paulo. A secretária Adriana Alves 
engravidou do namorado e, sem saber explicar por qual motivo, não contou o 
fato para ele; também não contou para mais ninguém. Seus pais, com quem 
morava, não sabiam de sua gravidez. Não compartilhou esse segredo com 
amigas ou colegas de trabalho. Definitivamente, ninguém conhecia a gestação 
de Adriana. Com o passar dos meses, Adriana não recebeu qualquer tipo de 
acompanhamento ou cuidado pré-natal especial; escondia a barriga com cintas 
e usava roupas largas. No mês de dezembro de 2006, quando participava de 
uma festa de final de ano, no escritório em que trabalha, sentiu-se mal e foi 
para casa. Sua intenção era realizar o parto sozinha e jogar a criança em um 
rio próximo à sua casa. Ocorre, porém, que o parto não transcorreu 
tranquilamente. Adriana teve complicações e teve de puxar à força a criança. 
Depois, matou-a afogada na bacia de água quente que separou para realizar o 
parto. Para se livrar da justiça, jogou a criança, já morta, no rio, enrolada em 
um saco preto. Muito debilitada, foi a um hospital buscar ajuda para si, mas não 
soube explicar o que aconteceu. Após breve investigação da Polícia, Adriana 
confessou tudo o que fizera. Exames comprovaram que ela não estava sob o 
estado puerperal. 
 
Questão 1 
a) Indique os elementos da narrativa dos casos lidos. 
Caso Concreto 1: 
Quando: no ano de 2005. 
Onde: Teresópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro. 
Quem: Marcela, 36 anos, desempregada, casada. 
O quê: Marcela, mãe de três filhos e gestando o quarto filho, perdeu sua 
casa num deslizamento de terra que acabou matando seu filho caçula 
soterrado, teve que se submeter a uma cesariana, logo após ter carregado 
o bebê, prematuro, Marcela matou-o. 
Como: Jogando o bebê para trás, causando traumatismo craniano. 
Porquê: Estava traumatizada por ter perdido sua casa e um de seus filhos 
no deslizamento, além de que ela e seu marido estavam desempregados. 
 
Caso Concreto 2: 
Quando: No mês de dezembro de 2006. 
Onde: São Paulo. 
Quem: Adriana Alves, secretária, solteira. 
O quê: Adriana engravidou do namorado e escondeu a gravidez de todos. 
Ao sentir-se mal durante uma festa de final de ano no seu trabalho, ela foi 
para casa para realizar o parto e jogar o bebê no rio, contudo, após 
complicações, matou o bebê e depois jogou a criança no rio. 
Como: Matando a criança afogada na bacia de água quente, em seguida, 
jogando o corpo no rio, enrolado em um saco preto. 
Porquê: Não queria que ninguém soubesse da sua gravidez. 
 
b) Ao perceber que as circunstâncias como a conduta é praticada influenciam 
substancialmente o crime imputado ao agente, o profissional do direito deve 
estar atento para selecionar todas as informações que não podem deixar de 
constar de sua exposição dos fatos. Identifique nos dois casos concretos quais 
informações não podem deixar de ser narradas e as indique em tópicos. 
Caso 1: Marcela 
- Mulher de 36 anos, desempregada, casada com um mecânico também 
desempregado; 
- Ambos moravam em um barraco de 10 metros quadrados com três 
filhos; 
- Ocorreu um deslizamento de terra que arrastou a casa da família; 
- O filho caçula de um ano e meio morreu soterrado; 
- O bebê nasceu prematuro; 
- Marcela beijou a criança e jogou-a para trás; 
- Marcela disse que não gostaria que seu filho passasse por tudo o que os 
demais estavam passando: fome e miséria. 
 
Caso 2: Adriana 
- Engravidou do namorado e não contou o fato para ele; 
- Não contou para ninguém sobre sua gravidez, nem para seus pais que 
moravam com ela; 
- Não fez qualquer tipo de acompanhamento ou cuidado pré-natal- 
especial; 
- Foi para casa após sentir-se mal durante uma festa de final de ano, com 
a intenção de realizar o parto sozinha e jogar a criança no rio próximo à 
sua casa; 
 
c) Quais crimes praticaram Marcela e Adriana? Defenda seus pontos de vista 
em um parágrafo. 
Marcela praticou Infanticídio. Marcela estava sob o estado puerperal, 
portanto, cometeu o crime devido aos traumas recentes em sua vida. 
 
Adriana praticou Homicídio Doloso com ocultação de cadáver. Adriana 
não soube justificar o motivo do crime, contudo, desde o início da 
gravidez não contou a ninguém sobre o fato. 
 
Questão 2: Objetivas. 
1. As narrativas jurídicas contêm características distintas das demais 
narrativas. Além disso, podem ser simples ou valoradas. Independentemente 
de serem simples ou valoradas, toda narrativa jurídica apresenta esta 
característica: 
(A) Ser escrita em terceira pessoa. 
(B) Apresentar a descrição dos espaços. 
(C) Ser parcial. 
(D) Conter modalizadores. 
(E) Ser imparcial. 
 
2. Leia o trecho, analise os elementos constitutivos da narrativa e marque a 
alternativa correta: 
Trata-se de negligência ao dever de cuidar de Maria de Lurdes Silva, 27 anos, 
a que expôs sua filha Carla Silva de dois anos. O fato ocorreu em Botafogo, 
Rio de Janeiro. 
(A) Não é possível extrair do parágrafo o elemento "onde". 
(B) É possível extrair do parágrafo o elemento "quando". 
(C) O parágrafo informa o porquê do conflito. 
(D) É desconhecido o agente da ação. 
(E) O fato gerador do conflito não se encontra identificado nesse 
parágrafo, somente sua valoração.

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