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COLETA DE EXAMES PROF. MARIA APARECIDA AIRES AMOSTRAS BIOLÓGICAS São consideradas amostras biológicas de material humano para exames laboratoriais: sangue urina, fezes, suor, lágrima, linfa (lóbulo do pavilhão auricular, muco nasal e lesão cutânea), escarro, esperma, secreção vaginal, raspado de lesão epidérmico (esfregaço) mucoso oral, raspado de orofaringe, secreção de mucosa nasal (esfregaço), secreção mamilar (esfregaço), secreção uretral (esfregaço), swab anal, coleta por escarificação de lesão seca/swab em lesão úmida e de pêlos e de qualquer outro material humano necessário para exame diagnóstico. Os exames biológicos poderão ser coletados por profissionais da saúde devidamente habilitados para fazê-lo. EPIS necessários: luvas de procedimento e óculos, podendo ser acrescido de outros como: avental e mascara dependendo do exame a ser colhido. OBS: Manter cabelos presos e unhas cortadas Não usar adornos Atentar a higienização de mãos Procedimento geral para coleta de material biológico: Checar a solicitação do exame Higienizar as mãos Reunir material necessário (atentar ao tubo especifico para cada exame) Explicar ao paciente o procedimento e os exames que irão ser colhidos Se necessário jejum investigar tempo de jejum Posicionar o paciente para a coleeta Realizar antissepsia se necessário do local Proceder a coleta ACONDICIONAMENTO E TRANSPORTE DE MATERIAL BIOLÓGICO Objetivo: Garantir o acondicionamento, conservação e transporte do material até a recepção pelo laboratório executor dos exames. As amostras de sangue deverão ser acondicionadas em recipientes rígidos, constituídos de materiais apropriados para tal finalidade, dotados de dispositivos pouco flexíveis e impermeáveis para fechamento sob pressão. O acondicionamento do material coletado deverá ser tecnicamente apropriado, segundo a natureza de cada material a ser transportado, de forma a impedir a exposição dos profissionais da saúde, assim como dos profissionais da frota que transportam o material. Estantes e grades são recipientes de suporte utilizados para acondicionar tubos e frascos coletores contendo amostras biológicas; deverão ser rígidas e resistentes, não quebráveis, que permitam a fixação em posição vertical, com a extremidade de fechamento (TAMPA) voltada para cima e que impeçam o tombamento de material. Tubete ou Caixa: são recipientes utilizados para acondicionamento de lâminas dotadas internamente de dispositivo de separação (RANHURA) e externamente de dispositivo de fechamento (TAMPA OU FECHO). Caixas Térmicas são recipientes de segurança para transporte, destinados à acomodação das estantes e grades com tubos, frascos e tubetes contendo as amostras biológicas. Estas caixas térmicas devem obrigatoriamente ser rígidas, resistentes e impermeáveis, revestidas internamente com material lisos, duráveis, impermeáveis, laváveis e resistentes às soluções desinfetantes devendo, ainda ser, dotadas externamente de dispositivos de fechamento externo. TUBOS PARA COLETAS DE SANGUE Os tubos de coleta de sangue são estéreis, feitos de vidro ou plástico e alguns possuem vácuo. Comumente utilizados em punções venosas, eles são projetados para a coleta, transporte e processamento das amostras E JAMAIS DEVEM SER REAPROVEITADOS. O interior destes tubos pode ser revestido com anticoagulantes e as vedações preservam a integridade da amostra até a chegada ao laboratório. Embora não seja necessário ao coletor conhecer todos os detalhes sobre os procedimentos analíticos dos testes hematológicos, é essencial conhecer o tipo de amostra necessária para cada análise. A amostra deve ser coletada em tubos específicos para cada tipo de análise, sendo de extrema importância conhecê-los para a realização correta do exame. O material colhido em recipiente inadequado será rejeitado e descartado pelo laboratório pois não terá validade para a realização da análise. Todos os tubos devem ser homogeneizados imediatamente após a coleta. Deve-se invertê-los de 5 a 8 vezes, suavemente. Tubos homogeneizados inadequadamente poderão conter pequenos coágulos sanguíneos que diminuem a utilidade do tubo. Quando o paciente possui mais de um exame solicitado e estes exames necessitam de materiais diferentes que devem ser coletados em recipientes diferentes, deve-se obedecer uma sequência para coleta dos materiais para que não haja contaminação dos aditivos de um tubo para outro, o que ocasiona alterações em parâmetros analíticos. A sequência para a coleta de sangue é tubo com citrato de sódio (tampa azul), tubo sem anticoagulante (tampa vermelha ou tampa amarela), tubo com heparina (tampa verde), tubo com EDTA (tampa roxa) e tubo com fluoreto de sódio (tampa cinza). Quando o paciente tiver apenas exames de coagulação, deverá ser coletado primeiro um tubo de descarte. Isso é devido ao fato de o primeiro fluxo de sangue coletado conter os fatores de coagulação, principalmente a protrombina, que altera os resultados. Análises de Coagulação Quando se pretende fazer análise de coagulação, deverá ser colhida uma amostra de plasma (CITRATO DE SÓDIO). Esta será obtida através da coleta em tubo de citrato de tampa azul. Este tubo contém Citrato de Sódio, o sangue colhido com anticoagulante deve ser cuidadosamente homogeneizado por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Análises Bioquímicas e Sorológicas Quando se pretende fazer análise bioquímica ou sorológica, deverá ser colhida uma amostra de soro. Esta será obtida através da coleta em tubo sem anticoagulante para que ocorra o processo de coagulação. Portanto, a coleta deve ser feita no tubo de tampa vermelha sem gel ou no tubo de tampa amarela com gel. Estes tubos contêm ativador de coágulo e deve-se, imediatamente após a coleta, homogeneizá-los por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise, manter em repouso na posição vertical por 30 minutos para retrair o coágulo e seguir a centrifugação a 3.000 rpm durante 10 minutos. Análises Bioquímicas Quando se pretende fazer análise bioquímica, gasometria ou outros exames, deverá ser colhida uma amostra de plasma (HEPARINA). Está será obtida através da coleta em tubo de heparina de tampa verde. Este tubo contém Heparina, o sangue colhido com anticoagulante deve ser cuidadosamente homogeneizado por inversão de 8 a 10 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Análises Hematológicas Quando se pretende fazer análise hematológica, deverá ser colhida uma amostra de sangue total (EDTA). Esta será obtida através da coleta em tubo de EDTA de tampa roxa. Este tubo contém anticoagulante específico para evitar a coagulação. O sangue colhido com anticoagulante deve ser cuidadosamente homogeneizado por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue. Análises Glicêmicas Quando se pretende fazer análise de glicemia, deverá ser colhida uma amostra de plasma (FLUORETO DE SÓDIO). Esta será obtida através da coleta em tubo de tampa cinza. Este tubo contém fluoreto de sódio com EDTA, o sangue colhido com anticoagulante deve ser cuidadosamente homogeneizado por inversão de 5 a 8 vezes para evitar hemólise e a coagulação do sangue Urina Urina tipo1: avalia as características físicas e químicas e os sedimentos urinários; Primeiro jato: investigação do trato urinário baixo (urina mais concentrada). Jato médio: colhe-se o jato médio da urina porque a primeira parte da uretra é colonizada pela flora normal, que pode interferir nos resultados (urina menos concentrada). Jato final: útil na investigação de sangramentos. Urina 24horas: avaliação da função renal. Neste exame a urina é coleta durante o período de 24 horas, ou seja, todas às vezes que o paciente urinar durante este período a urina deverá ser coletada e armazenada em frascos próprios. No final das 24 horas o volume total coletado é encaminhado ao laboratório para o processamento do exame. A urina deverá ser coletadalogo no inicio da manhã Procedimento: Entregar o frasco ao paciente Explicar para o paciente que a primeira urina do dia deverá ser desprezada, ou seja esta urina não devera ser armazenada no frasco A partir da segunda urina, ela e todas as demais deverão ser coletadas no frasco Orientar o paciente sobre o horário de início e horário de término da coleta Orientar que quando o frasco estiver cheio deverá solicitar outro para continuar a coleta Identificar todos os frascos com nome completo do paciente, numero do prontuário e horário de início e término da coleta Urocultura: exame realizado para a investigação de infecção do trato urinário normalmente causada por bactérias. Material: frasco para coleta (tampa vermelha) Luvas de procedimento Um pacote de gaze estéril Clorexidina degermante Procedimento: Lavar as mãos Reunir o material Explicar o procedimento ao paciente Orienta-lo a realizar antissepsia do canal uretral com a gaze e clorexidina degermante Coletar a urina no frasco Identificar o frasco Para os pacientes acamados é necessário coletar a urina com sonda de alivio. Coleta de secreção por SWAB Parecido com um cotonete, o swab estéril é um instrumento que serve para coletar amostras clínicas, podendo ser encontrado nos modelos: - Swab estéril com haste de madeira. - Swab estéril com haste plástica. - Swab estéril com tubo sem meio. Material: Swab, luvas de procedimento e requisição do exame. Técnica: Reunir o material, lavar as mãos, calçar as luvas, posicionar o paciente conforme a coleta, deslizar o swab delicadamente no local, introduzir o swab no tubo sem encostá-lo na lateral, identificar o tubo e encaminhar ao laboratório ou conservar sob refrigeração até que isto ocorra, posicionar confortavelmente o paciente, retirar as as luvas, lavar as mãos e registrar o procedimento. Papanicolau Definição: Coleta de material cérvico vaginal para realização de exame diagnóstico. Objetivos: Detectar a presença de lesões neoplásicas ou pré-neoplásicas e alguns processos de outra natureza (parasitas, processos inflamatórios, etc). Responsável: Enfermeiro Execução do procedimento: Auxiliar de enfermagem, técnico de enfermagem e enfermeiro Material: Mesa ginecológica Biombo Foco de luz Espéculos P, M ou G Fixador citológico Lâminas Escova endocervical Espátula de Ayres Luvas de procedimento Recipiente para acondicionar as lâminas Gaze Avental descartável e óculos de proteção lápis Procedimento: Lavar as mãos Reunir material Preparar o ambiente Fazer a identificação da lâmina na extremidade fosca, com lápis preto nº 2, contemplando: Código do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES) da Unidade; O número de registro da mulher na Unidade e as iniciais do nome da paciente. Explicar procedimento para a paciente Posicioná-la na mesa ginecológica Ligar e posicionar o foco Proceder a coleta do exame Iniciar o exame através da inspeção da vulva e vagina; Introduzir o espéculo sem lubrificá-lo com óleo ou vaselina, recomenda-se em caso de pessoas idosas ou de vagina ressecada o uso de especulo umedecido com soro fisiológico; Introduza-o em posição vertical e ligeiramente inclinado (inclinação de 15º); Iniciada a introdução faça uma rotação de 90 graus deixando-o em posição transversa, de modo que a fenda de abertura do espéculo fique na posição horizontal. Uma vez introduzido totalmente na vagina abra-o lentamente com delicadeza e, se ao visualizar o colo houver grande quantidade de muco ou secreção, seque-o delicadamente com uma gaze montada em uma pinça, sem esfregar para não perder a qualidade do material a ser colhido; Para a coleta no ectocérvice utilize a espátula de madeira tipo Ayres, do lado que apresenta a reentrância. Encaixe a ponta mais longa da espátula no orifício externo do colo (fig. 1), apoiando-a firmemente, fazendo uma raspagem na mucosa ectocervical em movimento rotativo de 360 graus, em torno de todo orifício, procurando exercer uma pressão firme, mas delicada, sem agredir o colo, para não prejudicar a qualidade da amostra. Estenda o material ectocervical na lâmina, dispondo-o no sentido horizontal, ocupando 2/3 da parte transparente da lâmina, em movimentos de ida e volta, esfregando a espátula com suave pressão (fig. 2). Realizar a coleta da endocérvice utilizando a escova de coleta. Recolha o material introduzindo a escova delicadamente no canal cervical, girando a 360º (fig. 3). Em gestante não colher material endocervical. Ocupando o 1/3 restante da lâmina, estenda o material rolando a escova de cima para baixo (fig. 4). Fazer a fixação da lâmina imediatamente após a coleta, armazenando as lâminas separadamente em recipiente adequado. Fechar o espéculo retire-o delicadamente, inspecionando a vulva e períneo. Retirar as luvas, auxiliar o paciente a descer da mesa e solicitar que ela coloque as roupas. Avise a paciente que um pequeno sangramento poderá ocorrer após a coleta. Orientar a paciente para que venha retirar o exame conforme a rotina da sua Unidade de Saúde. Preencha a relação de remessa na mesma sequência das lâminas e das requisições. As lâminas deverão ser acondicionadas em caixas específicas para transportá-las. Hemocultura É um exame que pesquisa a presença de bactérias no sangue através de meios de cultura. É um exame muito importante pois sendo detectado presença de bactérias na corrente sanguinea isso coloca em risco todos o organismo. Material necessário: Luvas de procidimento Frasco de hemocultura Alcool 70% Algodão Scalp de calibre apropriado Seringa de 05 ou 10 ml Agulha 25x8 0u 30x8 garrote Cuidados para coleta do exame: A primeira amostra sempre deverá ser colhida antes do início da antibióticoterapia Quando for solicitado mais de uma amostra devem ser colhidas de local diferente e o intervalo entre um coleta e outra é determinado pelo médico
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