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UESPI - Universidade Estadual do Piauí CCS - Centro de Ciências da Saúde FACIME - Faculdade de Ciências Médicas Curso: Enfermagem Bloco: III Disciplina: Psicologia aplicada à enfermagem Docente: Naldiana Cerqueira Acadêmica: Mariana Soares Pereira Resenha crítica ao livro: Pulmão de Aço de Eliana Zagui O livro em questão trata-se da biografia de Eliana Zagui, na qual aos 1 ano e 9 meses de idade foi diagnosticada com Paralisia Infantil já bastante avançada. Segundo os médicos seu prognóstico era incompatível com a vida, não passando de uma questão de tempo para seu falecimento. Contra todas as expectativas médicas, Eliana vive há 34 anos no Hospital das Clínicas em São Paulo. com o avanço da doença, ela perdeu a capacidade de respirar por conta própria, tornando-se dependente de uma máquina utilizada para recuperar o sistema respiratório chamada, pulmão de aço. Mas ainda assim não apresentou melhoras significativas. O que parecia ser uma história como as outras de tristeza e vitimismo, surpreendeu tornando-se um verdadeiro livro motivacional e inspirador. Nota-se durante toda sua narração que o sofrimento não era algo incomum, mas um parceiro constante. Porém, a forma com que ele foi encarado, talvez tenha sido o fator crucial para a vida de Eliana. Seu desenvolvimento não se diferenciou do de uma menina comum e com o tempo ela foi tornando-se mulher, com sentimentos, emoções, a necessidade de ambos, etc. E de maneira natural foi brotantando a vontade de haver a reciprocidade dos sentimentos que ela demonstrava. Mas, aos poucos foi perdendo a própria família e amigos. Verdadeiramente ela passou por situações indescritíveis, que provocam um choque no leitor. Como dito anteriormente, a forma com que soube lidar com perdas, à levou a ter também ganhos, como, amigos, aprendeu a escrever, e como ela mesma fala, a chorar menos, a sentir menos pena de si mesma. A medida que ia tendo perdas consideráveis (mãos e pés atrofiados), também aprendia a lidar com elas e a partir delas ter ônus, como uma mente afiada, olhos observadores e a vontade de viver. O que torna esse livro de uma obra triste por sua realidade, porém de uma felicidade incomparável com o testemunho nele contido. Hoje Eliana é uma mulher que pinta quadros com a boca, mostrando que independente da dor e do sofrimento ainda assim é possível aprender a ser feliz com eles.
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