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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
UNIP INTERATIVA
	
LUCIANA DE OLIVEIRA GOMES
RA- 1832828
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM IV
			
 PRATA - MG
2018
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
UNIP INTERATIVA
LUCIANA DE OLIVEIRA GOMES
RA- 1832828
		
PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR – PIM IV
Projeto Integrado Multidisciplinar – PIM IV, apresentado à Universidade Paulista –UNIP Interativa como parte da avaliação para obtenção do título de Gestão de Serviço Jurídicos, Notariais e de Registro, sob coordenação da Profa. Dra. Solimar Garcia e da Profa. Me. Daniela Menezes. 
Orientador (a): Thiesley Vieira Domingues
PRATA - MG
2018
RESUMO
O filme de Luís Sérgio Person “O Caso dos Irmãos Naves", aborda o dama de uma família simples que morava numa pacata cidade do interior de Minas Gerais, cujo início se deu com o desaparecimento de Benedito Pereira Caetano em novembro de 1937, é exemplo de poder exercido pela polícia de Getúlio Vargas sobre a população brasileira. A partir da coerção, o aparato policial de Getúlio Vargas, comandado em Araguari/MG pelo Tenente Francisco Vieira dos Santos, conseguiu manipular a opinião pública fazendo com que esta passasse a desconfiar de toda a família Naves e a elogiar as atitudes da autoridade policial. A fundamentação teórica da pesquisa está alicerçada principalmente nas obras de alguns estudiosos do Estado Novo e da temática da violência, dos conceitos estudados neste semestre fazendo uma analogia à Linguagem e Comunicação Jurídica, uma abordagem superficial do Direito Constitucional e da Teoria Geral do Direito II. 
Palavras-chave: Irmãos Naves, Erro Judicial e Triângulo Mineiro.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................5
2. Desenvolvimento............................................................................................................7 
2.1 Ficha técnica do filme “O Caso dos Irmãos Naves”.......................................................7
2.2 Narrativa resumida do filme “O Caso dos Irmãos Naves” com seus principais aspectos..............................................................................................................................8
2.3 Opinião em relação ao que se apreciou o filme “O Caso dos Irmãos Naves”..............11
2.4 Aspectos do filme em relação com o conteúdo que ele aprendeu nas disciplinas de Teoria Geral do Direito II, Direito Constitucional e Linguagem e Comunicação Jurídica...12
3. Conclusão......................................................................................................................14 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................15
INTRODUÇÃO
O trabalho em tese, recai sobre uma decisão judicial, datada de 04 de junho de 1939, proferida pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais, antigo Tribunal de Apelação do Estado.
Tem como principal objetivo o estudo paralelo entre a decisão retro citada e o regime atual, havendo inúmeras diferenças e pontos em contraposição. Estas diferenças fazem com que tal estudo se torne importante no panorama jurídico.
Partindo-se de uma visão mais informativa, vemos relevância do presente estudos, pois o objeto desta decisão resultou no maior erro judiciário do pais, observando que não só o momento histórico da época, influiriam para a criação da decisão
O fato objeto de tal decisão, estão ligadas aos conteúdos estudos nas disciplinas de Direito Constitucional, Teoria Geral do Direito II e na também na disciplina de Linguagem e Comunicação Jurídica, essas diferenças são mais notadas no campo do direito probatório e na soberania dos veredictos. 
O filme “O caso dos Irmãos Naves”, foi escolhido, pois no âmbito jurídico causou uma grande repercussão na estória dos tribunais, marcado por uma época de muita repressão politica, deixando claro que evoluímos muito pouco.
A estória acontece numa pacata cidade mineira de Araguari/MG, que assiste ao inexplicável julgamento dos irmãos Sebastião e Joaquim Naves, na década de 40, durante a ditadura do Estado Novo. Suspeitos de matar um companheiro para roubar-lhe o dinheiro, são cruelmente torturados até confessarem um crime que não cometeram, e nem sequer ocorreu. Inteiramente verídico, o caso ficou conhecido como "o tremendo erro judiciário de Araguari".
Um dos mais emblemáticos casos de erro judiciário no Brasil, e um verdadeiro libelo anti tortura. Esse clássico nacional é tão atual que fica evidente como nosso país evolui a passos de tartaruga como sociedade, especialmente nos rincões onde ainda vale a lei do mais poderoso. A longa é seminal e vale muito ser conferido, pois é fácil encontrar diversos paralelos com o nosso cotidiano, onde vale muito ter dinheiro e "amigos" dispostos a fazer o serviço dos ricos.
Isso sem contar as críticas a justiça e a polícia, feitas em plena ditadura militar e que com certeza não agradaram em nada os generais. Mais um ponto por sua coragem de denunciar e criticar tão abertamente o regime, pois é impossível não ver semelhanças entre o modus operandi dos policiais do filme e dos torturadores a serviço das forças armadas, um filme muito importante para os nossos tempos, em que pessoas sequer pensam na possibilidade da implementação de uma ditadura.
Portanto, a ideia de pesquisar sobre o filme “O Caso dos Irmãos Naves” é relatar um acontecimento marcante no âmbito jurídico, elucidando a evolução do direito brasileiro.
.
2. Desenvolvimento
 
2.1 Ficha técnica do filme “O Caso dos Irmãos Naves”
A estória é baseada na obra Caso dos Irmãos Naves, produzido no ano de 1967, dirigido por Luis Sérgio Person, com duração de 92 minutos, realizado no Brasil, o filme conta, ainda, com o roteiro de Jean-Claudete Bernadete e João Alamy Filho. 
Os principais atores do filme “O Caso dos Irmãos Naves”, são Anselmo Duarte (Tenente da Polícia); John Herbert (Dr Alamy); Julia Miranda (esposa de Joaquim); Raul Cortez (Joaquim Naves); Juca de Oliveira (Sebastião Naves), Lélia Abramo (Dona Ana) e Sergio Hingst (Juiz).[1: Luís Sergio Person (1936-76) foi ator, roteirista e diretor brasileiro.]
As fontes de pesquisa utilizadas para a criação do roteiro incluem as atas do processo, publicadas pelo advogado de defesa dos Naves, João Alamy Filho (s.d.-1993), interpretado por John Herbert (1929-2011), e notícias de jornais da imprensa paulista e mineira. As locações foram realizadas na cidade de Araguari, interior de Minas Gerais, onde se desenrolou o processo real contra os dois irmãos. Person convida alguns moradores da cidade para atuarem no filme.[2: Em julho de 1967, o filme estreou no Cine lpiranga em São Paulo. (PAES, Licídio. Correio de Uberlândia, 13/14 de junho, ano XXX, n º 10.450, p.03-04.) Na primeira exibição do filme em Araguari foi lida urna mensagem de Luís Sérgio Person: "[. ] Sem este povo amável e generoso de Araguari, não teria sido possível ao cinema brasileiro realizar mais um filme que procura honrar a expressão cultural e artística de nosso país[..])" (Correio de Uberlândia, 22 de junho de 1967, ano XXX, n º 10.454, p.04.)]
O caso dos irmãos Naves seja objeto de estudo nos cursos de direito de todo o país até hoje. Mas o que mais impressiona é a violência gratuita e parece até cultural de quem deveria nos defender, desta forma "O caso dos irmãos Naves" não é um filme isolado, pois trata de um tema bastante atual ao escancarar a violência policial, e melhor ainda, ter mostrado isso nos nebulosos tempos da ditadura.
Um dos mais famosos casos do judiciário brasileiro foi muito bem cuidado e se tornou a menina dos olhos de Person, que fez poucos, porém únicos filmes, e dedicou maior atenção a este.
Sobre a história, apesar de ainda ser atual, é retrato de uma longa história de abuso de poder da polícia, e bate com tantas histórias contadaspelo meu avô, que viveu em várias regiões do interior brasileiro, onde a lei só servia aos maiorais, onde o povo temia a polícia, onde a polícia escolhia seus culpados e escrevia sua verdade com sangue. 
2.2 Narrativa resumida do filme “O Caso dos Irmãos Naves” com seus principais aspectos.
Com o desaparecimento do sócio e parente chamado Benedito Pereira Caetano, da cidade de Araguari/MG, com uma quantia vultuosa de dinheiro advinda de uma grande negociação de cerais. A polícia local se mobilizou para resolução de tal desaparecimento, sendo motivada pelos irmãos naves, Sebastião José Naves e Joaquim Naves Rosa, sócio da suposta vitima. 
A policia tomou as medidas de praxes como ouviu pessoas, fizeram buscas, mas sem resultado satisfatório. Com a mudança do delegado que presidia o inquérito e com o depoimento de uma testemunha, começaram uma série de perseguições, torturas e ilegalidades. 
O caso dos irmãos Naves (1967), segunda longa-metragem dirigido por Luiz Sergio person (1936-1976), é produzido pela Lauper Filmes, comandada por Person e pelo diretor Glauco Mirko Laurelli (1930). O roteiro, escrito em parceria com o professor e crítico de cinema Jean-Claude Bernardet (1936), baseia-se no caso verídico de um processo criminal envolvendo os irmãos Joaquim Rosa (1912-1949) e Sebastião José (1905-1963) Naves durante a década de 1930. Os personagens são interpretados, respectivamente, por Raul Cortez (1931-2006) e Juca de Oliveira (1935). 
A história dos irmãos Joaquim e Sebastião Naves fica conhecida com um dos maiores erros da justiça brasileira. Acusados de terem matado seu primo Benedito Pereira Caetano, que desaparece com uma quantia grande de dinheiro, eles são presos e torturados até confessarem um crime que anos mais tarde, descobre-se nunca ter ocorrido. 
O desaparecimento se dá em 1937, durante o governo de Getúlio Vargas. Um aviso, antes das primeiras cenas, situa o espectador. Os fatos narrados são baseados nos escritos de João Alamy Filho, e, em seguida, informam a data do suposto crime: 29 de novembro de 1937. São apresentadas imagens de um homem deixando uma estação dentro de um trem, enquanto em over uma voz começa a narrar a história. Com tom documental e jornalístico, a história se desenvolve como uma espécie de reportagem, em que se mesclam as falas de um narrador externo com as falas dos personagens envolvidos na trama. 
O filme traz longas e detalhadas cenas de tortura, construindo um cenário de terror ao qual os acusados estão submetidos. A prisão e as torturas estão ligadas ao governo dos militares recém instaurado. 
A situação política do país naquele momento é indicada, nos primeiros minutos do filme, por meio de uma cena da impressão do jornal Correio de Araguari, com a manchete “O novo Estado brasileiro é uma democracia autoritária”. Na sequência, vê-se os moradores da cidade discutindo o desaparecimento de Benedito e a situação político-econômica do Brasil. Nesse momento aparece, pela primeira vez, o tenente da Força Pública do Estado, interpretado por Anselmo Duarte (1920-2009). “O delegado civil do município não encontra elementos para esclarecer ou responsabilizar ninguém pelo desaparecimento de Benedito. Em princípios de dezembro, assume a delegacia, com cargo de delegado especial um tenente da Força Pública do Estado”, como conta o narrador. 
Na sequência a imagem do tenente ajeitando um quadro de Getúlio Vargas na parede, reafirma o momento político do Brasil. O novo responsável pelo caso passa a interrogar os irmãos Naves, e a polícia determina, sem prova, a culpa de Joaquim e Sebastião. A conclusão é tirada dos depoimentos dos Naves e de seus familiares, todos conseguidos por meio da tortura, apresentada em longas sequências. 
Nos últimos minutos da narrativa, a encenação do primeiro julgamento de Joaquim e Sebastião traz uma crítica explicita às ações autoritárias dos militares. João Alamy Filho está com a palavra, quando entra na sala o tenente. Um silêncio se instaura, nada se escuta além do barulho dos sapatos do delegado, pisando no assoalho. Irrompe-se o silêncio e João Alamy inicia um discurso apaixonado contra a forma pela qual a polícia havia conduzido aquele caso. Uma polícia que, em suas palavras, “violentou as testemunhas, intimidou o povo desta cidade, nos ameaçou quando estávamos cumprindo o nosso dever”. Em voz over, o narrador informa a sequência dos fatos: no segundo julgamento o veredito é o mesmo e mais uma vez sem unanimidade. 
Na terceira apelação, eles são considerados culpados e condenados a 25 anos e seis meses de prisão, pelos juízes do Tribunal de Justiça do Estado que, em suas conclusões sobre o processo, afirmam: “A pronuncia bem apreciou a prova com atenta análise, dificilmente se fará tão plena prova da autoria de latrocínio”.
Enquanto as imagens trazem os muros e soldados marchando, o narrador explica que uma revisão do processo atenua a pena, e os Naves saem em liberdade condicional, após oito anos na prisão. Três anos depois, Joaquim morre em um asilo de Araguari e Sebastião encontra o suposto assassinado. 
Uma sequência de imagens traz notícias de jornais que relatam o caso, enquanto ao fundo ouve-se um marchar militar. As imagens mostram um cemitério enquanto o narrador encerra a história: “Sebastião morre em 1963, três anos depois de conseguir com o advogado Alamy, por meio de duras batalhas judiciais, uma indenização em dinheiro daquilo que se revolveu chamar, então, o tremendo erro judiciário de Araguari”. 
O caso dos irmãos Naves cria paralelos com o momento político vivido no Brasil, e produz uma crítica ao regime militar. Nas palavras de Jean-Claude Bernardet, “as relações com o nosso presente social e político eram evidentes: a polícia tinha inventado uma falsa realidade pela tortura, e a tortura vinha sendo praticado no Brasil pelo regime militar”. 
Apesar do forte conteúdo crítico ao regime, O caso dos irmãos Naves passa sem problemas pela censura, ainda não tão rígida quanto se tornaria em 1968, com a promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5).
 O filme recebe os prêmios de Melhor Atriz Coadjuvante, com  Lélia Abramo (1911-2004), de Melhor Diálogo e de Melhor Roteiro no Festival Brasília.  Além deles, os de Melhor Figurino, de Melhor Cenógrafo e de Melhor Fotógrafo pelo Instituto Nacional de Cinema (INC). 
O Caso dos irmãos Naves é uma obra corajosa, importante por seu engajamento político e por sua realização, com destaque para a alternância entre a narração em voz over e as encenações, que produzem um clima de angústia. 
2.3 Opinião em relação ao que se apreciou o filme “O Caso dos Irmãos Naves”
De acordo com que foi abordado no filme, sobre o erro do judiciário, em que a passos curtos o Brasil vai se evoluindo gradativamente, vejamos uma breve história das constituições, em que depois do período do Brasil república, que teve início em 15 de novembro de 1889, foram criados os principais documentos legais brasileiros como o Código Civil, Código Penal, Consolidação das Leis do Trabalho, Código de Processo Civil, entre outras. O Brasil teve sete constituições, em 1824, período do Império; em 1891, a primeira Constituição da República; em 1934 e 1937, período denominado historicamente como Era Varga, que aconteceu o caos em tela, onde as força da ditadura Vargas, condenava e torturava inocentes, que possuíssem opiniões contrárias. 
Entre os principais aspectos a Constituição Federal deste período, relatado no filme, teve como características, quais sejam, assegurar poder absoluto ao ditador Getúlio Vargas; criar um Tribunal de Segurança Nacional que deveria exercer o poder legislativo em todos os níveis.
Durante esse triste período da historia do Brasil, quem se aproxima dessa história, possivelmente, se embaraça em angústia, dor, impotência e paralisia. Depois que estudamos tal fato, observamos que não dever ser visto como um fato isolado, já que os “protagonistas” podem ser considerados como “vítimas” de um jogo politico, de uma época de grande desrespeito ao ser humano, especialmenteo direito de ir e vim e o de se expressar.
Fica a impressão de que, nos anos 1930 e no Estado Novo, não existia critério para poupar tanto sangue, não havia qualquer tipo de precedente que diferenciasse no momento da agressão, um homem do outro. Em nome de um controle de poder, as pessoas que não se apresentasse irmanadas com os lideres, estavam passiveis de sofrer todo o tipo de agressão.
Depois de vários anos presos, a inocência dos naves, só veio a tona depois do reaparecimento de Benedito.
2.4 Aspectos do filme em relação com o conteúdo que ele aprendeu nas disciplinas de Teoria Geral do Direito II, Direito Constitucional e Linguagem e Comunicação Jurídica.
Nas esferas do Direito Constitucional e na Teoria Geral do Direito II, com o final da ditadura e surgimento de uma nova Constituição Federal, organizada e elaborada em 05 de outubro de 1988, a nova constituição foi promulgada, em Brasília, inaugurando um novo momento histórico, político e social no Brasil.
A Constituição Federal de 1988, foi denominada “Constituição Cidadã”, pois no seu artigo 1º, se compromete com a realização do Estado Democrático de Direito, que por fundamentos, entre outros, a cidadania e a dignidade da pessoa humana.
Aqueles que não cumprirem suas obrigações serão punidos. Não existe uma regra fixa para essa punição porque cada sociedade adota aquilo que lhe parece melhor, em conformidade com sua história, sua cultura, seus valores e sua forma de organização social,
Sendo assim, a Constituição Federal é a lei mais importante na hierarquia das leis adotadas no Brasil, nenhum lei inferior pode contrariar aquilo que a constituição determina, sob pena de ser considerada nula. 
No caso em tela, podemos observar com muita clareza o conteúdo estudo na Linguagem e Comunicação Jurídica, com na tomada de decisão é o momento final no processo de interpretação jurídica, estando presente tanto na atividade de decidir conflitos, veiculando enunciados prescritivos, como na atividade de examinar cientificamente o direito, elaborando enunciados descritivos sobre ele. 
Como veremos, a argumentação, que é uma atividade necessariamente vinculada à interpretação, tem como um dos seus objetivos levantar os diferentes argumentos em torno de uma tomada de decisão, colaborando para a decisão interpretativa e possibilitando ainda a sua justificação. Os argumentos de naturezas distintas, no caso do direito, revelam exatamente o seu pluridimensionalismo, que ocasiona a possibilidade de utilizar, no processo decisório, topois construídos com base no caráter sistemático do direito, focando, por exemplo, nas finalidades que este sistema indica buscar atingir; podem ser construídos com base no contexto histórico-social; ou ainda com base em aspectos da língua, direcionando a interpretação para os elementos do texto.
O resultado da interpretação é, portanto, muito mais incerto do que antes se pensava, tendo em vista que depende do sujeito que a realiza, o qual é influenciado pela sua compreensão, ou melhor, pré-compreensão, pelos seus valores e pelo seu interesse.
 
 
3.	CONCLUSÃO.
A ideia de escolher o filme “O Caso dos Irmãos Naves”, foi a tentativa de exemplificar os conteúdos estudos na Teoria Geral do Direito II, o Direito Constitucional e Linguagem e Comunicação Jurídica.
O filme que aconteceu durante a vigência da Constituição Federal de 1937, marcada pelo governo ditatorial de Getúlio Vargas, época de muita crueldade e tortura, o filme de Person, é um clássico inestimável de nosso cinema e conta um famoso e real caso judicial brasileiro de maneira eficiente e muito interessante. 
Infelizmente a história continua atual até hoje, mesmo que a maioria dos casos fiquem ocultos para sempre.
O livro foi escrito pelo advogado dos rapazes, João Alamy Filho, e traz as principais peças dos autos. É nele que sabemos que, em 1953, uma revisão criminal inocenta a dupla e dá início ao processo de indenização, conferida apenas em 1960 aos herdeiros.
O filme (1967), baseado na obra de Alamy Filho e adaptado para o cinema por Jean-Claude Bernardet e Luís Sérgio Person, foi um sucesso na época. Abaixo, veja um trecho que representa o julgamento, estrelado por três atores que curiosamente passaram pelos bancos das Arcadas do Largo S. Francisco: Sebastião é interpretado por Raul Cortez; o irmão Joaquim é vivido por Juca de Oliveira; e, John Herbert está na pele do advogado João Alamy Filho.
Diante do aparecimento de Benedito Pereira Caetano em 1952, os jornais enfatizaram a facilidade da justiça em se deixar ludibriar e o erro da população araguarina em condenar toda uma família por ato que não havia sido praticado.
4	REFERENCIAS:
ALAMY FILHO, João. O Caso dos irmãos Naves, São Paulo: Círculo do Livro, 1960.
BERNARDET, Jean-Claude. O caso dos irmãos naves: chifre em cabeça de cavalo. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo: Fundação Padre Anchieta, 2004. 216 p. (Coleção aplauso. Série Cinema Brasil).
XAVIER, Ismail. O cinema Brasileiro Moderno. In: O cinema Brasileiro Moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2006.
http://repositorio.ufu.br/bitstream/123456789/12334/1/CasoIrmaosNaves.pdf.
TURBILHANO, Fábio. Linguagem Jurídica e Argumentativa – Teoria e Prática, 5ª Edição.
CARLINI, Angélica. Teoria Geral do Direito.

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