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30/08/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 1/5 TEORIA GERAL DO PROCESSO 3a aula Lupa Vídeo PPT MP3 Exercício: CCJ0053_EX_A3_201601228937_V33 29/08/2018 13:05:51 (Finalizada) Aluno(a): GABRIEL JORGE COELHO SOUZA 2018.2 Disciplina: CCJ0053 - TEORIA GERAL DO PROCESSO 201601228937 Ref.: 201604205384 1a Questão (TJ/MG/2017/adaptada) - Quanto aos institutos da conciliação e mediação, analise as afirmações seguintes: I. A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia, da vontade, da oralidade e da informalidade. II. As partes não podem escolher o conciliador ou o mediador, devendo sempre submeter-se àqueles cadastrados no tribunal. III. Os conciliadores e mediadores judiciais cadastrados nos tribunais, se advogados, estarão impedidos de exercer a advocacia nos juízos em que desempenhem suas funções. IV. O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de 1 (um) ano, contado do término da última audiência em que atuaram, de patrocinar qualquer das partes. Está correto o que se afirma em: I, II, III e IV. I, III e IV, apenas. I e II, apenas. III e IV, apenas. todas as assertivas estão corretas. Explicação: O art. 166, caput, do NCPC dispõe que: ¿a conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada¿. Por sua vez, o art. 2º da Lei da Mediação, Lei, disciplina que ¿A mediação será orientada pelos seguintes princípios: I - imparcialidade do mediador; II - isonomia entre as partes; III - oralidade; IV - informalidade; V - autonomia da vontade das partes; VI - busca do consenso; VII - confidencialidade; VIII - boa-fé. Por seu turno, a Resolução Nº 125 do CNJ, anexo III, art. 1º, traz o Código de Ética de Conciliadores e Mediadores Judiciais, segundo o qual: ¿São princípios fundamentais que regem a atuação de conciliadores e mediadores judiciais: confidencialidade, decisão informada, competência, imparcialidade, independência e autonomia, respeito à ordem pública e às leis vigentes, empoderamento e validação¿. O CPC determina que os Mediadores e Conciliadores que atuarem nos Centros de Solução de Conflitos dos Tribunais deverão estar cadastrados no cadastro nacional gerido pelo CNJ e no cadastro do respectivo Tribunal em que atuarem. Portanto, são dois cadastros distintos; Nesses cadastros deve ficar consignado qual é a especialidade do mediador/conciliador e também informações importantes sobre sua atividade. Tais informações cadastrais são públicas e servem para verificar a isenção do conciliador/mediador e também para ver em que casos o mesmo já atuou para fins de suspeição e impedimento (art. 167, §3º e §4º). Para obter cadastro junto ao Tribunal e CNJ o conciliador deve possuir capacitação para a função, ou seja, deve comprovar a realização de curso específico realizado por entidade credenciada, conforme parâmetro curricular definido pelo Conselho Nacional de Justiça em conjunto com o Ministério da Justiça (art. 167, §1º). Art. 172. O conciliador e o mediador ficam impedidos, pelo prazo de 1 (um) ano, contado do término da última audiência em que atuaram, de assessorar, representar ou patrocinar qualquer das partes. Ref.: 201602057717 30/08/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 2/5 2a Questão Existindo convenção de arbitragem, o Juiz: de ofício, poderá extinguir o processo sem apreciação do mérito. transformará o processo judicial em arbitragem, nomeando árbitro para dirimir o litígio. se alegada pelo réu, extinguirá o processo sem apreciação do mérito. suspenderá o processo até que o árbitro apresente seu laudo. extinguirá o processo com apreciação do mérito. Explicação: letra D. Na forma do art. 337, § 6°, c/c com 485, inciso VII, ambos do CPC, a chamada "objeção de convenção de arbitragem" deve ser alegada pelo réu (não pode ser conhecida ex officio pelo magistrado), e neste caso leva a extinção do processo sem exame do mérito. Ref.: 201602071536 3a Questão Há diversos meios adequados à resolução de conflitos. Essa nova ideologia exige um novo repensar do papel dos advogados, acostumados a recorrer imediatamente ao Judiciário, mas que deverão adotar postura mais construtivista no sentido de verificar, a partir do conflito, qual é o melhor meio de solucioná-lo, levando em conta o tempo, custo e tempo da decisão.Então, o advogado terá papel preventivo, auxiliando a negociação das partes. E, mesmo que, ao final, o conflito não se resolva entre as partes, ele poderá ir ao Judiciário ou à arbitragem. Assinale a alternativa que representa um entendimento inadequado ou equivocado ao que se refere à arbitragem. O art. 3° do NCPC aponta a arbitragem como forma de resolução de conflito, o que, no entender de muitos juristas, significa o reconhecimento da função jurisdicional da arbitragem. Inclusive, hoje, o desafio é democratizá-la, tornando-a mais acessível à população e não concentrada apenas nos grandes centros econômicos. Há limites da arbitragem, porque essa ampla liberdade para convencionar sobre o processo arbitral é chamada de ¿liberdade vigiada¿ pela doutrina, pois encontra limites nos princípios cardeais do devido processo legal, quais sejam: o contraditório, a igualdade entre as partes, a imparcialidade dos árbitros e o livre convencimento motivado. Jurisdição e arbitragem são formas de composição do litígio; além disso, hoje, majoritariamente, se diz que a arbitragem é jurisdição, porque também proporciona a composição da lide de forma definitiva. O Código de Processo Civil não se aplica em sua integralidade ao procedimento arbitral, porque é realizado com vistas a regular a jurisdição estatal. Entretanto, pode haver, em alguns casos, necessidade de interlocução quando há cooperação entre o árbitro e o poder Judiciário. A carta arbitral, por exemplo, é meio de comunicação entre o árbitro e o juiz, estabelecendo uma relação de cooperação entre o Judiciário e a arbitragem. No cumprimento da sentença arbitral, o NCPC não a manteve no rol dos títulos executivos judiciais e o Judiciário deve rever o mérito da decisão arbitral, além disso há obrigatoriedade da homologação da sentença arbitral pelo Judiciário para que ela se torne válida. Explicação: No cumprimento da sentença arbitral, o NCPC a manteve no rol dos títulos executivos judiciais e o Judiciário não revê o mérito da decisão arbitral, nem tampouco há a homologação da sentença arbitral pelo Judiciário Ref.: 201602454415 4a Questão (TJ/RJ 2012 - FCC) - São formas previstas processualmente de composição de litígios: o linchamento do agressor, a autotutela e a autocomposição a tutela jurisdicional por meio do Judiciário, a autotutela e a autocomposição, que inclui a transação. o desconto em folha de pensão alimentícia, a tutela jurisdicional estatal e a autocomposição, excluída a autotutela a reclamação administrativa junto ao Procon, a tutela jurisdicional estatal e a autotutela, excluída a autocomposição. o desconto em folha do imposto de renda por parte da Receita Federal, a reclamação junto ao Procon e a tutela jurisdicional do Estado, apenas. Explicação: 30/08/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 3/5 Ensina a doutrina que os chamados meios alternativos de solução de conflitos são formas de resolução de um conflito que não são impostas pelo Poder Judiciário. Elas podem até mesmo ter participação do Judiciário, mas a decisão final acerca da solução não será dada por um magistrado, como ocorre em uma audiência de conciliação após a propositura de uma demanda judicial, por exemplo. Dentre as principais formas de métodos alternativos de solução de conflitos, destacam-se as seguintes:¿ Autocomposição - Representa uma forma mais evoluída de resolução dos conflitos e implica em uma convenção entre as partes litigantes, para mediante concessões unilaterais ou bilaterais, porem fim à demanda. A resolução do litígio se dá por obra dos próprios litigantes que exige uma expressão altruísta, pois deriva de atitude de renúncia ou reconhecimento a favor do adversário. ¿ Conciliação- as partes litigantes buscam, por meio de uma terceira pessoa imparcial, chamada de conciliador, obter um acordo que seja benéfico aos dois lados; ¿ Mediação - é muito semelhante à conciliação, porém o terceiro imparcial neste caso não interfere em uma possível saída, apenas ajuda as partes a restabelecerem a comunicação entre elas, as quais deverão encontrar sozinhas uma solução plausível. É aplicada para casos mais complexos, enquanto a conciliação em casos mais simples; ¿ Arbitragem - as partes litigantes estabelecem que o conflito será decidido de forma impositiva por um terceiro, que será um árbitro. Isso torna a arbitragem muito semelhante a um processo judicial, mas ao invés da morosidade do Judiciário, as partes dependem de uma Câmara Arbitral. No Brasil, o diploma legal que atualmente rege a Arbitragem é a Lei nº. 9.307, de 23 de setembro de 1996. Com o arbitramento obrigatório, surge a jurisdição, última etapa na evolução dos métodos compositivos do litígio. - Autotutela ou autodefesa - A autotutela define-se como um método de composição de litígios determinado pela ausência de um juiz independente e imparcial e pela imposição da vontade de uma parte sobre a outra. No entanto, existem no ordenamento jurídico hipóteses excepcionais em que o Estado, ciente de sua incapacidade de estar presente em todas as situações possíveis, permite ao titular de um direito a autotutela. São situações específicas, que pressupõe autorização da lei para o seu exercício, como por exemplo, a legítima defesa pessoal ou de terceiro, autorizada no Código Penal e a legítima defesa da posse, prevista no Código Civil. Ref.: 201602094546 5a Questão Assinale a alternativa que corresponde ao meio adequado para a solução de conflitos cujo objetivo é restabelecer a comunicação entre as partes envolvidas com a preservação da relação que existia anteriormente: Conciliação; Mediação; Autotutela; Arbitragem; Processo Judicial. Ref.: 201601945590 6a Questão A autotutela ou autodefesa: Somente existiu em tempos passados. É forma de composição de litígio que, embora muito antiga, ainda existe atualmente e em alguns casos é prevista em lei. É forma de composição de litígio em que um terceiro imparcial é convidado pelas partes para auxiliar na solução da lide, logo, é forma de heterocomposição. Existia num tempo em que a justiça era intermediada por um árbitro. Explicação: A autotutela é uma das modalidades de se buscar a resolução de conflitos, isto é, é um meio, ou deveria ser, utilizado como ferramenta de pacificação da lide. Entretanto, recebe inúmeras e merecidas críticas quanto ao seu uso, embora em alguns casos a doutrina concorde na sua aplicação como justificativa plausível de dirimir casos concretos. 30/08/2018 EPS: Alunos http://simulado.estacio.br/alunos/ 4/5 Ensina o doutrinador Renato Montans que " Dá-se a autotutela quando uma pessoa impõe, normalmente de maneira arbitrária ou pelo exercício da força, o seu interesse sobre o interesse da outra pessoa. Essa solução é admitida somente em casos excepcionais. Alguns exemplos: § 1º do art. 1.210 do CC: ¿O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter- se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse¿ (MONTANS, P. 23) Ref.: 201602060027 7a Questão São princípios da arbitragem: Autonomia da vontade e autonomia privada. Legalidade e autonomia privada. Parcialidade e moralidade. Legalidade e moralidade. Jurisdição e autonomia da vontade. Ref.: 201602073098 8a Questão A conciliação e a mediação representam uma composição autocompositiva, dentro de um método consensual e distinta da composição heterocompositiva, dentro de um método adversarial. A importância de se conhecer a existência das diferenças existente entre esses métodos consensuais está na condução do processo de mediação ou de conciliação. Assinale a alternativa INCORRETA acerca do entendimento sobre mediação ou conciliação. As doutrinas lançadas sobre o Novo Código de Processo Civil mencionam tão somente o aspecto da independência das partes ou do mediador e do conciliador em relação ao juiz. Contudo, esse princípio abrange também a independência do processo de conciliação e mediação. Caberá ao condutor da mediação assegurar a igualdade de tratamento entre as partes e o amplo contraditório, averiguando se, no caso concreto, não existe qualquer forma de constrangimento. A ideia de que o mediador não intervém no mérito tem um simbolismo todo especial, pois representa um estimulo às partes para encontrarem, por elas próprias, um resultado que considerem justo. No processo, dentro do método consensual, o Estado devolve às pessoas o poder que elas sempre tiveram para solucionar seus conflitos. Empoderam-se as pessoas para que conversem, identifiquem os seus interesses e cheguem a uma solução, a qual será mais justa e efetiva do que a imposta pelo Estado. É preciso se preocupar com a efetiva comunicação e trabalhar o conflito de interesses, por isso, o mediador e o conciliador são vistos como catalizadores de uma conversa para culminar em uma solução encontrada pelas partes. Admite-se a utilização de técnicas negociais para proporcionar um ambiente mais favorável à conciliação ou à mediação. Muitos elementos da negociação são trabalhados pelas ciências da administração, psicologia, dentre outras, de modo que o profissional do direito deverá ter uma visão transdisciplinar sobre o tema para encontrar a melhor forma de aproximar as partes. A mediação e a conciliação deixam, pois, de ser intuitivas para se tornarem técnicas. O conciliador e o mediador devem relatar ao juiz o que aconteceu em uma sala de mediação e conciliação. Esses profissionais, que participam do processo de conciliação ou mediação, podendo ser o conciliador, o mediador ou quaisquer outros auxiliares da justiça, não têm o dever de sigilo em relação ao juiz, pois trabalham de modo cooperativo, razão por que não se afastam da regra geral de publicidade do processo. Na verdade, tudo aquilo que acontece na sala de mediação ou conciliação se dá com o propósito de propiciar às partes maior abertura, para que cheguem a uma solução construída por elas. Explicação: Não é mais possível o conciliador e o mediador relatar ao juiz o que aconteceu em uma sala de mediação e conciliação, por ser um ambiente confidencial e seguro. Esses profissionais, que participam do processo de conciliação ou mediação, podendo ser o conciliador, o mediador ou quaisquer outros auxiliares da justiça, têm o dever de sigilo. Tudo aquilo que acontece na sala de mediação ou conciliação se dá com o propósito de propiciar às partes maior abertura, para que cheguem a uma solução construída por elas. Em suma, o processo de conciliação ou de mediação tem como elemento distintivo a confidencialidade, afastando-se da regra geral de publicidade do processo.
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